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O banco digital Next anunciou a abertura de 200 vagas de emprego nos modelos home office, neste primeiro momento, e híbrido a partir de março em São Paulo. As oportunidade são para os níveis júnior até sênior e o maior quantitativo delas é para as áreas de tecnologia e produto. Os interessados podem lançar candidatura por meio do site da seletiva.

No endereço eletrônico também é possível vizualizar os requisitos e exigências para cada vaga ofertada pela empresa financeira. Os selecionados no processo seletivo vão receber, além de salário compatível com a função, benefícios como Assistência Médica e Odontológica, Vale Alimentação e Vale Refeição Vale, Transporte Seguro de Vida, Participação nos Lucros, Previdência Privada, entre outros.

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A empresa 'Loja Integrada' oferta 40 vagas de emprego em estilo home office para interessados de todo o Brasil, com vagas exclusivas para mulheres, negros e grupos de minorias. A empresa atua na área de tecnologia auxiliando na criação de lojas virtuais no país, as chamadas e-commerce.

A seleção para contratação é realizada de forma virtual, garantindo a segurança de todos os envolvidos no processo. Neste primeiro momento as vagas são para estilo home office, mas com possibilidade de mudança para o estilo hibrido distribuídos nos escritórios da empresa espalhados pelo Brasil.

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As oportunidades são nas áreas de Engenheira, experiência do cliente e outros profissionais de tecnologia, como Designers de Produto e Cientistas de Dados, com início imediato.

Vantagens

Além dos benefícios tradicionais, a empresa também oferece participações nos lucros, para todos os cargos e subsídio em cursos de idiomas.

Os interessados devem acessar o site da empresa e se candidatar as vagas disponíveis. Não há um prazo final de inscrições. As oportunidades seguem até o quadro ser preenchido.

Ao longo da pandemia, o trabalho remoto virou tema de debate. No entanto, o chamado home office não foi a realidade para a maioria dos brasileiros. Segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), a modalidade a distância foi adotada por cerca de 10% dos trabalhadores do País - sendo que a concentração foi forte nas regiões mais ricas e urbanizadas, como as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. A infraestrutura deficiente dos domicílios em outras regiões, tanto do ponto de vista de equipamentos quanto do acesso à internet, limitou bastante o home office no Norte e no Nordeste, de acordo com a pesquisa.

Mesmo no auge do isolamento social, entre maio e junho de 2020, o número de trabalhadores atuando remotamente no País mal passou de 10% do total de ocupados, algo como 9 milhões de pessoas, segundo dados já divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em novembro do ano passado, último dado disponível, o número caiu para 7,3 milhões de trabalhadores, apenas 8,7% do total da ocupados, já considerando o gigantesco fechamento de vagas por causa da pandemia.

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A participação era ainda menor no Nordeste (6,3%) e no Norte (3,7%), mas maior no Sudeste (11,3%), com destaque para Rio e São Paulo. O Distrito Federal, onde 18,9% do total de empregados em novembro de 2020 estavam em home office, foi o campeão nesse quesito. Cerca da metade do pessoal em trabalho remoto em novembro de 2020 estava em São Paulo, Rio e Brasília.

Esses números de trabalhadores em home office estão substancialmente abaixo do potencial. Seguindo metodologia dos americanos Jonathan Dingel e Brent Neiman, da Universidade de Chicago, o estudo do Ibre/FGV estimou que o total de trabalhadores brasileiros empregados em funções que poderiam ser exercidas remotamente, entre formais e informais, era de 24,2 milhões, 25,5% do total de ocupados em 2019 - outros pesquisadores locais, do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e da consultoria IDados, chegaram a números semelhantes para o Brasil.

Nos EUA, 37% do total de trabalhadores ocupados antes da pandemia tinham funções passíveis de ser exercidas remotamente, aponta o trabalho de Dingel e Neiman. No Brasil, esse contingente é menor porque a larga maioria das vagas é de empregos de baixa qualificação, que não podem ser executados a distância.

Dingel e Neiman já tinham feito um exercício para diversos países e concluíram que, quanto maior o nível de renda nacional, maiores as "proporções de empregos que podem ser feitos de casa". Outro estudo, do Instituto de Tecnologia do Massachusetts (MIT), também colocou o Brasil no fim de um ranking de 30 países mais aptos ao trabalho remoto.

Apesar do baixo potencial de trabalho remoto, o fato de o número de brasileiros efetivamente em home office ter sido ainda menor chamou a atenção dos pesquisadores do Ibre/FGV. Eles resolveram, então, olhar para a infraestrutura dos domicílios. Cruzando os dados de mercado de trabalho com as informações sobre as condições dos lares, também do IBGE, os pesquisadores concluíram que o número de brasileiros que potencialmente poderiam trabalhar de casa cai para 16,8 milhões (17,8% do total de 2019).

A infraestrutura agrava muito a disparidade regional entre os trabalhadores - o estudo do Ibre/FGV nem levou em conta o espaço físico, contabilizando apenas fatores como eletricidade, internet e computador. No Sudeste, a infraestrutura precária faz o potencial de trabalho remoto cair de 28% do total de empregados para 20,8%; na região Norte, a proporção despenca à metade, de 21,2% para 10,3%. No Pará, cai de 19,5% para 8,7%.

"São casos em que, embora a ocupação, em tese, possa ser feita de casa, muita gente não tinha o mínimo para fazer isso", afirma Fernando de Holanda Barbosa Filho, um dos autores do estudo do Ibre/FGV.

CARGOS

A falta de infraestrutura atinge tipicamente empregados em funções de apoio administrativo de menor escalão, como operadores de telemarketing, assistentes e secretários - que, tradicionalmente, recebem os menores salários do que executivos e profissionais liberais.

Nesse perfil se encaixa a operadora de teleatendimento Rachel Damasceno Cruz, de 36 anos. Em um domingo, no fim de março de 2020, quando ela conta ter entrado em pânico no call center no qual trabalhava, em Itabuna, cidade de 200 mil habitantes no sul da Bahia.

Diabética e hipertensa, não se sentia segura no call center, onde as estações de trabalho tornavam impossível qualquer distanciamento. Naquele domingo, foi trabalhar ainda sob o impacto da notícia da morte de um vizinho por covid-19. "Entrei em pânico, comecei a chorar. Não consegui trabalhar", lembra Rachel.

Seu desespero sensibilizou os chefes, e ela passou ao home office de repente. A empresa ofereceu um computador com monitor, mas, sem uma mesa para manter o equipamento, ela gastou R$ 70 do próprio bolso para comprar uma de plástico num bar vizinho.

Mangabinhas, bairro onde Rachel morava na época, convivia com quedas de energia elétrica. Ela gastou mais R$ 100, também do próprio bolso, para comprar um estabilizador, com medo de danificar o equipamento da empresa. O plano de internet de R$ 50 ao mês não deu conta, e os contatos com o suporte técnico da empresa se tornaram constantes.

Para Mauro Cava de Britto, secretário-geral do Sintetel, sindicato que representa os operadores de teleatendimento em São Paulo, as empresas de call center adotaram menos o trabalho remoto do que gostariam ou poderiam, por conta dessa falta de infraestrutura nas casas dos funcionários. "Tivemos todo tipo de caso: pessoas que moravam em local com dificuldade de instalação de internet, ou em moradias pequenas, onde não cabiam cadeira, mesa e computador", diz.

Em alguns casos, o home office durou pouco. Suelen Cunha de Andrade, 36 anos, operadora de teleatendimento de Santo André (SP), ficou em casa um mês. Para ela, o problema foi o espaço físico - ela divide a moradia com a filha, os pais e o irmão. Suelen diz que se sentiu segura porque o escritório, num primeiro momento, estava vazio. "Tinha pouquíssimas pessoas", lembra.

Os sindicatos do setor de teleatendimento negociaram com as empresas ajudas de custo para cobrir gastos com luz e a internet. Em São Paulo, os trabalhadores receberam R$ 90 ao mês. Na Bahia, a ajuda de custo foi de R$ 70 mensais, disse o Sinttel-BA. 

O termo workaholic, definitivamente, ficou fora de moda. Depois da pandemia e do modelo remoto, muitos trabalhadores começaram a rever seus objetivos profissionais. No início da pandemia, havia um estresse de trabalhar todos juntos num mesmo espaço. Aos poucos, os profissionais foram conseguindo se autogerenciar, até o ponto que a maioria já não quer voltar ao modelo antigo dos escritórios, diz o presidente da Randstad, Fabio Battaglia.

A questão é que, em casa, os trabalhadores passaram a fazer múltiplas tarefas, combinando atividades profissionais e pessoais, sem perder a produtividade. "Agora com o modelo híbrido, temem mudar essa nova rotina", afirma Bataglia. De acordo com a pesquisa da Randstad, 92% dos trabalhadores brasileiros querem formatos de trabalho e carreiras mais flexíveis para acomodar outras atividades ao longo do dia, enquanto a média global é 76%. "Hoje, o tema mais importante é flexibilidade", diz o executivo da Randstad.

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Um exemplo disso é a bancária Carolina de Almeida Ferraz, de 43 anos. Há 20 anos no setor e há mais de 10 como gerente de contas do segmento de alta renda, ela decidiu priorizar sua saúde mental e física e passar mais tempo com as duas filhas pequenas. "Foi uma decisão difícil, fiz muitas contas, mas troquei meu cargo comissionado por outro descomissionado."

A decisão veio depois do nascimento da segunda filha e do aumento das cobranças e do nível de estresse. Segundo ela, hoje seu salário bruto é menor do que era o líquido. "Mas estou feliz, saudável e sinto que as crianças também percebem isso." O lado bom, diz Carolina, é que ela conseguiu fazer toda essa mudança e continuar na empresa. "Mas, se tivesse de trocar de emprego para ter esse benefício, eu trocaria, sem nenhuma dúvida."

O diretor regional e sócio da empresa de recrutamento de executivos Tailor, Gustavo Leme, destaca que essas mudanças chegaram aos níveis mais altos das corporações. Antes, diz ele, era complicado atrair candidatos de grandes centros para o interior. "Hoje, mesmo quem não tem família aceita propostas para trabalhar fora das capitais como forma de melhorar o ritmo de vida."

INCERTEZA X TEMPO. Foi pensando nessa qualidade de vida melhor que a personal trainer Brenda Oliveira abriu mão de um trabalho fixo numa academia e ficou apenas com as aulas particulares. Apesar da incerteza financeira por não ter uma carteira assinada, Brenda priorizou o tempo para equilibrar sua vida pessoal. A decisão coincidiu com a chegada de sua irmã caçula, agora com dois meses de idade. "No ritmo que estava, não dava tempo nem de ver a bebe. E queria acompanhar a evolução dela." Além disso, diz a personal, conciliar as aulas particulares com a academia tirava tempo para coisas básicas como treinar, almoçar sossegada e se cuidar. "É claro que a questão financeira é importante, mas também tenho de pensar na minha saúde e no bem-estar."

Na avaliação de Fabio Battaglia, as empresas não estavam preparadas para essa mudança tão radical, das características profissionais ou das exigências dos trabalhadores. "Agora é que começam a se ajustar a esse novo momento." Hoje, quando os recrutadores vão fazer uma entrevista, as exigências são muito diferentes das do passado. "Os candidatos querem saber se a empresa tem um propósito, se tem impacto na sociedade e, principalmente, se o modelo de trabalho é híbrido", diz Leme. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Creditas, startup brasileira de serviços financeiros, está com 450 vagas de emprego abertas para trabalho no modelo home office. Há oportunidades para diversas áreas como Tecnologia, Jurídico, Desenvolvimento de negócios, Vendas, Marketing, Finanças, Recursos Humanos, Crédito, Design, Engenharia, Portfólio e Desenvolvimento de Produtos.

O processo de seleção será totalmente virtual e os interessados já podem realizar as inscrições por meio da página de vagas da empresa. Algumas das oportunidades abertas são para:  coordenador de e-commerce, analista de desenvolvimento de produtos, analista de compliance, analista contábil, software engineer, especialista em marketing e especialista em compras automotivas.

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Além das candidaturas por meio do site, a Creditas também irá realizar a seleção de novos colaboradores no evento virtual Speed Hiring, nos dias 8 e 9 de dezembro das 18h às 21h30. Nestes dias os inscritos irão participar de um processo seletivo durante apenas uma única noite, em que serão encaminhados para uma sala virtual para conversas técnicas, programação em pares, um desafio de arquitetura e uma entrevista com lideranças.

Nesta etapa a empresa busca profissionais de engenharia de software com experiência em Java, Kotlin, Phyton e Node.js, além de possuir conhecimentos em metodologias ágeis e habilidade em desenvolver e implementar APIs.

As inscrições para o evento podem ser realizadas através dos links a seguir:

Engenharia de Software Pleno https://boards.greenhouse.io/creditas/jobs/5696605002

Engenharia de Software Junior https://boards.greenhouse.io/creditas/jobs/5696671002

*Por Thaynara Andrade 

 

 

Segundo a pesquisa realizada pela empresa de software Slack, o modelo de trabalho home office ou híbrido é a preferência de 83% dos trabalhadores entrevistados. Para os interessados nesse regime, neste mês de dezembro as empresas Virgo, Zappts e Hi Plataform estão com 50 oportunidades abertas para o trabalho à distância em diversos cargos.

Na Virgo, empresa de serviços e soluções financeiras, estão abertas as inscrições para o Summership, seu programa de estágio de férias. Ao total, são oferecidas 14 vagas para estudantes com matrícula ativa em cursos universitários voltados para a área de tecnologia, comunicação social e audiovisual. Os interessados podem se inscrever até o dia 3 de dezembro no site da Preparo.vc.

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O programa terá duração de 13 de dezembro a 7 fevereiro de 2022 e será realizado na modalidade híbrida e remota, na cidade de São Paulo. Durante o treinamento, os participantes irão aprender sobre o mercado das capitais, o futuro do setor e ainda serão orientados a desenvolver um projeto. Entre os benefícios será oferecida uma bolsa no valor de R$ 2.200 e vale refeição ou alimentação de R$ 500.

Enquanto isso na Zappts, empresa de aceleração digital e desenvolvimento de software, são ofertadas 8 vagas para trabalho 100% remoto, o que abre as oportunidades para candidatos de todo o país. As vagas são para cargos como Desenvolvedores, Analistas de Qualidade de Software e Analista de Excelência Operacional. Os interessados podem consultar as oportunidades no site da empresa.

Por fim, a Hi Plataform, primeira plataforma de Customer Experience Journey do Brasil, está com seleção aberta para 28 vagas na área comercial e de tecnologia. Todas as oportunidades são para o modelo home office e os salários chegam até R$ 12 mil, além de valores adicionais de comissão e benefícios. Para se candidatar, basta acessar o site de carreiras no Gupy.

Dores nas costas, no pescoço e nas articulações, dificuldade em se locomover rapidamente e sedentarismo. Essas são algumas das reclamações mais comuns entre profissionais que antes exerciam suas tarefas em ambiente de trabalho apropriado e tiveram de migrar para o conhecido home office. O trabalho remoto se tornou comum para muitas pessoas desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março de 2020. No entanto, a mudança na rotina e logística do ambiente de trabalho afetou muito mais do que foi previsto.

Segundo um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cerca de 11% dos brasileiros migraram do escritório para o ambiente doméstico desde o início da crise sanitária. Muitas pessoas tiveram dificuldade em se adaptar ao novo esquema laboral, mesmo tendo em casa as mesmas ferramentas que dispunham no ambiente de trabalho.

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É o caso de Vanessa Martins, 30 anos, analista de sistemas de uma empresa de tecnologia da informação e moradora do bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife. Devido ao cargo, ela passa muitas horas na frente do computador. "Como eu trabalho com software, meu meio de trabalho é o computador", explicou a recifense para o LeiaJá.

No dia 10 de março de 2020, na semana em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou o estado de pandemia global, a empresa para a qual ela trabalhava migrou todos os funcionários para o modelo remoto, e assim ela continuou a exercer suas funções de sua casa. No entanto, diferente de outros trabalhadores que tiveram de se adaptar com o que tinham no lar, a empresa de Vanessa forneceu todo o material necessário para que ela e os demais colegas pudessem trabalhar com as mesmas ferramentas que tinham antes. “Cadeiras, apoios de pé, ‘mousepad’, monitor, suporte de monitor e de computador, e fone de ouvido. Toda a ergonomia que eu já tinha no trabalho, eu consegui manter porque a empresa disponibilizou todo o material para que pudéssemos montar o escritório em nossas casas”, lista.

Mas mesmo com todos os aparatos em casa, as demandas fazem ela se dedicar muito mais tempo ao trabalho, passando das oito horas diárias de sua carga horária. “Eu passo cerca de 9 a 10 horas por dia, dependendo do dia, na frente do computador, sentada, e nem sempre consigo fazer todas as pausas que deveriam ser feitas. Às vezes faço algumas pausas não tão longas, às vezes tiro intervalo também na frente do computador resolvendo outras coisas que não são do trabalho”, exemplifica a profissional.

Vanessa mora com seu namorado, e os dois mantiveram o isolamento de forma bastante restrita desde o início da pandemia, sem sair para lugar algum e resolvendo quase todas as demandas pessoais pela internet. A distância de casa para o trabalho diminuiu para os passos que dividem o quarto da sala.

A praticidade, no entanto, não foi tão benéfica no longo prazo. “Não íamos para o trabalho presencial, nem academia, nada. Nossa mobilidade foi reduzida ao espaço da casa. Senti mudanças no meu corpo em relação a isso, engordei uns 7kg, meu namorado acho que uns 10kg, porque continuamos nesse espaço limitado. A única exceção que fazemos é que temos pets, então de uma a duas vezes por dia algum de nós tinha de sair muito cedo de manhã ou tarde da noite com as cachorras para elas fazerem as necessidades. Além de ter engordado, tive um problema na lombar, pelo excesso de tempo sentada e pouca locomoção. Cheguei a ter dificuldade para me abaixar e amarrar o cadarço, por exemplo. Quando houve uma reabertura mínima das coisas esse ano, precisei ir a um osteopata para iniciar um tratamento, pois a lombar foi a região mais afetada para mim”, relata a analista de sistemas.

Ela ainda passou por um período em que mudou de empresa em março deste ano, e teve de devolver todo o material que estava com ela. No novo trabalho, exercendo um cargo semelhante, com as mesmas demandas e formato igual, ela sentiu um desconforto maior por ter tido de adaptar seus móveis do dia-a-dia para exercer suas funções.

O cuidado com o corpo no - ainda - home office

Segundo o fisioterapeuta Marcel José Crasto, da Clínica Escola de Fisioterapia da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, dores em certas regiões do corpo foram as reclamações mais comuns entre as pessoas que passaram por essa mudança de hábitos diários. “Como principais queixas temos as dores nas articulações de quadril, região lombar, cervical e ombros, muitas vezes devido a manutenção de posturas sentada por longos períodos, o que além de causar compressões e dificultar a oxigenação das células, também podem facilitar os processos de fraqueza muscular. Não podemos esquecer do fator emocional, que por sua vez também exerce influência no corpo causando mais tensão, além de alterações posturais relacionadas ao comportamento”, explica.

Vanessa praticava exercícios físicos antes da pandemia, entre treinos na academia, passeios de bicicleta e corrida, mas tudo parou no início do isolamento. A saída do sedentarismo só se deu depois de alguns meses, quando começou a se exercitar em casa, acompanhado de vídeos e ‘lives’ na internet. Apenas depois das duas doses da vacina contra a Covid-19, ela e o companheiro se sentem mais à vontade para realizar exercícios fora de casa.

Marcel também comenta alguns problemas que podem ser ocasionados pela diminuição de exercícios, ou até a falta total de movimentos no corpo. “O sedentarismo tem como consequência diversas alterações fisiológicas e biomecânicas, desde problemas vasculares, metabólicos e de movimentação articular a problemas relacionados à obesidade, depressão e ansiedade. Sendo, assim, importante a procura de todos os profissionais de saúde que atuam tanto na prevenção quanto no tratamento das consequências do sedentarismo”, exemplifica.

O profissional ainda dá dicas do que pode ser feito em casa para evitar dores no corpo, principalmente nas articulações, levando em consideração não apenas o físico, mas o emocional também. “Importante pela manhã, ao acordar, fazer algo simples, mas que na vida corrida que levamos desse mundo globalizado esquecemos muitas vezes que é espreguiçar-se. É algo simples, mas tão necessário para a preparação do corpo para o início de tarefas muito simples como por exemplo, levantar-se da cama. Antes de começar a trabalhar seria importante fazer exercícios de movimentação das articulações do corpo, desde o pescoço ao tornozelo. Movimentos livres para melhorar a irrigação sanguínea e nutrição dessas regiões. É sempre bom lembrar a importância de praticar atividades físicas e cuidar também do emocional. Não é porque estamos trabalhando em casa que devemos relaxar com a saúde. Com isso a integração de vários profissionais de saúde como fisioterapeutas, sducadores físicos, psicólogos, nutricionistas, médicos entre outros, podem ser de grande valia desde a prevenção, até o tratamento e reabilitação das disfunções adquiridas”, ele finaliza.

Confira o vídeo abaixo com dicas de postura e movimentação do corpo:

Entre os virais recentes nas redes sociais, a quiropraxia despertou a curiosidade do público que passou a sofrer com dores na coluna ao assumir a rotina do home office sem condições adequadas. Considerada uma alternativa da Fisioterapia para evitar que o paciente passe por cirurgia, o tratamento ainda é pouco difundido no Brasil e encontra resistência para entrar no rol de procedimentos da Agência Nacional Brasileira (ANS). 

Após suspender os atendimentos na pandemia, o fisioterapeuta Felipe Mucarbel conta que retomou as consultas com o aumento de 30%, principalmente a partir do segundo semestre de 2020. Antes, a maioria das queixas denunciavam dores na lombar mas, desde então, a agenda é dividida com incômodos no pescoço relacionados às longas jornadas de uso de celulares.

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A falta de atividade física, de postura e de uma dieta saudável também promovem dores articulares, que a quiropraxia busca reverter através de manobras e alavancas. Casos de hipertensão e dores nos órgãos também podem ser resolvidas com o estímulo adequado dos nervos em determinadas áreas.

Tratamento

Com a consulta em torno de 30 minutos, normalmente o tratamento ocorre semanalmente, mas em casos mais graves, pode ser recomendado de duas a três vezes por semana. O objetivo é sempre o mesmo: "ficar sem a dor ou aliviar. Jamais ficar com mais dor", comenta o especialista.

"As pessoas aparecem só quando estão com dor, mas o ideal é trabalhar com a prevenção e vir pelo menos uma vez por mês", acrescenta Mucarbel, que destaca os benefícios da relação mais próxima ao paciente e do tato do quiroprata como fundamentais para investigar a causa do problema e não apenas o sintoma.

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Ele lembra que dor não é indicativo de cirurgia e esclarece que na vertente fisioterapêutica, as únicas indicações são em casos de comprometimento neurológico ou quando o paciente perde o controle dos esfíncters - conhecido como síndrome da causa equina. 

Resistência

Fundada há cerca de 130 anos nos Estados Unidos por David Palmer, a quiropraxia foi desenvolvida sob olhares de controvérsia, mas já é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar de não ser oferecida por planos de saúde no Brasil, a prática possui graduação específica e os profissionais certificados garantem resultados incontestáveis. 

Recentemente, uma pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) apontou que em virtude do trabalho remoto, o número de cirurgias de coluna nunca foi tão alto. Segundo a instituição, a inatividade do corpo humano durante o home office pode estar associada a problemas na coluna cervical e lombar, já que no trabalho presencial existe a necessidade de movimentação e deslocamento.

Além disso, um estudo realizado pela Zenklub, plataforma de saúde emocional, também registrou aumento de problemas psicológicos, que também podem estar associados à adoção do trabalho remoto, e ao medo constante em contrair o vírus. Como consequência, a instituição aponta que foi registrado uma alta de 151% em sessões de terapia no primeiro semestre do ano, em comparação com o mesmo período em 2020.

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Vale lembrar que, em virtude dessa crescente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que durante a pandemia de Covid-19, no Brasil  cerca de 20 milhões de pessoas passaram a sofrer com ansiedade, e aproximadamente 12 milhões desenvolveram tendências depressivas. Assim, o Brasil se torna o país com maior índice de ansiosos do mundo, além de ser o quinto país com maior número de pessoas com depressão.

 

*Por Thaynara Andrade

Com a pandemia de Covid-19, a sociedade teve que buscar alternativas para evitar a disseminação do novo vírus. No mundo do trabalho, o caminho mais viável foi a adoção do modelo home office, em que diversas empresas precisaram seguir com suas atividades a distância. Todavia, mesmo hoje, com 50% da população adulta totalmente vacinada no Brasil, muitas empresas, depois desse período de adaptação, estão cogitando seguir com suas atividades nesse modelo, ou até mesmo implementar um sistema híbrido de trabalho. Mas, dentro da legislação isso é possível?

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Segundo Cristine Yara Guimarães, gerente de Recursos Humanos da Confirp Consultoria Contábil, essa decisão envolve questões mais complexas do que apenas a escolha da empresa em permitir a alternância entre trabalho home office e presencial, é preciso se atentar a legislação trabalhista:

"Um primeiro entendimento que o empresário precisa ter é que a legislação não menciona possibilidade de trabalho híbrido (parte home office e parte presencial), porém as empresas têm praticado essa modalidade em comum acordo com os colaboradores. Mas, é preciso cuidado, pois o que se tem dentro da legislação é que o trabalhador pode ficar em até 25% da carga horária em home office, desde que os acordos estejam determinados em contrato de trabalho acordado por ambos", explica a gerente da Confirp.

Ela conta que como não existe uma legislação específica aprovada sobre o tema, o ideal é que as empresas não adotem o modelo híbrido sem buscar respaldo jurídico. A gerente de RH acredita que esse modelo será o futuro do trabalho. A partir do momento que as empresas conseguirem o apoio da lei, o ideal é adotar o home office em 25% da carga horária dos colaboradores.

A empresa que decidir pela opção de modelo híbrido ou totalmente home office deve deixar isso bastante claro nas documentações. Lembrando que para adotar a modalidade home office é indispensável constar essa relação trabalhista no contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado (pode ser elaborado termo aditivo de contrato de trabalho, por exemplo).

"Empresa e colaborador normalmente negociam essa questão e os colaboradores em home office têm os mesmos direitos que o trabalhador que executa seu trabalho na empresa (exceto vale transporte), sendo sujeitos a carga horária e subordinação.”, explica Cristine.

Outro alerta de Cristine Yara é que as empresas devem resguardar, seja no modelo híbrido ou no home office, a preocupação com a medicina do trabalho. "Os laudos NR 17 (ergonomia) e PPRA são de extrema importância para garantir que o colaborador trabalhe em segurança, não correndo o risco de sofrer nenhum tipo de acidente de trabalho ou doença ocupacional".

Por fim, mais um ponto importante é que a empresa não possui obrigação de arcar com custos de (água, luz, telefone, e internet) e nem estrutura (mesa, cadeira, computador). A legislação dá abertura para negociações dessas despesas devido a dificuldade de mensuração dos custos que o colaborador terá ao transferir suas atividades para o ambiente domiciliar. Caso seja decidido esse apoio financeiro, é preciso que os acordos sejam especificados em contrato de trabalho.

O período de pandemia fez com que o home office fosse mandatório para todas as empresas e muito aprovado pelos funcionários. Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP) mostra que 73% das pessoas estão satisfeitas com o trabalho de casa. Ao mesmo tempo, com uma volta à normalidade mais próxima, diversos profissionais estão com receio de que ficar longe do escritório possa afetar o acesso a promoções.

De acordo com um levantamento realizado pela consultoria global Korn Ferry, 55% dos entrevistados afirmam que voltar a trabalhar do escritório gera algum tipo de estresse. Para piorar, 58% afirmam que têm medo de conversar com os seus chefes sobre continuar o trabalho remoto por receio de que isso prejudique as chances de ascensão na carreira. É aquele chavão corporativo: quem é visto, é lembrado.

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O Estadão conversou com colaboradores de diversas empresas que têm esse sentimento, mas que preferiram não se identificar. A pesquisa ainda aponta que 70% dos entrevistados afirmam que será estranho retornar ao escritório e 74% se dizem mais produtivos quando trabalham de casa.

Ou seja: a retomada aos escritórios será mais difícil do que simplesmente abrir as portas para receber os funcionários de volta. Não por acaso, esse tipo de preocupação está circulando na área de recursos humanos do Itaú Unibanco. Segundo a diretora da área no banco, Valeria Marretto, existem muitas discussões a respeito desse receio de os colaboradores que preferem o home office precisarem voltar por uma ordem da chefia.

"Esse é um receio com praticamente todas as pessoas com quem eu converso, mas o que o próprio Milton (Maluhy Filho, presidente do Itaú) tem falado em lives é para termos uma visão de flexibilidade e que a volta continuará sendo voluntária", diz Valeria.

Apesar de ter metade dos seus quase 100 mil funcionários trabalhando diariamente desde o início da pandemia nas agências bancárias, o retorno dos outros 50% para o escritório ainda é gradual. Hoje, por exemplo, só é permitida a utilização de 20% dos espaços dos prédios.

Como já estão atuando no modelo 100% presencial, os funcionários da incorporadora Viver que quiserem trabalhar algum dia de casa precisarão da liberação do seu gestor.

"Orientamos nossos gestores a analisar a situação, entender a situação da saúde mental do colaborador e também se o trabalho dessa pessoa é possível fazer de casa", diz Ricardo Piccinini, presidente da Viver.

GESTÃO. Para Fátima Motta, professora de liderança e carreira da ESPM, esse novo momento gera incertezas por causa da novidade, mas as empresas precisam criar ou melhorar maneiras de medir o desempenho dos funcionários não pela presença física, mas pelos resultados entregues. "Obviamente que as pessoas precisariam ir em algum dia ou outro para o escritório, mas promoções e demissões precisam ser de acordo com o desempenho. Aquela cultura do chefe precisar ver o funcionário trabalhando é coisa do passado", diz.

Por isso, na visão da diretora de recursos humanos do portal de contratações Catho, Patrícia Suzuki, é fundamental que esse retorno tenha transparência dos dois lados: tanto as empresas nas suas intenções, quanto os funcionários nas suas demandas - sem, obviamente, serem punidos por externar suas opiniões.

"As empresas devem dar clareza para os profissionais sobre as possibilidades de promoções naquele momento ou num futuro próximo", diz Patrícia. "E os líderes têm papel fundamental para a geração de vínculo entre as equipes."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Sambatech, cerca de 62% das empresas brasileiras devem investir entre 10% e 30% de seu faturamento total em transformação digital durante o restante de 2021. Fatores como a pandemia de Covid-19 aceleraram o processo de digitalização em diversos setores corporativos, seja por meio de bancos digitais, que passaram de 14% para 31% em novos usuários, ou em empresas que passaram a aderir ao regime home office no período de isolamento social.

De acordo com João Gubolin, CEO da Ciatécnica, empresa que oferece consultoria empresarial voltada para a transformação digital, grande parte das organizações teve que encontrar maneiras de implementar soluções digitais que permitissem condições ideais para o trabalho remoto ser produtivo e eficaz. “O fato é que as visitas físicas praticamente desapareceram durante o período pandêmico, logo o único portal de encontro tornou-se o online. Como resultado, a digitalização das interações com clientes, das cadeias de suprimentos e das operações internas em todo o mundo avançou muito nesses últimos dois anos”, admite Gubolin.

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Devido à crescente transformação digital, existem tendências que podem ser vistas como consequência do efeito pandêmico no mundo, e segundo o especialista, inteligência artificial, automação e robotização serão tão importantes quanto a mecanização da agricultura e manufatura em tempos passados. Dessa forma, existem habilidades que serão exigidas aos trabalhadores do amanhã.

“A maior parte dos trabalhos mecânicos e repetitivos será desempenhada por sistemas automatizados e máquinas inteligentes, sendo assim, reunir competências que vão além e que agreguem valor será essencial”, esclarece o CEO.

Uma pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial (WEF) compilou os dez principais empregos que serão uma tendência no futuro, e dentre as opções, estavam ocupações como facilitador ou diretor de trabalho remoto, arquiteto de ambiente de trabalho, auditor de polarização de algoritmo, detetive de dados e profissionais que lidam como cyber segurança.

“São incontáveis as transformações que viveremos, mas precisamos nos adaptar assim como as civilizações pré-agrícolas se adaptaram a um novo paradigma”, ressalta o especialista. Gubolin conta que as máquinas e a digitalização já tornaram alguns empregos obsoletos, como os operadores de elevadores, as locadoras de filmes e bibliotecas.

“Profissões que tenham atividades exaustivas e repetitivas serão cada vez mais escassas. Porém, nem tudo está perdido, mesmo quando algumas tarefas são automatizadas, nem sempre aquela posição é extinta, mas sim ressignificada, ou seja, aquele profissional poderá desempenhar uma nova atividade” diz o especialista.

O CEO aifrma, ainda, que as profissões que visam gerenciamento de pessoas tendem a ser menos afetadas, já que as máquinas ainda não são capazes de tamanha complexidade de resposta e execução.

Prognóstico do cenário tecnológico

O especialista explica que criar qualquer tipo de cenário é uma tarefa difícil, visto que a tecnologia surpreende a cada dia. “Há pouco mais de dez anos não havia Snapchat, TikTok, Instagram e Uber. No início da década passada não ouvíamos falar de Inteligência Artificial e nem fazíamos ideia do que o 5G iria nos proporcionar. Atualmente, estamos indo em direção a mudanças ainda maiores que afetarão a sociedade como um todo”, projeta.

Assim, é possível citar que de alguma forma haverá grande evolução no que se diz respeito a veículos autônomos, computadores quânticos, robotização de ambientes comerciais e missões a Marte. Vale lembrar que também é possível projetar cenários em meio às redes sociais, já que continuará havendo uma grande procura por produções de vídeo, streaming e jogos. “Mesmo com todas essas previsões não sabemos ao certo o que esperar, mas tenho certeza que vamos nos surpreender no futuro assim como já acontece agora”, finaliza o especialista.

Os primeiros meses de pandemia do novo coronavírus no Brasil exigiram que Estados e municípios adotassem medidas restritivas. Muitas empresas precisaram se adaptar e mudar a dinâmica laboral por causa do isolamento social, logo, passaram a aplicar o regime de trabalho home office ou remoto.

Popular em outros países, mas nem tanto no Brasil, trabalhar em casa demandou, em um primeiro momento, adaptação, organização e, em alguns casos, colaboração dos demais integrantes da família. De acordo com um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2020, 11% dos trabalhadores brasileiros adotaram o trabalho em casa.

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“O momento exigiu que, além das empresas, os trabalhadores, as famílias se adaptassem a uma nova realidade de uma forma brusca. O home office em outros locais tem planejamento, ponderações. Por aqui, foi algo emergencial, pessoas estavam adoecendo e morrendo rapidamente por causa de um vírus, até então, desconhecido por muitos. Não tivemos tempo hábil para realizar esta mudança de forma planejada”, ressalta Cíntia Braga, especialista em Recursos Humanos e consultora de carreiras.

Adaptação e planejamento passaram a ser palavras de ordem para a professora Karen Nascimento, que se viu em casa com o marido, a filha e nove turmas on-line do ensino fundamental II. Ela conta para o LeiaJá que o início foi difícil, principalmente, por desconhecer a plataforma adotada pela instituição de ensino onde trabalha para manter o ano letivo. “Foram muitos dias vendo tutoriais, pedindo ajuda ao meu marido e colegas até consegui me adaptar ao sistema. Errei bastante, mas sempre queria aperfeiçoar e trazer coisas novas para os alunos”, diz.

A docente afirma que após o primeiro mês trabalhando de casa, já não apresentava dificuldades, mas, os desafios passaram a ser a participação dos estudantes nas aulas, as demandas da casa e a filha, que também estudava em caráter remoto.

“Muitas vezes, entrava na sala virtual e todas as janelas estavam fechadas. Muitos alunos não ligavam a câmera nem interagiam. Foi algo complicado, porque na sala de aula física a dinâmica é outra. Fora isso, ainda tinha que auxiliar minha filha nas aulas e atividades”, explica.

Mesmo assim, Karen afirma que o tempo em home office foi positivo e uma das melhores experiências de trabalho que teve. Atualmente, ela ministra aulas de forma híbrida, ou seja, presencial e remoto.

“O home office me proporcionou acompanhar mais de perto a minha filha, além de, finalmente, conhecer alguns pais e responsáveis. Trabalhar em casa me deixou segura, menos exposta neste período de pandemia, além da questão da mobilidade. Reconheço meu privilégio, pois, sei que muita gente não teve essa oportunidade”, observa. 

Diminuindo distâncias

O mesmo pensamento é do publicitário Everton Nunes. Morador do município de Itamaracá, litoral pernambucano, ele trabalha em uma agência de comunicação situada na área central do Recife. Antes da pandemia, Everton acordava às 4h para conseguir chegar no horário.

“Todos os dias, antes da covid, eu dormia tarde e acordava muito cedo. Chegava sempre cansado e não tinha tanto tempo para me recuperar. Sem falar no transporte e trânsito, um horror”, aponta.

Ao LeiaJá, o publicitário afirma que o home office o deixou mais focado, organizado e criativo. "Como não me sinto muito cansado, isso aumentou meu desempenho e refletiu na minha criatividade. Passei a produzir mais e melhor e isso me deixa muito feliz. Sempre via as startups com esse tipo de modelo e me questionava se realmente dava certo. E dá mesmo", fala.

Questionado se sente falta do trabalho presencial, Everton Nunes é taxativo: "Gosto do meu ambiente de trabalho e da convivência com os amigos e colegas da agência, mas prefiro essa dinâmica mais flexível e sem trânsito". E complementa: "No momento, não me vejo de volta ao presencial e a empresa já decretou home office até o final do ano. Isso é uma alívio porque a pandemia ainda não acabou".

Chegou para ficar?

A especialista Cíntia Braga explica que muitas corporações, em um primeiro momento, não eram favoráveis ao trabalho remoto. Uma das justificativas apontadas por ela é a questão da produtividade.

"Por total desconhecimento, acredito que muitas empresas relutam em adotar o sistema home office. Ainda se tem o pensamento que para ser produtivo o profissional deve estar no escritório e às vistas do gestor ou dono da empresa", aponta.

Para ela, após o período de adaptação, o home office passou a ser visto de forma positiva pelas instituições e sua adesão deve ser permanente em alguns casos. "Passado o momento de adaptação e reorganização laboral, as empresas começaram a ver resultados positivos no rendimento da equipe e qualidade do trabalho. Acredito que o trabalho remoto é o presente e futuro e tem tudo para ser adotado por muitos lugares".

Antes da pandemia, o home office era uma realidade de poucas empresas, mas um pedido frequente de diversos trabalhadores. Com a covid-19, o modelo se tornou uma necessidade para os negócios continuarem operando. Um ano e meio depois dos primeiros lockdowns em todo o Brasil, o trabalho remoto se mostra muito bem avaliado pelos trabalhadores. Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e pela Fundação Instituto de Administração (FIA) mostra que a intenção dos brasileiros de permanecerem trabalhando em casa só cresce - ao mesmo tempo em que relatam ter uma jornada de trabalho muito maior do que a estipulada em contrato.

De acordo com o levantamento, 73% das pessoas estão satisfeitas com o trabalho de casa. Mas esse número cresce para 78% quando se considera a intenção de manter a mesma rotina após a pandemia, ante 70% no ano passado. Já o número de trabalhadores que querem voltar aos escritórios diariamente caiu de 19% para 14%. O porcentual dos indiferentes também recuou, de 11% para 8%.

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"As pessoas estão muito satisfeitas. Esperávamos até um indicador um pouco abaixo, mas elas estão valorizando muito ficar em casa", afirma André Fischer, professor da FEA e coordenador da pesquisa. Para completar, 81% dos entrevistados afirmaram que a produtividade, trabalhando de casa, é maior ou igual à da atividade presencial.

Apesar das avaliações positivas, muitos funcionários dizem estar trabalhando mais horas de casa do que se estivessem no escritório. Com a economia de tempo do deslocamento, muitos acabam começando a trabalhar mais cedo - e se desligando mais tarde. Dos entrevistados pelas instituições de ensino, 45% estão trabalhando acima de 45 horas. Desse número, 23% afirmaram que trabalham entre 49 e 70 horas por semana, enquanto 6% falaram em volume acima de 70 horas semanais. A legislação trabalhista estabelece, salvo casos especiais, que a jornada convencional de trabalho seja de 44 horas semanais.

"É um dado impressionante e que pode interferir bastante na questão da saúde mental das pessoas. Eu mesmo estou trabalhando mais horas do que antes", diz Fischer. "Por estarem conectados o tempo inteiro, muitos acabam trabalhando também o dia inteiro."

Burnout. Dados do Ministério do Trabalho e Previdência mostram que o número de afastamentos por transtornos mentais e comportamentais cresceu durante a pandemia. A concessão de benefícios para problemas psicológicos chegou a 291 mil em 2020, um número 20% maior do que o registrado no ano anterior. E o excesso de trabalho, segundo especialistas, colaborou para a piora.

Gabrielle Cristófaro, gerente de experiência do consumidor da startup de saúde mental Zenklub, afirma que se adaptou muito bem ao home office por ser disciplinada em seus horários, tanto de trabalho quanto de descanso. Ela tem horário de início e de término, e faz uma hora de almoço todos os dias - as vezes, sai até para andar de

bicicleta nesse horário. Deu o horário do fim do expediente, ela desliga o computador.

"Temos de ter o autoconhecimento dos nossos limites. É tentador acordar e começar a trabalhar ou almoçar em frente ao computador para adiantar as coisas, ainda mais com a glamourização do workaholic, mas não quero passar por problemas de novo", diz Gabrielle, que teve uma crise de burnout há dez anos.

Até para evitar que esse tipo de problema aconteça entre os seus funcionários, a Zenklub, que oferece pacotes de psicoterapia para o mercado corporativo, também dá o benefício para os empregados. Eles têm direito a quatro sessões por mês com psicólogos, e também há desconto para os familiares aderirem ao serviço.

Outras empresas também estão no mesmo caminho. Desde 2018, o Nubank conta o serviço NuCare, que oferece benefícios de ajuda psicológica, planejamento financeiro e assistência jurídica por telefone aos seus funcionários. Como condição extra, o benefício foi estendido para pais e mães de funcionários. "Percebemos que as pessoas precisavam desse tipo de suporte adicional, especialmente por causa da pandemia. Também começamos a oferecer aulas de ioga e mindfulness", diz Deborah Abisaber, diretora de diversidade e de suporte a pessoas do Nubank.

Muito se discute sobre o home office, principalmente após multinacionais adotarem o modelo de forma definitiva. O mercado entra neste debate como se essa fosse a realidade da maioria dos trabalhadores, quando na verdade só 11% dos brasileiros trabalharam em suas casas no ano passado, conforme dados da Pnad Covid-19 analisados nas duas últimas Cartas de Conjunturas divulgadas pelo Ipea em julho e setembro deste ano. Os levantamentos e as análises mostram que o retrato do trabalho remoto é composto majoritariamente por mulheres, pessoas brancas e altamente escolarizadas, o que distancia o modelo da realidade de grande parte dos brasileiros.

A primeira nota foi divulgada pelo Ipea em 15 de julho com o objetivo de mensurar o trabalho remoto no País. Para isto, foram utilizados os dados da Pnad Covid-19, colhidos de maio a novembro de 2020. Dentre os 83 milhões de pessoas ocupadas no ano passado, 74 milhões (88,9%) continuaram trabalhando normalmente e 9,2 milhões (11,1%) foram afastadas. Dentre os que continuaram ativos, 8,2 milhões estavam em home office (11% da população total ocupada e não afastada).

"Em termos de potencial de mercado de trabalho, estimávamos que fosse 16% da população em trabalho remoto. A média é de 11% no País. Concordo que existe um gap, mas não é tão grande assim comparado a outros países", diz Geraldo Goés, especialista em políticas públicas e gestão governamental na Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea. "Entendemos que são características laborais de cada atividade. Algumas são mais propícias ao trabalho remoto, como profissionais da educação, gerentes, tomadores de decisão."

O professor de MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Mauro Rochlin vê os números do home office como expressivos. "Há um alto número de pessoas empregadas no setor agrícola, na indústria. A maior parte não está no setor administrativo, e sim no chão de fábrica. É claro que essa indústria tem parte no administrativo, mas a maior parte se concentra no setor produtivo."

O perfil do trabalhador remoto é marcado por uma maioria feminina (56,1%), branca (65,6% são brancos e brancas), com Ensino Superior completo (76,6%) e majoritariamente no setor privado (63,9%).

"A maioria dos trabalhadores do home office está no setor administrativo, que normalmente tem pessoas com um maior nível educacional", diz Rochlin. "Se você olhar a composição da população de nível superior, é muito desigual se comparada com a maioria da população brasileira (negra). A presença de pretos e pardos entre a população com Ensino Superior é menor do que quando fazemos um comparativo com a população no geral. Já que o trabalho remoto é feito majoritariamente na área administrativa (que exige maior nível educacional), a expectativa é de maior presença de brancos e brancas."

A professora Carla Diéguez, socióloga do trabalho e coordenadora do curso de Sociologia e Política da FESPSP, concorda.

"Isso demonstra que a educação é algo que tem classe. Ela é destinada para determinadas classes, principalmente o ensino superior, que vai te colocar em condições que vão te permitir acessos a alguns benefícios."

Entre esses benefícios e regalias, estão equipamentos, completa Geraldo Góes. "Poucas pessoas tinham condições de exercer o trabalho remoto, porque não dependia só delas, mas também da própria empresa ter condições de colocar um computador na casa da pessoa."

Flexibilidade. Foi o caso da startup de benefícios de saúde Pipo, que colocou todos os funcionários em home office e adotou a medida como definitiva.

"Tomamos essa decisão em maio de 2020, e ela foi motivada por motivos diferentes. O primeiro é por ter acesso a talentos, para poder contratar pessoas de qualquer lugar além de São Paulo, e a segunda é para refletir nossos valores de autonomia. Ou seja, as pessoas terem autonomia para morar onde elas quisessem e ter flexibilidade", conta Manoela Mitchell, CEO e cofundadora da Pipo Saúde.

No setor privado, segundo a pesquisa, destacam-se no trabalho remoto serviços (14,5%), educação (10,3%) e comunicação (7,7%). Já no setor público, as áreas com maiores índices de trabalho remoto são administrações públicas (14,4%), empregados dos governos estaduais (13,9%) e empregados do governo federal (7,8%). Atividades que ficaram abaixo da média nacional são agricultura (0,6%), logística (1,8%) e alimentação (1,9%).

"De forma geral, a nossa economia não se situa em serviços de alta tecnologia e produtividade. Ainda somos sustentados pela commodity, pelo setor agrário e por serviços de baixo valor agregado", diz Carla Diéguez.

Há também no estudo do Ipea um recorte por regiões. A maior concentração de pessoas em trabalho remoto está no Sudeste (58,2%), com 4,7 milhões de trabalhadores. A região é seguida pelo Nordeste, com 16,3%, e pelo Sul, com 14,5%.

A participação de pessoas pretas ou pardas no trabalho remoto é menor em todas as unidades federativas. No Rio de Janeiro, por exemplo, 52,5% das pessoas ocupadas e não afastadas são negras, mas compõem só 34% dos trabalhadores em home office.

Custo extra

Com a alta aprovação do home office, diversas empresas já definiram que o modelo continuará firme mesmo no período póspandemia. Algumas nasceram, inclusive, com esse propósito. A startup de tecnologia Labsit foi fundada em 2018 com a ideia de os funcionários sempre trabalharem de casa. Como optou pelo modelo remoto desde o início, a empresa também colocou a mão no bolso para atrair e dar suporte para os funcionários.

Além de todos os benefícios habituais, como vale-refeição, GymPass e auxílio em viagens, a empresa paga um porcentual de 30% do salário como ajuda de custo para contas como internet e luz. "Sempre foi um benefício muito bem aceito para reter talentos", afirma Rodrigo Silveira, um dos fundadores da Labsit.

Pode parecer óbvio que as empresas deveriam auxiliar os funcionários com os custos adicionais que o home office ocasiona, mas isso ainda está distante da maioria dos trabalhadores. De acordo com a pesquisa da FEA e da FIA, somente 29% das empresas fornecem ajuda de custo com a internet e 13% com a conta de energia. O número, apesar de baixo, melhorou: antes eram apenas 7% e 3% que ajudavam com as contas de internet e luz, respectivamente.

"As contas ainda não foram balanceadas, e esse tipo de custo pesa muito para a população, especialmente a de renda menor", diz André Fischer, da FEA.

Para completar, também há poucas empresas que enviam equipamentos ergonômicos necessários para os seus funcionários. Segundo a pesquisa, 29% das empresas não enviam equipamentos como cadeira e suporte para computador. Quase metade (49%) envia parte deles, e apenas 22% fornecem todos os equipamentos necessários. Os números melhoraram em comparação com o ano passado, mas ainda são baixos, segundo Fischer.

O Nubank entra na lista dos que enviam todos os equipamentos e ainda dão um auxílio financeiro. A fintech, que dobrou o número de funcionários desde o início da pandemia (hoje tem 4 mil empregados), também teve o desafio de conseguir fazer a integração de todos em um período tão turbulento. "Tivemos de mudar todo o processo de integração dos funcionários para essa nova realidade", diz Deborah Abisaber, diretora do Nubank.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A organização não-governamental 'Gerando Falcões' está com inscrições abertas para o 'Programa de Estágio Tech'. São dez vagas disponíveis para trabalhar em regime home office, e as inscrições podem ser feitas até o dia 8 de setembro no site do programa.

Para participar da seleção, é preciso estar matriculado em algum curso de ensino superior ou técnico nas áreas de tecnologia e dados. Os interessados devem estar com formação prevista para julho de 2022 ou julho de 2023. Não é preciso ter experiência prévia para concorrer às vagas.

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Por se tratar de regime remoto, são aceitas candidaturas de estudantes de todo o Brasil. Além da bolsa-auxílio oferecida, os selecionados terão outros benefícios como seguro de vida, vale refeição, vale alimentação e vale transporte, caso seja necessário. O programa tem duração de 12 meses.

O processo seletivo prosseguirá durante os meses de setembro e outubro. Após as inscrições, os candidatos serão submetidos a um teste de lógica, a uma segunda fase de recrutamento e a uma entrevista final. O resultado dos aprovados será divulgado no dia 13 de outubro, e o início das atividades está previsto para novembro.

A VLI, empresa do ramo de logística, está com inscrições abertas para o Programa de Trainee 2022. O processo seletivo será realizado de forma remota e os interessados têm até 15 de setembro para se inscrever através do site da empresa.

Podem participar da seletiva, candidatos de todo o Brasil e formados há, no máximo, dois anos em qualquer graduação ou estudante com previsão de conclusão de curso para dezembro de 2021. Além disso, para concorrer a uma das vagas não é   necessário experiência, mas é exigido inglês intermediário e disponibilidade para mudanças.

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O processo seletivo conta com teste de inglês, entre os dias 18 de agosto e 20 de setembro, teste RecrutAI, em 21 até 28 de setembro, e teste Fit Cultural, previsto entre os dias 30 de setembro e 6 de outubro. Os selecionados serão contratados sob o regime celetista e trabalharão em modelo híbrido, ou seja, alguns dias será trabalho home office.

Entre os benefícios oferecidos pela VLI para os contratados estão: cartão-refeição e vale-alimentação; vale-transporte e/ou ônibus fretado (a depender da localização em que irá trabalhar); assistência médica e odontológica; Gympass; cesta de Natal; descontos em lojas, restaurantes, salões e outros.

O acesso à internet já é realidade para 82,7% dos domicílios brasileiros, segundo levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2019, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada este ano. A conectividade se tornou ainda mais necessária com o advento da pandemia, uma vez que boa parte da população tem feito de suas casas ambiente de trabalho, escola ou mesmo universidade.

Com o crescimento da modalidade home office, a boa conexão de internet é fundamental para o desempenho das atividades, no entanto, poucos usuários sabem como proceder quando a conexão sem fio oscila ou é interrompida. Dentro de casa, alguns elementos, como a disposição do aparelho conector, podem influenciar na chegada do sinal. Confira as dicas da diretora de Marketing da Unidade de Soluções Residenciais da TIM Brasil, Christiana Mello, para adequar o ambiente e melhorar o Wi-Fi.

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Segundo Christiana, o ideal é instalar o aparelho em locais altos para haver menos barreiras, como móveis, uma vez que as ondas se propagam para frente e para baixo. “O indicado é o posicionamento do modem de forma centralizada, para distribuir o sinal de uma maneira equilibrada. Assim, todos os cômodos serão atendidos. Colocar o equipamento no chão ou em móveis baixos não favorece a distribuição e piora a performance do Wi-Fi”, observa.

Questões como tamanho do imóvel, posição do modem na casa, espessura da parede e instalação do aparelho próximo a fontes de calor também são pontos que podem prejudicar a propagação do Wi-Fi. “As telas de LCD, aquários, espelhos e até mesmo azulejos, por refletirem o sinal do modem, também podem causar distúrbios na propagação de rádio. Já os equipamentos eletrônicos como telefones sem fio, forno micro-ondas e aparelhos conectáveis via bluetooth provocam alguma interferência, pois trabalham próximos da frequência de atuação dos modens”, explica a diretora.

Outro alerta importante é não deixar o equipamento próximo a fontes de calor. “Isso pode gerar travamento e perda de performance”, observa Christiana.

O tamanho do imóvel também influencia diretamente o desempenho da cobertura de internet. Modems mais modernos, chamados de dual band, possuem duas faixas de frequência e cada uma tem suas propriedades. Uma delas possui menor taxa de transferência (quantidade de dados que podem ser transferidos de um local para outro em um determinado período), mas maior alcance. A outra faixa possui maior taxa de transferência, ou seja, maior velocidade, porém menor alcance.

“Em cada instalação é necessário avaliar a melhor posição do modem para distribuição do sinal. Por isso, a TIM Live conta com equipes técnicas especializadas que analisam as necessidades dos clientes e realizam também trabalho de orientação. A operadora também utiliza equipamentos de qualidade que podem ser adquiridos pelos clientes com descontos especiais, como repetidores de sinal e extensores, para proporcionar a melhor experiência de uso dos seus serviços”, grifou a diretora.

DICAS PARA OTIMIZAR O USO DO MODEM EM CASA

- Instalar o modem em local alto, em uma área central do imóvel;

- Não instalar o modem próximo a fontes de calor;

- Evitar usar o modem próximo a móveis e objetos que a virem barreiras;

- Fortaleça a segurança e use senhas fortes;

- Use modems com tecnologias mais recentes.

A Fortics, empresa especializada em plataformas para atendimento e comunicação omnichannel, oferece mais de 15 vagas de emprego, em regime remoto. As oportunidades são nas áreas de monitor de qualidade, sysadmin, desenvolvedor full stack (pleno e sênior) gerente de marketing, web designer (pleno), analista de pré-vendas e consultor comercial bilíngue.

Para concorrer a um das oportunidades, o candidato precisa se cadastrar através do site da recrutadora. As etapas da seleção, assim como, os requisitos e benefícios para cada cargo, podem ser consultados no endereço eletrônico da instituição

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A empresa de tecnologia Qintess está com 730 vagas de emprego abertas para profissionais de níveis médio e superior. As oportunidades são para atuar tanto em home office quanto presencialmente no Brasil ou em projetos no exterior. Para participar, os interessados devem se candidatar no site de seleção da empresa.

São 30 vagas para atender clientes norte-americanos e europeus. De acordo com a organização, a maioria dessas oportunidades são para desenvolvedores e programadores que podem trabalhar home office ou em qualquer escritório da companhia.

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No Brasil, há 700 oportunidades para trabalhar em projetos que envolvem tecnologia da informação e a transformação digital em diferentes setores e regiões do país. Profissionais podem atuar em serviços que envolvem atendimento, suporte, gerenciamento operacional, monitoramento e coordenação de processos para atuação remota nas filiais ou alocados em clientes, a depender do projeto.

A empresa de tecnologia não detalhou as etapas de seleção, mas afirmou que todos os processos seletivos começam de forma remota. O salário e a jornada de trabalho variam conforme o cargo escolhido. Veja mais detalhes na página de seleção da Qintess.

"Eu sempre quis trabalhar em casa. Era meu sonho ter tempo para me dedicar mais aos meus filhos e deixar de enfrentar esse trânsito caótico da cidade. Mas, na primeira semana em home office, percebi que não é nada fácil conciliar trabalho, família e casa", diz a contatora Alexandra Melo, de 35 anos.

Há mais de um ano em regime home office, devido à pandemia do novo coronavírus, a profissional viu o sonho de trabalhar em casa se transformar, aos poucos, em pesadelo. Com dois filhos, de dois e seis anos, ela tenta equilibrar as demandas do dia e dividir a carga com o marido e a mãe.

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"São raros os dias que eu não estou cansada. Mas, eu não posso reclamar muito. Sabe? Tem muita gente que não pode trabalhar em casa, está se arriscando todos os dias em ônibus lotados. Mas, que é difícil manter a produtividade com duas crianças cheias de energia, uma pilha de pratos e chão sujo, isso é", relata a contadora.

Desde que a empresa onde ela trabalha decretou que os seis funcionários trabalhassem remotamente, ela e o marido, Carlos Eduardo Melo, vivem a rotina de escritório e com os filhos 24 horas. "A gente tenta se dividir como pode para ninguém ficar sobrecarregado, só que as crianças são muito apegadas a ela e vivem chamando, mexendo no computador, pegando onde não deve. Eu tenho um horário mais flexível e não fica muito pesado para mim", conta Carlos que trabalha como designer.

Intrusos na reunião

Alexandra e Carlos contam que dias de reunião são os momentos de maior caos na casa. "Já teve um dia que os dois tiveram reunião no mesmo horário. Geralmente, isso não acontece, mas esse dia foi terrível. A minha mãe ficou com os meninos e nós nos tracamos cadas um em um quarto da casa. Só que, em um momento da reunião, as crianças começaram a bater nas portas e fazer miuto barunho. Tentei manter a calma, fingindo que o barulho não era aqui".

E ela continua. "O barulho estava tão grande que o meu chefe parou a reunião e perguntou se estava tudo bem por aqui. Fiquei morta de vergonha e expliquei que era meus filhos. Acabei abrindo a porta e eles sentaram na cama para acompanhar a reunião também", relembra Alexandra.

Carlos também precisou pensar rápido diante de uma situação constrangedora durante uma reunião com clientes. "Eu agradeço todos os dias por minnha sogra morar com a gente neste momento. Nem sei o que seria da gente sem ela, mas, uma vez, tive que pedir que ela saísse do quarto porque não parava de falar. Eu até coloquei o fone, mas ela parou bem na minha frente para conversar. Infelizmente, tive que dizer: a senhora pode se retirar só um minuto? Está atrapalhando aqui", conta.

De acordo com Carlos Eduardo, mesmo após este episódio, o relacionamento com a sogra continuou o mesmo. Em sua defesa, Maria Eugênia Rodrigues conta que gosta de conversar e entende que isso, muitas vezes, pode atrapalhar o andamento do trabalho da filha e genro.

O que fazer?

A especialista em gestão de carreiras, Márcia Souto, ressalta a importância de administrar as demandas do dia. No entanto, ela salienta que não há "receita ou fórmula mágica" e que o melhor é testar opções que se adequem à realidade de cada pessoa ou família. 

"Associar as questões de trabalho com as pessoas não é uma das tarefas mais fáceis, principalmente, em tempos de pandemia. As famílias não tiveram um planejamento para a entrada no regime home office. Foi tudo muito rápido e leva tempo para se adaptar à nova realidade", explica.

A especialista aponta que a distribuição de tarefas, diálogo e flexibilidade são cruciais neste momento. Querer dá conta de tudo, segundo ela, "é arriscado e um dos maiores erros para quem está trabalhando de casa".

Questionada sobre o que fazer sobre familiares, filhos e terceiros que chegam a atrapalhar a rotina laboral em casa, ela é categórica. "Com os adultos, a melhor coisa a se fazer é conversar, mostrar que, naquele momento, você não está disponível e é seu horário para se dedicar ao trabalho. Já com os filhos, principalmente, os pequenos é ter paciência, flexibilidade e distribuir os cuidados com os outros cuidadores, caso seja possível", aponta.

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