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Em meio às críticas internacionais ao desmatamento no Brasil, o presidente da República, Jair Bolsonaro, fez neste domingo um discurso de defesa de sua política ambiental, durante a cúpula do G20 (grupo das 20 maiores economias do planeta). Bolsonaro criticou as "frases demagógicas" sobre a questão e afirmou que o governo continuará protegendo a Amazônia, o Pantanal e todos os biomas.

O discurso de Bolsonaro ocorreu em uma sessão da cúpula voltada para a sustentabilidade. Organizada pela Arábia Saudita, a edição atual do encontro do G20 ocorre por meio virtual, em função da pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro falou a partir do Palácio do Planalto, em Brasília.

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Nos últimos meses, o mundo tem olhado para a agenda ambiental brasileira por causa das polêmicas em torno da administração das florestas tropicais, em especial da Amazônia. Investidores internacionais já ameaçaram retirar recursos do País, caso o governo brasileiro não amplie a proteção ambiental.

Algumas cadeias varejistas gigantes, principalmente da Europa, também têm condicionado a continuidade das compras de produtos brasileiros a certificações de origem das matérias-primas. Preocupado com o cenário, o Itamaraty pediu a seus embaixadores e demais diplomatas no Exterior que tivessem uma postura mais proativa em relação à imprensa internacional, para passarem aos veículos de comunicação dados oficiais.

Em seu discurso no G20, Bolsonaro afirmou que iria apresentar a "realidade dos fatos". Segundo ele, o Brasil está disposto a buscar novos acordos comerciais com outros países e a assumir "novos e maiores compromissos nas áreas do desenvolvimento e da sustentabilidade".

"Ao mesmo tempo em que buscamos maior abertura econômica, estamos cientes de que os acordos comerciais sofrem cada vez mais influência da agenda ambiental", reconheceu o presidente.

Em sua fala, Bolsonaro procurou fazer a defesa do Brasil na área de sustentabilidade. Ao abordar o crescimento da agricultura nas últimas décadas, ele pontuou que "essa verdadeira revolução agrícola no Brasil foi realizada utilizando apenas 8% de nossas terras. Por isso, mais de 60% de nosso território ainda se encontra preservado com vegetação nativa".

Em outro momento, o presidente afirmou que o esforço na área de sustentabilidade deve estar concentrado na redução das emissões de carbono. "No cenário mundial, somos responsáveis por menos de 3% da emissão de carbono, mesmo sendo uma das dez maiores economias do mundo", disse. "Por isso, também nesse aspecto, mais uma vez tenho orgulho de dizer que o Brasil possui a matriz energética mais limpa entre os países integrantes do G20."

Estes comentários de Bolsonaro surgem em um ano marcado por crises na área ambiental. Em outubro, o Pantanal brasileiro foi atingido por milhares de focos de incêndio, em uma tragédia que repercutiu internacionalmente. Na metade do ano, a Amazônia também foi atingida por uma onda de incêndios florestais.

No G20, Bolsonaro defendeu a união entre conservação ambiental e prosperidade econômica e social. "O que apresento aqui são fatos, e não narrativas", afirmou, sem dizer claramente a quem se referia. "São dados concretos e não frases demagógicas que rebaixam o debate público e, no limite, ferem a própria causa que fingem apoiar", acrescentou.

Redes sociais

Durante a reunião do G20, Bolsonaro fez uma postagem no Twitter. Ele publicou um vídeo em que um gigante é atacado ao tentar defender uma pequena cidade de uma rocha. O vídeo, baseado na cena de um filme, é também uma analogia a uma publicação feita nas redes sociais por apoiadores do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, há um ano.

"BOM DIA A TODOS. Estou agora em reunião com o G-20", escreveu o presidente na publicação. O vídeo, que é um trecho do curta-metragem "Inércia", lançado em 2014, mostra um gigante correndo para tentar impedir que uma rocha atinja uma cidadezinha medieval à beira-mar.

Quando a criatura consegue segurar a pedra, esbarra sem querer em uma construção, que desaba. Nesse momento, ele começa a ser atacado pela cidade e, desapontado, acaba deixando a rocha destruir o que sobrou. A publicação também foi feita no Twitter do ministro das Comunicações, Fábio Faria. "Precisamos apoiar e ajudar esse gigante", escreveu Faria.

O mesmo vídeo foi divulgado por apoiadores de Modi em 2019. Ao final da exibição, aparece uma mensagem de apoio ao primeiro-ministro indiano. "Uma pessoa está indo muito bem, mas ainda assim a nação está culpando-o. Um dia, depois de os limites serem ultrapassados, ele pode perder o interesse", diz um trecho. "Isso é exatamente o que está acontecendo em nosso país e a pessoa a quem estamos nos referindo aqui não é outra senão nosso amado primeiro-ministro #NarendraModi."

O presidente Jair Bolsonaro disse ao grupo das 20 maiores economias do mundo (G20) que iria apresentar a "realidade dos fatos" sobre os dados ligados ao meio ambiente no País. Ele aproveitou o evento paralelo organizado pela presidência da Arábia Saudita sobre o tema para apresentar dados do Planalto.

Os demais líderes do G20 ouviram do presidente brasileiro que, nos últimos 40 anos, o País passou da condição de importador de alimentos para o patamar de um dos maiores exportadores agrícolas do mundo. Esse processo de transformação da agricultura nacional, de acordo com ele, resulta de décadas de inovação e desenvolvimento, incorporando grandes ganhos tecnológicos em eficiência e produtividade. "Hoje, nosso País exporta volume imenso de produtos agrícolas e pecuários sustentáveis e de qualidade. Alimentamos quase um bilhão e meio de pessoas e garantimos a segurança alimentar de diversos países", citou.

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Bolsonaro também ressaltou que essa "verdadeira revolução agrícola" no Brasil foi realizada utilizando apenas 8% das terras domésticas. "Por isso, mais de 60% de nosso território ainda se encontra preservado com vegetação nativa", enfatizou. E disse ainda que, durante os "desafiadores meses da pandemia", a agropecuária brasileira se manteve ativa e crescentemente produtiva. "Honramos todos os nossos contratos", reforçou.

As preocupações em relação ao desmatamento no Brasil têm sido argumentos para que um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia (UE) progrida. Há 20 anos em discussão, finalmente as partes chegaram a um consenso no ano passado, mas o documento precisa ser ratificado pelos 27 membros da UE e também os do Mercosul. A França tem sido um dos principais obstáculos ao tratado. "Tenho orgulho de apresentar esses números e reafirmar que trabalharemos sempre para manter esse elevado nível de preservação, bem como para repelir ataques injustificados proferidos por nações menos competitivas e menos sustentáveis", afirmou durante o encontro virtual.

O governo brasileiro vem sendo muito criticado por sua atuação em relação ao meio ambiente, mas Brasília acredita que as informações é que chegam equivocadas no exterior. Como vem registrando o Broadcast, o Itamaraty pediu a seus embaixadores e demais diplomatas no exterior que tivessem uma postura mais proativa em relação à imprensa internacional, para passar aos veículos de comunicação dados oficiais.

Líderes das 20 maiores economias do mundo (G20) debatem nesta manhã de domingo durante evento paralelo de alto nível do grupo sobre a chamada economia circular do carbono (CCE, na sigla em inglês). O evento é fechado, mas sete deles gravaram depoimentos sobre suas experiências e ambições em relação ao setor. O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, não estava entre eles. Durante a exibição do vídeo, alguns dos chefes de Estado e de governo colocaram a importância da sustentabilidade para o G20 no mesmo patamar das preocupações com a pandemia de coronavírus. O presidente americano, Donald Trump, disse que a estrutura do Acordo de Paris não serve aos Estados Unidos, mas que o país é o que mais investe no setor.

O primeiro a falar foi o rei Salman bin Abdulaziz Al Saud, da Arábia Saudita, que neste ano é a presidente do G20. Para ele, o grupo conseguirá, unido, mitigar os efeitos negativos sobre o meio ambiente. "Salvaguardar o planeta é algo de extrema importância. Temos que ser pioneiros em sustentabilidade e colocar metas ambiciosas de ambiente", afirmou. O país se comprometeu a produzir 50% de sua energia a partir das fontes eólica e solar até 2030.

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Na sequência, o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, que será o próximo país a liderar o G20, prometeu ampliar as ambições do grupo durante a presidência de 2021. "O impacto da pandemia não deve afetar nossa determinação de atingir nossos objetivos", alertou, salientando que os dois assuntos são "a maior pressão do nosso tempo". "Estou convencido que o G20 pode guiar o mundo para a direção correta", disse, acrescentando não haver "escapatória", a não ser a redução das emissões de carbono.

Já o primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, o último país a estar à frente da presidência rotatória do G20, disse que o grupo tem de trabalhar junto, como um time. Ele aproveitou para enfatizar o anúncio feito no mês passado pelo governo de reduzir a meta de emissão líquida para zero até 2050. O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, ressaltou que é preciso apoiar o crescimento, mas também a sustentabilidade. "Sempre temos que ter um olhar para o futuro e para o mundo que vamos deixar para nossas crianças", disse. Ele relatou que o país baniu a exportação de lixo plástico e citou medidas adotadas pela Austrália que foram premiadas pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O presidente chinês, Xi Jinping, por sua vez, disse que é preciso fortalecer a resposta do G20 às mudanças climáticas. Ele também descreveu iniciativas nesse sentido promovidas recentemente pelo seu país. "Podemos proteger o ecossistema com respeito à natureza. A Terra é uma casa compartilhada. Precisamos proteger o planeta azul."

Já o premiê indiano, Narendra Modi, ressaltou que todos estão focados em salvar seus cidadãos e economias por causa da pandemia. "Igualmente importante é manter nosso foco nas mudanças climáticas. Temos que viver em harmonia com o meio ambiente", declarou. Ele disse estar contente em dividir a informação de que seu país não só já atingiu a meta acordada em Paris, como a superou.

O último a gravar um depoimento foi Trump. Ele disse que os Estados Unidos trabalham para ter a água e o ar mais limpos do planeta, e que o país está investindo "bilhões" nesse sentido. O presidente afirmou também que é preciso neste momento proteger os trabalhadores americanos e os empregos do país, além de promover a sustentabilidade. Para o americano, as críticas feitas aos Estados Unidos sobre meio ambiente são "muito injustas", e são motivadas apenas pela decisão do país, em seu governo, de não ser mais um signatário do Acordo de Paris. Para ele, o pacto não atende às necessidades dos EUA. "Os Estados Unidos e o G20 têm uma oportunidade importante de manter esse trabalho", disse sobre o clima e a acessibilidade energética.

Ao citar que está em reunião do G20, o presidente Jair Bolsonaro postou em sua conta oficial no Twitter, neste domingo, um vídeo em que um gigante é atacado ao tentar defender uma pequena cidade de uma rocha. O vídeo, baseado na cena de um filme, é também uma analogia a uma publicação feita nas redes sociais por apoiadores do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, há um ano.

"BOM DIA A TODOS. Estou agora em reunião com o G-20", escreveu o presidente na publicação. O vídeo, que é um trecho do curta-metragem "Inércia", lançado em 2014, mostra um gigante correndo para tentar impedir que uma rocha atinja uma cidadezinha medieval à beira-mar.

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Quando a criatura consegue segurar a pedra, esbarra sem querer em uma construção, que desaba. Nesse momento, ele começa a ser atacado pela cidade e, desapontado, acaba deixando a rocha destruir o que sobrou. A publicação também foi feita no Twitter do ministro das Comunicações, Fábio Faria. "Precisamos apoiar e ajudar esse gigante", escreveu Faria.

O mesmo vídeo foi divulgado por apoiadores de Modi em 2019. Ao final da exibição, aparece uma mensagem de apoio ao primeiro-ministro indiano. "Uma pessoa está indo muito bem, mas ainda assim a nação está culpando-o. Um dia, depois de os limites serem ultrapassados, ele pode perder o interesse", diz um trecho. "Isso é exatamente o que está acontecendo em nosso país e a pessoa a quem estamos nos referindo aqui não é outra senão nosso amado primeiro-ministro #NarendraModi."

Em mensagem ao G20 no sábado, 21, primeiro dia da cúpula, Bolsonaro defendeu a atuação do governo brasileiro no combate à pandemia de covid-19 e declarou que "o tempo vem provando que estávamos certos."

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saiu para jogar golfe depois de fazer uma breve aparição na cúpula do G20, organizada pela Arábia Saudita de forma virtual devido à covid-19.

Trump, que ainda não admitiu a derrota para Joe Biden na eleição presidencial deste mês, discursou durante a sessão de abertura da cúpula.

Uma fonte com acesso às sessões online, fechadas para a imprensa, disse que Trump afirmou ter feito "um trabalho absolutamente incrível durante sua gestão, economicamente e com a pandemia".

Foi um exercício de “auto-propaganda”, segundo a mesma fonte, que acrescentou que o presidente Trump “nada disse sobre a situação global”.

“Foi uma honra trabalhar com vocês e espero trabalhar com vocês no futuro e por muito tempo”, teria dito o presidente ao fim do discurso, segundo outra fonte.

Ao fim da videoconferência, Trump foi substituído pelo secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, enquanto outros líderes mundiais continuavam a falar.

Mais tarde, o mandatário republicano deixou a Casa Branca e se dirigiu a um campo de golfe na Virgínia, perto de Washington, onde foi saudado por um punhado de apoiadores, um deles segurando uma faixa que dizia "mais quatro anos".

O presidente Jair Bolsonaro salientou que o Brasil se soma aos esforços internacionais para a busca de vacinas eficazes e seguras contra a Covid-19 e que vem adotando tratamento precoce no combate à doença. A declaração foi dada durante reunião virtual dos líderes do grupo das 20 maiores economias do planeta (G20), conforme texto divulgado pelo Palácio do Planalto.

"Apoiamos o acesso universal, equitativo e a preços acessíveis aos tratamentos disponíveis. É com esse objetivo que participamos de diferentes iniciativas voltadas ao combate à doença."

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Apesar do discurso em âmbito internacional, o presidente fez uma consideração que tem como alvo o governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB). O tucano chegou a falar da importância de todos os brasileiros serem imunizados quando uma vacina estiver disponível.

"É preciso ressaltar que também defendemos a liberdade de cada indivíduo para decidir se deve ou não tomar a vacina. A pandemia não pode servir de justificativa para ataques às liberdades individuais", afirmou Bolsonaro ao G20.

O presidente Jair Bolsonaro recebeu nesta sexta-feira (20) um telefonema do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman bin Abdulaziz, que é vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa do país.

Segundo a Secretaria de Comunicação Social do governo brasileiro, durante a ligação, os dois líderes debateram as possibilidades de fomento das relações bilaterais entre Brasil e Arábia Saudita e coordenaram esforços para a realização da Cúpula do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do planeta.

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Neste ano, o encontro do G20 deste ano, que começa neste sábado (21) e se estende até domingo (22), está sendo organizado pelos sauditas.

Por causa da pandemia de covid-19, a participação dos chefes de Estado e de governo na cúpula será virtual, por meio de videoconferência.

 

A Organização Mundial do Comércio (OMC) constatou, em seu 24º Relatório de Monitoramento do Comércio, que os efeitos provocados pela pandemia do novo coronavírus nas economias do G20 afetaram a quantidade medidas restritivas e facilitadoras sobre o fluxo do comércio mundial. De acordo com a entidade, entre maio e outubro de 2020, a cobertura comercial das medidas restritivas "regulares" - isto é, que não diziam respeito à pandemia - caiu para US$ 36,8 bilhões, contra US$ 735,9 bilhões em igual período do ano passado, enquanto as medidas de facilitação cobriram apenas US$ 42,9 bilhões, abaixo dos US$ 417,5 bilhões há um ano.

"Isso aconteceu em função do declínio acentuado nos fluxos globais de comércio, do desvio da atenção dos governos para a resposta à pandemia e por conta da relativa estagnação nas principais tensões comerciais bilaterais", disse a OMC, que também informou uma queda de 21% na exportação de mercadorias no segundo trimestre de 2020, na comparação com o mesmo semestre do ano passado. Na mesma comparação, as exportações de serviços comerciais caíram 30%.

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Ao passo em que as medidas regulares diminuíram, a OMC relatou um grande fluxo de políticas de exportação adotadas por conta do novo coronavírus. As medidas de facilitação comercial relacionadas à covid-19 implementadas pelo G20 desde janeiro cobriram um valor estimado em US$ 155 bilhões pela entidade, enquanto as restritivas - a maioria sobre controle de exportação - cobriram atividade comercial no valor de US$ 111 bilhões. Das 133 medidas tomadas no âmbito da pandemia pelos países do G20, 63% foram de natureza facilitadora e 37% foram restritivas ao comércio.

Ao comentar o relatório, o diretor-geral adjunto da OMC, Yonov Frederick Agah, afirmou que a pandemia ocasionou uma queda "quase sem precedentes" na produção econômica e no comércio. "O comércio terá um papel fundamental para possibilitar uma forte recuperação econômica, por isso é encorajador ver o compromisso geral dos países do G20 em manter o fluxo comercial", avaliou Agah, que completou relatando que as restrições ao comércio adotadas desde 2009 pelos países do G20 têm pesado sobre 8% das importações globais.

O impacto fiscal primário do programa brasileiro de apoio à economia em função da crise causada pela pandemia de Covid-19 atinge quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) doméstico, mas as medidas ajudam a mitigar os reflexos negativos sobre o crescimento da atividade local. Estes foram algumas das observações feitas pelo Brasil durante a reunião financeira do grupo das 20 maiores economias do globo (G20), que ocorreu hoje de forma virtual sob a presidência da Arábia Saudita.

O porcentual é superior à média de 5,8% das economias avançadas e da de 4,1% dos países em desenvolvimento, de acordo com o governo. No encontro, o Brasil disse também que não vai tolerar infrações às leis locais de sustentabilidade, mas que também não cederá a pressões protecionistas.

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O representante brasileiro pelo Ministério da Economia foi o secretário de Assuntos Econômicos Internacionais, Erivaldo Gomes. Do Banco Central, participou a diretora da Área internacional da instituição, Fernanda Nechio. Havia a previsão de que o ministro Paulo Guedes participasse do encontro, mas houve uma mudança de planos na última hora por causa da proximidade da entrega da proposta de reforma tributária ao Congresso - o ministro prometeu enviar o projeto na terça-feira. Ele participou da reunião de abril, mas não viajou até Fukuoka em 2019 para o mesmo evento.

Não há dúvidas para o governo de que as respostas do Brasil estão mitigando o impacto econômico da Covid-19. "Agora, em vez de uma queda de 9% do PIB, conforme projetado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), esperamos cerca de 5%", comparou o secretário, salientando que a pandemia interrompeu a tendência de recuperação observada no Brasil. A estimativa mais recente da Economia é de queda de 4,7%.

"A perspectiva mundial permanece altamente incerta, pois muitos países estão enfrentando as consequências da covid-19. Embora a atividade econômica e a confiança tenham começado a se recuperar de níveis muito baixos, a produção deve ter um desempenho abaixo do esperado por um período prolongado", disse Gomes. "Agora, a pandemia requer um novo conjunto de ações políticas públicas", continuou sobre ações globais e também no nível doméstico.

Sobre as ações internas, ele disse ao grupo que o Brasil adotou um pacote abrangente de medidas para enfrentar os principais desafios à saúde, emprego e renda. "Nesse esforço, descentralizamos recursos significativos para Estados e municípios para não deixar ninguém para trás", explicou o secretário. Segundo ele, a ajuda de emergência atinge cerca de um terço da população brasileira, ou cerca de 64 milhões de pessoas. "Incluímos mais de 38 milhões de trabalhadores informais e socialmente vulneráveis para serem conectados aos nossos programas sociais a partir de agora."

Outras medidas citadas foram o Programa de Manutenção de Emprego e Renda, que salvou mais de 13 milhões de empregos formais, conforme Gomes, e o fundo governamental para melhorar os canais de crédito e fornecer garantias a empréstimos para Pequenas e Médias Empresas, com o benefício potencial a 3,2 milhões companhias.

Meio ambiente

Para o futuro, Gomes disse que o governo brasileiro se prepara para atuar em quatro pilares para melhorar a resiliência e promover o crescimento: implementação de reformas estruturais e investimentos em infraestrutura, fortalecimento da proteção social e geração de emprego, promoção de uma integração mais profunda do Brasil na economia global e compromisso com a proteção ambiental. Sobre este ponto, o secretário disse que o governo não vai tolerar práticas ilegais, mas também desconsiderará as "falsas narrativas baseadas em interesses protecionistas".

Mais de 200 personalidades políticas e sociais, incluindo os ex-primeiros-ministros britânicos Tony Blair e Gordon Brown, pediram ao G20 que celebre urgentemente uma reunião de cúpula extraordinária, sem esperar a que já está marcada para novembro, sobre a pandemia do coronavírus.

"Sem a ação do G20, a recessão provocada pela pandemia não fará mais que piorar, afetando todas as economias e as pessoas e nações marginalizadas e pobres do mundo", afirmam em uma carta aberta as 225 personalidades do mundo da política, ciência e da sociedade civil, que incluem muitos ex-chefes de Estado e de Governo, o ex-secretário-geral da ONU Ban Ki-Moon e o investidor George Soros.

"O G20, que representa 85% do PIB mundial, tem a capacidade de liderar a mobilização de recursos na escala necessária. Pedimos aos líderes que façam isto imediatamente", completa o texto.

Ao recordar que o Fundo Monetário Internacional (FMI) calculou em 2,5 trilhões de dólares as necessidades de financiamento dos países emergentes para enfrentar a crise, os signatários destacam que "até o momento apenas uma fração desta quantia foi alocada".

Também defendem uma coordenação internacional para desenvolver e produzir em larga escala uma vacina assim que estiver disponível, de forma gratuita e o mais rápido possível.

Gordon Brown lamentou que o G20 tenha "desaparecido" em plena pandemia. "Isto não é apenas uma abdicação de responsabilidade, é potencialmente uma sentença de morte para as pessoas mais pobres do mundo", escreveu no jornal britânico The Guardian.

Durante o mandato de Brown (2007-2010), o Reino Unido foi o anfitrião de uma reunião do G20 que resultou em um acordo para responder à crise financeira mundial.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no sábado o adiamento da reunião de cúpula do G7 que o país deveria receber em junho para uma data ainda não divulgada e que convidará outros países para o próximo encontro, incluindo a Rússia.

A reunião ampliada pode acontecer em setembro. Mas para Gordon Brown, a proposta americana "não substitui um encontro de cúpula do G20 porque não podemos enfrentar a emergência econômica ou de saúde sem reunir todo o mundo".

Durante vídeoconferência com os ministros da Saúde do G20, grupo das 20 maiores economias do planeta, realizada nesta manhã, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu cautela aos países-membros nas decisões de relaxar as medidas de quarentena e isolamento social e pleiteou ajuda para países mais pobres, onde a doença começou a se espalhar.

"É encorajador que vários países agora estejam planejando como diminuir as restrições sociais, mas é crítico que tais medidas sejam tomadas de maneira escalonada", disse Tedros. "Relaxar a quarentena não é o fim da epidemia no país, é só o começo da próxima fase. É vital que os países eduquem, engagem e empoderem sua população para prevenir e responder rapidamente a qualquer ressurgência do vírus."

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O mandatário da OMS reiterou que é importante que países só comecem a retomar a normalidade quando estiverem certos que seus sistemas de saúde têm capacidade de "detectar, testar, isolar e cuidar de cada caso, além de tracar todo contato que o paciente teve". "É necessário garantir que os sistemas de saúde tenham capacidade de absorver qualquer aumento nas infecções."

Para Tedros, o próximo passo é garantir a ajuda dos países mais ricos do mundo a regiões como a África, onde o desafio é superar a "falta crítica de equipamentos e entregá-los de forma organizada por conta da sua infraestrutura frágil".

Num dos primeiros compromissos como o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, mencionou o trabalho do governo federal para combater e conter a Covid-19 no País durante a reunião virtual dos ministros da Saúde do grupo das 20 maiores economias do globo (G20), realizada mais cedo neste domingo, 19.

Ele também se mostrou preocupado com a circulação do volume de informações erradas, segundo trechos do discurso enviados pelo Ministério da Saúde ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), e defendeu iniciativas para estimular a comunicação adequada e combater as chamadas fake news. "Isso é um problema", avaliou no encontro.

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Teich salientou a importância de ações de combate à doença em níveis Estadual e municipais e de distribuição de material hospitalar, testes, inaladores, acrescentando que medidas nesse sentido contaram com o equivalente a US$ 2 bilhões do governo federal.

Em uma primeira declaração sobre a reunião, por videoconferência, dos ministros da saúde do G20 - grupo formado pelas 20 principais economias do planeta - para discutir iniciativas conjuntas no combate à pandemia do novo coronavírus, Tawfiq Al Rabiah, ministro de Saúde da Arábia Saudita, disse que o encontro foi para os mandatários colaborarem "em prioridades comuns da saúde".

"Nós também compartilhamos as melhores práticas dos membros do G20 e suas soluções inovadoras e efetivas para combater a pandemia, que são essenciais para o desenvolvimento de todas as iniciativas para lutar contra a covid-19 globalmente" completou a breve declaração postada no Twitter.

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O ministro da Saúde do Brasil, Nelson Teich, empossado no cargo na última sexta-feira, 17, participou da reunião. Foi uma das primeiras agendas oficiais de Teich.

Os ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 concordaram nesta quarta-feira, 15, em suspender os pagamentos do serviço da dívida dos países mais pobres, de acordo com comunicado conjunto após o encontro virtual. O grupo defende uma abordagem coordenada sobre o tema, em meio à pandemia global de coronavírus.

Em entrevista coletiva após o evento, o ministro das Finanças da Arábia Saudita, Mohammed al-Jadaan Said, disse que a decisão de hoje de congelar tanto pagamentos do principal quanto de juros liberará mais de US$ 20 bilhões, dinheiro que poderá ser usado para reforçar os sistemas de saúde e ajudar no quadro econômico. O G20 recomenda em seu comunicado que os credores privados adotem a mesma medida "em termos comparáveis", diante da situação.

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O ministro saudita afirmou ainda que o grupo estava determinado a superar a pandemia, salvaguardar empregos e a renda, bem como garantir a resiliência dos sistemas financeiros. A Arábia Saudita é a presidente de turno do G20. (Equipe AE, com agência internacionais)

Arte produzida por Jorge Cosme, do Crise dos 25.

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O ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Augusto Heleno, se posicionou sobre os 39kg de cocaína encontrados na mala de um militar brasileiro dentro de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

De acordo com o ministro, a prisão foi “desagradável” e “poderia não ter acontecido”. “Foi uma falta de sorte acontecer exatamente na hora de um evento mundial e acaba tendo uma repercussão mundial que poderia não ter tido. Foi um fato muito desagradável para todo mundo", afirmou Heleno.

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O general desembarcou nesta quinta-feira (27) no Japão, onde integrará a comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na reunião da cúpula das 20 maiores economias do mundo (G20).

Entretanto, de acordo com o ministro, o ocorrido não vai mudar a imagem do Brasil diante do exterior. "Acredito que o G20 seja composto pelos chefes de Estado dos 20 países economicamente mais importantes do mundo. Se mudar isso aí a imagem do Brasil por causa disso, realmente só se a gente não estivesse sabendo da quantidade de tráfico de drogas que tem no mundo”, justificou.

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta quinta-feira (27) que não assinaria nenhum acordo comercial com o Brasil se o presidente Jair Bolsonaro se retirasse do acordo climático de Paris, ameaçando colocar uma trava nas negociações comerciais UE-Mercosul.

As conversações da União Europeia (UE) com o Mercosul – Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai –, o quarto maior bloco comercial do mundo, se intensificaram, com Bolsonaro dizendo neste mês que um acordo poderia ser assinado "em breve", enquanto a UE o chama de "prioridade número um".

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No entanto, a UE se preocupa com uma possível onda de importações de carne bovina e a hesitação do Mercosul em relação à abertura de alguns setores industriais, como carros, fizeram com que prazos passados tivessem passado. Um acordo pode estar próximo, mas fora do alcance.

A França, em particular, está preocupada com o impacto, em sua vasta indústria agrícola, das importações sul-americanas que não teriam que respeitar as rigorosas regulamentações ambientais da UE. “Se o Brasil deixar o acordo de Paris, no que nos diz respeito, não poderemos assinar um acordo comercial com eles", declarou Macron a repórteres no Japão antes de uma reunião do G20.

"Por uma simples razão. Estamos pedindo aos nossos agricultores que parem de usar pesticidas, estamos pedindo a nossas empresas que produzam menos carbono, que tenha um custo de competitividade", explicou.

"Então, não vamos dizer de um dia para o outro que vamos permitir a entrada de produtos de países que não respeitem nada disso", acrescentou.

No início deste ano, a França votou contra a abertura de negociações comerciais entre a UE e os Estados Unidos por causa da decisão de Washington de renunciar ao acordo climático de Paris.

No entanto, a medida francesa não impediu a abertura das negociações comerciais porque a maioria necessária dos países-membros da UE a apoiou. Não está claro se a França seria capaz de mobilizar outros países da UE se votasse contra um acordo do Mercosul.

Da Sputnik Brasil

A pernambucana e ex-atleta de natação Joanna Maranhão utilizou seu perfil oficial no Twitter para repercutir a passagem do presidente Jair Bolsonaro (PSL) pelo Japão, onde ele participa cúpula das 20 maiores economias do mundo (G20).

Na ocasião, o presidente disse que a Alemanha tem muito o que aprender com o Brasil. A afirmação foi feita após a chanceler alemã Angela Merkel falar que estava preocupada com os desmatamentos no país. 

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“Lutar para ter essa autoestima de Bolsonaro, porque olha…”, escreveu a pernambucana em seu perfil oficial no Twitter. Maranhão também aproveitou para criticar o ministro da educação Abraham Weintraub.

“Esse é o ministro da Educação, senhoras e senhores”, disse Joanna ao compartilhar uma postagem de Weintraub em que ele compara os 39kg de cocaína encontrados em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com os ex-presidentes petistas Lula e Dilma.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) está cumprindo uma agenda oficial em Osaka, no Japão, onde participará da cúpula das 20 maiores economias do mundo (G20) a partir desta quinta-feira (27). Para não perder o costume de fazer afirmações polêmicas, o presidente brasileiro já tratou de dizer que “a Alemanha tem muito o que aprender com o Brasil sobre questões ambientais”.

Bolsonaro demonstrou que não gostou da chanceler alemã, Angela Merkel, ter dito que quer conversar com ele sobre o desmatamento nas florestas brasileiras. Por isso, o brasileiro afirmou à imprensa que o Brasil serve de exemplo para a Alemanha.

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“Nós temos exemplo para dar para a Alemanha, inclusive sobre meio ambiente. A indústria deles continua sendo fóssil em grande parte de carvão, e a nossa não. Então, eles têm a aprender muito conosco", garantiu.

Merkel havia afirmado anteriormente que se preocupava com a situação do Brasil. "Percebo como dramático o que está acontecendo no Brasil. Aproveitarei a oportunidade o G20 para ter uma discussão clara com o presidente brasileiro", falou a chefe de estado alemã.

Por fim, Jair Bolsonaro alegou que espera ser respeitado pelos demais colegas presentes no G20.

A reunião de cúpula do G20 em Osaka, que acontecerá na sexta-feira e no sábado, abordará vários temas importantes, como a guerra comercial China-Estados Unidos, a tensão no Irã, o acordo UE-Mercosul e a situação na Coreia do Norte.

Seguem abaixo alguns dos principais temas:

- Reunião entre Trump e Xi -

A reunião entre o presidente americano, Donald Trump, e seu colega chinês, Xi Jinping, será um dos grandes momentos do encontro de cúpula de chefes de Estado e de Governo de países desenvolvidos e emergentes.

O último encontro dos dois aconteceu em dezembro do ano passado, na reunião do G20 em Buenos Aires. Desde então, declararam uma trégua na guerra comercial, mas as negociações ficaram tensas até o rompimento em maio.

Segundo analistas, no momento, parece pouco provável um acordo definitivo, mas ambos poderiam decidir pelo fim da escalada de tarifas mútuas e retomar o diálogo.

De modo geral, as divergências comerciais entre Estados Unidos e os sócios serão um tema recorrente nos debates e determinarão o conteúdo do comunicado final.

- O programa nuclear norte-coreano -

Xi Jinping acaba de fazer uma visita triunfal à Coreia do Norte. Foi uma maneira de demonstrar a Donald Trump que a China continua sendo um aliado indispensável do regime de Pyongyang, no momento em que as relações entre o presidente americano e o dirigente norte-coreano se encontram estagnadas.

Depois do G20, Trump visitará a Coreia do Sul para abordar a questão do programa nuclear norte-coreano com o presidente Moon Jae-in.

- Tensão no Irã -

A tensão no Irã também estará na agenda do G20. De um lado, Estados Unidos e Arábia Saudita, grande rival regional de Teerã, favoráveis à linha dura contra o regime iraniano; do outro, os países europeus, a China e a Rússia, que tentarão acalmar a situação.

Shinzo Abe, o primeiro-ministro do Japão, anfitrião da cúpula, deseja ter um papel de mediador. Sua recente visita ao Irã não teve o resultado esperado, porém, sendo marcada pelos ataques a petroleiros no Golfo. Washington atribui esses atos a Teerã.

A tensão aumentou consideravelmente desde então.

Após as sanções americanas, o Irã acusou o governo dos Estados Unidos na terça-feira de "fechar de maneira permanente a via da diplomacia" e anunciou que vai deixar de cumprir mais alguns compromissos do acordo de 2015 sobre o programa nuclear.

O presidente Trump, que na semana passada cancelou ataques militares contra o Irã no último momento, advertiu que qualquer tipo de ataque iraniano será objeto de represálias.

- Mercosul, na fase final -

Após anos de negociações, o ambicioso tratado comercial entre os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai) e a União Europeia (UE) pode chegar a um acordo na reunião de Osaka.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, tem uma reunião programada para sábado com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, que exerce a presidência temporária do organismo sul-americano.

Entre os pontos que ainda precisam ser solucionados, estão as cotas de exportação de produtos como carne e açúcar e, de modo geral, as dúvidas de países como a França, que temem que o acordo de livre-comércio prejudique seus agricultores.

O texto também enfrenta a divisão entre países europeus, com países reticentes e outros que desejam um acordo o mais rápido possível, como Alemanha e Espanha.

- Turquia e Rússia -

Em Osaka, Donald Trump também se reunirá com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, que deseja reduzir a tensão por sua decisão de comprar mísseis da Rússia. Washington deu um ultimato à Turquia, membro da Otan, para que renuncie até o fim de julho ao sistema de defesa antiaérea russo S-400, sob a ameaça de sanções.

Trump também tem uma reunião prevista com o presidente russo, Vladimir Putin, uma relação marcada por suspeitas de interferência de Moscou na campanha presidencial americana de 2016. Seu último encontro aconteceu em Helsinque, em julho de 2018.

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