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O Brasil tem encarado grandes mudanças no mercado de trabalho, principalmente neste período pandêmico, que impulsionou diversas empresas e organizações a adaptarem o modelo de trabalho ao regime home office. Segundo um levantamento realizado pela Fundação Instituto de Administração (FIA), o trabalho remoto foi adotado por 46% das empresas durante a pandemia.

Pensando nisso, o LeiaJá preparou, nesta sexta-feira (2), uma lista de vagas de emprego home office que, juntas, somam mais de 128 oportunidades distribuídas entre vários níveis de escolaridade e funções. Confira:

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Enext

A Enext está ofertando 25 vagas de emprego para o setor de tecnologia. Os profissionais trabalharão remotamente e ganharão alguns benefícios como vale refeição ou vale alimentação, seguro saúde, auxílio home office, seguro odontológico, entre outros. A empresa não informou o valor das remunerações. Inscreva-se aqui e confira mais detalhes.

Grupo Macro

O Grupo Macro está oferecendo 22 oportunidades de emprego em regime home office para a função de consultor de vendas. Os efetivados ganharão salários mensais de R$ 1.163,78, mais premiação e alguns benefícios como assistência médica, assistência odontológica e vale refeição. Inscreva-se aqui e confira mais detalhes.

Recovery

A empresa Recovery está recebendo inscrições para a seleção que visa preencher três vagas de emprego para o nível sênior. Candidatos de todo o país podem participar. A organização concede alguns benefícios aos profissionais contratados, como assistência médica, desconto em produtos, vale alimentação, seguro de vida, entre outros. Inscreva-se aqui e confira mais detalhes. 

BRQ Digital Solutions

A BRQ Digital Solutions está com mais de 78 vagas de emprego home office abertas para candidatos de todo o país. São oportunidades para níveis sênior e pleno na área de tecnologia. Os efetivados ganharão alguns benefícios como vale alimentação ou vale refeição, assistência médica, previdência privada, entre outros. A faixa salarial é a combinar. Inscreva-se aqui e confira mais detalhes.

A pandemia do novo coronavírus fez mudar a rotina de trabalho de milhares de pessoas. As medidas restritivas de distanciamento impostas como forma de proteção ao vírus tornaram as casas dos trabalhadores em escritórios e ambientes de trabalho. Segundo a pesquisa 'Gestão de Pessoas na Crise Covid-19', feita pela Fundação Instituto de Administração (FIA), em abril de 2020 já havia sido registrado que 46% das pequenas, médias e grandes empresas no País adotaram o formato de trabalho remoto.

Com a mudança de ambiente, e o trabalhador diante de diferentes situações exercendo suas funções de casa, surgem dúvidas quanto ao que pode ser configurado acidente de trabalho. Para compreender os diferentes conceitos de trabalho remoto, e entender o que pode ser considerado acidente de trabalho, o LeiaJá conversou com a advogada Anna Carolina Cabral, advogada especialista em direito do trabalho.

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Anna Cabral apresenta, a princípio, o conceito de trabalho remoto, que é um termo que engloba tanto o ‘home office’ quanto o teletrabalho, todos dentro da “atuação por meio telemático”, nomenclatura utilizada na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). “O teletrabalho é uma expressão mais generalista, que é prevista pela CLT. Inclusive, o teletrabalho foi uma inovação oriunda da reforma trabalhista de 2017, que, numa tentativa de adequação às novas rotinas de trabalho, trouxe uma previsão com normas que se referiram à essa forma de trabalhar. E o home office, numa tradução literal, é o trabalho prestado em sua casa”, ela explica.

A advogada diferencia o teletrabalho do home office pela possibilidade de fiscalização das jornadas de expediente. O teletrabalho foi compreendido em lei a partir de 2017, com a reforma trabalhista. Nela, o empregado não tem como ser fiscalizado por meio da batida de ponto, visto que ele pode exercer sua função em ambiente externo, como um vendedor visitando um possível cliente. Quando a gente fala home office, não é necessariamente teletrabalho, porque ele pode ser fiscalizado. O empregado que trabalha da sua casa pode logar e fazer a batida de ponto remotamente. Isso não descaracteriza o trabalho em home office, mas não é teletrabalho para os fins da lei”.

Acidente de trabalho

Segundo Anna Carolina Cabral, a lei trabalhista destaca como acidente de trabalho aquele que ocorreu em virtude do labor. “Se o empregado estava prestando atividade ao seu empregador, e isso causou um acidente em virtude dessa atividade, ela pode ser considerada como acidente de trabalho. E outra coisa, é importante também ser verificado que exista uma culpa do empregador por aquela atividade, aquele acidente especificamente”, ela ressalta. No entanto, com a configuração do trabalho em home office, isso pode ser discutido e interpretado de outra forma, como exemplifica a advogada. “O empregado está trabalhando de home office, aí ele vai na cozinha, por exemplo, escorrega no chão molhado, e naquele momento ele está atendendo uma ligação ou respondendo um e-mail, e sofreu o acidente. Isso seria considerado acidente de trabalho? Logicamente que não, porque não foi um acidente ocorrido em virtude da atividade. O descuido é um acidente doméstico, ele estava em casa, e sofreu o acidente. Não pode ficar atribuindo ao empregador a culpa por aquele acidente”, esclarece.

Por outro lado, a advogada trabalhista faz uma ressalva quanto às novas compreensões do que pode ser considerado acidente de trabalho, visto que “as pessoas desenvolveram doenças que impactaram diretamente a ergonomia”. “Na medida que o patrão manda um empregado trabalhar em casa, e prestar um serviço para ele, para fazer com que aquela produtividade, dentro da sua casa, seja destinada para o empregador, o mesmo tem a obrigação também de conscientizar o empregado sobre as normas de medicina de segurança do trabalho. Ou seja, é importante que o empregador faça treinamento, envie material e faça com que o empregado assine um termo de responsabilidade, fazendo com que aquele empregado se responsabilize e cumpra as normas de segurança do trabalho”, destaca Cabral.

Além dos cuidados individuais com a saúde e da preservação do conforto do empregado trabalhando de sua casa, a advogada alerta que é preciso atentar a outros tipos de acometimentos que podem ser considerados como acidentes de trabalho, como transtornos e crises que atingem a saúde mental do profissional. “Vimos casos de patrão cobrando de forma exacerbada a entrega de resultados, em cima do empregado o tempo todo, ‘cadê você, que eu não estou vendo on-line?’. Esse tipo de postura que, se houver uma configuração de certo assédio moral, que possa prejudicar a saúde mental do empregado, em virtude do trabalho home office, sim, ele pode ser considerado como acidente de trabalho. Porque um acidente de trabalho não é somente aquele acidente que você cai e machuca. É também a doença laboral, a doença em virtude do trabalho pode ser caracterizada em acidente de trabalho por ter havido prejuízo à saúde do empregado”, ela alerta.

Acidente de percurso

A advogada ainda faz uma ressalva sobre a mudança que ocorreu após a reforma trabalhista de 2017, que mudou a compreensão da lei quanto ao acidente de percurso. “O que a gente chama de acidente de percurso e horas ‘in itinere’ é o período que o empregado está à disposição no percurso de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Era o que a legislação chamava de horas ‘in itinere’. Com a reforma trabalhista em 2017, esse percurso do trabalho como tempo de disposição ao empregador deixou de ser configurado dessa forma. Então, não é mais considerado como tempo de disposição ao empregador, nesse intervalo aí, trabalho em casa, para o trabalho”, ela esclarece. No entanto, a advogada ressalta que a lei trabalhista entra em conflito com a Lei Previdenciária nº 8.213/91, que discorre acerca do acidente de trabalho, visto que ela não retirou o acidente de percurso como acidente de trabalho.

“Então, vamos supor que ocorreu um acidente de trabalho no percurso de casa para o trabalho. Em virtude da própria legislação trabalhista, que não reconhece mais esse tempo à disposição, não seria configurado como acidente de trabalho. Mas aí o empregado deu entrada com o pedido de benefício no INSS e lá no dispositivo, e no campo de identificação do tipo de acidente, pela própria lei de 8.213/91, é identificado como acidente de percurso. Então, como se resolve isso? Para fins de responsabilização do empregador, eu diria que não se aplica. Mas para fins da legislação previdenciária, inclusive porque ainda há previsão, eu diria que caberia uma boa discussão em virtude da configuração do acidente de trabalho”, reforça.

Por fim, a advogada reflete sobre a importância de compreender os limites que podem ser aceitos nessa nova forma de trabalho, assim como é fundamental que o trabalhador e o patrão conheçam seus direitos e deveres. “Ambos precisam ter em mente que sem saúde, não há trabalho. Ser empregado doente pode trazer uma repercussão para o resto da vida dele, pela redução da capacidade laborativa, e para o empregador, ter um empregado doente significa que não vai ter produtividade. Então, eu acho que há um interesse em comum entre as duas partes envolvidas na relação do trabalho”, ela finaliza.

A Enext, empresa focada em negócios digitais, anuncia a abertura de 40 vagas de emprego para o setor de tecnologia em regime remoto ou home office. As oportunidades ofertadas são para as áreas de CRM, BI, desenvolvedores back-end, front-end e criação nos níveis Júnior, Pleno e Sênior.

Podem participar do processo seletivo candidatos de todos os Estados e as inscrições são realizadas através do endereço eletrônico da empresa. No site, os interessados podem ter acesso a informações mais detalhadas sobre a seleção e pré-requisitos exigidos por cada vaga.

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A partir desta segunda-feira (7), as Agências do Trabalho das cidades de Bezerros, Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Garanhuns, Belo Jardim, Pesqueira e Arcoverde operarão em home office por causa das medidas restritivas impostas contra a Covid-19, prorrogadas até o dia 11 de junho pelo Governo do Estado.

Todos os agendamentos programados para este período serão retomados, sem prejuízos, assim que o serviço começar a operar presencialmente. Até lá, o atendimento será realizado por meio de telefone e e-mail disponíveis no site da Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação de Pernambuco (Seteq).

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O Secretário da Seteq Alberes Lopes reforça, em nota, a necessidade de redobrar os cuidados para proteger vidas. "Diante do aumento de casos de Covid na região, precisamos redobrar os cuidados para frear a proliferação do vírus. Estamos reforçando os nossos meios de comunicação para melhor atender as pessoas e esperamos que os serviços sejam retomados de forma presencial em breve”, disse.

De acordo com os dados das Secretarias Estaduais de Saúde, cerca de 17% da população brasileira foi vacinada com a primeira dose e 8% receberam a segunda. O número é um reflexo do calendário de vacinação, que até o momento alcançou uma parcela de pessoas que compõem o grupo de risco: idosos a partir dos 60 anos, e profissionais da saúde em geral. Ainda não há previsão de vacina para pessoas fora do grupo de risco, aquelas que se encontram na faixa dos 20 e 30 anos.

O psicólogo Caio Guedes, 24 anos, está entre as pessoas que ainda não receberam a vacina e que percebem que a ansiedade e nervosismo predominam. "Está parecendo uma eterna espera acompanhada de uma preocupação de que, caso não tenhamos a vacina logo, maiores as chances de mutações mais perigosas", diz. Para combater este sentimento, Guedes explica que tenta se cobrar menos quanto ao futuro, pois o mundo está parado e o momento é de cautela.

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O psicólogo Caio Guedes aguarda pela vacina | Foto: Arquivo Pessoal

Entre as possibilidades de se entreter a fim de cuidar da saúde mental, Guedes conta que mantém contato com os amigos, procura fazer terapia e incentiva pessoas fazer o tratamento também. "Felizmente minha profissão me permite trabalhar à distância, então só tenho saído para comprar mantimentos e em situações inevitáveis. Ainda assim, quando saio me sinto numa guerra, como se qualquer passo errado pudesse explodir algo, evitando tocar em tudo e manter boa distância de outras pessoas", relata.

De acordo com o psicólogo comportamental Roberto Debski, dentro de uma realidade onde o ritmo da vacinação é insuficiente e lento, é preciso se adaptar e agir de maneira a manter a saúde física e mental. "É preciso trabalhar para desenvolver e aprimorar a resiliência pessoal, o gerenciamento do estresse e das emoções, e manter a calma e os cuidados necessários para evitar o contágio, cuidando de nós e dos outros", recomenda.

A empreendedora Caroline Martins, 32 anos, tem seguido os protocolos de segurança contra o coronavírus e conta que pratica caminhadas regularmente, além de se manter mais reclusa possível. "Procuro manter minha cabeça ocupada ao máximo e fugir algumas vezes das notícias ruins, que ficam martelando na minha mente", comenta. Ela trabalha em modo remoto, fator que contribui neste momento de pandemia. "Tenho recusado reuniões presenciais, direcionando-as somente para o ambiente online", complementa.

A empreendedora Caroline Martins mantem o isolamento social | Foto: Arquivo Pessoal

Segundo o psicólogo Debski, existem recomendações para aqueles que estão em home office. "Deve-se cuidar para separar o trabalho de outras atividades diárias e seguir um planejamento diário, uma rotina em que exista além do horário de trabalho, com atividades de lazer e físicas, tempo para alimentação, descanso e convívio social", explica. De acordo com Debski, essa flexibilidade permite que se mantenha uma sensação e percepção de que a vida cotidiana não está sendo prejudicada.

Uma rotina saudável ajuda a passar por este período turbulento, uma vez que as atividades e o convívio já impactados não voltarão totalmente ao que eram. "Novas realidades e possibilidades se abriram a partir das necessidades que a pandemia nos trouxe, devemos entender esse fenômeno como uma herança da pandemia, um novo tempo, novos hábitos e rotinas. Resumindo, o mundo corporativo, e também o familiar e relacional não serão mais os mesmos daqui por diante", finaliza.

Calendário de vacinação SP

Nos próximos dias, já estão confirmados os grupos de pessoas que poderão receber a vacina contra a Codiv-19 no estado de São Paulo. Na última segunda-feira (10), começou a imunização de pessoas com Síndrome de Down, pacientes em terapia renal substitutiva e transplantados, de 18 a 59 anos. Nesta terça-feira (11), foi a vez dos metroviários, grávidas acima de 18 anos, e pessoas com deficiência permanente (BPC) de 55 a 59 anos. Já na quarta-feira (12), pessoas com comorbidades de 55 a 59 anos. Na sexta-feira (14), pessoas com BPC ou comorbidade de 50 a 54 anos. E no dia 18 de maio, motoristas e cobradores.

Está previsto para a manhã da próxima quarta-feira (14), um pregão eletrônico - forma de aquisição de bens e serviços do Governo - para comprar 10 conjuntos de cama box e colchão mais 10 colchões de casal para mobiliar os apartamentos funcionais do Senado Federal, localizados em Brasília. No entanto, desde março de 2020, quando foi confirmada a pandemia da Covid-19 no Brasil, os senadores trabalham no regime home office, logo, sequer chegam a cumprir exercício na capital federal. O custo total da operação está previsto em R$ 35.421,30.

Os parlamentares só precisam ir a Brasília em ocasiões específicas, como a eleição para a Presidência do Senado em fevereiro. Além disso, mais de 40% dos senadores são maiores de 60 anos, sendo considerados grupo de risco da Covid.

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Na descrição do pregão no site do Senado, foi descrito que os itens terão “entrega imediata, para uso nas residências oficiais dos(as) senhores(as) senadores(as) e residência oficial da Presidência do Senado Federal”. As informações estão disponíveis a todos, através do Acesso à Informação, na seção de Licitações.

Individualmente, os colchões do tipo “espuma casal” custarão R$ 1.274,45 (total de R$ 12.744,50 pelas 10 unidades) e cada conjunto de cama box com colchão de molas, do tipo queen size, custará R$ 2.267,68 aos cofres públicos (total de R$ 22.676,80 pelas 10 unidades).

Ainda de acordo com o site, apenas 17 dos 81 senadores não possuem imóveis funcionais - portanto, 64 têm direito ao apartamento de graça fornecido pela Casa. A última licitação para uma compra do tipo havia ocorrido em 2018, quando foram adquiridos 30 conjuntos box de cama e colchão “queen size”, 70 conjuntos no tamanho solteiro com cama auxiliar, 30 colchões de espuma e 10 colchões de espuma casal.

O pregão foi desaprovado pelo senador Jorge Kajuru (Cidadania), que em entrevista ao Estado de S. Paulo nesta terça (6), declarou que o gasto é “supérfluo” e que não vê necessidade na compra. “Se já tem um apartamento, não tem por que trocar de colchão. Não dá para entender. É inacreditável como a insensibilidade é prioritária na cabeça de certos políticos. Não tem cabimento”, disse o liberal.

No edital, os itens são descritos com exigências específicas. As camas devem ser no tamanho “queen size” (maior que uma cama de casal comum), com “mola ensacada com tela de alta resistência” para até 150kg, “tecido jacquard bordado com manta de espuma”, “manta de feltro agulhado”, “sistema estabilizador nos cantos e laterais do colchão”. Por fim, precisa ser entregue "em saco plástico".

 

No caso dos colchões de espuma, também 10 unidades, a densidade deve ser D-33 ou acima, é necessário ser fabricado com "tecido antialérgico em algodão ou algodão e viscose" e deve ter passado e contar com "tratamento antiácaro, antifungos e antimofo".

 

Difundido pela pandemia de Covid-19, o trabalho remoto passa longe da realidade da grande maioria dos trabalhadores brasileiros. Sem poder trabalhar de casa, esse grupo também encontra mais dificuldade para se recolocar na retomada da economia. Em sua maioria, são trabalhadores mais jovens e de menor escolaridade. É o caso de garçons, vendedores de lojas, manicures e empregadas domésticas.

Antes da crise, as vagas de trabalho, formais e informais, que necessariamente são presenciais somavam 79,7 milhões de trabalhadores - 86% do total de empregados no fim de 2019. Essa parcela perdeu mais empregos com a crise, na comparação com os 12,9 milhões de trabalhadores em vagas que podiam ser executadas a distância, conforme um estudo em andamento da consultoria IDados, obtido com exclusividade pelo Estadão.

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Com a piora da pandemia neste início de 2021, a tendência é que as oportunidades nas profissões necessariamente presenciais sigam mais raras, o que deverá contribuir para a alta do desemprego e o aumento da pobreza - conforme projeção do pesquisador Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), sem o auxílio emergencial, 62,4 milhões de brasileiros, quase um terço (29,5%) da população, começaram este ano abaixo da linha de pobreza.

Segundo Bruno Ottoni, pesquisador do iDados, no quarto trimestre do ano passado a população ocupada nas profissões propícias ao trabalho remoto era 3,4% menor do que um ano antes, em igual período de 2019. Enquanto isso, a variação da população ocupada em vagas necessariamente presenciais apontava para o fechamento de 8 milhões de vagas ante um ano antes, um tombo de 10% na ocupação desse grupo. É uma retração três vezes maior do que a vista nas profissões propícias ao trabalho remoto - a discrepância aumentou, em relação ao terceiro trimestre.

O estudo do IDados usa as informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE, replicando a classificação de ocupações propícias ao trabalho remoto de um estudo publicado no ano passado nos Estados Unidos.

O perfil do trabalhador remoto é composto majoritariamente por mulheres brancas que completaram o ensino superior, diz Geraldo Góes, especialista em políticas públicas e gestão governamental do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), órgão do Ministério da Economia. Esse tipo de profissional está concentrado no Sudeste e no Distrito Federal.

"Quanto maior a renda per capita do Estado, maior a escolaridade local, maior a proporção de pessoas trabalhando remotamente. Tem muito pouco trabalho remoto no Norte e Nordeste, mas na Faria Lima tem bastante", afirma Góes.

Discrepância

Para Ottoni, do IDados, a discrepância na dinâmica de abertura e fechamento de vagas entre os dois grupos tende a aumentar neste primeiro trimestre, quando a economia deverá encolher frente o quarto trimestre de 2020. Os trabalhadores enfrentarão, ao mesmo tempo, a piora da pandemia e a falta do auxílio emergencial, já que a retomada do pagamento do benefício ficou mesmo para abril.

"Minha expectativa, diante do que tenho analisado dos dados antecedentes, é que, em janeiro e fevereiro, as pessoas voltaram para o mercado de trabalho, voltaram a procurar emprego, porque o auxílio acabou", diz Ottoni.

Os trabalhadores informais devem ter retomado suas atividades, de acordo com Ottoni. Com a abertura de vagas formais nas empresas que estavam funcionando mais ou menos normalmente em janeiro e fevereiro - antes do aperto nas restrições ao contato social -, a ocupação deve ter crescido. Por outro lado, sem o auxílio, os informais podem ter voltado a trabalhar por qualquer remuneração. O rendimento do trabalho pode ter despencado.

Nova remuneração

O representante comercial Fabio Chrisostomo, de 25 anos, trabalhou com carteira assinada para uma cervejaria artesanal até abril de 2020. Perdeu o emprego quando a empresa foi afetada pela suspensão dos eventos presenciais e pelo fechamento de bares e restaurantes. Nos meses que se seguiram, conseguiu um trabalho na manutenção de sistemas de chope, e agora está de volta à cervejaria, mas remunerado por comissão.

"O volume de vendas ainda não é suficiente para manter todos os custos de um funcionário com carteira assinada. Bares e restaurantes estão comprando só o essencial. A projeção para o futuro, com a vacinação, é muito boa. A pandemia é que está travando tudo", conta Chrisostomo.

O economista Cosmo Donato, da LCA Consultores, lembra que a retração da economia não será como em 2020, no início da pandemia, porque o choque "não é inesperado". Ao mesmo tempo, o trabalhador informal "está tão vulnerável quanto antes". Nesse quadro, a economia segue em retomada na comparação com 2020, mas com desemprego maior e aumento da pobreza.

"O cenário da segunda onda da pandemia é uma recuperação mais desigual", afirma Donato. Por isso, para o economista, "é importante, sim, pensar em medidas" para mitigar a crise, como a reedição do auxílio emergencial.

Domésticas estão no grupo dos mais atingidos

Há um ano, com a chegada da pandemia, o País parou. As famílias de renda média e alta, que puderam ficaram em casa, usar o comércio eletrônico e as entregas em domicílio dos restaurantes, também mudaram suas combinações com as empregadas domésticas. Destaque nas ocupações que não podem ser exercidas remotamente, as domésticas estão entre os trabalhadores mais atingidos pela crise. Ano passado, 1,2 milhão de pessoas perderam o emprego nessa atividade, 16% do total de vagas fechadas, entre formais e informais, segundo o IBGE.

A adaptação à pandemia passou por vários arranjos. Houve famílias que seguiram pagando salários normalmente, mesmo sem os serviços prestados. Nas relações formais, com carteira assinada, foi possível dar férias, suspender contratos e reduzir jornadas. Nas relações sem carteira, incluindo diaristas e as domésticas mensalistas em situação ilegal, foi mais difícil ficar apenas na redução do salário. Em todos os casos, não faltaram demissões.

A piora da pandemia agrava o quadro. O Sindoméstica, sindicato das domésticas do Rio, percebeu aumento das demissões formais neste início de ano. Foi o que aconteceu com Eliana Maria de Moura, de 36 anos, demitida em meados do mês passado, após quase um ano de isolamento, passando a maior parte do tempo em casa. No fim do ano, passou pelo trauma de perder a mãe, vítima da covid-19.

"Graças a Deus meus patrões seguraram por quase um ano. Sou muito grata a eles", diz Eliana, que recebeu o salário integral de R$ 1,4 mil o tempo todo, mesmo reduzindo a jornada. Durante a pandemia, ela ia trabalhar uma vez por semana, ou a cada quinzena. Na demissão, os patrões alegaram que não estavam conseguindo manter o pagamento, conta Eliana.

Segundo Luana Pinheiro, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a piora da pandemia e o aperto na renda das famílias que contratam os serviços dificultam a retomada das vagas perdidas. Isso num quadro de rendimentos em queda, pois "as domésticas que trabalhavam em faxina cinco ou seis dias na semana passaram a ter um ou dois dias".

A economista Hildete Pereira de Melo, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), lembra que a crise poderá "empurrar" mais mulheres para o trabalho doméstico. Muitas vezes, o serviço serve como "bico" ou última opção quando elas perdem o emprego em outras atividades.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diante da escalada da pandemia de Covid-19, o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), 'fechou as portas' da Corte pelas próximas duas semanas.

Nesse período, a orientação é para o tribunal funcionar de modo completamente remoto. Embora os julgamentos já venham sendo realizados por videoconferência, o próprio Fux e os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes, presidentes da Primeira e Segunda Turmas, vinham comparecendo ao plenário para presidir as sessões colegiadas.

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"Neste momento de piora da situação sanitária, a Presidência pede que haja um esforço mais amplo de redução, inclusive nas áreas prioritárias que estavam em trabalho presencial mediante cuidados", diz um trecho do comunicado interno.

A medida foi tomada a partir de uma recomendação da Secretaria de Serviços Integrados de Saúde do tribunal, comandada pelo epidemiologista Wanderson Oliveira, que foi auxiliar do ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta.

"A Presidência recomenda ainda que os servidores e colaboradores da Corte e dos gabinetes dos ministros também mantenham - com exceção dos serviços essenciais - o trabalho remoto. Aqueles que não precisam ir presencialmente à Corte, devem ficar em casa", pediu a direção da Corte.

Desde março do ano passado, o Supremo reduziu o acesso ao plenário, autorizou os servidores a trabalharem de casa e passou a fazer os julgamentos por vídeo. De acordo com o comunicado do tribunal, a presença tem sido mantida em patamar inferior a 10%.

O Dia do Repórter celebra nesta terça-feira (16) o profissional responsável por apurar e transmitir informações de diversos segmentos ao público. O repórter é uma das qualificações do jornalismo, e durante a pandemia de coronavírus (Covid-19) essa "testemunha da história" precisou adaptar o ofício às regras de distanciamento social.

Repórter da Record TV em São Paulo, Douglas Dias, 37 anos, continuou com o trabalho em campo, mas precisou se adequar às medidas sanitárias, com o uso de máscara e distanciamento dos entrevistados. "Adotamos as entrevistas online, e elas garantiram que continuássemos conversando com as pessoas", comenta.

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Douglas Dias, repórter da Record TV | Foto: Arquivo Pessoal

Além dos profissionais, os telespectadores também precisaram se acostumar com as adaptações, entre elas, entrevistas feitas por Skype, com imagens inferiores aos padrões televisivos. Muitas dessas mudanças impactam o jornalismo no presente, e também no futuro. "Acredito que quebramos a barreira do entrevistado presencial e conseguimos incluir em nossas reportagens pessoas que estão distantes, ou aqueles que estão perto e não podem nos atender naquele momento", relata Dias.

Embora a prática de realizar reportagens a distância tenham sido potencializadas pela crise sanitária, o trabalho remoto dentro do jornalismo já ocorria antes da pandemia. O repórter e coordenador da rádio Na Boca Da Galera, Vanderlei Abreu, 54 anos, de São Paulo, explica que já estava habituado com home office e com o uso das tecnologias.

Vanderlei Abreu, da rádio Na Boca da Galera | Foto: Arquivo Pessoal

Abreu acredita que a possibilidade de fazer entrevistas via web é um recurso que será mantido na profissão pós-pandemia. "Graças aos recursos tecnológicos, consegui contactar o primeiro brasileiro que foi vacinado nos Estados Unidos, que era um médico brasileiro. E isso veio para ficar, como o próprio WhatsApp para que as entrevistas possam ser feitas, e outros programas que possibilitam gravar áudio e vídeo, como Skype e Zoom", aponta.

Semelhante ao que ocorre no rádio, a reportagem nos portais online também conseguiram se adaptar ao sistema home office. O repórter e editor do Mundo das Franquias, Rafael Gmeiner, 39 anos, de Mogi das Cruzes (SP), já realizava parte do ofício de maneira remota, mas, antes da pandemia, algumas entrevistas eram feitas de maneira presencial. "Agora tento fazer isso de forma virtual. É positivo, pois ganhei mais comodidade", afirma. Ele acredita que o home office já tinha ganhado força antes da pandemia. "Os veículos que puderem tentarão usar os recursos tecnológicos com mais intensidade para terem eficiência e redução de custos", prevê.

Rafael Gmeiner, repórter do Mundo das Franquias | Foto: Arquivo Pessoal

Apesar da comodidade, alguns profissionais acreditam que, por não estarem na redação, a dinâmica do dia a dia é prejudicada, como aponta o repórter do jornal impresso Zero Hora, Júlio Boll, 29 anos, de Porto Alegre (RS). "O fato de você estar trancado em casa deixa o trabalho mais corrido, pois creio que as chefias não possuem a noção de tempo para se produzir uma matéria", destaca Boll, que durante a pandemia, saiu para as ruas três vezes.

Na concepção de Boll, as mudanças causadas pela pandemia contribuíram para que os jornais entendessem o modelo de trabalho remoto. "O Zero Hora tinha muita resistência em adotar o home office, e, agora, a empresa entendeu que o produto sai com a mesma qualidade. Acredito que a empresa continuará com essa forma de trabalhar", comenta Boll. Ele destaca que, por estar no conforto de casa, as entrevistas se tornam mais intimistas e com o tom mais tranquilo.

A AKQA, agência de comunicação digital e design, está com inscrições abertas para vagas de emprego destinadas a profissionais fora do eixo Rio/São Paulo. Para participar da seleção, os interessados devem se candidatar até este domingo (17) por meio de um formulário eletrônico.

A oportunidade visa selecionar, ao longo do ano, profissionais que moram fora dos grandes centros urbanos do País para integrarem durante seis meses, de forma home office, os times de estratégia, criação e atendimento/ projetos do estúdio. Conforme a agência, os interessados em serem contratados precisam ter alguma experiência em comunicação, mesmo que em fase inicial, ser proativo, comunicativo, interessado, ligado em cultura e redes sociais, estar alinhada a cultura corporativa mais informal e morar preferencialmente nas regiões Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sul.

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O processo seletivo será composto por análise curricular. Ao serem contratados, os profissionais serão acompanhados por um mentor da empresa, trabalharão 40 horas semanais e ganharão remunerações no valor de R$ 2 mil, mais o auxílio-internet de R$ 200. O número de vagas não foi divulgado pela AKQA. Veja mais detalhes no site da seleção.

Devido à pandemia do novo coronavírus, as empresas tiveram que se reinventar e proporcionar aos colaboradores modelos de trabalho pouco antes explorados como home office ou o estilo híbrido (presencial e a distância). Agora, em 2021, a continuidade desses modelos tem sido pauta na maioria das organizações brasileiras.

Segundo o levantamento realizado pela empresa especializada em vale-alimentação e vale-refeição, VR Benefícios, 79% das organizações entrevistadas declararam ter adotado novas medidas de gestão de pessoas por conta da pandemia. Entre essas iniciativas implementadas, o trabalho remoto aparece em 48% das companhias.

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O diretor executivo de Marketing e Serviços ao Trabalhador da VR Benefícios, Paulo Grigorovski, explica que os profissionais estão mais satisfeitos com o home office devido à segurança e à praticidade. "Notamos que o trabalho remoto aumentou a satisfação das pessoas inicialmente por permitir mais segurança para elas e suas famílias. Posteriormente, o engajamento e a satisfação aumentaram ainda mais com a percepção do tempo ganho na eliminação do deslocamento entre casa e trabalho", explica.

Aricleyton Freitas, coordenador de marketing da imobiliária Eduardo Feitosa, revelou que com a chegada da pandemia, ele teve que se adaptar ao trabalho em casa. Após alguns meses, voltou a trabalhar presencialmente na empresa e sentiu que precisava se readaptar novamente. Hoje, ele afirma que comparando o trabalho remoto e o presencial, o híbrido seria o mais adequado.

"Em um contexto geral, eu gostei do home office. Trabalhar em um estilo híbrido talvez. Agora trabalhar 100% home office não, não queria trabalhar nessa modalidade. Eu gosto do contato das pessoas e gosto de encontrar pessoas novas", diz o profissional.

A estagiária de marketing em uma imobiliária, Danielle Rodovalho, confirma que se sentiu mais segura trabalhando em casa, mas devido à falta de um local silencioso, foi um desafio se concentrar no serviço. Ela diz: "Para ter um desempenho mais eficiente, sem dúvidas é melhor trabalhar no escritório, principalmente no meu caso que moro com tantas pessoas em um local pequeno. Porém, agora que os casos de Covid-19 voltaram a aumentar de forma considerável, se tivesse a opção, gostaria de estar mais em home office, e quando surgisse uma pauta mais urgente, trabalhar do escritório".

Como serão as relações e os modelos de trabalho em 2021?

Para Cleyciane Paz, analista de RH do Grupo Ser Educacional, 2021 será um ano de adaptação às novas tendências e estilos de trabalho que surgiram por causa da pandemia. “Percebe-se que a transformação digital se fez presente e que tem expectativa alta de permanecer em evidência. Por isso, a partir de agora, é importantíssimo que os profissionais desenvolvam flexibilidade e busquem alinhar as suas demandas à tecnologia”, aconselha.

Ela acredita que o “novo normal” para os modelos de trabalho se caracterizará fortemente pelo estilo híbrido. “Dependendo do negócio da empresa, algumas demandas devem ser realizadas no ambiente corporativo, daí surge a tendência do formato híbrido, em que as pessoas terão as suas atividades realizadas da sua própria casa e de forma esporádica comparecerão ao ambiente corporativo para realizar atividades mais específicas", projeta.

O psicólogo organizacional e headhunter, Cleyson Monteiro, aponta que a relação dos profissionais com o trabalho home office ainda é um desafio. “As pessoas, na verdade, ainda não estão preparadas para trabalhar em home office, haja vista a dificuldade de um profissional trabalhar em casa, já que ele não tem uma internet qualificada ou uma estrutura a seu favor, e isso tem gerado um sofrimento psíquico e, principalmente, uma angústia e ansiedade que temos observado até nas clínicas psicológicas”, explica. No entanto, o headhunter afirma que nas organizações, o modelo de trabalho home office tende a se fortalecer ainda mais com o tempo.

“Mesmo sabendo que o pós-pandemia implicará em um restabelecimento das atividades presenciais, muitas atividades serão impactadas com esse novo conceito de trabalho. Eu diria que o modelo mais adequado seria o trabalho híbrido, onde as pessoas vão conciliar o trabalho em home office, mas também o trabalho presencial”, reforça.

Na visão de Edja Vasconcelos, psicóloga e gerente de Recursos Humanos (RH) da empresa GRI Brasil, o ano de 2020 fez muitos profissionais e donos de empresas refletirem sobre as formas e relações de trabalho. Para ela, “éramos muito resistentes em relação ao home office, mas a pandemia nos ensinou a tirar o melhor desse modelo de trabalho”.

A especialista afirma que em 2021 os modelos de trabalho irão variar, a depender da empresa. “As empresas mais tradicionais sempre vão optar pelo presencial porque vão preferir ver o funcionário produzindo independente do cargo; já as empresas mais modernas vão optar pelo home office, embora acredito que a maioria das organizações terão o estilo híbrido como melhor opção. Com isso, acredito sim que o home office vai ser fortalecido em 2021, que essa forma mais flexível e mais híbrida vai ser a mais utilizada no próximo ano e daqui para frente”, finaliza.

Após uma migração em massa de servidores para o trabalho remoto por causa da pandemia de covid-19, 13 órgãos do Executivo federal, que reúnem quase 54 mil funcionários ativos, já iniciaram a adesão ao modelo de forma permanente. O número ainda pode crescer porque 56 órgãos estão preparando suas regras ou demonstraram algum tipo de interesse em adotar o formato.

Dos 600 mil servidores em atividade no Executivo, cerca de 200 mil estão em posições que, em princípio, se encaixariam no modelo de trabalho remoto, estima o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Caio Paes de Andrade. Não significa que todos eles migrarão para o home office. Antes disso, dois passos são essenciais: o órgão aderir, apontando quais atividades podem ser exercidas a distância, e o servidor manifestar desejo pela mudança.

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"Vamos manter o trabalho remoto agora não como obrigação, mas como uma conquista", afirma Paes de Andrade.

Segundo o secretário, a pandemia acelerou o plano de melhoria da administração com a adoção do trabalho remoto, tido como vantajoso para o governo e para os servidores que se adaptam ao modelo.

Em 2020, o governo economizou R$ 1,488 bilhão ao deixar de gastar com diárias, passagens, conta de luz e água e cópias e reprodução de documentos, além de despesas com auxílio-transporte e horas extras, entre outros benefícios a servidores.

Entre março e setembro, mais de 50% dos funcionários do Executivo trabalharam de casa, diante das recomendações de distanciamento social para conter o avanço da doença.

O governo deixou de fazer o acompanhamento semanal dessa estatística, mas o diagnóstico é o de que o porcentual diminuiu no fim de 2020. A tendência, porém, é que uma fatia significativa do contingente de servidores fique no trabalho remoto de forma permanente.

Os órgãos que já aderiram são os ministérios da Economia, da Cidadania, do Desenvolvimento Regional, de Minas e Energia, a Secretaria-Geral da Presidência e mais oito agências reguladoras: Anatel (telecomunicações), Antaq (transportes aquaviários), ANTT (transportes terrestres), ANM (mineração), ANA (águas), Ancine (cinema), ANP (petróleo e gás) e Cade (concorrência).

Metas de produção

O secretário de Gestão do Ministério da Economia, Cristiano Heckert, explica que os servidores em trabalho remoto e seus gestores imediatos terão acesso a duas soluções: o ponto eletrônico ou o Programa de Gestão de Demanda.

O PGD vem com uma solução tecnológica para permitir a definição de metas e o acompanhamento de sua execução. Segundo ele, o gestor poderá, por exemplo, solicitar a emissão de um parecer técnico e estipular o número necessário de horas para concluir a tarefa. O resultado também será avaliado pelo gestor. A ideia é que informações sobre o cumprimento dessas metas fiquem disponíveis à sociedade.

No início do mês, uma pesquisa realizada pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) em parceria com o Ministério da Economia e com a Universidade de Duke (EUA) apontou que mulheres e pessoas com filhos menores de cinco anos são os que mais relatam perda de tempo produtivo no trabalho remoto. Segundo Heckert, o ambiente do trabalho remoto permanente será diferente.

"Este ano foi de mar revolto, todo mundo foi a fórceps trabalhar em casa. Vamos caminhar para um modelo mais organizado, com um ambiente diferente", diz Heckert.

O professor titular de estratégia e inovação da Fundação Dom Cabral Fabian Salum afirma que pesquisas no Brasil e na Argentina já demonstraram os ganhos financeiros da migração de alguns servidores públicos para o trabalho remoto. "Tem de haver um certo equilíbrio entre a adoção na íntegra e a adoção de maneira híbrida de práticas e de seleção de profissionais, áreas e atividades para não enfraquecer instituições, seu compromisso de entrega e sua efetiva contribuição para a sociedade."

Salum também chama a atenção para a necessidade de preservar a segurança da informação, dado que as redes de conexão domésticas são mais vulneráveis a invasões e ataques cibernéticos, e servidores lidam muitas vezes com informações sensíveis.

O presidente do Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, diz que o teletrabalho deu bons resultados em termos de economia para o governo e incremento de produtividade e deverá ser mantido, ainda que conjugado com atividades presenciais. "O que teremos de acompanhar é em que medida essa nova sistemática vai impactar em questões trabalhistas, psicológicas e sociais. Sabemos, por exemplo, que no pós-pandemia devem aumentar os casos de distúrbios psíquicos, mas não temos notícias de que a administração pública esteja minimamente preparada para enfrentar essa situação." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Até março, a consultora de sistemas Iana de Oliveira Leite, de 33 anos, viajava frequentemente a trabalho e passava um período na empresa para o qual prestava consultoria. Desde março, porém, precisou adotar de vez o home office devido ao isolamento social adotado para conter o novo coronavírus.

“Tivemos que nos adaptar do trabalho presencial para o remoto e aprender a usar as ferramentas de conference call para adaptar a comunicação em tempo real, trabalhar com agenda e adaptar os móveis e equipamentos da casa para bom desempenho das atividades”. 

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Para Iana, o home office (teletrabalho) poderia continuar. “Após alguns meses trabalhando remoto me sinto adaptada a esse modo. Para minha atividade é possível continuar desta forma”.

Com a adoção do chamado novo normal, ou seja, novos hábitos de segurança sanitária e distanciamento social, muitos trabalhadores que estavam em casa tiveram que voltar, mesmo que em esquema de revezamento, para seus locais de trabalho. 

“Com a queda dos casos voltamos a trabalhar presencialmente, tive que tomar os cuidados de usar máscaras e distanciamento, com cuidados que não tínhamos antes como uso de álcool gel e aferição da temperatura. Porém, os casos começaram a subir novamente e voltamos para o trabalho remoto”, disse a consultora de uma companhia em Manaus (AM).

Com boa parte das empresas adotando o home office (teletrabalho) de forma integral ou híbrida (dias em casa e dias na empresa), é preciso seguir medidas para que empregadores e trabalhadores sejam beneficiados. 

“O trabalhador deve ter uma boa gestão de tempo e compromisso na entrega dos resultados. Afinal, ele não terá seu tempo fiscalizado à semelhança de estar presencialmente na empresa. Este tipo de fiscalização, para ver se a pessoa está na sala, não condiz com as empresas do século XXI, tampouco com a geração millennials em diante, que tem como relevância o engajamento com propósito no trabalho”, destaca a advogada Eliana Saad Castello Branco”, especialista em direito coletivo do trabalho.

Para a advogada, a liderança deve se adaptar para engajar e distribuir tarefas  de forma disruptiva. “Delegar e supervisionar o trabalho com o uso de ferramentas digitais e ter um viés comportamental para conhecer o teletrabalhador. A empresa deve mudar a cultura organizacional para sobreviver e ser ágil nas suas deliberações e inovações”, afirmou.

Segundo Eliane, o teletrabalhador deve ter respeitado os horários de descanso e lazer, muito embora esteja conectado com a empresa. O gestor deve ter preparo para saber que sua equipe não está disponível a qualquer tempo, sob pena de vir a empresa responder por danos à saúde do trabalhador, em especial as doenças mentais, como síndrome de Burnout, depressão e dano existencial.

O teletrabalho requer uma responsabilidade extra do empregado, alerta Eliana. “Outro ponto importante será que empresa e o empregado devem ter uma  lealdade e confidencialidade, porque as informações estão na “nuvem” (digitalizadas) e o acesso deve ser limitado entre ele e empresa”.

Direito à privacidade

De acordo com a advogada, para o home office se dar de forma segura é preciso que haja a devida adequação à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, que começou a vigorar em setembro deste ano.

“A lei disciplina a proteção de dados pessoais e a salvaguarda dos direitos fundamentais de liberdade e de privacidade, de modo que as empresas não poderão ter dispositivos para rastrear o indivíduo inclusive nos momentos em que estejam no seu lazer e privacidade. As reuniões devem ser compatíveis com horários de intimidade e horários dedicados à família, portanto, o diálogo, treinamento e orientações são salutares para todos.”

Isolamento

No início do isolamento social, a analista de Desenvolvimento de Produto Mayara Ruda Silveira se sentia vigiada no home office. “No começo foi difícil, eu tinha a sensação de estar sendo vigiada e que tinha que mostrar serviço. Mas, depois me acostumei e tentei aproveitar esse período que gastaria com o transporte com outras atividades, o que é menos desgastante”, disse. Agora, ela segue trabalhando alguns dias em casa e outro na empresa. 

“Meu setor na empresa tem utilizado o modelo híbrido. Antes eu ia uma vez e agora passarei a ir duas vezes por semana para a empresa e o dias restantes, em casa. Acho que o modelo funciona. Mas tem coisas que são mais fáceis de resolver pessoalmente e é bom ter algum contato com outras pessoas e não ficar tão isolada. Podemos resolver por e-mail ou através do computador, não tem a necessidade de estar presencialmente todos os dias, pelo menos no meu caso, que é um trabalho mais administrativo. Se fosse um serviço mais operacional, entendo que não seria possível”. 

Tendência acelerada pela pandemia

Na opinião da advogada Eliana Saad Castello Branco, a transformação digital nas relações de trabalho veio para mudar paradigmas. “O que funcionou nos últimos 50 anos, não irá funcionar pelos próximos dez anos. Com este novo panorama socioeconômico, não são apenas produtos e serviços que se modificam, inclusive indústrias inteiras estão sendo desafiadas por novos modelos de negócios”, alertou a especialista. 

Segundo estudo da Cushmam&Wakefield Consultoria Imobiliária,  40,2% das empresas que não adotavam o home office antes da pandemia e que o fizeram para cumprir a determinação de isolamento social, vão adotá-lo de forma definitiva quando esse período passar. O mesmo estudo apontou que 45% das empresas entrevistadas reduzirão o espaço físico pós-crise e 30% delas o farão pelo sucesso do teletrabalho empregado. Os 15% restantes se darão devido aos efeitos econômicos da pandemia.

Mesmo empresas que já tinham a tecnologia em seu modelo de negócio pretendem avançar mais ainda para novas relações de trabalho. É o caso da empresa de Gestão de Laticínios Lacteus, do interior de Minas Gerais. O CEO da empresa, Leonardo Inácio, afirma que no princípio o home office causou estranheza pela falta de contato físico com os colegas do trabalho. “Mas, em termos práticos, pela nossa atividade tecnológica, o impacto foi zero. Usamos ferramentas que já estávamos acostumados, com reuniões e atendimentos remotos, já que essa é a nossa realidade, atendemos clientes do país inteiro.”

Ele ressaltou que o trabalho em casa foi positivo. “O isolamento causou até um aumento de performance, como diminui esse momento de estar com o colega [presencialmente], a pessoa concentrou mais e produziu mais. Nessa quarentena tivemos uma produção e desenvolvimento de projetos muito acima da média”, disse.

A experiência acelerou a ideia do empresário de ter mais colaboradores de forma remota. “Vamos continuar com o modo híbrido, uma parte da equipe,  que tem algumas restrições médicas e por conta de seus familiares, vão continuar trabalhando de casa e outra parte da equipe está dentro da empresa tomando todos os cuidados.”

Encontros fundamentais

A especialista em neurociência aplicada à arquitetura da qualidade corporativa, Priscilla Bencke, afirma que as empresas devem seguir este modelo híbrido, mas os encontros presenciais ainda são fundamentais. “Nesse modelo híbrido, os profissionais que podem desempenhar suas funções em casa eventualmente vão ao escritório para outras atividades como os encontros. É extremamente importante que existam esses encontros físicos em alguns momentos, já que o ser humano é um ser social, a gente precisa estar em contato com outras pessoas”, ressaltou. 

Na opinião da arquiteta, uma das consequências negativas com esse isolamento é justamente essa falta das conversas entre as pessoas. “Mesmo através de reuniões online, as conversas informais a gente tem dificuldade de ter, então é importante para o próprio desenvolvimento do ser humano essa socialização”, acrescentou.

A analista de desenvolvimento de produto Mayara Ruda Silveira citou a falta de interação como uma das desvantagens do home office. “Para mim, as desvantagens são não ter contato com outras pessoas, não conversar, não trocar experiências, às vezes trabalhar mais no home office do que na empresa e ficar com receio de sair na rua”. 

Vantagens x desvantagens 

Se a desvantagem é a falta de interação, as vantagens levam as profissionais entrevistadas pela Agência Brasil a optar pelo home office. “Se houver necessidade de ir até o local de trabalho eventualmente não vejo problemas, mas se realmente não há necessidade o remoto é melhor”, diz a consultora Iana de Oliveira Leite. “Para nós que moramos em São Paulo, o tempo de deslocamento normalmente é longo. No home office a vantagem é não ter isso e a desvantagem é não ter o contato mais próximo com os amigos do trabalho.”.

Outro ponto apontado  é a produtividade. “Foi um momento de adaptação, muitas incertezas e pessoas que ficaram doentes, esses fatores prejudicam as atividades. Sem  esses fatores, sim, o trabalho digital produz mais resultados. Consigo otimizar mais o meu tempo, ser mais produtiva e trabalhar sem o stress e gastos com deslocamento. E com os amigos do trabalho fazemos happy hour virtual”.

Bem-estar

Trabalhar de casa exige um local ergonomicamente adequado segundo a arquiteta Priscilla Bencke. “Muitas pessoas, do dia para a noite, tiveram que trabalhar em casa, então a improvisação esteve muito presente. É muito importante que esses espaços de trabalho sejam adequados para que a pessoa possa estar bem e produzir de forma saudável.”.

É necessário escolher bem o local de trabalho. “O ideal é que esse ambiente seja exclusivo para a atividade. Quando isso não é possível, o bom é escolher locaisem onde tenha possibilidade de evitar as demais distrações domésticas.”

Para a especialista é essencial que a superfície de trabalho tenha iluminação apropriada. “A luz natural é importante, então o acesso a uma janela é o ideal para manter o nosso relógio biológico, assim como a renovação do ar e uma climatização adequada.”

A escolha da cadeira e mesa é outro ponto imprescindível. “Na estação de trabalho em casa é preciso levar em consideração como é a cadeira e a mesa, existem cadeiras ergonômicas que é justamente para termos uma postura adequada”, orientou a especialista.

Adaptação

Segundo a advogada Eliana Saad, o empregador deve ser o responsável por esta adaptação do escritório em casa. “O empresário fica responsável pelo ambiente do trabalho, inclusive no trabalho remoto. Os equipamentos e a ergonomia são importantes para prevenir doenças ocupacionais que possam ser adquiridas, por exemplo Ler/Dort, com adequação das normas regulamentadoras”.

De volta à firma

Enquanto não há vacina, as firmas vão seguindo com o modelo híbrido e bater ponto diariamente ainda deve demorar para voltar a ser rotina dos trabalhadores nos escritórios. No entanto, os hábitos de higiene, segurança e relações devem ser adaptadas ao “novo normal”, como é chamado o mundo pós-pandemia. Na opinião da arquiteta Priscilla Bencke, a preocupação com a saúde e a segurança das pessoas vai continuar.

“Essa é uma preocupação que sempre deveria ter existido, mas com a experiência da covid-19 passamos a dar mais valor para isso. Novos escritórios adotam o sistema híbrido, então é provável que as mesas sejam mesas rotativas, para intercalar estações de trabalho com os colegas.”

A especialista destacou ainda a preocupação com a higiene. “Isso influencia no tipo de material que a gente está incluindo nesses espaços. sofás, tampos de mesa e outros elementos do escritório devem ser pensados em tecidos e materiais que tenham uma limpeza fácil.”

Para a advogada  especialista em direito coletivo do trabalho Eliana Saad, além das adequações físicas e digitais, os líderes devem ficar atentos aos novos modelos de relação de trabalho. “O século XXI traz nova dinâmica social entre empresa e trabalhador; cabe aos líderes se atentarem ao cenário digital para que possam inovar e ter alta performance para equipe e desenvolver a liderança disruptiva.”

A empresa de testes e engenharia de softwares Verotthi Consultores está com oportunidades de trabalho abertas para profissionais de TI nos cargos de Developer C# e Business Technical Analyst (BTA). São 11 vagas para trabalhar em home office, atuando em um projeto desenvolvido em conjunto com outros países para uma multinacional. 

Os candidatos devem enviar currículo para o e-mail  talentos@verotthi.com.br.No cargo de Developer C#, os requisitos são ter mais de quatro anos de experiência na área e habilidades no desenvolvimento e resolução de problemas em C# com tecnologias XML e XLS, experiência em sistema de controle de origem, de preferência GIT ou Bitbucket, e familiarização com AWS, NoSQL e MSMQ. 

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Já no cargo de Business Technical Analyst (BTA) os profissionais atuarão na execução de análises de sistema em programas de software, aplicativos e serviços de internet. Os requisitos, segundo a empresa, são “experiência em análise técnica de negócios na indústria digital, capacidade de resolução de problemas e atenção aos detalhes”. Os salários não foram divulgados. Para mais informações, acesse www.verotthi.com.br.

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--> Recife recebe seleção de empregos na quinta (17)

Mulheres e pessoas com filhos menores que cinco anos são as que mais relatam perda de tempo produtivo no trabalho remoto, segundo pesquisa com servidores federais pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) em parceria com o Ministério da Economia e com a Universidade de Duke (EUA).

Os dados são mais um retrato do desafio de mulheres e pais de crianças menores em conciliar as atividades, num momento em que o teletrabalho se tornou peça-chave para muitas empresas e o próprio serviço público para seguir funcionando na pandemia da covid-19.

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A pesquisa ouviu 16.765 mulheres, 15.586 homens e 33 servidores que não se identificaram com nenhum dos dois gêneros (como é o caso de transgêneros, por exemplo). De acordo com os dados, as mulheres relataram que cerca de 26 minutos são improdutivos a cada hora trabalhada, mais que o dobro dos homens (12 minutos a cada hora trabalhada).

Não é de hoje que as pesquisas mostram uma sobrecarga maior de afazeres domésticos sobre mulheres. Embora o número de homens que dedicam parte de seu tempo a essas tarefas esteja aumentando ano a ano, a disparidade ainda existe. Em 2019, eles gastaram em média 11 horas por semana com esses afazeres, incluindo o cuidado com crianças e idosos, enquanto as mulheres gastaram uma média de 21,4 horas semanais, segundo o IBGE. A diferença existe mesmo quando ambos estão empregados - ou seja, a maior parte da dupla jornada fica com a mulher.

A perda de produtividade no serviço público também foi maior entre funcionários com filhos até 5 anos. O trabalho produtivo sofreu um impacto de 42 minutos improdutivos a cada hora trabalhada, contra uma redução de 16 minutos entre os que não têm filhos dessa idade. Nas demais faixas etárias, a diferença foi menor.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Oi anunciou nesta quarta-feira, 2, a prorrogação do home office de 80% de sua força de trabalho até, pelo menos, 31 de março de 2021. Com um programa de trabalho remoto "maduro antes mesmo de 2020", a empresa diz que vem conseguindo manter nos últimos oito meses a produtividade de seus colaboradores assim como as iniciativas de cuidado, segurança e atenção com o time.

A tele informa que em setembro, pesquisa realizada com cerca de 10 mil funcionários mostrou que 93% deles perceberam ganho ou manutenção da qualidade de vida com o home office. "A decisão da companhia está alinhada às suas diretrizes de saúde e segurança e diante do cenário de incertezas da pandemia", diz em nota.

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A Oi reforça que com a aproximação da data poderá reavaliar a volta gradual ao trabalho presencial.

A empresa Porto Seguro está recebendo inscrições para seleção de candidatos na área de Tecnologia da Informação (TI) para a Região Metropolitana do Recife (RMR). São dez vagas para trabalho em regime home office para atuar como analista de sistema júnior, pleno e sênior. 

Os interessados devem realizar as inscrições por meio da página de carreiras da Porto Seguro ou no perfil do LinkedIn da empresa. Nas páginas também é possível encontrar oportunidades de trabalho em outras regiões e em áreas como gerente comercial, consultor de vendas, entre outros. 

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A empresa não informou o valor do salário oferecido, mas diz que a  remuneração é compatível com o mercado. Os profissionais contratados receberão benefícios como vale refeição, vale alimentação, vale transporte, assistência médica, assistência odontológica (opcional), participação nos lucros e resultados, previdência privada, auxílio creche/babá, seguro de vida e bolsas de estudos.

Os perfis a serem contemplados são de profissionais com graduação completa, experiência em desenvolvimento, plataformas digitais, metodologias ágeis, aplicativos móveis e inovação tecnológica. 

“Valorizamos profissionais que gostam de desafios, que são versáteis, curiosos, com atitude colaborativa e que tenham paixão por criar soluções para os nossos clientes”, diz Marcos Sirelli, diretor de TI da Porto Seguro, segundo informações da assessoria de imprensa. “É importante que estejam dispostos a atuarem no planejamento e na condução de temas, nos projetos novos e na sustentação e melhoria contínua, zelem pela boa comunicação e relacionamento, possuam visão analítica e habilidades de negociação”, acrescenta, também de acordo com a assessoria. 

Ainda de acordo com Sirelli, muitas mudanças ocorreram na área nos últimos anos. “Foi criado um Centro de Agilidade da TI para preparar e escalar as práticas ágeis da área, houve a implementação de um processo inovador para que novos colaboradores tenham uma experiência acolhedora e estejam aptos para iniciar as atividades logo no primeiro dia, além da criação do Centro Integrado de Operações (CIOps) que tem a finalidade de trabalhar com prevenção e predição na gestão de incidentes por meio de práticas e mentalidade ágil”, explica. “Também foram definidos novos papéis e responsabilidades para maior alinhamento e fluidez aos novos modelos trabalho, como Scrum Masters. Além disso, foram realizados eventos para engajar os times de TI e negócio, como a ‘Batalha de Dados’, no qual os times tinham o desafio de resolver um caso real de uma das áreas de negócios, utilizando conceitos de inteligência analítica. Muito já foi feito, mas a jornada continua”, completa, com informações da assessoria.

Os profissionais da área de Tecnologia que buscam recolocação ou novos desafios na carreira tiveram uma boa notícia na última terça-feira (27). O Itaú Unibanco abriu processo seletivo online para contratar mais de duas mil pessoas até o início de 2021. De acordo com a instituição financeira, além de preencher o quadro de funcionários com colaboradores que tenham experiência no segmento, as vagas estão disponíveis para quem ainda não teve a oportunidade de mostrar o talento nas empresas e estabilizar-se na profissão.

Com a decisão de manter todos os funcionários do setor de Tecnologia da empresa em esquema de trabalho home office até o início de fevereiro de 2021, os profissionais contratados na próxima seleção serão admitidos no mesmo regime e terão que exercer o serviço em casa. Entre as vagas, chances para profissionais de funções como as de analista (projetos e processos, segurança da informação, telemetria, testes e qualidades), arquiteto de soluções, cientista de dados, engenheiro de dados, engenheiro de software mobile, engenheiro de software e scrum master.

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Segundo a instituição bancária, o processo seletivo será realizado no ambiente virtual. Para as entrevistas, o Itaú Unibanco decidiu utilizar o recurso de videoconferência. O cadastro pode ser feito no www.99jobs.com/itau-unibanco/jobs.

Estágio

O Itaú Unibanco também tem vagas para os universitários de diversos cursos superiores. A instituição contrata estagiários matriculados a partir do segundo ano. Nos setores de Auditoria e de Investimento, Serviços e Operações (Diso), o banco admite estudantes de áreas como Administração, Análise de Sistemas, Ciências Contábeis, Ciência Atuarial, Engenharia, Matemática, Tecnologia da Informação, Engenharia, entre outros. Para formandos em Direito, o Departamento Jurídico da organização recebe as inscrições até o próximo dia 30 de outubro.

Para participar acesse o site do Programa de Estágio Corporativo, www.99jobs.com/itau-unibanco/jobs/101878-programa-de-estagio-corporativo-auditoria.

Devido ao isolamento social causado pelo coronavírus (Covid-19), muitas pessoas foram colocadas para trabalhar em home-office ou estudar no modelo remoto e, com as mudanças de rotina, os hábitos alimentícios também foram alterados. 

Para comemorar o dia mundial da alimentação que é celebrado hoje (16), o LeiaJá procurou um nutricionista para dar dicas de como adaptar as refeições à dinâmica da quarentena. No atual momento, as preocupações com o trabalho e o estresse da quarentena geram ansiedade e a comida se torna uma válvula de escape.

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“Geralmente, alimentos calóricos ricos em gordura trans e açúcar refinado são os preferidos para serem usados como zona de fuga de uma rotina exaustiva”, aponta o nutricionista Matheus Henriques.

Para evitar problemas de saúde, o ideal é não comprar guloseimas e estipular horários fixos para refeições, que podem ser distribuídas em 4 a 6 vezes ao dia. “Administrar em pequenas porções ao longo do dia, para se manter saciado e nutrido”, orienta Henriques.

Outra dica é consumir bastante líquido, como água e sucos de frutas. “Um corpo bem hidratado e com o aporte necessário diário de vitaminas estimula um bom funcionamento do sistema imunológico”, explica.

De acordo com o nutricionista, ao estar em casa o indivíduo fica com baixa exposição ao sol e isso dificulta a produção de vitamina D no corpo, que é importante para o funcionamento do organismo, inclusive no sistema imunológico. Para compensar essa falta, é necessário realizar suplementação

“Suplementos como a Palatinose, Whey Protein, albumina e glutamina podem ser uma boa alternativa para quem tem uma carga horária de trabalho grande, não consegue fazer pausas para o lanche. Shakes com esses suplementos poderiam ajudar bastante”, recomenda.

Aos que estão em rotina de home-office ou parados em casa por conta da quarentena, alguns alimentos tornam-se indispensáveis no dia-a-dia, por exemplo verduras, legumes, frutas, tubérculos e carnes magras, como peixe e frango.

“As vitaminas, minerais e aminoácidos essenciais são primordiais para a manutenção do nosso corpo, estabelecem o equilíbrio que o organismo precisa para realizar suas funções vitais. Além de estimular a produção de células imunológicas, e fortalecer nosso organismo contra invasão de vírus e bactérias”, descreve o nutricionista.

Por outro lado, deve-se evitar alimentos e bebidas industrializados, fast foods e biscoitos. “Todos esses alimentos são extremamente calóricos, inflamatórios e prejudicam muito o funcionamento do organismo”, afirma Henriques.

Uma má alimentação pode gerar diversas consequências, entre elas, ganho excessivo de peso, insônia, prisão de ventre, problemas no sistema imunológico, que torna o indivíduo vulnerável a agentes agressores. “Além do aumento das chances de desenvolvimento de doenças cardiovasculares”, alerta.

A Procenge, empresa de TI provedora de soluções personalizadas de gestão empresarial, está selecionando candidatos para vagas de engenheiro de Software Júnior e pleno, Testador Júnior, UX/UI Designer Pleno e uma vaga para estágio em Marketing e Comunicação. As inscrições podem ser feitas pela internet até os dias 14, 17 e 29 de outubro, a depender da oportunidade.

O salário para as oportunidade é a combinar, mas para o estágio a remuneração é de R$ 680,00. Entre os benefícios oferecidos, estão plano de saúde e odontológico, vale refeição e/ou alimentação, reembolso certificação, auxílio creche, entre outros.

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No ato da inscrição podem ser conferidos os pré-requisitos para cada uma das vagas. Os candidatos podem residir em qualquer lugar do Brasil (exceto para estágio), já que as oportunidades são para atuação em regime de home office.

Para as vagas de engenheiro de software, os interessados devem possuir atuação em desenvolvimento back-end e/ou front-end, estar cursando minimamente graduação na área de tecnologia e experiência em desenvolvimento de software com Angular ou ter atuado no desenvolvimento de softwares com C# e/ou Java, de acordo com os requisitos de cada oportunidade.

Já a vaga de estágio é voltada para estudantes que desejem colaborar e aprender junto com time de Marketing e Comunicação da Procenge na criação de conteúdos para mídias sociais, blog e campanhas publicitárias. É preciso estar cursando a partir do 5º período do nível superior ou penúltimo semestre do tecnológico nos cursos da área Marketing, Comunicação, Publicidade e Propaganda e Computação Gráfica e ter habilidades nos softwares Corel Draw, Illustrator e Photoshop.

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