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Era o Dia da Marinha. A Força Naval programou uma exposição de blindados da Praia de Copacabana, em frente ao hotel Copacabana Palace para começar às 8 horas deste domingo (11). E levou até a Avenida Atlântica a banda marcial do Corpo de Fuzileiros Navais. Mas nem de longe o público que assistiu ao evento lembrava o reunido na mesma orla por manifestações bolsonaristas, em eventos cívicos e militares durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Comemora-se em 11 de junho o dia da Marinha em razão de ter sido nele que a esquadra, há 158 anos, derrotou a marinha paraguaia na Batalha do Riachuelo, durante a Guerra da Tríplice Aliança,. No post da conta no Twitter da Marinha sobre o dia, o grau de insatisfação dos bolsonaristas mais radicais pode ser verificado pelos comentários em que a Força Naval é criticada por obedecer o atual governo.

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O esvaziamento do evento seria, em parte, consequência da reação do público bolsonarista ao que os apoiadores do ex-presidente consideram ter sido "uma traição" das Forças Armadas, que se recusaram a dar o golpe e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A banda dos fuzileiros começou a tocar às 10 horas, mas a maioria das pessoas que passava por ali seguia seu cooper matinal.

Comemora-se em 11 de junho o dia da Marinha em razão de ter sido nele que a esquadra, há 158 anos, derrotou a marinha paraguaia na Batalha do Riachuelo, durante a Guerra da Tríplice Aliança,. No post da conta no Twitter da Marinha sobre o dia, o grau de insatisfação dos bolsonaristas mais radicais pode ser verificado pelos comentários em que a Força Naval é criticada por obedecer o atual governo.

As 11 agências reguladoras federais estão diante de uma nova ameaça de esvaziamento de suas missões de fiscalizar bens e serviços concedidos pela União. Dessa vez, a tentativa de desidratar o poder das agências pegou carona na Medida Provisória que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou na primeira semana deste ano, para organizar reorganizar órgãos e ministérios.

O 'jabuti', termo usado para se referir a algo que não tem nenhuma relação com o texto original, surgiu das mãos do deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), que apresentou uma emenda que acaba por retirar das agências a autonomia que hoje possuem para regular e editar atos normativos de cada setor.

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Pela proposta, seriam criados "conselhos" temáticos, que vinculariam as agências aos ministérios.

Divisão

No setor de energia, por exemplo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) teria de dividir suas normas e regulações com o Ministério de Minas e Energia, ou seja, as decisões que hoje se baseiam em critérios técnicos passariam a incluir um posicionamento político.

Segundo o deputado Danilo Forte, sua proposta tem a intenção de "criar mecanismos que proporcionem o melhor relacionamento e execução de tarefas na administração pública", ao redistribuir as funções.

"Propomos a criação de um conselho vinculado aos ministérios e agências reguladoras, para deliberação de atividades normativas", afirmou Forte. "Esse modelo possibilita maior interação entre os componentes, de modo a discriminar funções reguladoras e julgadoras, com maior transparência, responsabilidade e participação democrática."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Manifestações golpistas que estavam marcadas para o início da noite desta quarta-feira (11) foram esvaziadas após o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes impor uma série de medidas a fim de impedir novos atos como os registrados no domingo em Brasília, quando extremistas invadiram e depredaram as sedes do três Poderes.

Em São Paulo, na avenida Paulista, o policiamento foi reforçado. Grupos de 30 a 40 agentes da Polícia Militar, alguns a cavalo, circulavam nas ruas do entorno do Masp. Policiais se posicionaram em duplas próximo ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O trânsito fluía sem obstruções.

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Moraes proibiu o bloqueio de vias em todo o País atendendo a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), que acionou o Supremo após o governo Lula detectar novas ameaças de golpe em mensagens que anunciam uma "Mega Manifestação Nacional pela Retomada do Poder" para esta quarta-feira.

Na Paulista, poucas pessoas vestidas de verde e amarelo e com a bandeira do Brasil chegaram a se posicionar em alguns pontos da avenida, mas nenhuma delas em grupo organizado. A maioria passava sem parar em frente ao Masp.

O estudante Bruno Fonseca, de 17 anos, chegou à Paulista por volta das 19h em busca de "uma manifestação pacífica e a favor da liberdade". Ele, que diz ser de direita, afirmou também ser contrário aos atos de vandalismo registrados em Brasília. "Vim para a manifestação de segunda-feira, que era de maioria da esquerda, porque sou contra aquilo", disse. Ele contou ter lido sobre a manifestação desta quarta nas redes sociais, mas acredita que a decisão de Moraes tenha motivado a baixa adesão ao evento.

Nas redes sociais, usuários também disseram que a manifestação seria, na verdade, falsa, e que o encontro não havia sido programado por defensores de Bolsonaro. Um dos jovens presentes na Paulista mostrou um tuíte que atribuía a manifestação a uma armadilha para criar pretexto para afastar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A possibilidade de uma manifestação acontecer no local fez com que empresas da região liberassem os funcionários do trabalho presencial. A Subseção Judiciária de São Paulo também suspendeu atividades presenciais por causa da possível concentração de manifestantes.

Ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a Secretaria de Segurança Pública informou que monitora eventuais manifestações que possam ocorrer no Estado.

No Rio, também fracassou o ato de teor golpista convocado em grupos do WhatsApp, do Telegram e por perfis bolsonaristas nas redes sociais para ocorrer em Copacabana, na zona sul do Rio, na noite desta quarta. A manifestação contra o governo Lula não reuniu nenhum apoiador na orla da praia.

Em grupos bolsonaristas, parte dos integrantes acusaram militantes de esquerda de promover a convocação de um suposto "ato fake". O objetivo seria infiltrar opositores para culpar os direitistas caso houvesse depredação de patrimônio.

Acusar - sem nenhum prova - supostos esquerdistas infiltrados de vandalismo tem sido uma das estratégias da direita. O objetivo é fugir da má repercussão do ataque ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal no domingo, 8. Na invasão, os bolsonaristas quebraram vidros, jogaram cadeiras pelas janelas, destruíram obras de arte valiosas e objetos históricos preciosos, fizeram pichações.

A Prefeitura do Rio e o governo fluminense reforçaram a segurança no trecho do Posto 5 da Praia de Copacabana. Aquele era o local previsto para receber a manifestação. Agentes da Guarda Municipal e policiais militares foram deslocados para aquele ponto da orla. Mas nenhum manifestante apareceu. A chuva também desestimulou o comparecimento.

Em Belo Horizonte, 1.400 câmeras monitoraram os atos, de acordo com Polícia Militar. Na capital mineira, a adesão foi baixa. Ademir Aparecido Pinheiro, 47 anos, auxiliar de serviços gerais, morador do bairro São Gabriel, região nordeste de Belo Horizonte, que se posiciona como conservador e eleitor de Bolsonaro, lamentou a ausência de pessoas na manifestação.

Em plena época de chuvas na maior parte do País, período que costuma ser acompanhado por tragédias causadas por deslizamentos, o Orçamento federal enviado pelo governo Bolsonaro praticamente esvaziou os recursos que poderiam ser utilizados em obras de contenção.

A informação é do deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP), que integra o grupo de Cidades na equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Boulos disse que teve acesso às primeiras informações sobre a situação do Orçamento no setor e afirmou que o cenário é desolador.

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"Daqui a pouco começam as chuvas mais fortes. Isso é tragédia anunciada sempre no Brasil inteiro, todo janeiro morre gente. As obras de contenção custariam, para poderem ser mantidas, R$ 50 milhões. Sabe quanto está reservado no Orçamento de 2023? R$ 2 milhões. Isso é um escárnio", disse Boulos.

Integrantes do governo de transição têm defendido que a retirada do Bolsa Família do teto de gastos - que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação -, por meio da PEC de transição, é vital não apenas para viabilizar o pagamento mensal de R$ 600 para famílias mais carentes, mas para liberar espaço para investimento básico, como os que envolvem a drenagem e obras de contenção.

"Não houve qualquer tipo de planejamento em relação a questões básicas da infraestrutura. Habitação, nem se fale. O Orçamento que tem não dá nem para reativar obra paralisada, muito menos construir novas. Eles desmontaram a área do Ministério das Cidades", disse o parlamentar eleito.

Boulos afirmou que, até o momento, as equipes técnicas do governo Bolsonaro, ao menos em sua área de responsabilidade durante o governo de transição, têm repassado as informações solicitadas para fechar um diagnóstico mais detalhado do que é preciso ser feito. Os grupos técnicos devem ter um plano de ação para os primeiros 100 dias da nova gestão Lula, a partir de 1 de janeiro de 2023.

O embate entre o presidente Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF) em razão do perdão concedido pelo chefe do Executivo ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) tem o primeiro desdobramento político: esvaziar o inquérito das fake news. Conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, a investigação já levou bolsonaristas à prisão e conteve aliados no presidente que usaram as redes para atacar instituições públicas como o próprio STF. No Palácio do Planalto e na Corte, a avaliação é que o contexto político em ano eleitoral não abre espaço para novas ações que tenham como alvo os aliados de Bolsonaro.

A cúpula do governo comemora o decreto do perdão a Silveira, condenado a 8 anos e 9 meses de prisão, como um ato que, além de livrar o parlamentar aliado da cadeia, teria conseguido encurralar o STF. Por isso, dizem não acreditar em novas tentativas, já que Bolsonaro deixou claro que pode usar sua caneta.

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Do lado da Corte, o episódio é considerado como mais um capítulo no discurso reincidente de Bolsonaro de prometer não cumprir decisões do STF. No 7 de Setembro do ano passado, em discurso inflamado, o presidente fez de Moraes seu alvo preferencial. Avisou que não iria cumprir decisões que o ministro viesse a proferir. "Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro, deixe de censurar o seu povo", discursou Bolsonaro na ocasião.

Ministros da Corte entendem que o presidente escolheu o STF como mote de discurso com intenção eleitoral clara, como mostrou o Estadão. Um ministro comentou que o governo parece querer adotar estratégia do "ganha-ganha". Ou seja, para cada ato da Corte que o contrariar ele pode contra-atacar com uma medida para enfrentar uma decisão judicial. A disposição de boa parte dos integrantes do Tribunal é agir de forma institucional, evitando abrir novas frentes que possam vir a ser usadas pelo presidente como plataforma de campanha.

Quem assessora Bolsonaro na disputa à reeleição tem relatórios de monitoramento indicando que bater no STF esquenta as redes e mantém ativos seus fiéis seguidores e naturais eleitores. Pesam nessa avaliação dos bolsonaristas que associam à imagem do Supremo a decisão de ter liberado o petista Luiz Inácio Lula da Silva dos processos da Lava Jato e, ao mesmo tempo, anulado sentenças proferidas pelo ex-juiz Sergio Moro. A condenação de Silveira, para os aliados do presidente, incluiu um terceiro elemento para reforçar a convicção nessa parcela do eleitoral que está com Bolsonaro de que o STF está contra o presidente.

O esvaziamento do inquérito das fake news não significa, porém, que Moraes está impedido de agir ou deixará de fazê-lo quando considerar que venha ser necessário para dar continuidade na investigação. Nesta terça-feira, 26, o ministro incluiu no processo do deputado bolsonarista um despacho sustentando que, independentemente do perdão de Bolsonaro, o parlamentar está impedido de disputar eleições por causa da condenação. Mas no STF avalia-se que é mais prudente, no momento, evitar adoção de medidas de maior impacto que pudessem resultar em prisão ou outras medidas coercitivas. O inquérito tramita em sigilo.

A investigação tem o poder de minar a atuação de Bolsonaro nas redes sociais. Neste ano, por determinação de Moraes, o Telegram suprimiu publicações feitas pelo presidente. Essa atuação do ministro de impor controle ao uso da internet toda vez que identificava ataques às instituições provocou a ira de Bolsonaro que, por diversas, atacou publicamente Moraes.

Em 2020, o plenário do Supremo, por dez votos a um, manteve o inquérito ativo. Na época, a apuração que fora instaurada por iniciativa da própria Corte sem o aval do Ministério Público Federal tinha sido questionada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). No mesmo ano, Moraes tinha direcionado a apuração para o chamado gabinete do ódio, revelado pelo Estadão, e que tinha como um dos articuladores o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente.

Empresários ligados à família Bolsonaro foram objeto de investigação por suposta tentativa de financiar a disseminação de notícias falsas e ataques às instituições. Entre eles estava o dono da rede de lojas de departamento Havan, Luciano Hang. Moraes chegou a determinar busca e apreensão em gabinetes de parlamentares suspeitos de atuarem junto ao gabinete do ódio. As deputadas Bia Kicis (PL-DF) e Carla Zambelli (PL-SP) foram atingidas pelas investigações.

O influenciador bolsonarista Allan dos Santos também está no centro da apuração. Em relatório da Polícia Federal, foi acusado de tirar proveito do acesso ao presidente da República e a deputados ligados a ele para "influenciar e provocar um rompimento institucional". Allan dos Santos teve a prisão decretada, mas fugiu do País.

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu, nesta quinta-feira (29), a decisão do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que derrubou regras de proteção ambiental a áreas de mangues e restingas. A decisão foi tomada em uma ação movida pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e vale até que o plenário do STF analise o caso. Nesse meio tempo, voltam a valer as normas de preservação revogadas em setembro. No despacho de 37 páginas, a ministra observou que a competência normativa do Conama encontra limites na Constituição e na legislação ambiental.

"Em outras palavras, a orientação seguida pelo Administrador deve necessariamente mostrar-se compatível com a ordem constitucional de proteção do patrimônio ambiental", diz um trecho do despacho. "O que não se pode é proteger de forma insuficiente ou sonegar completamente o dever de proteção", completou.

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Como o Estadão mostrou, a revogação das regras abre espaço para especulação imobiliária nas faixas de vegetação das praias e ocupação de áreas de mangues para produção de camarão. A resolução do Conama veio em um momento em que o conselho é presido pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e controlado majoritariamente por ministérios e membros do governo federal.

Na Justiça Federal do Rio, as medidas do Conama chegaram a ser suspensas no âmbito de uma ação popular. Mas na sequência tiveram a validade restabelecida por determinação do desembargador federal Marcelo Pereira da Silva, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), que atendeu a um recurso apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU).

'Alívio'

O líder do PSB na Câmara, deputado Alessandro Molon (RJ), disse que a decisão da ministra traz "alívio" para a proteção de manguezais e restingas. "A decisão da Ministra Rosa Weber foi um alívio para os nossos ecossistemas, que vêm sendo duramente atacados pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Temos um governo que está muito mais preocupado em atender às especulações imobiliárias do que preservar os biomas brasileiros, o que tem inclusive gerado impacto negativo internacionalmente."

Após ver sua primeira tentativa de reunir os líderes de partidos que podem compor a base do governo ser esvaziada, o líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO), admitiu nesta quarta-feira (6), ter errado na forma como a convocação para a reunião foi feita.

Nesta terça, uma mensagem de Whatsapp foi enviada por sua secretária para as lideranças com a mensagem em que estavam sendo convidados os parlamentares da base "do apoio consistente e do apoio condicionado". O texto irritou aliados e muitos não compareceram ao encontro.

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"Esse termo não foi cunhado pela liderança do governo. É um termo usado pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar). Nunca classifiquei nenhum partido nesse sentido. A base do governo vai ser construída com essas aproximações sucessivas. Foi um erro da equipe, e lógico que se eu sou o chefe da equipe eu assumo o erro como sendo meu", disse.

Vitor Hugo afirmou já ter conversado com alguns dos líderes para explicar a situação. Ele também negou que a reunião de ontem tenha sido um fracasso. "Isso não é indicativo de nada. A gente está começando agora, é natural que haja um aguardo dos partidos para verificar a postura do governo em relação aos próprios partidos e líderes", disse.

Uma das casas mais conhecidas da cidade de Olinda, o Xinxim da Baiana, vai fechar suas portas em definitivo. A decisão da proprietária do estabalecimento, Silvania Nascimento, foi anunciada através da página oficial do espaço, no Facebook, nesta segunda (23). O lugar vai ficar disponível apenas para aluguel de eventos. 

Em entrevista ao LeiaJá, Silvania revelou que o motivo maior para o fechamento do Xinxim foi a "falta de incentivo cultural na cidade" de Olinda: "A cidade está aprada. É uma pena porque muita gente me diz que nós éramos um dos pouco lugares de resistência cultural que ainda existia. Mas, chega uma hora que você cansa", disse. A proprietária coloca que o esvaziamento da cidade dificulta a manutenção dos negócios e diz não estar "valendo a pena financeiramente" continuar: "Se a casa não fosse própria, acho que nem estaria mais lá". 

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No ano passado, 2017, diversos bares no Sìtio Histórico de Olinda foram notificados, e alguns até fechados, por conta de regulamentações para apresentações artísticas e, até, a colocação de cadeiras nas calçadas. O próprio Xinxim da Baiana chegou a ser fechado, em setembro, pelo Corpo de Bombeiros, e, depois, novamente em novembro: "Em pleno Mimo (Mostra Internacional de Música de Olinda) eles fecharam, e eles não tinham esse direito, estávamos com protocolos de funcionamento e mesmo assim, fecharam", lamenta Silvania. "Quando a gente começa a respirar, vem outra coisa e nos sufoca de novo. Tomei essa decisão porque cega uma hora que a gente tem que seguir em frente".

Para marcar o encerramento das atividades do Xinxim, a casa realiza um Afoxé Solidário no próximo sábado (28), às 21h. Um outro evento que estava agendado para maio, o Coco da Resistência, também será mantido. O Xinxim da Baiana funcionava, no Carmo, em Olinda, desde 2005. Além de shows com atrações da cultura popular, como afoxés e cocos, o lugar também foi palco para outras festas, como as temporadas de forró rabecado do Quarteto Olinda e era conhecido pelos seus quitutes, como o Acarajé. 

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A ausência de articulações do governador Paulo Câmara (PSB) e de ministros pernambucanos no combate ao possível esvaziamento da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) instalada em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, foi questionada, nesta segunda-feira (7), pelo deputado federal e vice-líder da oposição da Câmara dos Deputados, Silvio Costa (PTdoB – Avante), e o senador Humberto Costa (PT), durante uma audiência pública sobre o assunto na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). 

Para Humberto, a gestão estadual está agindo muito “timidamente” nesta questão. “O Governo do Estado precisa assumir uma postura mais ativa e liderar este processo. O Governo do Estado é sócio da Hemobrás, tem um diretor indicado. Ele tinha que assumir a liderança nesta luta e nos guiar”, frisou. Indagado se a gestão de Paulo Câmara não estava fazendo nada para manter os investimentos da empresa em Pernambuco, o petista observou: “não digo que não fez nada, mas ainda estamos o governo timidamente”. 

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Mais duro na avaliação da atuação estadual, Silvio Costa disse que Paulo Câmara “para resolver a política ele faz as ações, mas para resolver as questões da Hemobrás ele não faz nada”. 

“Este assunto da Hemobrás é mais uma prova, uma materialidade da falta de liderança do governador Paulo Câmara e dos deputados federais de Pernambuco aliados de Michel Temer. Até agora não ouvi uma palavra do governador sobre a Hemobrás. Nós não vamos aceitar isso. Estou cobrando um posicionamento do governador e dos ministros que são aliados de Temer. Pois veja, o deputado Kaio Maniçoba estava dizendo que ia votar contra Temer, o que ele fez, tirou Kaio e mandou para lá Luciano Bivar, que votou a favor de Temer”, bradou, fazendo referência a votação da admissibilidade da denúncia de corrupção passiva contra o presidente. 

Já quanto os ministros, Humberto disse que na época em que foi aprovada a vinda da Hemobras para o estado, era apenas ele e o ex-governador Eduardo Campos no primeiro escalão federal. "Os nossos quatro ministros vão perder para um é? Não vi até agora nenhum deles se posicionar. Que eles se manifestem", cravou, se referindo aos ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM); das Cidades, Bruno Araújo (PSDB); da Defesa, Raul Jungmann (PPS); e de Minas e Energia, Fernando Filho (PSB). 

 

O possível esvaziamento da Hemobrás em Pernambuco pode vir a acontecer devido ao projeto de uma nova unidade de hemoderivados em Maringá (PR), que deve põe em xeque a produção da instalação pernambucana, já que o chamado fator VIII recombinante, produto mais rentável a ser produzido em Goiana, poderá não acontecer como projetado desde o início.

 

O perfil do facebook da deputada federal Erika Kokay (PT-CE) divulgou um vídeo com imagens da mudança que está sendo feita, nesta quinta-feira (18), em um prédio, no Setor Comercial Sul de Brasília, onde, segundo a assessoria dela, funciona a sede da tesouraria nacional do PMDB. Segundo detalhes repassados no vídeo, as caixas que estão sendo retiradas do local estão com documentos do setor financeiro do partido. 

A mudança acontece um dia após a divulgação da reportagem do jornal O Globo que revelou a gravação de um áudio em que o presidente Michel Temer (PMDB) teria incentivado o dono da JBS a manter uma mesada destinada ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) para que ele ficasse em silêncio diante das investigações da Lava Jato.

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No vídeo, um homem que se identifica como funcionário do PMDB disse que se tratava apenas de uma mudança de endereço já estava agendada há mais de três meses.  "É uma mudança, locamos uma casa e estava programada a mudança para hoje. Independete do que aconteceu o partido mantém sua programação normal", declarou.

Entretanto, como a retirada das caixas com documentações e utensílios do local acontece após as denúncias, chamou a atenção de movimentos sociais que protestam em frente ao local. O LeiaJá entrou em contato com a assessoria de imprensa do PMDB nacional para confirmar a mudança, mas não obteve êxito.

De acordo com a deputada, a Polícia Federal foi acionada e está no prédio. Em frente ao local,  manifestantes gritam palavras de ordem, como "fora Temer". "Esvaziamento de uma sala do PMDB neste momento é muito estranho", frisa um popular no vídeo.

A bancada da oposição da Câmara do Recife se posicionou por meio de nota sobre o esvaziamento do Plenário da Casa José Mariano, na tarde desta quarta-feira (30), em virtude da presença da equipe programa humorístico CQC. Os jornalistas vieram a capital pernambucana para gravar uma reportagem sobre o escândalo das notas frias, envolvendo cerca de 20 parlamentares que cumpriam mandato em 2012, mas devido à presença da equipe televisiva os vereadores não compareceram no recinto e a sessão foi cancelada por não haver quórum.   

Os parlamentares oposicionistas alegaram ser contra a atitude dos demais políticos, principalmente porque o parlamento não pode negar informações à imprensa. Entre os vereadores da Casa Legislativa, apenas Aline Mariano (PSDB) que integra a bancada da oposição, concedeu entrevista ao CQC. 

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Confira a nota na íntegra:

Por conta de um programa televisivo de humor, houve uma manobra política para o esvaziamento da sessão plenária desta quarta-feira à tarde, véspera do Dia do Trabalhador. Nós, da bancada da oposição da Câmara Municipal do Recife, somos totalmente contra essa postura. 

Afinal de contas, um Poder, ainda mais um parlamento, não pode negar-se a atender a imprensa, pois é esta que informa a opinião pública e aos cidadãos sobre seus representantes e o poder que os representam. 

Bancada da Oposição da Câmara Municipal do Recife:

Raul Jungmann (PPS)

Priscila Krause (DEM)

Aline Mariano (PSDB)

André Régis (PSDB)

Acuado pela PEC 37 - a emenda constitucional que alija os promotores e procuradores de investigações criminais -, o Ministério Público teme agora perder seu mais poderoso instrumento no combate à corrupção. Projeto do senador Ivo Cassol (PP-RO) impõe drástica mudança na Lei da Improbidade Administrativa (8.429/92), com alterações em 12 artigos. O projeto chegou à Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Os promotores observam que o projeto em tramitação no Congresso exclui a responsabilidade do agente público negligente e imprudente que causa lesão ao patrimônio público.

A Lei da Improbidade está em vigor há 21 anos e propiciou a punição em todo o País de milhares de políticos e administradores públicos, que se tornaram inelegíveis e foram afastados de suas funções, além de condenados a ressarcir danos ao Tesouro.

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O próprio Cassol - ex-governador de Rondônia por duas vezes - é alvo de frequentes investigações e ações do Ministério Público, inclusive no plano eleitoral. Em janeiro, a Justiça cassou seus direitos políticos por cinco anos. Segundo procuradores federais, em 2006 foi descoberto caso de compra de votos que beneficiaria Cassol. Ele recorreu. Hoje responde a cinco ações judiciais, segundo sua assessoria.

Na avaliação de promotores e procuradores, a proposta do senador fulmina os pontos vitais da norma que freia atos ímprobos e faz valer os princípios do artigo 37 da Constituição - moralidade, honestidade e impessoalidade. Consideram que o projeto atinge o coração da instituição, que exerce o papel de guardiã da democracia e fiscal da lei.

Eles apontam que o texto, "em detrimento do interesse público maior", exclui os bens de família do servidor acusado de improbidade da medida de indisponibilidade imposta pela Constituição e pela Lei da Improbidade. Destacam que legislação vigente firma que "o caráter de bem de família não tem a força de obstar a determinação de sua indisponibilidade nos autos de ação civil pública, pois tal medida não implica expropriação daquele bem".

"Querem tornar inócua a Lei de Improbidade", adverte o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa. "De uma forma indireta pretendem revogar essa norma tão importante provocando um consequente esvaziamento da Lei da Ficha Limpa." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Procurado pela reportagem, o senador Ivo Cassol, autor do projeto, não respondeu aos pedidos de entrevista. Na justificativa do projeto de lei 105/2013, o senador traz seus argumentos para a mudança na Lei de Improbidade. "Não seria aceitável, na atual fase da evolução jurídica, cogitar-se de sanções sem a prévia definição dos correspondentes tipos infracionais, tornando-se imperioso proceder como procede o juízo criminal, examinando rigorosamente todos os elementos da conduta do imputado, não apenas para a certificação de sua materialidade, mas também as circunstâncias, de modo que a sanção não vá além do necessário, nem fique aquém do devido", Cassol sustenta. "Há necessidade de separar-se jurídica e conceitualmente o ato ilegal do ímprobo, para dar-se a este último o tratamento adequado e devido às práticas de infrações dolosas, lesivas e típicas. Significa indagar-se quais são os elementos da ilicitude ou da ilegalidade. Sem essa avaliação, qualquer ato apenas ilegal pode ser eventualmente tido como ato ímprobo."

Ele diz que, contra a corrente doutrinária que defende a tese da não prescrição para ações de ressarcimento de danos decorrentes de atos de improbidade, acolheu a prescritibilidade do Direito Público: "Deixar aberta a possibilidade de ação configura-se agressão à garantia da paz social. Agredir esse valor seria farpear a própria ordem pública".

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As cidades que sediam os Jogos Olímpicos sempre esperam receber muitos turistas, mais do que em outras épocas do ano. Não foi o que se viu, porém, durante a primeira semana de competições, no centro de Londres. Enquanto o comércio cresce no leste, onde fica o Parque Olímpico, o centro ficou praticamente vazio para os padrões da cidade.

A Associação Europeia de Operadores de Turismo estima que, apesar do número de turistas em Londres ter se mantido estável, os chamados turistas tradicionais, que visitam a cidade para fazer negócios, compras, ir a museus e espetáculos, caiu cerca de 50%.

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Muitos comerciantes acreditam que os pedidos do governo para que a população evitasse o centro da cidade, por medo de um caos nos transportes, acabaram gerando resultado negativo. Os londrinos ficaram em casa e os turistas não vieram na quantidade esperada. Teatros, restaurantes e bares perderam boa parte de seu público e muitas mesas e cadeiras vazias são vistas em horários antes muito movimentados na região de Covent Garden, parada obrigatória de turistas no centro da cidade.

“O governo fez muita propaganda que ia estar cheio, aí assustou. Os restaurantes aqui contrataram gente para o evento e estão tendo que dispensar”, disse o brasileiro Henrique Andrella, que trabalha há quase dois anos no local.

O marroquino Joseph Modi, que trabalha há dois anos em Londres levando turistas pela região em sua bicicleta, disse que em dias normais faz até 50 passeios com clientes por dia, mas que nesta semana a média é de apenas 20. “Se você for a restaurantes, bares, pubs, todo mundo vai reclamar, porque o movimento antes das Olimpíadas estava melhor. Agora não está bom”.

Gerente de uma sorveteria italiana em Covent Garden, Giacomo Quagliarella disse que o movimento diminuiu desde a cerimônia de abertura porque muitos londrinos saíram da cidade para evitar a multidão alardeada. Apesar disso, ele está otimista para os próximos dias. “Eles não podem ficar fora para sempre. Acredito que vamos voltar ao nível anterior”.

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