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A Aids surgiu em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, nos anos 1920, antes de se espalhar pelo mundo em plena mutação do HIV, concluíram investigadores que reconstituíram o caminho do vírus responsável pela morte de 36 milhões de pessoas.

Os virólogos já sabiam que o HIV foi transmitido de macacos para o homem, mas agora as análises de pesquisadores das universidades de Oxford e de Lovaina (Bélgica) sugerem que entre os anos 20 e 50 uma série de fatores - como a urbanização rápida, a construção de ferrovias na República Democrática do Congo (então Congo belga) e mudanças no negócio do sexo - favoreceu a propagação da Aids a partir de Kinshasa.

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"Nossa investigação sugere que (...) houve um pequeno momento na época do Congo belga que permitiu a esta cepa do HIV em particular emergir e se propagar", diz o professor Oliver Pybus, do departamento de Zoologia de Oxford e um dos principais autores do estudo.

"As informações dos arquivos coloniais indicam que no final dos anos 40 mais de um milhão de pessoas passaram anualmente por Kinshasa via ferrovia", destaca Nuno Faria, da Universidade de Oxford, também responsável pela pesquisa.

"Os dados genéticos nos dizem também que o HIV se propagou muito rapidamente através do Congo, de uma superfície equivalente à Europa Ocidental, deslocando-se com as pessoas pelas ferrovias e hidrovias".

Assim, o HIV chegou a Mbuji-Mayi e Lubumbashi, no extremo sul do país, e a Kisangani, no norte, entre o final dos anos 30 e início dos anos 50.

Estas migrações permitiram ao vírus estabelecer os primeiros focos secundários de infecção em regiões que dispunham de boa rede de comunicação com países do sul e do leste da África, afirmam os pesquisadores.

"Acreditamos que mudanças na sociedade se deram no momento da independência do Congo, em 1960, e, provavelmente, o vírus pôde escapar em pequenos grupos de pessoas seropositivas para infectar populações mais amplas, antes de se propagar pelo mundo" no final dos anos 70, revela Faria.

O HIV foi identificado pela primeira vez em 1981.

Além do desenvolvimento dos transportes, algumas mudanças sociais, especialmente envolvendo os profissionais do sexo, que tinham um grande número de clientes, e um maior acesso a seringas, compartilhadas por usuários de drogas, fizeram expandir a epidemia.

A Aids surgiu em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, nos anos 1920, antes de se espalhar pelo mundo em plena mutação do HIV, concluíram investigadores que reconstituíram o caminho do vírus responsável pela morte de 36 milhões de pessoas.

Os virólogos já sabiam que o HIV foi transmitido de macacos para o homem, mas agora as análises de pesquisadores das universidades de Oxford e de Lovaina (Bélgica) sugerem que entre os anos 20 e 50 uma série de fatores - como a urbanização rápida, a construção de ferrovias na República Democrática do Congo (então Congo belga) e mudanças no negócio do sexo - favoreceu a propagação da Aids a partir de Kinshasa.

"Nossa investigação sugere que (...) houve um pequeno momento na época do Congo belga que permitiu a esta cepa do HIV em particular emergir e se propagar", diz o professor Oliver Pybus, do departamento de Zoologia de Oxford e um dos principais autores do estudo.

"As informações dos arquivos coloniais indicam que no final dos anos 40 mais de um milhão de pessoas passaram anualmente por Kinshasa via ferrovia", destaca Nuno Faria, da Universidade de Oxford, também responsável pela pesquisa.

"Os dados genéticos nos dizem também que o HIV se propagou muito rapidamente através do Congo, de uma superfície equivalente à Europa Ocidental, deslocando-se com as pessoas pelas ferrovias e hidrovias".

Assim, o HIV chegou a Mbuji-Mayi e Lubumbashi, no extremo sul do país, e a Kisangani, no norte, entre o final dos anos 30 e início dos anos 50.

Estas migrações permitiram ao vírus estabelecer os primeiros focos secundários de infecção em regiões que dispunham de boa rede de comunicação com países do sul e do leste da África, afirmam os pesquisadores.

"Acreditamos que mudanças na sociedade se deram no momento da independência do Congo, em 1960, e, provavelmente, o vírus pôde escapar em pequenos grupos de pessoas seropositivas para infectar populações mais amplas, antes de se propagar pelo mundo" no final dos anos 70, revela Faria.

O HIV foi identificado pela primeira vez em 1981.

Além do desenvolvimento dos transportes, algumas mudanças sociais, especialmente envolvendo os profissionais do sexo, que tinham um grande número de clientes, e um maior acesso a seringas, compartilhadas por usuários de drogas, fizeram expandir a epidemia.

Ativistas e representantes de instituições ligadas  ao combate da Aids se reúnem, nesta terça (19) e quarta-feira (20), em evento realizado no Recife, na sede da ONG Gestos. Intitulado Advocacy em Saúde (PAS), o projeto é uma espécie de capacitação para membros dos conselhos de saúde, como também pretende incentivar a criação de frentes parlamentares de combate às doenças sexualmente transmissíveis, hepatites virais e HIV/Aids. 

Ao final do encontro, um plano de incidência será elaborado para estabelecer um diagnóstico das realidades estadual e regional em relação ao assunto. Temas como marco legal, governança do Sistema Único de Saúde (SUS), controle social e formação dos advocacies (prática política com finalidade de influenciar a formulação de políticas e a alocação de recursos públicos) estão na pauta dos debatedores. 

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De acordo com Jair Brandão, coordenador da ação em Pernambuco, o evento espera “contribuir para o monitoramento e a ampliação das ações em saúde e direitos humanos das pessoas vivendo com HIV e populações de maior vulnerabilidade à Aids, fortalecendo a mobilização comunitária e controle social na região”. 

Nos dois dias, o evento será iniciado a partir das 14h, sem hora determinada para conclusão. O encontro será realizado na sede da ONG Gestos, na Rua dos Médicis, 68, no bairro da Boa Vista, área central do Recife. 

Cientistas anunciaram nesta segunda-feira (4) que possuem evidências estatísticas para apoiar uma nova teoria de que a infecção pelo vírus da Aids pode reduzir o risco de esclerose múltipla (EM).

Eles descobriram que soropositivos ingleses são estatisticamente menos propensos a desenvolver a EM do que a população em geral. Se trabalhos posteriores confirmarem este vínculo, este poderá ser um grande avanço no combate à esclerose múltipla, escreveram os cientistas no periódico Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry.

A EM é uma doença degenerativa que afeta o cérebro e o sistema nervoso central, no qual o próprio sistema imunológico começa a atacar o revestimento gorduroso isolante em volta das fibras nervosas.

Os sintomas variam de torpor e formigamento a fadiga muscular e espasmos, câimbras, náusea, depressão e perda de memória. Em 2011, médicos reportaram o caso de um homem australiano de 26 anos, diagnosticado com EM alguns meses depois de ter a infecção por HIV confirmada.

Os sintomas da esclerose desapareceram completamente depois que o paciente começou a tomar medicamentos anti-HIV e manteve a medicação durante os 12 anos seguintes em que sua saúde foi monitorada.

Esta pesquisa se seguiu a um estudo dinamarquês, que tentou verificar se medicamentos anti-retrovirais podem tratar ou retardar o avanço da EM, mas o tamanho da amostra era pequeno demais para se chegar a uma conclusão sólida.

No estudo mais recente, uma equipe australiana chefiada por Julian Gold, professor do Hospital Príncipe de Gales, em Sydney, analisou um banco de dados britânico, descrevendo detalhes do tratamento hospitalar na Inglaterra entre 1999 e 2011.

Durante esse período, mais de 21 mil pessoas que foram tratadas no hospital tinham HIV. Elas foram comparadas com um grupo de cerca de 5,3 milhões de pessoas que não tinham HIV e foram tratadas de problemas menos graves e ferimentos.

No grupo dos soropositivos, apenas sete pessoas desenvolveram EM nos anos seguintes, muito menos que os 18 esperados, o que representou uma redução de risco de quase dois terços. Os autores admitiram a fragilidade de seu estudo, uma vez que eles não tinham ideia, por exemplo, se os pacientes com HIV tomaram medicação anti-retroviral para suprimir o vírus.

Eles especulam que a EM pode ter se abrandado porque o sistema imunológico é recolocado no controle, embora novos trabalhos sejam necessários para demonstrar se o benefício inesperado se deve ao vírus ou a medicação usada para combatê-lo.

 

O percentual de pessoas diagnosticadas com HIV caiu nos Estados Unidos ao longo da última década, mas disparou entre os jovens homossexuais, indicou um estudo publicado neste sábado (19). Entre 2002 e 2011, o percentual de contaminação caiu 33,2%, passando de 24,1 por 100.000 habitantes para 16,1, segundo este estudo, publicado no Jornal da Associação Médica Americana.

A queda foi especialmente perceptível entre mulheres heterossexuais e consumidores de drogas, segundo o estudo, chefiado por Anna Satcher Johnson, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. Ao contrário, a proporção disparou para mais de 132% entre os homens homossexuais entre 13 e 24 anos durante o mesmo período, de acordo com o estudo.

O aumento também foi constatado entre homossexuais masculinos com mais de 45 anos. "Entre os homens que têm relações sexuais com outros homens, os comportamentos de risco (...) podem continuar sendo um vetor de transmissão do HIV", informou o estudo.

Além disso, os autores destacaram que a detecção do vírus aumento ao longo do período pesquisado, o que com frequência leva a uma alta no número de casos conhecidos. Para conduzir seus trabalhos, os autores usaram amostras compiladas pelo sistema nacional de vigilância do HIV do CDC, com casos dos 50 estados americanos e o distrito de Columbia (leste). Umas 493.372 pessoas foram diagnosticadas como portadoras do HIV nos Estados Unidos entre 2002 e 2011, segundo a investigação.

O secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, avalia que os números apresentados nesta quarta-feira, 16, no relatório da Unaids retratam um problema enfrentado não apenas pelo Brasil, mas por países que convivem com um padrão de epidemia de aids concentrada.

Estimativas publicadas no trabalho indicam que o Brasil registrou entre 2005 e 2013 um aumento de 11% nos casos de aids, enquanto no mundo todo caíram 27,6%. "Não estamos isolados. Estados Unidos e alguns países da Europa tiveram aumento de 8% no mesmo período - o que comprova a dificuldade, em locais onde a epidemia está concentrada, em reduzir esse patamar", disse Barbosa.

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O secretário argumentou que a queda mais significativa nos números de casos de aids ocorreu em países da África e da Ásia, locais onde até pouco tempo grande número de pessoas morria em decorrência da doença e que registravam altíssimas taxas de infecção. "Em países com essas características, a introdução de tratamento, por si só, já se encarrega de puxar para baixo as estatísticas."

Barbosa afirma que os números apresentados pela Unaids são condizentes com as estatísticas do Ministério da Saúde. "O organismo fez uma projeção, nós trabalhamos com casos novos diagnosticados. São dados que se complementam", disse. Para o secretário, os resultados, embora esperados, estão longe de deixar o País numa situação confortável. "Mas não temos dúvida em dizer que todos os mecanismos existentes para prevenir novas transmissões estão sendo colocados em prática."

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou nesta sexta-feira (11) que homens que fazem sexo com homens tenham acesso a medicamentos antirretrovirais na tentativa de prevenir novas infecções pelo HIV. A chamada profilaxia pré-exposição é uma opção para pessoas que não são soropositivas, mas que apresentam grande risco de contrair o HIV.

O método consiste em tomar um único comprimido (geralmente, uma combinação de dois antirretrovirais) todos os dias. Quando adotada de forma consistente, a estratégia pode reduzir em até 92% novas infecções entre grupos de risco.

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“Pela primeira vez, a OMS recomenda fortemente que homens que fazem sexo com homens considerem tomar medicamentos antirretrovirais como um método adicional de prevenção à infecção por HIV, juntamente ao uso de preservativo”, informou o órgão.

Por meio de nota, a organização destacou que os índices de infecção por HIV entre homens que fazem sexo com homens permanecem altos em quase todo o mundo e que novas opções de prevenção se fazem urgentemente necessárias.

A estimativa é que a profilaxia pré-exposição poderia reduzir entre 20% e 25% a incidência da doença nesse público, chegando a evitar até 1 milhão de novas infecções entre o grupo nos próximos dez anos. Segundo a entidade, estudos indicam que homens que fazem sexo com homens têm 19 vezes mais chance de contrair o HIV do que a população em geral, enquanto o risco entre mulheres profissionais do sexo é 14 vezes maior do que entre as demais mulheres. Já mulheres transgêneros (homens que se identificam como mulheres) têm quase 50 vezes mais chance de contrair o HIV do que os demais adultos. Para usuários de drogas, o risco também chega a ser quase 50 vezes maior que a população em geral.

“Falhas no provimento de serviços adequados relacionados ao HIV para grupos-chave – homens que fazem sexo com homens, presidiários, usuários de drogas, profissionais do sexo e pessoas transgênero – ameaçam o progresso global na resposta ao HIV”, alertou a organização.

Essas pessoas, segundo a OMS, apresentam maior risco de contrair infecção por HIV e, ainda assim, têm menos acesso à prevenção, aos testes rápidos e ao tratamento. “Em muitos países, elas são deixadas de lado por políticas nacionais de HIV, enquanto leis discriminatórias e políticas são as principais barreiras para o acesso”, acrescenta na nota.

Estudo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), publicado nesta segunda-feira (30) na revista científica Plos One, mostra que pessoas infectadas pelo vírus HIV são menos suscetíveis ao vírus H1N1, causador da gripe A. É como se o HIV se protegesse para que aquele organismo não fosse infectado por outro vírus, que iria competir com ele pela mesma célula, explicou o pesquisador Thiago Moreno.

“Durante a pandemia de 2009, foi surpreendente observar que indivíduos infectados pelo HIV não tiveram uma maior gravidade quando infectados pelo H1N1. É surpreendente porque, pela condição deles de imunocomprometimento devido à infecção pelo HIV, era esperado o contrário, que foi o que ocorreu com outros indivíduos imunocomprometidos, como os portadores de câncer e os transplantados”, disse o pesquisador.

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Os estudos sugerem que o efeito da pandemia em indivíduos infectados pela aids não foi  diferente do observado na população em geral. A explicação científica é que o HIV, ao responder à defesa da célula que ele ataca, usa uma proteína (IFITM3) capaz de inibir a replicação do vírus H1N1. Com isso, a capacidade do influenza de infectar as células é prejudicada.

Após constatarem o efeito do HIV sobre a replicação do vírus influenza, os pesquisadores  querem agora detectar qual é o efeito do influenza sobre o vírus da aids. Testes são feitos no IOC. Thiago Moreno admitiu que a ideia, no futuro, é buscar novos tratamentos para a gripe.

Desde a terça-feira, 3, quem discriminar portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e doentes de aids poderá ser punido de um a quatro anos de prisão e multa, conforme lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff. O texto foi publicado na edição de ontem do Diário Oficial da União (DOU).

A lei considera discriminação a segregação do portador do HIV em ambiente de trabalho ou escolar em razão da sua condição de saúde. O texto classifica como crime também negar emprego ou trabalho, recusar ou retardar atendimento de saúde, exonerar ou demitir o funcionário e divulgar a condição do portador de HIV ou de doente de aids "com o intuito de ofender-lhe a dignidade".

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"A sanção da presidente Dilma Rousseff é muito importante porque vem se somar a esse esforço permanente que temos tido na política de direitos humanos, respeito e dignidade", disse ao jornal O Estado de S. Paulo a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti.

"Não podemos mais permitir que situações como essa (de discriminação) se repitam. Essa lei é o mínimo que você pode fazer para impedir que as pessoas tenham a sua dignidade ferida", afirmou a ministra.

De 1980 a junho de 2013, 686.478 casos de aids foram notificados ao Ministério da Saúde - só em 2012, o último ano com dados completos divulgados pela pasta, foram 39.185. Atualmente, cerca de 340 mil pessoas portadoras do HIV recebem tratamento gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS), informou o ministério.

Repercussão

De acordo com o presidente do Grupo pela Vidda Niterói, o advogado Inácio Queiroz, a discriminação contra o portador da HIV é generalizada e acontece de forma velada nos dias de hoje. A ONG atende cerca de 3,5 mil pessoas em Niterói e na Região dos Lagos, a maioria jovens e adultos de 18 a 35 anos. Ultimamente, tem aumentado o número de idosos que procuram ajuda.

"(A discriminação) Não é a mesma coisa do começo da epidemia, mas acontece hoje de uma forma velada, e às vezes de forma velada é ainda mais grave, porque você não tem como reagir", afirmou Queiroz, portador do vírus há 20 anos. "Dá para fazer uma tese de doutorado só com os meus casos de discriminação" disse o ativista.

Para Queiroz, o objetivo da lei não é punitivo, mas educativo. "Tem de chamar atenção e fazer com que a pessoa acorde para a realidade. A lei está na medida certa: quem sofre os efeitos do HIV sabe o que é o bullying", afirmou.

Entre os casos emblemáticos de pessoas vítimas de discriminação citados pelo presidente da ONG está o de uma adolescente de 15 anos que comunicou a sua condição de portadora do vírus HIV à direção da escola onde era matriculada. A informação acabou se espalhando e ela teve de se mudar para uma outra cidade para prosseguir os estudos sem ser alvo de preconceito. Há também casos de jovens que nasceram soropositivos e lidam com depressão.

Tempo

Para a deputada federal Érika Kokay (PT-DF), coordenadora da Frente Parlamentar de Enfrentamento às Doenças Sexualmente Transmissíveis, o Brasil precisava dessa lei "há muito tempo". O projeto, de autoria da ex-senadora Serys Slhessarenko, tramitou no Congresso Nacional por 11 anos. "Foi muito tempo (para aprovar o projeto), o Brasil precisava dele há muito tempo. A discriminação é uma desumanização." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira (30), a proposta (PLS 51/2003), que trata como crime a discriminação contra portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV). A proposta havia voltado ao senado após uma emenda ao projeto feita pela Câmara dos Deputados, que descartava a demissão de emprego do caráter de crime de discriminação. A emenda foi rejeitada.

O senador Aloysio Nunes, relator da emenda, havia acolhido a proposta da Câmara ao projeto, mas voltou atrás após receber informações da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, que indicava que o tratamento de soropositivos devia ser igual para todos os trabalhadores. “Com esses argumentos, considero que a alteração feita na Câmara dos Deputados é um retrocesso na forma como a sociedade contemporânea tem encarado os portadores do HIV/Aids”, afirmou o relator, conforme informações da Agência Senado.

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O objetivo da proposta é combater em vias legais o preconceito e a segregação social sofrida pelos portadores da doença. O projeto prevê detenção de um a quatro anos, além de multa, para quem negar a permanência de alunos soropositivos em creches ou instituições de ensino, assim como negar emprego ou demitir um trabalhador pelo mesmo motivo. A segregação dos portadores da imunodeficiência em seu ambiente de trabalho ou estudo também será considerada crime.

Recentemente, o LeiaJá publicou uma matéria sobre um edital de concurso público do Recife que exigia teste Anti-HIV. Confira a reportagem.

 

Com informações da Agência Senado

Em seu novo formato, o Cine PE - Festival do Recife contempla duas premiações, e a primeira ocorreu nesta terça-feira (29), à noite, com a homenagem a Laura Cardoso. Agora internacional, o festival tem duas competições de curtas (a mostra pernambucana e a de produções nacionais), mais duas competições de longas, ambas internacionais, com títulos divididos nas categorias documentário e ficção. Na terça, à noite, foram distribuídos os Calungas aos melhores curtas e documentários. Os segundos comportam apenas dois prêmios - melhor filme e direção. É tudo ou nada.

Quando foi anunciada a seleção feita pelo crítico Rodrigo Fonseca, podia-se pensar que a competição de documentários seria mero formalismo. Quem já havia visto O Mercado de Notícias seria tentado a jogar suas fichas no filme de Jorge Furtado. Seria muito difícil que surgisse documentário tão bom. Melhor, então, parecia impossível. Pois ocorreu. Na segunda à noite, com talvez o menor público da história do Cine PE no Cine-Teatro Guararapes - houve alerta de enchente, devido às fortes chuvas, e apenas um terço da plateia se fez presente -, passou um dos grandes filmes recentes, e não apenas entre os documentários.

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Pense em experiências viscerais, radicais, filmes como Um Estranho no Lago, de Alain Guiraudie, e Azul É a Cor Mais Quente, de Abdellatif Kechiche. E Agora? Lembra-me, do cineasta português Joaquim Pinto, é dessa cepa. Quase três horas de duração - exatamente, 164 min. Joaquim é soropositivo - há 20 anos. O filme nos leva a compartilhar seu cotidiano. Exames, medicamentos, uma preocupação sem fim com a precariedade do seu estado de saúde.

Poderia resultar um documentário de recorte mais social, sobre o sistema hospitalar e a indústria farmacêutica, ou mesmo sobre o preconceito que os soropositivos talvez ainda sofram. Tudo isso está em E Agora? Lembra-me, mas o recorte é mais amplo.

O próprio Joaquim Pinto é o protagonista. Ele viaja nas lembranças como técnico de som e cineasta. Debilitado - cansa-se com facilidade - divide a cena com o companheiro, Nuno. Passeiam pelo campo, brincam com os cães - Nuno é um sujeito muito físico, muito dinâmico. Quando o espectador começa a pensar que, pela própria incidência da Aids, a relação é de amizade e companheirismo, e de sublimação do sexo, o sexo vem, e com toda a força. Esses cineastas portugueses não são de brincadeira. O Fantasma, de João Pedro Rodrigues, já tinha cenas explícitas de homoerotismo. E Agora? segue por essa via, mas numa só sequência. Ela não pode ser descontextualizada porque faz parte do relato de uma ligação intensa. Carnal, e não apenas.

Alguns críticos reclamaram do tempo. Três horas seriam demais. Andrei Tarkovski já ensinou que a arte do cinema está em esculpir o tempo. Joaquim Pinto, confrontado com a iminência da própria morte, poderia ter uma relação de urgência com o tempo, poderia querer viver freneticamente o tempo que lhe resta. O tempo do filme é um tempo perdido e reencontrado. Um tempo de rotina, de repetição de pequenos gestos, de contemplação. Nesse sentido, como a dupla de protagonistas, Joaquim e Nuno, os cães são personagens fundamentais, até porque um deles é doente, e na tristeza, na devoção do seu olhar para o dono, termina por incorporar-se ao conceito de finitude que rege E Agora? Lembra-me.

Wim Wenders já fez, sobre Nicholas Ray - Nick’s Movie/Um Filme para Nick -, um filme para discutir o cinema como veículo de vida e morte. O filme de Joaquim Pinto será sempre o testemunho extraordinário do autor. É um filme ambicioso. Ao discutir a doença, a forma como o vírus age e se dissemina, o diretor faz toda uma enquete científica que metaforiza, por vezes, em cenas de predação na natureza. Até isso faz a complexidade de E Agora? Lembra-me.

E existe a trilha, com seus excertos de Beethoven, de Dvorak, de Schubert. Joaquim

Pinto alarga o conceito do cinema como experiência - não apenas estética, mas a experiência compartilhada da própria vida. Seu filme, no limite, termina sendo sobre o cinema, como o de Wenders, e melhor, mais belo e intenso, que Nick’s Movie, que já faz parte da história.

Homenagem

Para completar, Laurinda de Jesus Cardoso Baleroni. Você talvez não saiba quem é, mas Laura Cardoso, sim. É o nome artístico de Laurinda. Grande dama do teatro, cinema e TV, Laura tem feito filmes desde o começo dos anos 1960. Mais de meio século diante das câmeras, em filmes como O Rei Pelé, Corisco, o Diabo Loiro, Terra Estrangeira e, claro, Através da Janela, Copacabana, O Outro Lado da Rua, etc. O Calunga especial honra uma vida dedicada à arte da representação. E Laura, feliz, pôde recebê-lo na terça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O papa Francisco elogiou os membros da Igreja "que se esforçam para educar as pessoas sobre responsabilidade sexual e castidade", como forma de prevenir a epidemia do vírus HIV na África.

O pontífice discursou para bispos da Tanzânia, presentes no Vaticano, nesta segunda-feira (7). A fala vai contra a ação de profissionais de saúde que têm defendido o uso da camisinha como uma importante arma na luta contra a Aids no continente. Fonte: Associated Press.

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Após uma conversa sobre Aids entre os confinados do BBB 14, na última sexta (14), a médica Rosana Richtmann fez uma visita ao programa, nesta quinta (20), para esclarecer algumas questões acerca do vírus. Na conversa polêmica dos brothers, Angela sugeriu o extermínio de pessoas portadoras de HIV. "Vamos matar todo mundo (…) o que mais irrita é saber que a Aids existe porque teve um idiota que foi transar com um macaco", disse a advogada. A declaração causou indignação nas redes sociais e movimentos sociais de Aids/HIV de todo o Brasil fizeram uma petição pedindo que a Globo se retratasse publicamente.

A Dra. Rosana Richtmann falou não só sobre o vírus da HIV, mas também de outras doenças sexualmente transmissíveis. Os seis participantes ouviram com atenção as explicações e até aplaudiram a médica no final. A infectologista não informou aos brothers o porquê de sua visita, mas enfatizou que os portadores de Aids podem levar uma vida normal. Após o esclarecimento da médica, Angela refletiu sobre a conversa da sexta (14). “Será que a gente falou besteira?”, disse a advogada.

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ONG no Recife

Após saber da declaração de Angela no Big Brother Brasil 14, a ONG pernambucana Gestos, que cuida dos direitos humanos de pessoas portadoras do vírus HIV, emitiu uma nota de repúdio, na terça-feira (18), pedindo retratação da TV Globo em rede nacional, além das medidas judiciais cabíveis. Confira a nota na íntegra.

"A Gestos, organização não governamental que desde 1993 atua na defesa dos direitos humanos das pessoas que vivem com HIV vem, através desta nota, somar- se às diversas ONGs, fóruns, redes e articulações brasileiras para manifestar nosso repúdio ao fato ocorrido no programa da Rede Globo de Televisão “Big Brother Brasil”, da última sexta-feira, 14 de março, transmitido em rede nacional, no qual a participante (Ângela), conversando sobre a situação do HIV, sugeriu que, como forma de erradicação da doença, fossem exterminadas todas as pessoas que vivem com HIV. Ela utilizou a frase "...vamos matar todos...".

Esse tipo de afirmação incentiva a criminalização das pessoas que vivem com HIV e fere veementemente o artigo 3º, inciso IV da nossa Constituição Federal, que veda todo e qualquer tipo de discriminação, artigo 5º caput e inciso XLVII que veda a pena de morte, a Declaração Universal de Direitos Humanos, a Declaração das Pessoas que Vivem com HIV, Código Civil, Código Penal, enfim, a nossa legislação brasileira e tratados e declarações internacionais como a UNGASS (Declaração de Compromisso sobre o HIV/AIDS) ratificadas pelo nosso país.

Comentários como este apenas provam que, mesmo após mais de três décadas de epidemia, as violações exercidas contra as pessoas vivendo com HIV e os estigmas continuam proliferando nas suas diversas representações sociais o que, em hipótese alguma, o movimento AIDS e o Estado brasileiro podem permitir. É preciso combater a intolerância e a desinform ação que apenas servem paraestimular o preconceito e a discriminação e incentiva a criminalização das pessoas que vivem com HIV.

Assim, além da presente nota ser de repúdio também tem objetivo de requerer ao governo brasileiro através do seu Ministro daSaúde Dr. Arthur Chioro e ao Ministério Público Federal que determinem à Rede Globo que se retrate em rede nacional, além de tomarem as medidas judiciais cabíveis."

Um inovador gel vaginal destinado a ser aplicado após a relação sexual mostrou resultados satisfatórios na prevenção contra o vírus da Aids, em testes realizados com macacos - informaram cientistas norte-americanos nesta quarta-feira (12). Embora os testes estejam em uma fase muito inicial, os pesquisadores esperam que o gel possa se revelar uma opção mais prática e eficaz do que os géis já disponíveis no mercado, aplicados antes da relação sexual.

O gel foi desenvolvido por cientistas dos chamados Centros para Prevenção e Controle de Doenças (CDCs, na sigla em inglês) e contém o fármaco raltegravir, que reduz a quantidade de HIV na corrente sanguínea. O raltegravir é produzido pelo laboratório Merck. "O que nós fizemos neste estudo foi identificar uma droga anti-HIV que bloqueia a integração do vírus ao DNA", explicou à AFP Walid Heneine, co-autor do trabalho.

"Esse é um pré-requisito para a infecção por HIV, e esse passo leva pelo menos seis horas após a infecção. Então, existe uma grande janela para uma atuação da droga após o sexo", frisou. O gel foi testado na região vaginal de seis macacas e foi aplicado até três horas depois da exposição a um vírus de imunodeficiência similar, encontrado em primatas e semelhante ao HIV que afeta seres humanos.

O estudo mostrou que o gel preveniu que o vírus afetasse cinco das seis macacas, para uma taxa de 84% de eficácia, segundo relatório da revista Science Translational Medicine. A pesquisa está em andamento para também tentar desenvolver um gel retal, segundo Heneine. Antes de chegar ao mercado, o produto ainda deve passar por mais uma bateria de testes em animais e humanos, um processo que pode levar de cinco a dez anos. Hoje, todos os géis microbicidas à venda são destinados a uma aplicação pós-relação sexual.

Um segundo bebê nascido com o vírus da Aids pode ter entrado em remissão e talvez até sido curado por tratamento muito precoce - neste caso, quatro horas após o nascimento.

Médicos revelaram o caso na quarta-feira em uma conferência sobre Aids em Boston, nos Estados Unidos. O bebê é uma menina que nasceu em um subúrbio de Los Angeles em abril, um mês depois que pesquisadores anunciaram o primeiro caso do tipo em Mississippi. O caso no Mississippi foi o primeiro que levou médicos de todo mundo a repensar quão rápido e com que intensidade tratar crianças nascidas com o vírus HIV. Os médicos da Califórnia seguiram esse exemplo.

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O bebê do Mississippi tem agora três anos e meio e parece livre de HIV apesar de não ter recebido tratamento por cerca de dois anos. Já o bebê de Los Angeles ainda está recebendo remédios, então sua condição ainda não está clara.

Uma série de testes sofisticados repetidos várias vezes sugerem que o bebê de Los Angeles tenha se livrado do vírus, afirmou a médica Deborah Persaud da Universidade Johns Hopkins, que liderou os exames. Segundo ela, os sinais no bebê são diferentes dos que os médicos avaliam em pacientes cujas infecções são meramente suprimidas por tratamentos de sucesso.

"Não sabemos se o bebê está em remissão... Mas parece que sim", disse a médica Yvonne Bryson, especialista em doenças infecciosas do Hospital Infantil Mattel, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), que acompanhou o caso. Médicos adotam a cautela sobre uma possível cura, "mas essa obviamente é a nossa esperança", salientou Yvonne.

A maior parte da mães infectadas com HIV recebem remédios durante a gravidez, o que reduz muito as probabilidades de que elas passem o vírus para os bebês. O bebê de Los Angeles nasceu no Hospital Infantil Miller de Long Beach. A mãe era conhecida dos médicos de uma gravidez anterior. Eles sabiam que ela não estava tomando os remédios, disse a médica Audra Deveikis, especialista em doenças pediátricas infecciosas do hospital.

A mãe recebeu medicamentos durante o parto para tentar evitar a transmissão do vírus, e Audra começou a tratar o bebê com os remédios horas depois do nascimento. Testes feitos posteriormente confirmaram que a menina havia sido infectada, mas não parece estar agora, quase um ano depois. O bebê ainda está sendo acompanhado, se encontra em um lar adotivo e "parece muito saudável", salientou Yvonne. Fonte: Associated Press.

Pesquisas recentes mostram alternativas para a prevenção do HIV. Uma droga experimental foi testada em macacos e protegeu totalmente os animais da contaminação, de acordo com dois estudos apresentados em uma conferência sobre AIDs, nessa terça-feira (4).

"Essa é a maior inovação no campo de prevenção do HIV que eu ouvi recentemente", disse Robert Grant, especialista em HIV do Instituto Gladstone, uma fundação afiliada a universidade da Califórnia.

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Na pesquisa revelada nessa terça-feira, cientistas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças deram doses da droga experimental, feita pelo GlaxoSmithKline PLC, para seis macacos, durante quatro semanas. Outros seis macacos receberam doses fictícias. Todos foram expostos ao vírus duas vezes por semana, durante 11 semanas.

Os animais que receberam a falsa pílula foram rapidamente infectados, mas os macacos que tiveram a droga foram protegidos, revelou o líder do estudo, Gerardo Garcia-Lerma.

Para testar a durabilidade de uma única dose, os cientistas realizaram um segundo estudo, no qual uma dose protegeu 12 macacos por cerca de 10 semanas. A dose administrada em animais corresponde ao que uma pessoa tomaria de três em três meses.

Uma outra droga usada para o tratamento do HIV também já é utilizada para a prevenção em pessoas que não tiveram contato com o vírus. Um estudo realizado há alguns anos revelou que poderia cortar o risco em 90%, dependendo da administração adequada das pílulas. Fonte: Associated Press.

O Ministério da Saúde colocou em consulta pública um novo protocolo para o tratamento de crianças e adolescentes com HIV. A proposta da pasta é reduzir de seis para quatro semanas o uso de AZT para filhos de gestantes soropositivas que receberam tratamento durante o pré-natal. Além do AZT, crianças deverão fazer uso de três doses de Nevirapina. O protocolo também sugere que crianças de um a cinco anos, com carga viral superior a 100 mil (quantidade considerada alta de HIV circulante no sangue) iniciem o tratamento. O protocolo ficará em consulta pública até 9 de março. Pelo cronograma divulgado pelo ministério, ele deverá ser concluído até julho.

O Ministério da Saúde disponibilizou para consulta pública um novo protocolo de tratamento clínico para crianças e adolescentes infectados com o HIV. Entre as novas recomendações propostas pelo documento, está a recomendação de tratamento em recém-nascidos expostos, que deve ser feita com a substâncias Zidovudina (AZT), durante quatro semanas.

As gestantes que não receberam antirretroviral durante a gravidez devem incluir, além do AZT durante um mês, Neviparina em três doses. Já as crianças de um a cinco anos, a carga viral do tratamento deve ser superior a 100 mil cópias, equivalente à quantidade de HIV que circula no sangue, considerada alta e que sugere o progresso da doença nos pacientes infantis.

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O protocolo, com novas propostas para aperfeiçoar o atendimento e tratamento dessa população no país, ficará em consulta pública por 30 dias (até 9 de março), e será finalizado ainda neste primeiro semestre, e considera como faixa etária recém-nascidos a crianças com até 13 anos. “Os sucessos na prevenção da transmissão vertical, principal mecanismo de aquisição do HIV em pediatria, levaram a uma significativa redução dos casos novos, com estabilização nos últimos anos. Este cenário de mudanças clínicas e epidemiológicas impõe novos desafios aos profissionais envolvidos no cuidado de crianças e adolescentes com HIV/aids. O novo protocolo vem ajudar os profissionais de saúde nessa tarefa”, afirma o secretario de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

Atualmente, estão em tratamento para AIDS cerca de 10 mil crianças e adolescentes, e as recomendações são feitas desde a década de 1990, todas baseadas em evidências científicas vigentes, e atualizadas com informações sobre avanços ocorridos. “Questões como o aumento da sobrevida e a redução da frequência de infecções oportunistas fazem com que cresçam em importância os aspectos ligados à promoção da saúde integral e da qualidade de vida, notadamente na adolescência e na juventude, daí a importância do novo protocolo atualizando as recomendações”, explica o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita.

O novo protocolo define com maior clareza a primeira linha de terapia antirretroviral TARV e amplia as recomendações sobre diagnóstico, manejo da falha terapêutica, adesão, revelação diagnóstica, toxicidade, coinfecções, infecções oportunistas e abordagem aos adolescentes. O texto completo da proposta do novo está disponível no site. A validação das proposições recebidas e elaboração da versão final consolidada do protocolo será coordenada pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, que deve finalizar o documento ainda neste primeiro semestre.

Com informações da assessoria

No capítulo de Amor à Vida que vai ao ar nesta quinta-feira (26), Inaiá (Raquel Villar) vai contar à Laerte (Pierre Baitelli) que é portadora do vírus HIV. Após saber do diagnóstico da enfermeira, o médico vai expulsá-la do apartamento e ordenará que Inaiá devolva a chave da porta.

O doutor, que reagirá da pior forma, vai ficar com medo de ter sido contaminado pela doença. “Eu não sou uma xícara suja, sou portadora de um vírus, que pode ter, sim, sido transmitido por relação sexual sem preservativo. Mas também por uma agulha ou contato com o sangue de um paciente. Eu sempre uso luvas, mas as enfermeiras se arriscam”, conta a enfermeira. A novela é exibida de segunda a sábado, a partir das 21h.

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A partir de março de 2014, um novo método para detecção da aids será oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O teste por fluido oral estará disponível para a população em todas as campanhas do Fique Sabendo, nos serviços do SUS para pessoas em situação de vulnerabilidade e nas farmácias da rede pública, a partir do segundo semestre do próximo ano. De acordo com o Ministério da Saúde, o resultado dos testes sai em até 30 minutos. A portaria que normatiza a medida foi publicada nesta quarta-feira (18).

Na fase inicial, o teste será utilizado por 40 organizações não governamentais parceiras do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério, atuantes em 21 estados brasileiros e no Distrito Federal. Inicialmente, têm prioridade ao novo método aquelas pessoas inseridas nos grupos considerados de risco para a infecção do HIV (segundo dados do SUS: homens que fazem sexo com homens, gays, profissionais do sexo, travestis, transexuais, usuários de drogas, pessoas privadas de liberdade e em situação de rua). 

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Depois, o diagnóstico instantâneo estará acessível a todos os interessados, inclusive como autoexame. O kit para realização do teste contém uma haste coletora descartável (swab), de uso único, para obtenção de fluido oral; um frasco com solução, no qual é depositada a haste após obtenção da amostra; um frasco com o tampão de corrida de reação; além do suporte plástico de teste, espaço destinado à reação e revelação do resultado. Testes com essa metodologia, que possuírem registro na Anvisa, também serão vendidos em farmácias da rede privada.

Para efetuar o procedimento, é necessário que a pessoa não consuma qualquer tipo de alimento ou bebida nos 30 minutos anteriores, bem como fumar ou inalar qualquer substância. Não se deve escovar os dentes, usar antisséptico bucal, nem realizar atividade oral que deixe resíduos; mulheres devem retirar o batom. O fluido é extraído da gengiva e do começo da mucosa da bochecha. Quando aparece uma linha vermelha, significa que a pessoa está saudável. O aparecimento de duas linhas vermelhas é que indicam a existência de anticorpo anti-HIV, ou seja, o teste é positivo. 

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