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O ex-piloto Nelson Piquet foi condenado em primeira instância a pagar uma indenização de R$ 5 milhões por falas racistas e homofóbicas dirigidas ao piloto de Fórmula 1 Lewis Hamilton, da Mercedes, durante entrevista a um canal do Youtube.

A decisão, de sexta-feira, 24, é do juiz Pedro Matos de Arruda da 20ª Vara Cível de Brasília. O juiz atendeu a uma ação impetrada pelas entidades Aliança Nacional LGBTI, Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas, Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de SP e FAecidh.

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As associações alegaram que Piquet violou direito fundamental difuso à honra da população negra e da comunidade LGBTQIA+ ao se referir em comentário a Hamilton como "neguinho" e ao proferir falas homofóbicas contra os também pilotos Keke e Nico Rosberg.

"O neguinho meteu o carro. O Senna não fez isso. O Senna saiu reto", comentou ao comparar um acidente envolvendo Hamilton em 2016 com o acidente envolvendo Ayrton Senna e Alain Prost, no GP do Japão em 1990. Em seguida, o piloto insultou Keke e Nico: "[Koke] é que nem o filho dele [Nico Rosberg]. Ganhou um campeonato... o neguinho devia estar dando mais c.. naquela época e ‘tava’ meio ruim, então... (risos)".

Embora a fala tenha sido direcionada ao piloto inglês, as associações argumentaram que houve a prática velada de ato racista e homofóbico, afetando "o direito de toda a sociedade de não se ver afrontada por ações dessa natureza", o que extrapolaria os limites da liberdade de expressão.

Em sua decisão, o juiz Pedro Matos de Arruda ressaltou o potencial de alcance e influência da fala do piloto brasileiro. "Esta ofensa é intolerável. Mais ainda quando se considera a projeção que é dada quando é uma pessoa tão reconhecida e tão admirada como o réu", escreveu na decisão o juiz.

Quanto ao valor da indenização e os critérios de apuração, o juiz levou em consideração o fato de Piquet ter feito doações para a campanha de reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2022, no valor de R$ 501 mil. Como a Lei nº 9.504/97, da Justiça Eleitoral, limita as doações e contribuições a campanhas eleitorais a 10% dos rendimentos brutos, o juiz considerou que Piquet teria arrecadado em 2021 mais de R$ 5 milhões.

"Considerando que o réu se propôs a pagar mais de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para ajudar na campanha eleitoral de um candidato à presidência república, objetivando certamente a melhoria do país segundo as suas ideologias, nada mais justo que fixar a quantia de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) - que é o valor mínimo de sua renda bruta anual - para auxiliar o país a se desenvolver como nação e para estimular a mais rápida expurgação de atos discriminatórios."

Entenda o caso

Trechos de uma entrevista concedida por Nelson Piquet ao canal do YouTube "Motorsports Talks" em novembro de 2021 ressurgiram nas redes sociais em julho do ano passado. Na conversa, o tricampeão mundial tece comentários racistas e homofóbicos em relação a Lewis Hamilton, a quem classificou como "neguinho".

Os comentários de Piquet viralizaram na internet e foram respondidos com repúdio por todo o ecossistema da Fórmula 1. Pilotos, equipes, jornalistas e fãs condenaram a atitude do piloto brasileiro, defendendo Hamilton e afirmando que não havia mais espaço para esse tipo de comportamento no esporte.

Em seu Twitter, o heptacampeão foi breve em sua resposta. Ele afirmou, em português, que era necessário "mudar a mentalidade". "É mais do que linguagem. Essas mentalidades arcaicas precisam mudar e não têm lugar no nosso esporte. Fui cercado por essas atitudes minha vida toda. Houve muito tempo para aprender. Chegou a hora da ação", disse o britânico.

A FIA se posicionou, afirmando que "condena veementemente qualquer linguagem e comportamento racista ou discriminatório, que não tem lugar no esporte ou na sociedade em geral." A Fórmula 1 também saiu em defesa de Hamilton. "A linguagem discriminatória ou racista é inaceitável sob qualquer forma e não tem parte na sociedade. Lewis é um embaixador incrível do nosso esporte e merece respeito."

Em contrapartida, Pique se desculpou por seus comentários justificando o uso do termo racista ao afirmar que o termo "neguinho" é usado como sinônimo de "rapaz" e "pessoa" no português brasileiro. "Eu gostaria de esclarecer a história que tem circulado na mídia a respeito de um comentário que fiz em uma entrevista no ano passado. O que eu disse foi mal pensado, e não há defesa para isso. Mas gostaria de esclarecer que o termo usado é historicamente usado de forma coloquial no português brasileiro como um sinônimo de rapaz ou pessoa, mas sem a intenção de ofender. Eu nunca usaria a palavra da qual tenho sido acusado em algumas traduções. Condeno toda e qualquer sugestão de que a palavra que usei tenha sido direcionada de forma depreciativa ao piloto por causa da cor de pele dele", disse o ex-piloto.

Apenas duas equipes não somaram pontos na atual temporada da Fórmula 1. Ao lado da AlphaTauri nesta marca negativa, a McLaren resolveu se mexer o demitiu o diretor técnico James Key, em início de "reestruturação técnica" para voltar ao pelotão de frente. Novo chefe, Andrea Stella criou um time com três profissionais para tentar reerguer a escuderia, em decadência na modalidade.

Lando Norris e Oscar Piastri ainda não conseguiram terminar entre os dez melhores no ano. No Bahrein e na Arábia Saudita, o inglês foi somente o 17º, enquanto o australiano abandonou na primeira prova e cruzou em 15º na segunda. Em preparação para o GP da Austrália, dia 2 de abril, a equipe já espera melhorar seu desempenho com os novos profissionais.

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Terceira no geral em 2020, a equipe vem em decadência, sendo quarta em 2021 e quinta em 2022. Andrea Stella assumiu a vaga de Andreas Seidl e começa a modificar a estrutura da equipe em parceria com o CEO, Zak Brown. Para o lugar de James Key ele terá o trio Peter Prodromou, liderando toda a função aerodinâmica, David Sanchez, cuidando de conceito e desempenho do carro, e Neil Houldey, como diretor de engenharia e design. Todos se reportarão a Stella.

"Gostaria de agradecer a James por seu trabalho árduo e comprometimento durante seu tempo na McLaren e desejar-lhe boa sorte no futuro", disse Stella. "Olhando para o futuro, estou determinado e totalmente focado em levar a McLaren de volta à frente do pelotão. Desde que assumi a função de chefe de equipe, recebi o mandato de adotar uma abordagem estratégica para garantir que a equipe tenha uma base de longo prazo, para que possamos construí-la ao longo dos anos", justificou as mudanças.

Stella explicou as ambições já para a atual temporada. "Essa nova estrutura fornece clareza e eficácia dentro do departamento técnico da equipe e nos coloca em uma posição forte para maximizar o desempenho, inclusive otimizando as novas atualizações de infraestrutura que teremos em 2023", disse.

"É importante agora garantirmos uma base sólida para a próxima fase de nossa jornada. Está claro para mim há algum tempo que nosso desenvolvimento técnico não se moveu em um ritmo rápido o suficiente para corresponder à nossa ambição de voltar à frente do grid", acrescentou Brown.

Sergio Pérez conquistou o GP da Arábia Saudita neste domingo, pela segunda etapa do Mundial de Fórmula 1, em uma prova que mais uma vez comprovou a força dos carros da Red Bull. Na segunda colocação, a escuderia austríaca emplacou o holandês Max Verstappen que, mesmo largando em 15º, fez uma corrida de recuperação e conseguiu o segundo posto. O resultado consagra a 24ª vez que a equipe consegue colocar seus dois pilotos no lugar mais alto do pódio. O mexicano, que também ganhou na Arábia Saudita no ano passado, obteve a quinta vitória da sua carreira.

Fernando Alonso, da Aston Martin, terminou a prova em terceiro lugar, fez festa por cravar a marca de cem pódios em sua trajetória, mas no final, tudo isso não valeu. Ele acabou punido pela direção da prova e a terceira posição do GP da Arábia Saudita acabou ficando com George Russell, da Mercedes.

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Na classificação, a disputa está apertada. Verstappen, graças à melhor volta feita no último giro, lidera a tabela com 44 pontos, um a mais que Pérez. A decepção fica por conta das Ferraris, que depois de um bom começo, sucumbiu na segunda metade da corrida e não conseguiu brigar em nenhum momento pelo primeiro lugar.

Depois de duas etapas realizadas, o calendário da Fórmula 1 volta a acontecer no próximo dia 2 de abril com o GP da Austrália.

A prova teve início com uma largada sensacional de Fernando Alonso, que saiu mais forte e tomou a primeira posição de Sérgio Pérez ainda na primeira curva. George Russel, Lance Stroll Carlos Sainz, Sebastian Ocon e Lewis Hamilton ocuparam as sete primeiras posições nas voltas iniciais. O início da prova também teve um começo positivo para dois dos pilotos que estão acostumados a brigar pela liderança.

Charles Leclerc, que largou na quinta fila, logo ganhou três posições e ficou em nono lugar. Ele manteve a pressão para cima de Pierre Gasly e, na sétima volta, já estava em oitavo. Verstappen, que também precisou apostar uma estratégia de recuperação, ganhou duas posições e foi para 13º. No oitavo giro já estava entre os dez primeiros.

A ousadia de Alonso em pular para a liderança teve um preço. Ele sofreu uma punição na largada por não se posicionar corretamente para a bandeirada inicial e sofreu uma punição de cinco segundos. Na disputa acirrada ainda nas primeiras voltas, Sergio Pérez conseguiu dar o troco no espanhol e assumiu o primeiro lugar ainda na quarta volta.

Hamilton reclamou da falta de aderência de sua Mercedes e não suportou a pressão da Ferrari de Leclerc caindo para oitavo. Assim como o piloto monegasco, Verstappen também deixou o heptacampeão pelo caminho se colocando entre os oito primeiros.

Na briga pela liderança, Pérez conseguiu abrir uma pequena vantagem de quatro segundos para Alonso. Russel, Sainz, Leclerc e Verstappen já ocupavam as seis primeiras colocações com 15 voltas disputadas. Um dos poucos a apostar em pneus macios, o monegasco parou nos boxes no giro 17 e, assim, deixou o holandês da Red Bull com o quarto posto.

A bandeira amarela acabou sendo acionada logo na sequência em função da quebra da Aston Martin de Lance Stroll por causa de um princípio de incêndio nos freios dianteiros. Com o Safety Car na pista, Alonso e Russell aproveitaram para visitar os boxes. A relargada apresentou Verstappen em quarto à frente da Ferrari de Sainz e Hamilton sofrendo pressão de Leclerc.

Um erro no traçado de curva acabou custando a quinta posição para o espanhol ferrarista. Hamilton se aproveitou da brecha e avançou em mais uma posição na corrida. Antes mesmo da metade da prova, Verstappen colheu frutos pelo seu ritmo mais intenso, ultrapassou Russell e já passou a ocupar uma vaga no pódio com o terceiro lugar. No giro 25 foi a vez de a Aston Martin de Alonso ser vítima da voracidade do holandês. Ele assumiu a vice-liderança e ficou atrás somente do seu companheiro de equipe Sergio Pérez.

Com os dois carros ocupando as duas primeiras posições, a Red Bull passou a esperar o melhor momento de fazer valer a sua estratégia. Cravando o tempo na casa de 1min32 segundos, os dois passaram a alternar a melhor volta da prova.

Mas se a principal escuderia da F-1 só tinha olhos para a briga de seus pilotos pela liderança, a Ferrari teve uma sensível queda de rendimento a partir da segunda metade. Sem conseguir manter o bom início, Sainz e Leclerc se mantiveram no sexto e sétimo posto respectivamente na altura da volta 34 com Hamilton em quinto.

Na briga pelo primeiro lugar, Pérez conseguiu manter a vantagem de pouco mais de quatro segundos e meio para Max Verstappen. Sem conseguir encostar nos dois carros da Red Bull, Alonso passou a defender o terceiro lugar a fim de garantir mais uma vez uma vaga no pódio, mantendo uma vantagem de cinco segundos para Russell, o quarto colocado.

No final da corrida, sem força para diminuir a diferença que girava nos cinco segundos, Verstappen se concentrou em obter a melhor volta e o fez no finalzinho, garantindo assim a liderança do Mundial de pilotos.

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Confira a classificação final do GP da Arábia Saudita:

1º - Sergio Pérez (MEX/Red Bull), em 1h21m14s894

2º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 5s355

3º - George Russell (ING/Mercedes), a 25s866

4º - Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), a 30s728

5º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), a 31s065

6º - Carlos Sainz (ESP/Ferrari), a 35s786

7º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), a 48s162

8º - Esteban Occon (FRA/Alpine), a 52s832

9º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), a 54s747

10º - Kevin Magnussen (DIN/Haas), a 1min04s826

11º - Yuki Tsunoda (JAP/Alpha Tauri), a 1min07s494

12º - Nico Hulkenberg (ALE/Haas) a 1min10s588

13º - Guanyu Zhou (CHI/Alfa Romeo), a 1min16s060

14º - Nick de Vries (HOL/AlphaTauri), a 1min17s478

15º - Oscar Piastri (AUS/McLaren), a 1min25s021

16º - Logan Sargeant (EUA/Williams), a 1min26s293

17º - Lando Norris (ING/McLaren), a 1min26s445

18º - Valtteri Bottas (FIN/Alfa Romeo), a 1 volta

Não completaram a prova:

Alexander Albon (TAI/Williams)

Lance Stroll (CAN/Aston Martin)

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP-DFT) pediu nesta quarta-feira, dia 8, a condenação de Nelson Piquet, campeão mundial da Fórmula 1, em processo movido no último ano a partir de coletivos sociais por falas racistas e homofóbicas dirigidas ao piloto Lewis Hamilton, da Mercedes, durante entrevista a um canal do Youtube. O caso se deu em 2021, mas ganhou notoriedade somente em 2022. Piquet pode arcar com até R$ 10 milhões, caso Justiça ratifique a decisão.

Na ocasião, Piquet menosprezou Lewis Hamilton, referindo-se a ele apenas como "neguinho", quando comentou sobre acidente entre o piloto inglês sete vezes campeão do mundo e Max Verstappen no Grande Prêmio de Silverstone. Verstappen é, inclusive, namorado da filha de Nelson Piquet, Kelly.

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O ex-piloto também incorreu no crime de homofobia, ao citar que "'o neguinho' deveria estar dando mais c* naquela época", quando se referiu à temporada de 2016, na qual Hamilton perdeu o título mundial para Nico Rosberg.

No parecer do caso, ao qual o Estadão teve acesso na íntegra, a promotora de Justiça Polyanna Silvares de Moraes Dias destacou que o piloto teria pedido desculpas inicialmente, mas voltou atrás e defendeu que não teria cometido nenhum ato que configurasse o crime de racismo. "Isso é tudo besteira, eu não sou racista. Não há nada, nada que eu disse errado", foi alguns dos trechos destacados no documento.

O documento, que corre na Terceira Vigésima Vara Cível de Brasília, conta com 14 páginas. Além dos "danos morais e coletivos à população negra, à comunidade LGBTQIA+ e ao povo brasileiro", o auto também destaca as doações do piloto - cerca de R$ 500 mil - à campanha de reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022.

De acordo com a defesa do réu, as falas de Piquet não configuram racismo, mas injúria racial. "A conduta do requerido não atingiu direito difuso, pois não configurou racismo e sua adequação típica recairia na injúria racial, que atinge a honra", cita sua defesa.

Neste ponto, a promotora destaca que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a injúria é uma espécie de racismo, em julgamento de pedido de Habeas Corpus de 2021 - o qual foi negado. O relator do caso na ocasião foi o ministro do Supremo, Edson Fachin. Em resposta, as autoras citam que, além das falas recaírem em racismo, foram amplamente divulgadas em espaço digital, o que amplifica a divulgação de seu conteúdo. O processo foi movido por quatro entidades sociais: Aliança Nacional LGBTI, Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas, Centro Santos Dias de Direitos Humanos e EducAfro.

"O racismo, quando levado a efeito por uma figura pública conhecida em todo território nacional, como é o caso do réu, que tem total clareza acerca do alcance de suas falas e do dever indeclinável de cumprimento do ordenamento jurídico iniciando-se pela Constituição Federal, é definitivamente ainda mais nocivo à coletividade de pessoas negras", explicou a promotora, ao acolher o pedido feito pelas autoras.

"A atitude do réu traduz claramente a sua concepção do profissional de cor negra, incapaz de ser bem-sucedido em razão de sua competência, fazendo-se necessária a utilização de outros meios, tais como a subjugação, a humilhação e a inferiorização diante de pessoas brancas que seguem os padrões heteronormativos", afirmou em outro trecho.

No documento, a defesa de Piquet cita que, devido ao piloto não possuir redes sociais, o pedido de condenação não teria possibilidade jurídica. Além disso, sua conduta não teve "dolo" ou intenção de ferir algum grupo. Para a promotora, apesar desses pontos, foram ressaltadas as consequências do discurso de Piquet sobre a sociedade, reiterando a difusão digital da informação - apesar de Piquet não possuir redes sociais.

"Por fim, assevera-se que, nos dias atuais, todo e qualquer tipo de conteúdo exposto na televisão ou na internet é capaz de gerar danos incalculáveis às pessoas a ele expostas, posto que acesso é amplo, podendo alcançar milhões de pessoas em um curtíssimo espaço de tempo, como ocorreu no caso presente, em que uma entrevista que, outrora, poderia ser taxada como singela difundiu-se amplamente, chegando ao plano internacional", explica a promotora. "Não pairam dúvidas, pois, de que o requerido viola severamente os direitos e a dignidade das pessoas pertencentes à comunidade LGBTQIA+ e negra, para além de estimular a prática da violência simbólica, argamassa de todas as outras violências de gênero e orientação."

A temporada 2023 começa como terminou o ano de 2022. Com Verstappen sobrando na pista. Neste domingo, o piloto holandês voltou a mostrar a supremacia dos carros da Red Bull e abriu o ano com mais uma vitória no GP do Bahrein. Essa foi a sua 36ª vitória. Sérgio Pérez, seu companheiro de equipe, fechou a prova em segundo lugar. As emoções, no entanto, ficaram por conta do espanhol Fernando Alonso. A bordo da sua Aston Martin, ele contou com a quebra de motor de Charles Leclerc já na segunda metade da corrida para, partir para cima de Carlos Sainz e, numa pilotagem com alto grau de arrojo, garantir um lugar no pódio com o terceiro lugar na corrida.

A temporada se desenha mais uma vez com o predomínio da Red Bull tendo a Ferrari como segunda força. No entanto, o bom desempenho de Alonso promete colocar a Aston Martin no papel de uma provável surpresa ao logo das 23 corridas que vão compor o calendário deste ano da F-1. A próxima etapa da acontece no dia 19 de março, na Arábia Saudita.

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Com a presença de Alonso no pódio, o ferrarista Carlos Sainz teve que se contentar com o quarto lugar. Hamilton chegou na quinta posição com Lance Stroll em sexto e George Russell na sétima colocação.

O GP do Bahrein contou com uma bela largada de Max Verstappen. Leclerc saltou logo para o segundo lugar. Alonso não iniciou bem e perdeu algumas posições no início. A bandeira amarela foi acionada após um toque de Lance Stroll em seu pneu traseiro. O espanhol, porém, logo deu início à uma corrida de recuperação e, na 13ª volta, buscou a quinta posição ao ultrapassar George Russell.

O alto consumo de pneus no GP do Bahrein fez com que os competidores apostassem logo em uma parada nos boxes. Verstappen foi um dos primeiros a uar essa estratégia e deixou a ponta para Pérez que esperou mais algumas voltas para também trocar os pneus.

Na volta 19, o holandês já era líder novamente, com o ferrarista Charles Leclerc em segundo, Pérez em terceiro, Sainz em quarto e Hamilton fechado o top cinco da prova. A primeira prova do ano, no entanto, não foi boa para a McLaren de Oscar Piastri. Ele teve um problema na caixa de câmbio, mas ao parar, não conseguiu retornar para a prova.

O rendimento do líder Verstappen começou a fazer a diferença já no giro 21, quando o holandês já tinha uma vantagem de pouco mais de dez segundos para a Ferrari de Leclerc. Em busca de uma aproximação, Pérez conseguiu a melhor volta da corrida ao cravar 1min37s240 na volta 22 e esquentou a disputa pelo segundo posto.

Com o carro mais rápido, Pérez acabou reconquistando a vice-liderança na volta 26. Sem chances de defender a posição, o monegasco da Ferrari não dificultou a passagem do rival da Red Bull, que passou a dominar as duas primeiras colocações.

Com pouco mais da metade da prova concluída, a Red Bull deu mostras mais uma vez de que está sobrando em relação às concorrentes. Com uma vantagem de 15 segundos para Sérgio Pérez, Verstappen liderou com tranquilidade. As Ferraris de Leclerc e Sainz vieram logo depois. A bordo de sua Aston Martin, Fernando Alonso brigou muito para tentar fazer frente às Mercedes de Lewis Hamilton e George Russell.

Um dos momentos mais emocionantes da corrida aconteceu entre as voltas 37 e 39, na briga de Alonso e Hamilton pela quinta posição. Na primeira tentativa, o espanhol chegou a ultrapassar o heptacampeão, mas levou o troco na retomada de velocidade na curva. Em seguida, ele repetiu a manobra e, com mais potência, acabou deixando o inglês para trás, assumindo o quinto posto.

Na volta 41, uma pane no carro de Leclerc provocou a entrada do Safety Car. O piloto teve que abandonar a corrida quando estava na terceira posição e seu companheiro de equipe passou a ocupar o terceiro lugar. Com a parada, a Aston Martin passou a figurar com seus dois pilotos entre os seis primeiros colocados. Alonso virou quarto e Lance Stroll passou a ser o sexto. Com Hamilton em quinto.

E foi na reta final que o Alonso deu o algo a mais. Ele passou a pressionar Pérez e, na volta 46, conseguiu ultrapassar a Ferrari conseguindo a terceira colocação e garantindo um lugar no pódio. Ao cruzar a linha de chegada ele fez seguidos zigue-zagues após receber a bandeirada como forma de comemoração ainda na pista.

 

Confira a classificação final do GP do Bahrein:

1º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), em 1h33m56s736

2º - Sergio Pérez (MEX/Red Bull), a 11s987

3º - Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), a 38s637

4º - Carlos Sainz Jr. (ESP/Ferrari) a 48s052

5º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), a 50s977

6º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin) a 54s502

7º - George Russell (ING/Mercedes), a 55s873

8º - Valtteri Bottas (FIN/Alfa Romeo), a 1min12s647

9º - Pierre Gasly (TAI/Williams), a 1min13s753

10º - Alexander Albon (TAI/Williams), a 1min29s774

11º - Yuki Tsunoda (JAP/AlphaTauri), a 1min30s870

12º - Logan Sargeant (EUA/Williams), a 1 volta

13º - ,Kevin Magnussen (DIN/Haas) a 1 volta

14º - Nyck De Vries (HOL/AlphaTauri), a 1 volta

15º - Nico Hulkenberg (ALE/Haas), a 1 volta

16º - Zhou Guanyu (CHN/Alfa Romeo)

17º - Lando Norris (CAN/McLaren), a 2 voltas

Não completaram a prova:

Esteban Ocon (FRA/Alpine)

Charles Leclerc (MON/Ferrari)

Oscar Piastri (AUS/McLaren)

A relação de Ayrton Senna e o Autódromo de Interlagos segue próxima. Em março deste ano, mês em que o ex-piloto completaria 63 anos, o Instituto do tricampeão mundial da F-1 irá inaugurar um busto completo do ídolo brasileiro e um circuito interativo dentro do autódromo paulista para o público em geral.

Por meio de tecnologia e atividades interativas, o público poderá passar por todas as conquistas das 11 temporadas de Ayrton Senna na F-1. Além disso, o local terá o busto de Ayrton Senna, também batizado de Nosso Senna, feito realizado por Lalalli Senna, artista multiplataforma e sobrinha do piloto, a partir da encomenda vinda da própria mãe de Ayrton, Dona Neyde.

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"Fico feliz de finalmente poder fazer a entrega completa desse projeto como idealizado pela família, com a abertura oficial da escultura ao público, e dos circuitos de estações interativas que planejamos com tanto carinho aos fãs e apoiadores do Ayrton. Esse projeto veio da encomenda da própria mãe do Ayrton, de tangibilizar o ‘Beco’, o Ayrton que nós conhecemos como família para a linguagem artística, o que foi um grande desafio. Depois decidimos como família ampliar o projeto e compartilha-lo com os fãs que sempre estiveram ao seu lado. O Ayrton era uma figura admirada por muitas pessoas, por ter representado tão bem os aspectos luminosos do Brasil com garra, força e vencendo do jeito certo", disse Lalalli Senna.

"A minha ideia é que as pessoas também vejam a si mesmas na imagem dele, como parte desse Brasil luminoso e vencedor, pois ele existe em cada um de nós. Além disso, a figura pública ‘Ayrton Senna do Brasil’ foi formada com o carinho das pessoas que torceram por ele. E isso está refletido na materialidade e sentido da obra", completou a responsável pelo busto.

A escultura de Ayrton Senna tem mais de três metros de altura e pesa mais de 500 quilos. A obra chegou ao Autódromo de Interlagos para a última edição do Grande Prêmio de São Paulo de F-1, em comemoração aos 50 anos da primeira edição do evento, e agora será aberta ao público em geral.

"Muita gente tem me perguntado quando e como poderiam ir visitar a obra, e agora ela foi finalmente entregue de forma oficial e a ideia é que sempre que o circuito estiver aberto ao público, as pessoas possam vir conhecer o busto e se divertir com as estações interativas. Agora é pra valer!", complementa Lalalli Senna.

O local, que será apresentado ao público entre os dias 2 e 5 de março, ficará localizado dentro do Setor A, uma das arquibancadas principais do Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

ESPAÇO INTERATIVO

O Circuito Nosso Senna apresenta QR-Codes que possibilitam o acesso dos visitantes a declarações de Ayrton Senna, fatos e fotos marcantes de carreira da carreira do piloto brasileiro. Relembrando o sucesso que o tricampeão mundial do Brasil tinha na chuva, uma parte do espaço terá frases motivacionais escritas no chão em uma tinta que só pode ser vista em contato com a água.

"Esse espaço é especial, porque ajuda a aproximar cada vez mais o público jovem da história e do legado do Ayrton. Muitas pessoas não conseguiram ver o Senna correndo no autódromo ou mesmo pela TV, então nosso objetivo é cada vez mais resgatar as conquistas dele, o lado humano e trazer um pouco do que a nossa família pôde vivenciar ao lado do Ayrton", comentou Bianca Senna CEO de Senna Brands e sobrinha de Ayrton Senna.

"O circuito Nosso Senna não é apenas um presente para São Paulo, mas sim, para toda a população brasileira. Ayrton Senna conquistou o reconhecimento mundial e os corações de muitas gerações. Assim, com o projeto e com a tecnologia, desejamos que todos os visitantes, tanto os que viram Ayrton nas pistas, quanto os que não eram nascidos ainda, compreendam mais o porquê de Ayrton ser chamado de Herói", diz Karina Israel, CEO da YDreams Global.

Foto: Fábio Falconi/ Divulgação

Piloto reserva e de testes da Aston Martin, o brasileiro Felipe Drugovich poderá fazer sua estreia na Fórmula 1 no próxima final de semana, quando ocorre a primeira corrida da temporada no Bahrein. A Aston Martin afirmou em comunicado divulgado na manhã deste domingo, 26, que caso Lance Stroll não tenha condições de pilotar o carro, Drugovich será seu substituto.

Na última terça-feira, 21, o canadense sofreu um acidente de bicicleta na Espanha e fraturou os dois pulsos. De acordo com a equipe, Stroll ainda é prioridade e eles acompanham com atenção a recuperação do piloto. Caso não haja condição de retorno às pistas, Drugovich será o companheiro de Fernando Alonso.

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"A equipe dará a Lance (Stroll) todas as chances para correr, enquanto se recupera de sua lesão. Caso ele não esteja apto para competir, Felipe (Drugovich) pilotará o AMR23 ao lado de Fernando (Alonso)", afirmou o time em suas redes sociais.

O anúncio ocorre após o surgimento de rumores de que Sebastian Vettel, que corria na equipe até ano passado, quando se aposentou, poderia ser o substituto de Stroll. Com isso, a Aston Martin bota um fim nos boatos e aposta na qualidade do brasileiro.

Campeão da Fórmula 2 em 2022, Drugovich assumiu o carro esmeralda na pré-temporada da F-1 após a lesão de Stroll. O brasileiro correu na quinta-feira e no sábado, chegando a anotar o terceiro tempo mais rápido em uma das sessões.

Os amantes da velocidade finalmente puderam ver os carros de Fórmula 1 na pista, no primeiro dia de testes da pré-temporada. A quinta-feira (23) terminou sem surpresas, com a RBR de Max Verstappen na liderança dos treinos.

O atual bicampeão da categoria deu 157 voltas no circuito do Bahrein, local onde a temporada começa no dia 5 de março. Ele ficou com o melhor tempo de 1m.32.837s. Em segundo, outro campeão do mundo, Fernando Alonso, que cravou 1m32.866s. O espanhol deu 60 voltas com seu Aston Martin.

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Fechando o "pódio" do primeiro dia de testes da F1 a Ferrari de Carlos Sainz com 1m33.253s em 72 voltas. Além de liderar o treino, Verstappen ainda foi o piloto que mais deu voltas no circuito do Bahrein.

Os testes de pré-temporada da Fórmula 1 começaram nesta quinta-feira, no Bahrein, com brasileiro na pista. Como o canadense Lance Stroll se lesionou durante um acidente de bicicleta, o reserva Felipe Drugovich foi escolhido pela Aston Martin para abrir a primeira sessão de treinamentos e terminou com o sétimo tempo após ser atrapalhado por uma falha elétrica no carro logo na primeira volta.

A sessão havia começado há apenas dez minutos quando Drugovich foi para a pista e parou de repente, forçando uma precoce bandeira vermelha. Após uma pausa de cerca de 25 minutos, o treino foi retomado. O brasileiro conseguiu voltar para a pista, fez boas voltas, recebeu elogios da transmissão oficial da F1 TV e cravou 1min34s564 como seu melhor tempo.

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Atual campeão da Fórmula 2, Felipe Drugovich, de 22 anos, pilotou um carro da Fórmula 1 pela terceira vez. As duas primeiras foram no ano passado, quando testou com um modelo antigo da Aston Martin no Circuito de Silverstone e representou a equipe no primeiro treino livre do GP de Abu Dabi, a última etapa da temporada 2022.

Caso Stroll não se recupere a tempo, o piloto brasileiro pode sonhar até em disputar sua primeira corrida de F-1 na carreira, mas a Aston Martin confia que terá o canadense à disposição. A etapa de abertura do campeonato está marcada para daqui a pouco mais de uma semana, no dia 5 de março, também no Bahrein.

VERSTAPPEN NA PONTA

O melhor tempo da primeira sessão de treinamentos foi do atual campeão Max Verstappen, que fez sua Red Bull completar o Circuito Internacional do Bahrein em 1min32s959, seguido por Carlons Sainz (1min33s253), da Ferrari, e Alexander Albon (1min33s671), da Williams. Zhou Guanyu, da Alfa Romeo, George Russell, da Mercedes e Nico Hulkenberg, da Haas, também ficaram na linha de frente acima de Drugovich. Já Yuki Tsunoda, da Alpha Tauri, Pierre Gasly, da Alpine, e o novato Oscar Piastri, da McLaren, terminaram abaixo dele.

Outra sessão ocorre ao longo desta quinta-feira, com a participação dos pilotos que não foram para a pista durante a primeira. Na Aston Martin, Drugovich dá lugar a Fernando Alonso. Os treinos continuam até sábado.

O piloto Felipe Drugovich vai receber sua primeira oportunidade na Aston Martin neste ano já na pré-temporada da Fórmula 1. Nesta terça-feira, o brasileiro foi confirmado no primeiro dos três dias de testes, no Bahrein. Ele vai substituir o titular canadense Lance Stroll, vetado da pré-temporada após sofrer acidente de bicicleta.

Drugovich vai para a pista na manhã desta quinta-feira. No período da tarde, o novo carro da Aston Martin terá em seu cockpit o veterano Fernando Alonso, grande novidade do time para este ano. A equipe ainda não confirmou qual será a programação para sexta e sábado, no Bahrein.

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O piloto espanhol deve concentrar as atenções da Aston Martin, que também pode mandar para a pista o belga Stoffel Vandoorne, o outro piloto reserva do time. Curiosamente, a Aston Martin anunciou na segunda que ambos os reservas serão compartilhados com a McLaren nas primeiras 15 etapas do campeonato deste ano, que tem 23 corridas no total. Mas a estreia deles no ano deve ser mesmo com a Aston Martin.

Na quinta, Drugovich vai pilotar um carro da Fórmula 1 pela terceira vez. As duas primeiras foram no ano passado, quando testou com um modelo antigo da Aston Martin no Circuito de Silverstone e representou a equipe no primeiro treino livre do GP de Abu Dabi, a última etapa da temporada 2022.

A nova oportunidade não estava no radar do brasileiro, campeão da Fórmula 2 no ano passado. Isso porque a Aston Martin seria representada nestes testes pelos seus titulares, Alonso e Stroll. Mas o canadense sofreu um acidente de bicicleta no fim de semana e, na segunda, foi vetado da pré-temporada.

Caso Stroll não se recupere totalmente a tempo, o piloto brasileiro pode sonhar até em disputar sua primeira corrida de F-1 na carreira. A etapa de abertura do campeonato está marcada para o dia 5 de março, também no Bahrein.

O heptacampeão Lewis Hamilton está pronto para desafiar a proibição de declarações políticas instituída na Fórmula 1 em dezembro do ano passado, com uma atualização no Código Desportivo Internacional da Federação Internacional de Automobilismo. Após não tocar no tema desde o anúncio da restrição, o britânico de 38 anos deu sua opinião ao ser questionado sobre o assunto na quarta-feira, durante a apresentação do novo carro da Mercedes para a temporada 2023.

"Não me surpreende (a decisão da FIA)", disse o piloto. "Nada vai me impedir de falar sobre as coisas pelas quais eu sinto paixão ou problemas que existem por aí. Eu acredito que o esporte tem uma responsabilidade, ainda, de se comunicar como um meio de criar consciência sobre tópicos importantes, principalmente porque estamos sempre viajando para todos esses lugares diferentes. Então, nada muda", concluiu.

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A atualização do código da FIA determinou que pilotos solicitem uma permissão escrita caso queiram fazer "declarações ou comentário políticos, religiosos e pessoais" em entrevistas realizadas durante os finais de semana de corrida. Hamilton é conhecido por seu engajamento em diferentes causas, como a luta por justiça social, o combate ao racismo, a proteção à comunidade LGBT+ e demais assuntos relacionados aos direitos humanos.

Ao comentar sobre a possibilidade de ser penalizado em caso de violação da regra, Hamilton disse entender que "não seria inteligente dizer que gostaria de receber pontos extras de penalidade", mas garantiu que encontrará uma forma de continuar se expressando. "Continuarei falando. Nós ainda temos essa plataforma, há muitas coisas que precisam ser resolvidas", afirmou.

Companheiro de Hamilton na Mercedes e diretor da Associação de Pilotos, George Russell também criticou as determinações da federação. "Eu acho que é completamente desnecessário no esporte e no mundo que nós vivemos neste momento. Naturalmente, estamos atrás de esclarecimentos e confio que isso será resolvido".

A Ferrari lançou seu novo carro, o SF-23, nesta terça-feira, e já mandou o veículo para a pista em Maranello, diante de uma arquibancada com fãs da escuderia. Charles Leclerc foi o primeiro a pilotar e teve a primeira volta transmitida ao vivo para o mundo todo. Depois dele, foi a vez do parceiro Carlos Sainz fazer os testes. A ordem de entrada na pista, contudo, não indica uma hierarquia interna. Segundo Frederic Vasseur, chefe da equipe italiana desde dezembro do ano passado, os dois receberão a mesma dose de pressão ao longo da temporada 2023.

"Honestamente, não me importo (quem é o mais rápido). O mais importante é ter a Ferrari em primeiro lugar - essa é a meta de toda a equipe", afirmou o dirigente francês ao ser questionado sobre o assunto durante a apresentação do SF-23. "Com certeza, vamos pressionar os dois pilotos da mesma maneira. Vamos ver o que acontece no Bahrein, mas o mais importante é colocar a Ferrari em primeiro lugar", concluiu

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Vasseur tem a missão de levar a Ferrari de volta ao topo da Fórmula 1. A equipe não tem um piloto campeão desde 2007, ano do título de Kimi Raikkonen, e não vence o Mundial de Construtores desde 2008. "No final das contas, acho que o mais importante é ter sucesso - teremos que entregar. Não quero ficar muito feliz porque estou na Ferrari. O mais importante é vencer e o desafio está à nossa frente", afirmou o chefe ferrarista.

Durante a temporada passada, a Ferrari teve um bom desempenho nas primeiras corridas, especialmente com Charles Leclerc, mas viu Max Verstappen crescer rapidamente e dominar o campeonato. Um dos problemas enfrentados em 2022 foi a confiabilidade da unidade de potência, que recebeu toda a atenção dos engenheiros desde a dupla desistência em Baku.

"Nosso carro de 2023 é uma evolução daquele que corremos no ano passado, mas, na realidade, foi completamente redesenhado", disse o chefe da área de chassis, Enrico Cardile. "No lado aerodinâmico, aumentamos a força descendente vertical para nos adaptarmos ainda mais aos novos regulamentos aerodinâmicos e alcançar as características de equilíbrio desejadas. A suspensão também foi redesenhada para apoiar a aerodinâmica e aumentar a gama de ajustes que podem ser feitos no carro", completou.

O SF-23 também teve alterações no chassi e na pintura, agora com mais espaço para a cor preta junto ao tradicional vermelho. É possível observar algumas mudanças claras, como a haste mais baixa da suspensão dianteira e adaptações na asa dianteira. Para Leclerc, as primeiras impressões com o carro na pista foram boas

"Estou realmente ansioso por este novo carro e acho que fizemos um ótimo trabalho nele, tentando resolver os pontos fracos. Espero que seja melhor, mas o objetivo é vencer, claro. Quero dizer, a sensação de vencer é o que me motiva, motiva toda a equipe também, então estou realmente ansioso para voltar ao carro e espero tentar vencer o campeonato", afirmou o piloto monegasco.

Leclerc e Sainz poderão tirar mais conclusões sobre o SF-23 nos testes de pré-temporada, de 23 a 25 de fevereiro, no Bahrein, onde também será realizado o primeiro GP do ano, no dia 5 de março.

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Nas próximas duas semanas, todas escuderias presentes no grid da Fórmula 1 2023 apresentarão seus carros com novo desenho e também novidades na carroceria e motor. O primeiro a trazer a nova pintura foi a Hass que apresentou o carro com novo desenho nesta segunda-feira (31). 

No dia 3 de fevereiro é a vez da atual campeã de construtores Red Bull Racing, apresentação que inclusive estará repleta de expectativas muito por conta de mudanças no motor e também na pintura onde se especula um carro na cor branca.

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Quem com certeza não deve abandonar sua cor de praxe é a Ferrari que não abrir mão do vermelho. O carro será apresentado no dia 14 de fevereiro. Já no dia 15 é a vez da Mercedes que ainda vive uma incógnita em relação a renovação de Lewis Hamilton.

Confira a data de apresentação das outras equipes. 

03.02 - Red Bull 

 06.02 - Williams 

07.02  - Alfa Romeo 

11.02  - AlphaTauri

13.02  - Aston Martin e McLaren 

14.02  - Ferrari

15.02  - Mercedes

16.02  - Alpine

A Haas apresentou, nesta segunda-feira (31), a pintura do VF23, carro que será usado pela escuderia na temporada de 2023 da Fórmula 1. A equipe foi a primeira do grid da categoria a apresentar o novo design, mas sobre o motor e outros pontos do carro o mistério foi mantido. 

O carro ganhou uma tonalidade de cor preta que agora é predominante, mudança importante visto que na temporada passada a cor predominante era o branco. A cor branco ainda está presente, mas só na parte dianteira e em um pedaço da parte superior. 

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A asa dianteira também teve uma inversão de cores. A peça que era branca com dizeres vermelho agora é toda vermelha com dizeres branco. O anúncio no geral foi sem a pompa de costume e foi feito pela rede social, isso porque o carro propriamente dito ainda é um mistério guardado pela equipe.

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Sete vezes campeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton revelou traumas que sofreu durante sua infância na escola, com insultos racistas e humilhações. Segundo o piloto da Mercedes, este período foi "o mais traumático" de sua vida, no qual recebeu diversos xingamentos e bananas foram jogadas em sua direção.

Em entrevista ao podcast "On Purpose", transmitido na segunda-feira, o piloto de 38 anos deu detalhes de sua infância. Nascido em Stevenage, pequena cidade localizada no condado de Hertfordshire, Hamilton contou detalhes de seus primeiros anos da infância.

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"Eu já sofria bullying aos seis anos de idade. Naquela escola em particular, eu era uma das três crianças negras e muitas vezes sofria bullying de meninos mais velhos e fortes", revela o piloto. "Golpes constantes, atiravam coisas em mim, como bananas, pessoas te chamando de mestiço, e não sabia onde era o meu lugar. Isso para mim foi difícil."

"Não tinha vontade de ir para casa e explicar aos meus pais que eu havia sofrido bullying ou havia sido espancado na escola. Não queria que meu pai pensasse que não era forte", diz o piloto. Atualmente, Hamilton é o único piloto negro na Fórmula 1. Em 2021, fundou a instituição Mission 44, para promover a inclusão social no automobilismo, e já se posicionou contra o racismo no esporte nos últimos anos.

Hamilton está em sua 17ª temporada na Fórmula 1, Hamilton possui mais um ano de contrato com a Mercedes, mas pode renovar seu contrato. Na mesma entrevista, o piloto revelou que vê dificuldades para parar de correr.

"Eu faço isso há 30 anos. Quando você parar, o que vai acontecer para combinar com isso? Nada se compara a estar em um autódromo, estar em uma corrida, estar no auge do esporte e estar à frente do grid ou passar por aquela emoção que sinto", afirma. "Quando eu parar, haverá um grande buraco (na minha vida), então estou tentando me concentrar e encontrar coisas que possam substituir isso e ser igualmente gratificantes."

O brasileiro Pietro Fittipaldi vai seguir na Fórmula 1 na temporada 2023. O neto de Emerson Fittipaldi vai completar sua quinta temporada como piloto reserva e de testes da equipe Haas, na qual já obteve a oportunidade de pilotar em duas corridas do principal campeonato de automobilismo do mundo, em 2020.

A renovação do seu contrato com o time americano foi confirmada nesta terça-feira. "Estou muito feliz em continuar com a Haas, uma equipe que eu considero uma família. Será minha quinta temporada na Fórmula 1 como piloto reserva e de testes, e eu estou super animado por estar entrando em 2023, saindo de uma temporada muito competitiva", comentou o brasileiro.

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Com o acerto, Pietro poderá receber novas oportunidades tanto em treinos livres quanto em corridas, caso necessário. Em 2020, ele fez sua estreia numa prova da F-1 ao substituir Romain Grosjean, então titular da Haas. O francês havia sofrido grave acidente e não pôde disputar as duas últimas corridas daquele ano.

Pietro, então, foi titular nos GPs de do Bahrein e de Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos. E ganhou elogios do chefe da Haas, Günther Steiner, que voltou a exaltar o brasileiro nesta terça. "Continuidade e consistência são a chave para o sucesso na Fórmula 1 e Pietro permanecer com a equipe em 2023 me faz acreditar que temos bases sólidas", comentou o dirigente.

"Na F-1, você precisa ser capaz de reagir com a menor margem possível a qualquer cenário, e Pietro tem desempenho comprovado e está pronto para pilotar a qualquer momento, como fez duas vezes em 2020. Na última temporada, ele participou de testes de pré-temporada, duas sessões de treinos livres e testes pós-temporada no VF-22 e, surpreendentemente, ao contrário de muitos pilotos do grid, ele disse que este carro combina com seu estilo agressivo, o que é música para meus ouvidos, ainda mais quando o tempo de pista é tão limitado. Ele é um trunfo para a nossa equipe", completou.

Com a nova chance, Pietro mantém suas esperanças de se tornar titular na F-1, apesar da forte concorrência. Na temporada passada, surgiram duas chances para o brasileiro, que acabou sendo preterido. No início de 2022, a Haas demitiu o russo Nikita Mazepin pela forte ligação do piloto titular com o principal patrocinador do time, que também foi dispensado, na esteira das retaliações do Ocidente à Rússia pela invasão à Ucrânia.

O brasileiro era o reserva imediato, mas a Haas preferiu contratar o experiente dinamarquês Kevin Magnussen. No fim do ano, novamente a experiência pesou e o time contratou o alemão Nico Hülkenberg para a vaga do seu compatriota Mick Schumacher. Pietro, contudo, indicou que não vai desistir.

"Nosso trabalho é todo dia, não paramos. Não temos a mesma estrutura de outros pilotos em termos de orçamento. Mas é certo que vamos trabalhar 24 horas por dia, vamos trabalhar mais do que todo mundo. Não vamos parar até atingirmos os nossos sonhos", disse o brasileiro, na companhia do seu irmão, Enzo, no Autódromo de Interlagos, no último GP de São Paulo de F-1.

Neste ano, Pietro vai acumular a função de reserva da Haas na F-1 com a participação em dois competições de Endurance: o IMSA WeatherTech SportsCar e o Mundial de Endurance (WEC).

O novo carro da McLaren para a temporada 2023 já tem data para ser apresentado: 13 de fevereiro. A escuderia, que terminou o Mundial de Construtores de 2022 em quinto lugar, no entanto, não quis saber de holofotes e anunciou o lançamento por meio de um post nas redes sociais.

Em 2023, a equipe terá como pilotos o inglês Lando Norris e o estreante australiano Oscar Piastri. A expectativa com o novo modelo é de uma temporada onde o time possa realmente brigar pelas primeiras posições.

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Aposta dos dirigentes da McLaren, Piastri não esconde o seu entusiasmo com a chance de correr no circo da Fórmula 1 para poder mostrar todo o seu potencial na categoria.

"Estou ansioso para mostrar o que tenho, mas também, sem dúvida, haverá coisas para aprender ao longo do caminho. Lando é um ótimo piloto e acho que teremos ótima relação de trabalho", afirmou o piloto.

O time inglês é o quinto a definir a apresentação do MCL37, que vai contar com o motor Mercedes. Pela programação, a Alpha Turi é a primeira a abrir as atividades de lançamentos dos carros. O evento está marcado para o dia 11 de fevereiro, dois dias antes da McLaren. Na sequência, Alpine, Aston Martin e Ferrari também tem seus lançamentos de carros agendados.

A equipe AlphaTauri confirmou a data do lançamento do seu carro novo para a temporada 2023 da Fórmula 1. E prometeu que o modelo, já batizado de AT04, será anunciado oficialmente em Nova York, distante de sua sede, localizada em Faenza, na Itália.

Sem dar maiores detalhes, o time italiano indicou que lançará ao menos a pintura do novo monoposto no dia 11 de fevereiro, sem confirmar se apresentará o carro completo. O time não garantiu nem mesmo a presença dos seus pilotos titulares, o japonês Yuki Tsunoda e o estreante holandês Nyck de Vries, que entrou na equipe no lugar do francês Pierre Gasly.

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A AlphaTauri é a terceira equipe a confirmar a data do lançamento do seu novo carro. A primeira foi a Aston Martin, a divulgar seu modelo 2023 no dia 13 de fevereiro, um dia antes da Ferrari.

Em 2023, a AlphaTauri tentará fazer uma temporada de recuperação, após decepcionar neste ano. O time terminou o Mundial de Construtores no nono lugar geral, três posições abaixo do campeonato de 2021. Como aconteceu com outras equipes, como a Williams, a escuderia italiana não conseguiu se adaptar bem às novas regras da F-1, que trouxe mudanças significativas para o carro neste ano.

A versão do código esportivo da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para 2023 'cercou' os pilotos da Fórmula 1 que usam os grandes prêmios para seus posicionamentos políticos. A partir de agora, qualquer manifestação deste tipo precisa de uma autorização prévia.

A cláusula imposta pela FIA que vai causar a proibição se refere "a realização e exibição geral de declarações ou comentários políticos, religiosos e pessoais, notadamente em violação do princípio geral de neutralidade promovido pela FIA sob seus estatutos". Todo piloto que descumprir a medida pode ser punido.

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Lewis Hamilton e Sebastian Vettel, que se aposentou, eram os que talvez mais usassem a voz para trazer à tona pautas sociais, como por exemplo o próprio Lewis já fez ao subir no pódio pedindo a prisão de policiais que teriam matado uma menina americana.

Durante os protestos do Black Lives Matters ele também usou camisas com o rosto do símbolo do movimento, George Floyd, morto por um policial que se ajoelhou sobre seu pescoço. Vettel costuma usar camisas do movimento LGBTQIA+ entre outras questões sociais.

O ex-piloto de Fórmula 1 Emerson Fittipaldi completa 76 anos nesta segunda-feira (12), . Um dos maiores nomes do automobilismo mundial, Fittipaldi foi o primeiro brasileiro a se consagrar campeão mundial de Fórmula 1.

Ele estreou na Fórmula 1 em 1970, no GP da Grã-Bretanha e terminou em oitavo lugar. Seus primeiros pontos na competição vieram apenas no GP de Hockenheim, na Alemanha. O grande título mundial veio em 1972, quando além de se consagrar campeão, entrou para história ao ser o piloto mais jovem a conquistar o título, com 25 anos, recorde batido por Fernando Alonso, em 2005.

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Após sua aposentadoria, o piloto ingressou na Fórmula Indy, onde foi bicampeão. Ele também ganhou duas vezes as 500 milhas de Indianápolis, principal prova da Fórmula Indy.

Ao todo, só na Fórmula 1, Fittipaldi disputou 149 GPs, 14 vitórias, seis poles e seis melhores voltas. Seus netos, Pietro e Enzo Fittipaldi, também são pilotos: Pietro atualmente é piloto reserva da Haas, na F1 e Enzo assinou um contrato para correr na Fórmula 2, a última categoria antes de Fórmula 1, pela a Academia de Pilotos da Red Bull.

Por Emanuelly Lisboa

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