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Entidade que organiza o futebol europeu e, consequentemente, a Eurocopa, a Uefa anunciou neste sábado que duas das quatro partidas das quartas de final da competição foram proibidas manifestações e bandeiras que contenham o arco-íris, símbolo da luta LGBTQIA+ por igualdade. Os compromissos estavam marcados para ser realizados na Rússia e no Azerbaijão.

Em São Petersburgo, nesta sexta-feira, a Espanha derrotou a Suíça nos pênaltis após empate no tempo regular em 1 a 1. Neste sábado, no Estádio Olímpico de Baku, República Checa e Dinamarca medem forças para ver quem avança e se classifica entre os 4 finalistas da atual edição da Eurocopa. Nenhum dos dois duelos foram autorizados a conter manifestações contra a homofobia. A Uefa diz, em comunicado oficial, que a decisão é baseada na legislação de cada local.

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"A Uefa apoia totalmente o significado e a causa das mensagens de tolerância e respeito pela diversidade, o que já foi mostrado em todos os estádios das oitavas de final", diz um trecho do comunicado. Em seguida, a entidade confirma que as bandeiras estão permitidas a serem erguidas em Munique (nesta sexta) e em Roma, neste sábado.

Porém, a mensagem continua, dizendo que a Uefa "exige que os seus patrocinadores garantam que as suas obras de arte estão em conformidade com a legislação local e compreendemos que este não é o caso em Baku e São Petersburgo."

Apesar de obedecer as leis locais para não estampar imagens sobre a causa em questão, o informativo da Uefa destaca que continuará a apoiar e divulgar a luta contra todos os tipos de discriminação através da campanha Equal Game em todos os estádios em todos os jogos restantes. Por fim, informa que todos os patrocinadores decidiram por não usar mais o arco-íris em suas ações, visto que "o mês do orgulho gay está chegando ao fim".

A Uefa já enfrentou duras críticas durante a Eurocopa, como quando rejeitou o pedido para que a Allianz Arena estampasse as cores do arco-íris mesmo após a insistência, dizendo que isto seria um ato político contra as novas leis implementadas pelo governo da Hungria.

As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 tiveram início na última quarta-feira (30). O Exame, previsto para ser realizado, neste ano, nos dias 21 e 28 de novembro, é marcado por questões sociais, históricas e, muitas vezes, polêmicas.

“O Enem está sempre antenado com as perspectivas mais avançadas das ciências sociais. De tal maneira, o racismo, a homofobia, o machismo são temas sempre tratados nele de maneira crítica. Então, por mais que venham governos mais conservadores, dificilmente a prova sofrerá uma grande mudança”, observa o professor de filosofia e sociologia, João Pedro Holanda.

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Nas edições anteriores, as provas, geralmente nas áreas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias, trouxeram textos e indagações com temática LGBTQIA+, confirmando, mais uma vez, o compromisso de ser uma avaliação plural. Em meio a críticas e euforia, confira as quatro vezes em que o Enem discutiu questões LGBTQIA+:

Enem 2010 - Ciências Humanas e suas Tecnologias

"A questão faz um percurso histórico. Mostra, inclusive, em tempos coloniais, como a questão da sexualidade, mais especificamente da homossexualidade que era tratada como crime e faz uma ponte histórica. Mostrando que, até hoje no Brasil, existe uma criminalização da homossexualidade. É claro que essa criminalização não se dá da mesma forma que nos anos 1700. Os aparatos são outros, existem diferenças, mas ainda existe um problema a se combater. Nesse caso, a questão está ressaltando uma permanência histórica, um dado, um preconceito, uma perseguição relatada no século 18 e que continua a ser relatada no século 21", comenta João Pedro Holanda.

"De tal maneira que a alternativa certa é alternativa que consegue expressar a existência dessa ponte histórica, que consegue mostrar a relação entre passado e presente. Neste caso, letra D”, complementa.

Enem 2013 - Ciências Humanas e suas Tecnologias

“Os direitos sociais são aqueles que garantem a dignidade da vida humana, saúde de qualidade, aposentadoria de qualidade, tempo para lazer, educação de qualidade, tudo isso está no escopo dos direitos sociais de tal maneira que uma grande tarefa da democracia, no século 21, é encurtar a distância entre o texto das constituições e a vida real das pessoas. Porque se você analisar a constituição brasileira vigente, elaborada em 1988, chamada de Constituição Cidadã, boa parte dos direitos que a gente precisa para viver bem e com dignidade já está garantida no texto da constituição, mas na vida real das pessoas, muitas vezes, esses direitos não estão concretizados. E uma das grandes tarefas da democracia da nossa época é essa, a concretização prática daquilo que já é garantido juridicamente ou como essa questão, gosta de afirmar, a ampliação da noção de cidadania, deixando a esfera, meramente, jurídica e adentrando na vida prática das pessoas, de garantias jurídicas que são importantes”, explica João Pedro. 
Resposta: letra A

Enem 2018 - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

"É importante ressaltar é um tipo de questão necessária para o aluno. Porque, em tese, o Enem tem como prerrogativa trazer conteúdos da atualidade para serem discutidos e problematizados pelos candidatos apartir de questões disversas", analisa Diogo Didier, professor de redação e Linguagens.

"A questão trouxe a realidade de uma pessoa, que tem uma sexualidade, sociamente, desviante, mas que, devido a uma situação corriqueira, que é muito comum na realiade de muitos brasileiro e brasileiras LGBTQIA+, se torna, infelizmente, ameaçador porque pode trazer à tona punições e preconceitos diversos, como a resposta da própria questão sugere, que existe um medo de uma possível punição em torno da descoberta, da revelação de maneira tão infantil [...] Questão desse porte é útil, nao só para mostrar que essas realidades são passíveis de acontecer, como para trazer a luz o preconceito e como a sociedade encara a realidade LGBTQIA+", expõe.

Resposta: letra B

Enem 2018 - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

 "A questão faz uma progressão que é necessária, porque a gente sabe que comunicação faz com que as pessoas interajam entre si, possam se comunicar sem serem interpeladas ou julgadas por comentários e prerrogativas alheias [...]. Comunicação também é uma forma de vivência. A gente fala com o outro, interage com o outro para existir. Como as travestis, por exemplo, invisibilizadas, muitas vezes, são até mortas. De forma brutal", ressalta o docente.

Resposta: letra C

Nessa segunda-feira (28), Juliano Dip aproveitou sua entrada no Manhã BandNews para falar de sua sexualidade. Ao vivo, ele celebrou no telejornal o orgulho de fazer fazer parte da comunidade LGBTQIA+. "Todo mundo sabe, eu também sou LGBT, tenho muito orgulho de usar esse arco-íris, não só hoje, mas todos os dias. Você também orgulhe-se", disse.

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"Hoje é o Dia Internacional do Orgulho de todas essas letras: LGBTQIA+", finalizou. Enquanto falava, o jornalista colocava no rosto uma máscara com a estampa do símbolo da comunidade. A âncora Patrícia Patricia Rocha afirmou: "Que a gente nunca perca o orgulho de ser o que realmente é. Isso é o mais importante". No seu perfil do Instagram, Juliano Dip recebeu uma enxurrada de comentários carinhosos.

Diversos internautas o parabenizaram pela atitude no noticiário do canal paulista. "Arrasou! Essa luta devia ser de todos nós", escreveu um dos seguidores no conteúdo publicado. "Que lindo, meu querido! Que orgulho! Você é necessário pra muitos", elogiou outra pessoa.

O governo espanhol de esquerda aprovou, nesta terça-feira (29), um projeto de lei que visa a permitir que transexuais mudem de gênero a partir dos 16 anos - e até a partir dos 14, sob algumas condições - por meio de uma simples declaração perante a administração pública.

Se for aprovado pelo Parlamento, este texto - que tem criado tensões entre os socialistas e a esquerda radical do Podemos, um aliado minoritário na coalizão governista - faria da Espanha um dos poucos países da Europa a permitir a autodeterminação de gênero.

Conforme explicou à imprensa a ministra da Igualdade e dirigente do Podemos, Irene Montero, o projeto permitirá "garantir a igualdade real e efetiva das pessoas trans", bem como "uma importante bateria de direitos para as pessoas LGTBI, que atualmente estão sendo violados".

De acordo com uma versão preliminar do projeto consultada pela AFP, "qualquer pessoa de nacionalidade espanhola maior de dezesseis anos pode requerer para si no Registro Civil a retificação do registro de sexo".

Esta lei permitirá, portanto, que a pessoa altere seu nome e seu gênero em sua documentação, se assim o quiser e requisitar.

Para isso, não serão mais exigidos relatórios médicos, ou tratamento hormonal. Bastará o pedido do requerente, um ponto muito sensível e que está na origem de muitas tensões dentro do governo de coalizão.

A número dois do Executivo, a socialista Carmen Calvo, havia dito em fevereiro que se preocupava com a ideia de que "o gênero passe a ser escolhido sem mais do que a mera vontade, ou desejo, colocando em risco os critérios de identidade dos demais 47 milhões de espanhóis".

Os dois parceiros governamentais acabaram por encontrar um terreno de entendimento, graças à inclusão de um período de três meses entre a formalização do pedido e sua validação pelo demandante, para que este confirme sua decisão de mudança de gênero.

"No prazo máximo de três meses, contados da data do comparecimento e pedido de retificação inicial, o responsável pelo Registro Civil deverá convocar a pessoa a comparecer novamente e ratificar seu pedido, afirmando a persistência de sua decisão", estipula o texto.

O projeto também pretende abrir essa possibilidade para jovens de 14 a 16 anos, desde que acompanhados durante todo processo por seus representantes legais.

Desde 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não considera mais a transidentidade como uma doença mental.

A escola Eccoprime, localizada em Aldeia, município de Camaragibe, usou o perfil oficial da instituição no Instagram, na tarde desta segunda-feira (28), para emitir nota oficial. O texto responde os questionamentos e acusações de homofobia após a primeira publicação criticando um comercial pró LGBTQIA+ da rede de fast food Burguer King.

Na legenda da publicação, a Eccoprime agradece o apoio recebido nos últimos dias e afirma que "Amar não é concordar. Discordar não é odiar".

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Confira o comunicado na íntegra:

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No texto, a escola afirma repudiar "toda e qualquer violência contra a comunidade LGBTQIA+" e rejeitar "qualquer espécie de preconceito e discriminação". Entretanto, no mesmo parágrafo, a instituição ressalta que "a prática homossexual não seja apoiada pela Bíblia (Romano 1:18-32), que é a regra de fé e prática do cristão".

Em outro trecho, a Eccoprime aponta que houve excesso por parte da rede de fast food e que não foi levado em consideração o Estatudo da Criança e do Adolescente (ECA), pois, trata-se de "pessoas ainda em desenvolvimento das suas faculdades e, portanto, devem ser protegidas de determinadas exposições".

Sobre a repercussão negativa e acusações de homofobia, a intituição de ensino destaca que é "uma atentado desreispeitoso à diversidade de opinião e as liberdades resguardadas pela Constituição". Ao finalizar o comunicadao, a Eccoprime diz que está aberta ao "diálogo respeitoso".

Mais uma polêmica surgiu contra a seleção brasileira de futebol masculino. O Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT entrou com ação judicial contra a CBF, para saber o motivo da não utilização da camisa número 24 entre os convocados para a Copa América.

Segundo o Globo Esporte, a ação foi distribuída na 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

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A ação lembra que a “CBF tem papel preponderante nesse debate”, além de citar que recentemente o Tribunal Superior de Justiça Desportiva passou a tratar com punição, clubes que tenham a torcida se utilizando de cantos homofóbicos nos estádios.

"O fato da numeração da seleção brasileira pular o número 24, considerando a conotação histórico cultural que envolta esse número de associação aos gays, deve ser entendido como uma clara ofensa a comunidade LGBTI+ e como uma atitude homofóbica”.

Porque o 24?

Historicamente, o 24 é relacionado com o homossexual por conta do jogo do bicho, que associa este número ao veado, animal, que por sua vez, é utilizado como forma de ofensa para a comunidade LGBTI+.

Nesta segunda-feira (28), Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, ativistas dos Direitos Humanos reúnem-se ao redor de diálogos que buscam celebrar a potência desta população. No Brasil, país que lidera o número de homicídios de indivíduos LGBTQIA+ nas Américas, de acordo com a Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA), a data também reacende o debate sobre a garantia de direitos e representação política.

“Em 1969, Marsha P Johnson se levantou contra a violência e brutalidade policial juntamente a outras lideranças negras, periféricas, LGBTQIA+, que existiam na subalternidade que criminalizava os nossos corpos”, explica o vereador de Olinda Vinicius Castello (PT), quando questionado sobre a importância do dia 28 de junho.

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O parlamentar, ativista do Movimento Negro Unificado (MNU) e advogado de 26 anos, faz questão de relembrar a atitude revolucionária que deu origem ao Dia do Orgulho, liderada pela drag queen norte-americana Marsha P Johnson, em um episódio conhecido como a Revolta de Stonewall, que ocorreu em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Mais de 50 anos depois, jovens homossexuais como Castello ainda precisam usar suas mentes para articularem respostas contra o preconceito.

“Para mim democracia é olhar para a representação e entender que ela está condizente com a diversidade existente na sociedade. Eu acredito que a gente tá caminhando para o entendimento de que os corpos que precisam estar pautando e atuando politicamente, são corpos que entendem, entre outras coisas, o que é a desigualdade e o que é a violência no Brasil”, ressalta Vinicius, que já no início do mandato ocupa o cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara de Olinda.

Em contraposição às forças conservadoras que tendem a essencializar a gestão do ativista, torna-se inegável a sua disposição em enxergar os processos políticos de maneira interligada. “Eu desejo que a gente consiga atingir o nível de democracia em que todas as pessoas, independente de classe, gênero, orientação sexual e identidade de gênero possam se sentir potentes e respeitadas em um país que também é delas. Resolvi enfrentar estas violências utilizando meu corpo político para dizer que basta todo tipo de opressão e retrocesso”.

A variedade de violências as quais Castello faz referência têm relação, infelizmente, com o número de agressões às pessoas LGBTQIA+ no estado de Pernambuco. Sobre o tema, o parlamentar lamentou: “Na semana que passou, uma criança ateou fogo em uma mulher trans [Roberta Silva, 40 anos] no Centro do Recife, e nesta segunda-feira nós estaremos nas ruas, novamente, para afirmarmos o porquê da nossa luta”.

O ranking da morte a o “a construção de novos horizontes”

Embora dados divulgados pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) apontem para o aumento vertiginoso da violência contra LGBTQIA+ em todo o estado, a ação do conservadorismo na Câmara do Recife ainda encontra fôlego. Na última semana, enquanto a maioria dos parlamentares se reunia para negar um requerimento que solicitava o hasteamento da bandeira LGBT no Dia do Orgulho, mais uma mulher trans era atravessada pelo crime motivado pelo preconceito na capital.

Roberta Silva, de 40 anos, queimada viva na quinta-feira (24), enquanto estava no Cais de Santa Rita, área central da capital, simboliza mais um dos 1.854 ataques brutais à vida das pessoas LGBTQIA+ em Pernambuco só no primeiro trimestre de 2021. Destes, 46% das vítimas, ou cerca de 869 pessoas, foram violadas dentro de casa por parentes ou pessoas de confiança. Em 2019, neste mesmo período, o número havia sido de 333.

O atentado à Roberta Silva, 40 anos, que ganhou notoriedade após a advogada transexual e co-deputada estadual Robeyoncé Lima (PSOL), 30 anos, usar sua conta no Twitter para denunciar a invisibilização da violência, é resultado, segundo a parlamentar, da “banalização da violência contra corpos transexuais”. “Esse extermínio não é de agora, e quando a gente escuta a cisgeneridade branca dizer que está com medo de morrer de Covid, a gente responde: esse medo da morte pode ser novidade para vocês, mas pra gente não, porque há dez anos o Brasil figura o ranking dos países que mais mata transexuais no mundo”, ressalta.

O ranking da morte, citado por Robeyoncé Lima, é baseado em dados fornecidos pela da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), que realiza, anualmente, relatórios sobre a vida de trans e travestis no Brasil. Infelizmente, de acordo com informações da Associação, a expectativa de vida desta população no país é de 35 anos, com destaque para mulheres trans negras, que são as que mais morrem. “São violências concatenadas, por isso não adianta pedir para a gente falar sobre transexualidade sem falar de raça e de classe”, confirma a parlamentar.

Quando pergunto sobre quais são as maiores dificuldades existentes no processo de elaboração de políticas públicas que possam desmobilizar a barbárie em curso também em Pernambuco, Robeyoncé aponta a ausência de informações a respeito destas violências em Pernambuco como um dos principais problemas.

“Nós, das Juntas Co-deputadas, conseguimos aprovar, por exemplo, um projeto de lei que estabelece que nos prontuários de saúde conste os campos de orientação sexual e identidade de gênero, para que a gente possa saber como está o acesso - ou a falta dele - da população LGBT ao Sistema Único de Saúde”, uma forma de gerar estatísticas e provar para o estado a necessidade do incremento de políticas públicas para a população, de acordo com a parlamentar.

Para Jarda Araújo, 25 anos, assistente social, secretária executiva de Juventude na prefeitura do Recife e mulher transexual, a movimentação política de pessoas trans e travestis durante o período de extremo conservadorismo no Brasil, representa “a construção de novos horizontes”.”É muito simbólico que seja exatamente agora que a gente esteja conseguindo construir, de forma massiva, este novo lugar, diferente do que seria há dez anos atrás”, explica, de maneira esperançosa, ao citar as mais de 30 candidaturas travestis ao redor do Brasil.

Sobre a violência brutal que acometeu Roberta Silva, a pesquisadora em saúde pública comenta: “Recife tem operacionalizado, de forma direta ou indireta, a travestifobia. E se nós não fizermos esse movimento de tornar público e nos movimentarmos politicamente, esses casos não vão ser ouvidos”. Jarda destaca também o fato de Roberta ter ficado, até a intervenção política da co-deputada Robeyoncé Lima, na ala masculina do Hospital da Restauração (HR), após ser socorrida.

“Enquanto rede, é preciso nos movimentarmos para fazer com que essas questões venham à tona e a partir disso a gente possa cobrar, tanto dos parlamentares, das mandatas, um posicionamento político em prol da nossa população, porque nós não buscamos por mais direitos que os demais, e sim uma equidade para que a gente possa acessar os nossos direitos como qualquer outra pessoa” diz, lembrando que o “respeito ao nome social é garantido pelas diretrizes do Sistema Único de Saúde”.

O futuro da política LGBTQIA+ em Pernambuco

Quando pergunto quem são as principais referências dos entrevistados, os nomes se repetem: Vinicius Castello admira Robeyoncé Lima, que também é citada por Jarda Araújo, articuladora social que, inclusive, imagina um futuro onde a possibilidade de ocupar um cargo eletivo já existe. Ademais, é também nos bastidores da política, ocupando cargos de assessoria parlamentar e articulação social, que a pluralidade tem demarcado espaço.

A estudante do curso de Ciência Política da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e ativista bissexual Myrella Santana, 19 anos, por exemplo, foi uma das 70 candidaturas declaradamente LGBTQIA+ a se lançar no processo eleitoral de 2020. E, embora não tenha sido eleita, passou a atuar na assessoria parlamentar de Dani Portela (PSOL), vereadora mais votada para a Câmara Municipal do Recife.

Forjada nos movimentos sociais, Myrella explica que a política sempre ocupou um papel central em sua vida. “Eu acho que, inicialmente, veio muito da necessidade de entender que o que eu faço tem impacto direto na vida do outro. E no segundo momento, por me enxergar enquanto mulher negra bissexual e compreender que esse é um corpo político”, diz, enquanto explica que as decisões políticas atingem, sobretudo, aqueles que não costumam estar no centro das decisões políticas do país.

Outra trajetória que inspira é a de João Pedro Simões, ativista homossexual de 27 anos, cientista político e co-fundador do coletivo de estudante negros da UFPE, o Coletivo Afronte. Ele trabalha desde 2017 ao lado do vereador Ivan Moraes (PSOL), com quem começou ainda como estagiário e, posteriormente, foi contratado para desempenhar a função de assessor parlamentar.

João Pedro diz que o incentivo familiar foi essencial nos processos de tomada de decisões, além dos atravessamentos sociais, raciais e de sexualidade, que, segundo ele, são “marcadores sociais que influenciam muito no reconhecimento e autoavaliação sobre o quanto é possível adentrar na política”. “Existe toda uma gama de corpos que fazem parte da sigla LGBTQIA+, mas que ainda estão alheios à política institucional e isso é muito grave. É um projeto, obviamente, do ‘status quo’ que sustenta uma democracia que é, em tese, representativa mas não representa quase ninguém”, critica o assessor parlamentar.

Para o Dia do Orgulho LGBTQIA+, Simões, que é, também, uma promessa de futuro para ocupar um cargo eletivo no estado de Pernambuco, espera mobilizações em torno do atentado à Roberta Silva. “A gente tem orgulho de ser quem é, mas é um momento de luta, denúncia e cobrança. O preconceito está longe de ser uma coisa do passado, então a gente tem que estar mais ciente de que precisa coletivizar nossas ideias, angústias e felicidades, porque sozinho a gente não anda. Eu espero que cada vez mais as pessoas LGBTs e aliados estejam conscientes da força que a gente pode ter para mudar e mover a realidade deste país”, acentua.

 

 

O “sim” unânime dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu, em 2011, as uniões homoafetivas como entidades familiares, abrindo caminho a uma década de avanços para a população de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e intersexuais (LGBTI) brasileiros. Reconhecida pelo Comitê Nacional do Brasil, do Programa Memória do Mundo da Unesco, como patrimônio documental da humanidade, a decisão completou dez anos em 5 de maio de 2021, assim como já fazem bodas casais que se uniram a partir dela e celebram, neste Dia Internacional do Orgulho LGBTI (28), direitos conquistados em décadas de luta por igualdade e dignidade.

As advogadas Patrícia Farina, de 35 anos, e Fernanda Marques, de 49 anos, já namoravam há seis anos quando o Supremo abriu as portas para que, anos mais tarde, elas se casassem em um cartório no bairro da Liberdade, em São Paulo. A realização de casamentos homoafetivos em qualquer cartório do Brasil foi garantida em 2013 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, em 2015, as duas decidiram assinar os papéis por um motivo pragmático, lembra Patrícia, que, até então, não tinha o casamento como um sonho. 

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“Quando a gente pensou em ir para os Estados Unidos (EUA), vimos que não ia rolar de conseguir o visto se não estivéssemos casadas. Ela não tinha imóvel nenhum e era autônoma, então era muito fácil negarem o visto dela”, lembra Patrícia, que foi surpreendida pela emoção que o casamento trouxe. “Deu tudo errado, a gente acabou não indo para os Estados Unidos, mas foi tão importante. A minha chavinha virou exatamente na hora em que ela colocou a aliança no meu dedo. Fiquei muito emocionada. Ali, comecei a achar que era o meu sonho e eu não sabia. Foi muito especial para mim”.

Patrícia lembra que nunca havia ido a um casamento homoafetivo como convidada, mas, depois do seu, muitos vieram. “A gente se casou e, nos seis meses seguintes, foi uma galera. No dia, foi tão emocionante, as meninas e os meninos ficaram tão emocionados, que começaram a falar que estavam loucos para se casar. Na hora em que jogamos o buquê, os que pegaram já foram os próximos mesmo”, conta a advogada, que acredita que o casamento fez com que tivesse ainda mais coragem de se posicionar como mulher lésbica. “Eu nunca me escondi, mas também não me jogava para o mundo. A partir daí, foi um processo de começar a me jogar para o mundo. De me perguntarem: ‘O que ela é sua?’, e eu responder: ‘é minha esposa’. Muda muito e te dá uma segurança maior”.

Apesar de o STF ter reconhecido a união estável homoafetiva em 2011 com os mesmos direitos da heteroafetiva, a conversão dessa união em casamento ainda dependia de uma sentença judicial, o que só mudou em todo o país em 2013, com a resolução do CNJ que determinou que nenhum cartório poderia rejeitar a realização de casamentos homoafetivos. Antes disso, a necessidade de entrar na Justiça ou a possibilidade de casar diretamente no cartório dependia de onde o casal morava. 

As primeiras uniões estáveis homoafetivas convertidas em casamento pela via judicial ocorreram no país em junho de 2011. Em outubro, o primeiro casal de mulheres conseguiu decisão favorável para realizar um casamento sem que houvesse união estável anterior e, em dezembro daquele ano, ocorreu o primeiro casamento homoafetivo do Brasil, firmado diretamente em cartório, sem sentença judicial, em Porto Alegre. Ao tomarem conhecimento dessa possibilidade, o cientista político Lucas Rezende, de 38 anos, e o empresário Felipe Matos, também de 38 anos, foram a esse cartório gaúcho em julho de 2012. A incerteza se conseguiriam ou não formalizar a união fez com que nem marcassem uma festa para celebrá-la, conta Lucas, que chegou ao cartório ainda inseguro sobre o que aconteceria. 

“Quando nos casamos, a gente não sabia se o casamento ia acontecer mesmo, se seria suspenso, se seria cancelado pela Justiça ou qualquer coisa do tipo” lembra ele, que não deixou de comemorar a união com uma festa meses depois, com amigos como celebrantes. “Foi a primeira [festa de casamento homoafetivo] de todos ali. Muitos dos amigos que estavam lá tomaram coragem para se casar depois do nosso casamento. Isso foi muito legal”.

Além do orgulho de poder celebrar seu relacionamento como qualquer casal, Lucas conta que a formalização foi um passo fundamental para muitos outros na vida a dois. “Fizemos plano de saúde juntos, que foi a primeira coisa, uma conta bancária juntos, depois compramos uma casa juntos, e, por fim, adotamos uma criança. Foram questões que só se tornaram possíveis depois da formalização do nosso casamento”, conta ele, que acredita que as decisões do STF e do CNJ impulsionaram também a visibilidade dos casais LGBTI na imprensa e na publicidade. “A presença dos casais homoafetivos na cultura e na sociedade, na mídia e na propaganda ainda é pequena, porque há muito mais pessoas que são casais homoafetivos. Mas o avanço que houve é importantíssimo, significativo, e indica o progresso e a inclusão, por mais que haja ondas de retrocesso”.

Primeiro Passo

O Dia do Orgulho LGBTI é celebrado em 28 de junho para lembrar a data em que gays, lésbicas, bissexuais transexuais e travestis que frequentavam o bar Stonewall Inn, em Nova York, se rebelaram contra a repressão preconceituosa da polícia e reivindicaram direitos civis, em uma marcha nas ruas da cidade americana. Desde então, mais de 50 anos se passaram, e as  uniões civis entre homossexuais passaram a ser garantidas em 34 países, segundo a Associação Internacional LGBTI (Ilga), e, em 28, pessoas do mesmo sexo puderam se casar. No Brasil, de acordo com as Estatísticas de Registro Civil reunidas pelo IBGE, cerca de 28 mil casais homoafetivos oficializaram casamentos entre 2013 e 2019.

Os direitos estendidos à população LGBTI, a partir de sucessivas decisões do Judiciário desde 2011, devem ser comemorados, mas a falta de leis sobre o tema também preocupa, na opinião do presidente da Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (ABRAFH), Saulo Amorim. Ele lamenta que a decisão foi um primeiro passo que não foi seguido por leis que consolidam esse direito. 

“A decisão de 2011 abriu espaço para todas as outras, porque quando entendo a união LGBTI como uma entidade familiar, entendo que aquelas pessoas podem adotar, podem deixar sucessão, podem ter os benefícios fiscais, previdenciários e de saúde que todas as outras têm. Por isso, foi um marco histórico. Mas, a partir daí, nada em termos de lei foi feito para consolidar essa decisão jurisprudencial. Dez anos se passaram, e o Legislativo não foi capaz de transformar uma jurisprudência em lei”, cobra Amorim, acrescentando que muitas vezes projetos de lei criados para conceder direitos a essa população são descaracterizados ou engavetados.

O presidente da associação de famílias explica a importância do casamento, independentemente de ser um sonho ou uma decisão pragmática para suprir necessidades da vida de casal. “É uma questão de orgulho no sentido de que não importa minha orientação sexual, não importa minha identidade de gênero, nem a conformação biológica do meu corpo. Importa que sou brasileiro e quero ter acesso a todos os direitos, como todo cidadão deve ter”.

Na década que se seguiu à decisão que reconheceu uniões homoafetivas, também houve avanços para a população transgênero. Entre as conquistas, a presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Keila Simpson, destaca o direito de corrigir o nome e o gênero nos documentos diretamente em cartório, sem a necessidade de processos judiciais ou cirurgias de redesignação sexual, segundo decisão do STF de 2018.

“Essa decisão não veio somente por um lampejo de bondade dos ministros do Supremo, veio de uma longa batalha nas décadas de 80 e 90, principalmente das travestis, que estavam na rua se prostituindo, em que o nome social era chamado de nome de guerra. Quando o Supremo permite fazer pela via administrativa, para nós é uma grande conquista”, comemora ela, que compara que a via judicial chegava a demorar de seis meses a um ano e dependia da compreensão de cada juiz sobre a transexualidade.

Ainda que os avanços sejam importantes, Keila Simpson lembra que o cenário de violência e discriminação ainda é bastante presente. “Não estou descartando esse avanço, mas continuo falando que essa população ainda está sendo assassinada. Então, em alguns aspectos, a vida está a mesma de sempre, na questão da exclusão, da violência e do estigma”, afirma. “Nesse dia 28 de junho de 2021, a gente quer uma compreensão maior da sociedade, uma compreensão melhor de quem somos e reivindicar o respeito que merecemos como cidadãs desse país”.

Bodas de zinco

Os dez anos da decisão do STF marcam também os dez anos de reconhecimento do Estado brasileiro à união de Toni Reis e David Harrad, que formalizaram união estável apenas cinco dias depois da decisão do Supremo. Diretor-presidente da Aliança Nacional LGBTI, Toni lembra que se sentiu um cidadão pleno com a garantia conquistada.

“Senti que acabou o suplício, o calvário. Agora eu sou família, queiram ou não os fundamentalistas e esse pessoal que prega a heteronormatividade compulsória. Nos sentimos plenos”, lembra ele, que converteu a união em casamento em 2018. “Me senti brasileiro”.

Toni e David estão juntos desde 1990 e enfrentaram uma série de obstáculos jurídicos para garantir o reconhecimento à sua união, já que a permanência no Brasil de David, que é estrangeiro, dependia disso. Com mais de 40 anos de ativismo, o diretor-presidente da Aliança Nacional LGBTI vê com otimismo os avanços obtidos.

“Nós não podíamos falar que éramos gays, porque éramos pecadores, doentes ou criminosos fora da norma, e, hoje, nós podemos casar, compor nossas famílias, estamos na publicidade, estamos nas empresas”, argumenta Toni Reis. “Em 2011, não podíamos casar, não podíamos adotar, não podíamos doar sangue, não podíamos mudar de gênero nos documentos. Em 2021 temos muito mais dignidade que em 2011”.

Apesar disso, ele lembra que a violência, a discriminação e a dificuldade de acesso a direitos básicos, como o emprego e a educação, permanecem como desafios que precisam ser enfrentados, fazendo valer decisões como a que equiparou a LGBTfobia ao crime de racismo, em 2019. “Temos muitos desafios, temos que fazer cumprir todas as decisões do Supremo Tribunal Federal, toda a Constituição Federal e as convenções internacionais em todos os municípios e estados brasileiros”. 

A TV7Brasil vai transmitir a partir desta sexta-feira (25) no Youtube o "Festival Sou Assim", que tem como principal causa, a luta contra a homofobia. Uma das suas principais atrações terá pela primeira vez a contribuição de um museu tradicional do Recife, o Mamam, que foi cenário de um vídeo manifesto contra o preconceito em homenagem ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, intitulado “Eu não quero um filho gay”.

O curta que é um dos principais do evento será lançado à 0h da segunda-feira (28) e conta uma história baseada em fatos reais, relembrando a história de um jovem que após um desabafo em suas redes sociais, sobre o preconceito sofrido pela sua família é encontrado morto em seu quarto com sinais de enforcamento e a polícia descrevendo o caso como suicídio.

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A sinopse é trágica, porém é real. De acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), em 2018, houve um aumento de 284% nos casos de suicídio na comunidade LGBTQIA+. O ato depressivo é a quarta principal causa de morte no Brasil entre esses jovens de 15 a 29 anos, segundo dados do Ministério da Saúde.

De acordo com informações da revista científica “Pediatrics” (EUA), a comunidade LGBTQIA+ tem seis vezes mais chance de interromper a vida. Principalmente quando convivem em ambientes hostis à sua orientação sexual ou identidade de gênero.

O curta além de debater a homofobia, trás representatividade no elenco, já que conta com a talentosa transex Rayssa Carraro, o bailarino Alex Carvalho e uma participação especial da atriz trans veterana dos palcos de Pernambuco Raquel Simpson.

Programação do Festival

A programação começa na sexta-feira (25), às 21h com o programa “Pajubá Drag” sob o comando das mais talentosas drags queens de Pernambucano Alexia Tarantino, que será a mediadora da cena, Norman Bancks e Mílicent da TV7Brasil.

No sábado (26), 21h, o clima esquenta com o programa “Pajubá Gay” sob o comando do aclamado sociólogo Acioli Neto, que receberá os convidados: o jornalista do portal IG e correspondente do jornal Estado de São Paulo Pedro Jordão; O militante Thiago Rocha; do sociólogo Rildo Veras, além da participação especial de Sivon Carvalho.

Domingo (27), às 13h, da TV7Brasil, Tory Mílicent fará uma entrevista com a transex Raysa Carraro e o bailarino Alex Carvalho, no Mamam, para mostrar uns Spoliers do curta “Eu não quero um filho gay”.

Também no mesmo dia a partir das 19h haverá o programa divertidíssimo com o “Pajubá Trans” participarão as trans Marquesa Santos, Madonna Twins e Laleska Maria Lima.

Do domingo para a segunda, à 0h, como já informado acima haverá a exibição do curta “Eu não quero um filho gay”. Já a partir das 21h será passado o filme “Travesia” do cineasta Chico Amorim, estrelado por Risolene Lima, Bruno de Lavor e Aurélio Lima. Uma história dedicada a todos os LGBTQIA+ que morreram vítimas da homofobia no sertão nordestino.

Para encerrar o Festival Sou Assim, às 22h30, é hora de sorrir com as famosas “Beshas do Kinet”, Rita Pavone, Ágda Monteiro e Michelle de Afogados com mais peripécias e alegria e claro o cuscuz a mesa com uma manteiguinha e um café bem fresquinho. Tudo feito na hora!

O museu

O Museu de Arte moderna Aloisio Magalhães (Mamam) fica na tradicional Rua da Aurora, no centro do Recife e é um casarão do século XIX, que possui um rico acervo de obras de Tomie Ohtake, João Câmara (com a série “Cenas da Vida Brasileira”), Aloisio Magalhães, Abelardo da Hora, Tarsila do Amaral, etc.

 

O motorista de uma van atropelou várias pessoas que participavam de um desfile do orgulho LGBTQIA+ no sábado (19) no sul da Flórida, Estados Unidos, deixando um morto e um ferido, informaram as autoridades.

Embora a van parecesse participar do desfile, não ficou claro de imediato se o incidente foi um ataque deliberado ou um acidente. O policial Ali Adamson disse em coletiva de imprensa que todas as possibilidades estão sendo avaliadas.

O incidente ocorreu no começo do desfile LGBTQIA+ na cidade de Wilton Manors, perto de Ft. Lauderdale. A van branca estava alinhada com outros veículos para o desfile quando acelerou e atropelou os pedestres antes de bater em um jardim, disse a Local 10 News.

O motorista foi logo detido.

Dois homens foram levados a um centro médico e um deles morreu depois, disse Adamson. O outro permanece hospitalizado, mas deve sobreviver, acrescentou.

O motorista e as vítimas são membros do Coro de Homens Gays de Fort Lauderdale, segundo um comunicado do presidente do grupo, Justin Knight, que classificou o ocorrido como um "acidente infeliz".

"Nossos pensamentos e orações estão com os afetados pelo acidente infeliz que aconteceu quando começava o Desfile do Orgulho de Stonewall", acrescentou.

"Nossos colegas do Coro ficaram feridos e o motorista também faz parte da família do Coro. Até onde eu sei, isso não foi um ataque contra a comunidade LGBTQIA+. Antecipamos que haverá mais detalhes e pedimos o amor e o apoio da comunidade".

O prefeito de Fort Lauderdale, Dean Trantalis, que estava no desfile, disse a uma emissora local que pensava que o acidente foi "deliberado".

Depois o classificou como "um ataque terrorista contra a comunidade LGBTQIA+" e afirmou que a van mirou no carro da congressista democrata Debbie Wasserman Schultz, que estava aguardando para participar do desfile, mas não alcançou seu objetivo.

Wasserman Schultz disse no Twitter que estava "profundamente comovida e devastada pela perda de uma vida" e que tanto ela como sua equipe estavam a salvo.

Após o incidente, o ll Departamento de Policía de Wilton Manors disse no Twitter que o público não estava em perigo. Apesar de o desfile ter sido cancelado "devido a um incidente trágico", os outros eventos do festival continuarão, acrescentou.

Será nesta sexta-feira (18/06) a live de lançamento do Projeto Orchida. Com o tema “Comunicação e Vulnerabilidades LGBTQIA+”, o evento contará com a presença do professor doutor Carlos Alberto de Carvalho (UFMG) e a mediação dos professores doutores Maíra Evangelista de Sousa e Thiago Barros, da UNAMA - Universidade da Amazônia. O bate-papo começa às 16 horas, no endereço virtual: http://bit.ly/LiveOrchida.

Carlos Alberto de Carvalho é professor do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais, na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social. Bolsista Produtividade CNPq (PQ 2), ele desenvolve pesquisas que articulam – a partir de produtos e processos midiáticos – conceitos como: narrativa, acontecimento, divulgação científica, homofobia, HIV, Aids, violência e relações de gênero.

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Além de artigos em periódicos, capítulos de livros e livros organizados, no Brasil e no exterior, o palestrante é autor dos livros “Visibilidades mediadas nas narrativas jornalísticas: a cobertura da Aids pela Folha de S. Paulo de 1983 a 1987” (2009) e “Jornalismo, homofobia e relações de gênero” (2012). 

Orchida vem do nome científico das orquídeas, plantas da família Orchidaceae, que remetem ao cuidado com o qual devemos tratar as questões relacionadas às vulnerabilidades, especialmente estimulando discussões qualitativas com auxílio da comunicação. O Orchida é um projeto que tem o objetivo de divulgar nas múltiplas plataformas de redes sociais conteúdos que reforcem o debate sobre as vulnerabilidades, suas implicações na atualidade e riscos que afetam diversos grupos, como crianças e adolescentes, idosos, mulheres e LGBTIQA+.

Projeto interdisciplinar do curso de Comunicação Social da UNAMA - Universidade da Amazônia, em Belém (PA), o Orchida tem conteúdos produzidos por graduandos do 3º período de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. O Orchida conta com a tutoria dos professores Maíra Evangelista de Sousa (Tópicos Integradores I - Jornalismo), Thiago Barros (Tópicos Integradores I - Publicidade e Propaganda), Antonio Carlos Pimentel (Língua Portuguesa Aplicada) e Elisabeth Mendonça (Técnicas de Comunicação Dirigida).

Serviço

Live de lançamento do Projeto Orchida.

Quando: 18/06/2021, às 16 horas.

Onde: http://bit.ly/LiveOrchida

Siga o Projeto Orchida:

Instagram: @projetoorchida

Facebook: Facebook.com/ProjetoOrchida

Twitter: Twitter.com/ProjetoOrchida

Spotify: OrchidaCast

Youtube: canal Projeto Orchida

Da Redação do LeiaJá.

 

O dermatologista Thales Bretas, viúvo de Paulo Gustavo, usou as redes sociais para dizer que está de volta ao trabalho. Na postagem, o mineiro afirmou que viver o luto da morte do esposo não está sendo uma tarefa fácil. "É necessário olhar para dentro e se reinventar, todos os dias. Nesse momento, retomo minhas atividades profissionais como parte desse processo", disse, nesta quarta-feira (16).

"Exercer a medicina, ajudar pessoas e escutar outras histórias serão passos importantes nessa nova fase da vida. Obrigado a todos pelo carinho e apoio! E espero meus pacientes e amigos pra conhecer a clínica nova que está linda, e que eu e Paulo fizemos com muito carinho e dedicação, pensando em todos os detalhes juntos!", finalizou.

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Nomes como Mônica Martelli, Marcus Majella, Fernanda Paes Leme, Angélica, Phaty Dejesus, Ludmila Dayer, Preta Gil, Larissa Manoela, Adriane Galisteu, Katiuscia Canoro, Marcos Veras, Fiorella Mattheis e Bruno Gagliasso postaram comentários exaltando a força de Thales.

Paulo Gustavo, com quem teve com Thales Bretas dois filhos, morreu no dia 4 maio. O humorista não resistiu ao quadro avançado do coronavírus. Devido à doença, Paulo chegou a ficar mais de 50 dias internado em um hospital do Rio de Janeiro. O intérprete do personagem Dona Hermínia, sucesso da franquia cinematográfica Minha Mãe é uma Peça, faleceu aos 42 anos.

O repórter Franklin David assumiu no último final de semana o seu namoro com Vitor Vianna. Em uma rede social, o ex-apresentador do programa Tricotando, da RedeTV!, homenageou o professor de educação física ao celebrar o Dia dos Namorados, com fotos do casal em Dubai e no Rio de Janeiro.

"Com você e de braços abertos pro mundo, tocando o fod*-se pro que vão falar, sorrindo, indo em busca da minha felicidade sem medo e podendo contar com você para me levantar/apoiar(na foto e na vida), meu porto seguro, a pessoa em quem eu confio de olhos fechados. O que as duas fotos tem em comum? Muita luz, mas não tô falando do sol, estou falando de você, Vitor . Te amo. Feliz dia nosso", declarou.

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Em entrevista à colunista Fábia Oliveira, do jornal O Dia, Franklin contou um pouco da relação. Ele disse que vem dando ouvidos ao coração: "Eu tenho escolhido viver da maneira mais leve possível. Tenho seguido o que o meu coração manda e vivido intensamente cada momento por entender que eu não tenho o 'daqui a pouco'. Eu não tive o daqui a pouco com a minha mãe, com o meu avô, com a minha avó e com o meu gato, que morreu recentemente".

A Pixar está desenvolvendo um novo projeto com espaço para representatividade LGBTQIA+. O estúdio procura uma adolescente transgênero para dublar a personagem Jess, que estará em seu próximo filme. A convocatória foi compartilhada pelo Twitter da Trans March, organização de ativismo trans em San Francisco (EUA).

O tweet trazia uma imagem com o chamado da Pixar para o teste que escolherá a dubadora. Ela deverá ter entre 14 e 17 anos e ser uma garota transgênero, bem como a personagem, Jess, uma menina trans “compassiva, engraçada, e que sempre apoia seus amigos”. O comunicado não especifica mais detalhes sobre o projeto no qual Jess será inserida.

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Esta será a terceira vez que a Pixar coloca um personagem LGBTQIA+ em seus filmes. Em Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica, o público conheceu a policial homossexual Specter; já no curta Out, a história girava em torno dos dilemas de Greg que desejava assumir sua sexualidade. 

Um projeto de lei (PL 4795/20) que tramita na Câmara dos Deputados reserva 30% das vagas de candidaturas dos partidos e coligações, nas eleições para os Legislativos, para candidatos LGBTQIA+, sem prejuízo das candidaturas previstas para os sexos masculino e feminino. A proposta altera a Lei das Eleições, que hoje já prevê uma cota de 30% de candidaturas femininas. O projeto é do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP).

O texto também destina 30% do valor do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) determinado para cada partido às candidaturas LGBTQIA+. Da mesma forma, a proposta reserva 30% da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão para tais candidaturas.

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Alexandre Frota argumenta que lésbicas, gays, bissexuais e transexuais são as pessoas menos representadas na política brasileira e defende que os partidos abram espaço para candidatos assumidamente não héteros.

O parlamentar reclama ainda da homofobia no País e dos questionamentos feitos por setores preconceituosos da sociedade no que diz respeito às políticas públicas em prol da população LGBTQIA+. “Dizem que elas são políticas de privilégios, quando na verdade são de direitos humanos, diminuição dos índices de violência e reparação social”, afirma Frota.

Ele acrescenta que, se hoje pessoas LGBTQIA+ podem se casar civilmente ou adotar crianças, por exemplo, estas vitórias não se devem ao trabalho político, mas ao de ativistas que acionaram o Judiciário e venceram. “Se quisermos mais vitórias, precisamos de mais LGBTQIA+ na política do País.”

Tramitação

O projeto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votado pelo Plenário.

*Da Agência Câmara de Notícias

O primeiro dia de aplicação da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, realizado no último domingo (17), foi marcado por denúncias de casos de constrangimentos a pessoas trans, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Ao LeiaJá, duas mulheres trans denunciam a falta de sensibilidade quanto ao tratamento das participantes momentos antes do início do Exame e como isso impactou no desempenho na avaliação.

Tido como o mês da visibilidade trans, janeiro recebeu a edição 2020 do Enem, devido ao cancelamento de aplicação em novembro do ano passado, em razão da crescente nos números da Covid-19 no Brasil. Até o momento, são mais de 210 milhões de mortes. Apesar da importância desse mês para a população trans, e do tema da redação do Exame abordando questões relacionadas à saúde mental, os direitos básicos conquistados por essa parcela da população, segundo candidatas, seguem desrespeitados, o que, segundo elas, causa desestabilidade de ordem mental às participantes vítimas de constrangimento momentos antes da realização da prova.

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Há dois anos com todos os documentos de identificação retificados, a estudante Luana Maria da Luz Barbosa, 20 anos, relatou que mesmo com nome atualizado no sistema de inscrição do Enem, na ata da sala de aplicação de prova, o nome registrado na lista era  ‘nome morto’. A participante realizou a prova em uma unidade de ensino superior, na área central do Recife. “Houve problemas, porque não estavam batendo os nomes. Daí o aplicador me levou até as pessoas que são responsáveis pelo departamento de aplicação de prova. E lá as pessoas não sabiam me dar informação se eu iria assinar como Luana ou com o nome antigo”, relatou Luana.

Segundo a estudante, a equipe ligou para o Inep para obter orientações sobre como proceder nessa situação. Após essa ligação, Luana recebeu a notícia de que teria que assinar o ‘nome morto’, assim como no cartão de confirmação de inscrição da estudante, que também não estava devidamente atualizado, tal como mostra na página do participante.

Luana assinou com o ‘nome morto’, despertando um sentimento de revolta diante da negação aos seus direitos. “Será que eu não posso passar por um processo de exame de vestibular, sem passar nenhum tipo de constrangimento? Sou sujeita a passar por esses tipos de violência de negações de direito?”, questionou Luana. “Meu sentimento é de revolta… É uma luta histórica”, enfatizou a estudante.

A estudante relatou que esse episódio potencializou uma situação de ansiedade. Isso, também levando em consideração, todas as preocupações em torno da prevenção contra a pandemia da Covid-19, no local de prova, que também impactaram no desempenho na prova. “Tive crise de ansiedade no meio da prova, fiquei bastante nervosa, mais ainda do que já estava com a pressão que essa prova tem sobre nós, estudantes, que vão prestar esse vestibular”, afirmou, emocionada, ao LeiaJá.

“Para nós, travestis e transexuais, é uma cobrança triplicada [em provas como essas]. Passei mal, durante e assim que terminou a prova, fiquei me sentindo tonta, sentindo como se tivesse feito uma péssima prova, sabe?”, relatou a estudante com a voz trêmula.

Insensibilidade social e desistência

Luana Maria, cria da comunidade do Ibura, localizada na Zona Sul do Recife, por um momento pensou em desistir de tudo. Ao LeiaJá, ela afirmou que não foi a única a passar por esse constrangimento e insensibilidade, problemas recorrentes contra pessoas trans. A participante presenciou quando outras duas meninas também passaram pela mesma situação de constrangimento, e uma delas desistiu de realizar a prova dado o impacto negativo causado pelo tratamento no local.

A reportagem do LeiaJá entrou em contato com as vestibulandas, mas não obteve retorno. No entanto, por meio de stories no Instagram, uma das candidatas afirmou que essa é “a última vez que precisei fazer o Enem, pois mesmo retificada tive que assinar e ser tratada por outro nome que não me pertence”.

Mesmo abalada, Luana realizou a prova e na redação disse ter que reforçar suas vivências com uma crítica ao constrangimento que ela e outras pessoas trans passam no “cistema” vigente. “O tema da redação é ‘O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira’. E é justamente o que eu passei, não é? Esse constrangimento. Essa irresponsabilidade social das pessoas contra nós”, pontuou Luana.

“Eu tive que falar um pouco das minhas dores. Dos meus sofrimentos na redação, não só o meu”, concluiu. Atitudes como essas afastam pessoas travestis e transexuais dos ambientes acadêmicos, em que são praticamente invisíveis, representando apenas cerca de 0,1% do total de alunos das instituições federais de ensino superior. Os dados são do levantamento realizado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em 2018.

Posicionamento do Inep

O LeiaJá procurou o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para obter um posicionamento diante do caso denunciado pelas estudantes. No entanto, o Inep não deu uma resposta objetiva aos ocorridos.

Responsável pela organização do Enem, o órgão apenas orientou que os estudantes que se sentirem prejudicados por "problemas de logística" podem solicitar “reaplicação do Exame em até cinco dias após o último dia de aplicação”, por meio da Página do Participante.

No próximo dia 24 de janeiro serão aplicadas as provas de matemática e Ciências da Natureza, na modalidade impressa. Já as provas da versão digital estão marcadas para os dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Confira, a seguir, na íntegra, o posicionamento do Inep sobre o caso:

O edital da versão impressa do Enem 2020 já prevê que: “O participante afetado por problemas logísticos durante a aplicação poderá solicitar a reaplicação do Exame em até cinco dias após o último dia de aplicação, no endereço. Os casos serão julgados, individualmente, pelo Inep. São considerados problemas logísticos para fins de reaplicação, fatores supervenientes, peculiares, eventuais ou de força maior, como: desastres naturais (que prejudiquem a aplicação do Exame devido ao comprometimento da infraestrutura do local), falta de energia elétrica (que comprometa a visibilidade da prova pela ausência de luz natural), falha no dispositivo eletrônico fornecido ao participante que solicitou uso de leitor de tela ou erro de execução de procedimento de aplicação pelo aplicador que incorra em comprovado prejuízo ao participante. A aprovação ou a reprovação da solicitação de reaplicação deverá ser consultada pelo endereço enem.inep.gov.br/participante.” O participante que se sentiu prejudicado deverá relatar o ocorrido. O Inep receberá os pedidos por reaplicação entre 25 e 29 de janeiro, pela Página do Participante do Enem. O Inep, junto às aplicadoras, vai apurar a situação e avaliar o pedido. A reaplicação do Enem, prevista em edital, será nos dia 23 e 24 de fevereiro, mesma data e com a mesma prova aplicada para pessoas privadas de liberdade, o chamado Enem PPL. Trata-se de uma nova prova, com mesmo nível de dificuldade, possível pelo fato de o Enem adotar a metodologia de Teoria de Resposta ao Item (TRI). Todos os anos o Inep prepara duas provas: a regular e a de reaplicação/PPL. Este ano, com o Enem Digital, foram preparadas três provas. 

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--> 'A sala ficou cheia', diz candidata do Enem

O Projeto de Lei 5220/20 obriga os partidos políticos a reservarem um percentual de 10%  das candidaturas aos cargos do Legislativo a pessoas LGBTQIA+.

A sigla que dá nome ao seminário se refere ao movimento em defesa do direito à diversidade de orientações sexuais e de identidades de gênero. As letras representam lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, transexuais, e travestis, queer, intersexo, assexuais e outros grupos.

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Pelo texto em análise na Câmara, a medida valerá para deputados federais, estaduais e vereadores. “Quanto mais diversificada a composição das casas legislativas, maior a possibilidade de representação dos mais diversos segmentos sociais existentes”, avalia o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP).​

*Da Agência Câmara de Notícias

 

A apresentadora Xuxa Meneghel resolveu investir seu tempo em novo projetos, entre eles livros infantis. Durante o programa ‘Otalab’, no canal do ator Otaviano Costa, a rainha dos baixinhos revelou que um dos livros infantis incluirá a temática LGBTQIA+.

"Tem um (dos livros), que é o meu xodó, que é a história da Maia. Uma menina arco-íris, que tem duas mães, que é minha afilhada. Fiz esse livro pensando em tudo o que a gente está passando, tanto preconceito, tanta discriminação, tanta gente julgando as pessoas pelas suas escolhas, condições ou vontades. Aí eu tentei colocar de uma maneira lúdica, bonita. Para que as crianças possam entender que o amor é mais importante do que qualquer coisa", explicou Xuxa.

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Além desse tema, a apresentadora também irá abordar o veganismo, de forma lúdica para as crianças. Xuxa também está escrevendo um livro autobiográfico, com as memórias de sua carreira. A rainha ainda não divulgou quando os projetos serão lançados.

No dia 28 de junho, foi celebrado mundialmente o Dia do Orgulho LGBTQI+. Internautas realizaram diversas postagens sobre o tema, lembrando que a data é um dever de conscientização e resistência. Algumas personalidades transmitiram mensagens de que o amor, respeito e igualdade devem ser manifestadas diariamente. 

Nomes como João Côrtes, Patrícia Marx e Jotta A resolveram passar por cima das críticas e compartilharam com os fãs que são homossexuais. Mas antes das comemorações do último dia 28, artistas fizeram questão de chutar de vez a porta do armário. Confira quais foram os famosos que se assumiram LGBTQI+ em 2020.

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Alice Braga

Namorando a atriz Bianca Comparato há três anos, Alice Braga virou um dos assuntos mais comentados da internet no início do ano. A informação foi confirmada pela assessoria de Alice ao jornal Extra. As duas se conheceram em 2015, mas a relação só era ambientada entre familiares e amigos.

Tiago Abravanel

No final de janeiro, Tiago Abravanel revelou que há quase cinco anos vive um relacionamento com o produtor Fernando Poli. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o neto de Silvio Santos declarou que nunca esteve no armário, mas que sempre buscou a preservação para falar do assunto. "Nunca falei disso porque achei que não precisasse falar, afinal de contas, o pessoal é pessoal. Mas, enfim, saiu na mídia. Talvez seja uma novidade para quem não me conhece tanto", disse.

Rebecca Black

Em 2011, a internet abria espaço para a cantora Rebecca Black. Dona do hit Friday, a artista de 22 anos abriu o coração sobre a sua sexualidade em abril deste ano. Rebecca declarou que é queer (expressão americana de significado amplo). "Para mim, a palavra queer é realmente agradável. Namorei muitos tipos diferentes de pessoas e não sei o que o futuro reserva", disse, em um bate-papo no podcast Dating Straight.

Amybeth McNulty

Sucesso na série Anne With An E, da Netflix, a atriz Amybeth McNulty revelou em junho ser bissexual. "Bom, eu acho que acidentalmente saí do armário (risos). Feliz mês do orgulho e do amor", escreveu ela, no seu perfil do Twitter.

Patrícia Marx

Na década de 1980, Patrícia Marx embalava as festas infantis quando fazia parte do grupo Trem da Alegria. No dia 28 de junho, a cantora usou o seu perfil do Instagram para dizer que está namorando uma mulher. Publicando uma foto ao lado da companheira, ela declarou: "Sou lésbica com muito orgulho! Estamos juntas, eu e o meu amor, Renata".

João Côrtes

O ator João Côrtes aproveitou o Dia do Orgulho LGBTQI+ para fazer um desabafo emocionante. No Instagram, o jovem de 25 anos contou aos seguidores que é gay. "Eu sabia que era gay com uns 14 anos, mas não sabia o que fazer com aquilo. [...] Se você é gay, bi, trans, não-binário ou ainda se questionando, se você está confuso, está sentindo dor ou vergonha ou humilhação ou se sente sozinho: você não está sozinho e vocês fazem o mundo muito mais interessante, surpreendente e suportável", afirmou.

Jotta A

Conhecido por encantar os telespectores na infância, durante sua participação no Programa Raul Gil, Jotta A decidiu falar um pouco da sua intimidade. Ele, que chegou a gravar músicas evangélicas, contou em uma postagem emocionante no mês passado que é gay. O rapaz escreveu: "Me lembro quando contei pra minha família e fui abraçado e amado de uma forma que eu não esperava. [...] A liberdade tem um preço, e esse preço pode ser; fama, poder, família, amizades... mas só é caro o que tem muito valor!! E eu descobri isso!! Feliz dia, ame, se afaste da negatividade e Viva!!".

Fotos: Reprodução/Instagram

A hamburgueria Burgay se auto intitula “a mais gay de São Paulo”. O estabelecimento faz sucesso nas redes sociais com seus lanches feitos no pão rosa com glitter e nomes inspirados nas divas da música pop.

O prato da casa é chamado de “Madonna”, que embora seja o clássico cheese salada, a descrição do lanche no Ifood brinca com um dos maiores sucessos da cantora. “Like a virgin, cada mordida é como o prazer do primeiro toque”. Os acompanhamentos são chamados de “sides”, fazendo uma alusão à música “Side to sides” da cantora Ariana Grande com participação da rapper Nicki Minaj.

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Os sanduíches da Burgay são servidos em um pão cor de rosa com glitter. Foto: Divulgação

Quem prefere a Beyoncé vai gostar do “Bey.com lemonade”, que possui a seguinte descrição: “Ok ladies, now let’s get a burgay. Burger de 150g com crispy bacon bites, all the single queijo (1 fatia de queijo pratoh), maionese de limão siciliano pra militar muito no rolê”.

A ideia de criar a hamburgueria veio do ex-diretor de cinema Rafael Lundgren, que ao se deparar com a atual crise no mercado audiovisual decidiu mudar de rumo.

A demanda cresceu tanto que Rafael Lundgren está procurando um imóvel para ampliar a lanchonete. Foto: Divulgação

O Burgay surgiu na cozinha do apartamento de Rafael e, com a criatividade e o plano de serviço diferenciado, a lanchonete cresceu rapidamente. “Pra mim ainda está insano e uma loucura. Esse lance das avaliações me alegra muito, ficamos felizes com esse retorno das pessoas porque não adianta nada a gente ter uma coisa legal, divertida, e não ter uma boa comida. É um mix de coisas que a gente se preocupa de fazer”, conta.

Com a grande demanda pelos lanches e a ideia de proporcionar um ambiente agradável para as pessoas LGBTQIA+, Rafael está agora à procura de um ponto comercial para expandir a Burgay. “A gente tem que ter um ambiente em que as pessoas possam se sentir à vontade para ser quem elas são. É muito ruim essa ideia que as pessoas tem de que, se você é muito bicha, muito viado, para ser quem você é você tem que ir para uma balada gay. Isso é errado, às vezes a pessoa só quer sair pra comer, pra relaxar, para conversar com os amigos, tomar uma cerveja, um refrigerante, porque que não pode ter um ambiente tranquilo muito viado? Eu acho importante ter algo nesse foco”, diz o proprietário.

Atualmente a lanchonete funciona na rua Cardeal Arcoverde, 564, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.

 

Por Gustavo Batista

 

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