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Com Sharon Stone no comando do evento, a amfAR, fundação americana que luta contra a Aids, arrecadou 25 milhões de euros em uma cerimônia de gala no Festival de Cannes, anunciou o estilista Kenneth Cole.

Nicole Kidman, Leonardo DiCaprio, Janet Jackson, Duran Duran, Kylie Minogue e outros 900 convidados compareceram ao evento de caridade, que completou 20 anos na França.

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Shirley Bassey, que interpretou durante a noite vários clássicos, como o tema de "Goldfinger" (James Bond), Kristin Scott Thomas, o produtor Harvey Weinstein, Adrien Brody, os franceses Guillaume Canet, Mélanie Laurent, Ludivine Sagnier e Audrey Tautou também estavam presentes.

O evento, reservado a personalidades, grandes empresas e marcas de luxo, tem mesas de 10 lugares ao custo de 120.000 euros, enquanto o convite individual custa 3.000.

Desde 1993, esta prestigiosa festa permitiu arrecadar 62 milhões de euros.

O Festival de cinema de Cannes, que no domingo anuncia seus prêmios, entra na reta final tendo o filme Inside Llewyn Davis, dos irmãos Coen, como favorito dos críticos para a Palma de Ouro, enquanto os prêmios de interpretação poderão ser atribuídos a atores e atrizes que vivem homossexuais, entre eles Michael Douglas e Matt Damon.

Os corredores do Palácio dos Festivais são cenário de apostas e discussões, mas há consenso entre muitos críticos que, a dois dias da premiação, o filme cheio de humor e melancolia dos Coen, sobre a cena musical em Nova York nos anos 60, e "A Touch of Sin", um corrosivo retrato da China contemporânea do diretor Jia Zhangke, estão entre os melhores.

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O Júri, presidido por Steven Spielberg, integrado pela atriz Nicole Kidman e por grandes diretores, como o romeno Christian Mungiu e o taiwanês Ang Lee, terá visto, entre 16 de maio e sábado, 20 longas-metragens que concorrem à Palma de Ouro.

Após nove dias de exibições, o Festival foi pego de surpresa nesta quinta pelo excelente La vie d'Adèle, do franco-tunisiano Abdellatif Kechiche, que narra o despertar sexual de uma adolescente de 15 anos e sua paixão por uma jovem pintora de cabelos azuis, que poderá conquistar mais de um prêmio, segundo os críticos.

Este longa, que está na disputa pela Palma de Ouro, poderá valer o prêmio de interpretação à jovem Adèle Exarchopoulos, excepcional em seu papel de uma estudante de 15 anos, que descobre a paixão e o desejo quando conhece Emma, vivida pela atriz Léa Seydoux.

O filme possui belas cenas de amor entre as duas mulheres. Mas é a história intensa entre elas e, sobretudo, o magnífico retrato de Adèle, que colocou a obra entre as favoritas.

Os candidatos mais fortes aos prêmios de interpretação são Michael Douglas, que ressuscita o extravagante pianista americano Liberace, com suas perucas, trajes de lamê, candelabros dourados sobre o piano, maquiagem e peles.

Em "Behind the Candelabra", do premiado diretor Steven Soderbergh - que se despediu do cinema com esse filme, "pelo menos por um tempo indefinido" - Matt Damon interpreta Scott Thorson, o jovem amante do pianista.

Em todas as cerimônia de premiação de Cannes sempre há surpresas. Mas seria muito interessante se os intérpretes do filme de Soderbergh - que foi considerado "gay demais" por Hollywood, o que o fez ser produzido pela rede americana HBO - sejam duplamente premiados em Cannes, junto com as atrizes do filme franco-tunisiano que vivem lésbicas, justamente vários dias depois de o casamento gay ter sido legalizado na França.

Outro nome bastante cotado para o prêmio de interpretação é o do ator e cantor guatemalteco Oscar Isaac, que vive o protagonista do filme dos Coen.

Entre os fortes candidatos à Palma de Ouro está também "Le Passé", um drama íntimo do iraniano Asghar Farhadi, com a francesa Bérénice Bejo, que pode valer ao realizador de "A Separação", premiado com o Oscar de melhor filme estrangeiro em 2012, o prêmio a melhor diretor.

"Nebraska", um "road movie" em preto e negro de Alexander Payne, que narra a viagem de um idoso e seu filho por paisagens rurais de Estados Unidos para receber um suposto prêmio de loteria de um milhão de dólares, surgiu nesta quinta em Cannes como outro sério candidato aos prêmios de Cannes.

O prêmio da loteria é certamente uma farsa, mas serve para iniciar uma aventura entre pai e filho, que começa no estado de Montana, quando o velho, alcoólatra e com demência senil (Bruce Dern) se propõe a viajar nem que seja a pé para Lincoln, Nebraska, para receber o prêmio.

Um de seus filhos o acompanha e no caminho se torna seu cúmplice.

Na sexta estreia "The Immigrant", de James Gray, com os grandes Marion Cotillard e Joachim Phoenix, e "Michael Kohlhass", uma epopeia histórica do francês Arnaud des Pallières, com o ator dinamarquês Mads Mikkelsen, que ganhou no ano passado o prêmio de interpretação em Cannes por "A Caça"

Nebraska, um road movie melancólico de diálogos diretos assinado por Alexander Payne e exibido nesta quinta-feira (23) na competição oficial do Festival de Cannes, atravessa uma América rural economicamente enfraquecida, acompanhando um velho homem que perdeu a cabeça e um filho que irá provar seu amor. Maravilhosamente filmado em preto e branco, a aventura começa em Montana com a imagem do velho homem (Bruce Dern) caminhando desorientado por uma estrada cheia de neve na direção de Nebraska para receber um milhão de dólares prometidos em uma mensagem improvável.

Sua família, cansada de suas viagens perigosas e de sua ideia fixa, planeja colocá-lo em um asilo. Um de seus filhos (interpretado por Will Forte) o levará para buscar o hipotético cheque milionário e viver plenamente sua fantasia por alguns dias. Filmar em preto e branco permitiu casar visualmente com "a austeridade da vida dos personagens", explica o diretor. "Eu levei minha câmera para o interior e apontei para as coisas que vi", indicou Alexander Payne, que nega ter tido a intenção de documentar uma economia em crise.

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Há nove anos, ele se apaixonou pelo roteiro, muitas vezes engraçado, de Bob Nelson. "Você também beberia muito se fosse casado com sua mãe", diz o pai para seu filho. "Você sabe o que eu faria com um milhão de dólares? Eu o colocaria em um asilo!", ataca a mãe (June Squibb), que diz tudo o que pensa.

Nebraska, filmado nas grandes planícies do Meio-Oeste passando por quatro estados, nos oferece uma galeria de retratos de uma América profunda ligeiramente em crise. Um homem taciturno diante da TV e com seu prato cheio, de repente ouve falar do grande prêmio. O pai alcoólatra pouco se ocupava de seu filho, funcionário de uma pequena loja de produtos eletrônicos que recebe pouquíssimos clientes, levando uma vida monótona. O filme lida com este momento delicado da velhice e da senilidade emergentes, onde os papéis são invertidos.

Durante uma passagem forçada da viagem, o pai encontra a sua pequena cidade natal em declínio e memórias enterradas, enquanto velhos conhecidos revelam alguns segredos íntimos para filho. A relação pai-filho começa a se aprofundar. O filme trata de forma agridoce temas como a memória seletiva, ilusões, amor de família, dignidade.

Bruce Dern, de 76 anos, que trabalhou com Kazan, Hitchcock, Coppola e Tarantino, elogiou "o senso de risco" de Alexander Payne, que já filmou com sua filha, a atriz Laura Dern. O diretor disse à AFP que teve algumas discussões com a Paramount acerca desta filmagem em preto e branco, potencialmente menos distribuída (orçamento de 13,6 milhões dólares). "Eles fizeram uma aposta em mim e me deram confiança", ressaltou.

O diretor de 52 anos, nascido em Nebraska e que concluiu o filme na sexta-feira passada, revelou que "detesta filmar em carros". "Mas eu gosto de viajar, conhecer o mundo. Os filmes precisam de um impulso para ir a algum lugar", considerou.

Foi um outro road movie que lhe rendeu um Oscar de melhor roteiro adaptado em 2005: Sideways - Entre umas e outras, traçando a viagem de dois amigos na Rota do Vinho, na Califórnia. Também recebeu o mesmo prêmio em 2012 por seu penúltimo filme Os descendentes, que conta a reviravolta na vida de um rico proprietário de terras no Havaí (George Clooney), após um acidente com sua esposa.

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O diretor dinamarquês, Nicolas Winding Refn, fala sobre sua obra "Only God forgives" com histórias que abusam da violência em cenas que chocam o público. O longa foi apresentado na útlima quarta-feira (23), no Festival de Cannes, e teve destaque a este tipo de filme, um dos  mais violentos que concorrem a palma de ouro.

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A trajetória narra a vida de um fugitivo americano que se transforma em traficante de drogas em Bangkok. “Não sou um fã de filmes de luta, mas eu estava passando por um momento muito existencialista, minha mulher estava grávida de nossa segunda filha e esse foi um período muito difícil”, disse Nicolas.

O filme disputa com outros 19 filmes o grande prêmio do Festival de Cannes que termina no próximo domingo (26) .



Depois de nove dias de competição, o Festival de Cannes foi surpreendido, nesta quinta-feira, pelo poderoso e sensual "La vie d'Adele", do franco-tunisiano Abdellatif Kechiche, que narra o despertar sexual e a paixão de uma adolescente por uma jovem de cabelos azuis.

Adaptado livremente de uma HQ escrita por Julie Maroh, o filme tem as cenas sexuais mais gráficas e apaixonadas entre duas mulheres já vistas em Cannes.

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O filme, que disputa a Palma de Ouro, pode render o prêmio de melhor atriz para a jovem Adéle Exarchopoulos, excepcional no papel de uma estudante de 15 anos que descobre a paixão e o desejo quando conhece Emma, interpretada por Lèa Seydoux.

A história entre as duas mulheres e, sobretudo, o magnífico retrato da jovem protagonista, Adèle, e a interpretação de Seydoux colocam o filme entre os favoritos para os prêmios, que serão anunciados no domingo pelo júri presidido por Steven Spielberg.

Kechiche disse que não teve medo de retratar o amor entre duas mulheres, mas o que impactou e conquistou a crítica foi o retrato psicológico e emocional das protagonistas.

Rodado em Lille, norte da França, o drama já teve os direitos vendidos para um distribuidor americano, apesar das três horas de duração.

O outro filme com personagens homossexuais na disputa pela Palma de Ouro, "Behind the Candelabra", que pode valer o prêmio de interpretação ao americano Michael Douglas, que retrata o extravagante pianista Liberace, e talvez a Matt Damon, na pele de seu jovem amante, não encontrou produtor ou distribuidor americano e foi financiado pelo canal por assinatura HBO, que o exibirá no próximo domingo.

Do Chade veio um filme que parecia a obra de cota no Festival de Cannes deste ano. Um país africano, pobre, um filme sobre um personagem com um defeito físico em uma perna. Isso não o impede de dançar numa balada. Vira o John Travolta nos embalos da noite chadiana. O diretor Mahamat-Saleh Haroun, que foi ao Brasil lançar seu longa anterior - o belo O Homem Que Grita, já apresentado e premiado aqui em Cannes -, não está no maior festival do mundo somente para cumprir as cotas (e ainda por cima 33% dos filmes, em todas as seções, são franceses ou coproduções com a França, como este).

Mas não há dúvida de que Grigris - é o título -, que começa muito bem, de alguma forma termina decepcionando, especialmente no desfecho, quando as coisas se resolvem de uma maneira fácil demais. Um problema parecido termina paralisando o que era um dos filmes mais aguardados do festival. Depois que Drive estourou há dois anos - e Nicolas Winding Refn ganhou o prêmio de direção -, sua nova parceria com o ator Ryan Gosling já fazia os fãs delirarem por antecipação. Only God Forgives passou ontem (22) e teve até vaias na sessão de imprensa.

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Trata-se de uma obra ritualística, um policial de clima noir - apesar da sangueira - sobre uma mãe que induz o filho mais jovem a vingar a morte do mais velho, seu preferido. A história passa-se na Tailândia, onde os irmãos usam uma academia de lutas como fachada para o tráfico. De cara, o mais velho anuncia que vai sair para uma estação no inferno. O cara é um animal que quer ter relações com uma menina de 14 anos, mas termina saindo com uma de 16, a quem estupra e mata.

Ryan conta isso à mãe para explicar por que não se vingou, matando o assassino. Kristin Scott Thomas, loira e vulgar - e olhem que a atriz é ícone de distinção -, chama o filho de fraco, dá de ombros e diz que ele (o mais velho) deve ter tido seus motivos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O filme do diretor francês é exibido no Festival de Cannes na última segunda-feira (20). O longa, que também tem o diretor como ator principal, é uma remake do "Laços de Sangue". 

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A apresentação dividiu opiniões, segundo o próprio Canet, ele teve dificuldades intensas na produção e quase desiste de produzir o filme. O longa tem duas horas e vinte e quatro minutos, teve exibição fora da competição. 

O Festival vai até o dia 26 desse mês. 

O esplendor e a decadência como apenas o cinema italiano sabe contar, sem perder o senso de humor, encontraram-se nesta terça-feira no Festival de Cannes com "La Grande Bellezza" e "Un castillo en Italia", na disputa pela Palma de Ouro.

Com imagens deslumbrantes da "Cidade Eterna", "La Grande Bellezza" de Paolo Sorrentino, tem Roma no esplendor do verão como coprotagonista onipresente.

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Interpretado por seu ator-fetiche Tony Servillo ("Il Divo", 2008, também dirigido por Sorrentino), Jep é um escritor veterano e de sucesso com as mulheres que se dedica à vida mundana mais do que à literatura. Comparece a todas as festas e organiza outras em seu apartamento com uma vista magnífica para o Coliseu.

Tem do mundo que o cerca e de sua comédia a visão lúcida e cínica de um privilegiado. Ele se questiona se voltará a escrever sobre um amor de juventude, imerso na atmosfera romana, cuja beleza pode ser paralisante.

Felini e o clássico "La Dolce Vita" (1960) são lembrados em todos os momentos nesta homenagem explícita ao mestre italiano.

"Falamos de temas parecidos, há uma ressonância", admitiu Sorrentino à imprensa. Mas rejeitou qualquer comparação "porque 'La Dolce Vita' é uma obra-prima".

Em "La Grande Bellezza" há uma ausência flagrante, talvez deliberada, de fio narrativo sólido, compensada com as imagens espetaculares de Roma captadas pelo diretor de fotografia Luca Bigazzi. Mas a Itália pós-Berlusconi soa inevitavelmente mais vulgar e vã do que a de Fellini e Mastroianni.

"O filme tenta expressar, e não narrar, uma certa pobreza - explicou Sorrentino à imprensa -, mas não uma pobreza material, e sim uma pobreza de outro tipo".

"Ao mesmo tempo, afirmou, não tentamos manifestar uma opinião negativa sobre essas pessoas, e sim representar o que são de uma forma geral".

"Un castillo en Italia", é uma emotiva comédia familiar com momentos de tragédia, narrada com o olhar terno da diretora franco-italiana Valeria Bruni-Tedeschi, que passou da atuação para a direção no início de 2000 e que agora faz ambas: dirige e interpreta Louise, a protagonista.

O esplendor perdido dos Rossi-Levi, uma família de industriais do norte da Itália, é apenas o marco da trama. O tema aqui é a mesma família, especialmente as relações entre irmão e irmã, mãe e filha. A história de amor da protagonista com final feliz é quase um acessório narrativo.

Marisa Borini é sua mãe na vida real e no filme. Embora não se trate de uma "autoficção", como indica a diretora, o roteiro é amplamente inspirado pela história familiar.

"Uma autobiografia sempre é uma ficção", ironizou nesta terça à imprensa Agnes de Sacy, co-roteirista ao lado de Bruni-Tedeschi e Noemie Lvovsky.

Há também na atmosfera reminiscências dos grandes do cinema italiano, neste caso "O Jardim dos Finzi Contini" (1970). O roteiro tem como inspiração clara o filme de Vittorio de Sica quando Ludovic (Filippo Timi), irmão de Louise doente com Aids, recorda-se apenas de uma partida de tênis em uma quadra coberta de neve.

Os Rossi-Levi vivem boa parte do tempo em Paris e têm dificuldades para pagar as contas da casa da família. Louise (Valeria) tem 43 anos, "não tem marido, nem filhos, nem trabalho", segundo as reclamações de sua mãe.

Um dia, Louise conhece Nathan, (Louis Garrel, ex-companheiro da cineasta), mais jovem do que ela. É um ator egocêntrico e inseguro, mas ela quer desesperadamente ter um filho com ele, para dar um sentido a sua vida.

O filme alterna cenas graciosas, em particular a inseminação artificial de Louise, momentos de ternura, como o casamento do irmão no hospital, e trágicos, quando este morre.

O filme é o terceiro de Bruni-Tedeschi, o primeiro a competir pela Palma de Ouro. É o único filme dirigido por uma mulher dos 20 que aspiram ao principal prêmio, que será anunciado no dia 26 de maio.

A polícia procurava pelo menos três homens suspeitos de participação no roubo de joias avaliadas em mais de 1 milhão de dólares na semana passada em um hotel de Cannes, informou a polícia de Nice, que investiga o caso.

"São provavelmente pessoas especializadas neste tipo de roubo", disse à AFP o policial Philippe Frizon.

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As joias - colares, pulseiras, brincos e anéis - foram roubadas durante a madrugada de sexta-feira da joalheria suíça Chopard.

"Pelo menos três homens entraram no quarto de uma funcionária da empresa quando ela não estava no local, passando pelo quarto contíguo, que ao que parerce estava vazio", disse.

O roubo aconteceu no hotel Novotel, a 15 minutos do palácio do Festival.

Em 2011, ao ganhar sua Palma de Ouro honorífica, e no ano passado, quando mostrou Io e Te na Croisette, Bernardo Bertolucci disse que era uma amarga ironia que justamente ele, que amava tanto os travellings, tenha sido confinado pela doença a uma cadeira de rodas. "Virei um travelling ambulante", autodefiniu-se. Bertolucci voltou no fim de semana a Cannes e no domingo deu um reduzido número de entrevistas - três - para pequenos grupos de jornalistas. Veio apresentar a versão restaurada de O Último Imperador, em Cannes Classics.

Embora a decisão de converter o filme para 3D não tenha sido dele, Bertolucci concordou com o repórter que lhe disse que ele parecia haver antecipado o recurso, há quase 30 anos. Só para situar no tempo e no espaço - O Último Imperador é de 1987. Ganhou os principais prêmios do ano - incluindo quatro Globos de Ouro e nove Oscars, entre eles os de filme e direção. Lembram-se da cena magnífica em que o imperador menino brinca com a bola na Cidade Proibida? Ficou ainda mais deslumbrante em 3D, com aquela cor e a profundidade do espaço, proporcionada pela terceira dimensão.

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Mesmo preso à cadeira de rodas, Bertolucci não é do tipo que fica se lamentando. O melhor filme é o último - Io e Te. Por quê? "Porque é uma história de iniciação, e eu sempre gostei do tema. Porque foi um filme feito com muito amor, porque é muito bonito." Embora não se prenda ao passado e prefira olhar para o futuro, Bertolucci não se furta a comentar de forma elogiosa seu épico intimista sobre o último imperador da China. Criado como Deus, Pu Yi, interpretado por John Lone, foi destituído do trono pela revolução comunista e terminou seus dias como jardineiro no palácio em que havia reinado.

"O filme continua vivo e a primeira parte é muito plástica", avalia o diretor. "O Último Imperador tem algumas das cenas mais belas que criei." Ele se encarregou pessoalmente da restauração, feita pela Recorded Picture Company e pelo Grupo Repremiere. Bertolucci trabalhou com o fotógrafo do filme, o grande Vittorio Storaro. Usaram tecnologia digital de 4-K. A decisão de converter o filme para 3D foi dos produtores, mas o diretor admite que saiu melhor do que esperava. É seu trabalho mais popular, mas com a nova ferramenta poderá aumentar ainda mais seu público. Vale lembrar que Bertolucci queria fazer o intimista Io e Te em 3D, mas desistiu por medo do que chamou de ‘vulgaridade’ do formato. O que o fez mudar de opinião?

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Muito esperado, mas evitado em Cannes, Guillaume Canet apresentou nesta segunda-feira "Blood Ties", seu primeiro filme americano com Clive Owen e Marion Cotillard, thriller em forma de homenagem apoiada no cinema dos anos 70.

A história tem início em 1974 em Nova York. Um mafioso, Chris (Clive Owen) é libertado após vários anos de prisão, e reencontra seu irmão policial, Frank (Billy Crudup). Mas Chris mergulha em sua vida passada, o que o separa novamente de seu irmão.

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A partir desta trama, remake de um filme de Jacques Maillot, "Laços de sangue" (2008), no qual participou como ator, Guillaume Canet explora o lado dramático da relação entre os dois irmãos que tudo separ. Eles estão "acorrentados um ao outro", explicou em uma coletiva de imprensa.

Já Marion Cotillard interpreta uma prostituta viciada em drogas, enquanto Matthias Schoenaerts, que foi seu parceiro em "Ferrugem em osso", de Jacques Audiard, é um mafioso em busca de vingança. O filme também reúne a atriz hollywoodiana Mila Kunis e James Caan, conhecido por seu papel como "Sonny" Corleone, o irmão de Al Pacino em "O poderoso chefão", de 1972, dirigido por Francis Ford Coppola.

Co-escrito com o cineasta americano James Gray, em competição em Cannes com "The Immigrant", este quarto filme de Guillaume Canet, roteirista de "O meu ídolo", "Não conte a ninguém" e "Até a eternidade", é uma homenagem ao cinema americano dos anos 70, de William Friedkin, de "Conexão França", e a Martin Scorsese de "Caminhos perigosos".

Guillaume Canet ressalta este aspecto por si mesmo: "tinha o desejo de produzir um filme que me fizesse sonhar, assim como o cinema dos anos 70 americano, seja Cassavetes, os primeiros filmes de Scorsese, Sidney Lumet, Sam Peckinpah e Jerry Schatzberg, que é uma grande inspiração para mim".

Mas o sonho americano se revelou menos idílico que o previsto. Guillaume Canet conta que precisou enfrentar muitas dificuldades durante as filmagens, desde o abandono de Mark Wahlberg, que deveria fazer um dos dois papéis principais, até problemas de preparação e produção.

"Eu vivi momentos realmente surreais, que nunca precisei enfrentar, mesmo em meu primeiro filme. Tudo era motivo de problema", declarou, revelando que chegou "a pensar em abandonar tudo".

Aguardado com grande curiosidade no Festival de Cannes, onde será exibido fora da competição, o filme de 2h24 não evita algumas armadilhas. Muitas vezes falta ritmo, e às vezes exagera no flerte com a sua referência cinematográfica, querendo homenageá-la, sem realmente renovar o gênero.

Enquanto alguns críticos franceses elogiaram o desempenho, "Blood Ties" tem sido recebido, no geral, com pouco entusiasmo.

O jornal L'Express acredita que "Canet soube elevar seu nível de preparo", enquanto o Le Figaro saudou "um sucesso".

Mas para o jornal gratuito Metro, "Blood Ties é uma chatice sem fim", enquanto para a revista especializada Variety, o filme é "uma saga estéril". "Drama muito longo e lento", segundo o The Hollywood Reporter.

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Os premiados irmãos Coen, de Onde os Fracos não Têm vez, provocaram os primeiros risos no Festival de Cannes com Inside Llewyn Davis, o filme retrata com humor, mas também com um jeito sombrio, o cenário musical de Greenwilch Village, um bairro boêmio de Nova York no início do anos 60.

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Entre os protagonistas do longa, estava Justin Timberlake, o astro pop americano fez piada dele mesmo na coletiva de imprensa neste domingo(19). "Vocês provavelmente sabem que eu gosto de parecer ridículo no dia a dia, então isso não foi difícil para mim", comentou Justin.

A atriz britânica Carey Mulligan que é a estrela do longa O grande Gatsby, também atua em Inside Llewyn Davis. O filme tenta mostrar como nem sempre o sucesso se deve ao talento, mas, a uma combinação de fatores como estar no lugar certo, na hora certa e conhecer pessoas capazes de ajudar.

Foi a coletiva mais concorrida, a mais disputada do 66.º Festival de Cannes, até agora. Os irmãos Coen conseguiram, de novo. Ethan e Joel estão mostrando aqui seu novo filme, Inside Llewin Davis, sobre a cena musical de Nova York, em 1961, quando as folk songs haviam virado fórmula. Foi neste universo que surgiu um certo Bob Dylan, mas o filme não é sobre ele. Para captar o clima da época, os Coens criam um personagem fictício - Llewin Davis -, que é a soma de vários outros que surgiram na época.

Pode ser que o culto aos Coens seja exagerado, mas em Cannes eles são reis. O público ria alucinadamente na sessão de imprensa de Inside. Nem se dando conta de que a boçalização - a ridicularização - dos personagens virou um recurso fácil que Ethan e Joel repetem, de filme para filme. O efeito no público é imediato e a massa se sente superior aos personagens. Logo de cara há um incidente envolvendo um gato. Na verdade, trata-se - o que ocorre com o gato - de um típico clichê coeniano - e o publico ri, mais uma vez. O gato é essencial, a chave de Inside Llewin Davis? O próprio Joel admitiu na entrevista. Para evitar que o filme ficasse só na recriação da atmosfera, e para que ninguém pudesse dizer que não tem história, Ethan, como sempre o roteirista, criou o tal gato. E, posto que se trata de um road movie, não é mera coincidência que ele se chame... Ulisses.

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Não é de hoje que o fantasma de Homero assombra os Coens - basta lembrar-se de E Aí, Irmão, Cade Você? John Ford era chamado de Homero de Hollywood e em seus filmes dos anos 1950 ele recorria a um grupo folclórico chamado The Sons of Pioneers, exatamente do tipo que os Coens, em nome da modernidade - da pós-modernidade deles - agora querem destruir. Como já debocharam do western tradicional na nova versão de Bravura Indômita, o clássico de Henry Hathaway, talvez exista aí uma vontade programática de atingir o grande Ford.

O francês Arnaud Desplechin, que também está na competição, é muito mais respeitoso com o mestre e, em Jimmy P - Psicanálise de Um Índio da Planície, que se passa no Oeste, após a 2.ª Guerra, cita um dos clássicos do diretor nos anos 1940, A Mocidade de Lincoln, com Henry Fonda como o mito fundador da 'América'.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A tensão sofrida pelos palestinos sob a ocupação de Israel tomou conta das telas de Cannes nessa segunda-feira, onde uma história de amor e traição recebeu uma ovação de cinco minutos. Omar foi exibido na mostra Un Certain Regard, categoria com obras provocativas de diretores emergentes.

O filme é o novo trabalho de Hany Abu-Assad, que ganhou visibilidade em 2006 com "Paradise Now". O filme conquistou o Globo de Ouro e, ao disputar a estatueta de melhor produção estrangeira, se tornou o primeiro longa palestino da história a ser indicado ao Oscar.

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A nova história, porém, é mais sombria e complexa: um drama político entrelaçado a uma história de um casal de apaixonados, o jovem padeiro Omar e Nadia, irmã de Tarek, um velho amigo que dirige uma célula de resistência nos territórios ocupados. Os jovens se veem no meio do conflito entre o serviço secreto israelense e os guerrilheiros palestinos. Ambos são igualmente impiedosos.

Para visitar Nadia, Omar precisa escalar o muro construído para separar os territórios. Preso depois de escalar o muro, Omar é humilhado e apanha da polícia, o que o deixa furioso e o leva a se juntar a Tarek e a outro amigo, Amjad, em uma operação para matar um soldado israelense.

A partir disso, a vida de Omar muda totalmente. Capturado pela polícia, o jovem é pressionado a trair seus amigos e começa a duvidar do amor de Nadia.

Abu-Assad comentou a exibição do enredo dramático que foi ovacionado pelo público. "No começo estava bastante nervoso, mas depois fiquei maravilhado com a recepção. As pessoas estavam envolvidas, o que foi ótimo de ver, especialmente do público de Cannes, que é o mais crítico. Espero que o mundo árabe aceite o filme e se identifique com ele", disse à AFP.

Omar custou 2 milhões de dólares - menos de um quinto do que um blockbuster de Hollywood costuma custar - e foi completamente financiado por cidadãos e empresários palestinos. "Pela primeira vez, convencemos os empresários a investir na indústria cinematográfica do país. Isso é incrível", completou o diretor.

As vaias na exibição de um filme para a imprensa são uma tradição no Festival de Cannes, e, este ano, "Shield of Straw", do cineasta japonês Takeshi Miike, que disputa a Palma de Ouro, foi o primeiro longa-metragem a receber este tratamento desde o início da disputa, na quarta-feira passada.

O filme do diretor japonês de 70 anos começa bem e as cenas repletas de ação chegaram a ser aplaudidas no grande cinema Lumiere do Palácio do Festival, lotado com, supostamente, os críticos mais difíceis do planeta.

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O longa-metragem começa com um bilionário japonês, que oferece um prêmio, como em um western, pela cabeça do assassino da neta e com uma equipe de policiais, dos quais poucos são honestos, que deve transportar o criminoso pelo Japão para entregá-lo à promotoria.

Mas depois dos primeiros 20 minutos, Miike, que há dois anos exibiu em Cannes "Hara Kiri, a morte de um samurai" - o primeiro filme em 3D a disputar a Palma de Ouro, perde o controle da história, sepultada sob inúmeros clichês da violência.

"É o pior filme que vi até agora", comentou um crítico egípcio.

O próprio Miile reconheceu que o filme não deve receber nenhum prêmio que será atribuído pelo Júri de Cannes, presidido pelo cineasta americano Steven Spielberg.

"Não acredito que este filme seja feito para a Palma de Ouro", disse o japonês.

O ator Benicio del Toro interpreta um índio americano que combateu na Segunda Guerra Mundial em "Jimmy P.", do francês Arnaud Despleschin, um filme com tema freudiano exibido neste sábado em Cannes, onde disputa a Palma de Ouro.

O filme é baseado no livro "Psicoterapia de um índio das planícies", que relata os diálogos entre James Picard (Del Toro) e o antropólogo e psicanalista francês Georges Dévereux, interpretado por Mathieu Amalric, na famosa clínica Menninger de Topeka, Kansas, em 1948.

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Dévereux curou Jimmy, um índio da tribo Blackfoot, das severas dores de cabeça que sofria, que não eram causadas pelos ferimentos sofridos na guerra nem por esquizofrenia, como se acreditava, mas por traumas de infância e juventude.

"Conhecer a situação dos índios americanos foi fundamental para entender meu personagem", declarou o ator de origem porto-riquenha, que divide todo o peso do filme com Amalric.

Del Toro, de 46 anos e foi premiado em Cannes em 2008 pelo papel de Ché Guevara no filme "Che", de Steven Soderbergh, explicou que quando Desplechin enviou o roteiro, o que mais chamou sua atenção foi a originalidade do tema.

"Leio muitos roteiros e este me impactou por sua originalidade", afirmou Del Toro em uma entrevista coletiva em Cannes após a exibição do filme à imprensa, que o aplaudiu, mas sem o entusiasmo quase unânime provocado na véspera pelo filme "Le passé", do iraniano Asghar Fahradi, já considerado um favorito à Palma de Ouro.

O ator - que ano passado integrou o júri internacional que atribuiu a Palma de Ouro ao filme "Amor" de Michael Haneke - destacou que o que mais o interessou no trabalho, para o qual estudou a fala e o sotaque dos índios da tribo, foi "o encontro de dois seres humanos".

Despleschin - diretor de filmes como "Reis e Rainha" (2004) - concordou que o longa-metragem fala do "encontro entre dois homens e da amizade que surge entre eles, o que está no coração da história".

Apesar do cineasta francês, de 53 anos, demonstrar grande habilidade ao traduzir para linguagem cinematográfica o interessante caso psicanalítico, e das grandes interpretações de Del Toro e Amalric, o tema de "Jimmy P." é extremamente árido.

No ano passado, um filme sobre Sigmund Freud exibido em uma das mostras do Festival de Cannes saiu do evento sem prêmios e foi um fracasso nas bilheterias.

O iraniano Asghar Farhadi, que recebeu um Oscar por "A Separação", foi aplaudido nesta sexta-feira (17), em Cannes, por seu filme mais recente, "Le passé", um drama familiar que comove a cada cena com atores brilhantes vivendo os efeitos devastadores dos segredos e rancores.

Bérénice Béjo, que recebeu o prêmio César de melhor atriz por "O Artista", interpreta em frente à câmera poderosa do cineasta iraniano uma mãe de família desgastada pelos acontecimentos, trazendo força e fragilidade a sua personagem.

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Confrontado com o turbilhão que reina na casa no subúrbio de Paris, onde a maior parte do filme se passa, o ator iraniano Ali Mosaffa traz uma calma impressionante, aquela que antecede a tempestade.

Tahar Rahim, revelado em Cannes em 2009 no filme "O Profeta", de Jacques Audiard, que lhe valeu um César de melhor ator, interpreta um homem confuso, sem saber que caminho seguir.

Depois de quatro anos de separação, Ahmad (Ali Mossafa) chega a Paris vindo de Teerã a pedido de Maria (Bérénice Béjo) para cumprir as formalidades do divórcio. Após a sua chegada, ele descobre a relação conflituosa entre Maria e sua filha Lucie (Pauline Burlet), nascida de outra relação, mas isso não é tudo. Há também o muito jovem e rebelde Fouad (Elyes Aguis), filho de Samir (Tahar Rahim), o novo companheiro de Maria, de quem ela está esperando um filho.

Para piorar as coisas, Samir já é casado, mas sua esposa está em coma depois de uma tentativa de suicídio. Ahmad, a voz sempre doce e calma, estabelece um diálogo com os personagens, como acontece com Fouad e Lucy. Seu trabalho de aproximação, no entanto, é dificultado pelo passado de cada personagem, e para avançar precisará fazer as pazes com ele. "Podemos tentar nos livrar do passado, mas ele não nos deixa", explicou o diretor à imprensa. É algo que todo mundo reescreve, "de forma mais escura ou mais doce". Na verdade, para ele, "o passado não é mais claro do que o futuro".

A jovem Pauline Burlet, que interpretou Edith Piaf criança em "Piaf - Um Hino ao Amor", disse estar "feliz" por participar de "uma experiência única".

Os atores trabalharam duro antes das filmagens com o diretor para estabelecer ligações entre eles, fazer perguntas, descobrir onde o diretor queria ir, "como um coreógrafo", nas palavras de Bérénice Béjo. Um trabalho "milimétrico" para Tahar Rahim. "O passado" é o terceiro filme de Asghar Farhadi, formado em teatro e marcado pelo universo sufocante do norueguês Henrik Ibsen quando se trata de dramas familiares.

"A escolha da família como a base das minhas histórias vem da preocupação que eu tenho de me sentir muito perto de meus expectadores. Não há experiência mais universal do que a experiência da família", observou o diretor à imprensa depois de uma exibição altamente aclamada.

Quanto ao relacionamento do casal, "é o tema mais antigo na história da humanidade. Assim, mesmo se eu passar o resto dos meus dias falando sobre esse assunto eu não vou falar tudo!" , diz ele.

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O longa do autraliano Bazz Luhrmann foi bastante criticado pelos americanos. Na coletiva do filme que participa do Festival de Cannes, o diretor defendeu seu filme e comentou que o que mais importava para ele era a opinião do povo e não dos críticos. 

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O filme que é protagonizado pelo ator americano Leonardo Di Caprio, teve estreia nos cinemas dos EUA no dia 1 de maio,  e só vem para o Brasil no dia 7 de junho, vai ser passado antes disso ele passa em Cannes, festival que acontece até  o dia 26 desse mês.

A atriz francesa Audrey Tautou, conhecida mundialmente por ter interpretado o papel principal no filme "O Fabuloso Destino de Amelie Poulain", recebeu o convite para ser a mestre de cerimônia do festival de Cannes. Apesar da fama, Audrey ficou surpresa com o convite, alegando não ter experiência para apresentar a premiarão. "Fiquei um pouco sem saber o que fazer, na verdade, eu fiquei muito tocada pela oferta e fiquei muito tentada, mas ao mesmo tempo, não tenho experiência nisso, até mesmo para entrega de prêmios", disse Audrey.

A principal preocupação da atriz foi assistir as últimas edições do festival para entender a mecânica e o ritmo do palco. "Eu revi algumas cerimônias. Então, a partir daí, comecei a escrever o meu pequeno texto de apresentação", comentou. Audrey já atuou em diversos longas americanos e franceses e está acostumada com as câmeras, mas, dessa vez, o papel é diferente. "Eu sinto que esta é uma experiência única e por isso acho que devo viver isso totalmente. Além de ser uma oportunidade de me apresentar de uma maneira nova para o público".

Audrey Tautou é a responsável pela abertura do maior festival de cinema do mundo e também vai ser a responsável pela entrega da palma de ouro na noite de encerramento de Cannes, no dia 26 de julho.

Dois anos depois da explosão do escândalo sexual de Dominique Strauss-Kahn, o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a ser notícia, no Festival de Cannes, onde foram exibidas as primeiras cenas do filme de Abel Ferrara Welcome to New York, que narra a queda do político. As imagens de forte cunho sexual do filme, protagonizado por Gerard Depardieu, que interpreta DSK - que não tem seu nome pronunciado -, e pela atriz britânica Jacqueline Bisset circulam em Cannes.

Vincent Maraval, diretor da Wild Bunch, produtora do filme, estava na terça-feira (14) no famoso restaurante La Potinière, diante do Palácio dos Festivais, centro nervoso do festival de cinema, mostrando a todos que passavam, com visível satisfação, imagens de Depardieu em uma cama com mulheres nuas. As imagens entrecortadas por suspiros sugerem que o filme pretende retratar os detalhes sórdidos do suposto vício sexual de Dominique Strauss-Kahn, que até ser detido pela Polícia de Nova York, em maio de 2011, era apontado como o provável candidato socialista à Presidência da França.

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Em uma cena, um amigo pergunta a DSK por que se deixa levar pelo desejo sexual, e ele responde: "Você preferia jogar golfe?". O trailer de 1 minuto e 43 segundos também foi divulgado no Youtube, o que a Wild Bunch alega ter acontecido sem seu consentimento.

A produtora informou que as primeiras imagens do filme estão destinadas a ser exibidas no mercado de cinema de Cannes, visitado por centenas de compradores de todo o mundo. Ferrara, diretor de Vício Frenético, disse que o filme, que também abordará a batalha judicial de DSK, narra a queda em desgraça de um homem que estava no topo, que tinha tudo.

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