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A Paraíba registrou o primeiro caso de grávida infectada pelo vírus Zika em 2022, segundo a Secretaria de Saúde estadual.

O vírus é o principal causador de microcefalia em bebês. Para as gestantes que contraíram a doença, ainda não há tratamento para reduzir as chances de o bebê nascer com a malformação.

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Em outros estados, já foram registrados casos de grávidas infectadas este ano. Em abril, a Secretaria de Saúde de Goiás confirmou dois casos no interior do estado.

Pessoas infectadas pelo vírus Zika podem não perceber a doença, pois ela é assintomática em 80% dos casos. Com isso, é muito importante que as mulheres tenham atenção redobrada em relação ao acompanhamento pré-natal, afirma a pediatra e pesquisadora da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Marizélia Ribeiro.

“A gestante precisa consultar seu médico ou enfermeiro que faz o pré-natal para saber que tipo de repelente pode usar, e de quanto em quanto tempo ela pode passar o produto. Ela não deve usar sem orientação, pelo perigo para a saúde dela e para a saúde do bebê.”

O principal modo de transmissão do vírus, segundo a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), é a picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e a chikungunya. Mas a pediatra alerta que há outras formas de transmissão do vírus às gestantes.

“As pesquisas mostraram que o vírus também pode passar na relação sexual. Então as gestantes precisam se proteger utilizando os preservativos. Porque, às vezes, o parceiro pode não ter nenhum sinal, [pode não ter] as manchinhas, a febre, e ele ter Zyka, que foi o que a gente viu na epidemia de 2015 e 2016”, reforça Marizélia.

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Pesquisadores belgas relataram neste domingo o caso inédito de uma nonagenária que morreu em março de covid-19, após ter sido infectada simultaneamente por duas variantes diferentes, a Alpha (britânica) e a Beta (sul-africana), um fenômeno "subestimado".

"Este é um dos primeiros casos documentados de coinfecção com duas variantes preocupantes do SARS CoV 2", disse a autora do estudo, a bióloga molecular Anne Vankeerberghen, citada em um comunicado do Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ECCMID).

No Brasil, dois casos de pessoas infectadas por duas variantes diferentes foram relatados em janeiro em um estudo, mas esse "ainda não foi publicado em revista científica", explicou o ECCMID.

Em 3 de março de 2021, a mulher de 90 anos, sem antecedentes médicos em particular e não vacinada, foi internada em um hospital na cidade belga de Aalst após várias quedas, de acordo com este estudo de caso, apresentado no congresso e revisado por seus pares no comitê de seleção.

A idosa, que testou positivo para covid-19 ao chegar, apresentava inicialmente "um bom nível de saturação de oxigênio e nenhum sinal de dificuldade respiratória", segundo o ECCMID. No entanto, ela "rapidamente desenvolveu sintomas respiratórios agravados e morreu cinco dias depois", afirma a nota.

De acordo com a bióloga do hospital OLV em Aalst, "é difícil dizer se a coinfecção por duas variantes desempenhou um papel na rápida deterioração da condição do paciente".

Em extensos testes e mediante sequenciamento, o hospital descobriu que ela havia sido infectado com duas cepas do vírus que causa a covid-19: uma originária do Reino Unido, chamada Alpha, e a outra inicialmente detectada na África do Sul, chamada Beta.

"As duas variantes estavam circulando na Bélgica na época (março de 2021), então é provável que a mulher tenha sido coinfectada por duas pessoas diferentes. Infelizmente não sabemos como ela foi contaminada", acrescentou Vankeerberghen.

Até o momento, "não há nenhum outro caso publicado" de coinfecção com duas variantes, apontou a pesquisadora, que considera "crucial" continuar o sequenciamento e o estudo de um fenômeno "provavelmente subestimado".

Uma mulher de 56 anos que estava infectada com a Covid-19 foi presa após cuspir em policiais em Rio Grande-RS. A polícia realizava uma fiscalização após receber denúncia de aglomeração em uma lanchonete.

O estabelecimento deveria estar fechado em obediência aos protocolos restritivos anunciados pelo governo gaúcho. Segundo a polícia, a suspeita e a filha abaixaram as máscaras e começaram a falar ofensas contra os policiais durante a fiscalização no domingo (7).

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A mulher também teria cuspido em uma policial militar e gritado que estava com Covid-19. Ela foi presa em flagrante por resistência e por descumprir medidas preventivas. 

Testes realizados confirmaram que a suspeita estava infectada. Ela teve a prisão preventiva confirmada pela Justiça.

Uma manicure com imunidade comprometida revelou ter atendido uma cliente que estava com Covid-19 e só divulgou essa informação depois do atendimento. O caso ocorreu em Washington, nos Estados Unidos.

Nas mensagens divulgadas, a manicure diz que perguntou antecipadamente se a cliente havia sido exposta ao vírus. A mulher responde que estava desesperada para sair de casa e que precisava muito fazer as unhas. 

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"Eu me sinto muito mal e não deveria ter comparecido, mas eu desesperadamente precisava fazer minhas unhas. Eu testei positivo para o vírus dois dias atrás então, por favor, fique de quarentena", disse a cliente para a profissional.

O caso viralizou nas redes sociais. A publicação viral no Instagram contabiliza mais de mil comentários. Alguns internautas sugeriram que a manicure preste queixa, outros duvidaram que a troca de mensagens fosse verdadeira, mas amigos dela ressaltaram que o caso ocorreu de fato.

"Se há algo que aprendi nas últimas 24 horas, é que pode haver pessoas insensatas como essa ex-cliente que fez isso comigo ontem, mas o mundo é um lugar bonito com muitas pessoas dispostas a fazer o que é certo", escreveu ela.

Um paciente de Covid-19 foi preso após fugir do Hospital Regional da Asa Norte, em Brasília, e roubar uma loja de calçados com uma agulha infectada. Ele ameaçou o dono da loja e os policiais, que o detiveram ainda com os acessos intravenosos no braço, nessa segunda-feira (13).  

O homem, de 37 anos, largou o tratamento contra Covid-19 e fugiu para a rodoviária de Brasília, onde usou uma agulha infectada para roubar um par de chinelos. Ele correu em direção à Estação Central do metrô, quando percebido por policiais, que o apreenderam em estado alterado. "Ele gritava que mataria todo mundo e depois se jogaria nos trilhos", relata o soldado Henrique Porto.

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O policial acrescenta que, mesmo na viatura, ele repetia que infectaria todos. O homem foi encaminhado para a 2ª Delegacia da Asa Norte, onde foi acusado de roubo, resistência e desacato.

"A enxaqueca foi muito forte. Nunca tinha sentido uma tão forte na minha vida", descreve a vendedora Jandcleia Silva. Ela trabalha no aeroporto de Fernando de Noronha e, junto com o marido, o guia Kelves Silva, são dois dos 24 casos confirmados na Ilha. Desde o último dia 24, a paciente mais jovem do local, com 25 anos, sente os reflexos da pandemia, que alterou a rotina de um dos pontos turísticos mais procurados do mundo.

Natural de Natal, capital do Rio Grande do Norte, há seis anos Jandcleia reside no arquipélago. A vendedora conta que trabalhou até o dia 21 de março, quando um decreto do Governo de Pernambuco fechou o Aeroporto Wilson Campos para turistas e resultou em uma grande movimentação de pessoas. Já em casa, após três dias, ela lembra o início do quadro sintomático, que se estenderia por mais quatro dias, e a urgência de buscar atendimento médico. "Eu tava com tanta enxaqueca que não tava nem conseguindo deitar", reforça. 

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O diagnóstico

Diante da persistência dos sintomas, dois dias depois, no dia 26, ela fez uma nova visita ao hospital da Ilha. "Tive muita dor de cabeça, tive febre, tosse e tava vomitando muito. Fui para o hospital, fui medicada e depois fui para casa", conta a paciente.

Só uma semana após sentir os primeiros efeitos da Covid-19 em seu corpo, Jandcleia foi visitada por uma equipe da vigilância sanitária e realizou o teste para a pandemia. "Eles pegam cotonetes e colocam um no nariz e depois colocam um na boca para retirar a saliva", explica. Após a coleta do material, o resultado confirmando o contágio foi-lhe entregue no dia 3 de abril.

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Já sem apresentar um quadro grave, a jovem relembra o momento que recebeu o resultado. "Para mim foi bem tranquilo. Não tive medo, nem pânico ou desespero. Eu também já tava preparada por que como trabalho no aeroporto e teve o decreto para sair todo mundo até o dia 21, então foi muito gente. Por mais que tava prevenida com máscara e luva, tinha muita gente e o risco era muito grande de se contaminar, porque era turista de tudo que é lugar do Brasil e do mundo", descreve.

A esperança

Intimada a permanecer em isolamento domiciliar, Jandcleia e o marido estão em casa há 25 dias. Ela relata que, para ter acesso à itens de necessidade básica e alimentação, pede para amigos e pessoas próximas realizarem as compras. Essa é a nova rotina vivenciada na Ilha, onde os populares só se deslocam para ir em padarias, mercados ou farmácia. "Ninguém tá saindo de casa não", afirma.

Sem casos confirmados nas últimas 24 horas, Fernando de Noronha também conseguiu registrar a primeira recuperação de um paciente com a Covid-19. A cura clínica do primeiro caso confirmado enche a vendedora de confiança. Ela passou por um novo exame nessa terça-feira (14) e espera o resultado negativo em até três dias. "Como eu cumpri o isolamento direito, não saí de casa, nem tive contato com ninguém, tô confiante que dê negativo", complementou esperançosa.

Uma funcionária da agência Iputinga, do banco Santander, recebeu o diagnóstico clínico de infecção pela COVID-19. A mulher, que não foi identificada, trabalha como bancária na avenida Caxangá e, por não haver testes disponíveis, foi orientada a ficar em isolamento social em sua residência após a confirmação clínica de que estaria com a doença. 

De acordo com o Sindicato dos Bancários de Pernambuco, a mulher está isolada desde a última quinta-feira (26). “A bancária é integrante do grupo de risco por ser asmática e teve seu quadro inicial de irritação na garganta agravado ao longo da semana. Ela utilizou o aplicativo disponibilizado pela Prefeitura do Recife e recebeu orientação para procurar atendimento hospitalar”, diz o órgão.

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O diagnóstico foi realizado no Hospital Santa Joana, porém, mesmo com a confirmação do caso agência e os bancários que atuam na unidade não entraram em quarentena. De acordo com o decreto Nº 48.834, de 20 de março, os bancos e serviços financeiros, inclusive lotéricas, foram considerados serviços essenciais em Pernambuco, mas acendeu um alerta sobre esquema de funcionamento das agências.

O protocolo adotado pelo banco Santander será apenas de higienização do local. O Sindicato dos Bancários de Pernambuco voltou a pedir o fechamento dos bancos no Estado, tendo em vista a exposição dos bancários aos riscos de infecção pelo novo coronavírus. Mas, até o momento, o funcionamento das agências permanece.

Uma adolescente de 15 a 19 anos é infectada a cada três minutos com o HIV, informou o Unicef ​​nesta quarta-feira (25), alertando para uma crise de saúde pública esquecida. As meninas são vítimas de dois terços das infecções em todo o mundo nesta faixa etária, de acordo com dados apresentados na 22ª Conferência Internacional da Aids em Amsterdã.

"Na maioria dos países, mulheres e meninas não têm acesso às informações e serviços necessários, nem têm a oportunidade de recusar sexo desprotegido", declarou em um comunicado a diretora-geral do Unicef, Henrietta Fore.

"O HIV está se espalhando rapidamente entre os mais vulneráveis ​​e marginalizados, colocando as meninas adolescentes no centro da crise", acrescentou.

Em 2017, 130.000 mortes de pessoas com menos de 20 anos estavam ligadas à aids e 430.000 novas infecções por HIV ocorreram nessa faixa etária.

Entre os adolescentes de 15 a 19 anos, o número de mortes está estagnado, enquanto em outras faixas etárias vem caindo desde 2010.

O Unicef ​​denuncia em um relatório "relações sexuais precoces, inclusive com homens mais velhos, relações forçadas, a relação de força que não permite dizer não, a pobreza e falta de acesso aos serviços de aconselhamento e exames".

"Sabemos que isso está ligado ao status de inferioridade conferido às mulheres e meninas em todo o mundo", declarou a atriz sul-africana Charlize Theron aos delegados da conferência.

"Enquanto não alcançarmos os jovens e impedirmos a epidemia em casa (...), não atingiremos nossos objetivos", afirmou o diretor de operações da Unitaid (organização internacional de ajuda em medicamentos), Robert Matiru, entrevistado pela AFP.

De acordo com a Sociedade Internacional sobre a Aids (IAS), quatro em cada dez adolescentes africanas já sofreram violência física ou sexual de um homem. Esta ONG denuncia a ausência de uma política de prevenção contra essas violências ou de proteção para a juventude em muitos países.

Ela também trabalha para educar adolescentes. "Os jovens cresceram, são incrivelmente móveis, se movimentam, esqueceram que o HIV é um risco e não podemos deixar de passar esta mensagem", declarou à AFP sua presidente Linda-Gail Bekker.

A enfermeira britânica contaminada pelo vírus ebola e colocada em isolamento desde terça-feira (30) está em estado crítico, anunciou neste sábado (3) o Royal Free Hospital, onde está internada a técnica de saúde. "O estado de Pauline Cafferkey deteriorou-se progressivamente nos últimos dois dias e ela encontra-se em estado crítico", informaram, por meio de comunicado, os médicos da enfermeira. Ela chegou domingo (28) à noite a Glasgow, na Escócia, vinda de Serra Leoa. A enfermeira trabalhava no país africano com a organização humanitária Save the Children.

Os médicos do hospital informaram que a profissional de saúde começou a receber um tratamento experimental antiviral elaborado com plasma sanguíneo de sobreviventes da doença. Este é o segundo caso de ebola entre britânicos, depois do enfermeiro William Pooley, que contraiu o vírus em agosto, quando trabalhava na Serra Leoa. Ele conseguiu se recuperar depois de ser repatriado para Londres e receber tratamento no Royal Free Hospital.

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O balanço mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em 31 de dezembro, informa que mais de 20 mil pessoas já foram infectadas com o vírus ebola nos três países da África Ocidental mais afetados e 7.890 morreram.

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