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O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu no fim de agosto que as guardas municipais integram o sistema de segurança pública do Brasil. Na avaliação de parte dos juristas, esse entendimento reconhece que prisões e ações de polícia feitas pelas guardas são legais. Para outros, o alcance da atuação das guardas não mudará.

Uma das autoras da ação, a Associação das Guardas Municipais do Brasil (AGM Brasil), diz que a decisão dá às guardas mais segurança. Cerca de 1.250 municípios têm guardas, com efetivo de 130 mil agentes.

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A regra definia que elas não poderiam ter atribuições das polícias civil e militar, como fazer abordagens aleatórias e revistas. Prisões e apreensões de drogas, por exemplo, acabavam derrubadas na Justiça.

O processo contestava as decisões judiciais, incluindo do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que não reconheciam a categoria como parte do sistema de segurança.

"Entramos com a ação para que ficasse claro que somos parte desse sistema", diz o vice-presidente da associação, Ramon Rodrigues Soares.

O STF julgou a ação procedente por 6 votos a 5.

Em 2022, o STJ havia reforçado o entendimento de que as guardas, por não estarem entre os órgãos de segurança pública previstos na Constituição, não poderiam ter atribuições de polícia, se limitando à proteção de bens, serviços e instalações do município.

O colegiado considerou que só em situações excepcionais poderiam fazer abordagens e buscas pessoais. Na ocasião, foram declaradas ilícitas provas obtidas em buscas pessoais pelos guardas em ações.

Para o jurista Fábio Tavares Sobreira, professor de Direito Constitucional, mudou o alcance da atuação da guarda. "A questão nuclear é que as guardas poderão, a partir da decisão do STF, que já está valendo, realizar comandos, revistar os cidadãos em casos de fundadas suspeitas, cumprir mandados de prisão se tiverem acesso a eles e realizar buscas domiciliares", afirma.

O vice-presidente da AGM diz que a decisão não muda, na prática, a atuação, que já dá apoio ao policiamento, mas pode garantir mais investimentos. "Facilita aos prefeitos o acesso ao Fundo Nacional de Segurança do governo federal para equipar as guardas", afirma Ramon Rodrigues Soares.

Para o jurista Antonio Carlos de Freitas Junior, por outro lado, é um equívoco o entendimento de entidades que congregam as guardas municipais de que a decisão equiparou as guardas à PM.

"A função da guarda continua a mesma de proteger os bens públicos do município", diz ele, mestre em Direito Constitucional pela USP.

Na prática, diz, a decisão torna mais fácil os convênios de integração das guardas com outras corporações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em decisão da semana passada, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reforçou o entendimento de que guardas municipais não podem exercer atribuições das Polícias Civil e Militar. A corporação não está prevista como um órgão de segurança pública e, por isso, a sua atuação deve visar a vigilância e proteção de bens, serviços e instalações do município, como escolas e unidades de saúde.

A sessão julgava um recurso em que haviam sido declaradas ilícitas provas obtidas por guardas municipais por meio de uma busca pessoal, a revista. Com a sentença, foi anulada a condenação do réu por tráfico de drogas. Um dos argumentos do relator, o ministro Rogerio Schietti Cruz, é o de que a guarda não está sujeita a controle por parte do Poder Judiciário e do Ministério Público, ao contrário das polícias.

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"Não é preciso ser dotado de grande criatividade para imaginar, em um país com suas conhecidas mazelas estruturais e culturais, o potencial caótico de se autorizar que cada um dos 5.570 municípios brasileiros tenha sua própria polícia, subordinada apenas ao comando do prefeito local e insubmissa a qualquer controle externo", pontuou o ministro durante a votação.

O relator considera que o papel da guarda municipal está sendo desvirtuado, com a corporação em processo de se tornar uma "polícia municipal". "Inúmeros municípios pelo País afora, alguns até mesmo de porte bastante diminuto, estão equipando as suas guardas com fuzis, equipamentos de uso bélico, de alto poder letal e de uso exclusivo das Forças Armadas", argumentou. É o caso, por exemplo, das guardas municipais de São Paulo e Curitiba, que fazem uso de fuzis.

No caso julgado, guardas municipais em patrulhamento teriam avistado o réu em uma calçada e desconfiado de quando, ao ver a viatura, ele colocou uma sacola plástica na cintura. Ao abordá-lo, eles teriam encontrado uma certa quantidade de drogas e realizaram a prisão em flagrante delito. Segundo o entendimento do STJ, no entanto, esse tipo de revista e prisão só pode ser realizado por guardas municipais em casos em que o suposto delito atinja de forma direta o patrimônio do município.

Embora o Código de Processo Penal estabeleça que "qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito", o Superior Tribunal de Justiça considera que uma situação em que o flagrante só é evidenciado após atividades como a busca pessoal ou domiciliar não se encaixa nessa definição. "Se por um lado não podem realizar tudo o que é autorizado às polícias, por outro lado também não estão plenamente reduzidos à mera condição de ‘qualquer do povo’, uma vez que não é qualquer do povo que pode investigar, interrogar, abordar ou revistar seus semelhantes", diz o voto do relator.

Caberia às polícias a atribuição de, a exemplo da situação do recurso analisado, patrulhar supostos pontos de tráfico de drogas, realizar abordagens e revistas em indivíduos suspeitos de praticá-lo ou investigar denúncias anônimas de delitos que não atingem de maneira imediata os bens, serviços e instalações municipais. Já aos agentes municipais, segundo o STJ, caberia acionar os órgãos policiais para que realizassem a abordagem e revista do suspeito.

Segundo o presidente da Conferência Nacional das Guardas Municipais (CONGM), Oséias Francisco da Silva, a decisão do Superior Tribunal de Justiça deprecia de forma injusta a função da corporação. "Os nossos guardas municipais atuam diuturnamente em defesa da população com programas essenciais, como é o caso do Maria da Penha, segurança viária, guardas ambientais e atuação na polícia de trânsito. Então, conforme julgado da Sexta Turma, a guarda deveria parar de fazer todos esses tipos de trabalho", afirma.

Ele também classifica a consideração sobre as armas usadas pelos agentes municipais uma desinformação: "Todo o armamento que as guardas municipais estão utilizando é autorizado pelas Forças Armadas e pela legislação em vigor no País. São armas que tem uma estética que parece exclusiva, mas o calibre é permitido inclusive para a população, que tem adquirido esse tipo de armamento".

Nove guardas municipais já foram presos, acusados de participar de um esquema de torturas e achaques contra suspeitos de furtos e tráfico de drogas, em Sorocaba, interior de São Paulo. As detenções vêm acontecendo desde o dia 5 último, quando houve a prisão dos quatro primeiros GMs no decorrer de uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Conforme o MP, os guardas agiram como se fossem uma milícia, cometendo mais crimes do que os que pretendiam combater.

Nesta segunda-feira, 22, policiais civis de São Paulo cumpriram mandados de prisão contra mais dois suspeitos na base da Guarda Municipal de Sorocaba, região central da cidade. Outros três integrantes da corporação tinham sido presos no último dia 16. As prisões fazem parte da Operação Pantera Negra, que há dois meses investiga a conduta de agentes da Guarda Civil de Sorocaba, utilizando inclusive escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Como as investigações prosseguem, não estão descartadas novas prisões.

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Conforme o Gaeco, os guardas são integrantes do grupo de elite da GCM, mas agiam como se fossem uma milícia, com o mesmo "modus operandi" em comunidades urbanas de baixa renda. Eles são acusados da prática recorrente de torturas contra os suspeitos a fim de que dessem informações sobre os chefes do tráfico em cada região da cidade. De posse das informações, os agentes invadiam as casas dos suspeitos sem mandado judicial, agrediam as pessoas e recolhiam dinheiro e objetos de valor. Há suspeita da prática de extorsão e desvio de drogas. Os agentes ainda "esculachavam" as vítimas - há denúncia de que ao menos uma delas foi obrigada a praticar sexo oral em um GCM.

A investigação começou depois que uma vítima procurou o Ministério Público em Sorocaba alegando que havia sido detida pelos agentes e levada para um galpão vazio, onde foi submetida a uma longa sessão de tortura. Os guardas a agrediram com socos, chutes e pauladas. A vítima passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba e o laudo confirmou as agressões.

Os presos foram ouvidos e encaminhados para uma unidade prisional do Estado. Eles não tiveram as identidades reveladas, mas alguns estão há mais de 20 anos na corporação, criada em dezembro de 1987. A prefeitura informou que a Guarda Civil Municipal e o município seguem colaborando com "tudo o que for possível nas investigações, assim como tomando todas as medidas administrativas cabíveis".

Os dois guardas presos nesta segunda ainda não tinham defesa constituída. Os defensores dos outros sete GCMs informaram que vão se pronunciar em momento oportuno.

O deputado estadual Joel da Harpa (PP) afirmou nesta segunda-feira (1º) estar preocupado com o futuro dos guardas municipais. De acordo com ele, apesar da Lei Federal 13.022/2014 reconhecer a importância da “Nação Azul Marinho”, a categoria continua enfrentando problemas para a garantia dos mesmos direitos das demais áreas da segurança pública. “Uma delas, é quanto a aposentadoria”, pontuou o parlamentar. 

“Enquanto o partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL, pretende apresentar destaques ao texto final da reforma na comissão para os policiais, os guardas continuam a ser desprezados. A última esperança é a possibilidade do relator ter a iniciativa de reparar tal injustiça. As diferenças de tratamento para categorias de uma mesma área, é desestimulante”, disse Joel da Harpa. 

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Outra preocupação para o deputado é com as mulheres policiais e as pensionistas. “Elas serão mais prejudicadas que os homens caso as mudanças previstas na reforma da Previdência. Vão trabalhar mais, receber benefício menor e ter pensão reduzida. Quanto às policiais, a meta é garantir o direito conquistado com a Lei Complementar 144/2014 que garantiu a possibilidade de a policial mulher poder se aposentar depois de 25 anos de contribuição ao INSS”, explicou. 

Por fim, Joel da Harpa afirmou que as pensionistas (viúvas dos policiais), terão o valor e o tempo do pagamento de pensão reduzidos. “Muitas mulheres abandonam tudo para cuidar da família, enquanto seus maridos arriscam a vida nas ruas. Quando o policial morre, muitas não estão preparadas para o mercado de trabalho ou já estão em idade avançada. A pensão é uma questão de reconhecimento dos serviços prestados pelo profissional”, opinou.

*Com informações da assessoria

Niterói, município vizinho ao Rio, decidiu, em plebiscito realizado neste domingo, 29, que sua Guarda Municipal não deve usar arma de fogo.

Segundo a prefeitura, que convocou a consulta pública, foram 13.478 votos "não" contra 5.480 "sim" e 32 nulos e brancos, num total de 18.991 eleitores.

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A cidade tem cerca de 500 mil habitantes. O comparecimento às urnas não foi obrigatório. A apuração terminou na madrugada desta segunda-feira, 30.

Cidades brasileiras com população superior a 50 mil pessoas podem adotar a medida, defendida como uma forma de inibir roubos e furtos e reduzir índices de criminalidade de uma forma geral. Críticos argumentam que o efeito poderia ser o contrário - traria mais insegurança - e sustentam que a Guarda Municipal não pode ser tratada como polícia.

Defensor do armamento da guarda, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PV), disse em entrevista à Globonews, mais cedo, que respeitaria a decisão popular em detrimento de sua posição particular. "Vamos, democraticamente, acolher e acatar", disse Neves.

"Tenho minha convicção pessoal como sociólogo, prefeito e cidadão. (O uso de arma) é uma medida adequada no caso de Niterói, não apenas possível, mas necessária para ampliar a presença da força pública nos parques e áreas de convivência."

O prefeito acredita que os cidadãos se sentiriam mais seguros para circular pela cidade à noite caso os guardas usassem armas. "Depois de uma determinada hora, as pessoas não estão saindo para a rua, para frequentar o espaço público. Isso é inaceitável. Esse quadro de anomia que a gente observava nas favelas, em territórios dominados pelo tráfico, está se transferindo para o asfalto, com as cidades sucumbindo diante da crise da segurança pública".

Pelo Estatuto Geral das Guardas Municipais, de 2014, as guardas têm como atribuições, entre outras, zelar por equipamentos públicos, inibir infrações contra estes, atuar no trânsito e "colaborar, de forma integrada com os órgãos de segurança pública, em ações conjuntas que contribuam com a paz social".

A Câmara do Recife promulga, na manhã desta terça-feira (8), o projeto que concede gratuidade para os guardas municipais em determinados locais de lazer, mediante a apresentação de carteira de identidade funcional. O texto foi aprovado em maio, por unanimidade, e voltou para a Casa sem a sanção ou veto do prefeito Geraldo Julio (PSB) e, por isso, será sancionado pelo presidente da Casa, Eduardo Marques (PSB). 

De acordo com o texto, de autoria do vereador Ricardo Cruz (PPS), os guardas municipais poderão entrar gratuitamente em shows, eventos esportivos, salas de cinema e espetáculos circenses. O benefício fica limitado a 5% do total dos ingressos disponíveis para cada evento.

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“Quem trabalha nesta área tem um estresse alto e é válido que em seus momentos de folga todos possam participar de eventos culturais ou espetáculos”, argumentou Ricardo Cruz, que tem atividades no mandato voltado para a categoria.

Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (15), os guardas municipais do Recife resolveram manter a paralisação por 24 horas, com retorno normal das atividades na sexta-feira (16). De acordo com o presidente do sindicato da categoria, Everson Miranda, “todas as reivindicações dos trabalhadores foram atendidas em palavras. A partir de agora vamos esperar a posição do prefeito Geraldo Julio”. 

Ainda segundo Miranda, ficou determinado para o dia 23 de janeiro mais uma assembleia onde serão analisadas as propostas da prefeitura. “Caso não sejam cumpridas as reivindicações, nós iremos aderir à greve por tempo indeterminado”. 

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As reivindicações da categoria de 1.400 profissionais, composta por guardas patrimoniais, agentes de trânsito e brigadistas ambientais, consistem no pedido de cumprimento da Lei 13.022. A norma determina a atuação em conjunto desses trabalhadores com as outras polícias. Na ocasião, de acordo com o presidente do sindicato da categoria, ficaram acordados alguns pontos como a implantação de armamento para os guardas e capacitação e convocação, até o dia 31 de janeiro, dos aprovados em concurso público.  

 

Após realizarem protesto na Praça do Derby, na Área Central do Recife, na manhã desta segunda-feira (8), os guardas municipais protocolaram o pedido do cumprimento de lei no Ministério Público de Pernambuco. 

Segundo a organização da manifestação, o ato visava pedir ao poder público e mostrar à população a necessidade do cumprimento da Lei Nº 13.022, de 8 de agosto de 2014, que trata do porte de armas em serviço por guardas municipais e agentes. “Foi protocolado no MPPE um pedido de força por parte do órgão para que a Lei seja cumprida, pois hoje vence o prazo limite para que os municípios implementassem a Lei e nenhum deles aderiu essa norma que já foi estabelecida há dois anos”, explicou o deputado estadual Joel da Harpa. 

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O deputado ainda esclareceu que o MPPE pediu um prazo de 15 dias para realizar avaliação da questão para depois determinar as ações a serem feitas pelo órgão, afinal, cada município tem suas particularidades que precisam ser analisadas. 

Diante disso, a categoria aponta como tendo sido positivo o resultado da ação realizada nesta segunda, pois “o movimento aconteceu e contou com guardas de vários municípios e também chamamos atenção da sociedade sobre a existência da Lei e a necessidade que ela seja cumprida”, concluiu Harpa.  

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No fim da manhã desta segunda-feira (8), um grupo de cerca de 300 guarda municipais de Pernambuco realizaram um protesto na região central do Recife. A categoria seguiu em caminhada pela Avenida Conde da Boa Vista rumo à sede do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Eles pedem que a Lei Federal 13.022/14, criada em 2014, seja aplicada na gestão estadual. Dentre as competências da legislação federal, estão previstas infraestrutura adequada, maior efetivo dos guardas, capacitação e o porte legal de arma de fogo.

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De acordo com Frederico França, presidente da Ordem dos Policiais do Brasil (OPB), nesta segunda se encerra o prazo para a aplicação da lei. "Nós estamos lutando para trabalhar com segurança e para que lei seja cumprida, nada mais do que isso", afirmou França. Ele lamentou ainda que várias cidades do país inteiro não respeitam a legislação. O grupo se concentrou na Praça do Derby até 10h30 e depois seguiu em caminhada pela Avenida Conde da Boa Vista.

Uma das maiores polêmicas em torno da Lei 13.022/14 é justamente a regulamentação do porte legal de arma de fogo para a categoria dos guardas municipais. Um dos integrantes da Comissão do Armamento das Guardas de Pernambuco, Fábio Jeseus, explicou que não se trata apenas do uso do armamento. "Também queremos junto a essa conquista uma capacitação e um treinamento dos nossos profissionais", pontuou.

É atribuída a lei que para armar a Guarda Municipal, a gestão municipal precisa apresentar um conjunto de garantias para a sociedade. É preciso ter sede própria e espaço específico para armazenamento de arsenal. Também teria que ser criada uma corregedoria para apurar desmando ou excessos. Tudo isso é submetido à Polícia Federal, responsável por dar o aval ao emprego de armas de fogo pelas guardas civis.

Acompanhando o movimento, o deputado estadual Joel da Harpa bradou que "marginais" não podem atacar os guardas e saírem impunes. "A lei está aí e precisa ser cumprida. Não podemos admitir que seja tirado o direito de defesa dessa categoria quando já existe uma lei que regulamenta o porte de arma em serviço. Recentemente, em Camaragibe, um agente foi punido por uso do armamento quando agiu em legítima defesa”, destacou.

Atualmente em Pernambuco há 7.000 profissionais atuando na Guarda Municipal. No Recife, são 1.400. Após a passeata, uma comissão formada por quatro pessoas deve entregar um requerimento no MPPE para alertar sobre a falta de cumprimento da legislação federal. "Em nossos próximos passos, vamos cobrar das prefeituras os ajustes de conduta necessários para que não se torne um crime de responsabilidade".

Guardas municipais da Região Metropolitana do Recife (RMR) realizam um protesto na manhã desta segunda-feira (8). Eles protestam em favor da (lei Nº 13.022) que trata do porte de armas em serviço dessa categoria e de agentes. Após o ato, o grupo promete sair em passeata até o Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

“A lei está aí e precisa ser cumprida. Não podemos admitir que seja tirado o direito de defesa dessa categoria quando já existe uma lei que regulamenta o porte de arma em serviço. Recentemente, em Camaragibe, um agente foi punido por uso do armamento quando agiu em legítima defesa”, destacou o deputado estadual Joel da Harpa.

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“O cumprimento da lei vai ajudar também a polícia militar. Em vários casos o agente municipal presencia a violência, mas fica impedido de agir devido à falta de equipamentos e armamentos para o enfrentamento do crime. Com sua aplicação é diferente, ganha o agente que faz o seu trabalho completo, o policial que passa a ter um parceiro na garantia dos direitos e o cidadão que fica mais protegido”, pontuou.

Com informações da assessoria

Guardas municipais do Recife protestaram em frente à sede da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU). O grupo com cerca de 100 profissionais que participam da manifestação pretende seguir em caminhada com destino à Prefeitura da Cidade, no Centro do Recife. A categoria reivindica o plano de cargos e carreiras e melhorias nas condições de trabalho.

De acordo com informações de Everson Mirada, presidente do Sindicato dos Guardas Municipais (Sindguardas), os trabalhadores devem seguir rumo à sede da gestão municipal para serem ouvidos pelo prefeito Geraldo Julio. A categoria formulou uma série de reivindicações para apresentar ao governo do município. "Nossos coletes balísticos estão vencidos desde o dia 28 de fevereiro, nossas armas de choque não pegam mais carga e nossas condições mínimas de trabalho não estão sendo respeitadas", lamentou o presidente do Sindguardas.

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Além disso, os guardas pleiteiam a renovação do fardamento, o que não ocorre há três anos, conforme o sindicato. Os profissionais também questionam a precariedade do trabalho e exigem melhores condições na profissão. "As viaturas de trabalho estão velhas e para completar não temos nem giz para riscar o chão caso haja algum acidente nas vias", explicou Everson Mirada. 

Caso não sejam ouvidos pela gestão municipal, o Sindicato dos Guardas Municipais pretende continuar realizando paralisações diariamente, podendo iniciar uma greve nos serviços prestados ao município. "Até que nossa situação seja revista pela Prefeitura, iremos continuar em assembleia e protestando por melhores condições de realizar nosso trabalha", concluiu Miranda.

 

Os condutores devem evitar a Avenida Cais do Apolo, nas proximidades da Prefeitura do Recife, na manhã desta terça-feira (17). A orientação é da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) por conta de um protesto realizado por Guardas Municipais. O trânsito nos dois sentidos da via está parado. 

Os agentes fecharam a via para reivindicar melhores condições salariais para a categoria. Para tentar fugir do congestionamento, a recomendação é seguir pela Rua da Aurora, Avenida Cruz Cabugá, Rua Madre de Deus e Cais da Alfândega.

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De acordo com representante dos guardas municipais, Roberto Correia, a Prefeitura do Recife não cumpriu o acordo do pagamento de adicional e retroativo referente a seis meses a aproximadamente 700 agentes que trabalham na cidade. 

Segundo ele, o documento de registro dos benefícios foi assinado pelo secretário de Administração Marconi Muzio. "A discussão do nosso plano de carreiras foi adiada justamente porque a Prefeitura prometeu esses benefícios. Não vamos sair daqui sem uma resposta", afirma o agente. 

Atualizada às 11h07

Os dois sentidos da Avenida Cais do Apolo foram liberados para tráfego. A CTTU continua no local para orientar os motoristas.

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Com informações de Jorge Cosme

A reunião realizada entre os guardas municipais e representantes da Prefeitura, nesta terça-feira (21), para debater as exigências da categoria, não parece ter surtido o efeito esperado pelos profissionais. Um novo encontro foi marcado para a próxima quinta (30) com o intuito de dar continuidade à rodada de negociações. 

Após a passeata da última segunda-feira (20), quando cerca de 50 guardas municipais caminharam da Praça do Derby até a Câmara dos Vereadores, no bairro da Boa Vista, a categoria se reuniu com os representantes municipais para pôr na mesa a pauta de reivindicações. Entre elas, a revisão do Plano de Cargos e Carreiras, que modificou o número de horas extras não remuneradas, e o valor do tíquete alimentação. 

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“Paralelo à reunião com a Câmara, vai haver também uma assembleia com a categoria para definir os rumos das nossas mobilizações. A reunião está marcada para as 10h, na Prefeitura”, afirmou o presidente da Associação dos Guardas Municipais, Alexandre Fook.

Desde o primeiro semestre de 2014, a categoria realiza regulares assembleias para exigir mudanças trabalhistas. Outra exigência dos guardas municipais é o armamento dos profissionais, até então proibida por lei. Segundo a Associação dos guardas, até a próxima reunião não haverá novas mobilizações nas ruas.

Após sair em passeata da Praça do Derby à Câmara dos Vereados do Recife, os guardas municipais concluíram o dia de reivindicações com a decisão de se reunir com o secretário de Segurança Urbana, Murilo Cavalcanti, na próxima terça-feira (21). Às 11h, uma comissão dos vereadores e uma comissão da categoria serão recebidas no gabinete do secretário responsável pela pasta. 

“O presidente da Câmara (Vicente André Gomes) disse lá dentro que a luta é justa e precisamos nos manter firmes. Por isso, pedimos a todos os profissionais a irem fardados às ruas e já às 7h30 começarem a se reunir lá na frente da Prefeitura”, explicou um dos membros da Comissão, Almir Correia. Os profissionais exigem uma revisão do Plano de Cargos e Salários que altera a carga-horária dos trabalhadores e induz a redução de remunerações como as de horas extras. 

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Os guardas municipais se concentraram desde as 9h desta sexta-feira (17), na Praça do Derby, e saíram em caminhada pela Avenida Conde da Boa Vista. Antes, em momento de bloqueio com faixas e panfletagem na Avenida Agamenon Magalhães, houve um princípio de confusão com motoristas que passavam no local e não aceitaram a demora para liberação da via. Houve empurra-empurra e os batedores da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) precisaram intervir na discussão.

Depois de realizarem manifestação na manhã desta sexta (17) na Praça do Derby, no Centro do Recife, os guardas municipais seguiram para a Câmara dos Vereadores do Recife. Chegando por volta das 11h30, grande parte dos manifestantes entrou para uma reunião plenária. 

A categoria recebeu o apoio do vereador Osmar Ricardo (PT), e irá discutir a respeito de reivindicações como Plano de Cargos e Salários e reajustes no tíquete alimentação. Outras manifestações dos guardas foram realizadas no início do mês de outubro. A categoria chegou a interditar por duas vezes a Avenida Cais do Apolo, no trecho em frente à Prefeitura do Recife (PCR). 

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Com informações de Alexandre Cunha

Guardas municipais do Recife estão mais uma vez em frente à Prefeitura do Recife (PCR), na manhã desta quinta (2), para reivindicar direitos trabalhistas, como a implantação de um plano de cargos e carreiras. Segundo a categoria, o pagamento de horas extras e de tíquete alimentação foi alterado. A Associação dos Guardas Municipais do Recife (AGIS) está em reunião com gestores da PCR para negociar acordos entre os trabalhadores e a entidade.

“A Prefeitura garantiu que não mexeria no tíquete até janeiro de 2015, mas já parou de depositar”, afirma Alberto Correia, subinspetor da guarda. A categoria também realizou manifestações em frente à PCR na tarde da última quarta-feira (1º).

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Segundo o presidente da AGIS, Alexandre Fook, a assembleia deve durar até as 16h. “Com a alteração da jornada de trabalho de 6h para 8h diárias, teríamos que receber horas extras até que o plano de cargos e carreiras fosse firmado. O que acontece é que a secretaria executiva de administração nos disse que não vai pagar essas horas excedentes”, explica o presidente.

As duas faixas da Avenida Cais do Apolo, no Centro, foram interditadas pelos profissionais.

Com informações de Filipe Mendes

Melhores condições de trabalho, revisão salarial, pagamento das horas extras e implantação do plano de cargos e carreiras. Estas são algumas das reivindicações dos guardas municipais do Recife, que realizaram um protesto por mais de sete horas nesta quarta-feira (1°). Parte da categoria, com cerca de 200 trabalhadores, bloqueio as duas vias do Cais do Apolo, avenidas que ficam em frente ao prédio da Prefeitura da Cidade.

O tráfego no local ficou bastante complicado. As vias só foram liberadas às 16h20. Segundo o inspetor Everson Miranda, toda a categoria está insatisfeita com as atuais condições de trabalho. "Nossa carga horária de trabalho diária foi de seis para oito horas. Mas o aumento não nos proporcionou horas extras. Exigimos o pagamento das nossas horas excedentes", desabafa. Os trabalhadores prometem realizar uma nova manifestação nesta quinta-feira (2), em frente à Prefeitura do Recife, no Cais do Apolo.

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Após o protesto, cinco representantes da categoria entraram em reunião com o secretário de Administração Gestão de Pessoas da PCR, Marconi Muzzio. O encontro não tem previsão de término. 

Mais de 200 guardas municipais do Recife realizam um protesto em frente à Prefeitura da cidade, no Cais do Apolo, na tarde desta quarta-feira (1°). Os manifestantes ocupam as duas faixas da via, deixando o trânsito no local bastante complicado. A movimentação é pacífica. 

A categoria reivindica melhores condições de trabalho e carga horária excedente. Agentes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) do Recife orienta os condutores no local. A CTTU também pede que os motoristas evitem trafegar pelo Cais do Apolo, desviando pela Rua da Aurora. 

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Os Guardas Municipais de Maceió, que estão em greve há três dias, decidiram retomar as atividades na tarde desta segunda-feira (11). A categoria, que se reuniu com o secretário da pasta Edmilson Cavalcante, afirmou estar insatisfeita com os horários de trabalho, o qual julgava “desumano”.

A assessoria da Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Cidadania (SEMSC) informou que as decisões tomadas na reunião que foi realizada nesta segunda serão postas em prática logo. A nova escala, que será apresentada ainda hoje, vai ser testada por 30 dias. Caso aprovada, será adotada como padrão.

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Paralisação

Os Guardas Municipais de Maceió paralisaram as atividades na sexta-feira (8), quando foi divulgada a nova escala de trabalho. Esta, publicada no Diário Oficial do Estado, não previa folgas.

A presidente da Associação dos Guardas, Solange Dias informou na época que o efetivo é pequeno, e por isso estão trabalhando além da carga horária normal de 40 horas semanais. "Eles não estão se eximindo de ir trabalhar, estão querendo condições para que o serviço possa fluir bem para eles e para a população".

Cerca de 100 guardas municipais realizaram um ato pacífico na tarde desta segunda-feira (19), em frente da Prefeitura do Recife, no bairro do Recife, área Central da cidade. O grupo se reuniu na frente da Câmara Municipal e foi, em caminhada, até a Prefeitura. No local, eles entregaram uma pauta de reivindicações ao Secretario Executivo do Governo, Gabriel Leitão. A categoria pede, como prioridade, o uso de arma de fogo nas atividades. 

“Deixamos na prefeitura uma pauta com 14 itens. Nosso principal pedido é o porte de armas no nosso trabalho porque temos sofrido muitas tentativas de morte em pouco espaço de temo. É um profissão arriscada”, explica o presidente da associação dos guardas, Alexandre Fook.  

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De acordo com a classe, o uso de armas seria apenas para os capacitados. “Queremos que a prefeitura realize um curso de tiros e exames psicotécnicos. Quem de nós conseguir se habilitar poderia usar as armas”, completou Alexandre.        

Das reivindicações, além de uso de armas, os guardas pedem também revisão do plano de cargos e carreiras e materiais de proteção. “Precisamos de colete antibalístico, proteções para os cotovelos e botas”. Sobre a questão salarial, a categoria não pede aumento ao município. 

Na próxima sexta-feira (23), às 9h, haverá um novo encontro para saberem a resposta da prefeitura. De acordo com eles, se o município não ceder as reivindicações, a categoria promete paralisar as atividades.  

Com informações de Bruno Andrade

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