Tópicos | Harvey Weinstein

Uma mulher que foi estuprada há uma década por Harvey Weinstein está processando o produtor que caiu em desgraça por danos, de acordo com um documento apresentado em Los Angeles.

Weinstein foi declarado culpado em dezembro de atacar a mulher, que não foi identificada, em um quarto de hotel de Beverly Hills.

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O ex-produtor de cinema, de 70 anos, já cumpre uma sentença de 23 anos de prisão por sua condenação em 2020 em Nova York por crimes sexuais.

Em uma audiência prevista para este mês em Los Angeles, Weinstein pode ser condenado a mais 18 anos de prisão, o que aumenta a probabilidade de o produtor de "Pulp Fiction" passar o resto de sua vida na prisão - apesar dos recursos.

Na quinta-feira, a vítima reivindicou danos não especificados, alegando agressão sexual, cárcere privado, imposição intencional de sofrimento emocional e negligência.

"A conduta do réu Weinstein foi desprezível e feita com malícia, opressão e fraude, o que justifica uma indenização por danos punitivos contra ele", afirma a demanda.

Após sua condenação em Nova York, um julgamento civil concedeu 17 milhões de dólares a dezenas de mulheres que acusaram o ex-todo-poderoso do cinema de abuso.

A mulher que apresentou a demanda de quinta-feira não estava entre elas.

Boatos sobre o comportamento de Weinstein circularam por Hollywood durante anos, mas sua posição no topo da indústria significava que poucos estavam preparados para desafiá-lo.

Isto mudou em 2017 com a publicação de uma série de acusações contra ele, o que deu início ao movimento #MeToo e abriu o caminho para que as mulheres falassem sobre a violência sexual nos locais de trabalho.

Dezenas de mulheres afirmaram que foram vítimas do comportamento predatório de Weinstein.

O ex-produtor de cinema americano Harvey Weinstein, cujo abuso de mulheres desencadeou o movimento #MeToo em 2017, será acusado de agressão sexual no Reino Unido, anunciaram promotores britânicos nesta quarta-feira (8).

Weinstein, 70, um poderoso ex-produtor de Hollywood, é acusado de duas agressões sexuais a uma mulher em Londres em 1996, disse o Crown Prosecution Service (CPS).

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Os crimes teriam ocorrido entre 31 de julho e 31 de agosto daquele ano, informou a polícia, especificando que a suposta vítima tem agora cerca de 50 anos.

Em fevereiro de 2020, Weinstein foi condenado nos Estados Unidos por estupro e agressão sexual e sentenciado a 23 anos de prisão, em um veredicto histórico para o movimento #MeToo.

Na semana passada, perdeu em sua tentativa de que um tribunal de apelação de Nova York anulasse a condenação.

Weisntein, que foi um dos homens mais poderosos da indústria de Hollywood, aguarda ser julgado por outras acusações de agressão sexual na Califórnia.

Quase 90 mulheres, entre elas as atrizes americanas Uma Thurman, Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow e a mexicana Salma Hayek, acusaram Weinstein de assédio e agressão sexual, desde que surgiu o caso em 2017.

O produtor de filmes como "Pulp Fiction" (1994), "Shakeaspeare Apaixonado" (1998) e "Kill Bill" (2003) sempre defendeu que todos os seus encontros sexuais foram consentidos.

À medida que chegavam mais acusações nos Estados Unidos, a polícia britânica anunciou que também estava investigando uma série de denúncias de agressão sexual contra Weinstein no Reino Unido.

O CPS lida com casos criminais na Inglaterra e no País de Gales e autoriza a polícia a apresentar acusações após avaliar um caso contra um suspeito.

A chefe da divisão de crimes especiais do CPS, Rosemary Ainslie, disse que as acusações contra o ex-produtor americano são produzidas como resultado de "uma análise das provas" coletadas pela Scotland Yard.

"Quando falei, foi muito difícil": há quatro anos, a atriz Asia Argento foi uma das primeiras a denunciar o predador sexual Harvey Weinstein. Para a italiana, o movimento #MeToo deve levar à condenação dos estupradores, sem se tornar uma hashtag da "moda".

"Não posso dizer que tenha me ajudado muito na vida o que aconteceu comigo há vinte anos com Weinstein", declarou à AFP a atriz de 46 anos por ocasião da publicação da edição em espanhol de seu livro autobiográfico, "Anatomia di un cuore selvaggio" (Anatomia de um coração selvagem).

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A filha do mestre italiano do cinema de terror, Dario Argento, provocou uma onda sem precedentes para além do cinema, quando ela denunciou, em 2017, o estupro de que foi vítima praticado pelo produtor americano em 1997, quando tinha 21 anos.

Os fatos aparecem em seu livro, assim como o pesadelo dos anos que se seguiram.

"Quando falei, foi uma tsunami", continua. "Não me ajudou, me deixou em um estado de depressão grave, mas minha consciência me diz que tinha que contar a verdade".

"Quando descobri que várias mulheres tinham sofrido o mesmo, (...) que esse cara era um predador 'em série', (...) não conseguia parar de ouvir uma voz na minha cabeça que me dizia: 'Como você vai se sentir sabendo disso e não dizendo nada, dentro dez anos, se esse cara continuar vivendo sua vida?'", continua.

Meses após sua denúncia, o ator americano Jimmy Bennet a acusou de tê-lo agredido sexualmente quando ele tinha 17 anos, um caso que foi resolvido mediante um acordo financeiro.

Asia Argento negou a versão do ator e prefere não falar disso: "São coisas que não pertencem ao meu presente (...) Não guardo rancor", afirma.

- "Não é minha luta" -

A artista se nega a ser "um símbolo": "Eu pensava que minha mãe já tinha feito a luta pela liberação das mulheres, a liberação sexual... Estar agora falando da mesma coisa me incomoda um pouco. Não é minha luta, fiz o que tinha que fazer e não me interessa mais".

Quanto ao #MeToo, seu ponto de vista é ambivalente: "É como quando você ouve muito uma palavra, perde a sua importância; quando você fala muito sobre algo, se torna um tanto histérico", critica Argento, falando de um slogan que se tornou "quase uma moda". Mas ela não lamenta nada: "Não é uma derrota porque consegui levar esse cara para a prisão".

O magnata de Hollywood caiu em desgraça, acusado de dezenas de estupros e agressões sexuais, e foi condenado em 2020 a 23 anos de prisão por um tribunal americano, à espera de outros julgamentos.

"Anatomia di un cuore selvaggio" é o relato de uma vida de tropeços, uma infância de loucura, livre e dolorosa em Roma, entre um pai artista, que a ignorava, e uma mãe violenta.

Seguem-se depois anos de criação: atriz, diretora, música em uma mistura de drogas, amor e desgraças, como a trágica morte de seu companheiro, o chef e apresentador de televisão de sucesso Anthony Bourdain.

Asia Argento também fala do estupro sofrido em 2002 das mãos do diretor Rob Cohen, que a teria drogado para abusar dela. Cohen negou as acusações após a publicação do livro na Itália, em janeiro.

Para "a eterna incompreendida", que rejeita as convenções burguesas, pôr sua vida no papel foi uma válvula de escape: "Quando vomitei tudo [no livro] e o distanciei de mim, o vi como quando se olha um quadro. As pessoas viram o que sou e se reconhecem nessa pintura da minha vida, me sinto menos sozinha".

Como você já viu aqui no ESTRELANDO, Angelina Jolie, em entrevista para a revista Guardian's Week, deu diversas declarações bombásticas sobre o fim de seu casamento com Brad Pitt. E, agora, a atriz diz ter ficado muito magoada com Pitt quando ele aceitou trabalhar com Harvey Weinstein, na produção Bastardos Inglórios, de 2009:

"Nós brigamos bastante. É claro que isso machucou. Eu evitei ao máximo comparecer aos eventos promocionais daquele filme", disparou a estrela.

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Lembrando que Angelina havia sido assediada por Harvey durante a produção da comédia romântica, Corações Apaixonados, de 1998, quando ela tinha 21 anos de idade - o ex-produtor de filmes foi sentenciado a cumprir 23 anos de prisão por estupro e crimes sexuais.

Após o episódio, Angelina Jolie decidiu nunca mais trabalhar com Weinstein, além de procurar alertar outras pessoas sobre o comportamento dele.

"Tive uma experiência ruim com Harvey Weinstein, na minha juventude e, como resultado, optei por nunca mais trabalhar com ele e avisar os outros quando o fizeram. Esse comportamento em relação às mulheres em qualquer área, em qualquer país, é inaceitável", explicou.

 

O produtor de cinema Harvey Weinstein, preso por estupro e abuso sexual, entrou nesta segunda-feira (5) com um recurso há muito aguardado contra suas condenações, dando início a um esforço para anular sua sentença de 23 anos de prisão.

Os advogados de Weinstein, declarado culpado no ano passado, em uma sentença histórica para o movimento #MeToo, afirmam em documento apresentado à Justiça de Nova York que o produtor não teve um julgamento justo.

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Eles argumentam que não deveria ter sido permitido que várias mulheres que acusaram Weinstein de abuso sexual, mas cujas alegações não foram incluídas nas acusações, prestassem depoimento como testemunhas de ações anteriores.

“O sistema de Justiça criminal americano foi projetado para condenar os réus com base em sua conduta, não em seu caráter geral”, escreveram os advogados.

Também alegaram que a imparcialidade do júri foi comprometida por uma integrante que havia escrito um livro sobre homens mais velhos que se aproveitam de mulheres mais jovens. A defesa de Weinstein tentou fazer com que ela fosse dispensada antes do julgamento.

Weinstein, 69 anos, foi condenado por ato sexual criminoso em primeiro grau e por estupro em terceiro grau, em fevereiro de 2020. Porém, foi absolvido das acusações de agressão sexual predatória.

Quase 90 mulheres, incluindo as atrizes Angelina Jolie e Salma Hayek, fizeram denúncias de conduta sexual inapropriada contra Weinstein, um vencedor do Oscar por vários filmes de sucesso, como "Shakespeare Apaixonado".

O processo focou, porém, em acusações relativas a apenas duas mulheres. O produtor de Hollywood foi condenado por estuprar a ex-atriz Jessica Mann em 2013 e por praticar sexo oral à força na ex-assistente de produção Mimi Haleyi em 2006.

Na apelação, os advogados de Weinstein também acusaram o juiz James Burke, com quem entraram em confronto diversas vezes durante o julgamento, de sete semanas, de proferir uma sentença "indevidamente dura e excessiva".

Weinstein está detido em uma prisão de segurança máxima no estado de Nova York. Ele também aguarda julgamento em Los Angeles, sob a acusação de estupro e abuso sexual envolvendo cinco mulheres.

Em março desse ano, Harvey Weinstein foi sentenciado a cumprir 23 anos de prisão após ser condenado poro crimes que vão desde má conduta sexual até estupro. Desde o início do processo, no qual ele foi acusado por dezenas de mulheres diferentes, muitas de suas informações íntimas foram expostas. Agora, mais uma dessas revelações sobre o produtor veio à tona.

De acordo com o Page Six, o site de notícias semanais Airmail criado pelo ex-editor-chefe da Vanity Fair, Graydon Carter, descobriu que Harvey sofre de uma infecção aguda chamada gangrena de Fournier. Essa condição afeta o pênis de alguns homens como idosos e diabéticos, causando deformidade.

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De acordo com o veículo, alguns pacientes precisam de enxertos de pele para reparar a área afetada, enquanto casos extremos podem exigir uma orquiectomia, a remoção dos testículos. A deterioração da função sexual é outro efeito colateral comum.

Essa condição explica a primeira impressão de Jessica Mann, uma das acusadoras do processo, e que foi depois confirmada pela modelo Lauren Young, outra testemunha do caso. Segundo o relato prestado no tribunal, Jessica achou que Harvey não tinha testículos e talvez fosse intersexo, já que parecia ter cicatrizes como se fossem queimaduras em sua região inferior:

- Na primeira vez que o vi completamente nu, eu pensei que ele era deformado. Ele tem uma cicatriz extrema, parece queimadura. Além disso, Harvey não tem testículos, parece que tem uma vagina.

O outrora magnata de Hollywood Harvey Weinstein, preso por agressão sexual e estupro, deu resultado positivo para o novo coronavírus, informou a imprensa americana.

Weinstein, 68 anos, está em uma prisão do norte do estado de Nova York desde 11 de março, quando foi condenado a 23 anos de prisão por estupro e agressão sexual.

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O jornal local Niagara Gazette foi o primeiro a informar o diagnóstico do produtor de cinema. Várias fontes confirmaram o contágio ao site de notícias de celebridades TMZ.

Porta-vozes de Weinstein se negaram a responder as perguntas da imprensa. O Departamento Correcional do estado de Nova York não respondeu os questionamentos da AFP.

Weinstein foi transferido na quarta-feira passada para uma prisão perto de Buffalo, 560 quilômetros ao noroeste da cidade de Nova York. Antes ele passou um período na prisão de Rikers Island e em um hospital de Manhattan, onde recebeu tratamento por dores no peito.

As prisões lotadas dos Estados Unidos são potenciais focos de contágios de coronavírus. Na semana passada, carcereiros de Rikers e da penitenciária Sing Sing, de Nova York, apresentaram resultado positivo para o novo vírus, de acordo com a imprensa local.

Condenado por estupro e agressão sexual há duas semanas, o ex-produtor de Hollywood Harvey Weinstein, de 67, receberá sua sentença, nesta quarta-feira (11), de um juiz de Nova York e pode ser condenado a até 29 anos de prisão.

Prevista para ser anunciada às 9h30 (11h30 em Brasília) na corte penal estadual de Manhattan, a sentença será o desfecho de um julgamento emblemático para o #MeToo, após um veredicto histórico em 24 de fevereiro que levou à primeira vitória na Justiça deste movimento contra assédio e agressão sexual.

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O júri considerou Weinstein culpado de agressão sexual em primeiro grau por praticar sexo oral forçado na ex-assistente de produção Mimi Haleyi, em julho de 2006. O produtor de filmes como "Pulp Fiction" e "Shakespeare Apaixonado" também foi declarado culpado de estupro em terceiro grau da ex-atriz Jessica Mann em março de 2013.

Foi considerado inocente do crime de estupro em primeiro grau de Mann, assim como de duas acusações de ser um predador sexual, os delitos mais graves no processo e que poderiam levá-lo à prisão perpétua.

A sentença será anunciada pelo juiz James Burke. Weinstein enfrenta uma pena mínima de cinco anos de prisão e uma máxima de 29 anos. Os procuradores pediram a Burke que aplique uma sentença dura, já que Weinstein cometeu abusos "durante toda sua vida" e mostrou "uma total falta de remorsos" por suas ações.

Em uma carta, também solicitaram ao juiz que considere outras 36 acusações de assédio e de agressão sexual contra Weinstein, que datam dos anos 1970 e que não fizeram parte do processo.

Weinstein "mostrou uma atitude de superioridade e uma total falta de compaixão pelo próximo", escreveu a promotora Joan Illuzzi. Já a defesa pediu ao juiz que aplique a pena mínima, porque Weinstein é um profissional bem-sucedido que ganhou dezenas de Oscars.

"Sua história de vida, suas conquistas, suas lutas são simplesmente notáveis e não devem ser ignoradas, devido ao veredicto do júri", alegou.

Os advogados do produtor asseguram que uma sentença maior ao mínimo equivale a uma pena de morte, já que, segundo as estatísticas, um homem branco como Weinstein não viverá mais de 12 anos.

Suas acusadoras - Jessica Mann, de 34 anos, e Mimi Haleyi, de 42 - deve falar diretamente ao juiz, para lhe pedir que uma pena severa seja aplicada ao réu.

Na terça-feira, vários jornais americanos publicaram documentos judiciais mostrando que Weinstein pediu ajuda aos bilionários Jeff Bezos e Michael Bloomberg quando foi alvo de um tsunami de acusações de agressão sexual em outubro de 2017.

Pai de cinco filhos, o produtor de cinema não foi preso imediatamente após o veredicto, porque começou a sentir palpitações e dores no peito. Foi levado para um hospital, onde ficou vários dias internado.

Foi submetido a uma cirurgia cardíaca e, em 5 de março, transferido para o presídio de Rykers Island, no Bronx.

As atrizes de Hollywood que acusam Harvey Weinstein por crimes sexuais esperam que ele seja condenado em prisão perpétua no novo julgamento que enfrentará em Los Angeles, ainda sem data definida, após a histórica condenação em Nova York.

O ex-homem forte de Hollywood foi considerado culpado na última segunda-feira (24) por estupro e agressão sexual em um veredicto considerado como um triunfo para o movimento #MeToo contra essa conduta de abusos na indústria cinematográfica.

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A atenção agora se volta à Califórnia, onde lhe imputaram novos acusações.

"Harvey, você mexeu com as mulheres erradas. Te esperamos aqui em Los Angeles onde esperamos que seja condenado à prisão perpétua", disse a atriz Louisette Geiss em uma coletiva de imprensa. "Você não estará a salvo", acrescentou.

Weinstein aguarda sua sentença no presídio de Rikers Island, em Nova York, mas passou a noite de segunda em um hospital de Manhattan depois de apresentar dores no peito.

Se não for preso, estaria "recebendo um tratamento especial", indicou a repórter Lauren Silvan, entre as 11 mulheres que discursaram durante a coletiva de imprensa.

Várias dessas mulheres demonstraram dúvidas quanto à gravidade do estado de saúde do ex-produtor.

"Pode estar passando por um ataque de pânico, algo que todas nós já sentimos", disse Sarah Anne Massie.

O Ministério Público de Los Angeles o acusa de ter agredido sexualmente a ex-modelo Lauren Young em um banheiro de um quarto de um hotel em Beverly Hills, em 2013, quando a aspirante a atriz tinha 22 anos.

Ele também é acusado de ter estuprado uma modelo italiana na noite anterior ao incidente com Young.

As mulheres criticaram as declarações feitas mais cedo pelo presidente americano Donald Trump, que considerou "uma grande vitória para as mulheres" o veredicto em em Nova York.

"Em um momento em que ninguém menos que o presidente dos Estados Unidos é um predador sexual, e inúmeros outros predadores continuam pelo mundo, o veredicto de ontem foi uma declaração forte e inquebrável", disse Melissa Sagemiller.

Ao comentar sobre Weinstein, o presidente americano, de 73 anos, não mencionou em nenhum momento ser ele mesmo acusado por ao menos 16 mulheres de assédio ou agressão sexual, ainda que nunca tenha respondido perante a Justiça por esses casos.

Harvey Weinstein estava sendo acusado de abuso sexual e estupro e, após ouvir sua condenação na última segunda-feira (24) o produtor de cinema foi levado ao hospital por reclamar de dores no peito e sinais de pressão alta.

A informação é da revista Variety, que, em contato com os advogados de Weinstein, relatou que ele deixou o tribunal de ambulância e foi levado para o Centro Hospital Bellevue, em Nova York. De lá, ele foi encaminhado para uma enfermaria em Rikers Island.

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A publicação ainda afirma que Weinstein foi condenado em duas das quatro acusações, mas se livrou da prisão perpétua ao ser inocentado por comportamento sexual predatório quando o acusado comete em série crimes sexuais com diferentes mulheres. Também declarou que a justiça determinou que o produtor deve aguardar na cadeia por sua pena, prevista para ser anunciada no dia 11 de março. A sentença pode ir de cinco a 25 anos de prisão. Até o momento os advogados dele não divulgaram mais detalhes sobre seu estado de saúde.

Nas redes sociais, algumas vítimas de Weinstein se pronunciaram sobre a condenação. No Instagram Stories, a atriz Asia Argento escreveu acompanhada de uma amiga: "Harvey Weinstein é agora um estuprador condenado. Duas sobreviventes choram e comemoram", e no feed também compartilhou um post.

Um júri de Nova York declarou nesta segunda-feira o ex-produtor de cinema Harvey Weinstein culpado de agressão sexual e estupro de duas mulheres, mas não de comportamento sexual predatório, um veredicto que representa a primeira vitória nos tribunais do movimento #MeToo.

Após quase um mês de julgamento e cinco dias de deliberações, o júri considerou Weinstein, 67 anos, culpado de agressão sexual em primeiro grau por praticar sexo oral na ex-assistente de produção Mimi Haleyi em julho de 2006, crime que pode ser punido com uma pena de cinco a 25 anos de prisão.

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O produtor de filmes como "Pulp Fiction" também foi declarado culpado de estupro em terceiro grau da ex-atriz Jessica Mann em março de 2013, crime que tem pena máxima de quatro anos de prisão.

Weinstein, no entanto, não foi considerado culpado do crime de estupro em primeiro grau de Mann e por duas acusações de comportamento sexual predatório, os delitos mais graves pelos quais era acusado e que poderiam resultar em uma pena de prisão perpétua.

A sentença será definida em alguns meses pelo juiz James Burke, que presidiu o processo no tribunal penal estadual de Manhattan.

O primeiro julgamento penal de um homem influente acusado no âmbito do movimento #MeToo, que luta contra o assédio e a agressão sexual, começou em 22 de janeiro e ouviu os testemunhos de seis mulheres que denunciaram agressões sexuais. O veredicto foi unânime entre os sete homens e cinco mulheres do júri.

O comediante Bill Cosby já havia sido considerado culpado em 2018 de drogar e agredir sexualmente uma mulher, mas ele foi acusado em 2015, antes do nascimento do movimento #MeToo.

O movimento Time's Up, que luta contra o assédio e a agressão sexual no ambiente de trabalho, afirmou que o veredicto de Weinstein é uma "nova era de justiça, não apenas para quem as que quebraram o silêncio, que falaram apesar do grande risco pessoal, e sim para todas as sobreviventes de assédio, abuso e agressão no trabalho".

Weinstein foi denunciado por assédio, agressão sexual ou estupro por mais de 80 mulheres desde a explosão do escândalo em outubro de 2017, incluindo as atrizes Salma Hayek e Gwyneth Paltrow.

Mas ele foi julgado apenas por dois casos: a suposta agressão sexual contra Mimi Haleyi e o estupro da ex-atriz Jessica Mann. Quase todos os outros delitos prescreveram.

Para decidir se Weinstein é um predador sexual, o júri deveria determinar se ele estuprou a atriz de Annabella Sciorra, além de agredir sexualmente Mimi Haleyi e/ou estuprar Jessica Mann.

Sciorra contou que Weinstein a estuprou no inverno de 1993-94, mas como a denúncia diz respeito a um fato que teria acontecido há três décadas, o crime prescreveu. Porém, o seu testemunho, combinado com as acusações de Haleyi e Mann, poderia ser utilizado para que ele fosse considerado um predador sexual.

A Promotoria afirmou durante o processo que Weinstein se aproveitou de seu grande poder na indústria do cinema para agredir sexualmente durante anos aspirantes a atriz e trabalhadoras do setor.

A defesa exibiu ao júri dezenas de e-mails para demonstra que as acusadores tiveram durante anos uma relação de afeto com o produtor após as supostas agressões, incluindo relações sexuais consentidas.

Durante o processo, o promotor Joan Illuzzi afirmou aos integrantes do júri que as acusadoras não tinham "nenhuma razão para mentir".

"Por que passar por todo esse estresse de testemunhar se não estão dizendo a verdade?", pergunto. "Elas sacrificaram sua dignidade, sua intimidade, sua calma com esperança de que suas vozes sejam ouvidas".

A advogada de defesa Donna Rotunno disse que as acusadores manipularam Weinstein para avançar em suas carreiras e as responsabilizou pelas supostas agressões.

Weinstein também foi acusado em janeiro de dois ataques sexuais em Los Angeles, pelos quais ainda deve responder à justiça. Também é alvo de vários processos civis.

O Ministério Público de Nova York pediu ao júri do processo contra Harvey Weinstein para declarar como culpado o homem forte de Hollywood e acreditar nas mulheres que o acusam de agressão sexual, alegando que elas "não teriam razão para mentir".

Weinstein, cujos filmes já ganharam mais de 80 estatuetas no Oscar, acreditava ser "o dono do universo, e as testemunhas aqui eram formigas que poderia esmagar sem sofrer consequências", disse a promotora Joan Illuzzi-Orbon em suas alegações finais, no último dia de julgamento no tribunal de Manhattan.

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O produtor de cinema, de 67 anos, pode ser condenado à prisão perpétua caso seja declarado culpado por estupro e agressão sexual.

Após três semanas de julgamento, o júri começará a deliberar na próxima terça-feira para chegar a um veredicto.

- "Elas não tem razão para mentir" -

A promotora defende que as seis mulheres que testemunharam durante o julgamento de Weinstein não teriam "nenhum motivo para mentir".

"Por que se submeter a todo esse estresse de vir até aqui testemunhar se não estivessem dizendo a verdade?", questionou Illuzzi-Orbon ao júri durante suas três horas de alegações finais, com duração bem menor do que as da advogada de defesa, Donna Rotunno, na última quinta.

"Para vocês parece que elas estavam em um momento divertido? (...) Sacrificaram sua dignidade, intimidade, sua calma com a esperança de que lhes ouvissem", afirmou.

A promotora também buscou dissipar as contradições mencionadas pela defesa na quinta.

Rotunno tinha sugerido que as acusadoras tinham se colocado em uma situação de agressão e convidou o júri a ter "a coragem" de tomar uma decisão "impopular", que é a de absolver o seu cliente.

"Elas mereciam que acontecesse o que lhes aconteceu só por terem ido ao encontro de Harvey Weinstein? Foi escolha delas?", perguntou a promotora.

"Quando você pega um avião, esperamos que seja sequestrado?", perguntou. "Por que então vamos pensar que ao irmos na casa de um homem seremos agredidas? Percebemos as vítimas de crimes sexuais diferentemente às vítimas de outros tipos de crimes", ressaltou Illuzzi-Orbon.

Durante sua alegação, a promotora focou no testemunho da atriz de "Família Soprano", Annabella Sciorra, que afirma ter sido estuprada por Weinstein entre os anos de 1993-94.

A atriz fez todo o possível para manter-se distante do homem forte de Hollywood desde o suposto estupro, diferentemente das outras mulheres que testemunharam.

Investigações jornalísticas sobre denúncias de abusos sexuais de homens poderosos de várias indústrias, como o jornalismo, a gastronomia e a música, desencadearam no movimento #MeToo, em 2017.

Harvey Weinstein é o primeiro deles a ser julgado. Embora mais de 80 mulheres tenham denunciado-o por assédio, agressão sexual ou estupro, ele só foi acusado pelo estupro da ex-atriz Jessica Mann, em 2013, e pela agressão sexual da ex-assistente de produção Mimi Hailey, em 2006, pois a maioria dos crimes já prescreveu.

A promotoria apresentou o testemunho de outras quatro mulheres para demonstrar que o ex-produtor é um "predador sexual" em série, uma das cinco acusações pela qual responde.

O produtor argumenta que todas as suas relações foram consensuais.

O júri deve definir um veredicto para cada uma das acusações. Caso não cheguem a um consenso, o juiz pode ser obrigado a anular o julgamento. Pode haver um veredicto misto: Weinstein pode ser culpado de algumas acusações e absolvido de outras.

A defesa de Harvey Weinstein apresentou nesta segunda-feira (3) em seu julgamento em Nova York novas mensagens que em sua opinião provam que o ex-todo poderoso de Hollywood mantinha uma relação consensual com suas principais acusadoras.

A chefe da defesa, Donna Rotunno, submeteu a ex-atriz Jessica Mann, que acusa Weinstein de tê-la violentado em março de 2013, a um brutal contra-interrogatório de seis horas que pareceu debilitar consideravelmente seu testemunho desta sexta-feira (31).

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"Obrigado por seu apoio incondicional e amabilidade. Você me ajudou a acreditar em mim mesma", escreveu Mann em um e-mail seis meses depois do suposto estupro. "Ninguém me entende tanto quanto você", escreveu em outra mensagem. Em uma terceira, escrita em 2014, faz alusão ao sorriso de Weinstein e a seus "belos olhos".

Weinstein, de 67 anos, poderia ser condenado à prisão perpétua se for considerado culpado de ser um predador sexual em relação à suposta agressão de Mann e à denúncia da ex-assistente de produção Mimi Haleyi, que o acusa de fazer sexo oral nela contra a vontade em 2006. 

Weinstein nega as acusações e assegura que todas as suas relações foram consensuais. Mann, de 34 anos, admitiu nesta sexta que teve relações sexuais "não coercitivas" com Weinstein até 2016. Disse que só se manteve em contato com ele por medo.

Mas na segunda-feira, a defesa pediu que lesse uma mensagem que escreveu ao seu namorado em 2013 na qual comentava de Weinstein. "Me ofereceu ajuda quando meus pais não o fizeram", leu Mann, chorando.

O juiz James Burke adiou a audiência desta segunda-feira porque Mann chorava sem parar e não pôde recuperar a compostura. O julgamento continua e deve terminar por volta de 6 de março.

A atriz de "Família Soprano" Annabella Sciorra, que afirma ter sido estuprada pelo produtor de Hollywood Harvey Weinstein nos anos 90, testemunhou nesta quinta-feira contra ele no segundo dia de seu julgamento em Nova York por crimes sexuais.

A atriz de 59 anos entrou no tribunal do estado de Manhattan usando um vestido azul marinho e relatou ao júri do tribunal penal estadual de Manhattan como Weinstein tornou-a uma usuária do antidepressivo Valium depois de estuprá-la em uma noite do inverno de 1993-1994. Ele teria entrado à força em seu apartamento de Gramercy Park, em Manhattan, quando ela abriu a porta de camisola.

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"Foi tão desagradável que meu corpo começou a tremer de uma maneira muito incomum. Eu nem sabia o que estava acontecendo", disse, erguendo os braços e segurando os pulsos para mostrar ao júri como Weinstein, três vezes mais pesado que ela, dominou-a.

"Ele me empurrou na cama (...) Subiu em cima de mim e me estuprou. Ele colocou dentro da minha vagina e me estuprou", contou.

"Ele disse alguma coisa?", preguntou a promotora Joan Illuzzi-Orbon. "Disse 'Meus tempos são perfeitos'", respondeu Sciorra, secando as lágrimas.

Ela relatou que o acusado disse "isso é para você" e praticou sexo oral contra a sua vontade.

Sciorra afirmou que o estupro deixou-a traumatizada e deprimida, e que ela começou a consumir grandes quantidades de álcool e a ter tendências suicidas.

Segundo ela, depois disso o produtor tentou entrar uma vez em seu quarto de hotel em Londres, mas ela não permitiu. Mais tarde, ele também voltou a seu quarto de hotel durante o festival de Cannes em 1997, quando apareceu de roupa íntima e com uma garrafa de óleo para bebês nas mãos. Ela pediu ajuda "e ele foi embora", disse.

- "Eu temia pela minha vida"-

Sciorra guardou segredo sobre o acontecido por anos.

"Eu queria fingir que nunca tinha acontecido (...) Naquele tempo eu pensava que um estupro era algo que acontecia num beco, por alguém que você não conhece".

Sciorra disse que ficou muito assustada para chamar a polícia e só contou sua história em outubro de 2017 ao jornalista Ronan Farrow da revista The New Yorker.

A atriz acrescentou que meses antes foi contactada por um suposto jornalista que ela acha que trabalhava para Weinstein. "Eu temia pela minha vida", afirmou.

Weinstein, de 67 anos, é acusado de praticar sexo oral com a ex-assistente de produção Mimi Hailey contra sua vontade em 2006 e de estuprar a atriz Jessica Mann em 2013, em um caso emblemático pelo movimento #MeToo contra assédio e agressão sexual.

- Uma atriz profissional -

A promotoria espera que o depoimento de Sciorra ajude a convencer o júri de que o acusado é um predador sexual. O suporto estupro ocorreu há tanto tempo que o crime prescreveu e, portanto, não faz parte do processo.

Para convencer o júri, é necessário demonstrar que Weinstein atacou sexualmente pelo menos duas pessoas. Ele se declara inocente e diz que suas relações foram consensuais.

Se ele for considerado culpado pelos crimes dos quais é acusado, o ex-todo-poderoso produtor de filmes enfrentará uma sentença máxima de prisão perpétua.

A chefe da equipe de defesa de Weinstein, Donna Rotunno, fez o interrogatório tentando semear dúvidas sobre o depoimento e a credibilidade dessa testemunha chave.

Voltando ao relato de Sciorra, a advogada ressaltou aparentes inconsistências e imprecisões, como as datas da suposta agressão e os outros encontros com Weinstein citados por Sciorra.

Ela ressaltou que a testemunha é "uma atriz profissional", acostumada a se apresentar como alguém "que não é".

Seu contrainterrogatório, educado, mas firme, deve continuar nesta quinta-feira.

Em suas alegações iniciais na quarta-feira, o advogado de Weinstein, Damon Cheronis, disse que Sciorra contou uma vez que ficou "louca" com Weinstein. "Ela não descreveu como estupro porque não foi", afirmou.

Mais de 80 mulheres denunciaram Weinstein por assédio, agressão sexual ou estupro desde o escândalo sobre seus supostos abusos em outubro de 2017.

No entanto, a maioria dos crimes prescreveu e Weinstein só será julgado pelos supostos ataques contra Haleyi e Mann.

O outrora todo-poderoso produtor de Hollywood Harvey Weinstein foi acusado nesta segunda-feira (6) de novos crimes sexuais em Los Angeles, no mesmo dia do início de seu julgamento penal em Nova York, em um dia histórico para o movimento #MeToo.

Weinstein, de 67 anos, foi acusado em Los Angeles de abusar sexualmente de duas mulheres não identificadas em 2013.

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O primeiro abuso teria ocorrido em 18 de fevereiro de 2013, quando, segundo o Ministério Público, Weinstein entrou sem permissão no quarto de hotel de uma mulher e a estuprou. No dia seguinte, supostamente abusou sexualmente de outra mulher em seu quarto de um hotel em Beverly Hills.

"As provas demonstrarão que o acusado utilizou seu poder e influência para ter acesso a suas vítimas e em seguida cometer crimes violentos contra elas", disse a promotora Jackie Lacey em nota. "Quero elogiar as vítimas que se apresentaram e contaram corajosamente o que aconteceu com elas".

Weinstein afirma ser inocente.

- "Suficientemente degradadas" -

Mais cedo, em Nova York, Weinstein foi a tribunal vestindo um terno escuro e usando um andador depois de passar por uma recente cirurgia nas costas devido a um acidente de carro que sofreu em agosto. Ele parecia pálido e fraco. Nos arredores da corte, umas 15 mulheres protestavam, inclusive as atrizes Rosanna Arquette e Rose McGowan.

"O tempo acabou, 'Time's Up'. O tempo do assédio sexual no trabalho acabou, o tempo de culpar os sobreviventes acabou, o tempo de desculpas vazias sem consequências e da ampla cultura do silêncio que permitiu que agressores como Weinstein agissem", disse Arquette.

Desde que o movimento surgiu após o tsunami de acusações contra Weinstein, quase todos os homens que foram acusados e perderam seus postos de trabalho evitaram processos penais.

O produtor de "Pulp Fiction - Tempo de violência" pode ser condenado à prisão perpétua se for considerado culpado neste julgamento sobre agressões contra duas mulheres, que deve durar de seis a oito semanas.

A audiência desta segunda, em Nova York, presidida pelo juiz James Burke durou uma hora e 15 minutos e definiu aspectos logísticos do julgamento. A primeira batalha será a seleção do júri, que começa amanhã e pode durar até duas semanas. Durante a audiência, a Promotoria pediu que o juiz ordene a defesa a manter silêncio sobre o processo fora do tribunal.

"As mulheres já foram suficientemente degradadas", disse a promotora Joan Illuzi-Orbon, acusando a advogada de defesa, Donna Rotunno de sugerir que, como muitas acusadoras são atrizes, elas estão atuando quando denunciam os abusos.

Rotunno garantiu que não fez nada errado, e criticou a promotora por classificar seu cliente como "predador" na corte.

- "Não foram em vão" -

Quase 90 mulheres, incluindo atrizes famosas como Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow, denunciaram o ex-produtor por assédio, agressão sexual, ou estupro, desde que o jornal "The New York Times" revelou várias acusações contra ele em 5 de outubro de 2017.

Weinstein está sendo julgado em Nova York apenas por agressões contra duas mulheres, já que os demais crimes prescreveram. O mesmo aconteceu em Los Angeles, onde o Ministério Público reportou casos de estupro que datam dos anos 1970 e não podem mais ser julgados.

Além das acusações apresentadas nesta segunda-feira, a promotora Lacey disse que analisa outras três denúncias. Em um comunicado, 25 mulheres que romperam o silêncio contra Weinstein, entre as quais estão Arquette e McGowan, além de Mira Sorvino, comemoraram a acusação na Califórnia.

O início do julgamento em Nova York mais o anúncio de novas acusações "são um claro indício de que os riscos que assumimos [ao contar suas histórias] e as consequências que enfrentamos posteriormente não foram em vão".

No entanto, para Bennett Gershman, ex-promotor e professor de direito em Nova York, o anúncio de Lacey pode dificultar o julgamento e dar argumentos aos advogados de Weinstein para pedir um adiamento até que a situação se acalme, explicou à AFP.

A defesa já tinha pedido para "sequestrar" o júri para evitar que outros processos judiciais - como o de Los Angeles - influa em sua imparcialidade. O juiz recusou o pedido.

- Testemunho de Sciorra -

Uma das acusadoras é a ex-assistente de produção Mimi Haleyi, segundo a qual o produtor de "Pulp Fiction - tempo de violência" praticou sexo oral nela contra sua vontade no apartamento do réu, em Nova York, em julho de 2006.

A segunda acusadora permanece no anonimato. Ela afirma que Weinstein, cofundador da produtora Miramax Films, violentou-a em um quarto de hotel de Nova York em março de 2013.

A acusação foi modificada em agosto para incluir o depoimento da atriz da série "Família Soprano" Annabella Sciorra, que relata ter sido violentada por Weinstein no inverno de 1993-94.

Se Weinstein for considerado culpado pelo júri e receber a pena de prisão, será um marco para o movimento #MeToo, que luta contra o abuso sexual e de poder em Hollywood e outras indústrias, como o jornalismo, a gastronomia e a música.

O julgamento por agressões sexuais contra o ex-produtor americano de cinema Harvey Weinstein, de 67, teve início nesta segunda-feira (6), em Nova York.

Se for considerado culpado, Weinstein pode ser condenado à prisão perpétua. O processo deve durar em torno de seis semanas. À frente da equipe de cinco advogados da defesa, Donna Rotunno garante que seu cliente será absolvido.

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O famoso ex-produtor de Hollywood entrou na Suprema Corte de Manhattan com a ajuda de um andador. Depois de sofrer um acidente de automóvel em agosto passado, Harvey precisou se submeter a uma cirurgia nas costas.

A audiência desta segunda será para definir aspectos logísticos do julgamento e deve ser breve. A primeira batalha será a seleção do júri, que começa amanhã e pode durar até duas semanas.

Este processo começa mais de dois anos depois da explosão do escândalo que gerou o movimento #MeToo e derrubou dezenas de homens poderosos denunciados por agressões sexuais.

Quase 90 mulheres, incluindo atrizes famosas como Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow, denunciaram o ex-produtor por assédio, agressão sexual, ou estupro, desde que o jornal "The New York Times" revelou várias acusações contra ele em 5 de outubro de 2017.

Weinstein está sendo julgado na Suprema Corte de Nova York apenas por agressões contra duas mulheres, já que os demais crimes prescreveram.

Uma das acusadoras é a ex-assistente de produção Mimi Haleyi, segundo a qual o produtor de "Pulp Fiction - tempo de violência" praticou sexo oral nela contra sua vontade no apartamento do réu, em Nova York, em julho de 2006.

A segunda acusadora permanece no anonimato. Ela afirma que Weinstein, cofundador da produtora Miramax Films, violentou-a em um quarto de hotel de Nova York em março de 2013.

A acusação foi modificada em agosto para incluir o depoimento da atriz da série "Família Soprano" Annabella Sciorra, que relata ter sido violentada por Weinstein no inverno de 1993-94.

A acusação espera que seu testemunho ajude a convencer o júri de que Weinstein é um predador sexual em série.

Ao todo, 25 mulheres que denunciaram Weinstein, incluindo as atrizes Roseanna Arquette e Rose McGowan, divulgaram um comunicado na sexta-feira. Nele, exigiram justiça e descreveram Weinstein como um "abusador sem arrependimentos".

"Este julgamento é crítico para mostrar que os predadores terão de enfrentar sua responsabilidade estejam onde estiveram e que denunciá-los pode resultar em uma mudança real", destacaram.

Várias destas mulheres convocaram uma entrevista coletiva para hoje, diante da Suprema Corte, reunidas em meio a cartazes com as inscrições "Justiça para as sobreviventes" e "Vergonha".

Weinstein insiste em que todas as suas relações sexuais foram consensuais. O único outro julgamento penal desta mesma natureza no horizonte é o do cantor de R&B R. Kelly. No ano passado, ele foi acusado de vários ataques contra jovens.

O comediante americano Bill Cosby foi sentenciado a três anos de prisão por agressão sexual em setembro de 2018. Seu julgamento começou no final de 2015.

Uma mulher que garante ter sido agredida sexualmente por Harvey Weinstein quando tinha 16 anos, em 2002, entrou na Justiça contra o famoso ex-produtor de cinema nesta quinta-feira (19), após rejeitar um acordo fruto de uma ação civil coletiva.

A ação foi apresentada no tribunal estadual de Nova York por Kaja Sokola. À época dos fatos relatados, ela acabava de chegar a Nova York, procedente da Polônia, e sonhava com ser atriz, ou modelo, disse seu advogado, Douglas Wigdor, em um comunicado.

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Em 2018, Sokola se associou a uma demanda coletiva contra o magnata de Hollywood, sem revelar sua identidade.

Quando, em 11 de dezembro, os advogados de Weinstein anunciaram que chegaram a um acordo de princípio com as supostas vítimas para resolver a demanda coletiva, ela rejeitou os termos e decidiu apresentar uma nova ação judicial em seu nome.

Embora a agressão tenha acontecido há 17 anos, uma lei que entrou em vigor em agosto em Nova York estendeu consideravelmente os prazos de prescrição para crimes de agressão sexual contra menores.

Segundo a ação de 23 páginas, a jovem Kaja Sokola foi apresentada em setembro de 2002 a Weinstein, que a convidou para almoçar alguns dias depois. Ele teria dado a entender que queria ajudá-la na carreira.

Em vez de levá-la para um restaurante, ele a levou para sua casa, onde a demandante garante que Weinstein a "aterrorizou e abusou sexualmente".

Hoje, Sokola, de 33 anos, trabalha como psicóloga e terapeuta na Polônia. O valor da indenização exigida por ela não foi divulgado.

Harvey Weinstein, poderoso produtor de Hollywood, foi acusado de assédios, abusos sexuais e estupros por diversas mulheres da indústria do entretenimento, o que desencadeou o movimento Me Too, em que experiências são divididas e chamam a atenção para a causa.

Famosas como Jennifer Aniston e Madonna foram só algumas a falar sobre casos envolvendo Weinstein, que também chegou a ser acusado de tráfico sexual, além de abusar sexualmente de uma modelo de 16 anos de idade. A lista de acusações não diminui, mas parece que o produtor deu um jeitinho de escapar de todas elas, já que segundo informações do The New York Times, seu estúdio - Weinstein Company - entrou em um acordo financeiro com todas as vítimas.

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O acordo, de 25 milhões de dólares, ou seja, 102 milhões e 892 mil reais, ainda permitiria que Weinstein não precisasse admitir nada e nem tirar o dinheiro de seu próprio bolso para pagar às vítimas - já que o dinheiro da indenização, tecnicamente, seria de seu estúdio, que entrou com pedido de falência.

Ainda não está tudo 100% formalizado, mas já foi previamente aprovado por todas as partes em uma sessão de tribunal que aconteceu na última quarta-feira, dia 11. Caso seja totalmente aprovado, o acordo colocaria um fim a todos os processos - de mais de 30 mulheres - contra o produtor e sua empresa.

O que está faltando só é a aprovação do tribunal e a assinatura de todos os envolvidos. Todo o dinheiro seria pago pelo seguro que cuida da empresa de Weinstein. Como está em processo de falência, as vítimas tiveram que fazer suas reivindicações junto com seus credores.

Katherine Kendall, atriz de 50 anos de idade, e uma das acusadoras de Weinstein, falou porque aceitou o acordo:

- Eu não amo a ideia, mas eu não sei como ir atrás deles. Eu não sei o que eu realmente posso fazer.

Complicado, né?

As vítimas chegaram a comemorar, anteriormente, com a possibilidade de Weinstein poder pegar até dez anos de prisão - o que não deve mais acontecer.

Jennifer Aniston foi uma das seis mulheres contempladas pela revista Variety em sua edição especial de outubro que celebra o poder feminino. Há também capas exclusivas de Awkwafina, Brie Larson, Dana Walden e a cantora Chaka Khan.

Em entrevista para a publicação, Jennifer comentou sobre reboot de Friends e também sobre o caso de assédio de Harvey Weinstein, o magnata acusado por milhares de artistas de assédio, violência e abuso do poder. Quando o assunto é Friends uma certa nostalgia sempre vem no ar, e isso também acontece com a atriz.

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Mas a possibilidade de haver um reboot foi cotada e descartada diversas vezes pelo elenco, mas não há nenhuma certeza:

- Gostaríamos de ter feito algo juntos? Sim. Teria sido divertido. Poderíamos ter redesenhado para alguns episódios. Mas de qualquer forma. Talvez seja melhor assim, mas nunca saberemos, e a dúvida fica no ar.

Agora, quando questionada sobre os casos de abuso de Harvey, a atriz não se desviou do assunto, e contou sua própria e péssima experiência com o magnata:

- Ele veio me visitar em Londres enquanto filmamos, ele dizia: Então eu gostaria que você usasse um desses na estreia. E eu examinei o vestido e não era para mim. Ele dizia: Você tem que usar o vestido. Esse era o meu único assédio moral. E eu fiquei tipo: Não, eu não vou usar o vestido.

A artista também relembrou de outro episódio em que ele obrigou um de seus amigos a se levantar da mesa para se sentar:

- Era exatamente esse nível de direitos e comportamentos grosseiros, finalizou.

Um livro escrito pelas duas jornalistas que em 2017 foram as primeiras a informar sobre as acusações de agressão sexual contra o produtor de cinema Harvey Weinstein revela que seu irmão tentou em vão que ele pedisse ajuda para enfrentar sua "má conduta".

O livro, que estará à venda a partir desta terça-feira, publica integramente uma carta escrita por Bob Weinstein a seu irmão em 2015, e detalha como uma advogada do produtor de Hollywood tentou manchar a reputação de suas supostas vítimas para desacreditá-las.

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Os artigos das jornalistas Jodi Kantor e Megan Twohey, do jornal The New York Times, revelaram as acusações contra Weinstein que deram origem ao movimento #MeToo contra o abuso sexual.

"Com sua má conduta envergonhou a família e a empresa", escreveu Bob Weinstein a seu irmão e sócio na produtora de cinema. "Sua reação foi uma vez mais colocar a culpa na vítima".

"Se você acha que não há problemas com sua má conduta (...) então conte a sua esposa e a sua família", desafiou.

A carta foi publicada parcialmente pelo New York Times.

Bob Weinstein disse às autoras do livro que vinculou equivocadamente os problemas de seu irmão a um vício em sexo, e que se cansou de tentar fazer com que mudasse. "Me cansei... Disse: 'me dou por vencido'".

O livro "She Said: Breaking the Sexual Harassment Story That Helped Ignite a Movement" (Ela disse: Informar sobre a história de assédio sexual que ajudou a acender um movimento), publicado pela editoria Penguin, identifica fontes e vítimas antes anônimas e contém novas informações sobre a rede de acordos legais secretos que mantiveram ocultas as acusações.

Uma das advogados de Weinstein, Lisa Bloom, acompanhou-o ao Times antes que a história inicial fosse publicada há dois anos para apresentar informações destinadas a desacreditar suas acusadoras.

Nesta segunda, Bloom disse às autoras que ela "lamentava profundamente" ter representado Weinstein e que tinha cometido um "erro colossal".

Outrora um dos homens mais influentes de Hollywood, Weinstein, 67 anos, foi acusado de assédio e agressão sexual por mais de 80 mulheres, incluindo estrelas como Angelina Jolie e Ashley Judd.

O cofundador da Miramax e produtor de "Pulp Fiction" sempre insistiu que seus relacionamentos sexuais eram consensuais.

No mês passado, um juiz de Nova York adiou o julgamento de Weinstein por agressão sexual para janeiro.

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