Tópicos | LGBTQIA+

Leo, um americano de 14 anos, toma testosterona há seis meses. "Me ajuda muito, me sinto mais seguro de mim mesmo, mais em sintonia com minha identidade de gênero", disse à AFP.

Este adolescente transgênero está preocupado com as leis adotadas por vários estados conservadores para proibir os tratamentos hormonais para menores que não se identificam com seu sexo de nascimento.

"A única coisa que eu quero é que eles me deem a injeção toda semana", diz, com convicção.

Ele conta que se sente "menos deprimido", graças à testosterona, que bloqueia sua menstruação, aumenta os pelos e os músculos do corpo.

Leo mora em uma área rural da Pensilvânia (nordeste), onde há poucos “adolescentes queer”. Por enquanto, têm sido deixados em paz pelas autoridades locais. O que ele espera que continue assim – por sua própria saúde mental.

Antes de começar essas injeções, revela, "eu me machuquei", sem entrar nos detalhes dessas dolorosas lembranças.

Mais de 56% dos jovens trans tiveram ideias suicidas durante a vida, e 31% tentaram suicídio, de acordo com a Academia Americana de Pediatria. Também são mais propensos à depressão, ansiedade, distúrbios alimentares, comportamentos de risco e mutilação do que outros adolescentes.

"Estudos mostram que esses jovens se sentem melhor quando têm meios para expressar o gênero", com o qual se identificam, por meio de bloqueadores da puberdade, ou tratamentos hormonais, explica Jack Drescher, professor de psiquiatria da Universidade de Columbia.

- "Deprimidos" -

Mas, em nome dos efeitos irreversíveis de alguns desses tratamentos, congressistas de uma dúzia de estados, como Idaho, Indiana e Geórgia, aprovaram leis para proibi-los, às vezes acompanhadas de penalidades para os médicos que se arriscarem a violá-las.

“Talvez protejam algumas crianças, aquelas que estão confusas, pensam que são transgênero e depois se arrependem, mas fazem isso às custas daqueles que se beneficiam desses tratamentos”, lamenta o professor Drescher.

Para além da legislação sobre os tratamentos médicos, esses estados também multiplicam as leis para proibir estudantes trans de usarem banheiros de acordo com o gênero com o qual se identificam, ou ainda, para excluir mulheres trans das equipes esportivas femininas.

“Por causa de todas essas leis, muitos jovens estão muito deprimidos, não têm mais fé no futuro”, alerta Rachel Smith, uma mulher transgênero de 47 anos que trabalha como terapeuta comportamental com jovens trans em Baltimore.

Segundo uma pesquisa feita pelo Trevor Project, associação de combate ao suicídio que trabalha com jovens LGBTQIA+, 86% dos jovens trans, ou não-binários, afirmam que esse frenesi legislativo teve um impacto negativo em sua saúde mental.

- "Medo" -

Recentemente, tanto Rachel quanto Leo participaram do "dia da visibilidade trans" em Washington, D.C., onde uma artista vestida de branco e manchada de sangue falso chamou a atenção para o risco de suicídio na comunidade.

A terapeuta considerou essa ação benéfica, apesar do risco de agravar a angústia dos pais, apavorados com o contexto atual.

"Tenho medo pelos meus filhos", desabafa Jaclynn, uma mãe de 44 anos que mora em uma cidade na Carolina do Norte (leste).

De seus quatro filhos, um é transgênero, e outro, queer.

"Ambos estão fazendo terapia, e um deles já tentou suicídio", diz.

"Foi em parte por isso" que ela levou os dois para o ato em Washington: para ajudá-los a se sentirem acompanhados.

As pessoas trans e suas famílias temem que esse clima gere hostilidade.

O padrasto de Leo, que o acompanhou ao protesto em Washington, disse se sentir aliviado, porque "ninguém gritou com eles".

No dia seguinte, porém, na capital, um pequeno grupo de ativistas de extrema-direita atacou ativistas que levavam cartazes com frases como "Protejam a juventude trans", em frente à Suprema Corte.

A polícia intercedeu rapidamente, e ninguém ficou ferido.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pediu hoje (20) a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o pedido da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) para suspender as redes sociais do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

A parlamentar pediu a suspensão de acesso após discurso do deputado no Dia Internacional da Mulher, quando Nikolas vestiu uma peruca amarela e disse que “se sentia uma mulher” e afirmou ainda que “as mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres”. Para a comunidade LGBTQIA+, o parlamentar cometeu crime de transfobia no discurso.

##RECOMENDA##

“Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, para manifestação quanto ao requerimento apresentado pela deputada federal Érika Hilton, para imposição de medidas cautelares em desfavor do deputado federal Nikolas Ferreira no prazo de 5 cinco dias”, despachou Moraes.

Após o episódio, pelas redes sociais, Nikolas Ferreira negou qualquer ofensa. “Defendi o direito das mulheres de não perderem seu espaço nos esportes para trans - visto a diferença biológica - e de não ter um homem no banheiro feminino. Não há transfobia em minha fala. Elucidei o exemplo com uma peruca. O que passar disso é histeria e narrativa”, afirmou. 

Após curtir e comentar fotos sensuais de um modelo gay no Instagram, o vice-governador do Tennessee, Randy McNally, anunciou que vai dar um tempo das redes sociais. Aos 79 anos, o político conservador é um dos líderes do partido Republicano e apoiou a lei que limitou o local dos shows de drag queens, além de ser favorável ao financiamento de orfanatos que impedem a adoção por famílias LGBTQIA+. 

Franklyn Superstar, de 20 anos, costuma publicar fotos picantes e, em algumas delas, recebeu elogios e emojis de fogo e corações de McNally. "Você pode transformar um dia chuvoso em arco-íris e brilho do sol", escreveu o conservador. 

##RECOMENDA##

Com a interação do político nos conteúdo em que o jovem aparece com roupas íntimas e partes do corpo à mostra, ele passou a ser chamado de hipócrita. 

[@#galeria#@]

McNelly anunciou que a pausa em suas nas redes para "refletir e receber mais orientações sobre o uso das mídias sociais". 

A Corregedoria do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) suspendeu a seleção de estágio destinada a candidatos que se declarassem LGBTQIA+ no ato de inscrição. "Não haverá contratação, em nenhuma hipótese, de pessoas cisgênera heterossexuais", diz trecho do edital.

Além disso, o documento também pontua as prioridades para classificação nas oportunidades: gênero, orientação sexual, cor e "reconhecimento do maior grau de discriminação social negativa" a população LGBTQIA+. Ao todo, o processo seletivo contava com três vagas para estudantes de direito, sob a responsabilidade do juiz Mário Soares Caymmi Gomes, titular da 27ª Vara de Substituições da Capital. 

##RECOMENDA##

Na última sexta-feira (27), o desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano, corregedor-geral, apontou que as ações para tornar o Poder Judiciário mais inclusivo são "absolutamente louváveis", no entanto, o edital da seletiva de estágio "aparenta ter incorrido em equívocos, tanto na forma em que foi redigido quanto na adoção de regras excludentes em desproporcionalidade".

Ainda segundo a decisão do desembargador, vetar participantes heterossexuais "em uma análise superficial, não parece razoável a vedação imposta". Assim,  José Edivaldo Rocha Rotondano suspendeu de maneira cautelar o edital e determinou também a notificação do juiz Mário Soares Caymmi Gomes.

A comentarista e ex jogadora da seleção inglesa, Alex Scott, fez o seu próprio protesto contra as proibições homofóbicas durante a Copa do Mundo do Catar. Em uma reportagem no estádio, ela colocou a braçadeira “One Love” que leva as cores que remetem à bandeira LGBTQIA+, que seria usada por jogadores ingleses nesta segunda-feira (21).

##RECOMENDA##

Por conta de uma ameaça da FIFA de dar cartão amarelo para quem entrasse com a braçadeira, os jogadores de algumas seleções desistiram do do adereço. A Inglaterra estreou com goleada contra o Irã por 6x2.

O Catar, país sede da primeira Copa do Mundo realizada no Oriente Médio, tem uma lei criminalizando os relacionamentos entre homossexuais o que acabou gerando bastante controvérsia por sediar um evento global.

O ativista Peter Tatchell afirmou ter sido detido nesta terça-feira (25) após ter realizado um protesto pela causa LGBTQIA+ em frente ao Museu Nacional do Catar. Tatchell vestia uma camiseta com a hashtag #QatarAntiGay e afirmou que a polícia de Doha o manteve detido por 49 minutos.

Acompanhado de um colega, o ativista segurava um cartaz com os dizeres: "Catar detém, prende e submete LGBTS à 'conversão'. A polícia apreendeu o cartaz e fotografou o passaporte de Peter. Antes da Copa de 2018, na Rússia, Tatchell chegou a ser preso por protestar pela mesma causa.

##RECOMENDA##

“Fotos e vídeos do protesto em um celular foram apagados pela polícia e os detidos não foram autorizados a sair. Fomos interrogados sobre nossa viagem. Então nos disseram que deveríamos estar em nosso voo para Sydney”, afirmou o ativista, através de uma nota em suas redes sociais.

“É uma pena que o governo do Catar esteja tentando desviar a atenção de seus diabólicos abusos dos direitos humanos, deturpando um manifestante pacífico”, completou.

A embaixada do Catar em Londres disse à Sky News que o australiano não foi preso. "Os rumores nas mídias sociais de que um representante da 'Fundação Peter Tatchell' foi preso no Catar são completamente falsos", afirmou o Gabinete de Comunicação do Governo do Catar.

[@#video#@]

Adiel, um teólogo de 32 anos, teve que romper com sua igreja batista e se transformar em um ferrenho ativista defensor dos direitos LGBTQIA+ para poder se casar com seu noivo Lázaro. Ambos protagonizam um dos primeiros casamentos homoafetivos de Cuba.

Os casais do mesmo sexo começaram a se casar em diferentes províncias da ilha desde o dia 25 de setembro, quando Cuba ratificou o Código das Famílias em referendo, uma nova legislação que inclui o casamento igualitário, adoção por pessoas do mesmo sexo e gestação assistida.

"Para nós, que nos envolvemos tão diretamente" na aceitação do casamento gay em Cuba, "que tornamos isso parte do nosso cotidiano, que foi nosso pão de cada dia durante sete anos consecutivos, conseguir casar foi o encerramento, a culminação", disse à AFP Adiel González, ao lado de Lázaro Gonzáles, um artista independente de 52 anos, em sua casa na cidade de Bolondrón, na província central de Matanzas, após o casamento.

"Sempre esperamos por esse momento porque era um sonho", disse o noivo antes de se trocar para participar da cerimônia.

- "Não caiu do céu" -

O casal se casou na única sala de registro civil da cidade com cerca de 7.000 habitantes. Ambos assinaram a certidão de casamento em meio a brincadeiras.

Na América Latina, o matrimônio homoafetivo é legal na Argentina, Uruguai, Brasil, Colômbia, Equador, Costa Rica, Chile e alguns estados mexicanos.

Este tem sido um tema sensível em Cuba. O país ainda está marcado pela homofobia exacerbada durante as décadas de 1960 e 1970, quando o governo condenou muitos homossexuais ao ostracismo e os enviou para campos de trabalho agrícola militarizados.

Adiel pensa que, desde então, "Cuba mudou da noite pro dia". Ter um presidente que diz publicamente ser "a favor do casamento igualitário, isso não caiu do céu", mas é fruto do trabalho árduo de ativistas e acadêmicos que conseguiram influenciar as decisões políticas, acrescenta.

Esse ativista diz que também teve que enfrentar o fardo de ter nascido em uma família cristã "muito conservadora e fundamentalista".

"Fui ensinado a rejeitar qualquer manifestação homossexual. Qualquer maneirismo, inclusive, era considerado um pecado", narra, ao recordar que desde os 11 anos tentou mudar entregando-se à oração.

"Mas isso não aconteceu porque a orientação sexual não se escolhe, não se troca e estou convencido que a orientação sexual não importa para Deus", conta ele com uma cruz no pescoço.

  A data será comemorada anualmente no dia 23 de março  O prefeito de Recife, João Campos (PSB) sancionou uma lei que permitiu a criação do Dia Municipal de Combate à LGBTFOBIA”, no último sábado (8). 

 A lei que foi publicada no Diário Oficial, de autoria da vereadora Natália de Menudo (PSB), a data será comemorada anualmente no dia 23 de março, sendo incluída no "Calendário Oficial de Eventos do Município do Recife". 

##RECOMENDA##

A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria do Trabalho e Qualificação Profissional (Seteq), realiza nesta sexta-feira (30) a 8ª edição da Arena GO Recife. Nesta edição, o evento tem como objetivo a qualificação e promoção de serviços para a comunidade LGBTQIA+.

Entre as atividades, o estágio "Bote o Filtro" disponibiliza profissionais de estética nas áreas de cabeleireiro e maquiagem para potencializar a imagem dos usuários e empreendedores nas plataformas digitais. Já em "O Currículo tá On", é possível elaborar um currículo digital, criar conta no Linkedin e receber orientações sobre comportamento em entrevistas de emprego. No local também será possível realizar outros serviços, como agendamento e emissão de documentos (RG, CPF, CTPS e CNH) e formalização de Microempreendedor Individual (MEI).

##RECOMENDA##

Além disso, ainda haverá palestras sobre como transformar uma ideia em uma startup; oficinas de Formação profissional; repasse se informações sobre o Programa Crédito Popular do Recife (CredPop Recife); e o cadastramento dos interessados na plataforma digital GO Recife.

Os interessados devem efetuar o cadastro prévio através do site oficial e emitir o comprovante de inscrição, que será apresentado no dia do evento para realizar o credenciamento. O evento acontecerá no Centro Municipal de Referência LGBTI+, na Rua dos Medicis, 86, Boa Vista. A programação acontecerá de 8h até às 14h.

A Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação do Estado (Seteq), por meio da Secretaria Executiva de Micro e Pequena Empresa, promove, neste sábado (24), a palestra Empreendedorismo e Marketing Digital para o público LGBTQIA+, a partir das 13h50, no salão térreo do Cais do Sertão, no Recife Antigo, localizado na área central da cidade.

O encotro será ministrado pelo o economista e especialista em planejamento e gestão organizacional, Antônio Heleno da Silva, que também é consultor nas áreas de planejamento e marketing. 

##RECOMENDA##

“O marketing digital é um canal de comercialização e assumiu um papel muito importante na realidade atual”, disse. “Não podemos ficar presos ao marketing tradicional. O consumidor quer saber o que está comprando, as características do produto, o preço e tudo isso passa pelos conhecimentos de marketing”, disse Antônio Heleno da Silva.

A Ben & Jerry's, sorveteria conhecida por defender as causas da comunidade LGBTQIAP+ pelo mundo, mudou a marca para comemorar o Dia da Visibilidade sexual, celebrado nesta sexta-feira (23). Com isso, a empresa se transformou em Bi&Jerry's.

Além disso, as cores rosa e roxo, que representam a bandeira bissexual, estarão fazendo parte dos cartazes das lojas físicas e na comunicação da marca nas redes sociais, como já está sendo feito. "Podem até tentar esquecer a letra B no fundo do pote, mas a gente traz informação pra tirar ela de lá", compartilhou a sorveteria em sua conta oficial do Instagram.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

No Twitter, a empresa anunciou a sua promoção especial para o Dia da Visibilidade Bissexual. As pessoas que tiverem preferência por dois sabores diferentes de sorvete poderão levar duas bolas pelo preço de uma.

A Bi&Jerry's tem um histórico de defender as causas da população LGBTQIAP+. Segundo conta no próprio site da sorveteria, desde o início da década de 80 que os fundadores implantavam os direitos igualitários dentro das políticas da empresa, independente da orientação sexual ou identidade de gênero. 

"Em 2014, quando viemos para o Brasil, o país onde há maior violência contra as pessoas LGBTQIA+ no mundo, vimos a necessidade de ir além e de usar a nossa casquinha como megafone para esta causa e poder mudar essa realidade", aponta a empresa.

O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica comemora seus 26 anos nesta segunda-feira (29). A data marcou a realização do 1º Seminário Nacional de Lésbicas (SENALE), que aconteceu em 1996. Dessa forma, o dia passou ser dedicado para discutir políticas públicas de combate ao preconceito e dar visibilidade à comunidade no Brasil.

A partir dessa conquista, a comunidade LGBTQIA+  adquiriu alguns direitos desde 1996. Sendo assim, mesmo que tardio, o Supremo Tribunal Federal (STF) passou a criminalizar a homofobia e transfobia, com a aplicação da Lei do Racismo (7.716/1989). 

##RECOMENDA##

Também foi conquistado o direito da saúde para todos. A partir disso, o poder público passou a ter o dever de implementar políticas públicas de saúde também para a população LGBTQIA+, garantindo-lhes o direito um atendimento humano e igualitário, livre de qualquer discriminação, restrição ou negação em virtude da orientação sexual e identidade de gênero.

Outra conquista simbólica, foi o direito ao casamento e União Estável. Sendo assim, em 2011 o STF proibiu que qualquer cartório, magistrado ou tribunal do país discrimine as pessoas em razão do sexo, seja por motivo de gênero, seja de orientação sexual. Além disso, também determinou que o casamento homoafetivo deve ter o mesmo regime jurídico protetivo conferido aos casais heterossexuais.

Além disso, casais homossexuais também ganharam o direito à adoção. Não é permitido que nenhum juiz ou promotor faça exigências que não seriam feitas aos casais heterossexuais. 

País que mais mata

Mesmo com várias conquistas simbólicas, a comunidade ainda enfrenta bastante preconceito e violência. Segundo o relatório produzido pelo Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+, o Brasil pelo quarto ano consecutivo é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo. 

Por isso, o preconceito reflete diretamente na dificuldade dessas pessoas em conseguir emprego e até mesmo um lar para morar. Muitas delas, são expulsas da própria casa e passam a morar nas ruas, sujeitas a qualquer tipo de violência.

Casa de Acolhimento 

Recentemente, a prefeitura do Recife inaugurou a nova Casa de Acolhimento de Pessoas LGBTQIA+ Roberta Nascimento, no bairro da Iputinga. Nela poderão ser abrigadas pessoas da comunidade que se encontram em situação de vulnerabilidade. 

A casa tem capacidade de abrigar 20 pessoas, mas até o momento encontra-se com 9. Segundo a prefeitura, para ter acesso à casa basta ser atendido pelo Centro de Referência em Cidadania LGBTQIA+ do Recife, localizado na Rua dos Médicis, 86, no bairro da Boa Vista. É preciso ter mais de 18 anos e ter sido vítima de formas de violência motivadas pela orientação sexual e/ou identidade de gênero, como preconceito, abusos e maus tratos, negligência e abandono.

"Aqui não tem exclusão social. Porque quando uma pessoa chega numa situação de rua ela normalmente é muito excluída. Ela já não é vista mais como alguém como todo mundo da sociedade. Não que dentro da sociedade todo mundo seja visto por igual. Mas quando você perde a sua casa, perde os seus bens, se você já não tem espaço, agora você não tem mesmo. E aqui você é tratada do jeito que você merece, do jeito que você quer, sem ser pelas coisas que você tem, mas por quem você é", relatou a mulher trans e primeira abrigada da casa, Estela Lilian, de 19 anos.

O primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, anunciou neste domingo que seu país revogará uma lei colonial que criminalizava as relações sexuais entre homens, embora o governo continue "defendendo" que o casamento é entre um homem e uma mulher.

"O governo vai revogar [a lei] e descriminalizar o sexo entre homens. Acho que é a coisa certa a fazer, e algo que a maioria dos singapurenses aceitará agora", disse ele em um discurso político.

##RECOMENDA##

Lee acrescentou que os costumes mudaram desde 15 anos atrás, quando o governo decidiu deixar a lei em vigor.

Os homens homossexuais "agora são mais aceitos" localmente, especialmente entre os jovens de Singapura, disse ele. A revogação "colocará a lei em sintonia com os costumes sociais atuais e espero que dê um respiro aos singapurenses gays", disse Lee.

A lei, herança da época colonial britânica, criminaliza as relações sexuais entre homens com até dois anos de prisão.

Ativistas dos direitos homossexuais há muito tempo argumentam que a lei colide com a cultura da cidade-Estado cada vez mais moderna e, no passado, entraram com dois processos para derrubá-la, sem sucesso.

Ainda assim, Lee afirmou que o governo está ciente de que "a maioria dos singapurenses não quer que a revogação [da lei] leve a uma mudança drástica em nossas normas sociais", incluindo a definição de casamento e como o casamento é ensinado nas escolas.

"Portanto, mesmo que revoguemos [a lei], vamos defender e proteger a instituição do casamento", disse ele, lembrando que, sob a lei atual, Singapura "só reconhece os vínculos matrimoniais entre um homem e uma mulher".

A população LGBTI+ que está em situação de vulnerabilidade e risco social passa a contar com uma casa de acolhimento inaugurada pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas (SDSDHJPD). Desde a última segunda-feira (15), a Casa de Acolhimento Municipal LGBTI+ Roberta Nascimento, está funcionando na Rua Pereira Coutinho Filho, 48, bairro da Iputinga, e tem capacidade para receber até 20 pessoas.

A Casa é um local de apoio e segurança para que os acolhidos e acolhidas possam se fortalecer e se tornar independentes a partir dos mecanismos oferecidos pela rede municipal de Assistência Social. O equipamento funciona tal qual uma residência, com atendimento 24 horas e seis refeições diárias, além de profissionais qualificados tais como psicólogo, assistente social e educador social. A Casa de Acolhimento Municipal LGBTI+ Roberta Nascimento,  será gerenciada pela OS Instituto Ensinar de Desenvolvimento Social (IEDES) vencedora do processo licitatório.

##RECOMENDA##

O caminho para ter acesso à casa de acolhimento é ter sido atendido pelo Centro de Referência em Cidadania LGBTI+ do Recife, localizado na Rua dos Médicis, 86, na Boa Vista. É preciso ter mais de 18 anos e ter sido vítima de formas de violência motivadas pela orientação sexual e/ou identidade de gênero, como preconceito, abusos e maus tratos, negligência e abandono.

A criação da Casa de Acolhimento Municipal LGBTI+ amplia as políticas públicas para esse segmento no Recife, que vem sendo construída ao longo dos últimos anos. Atualmente, a rede de atendimento à população LGBTI+ é conta com serviços da Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas, Secretaria de Saúde, Secretaria da Mulher, entre outros.

A Casa traz o nome de Roberta Nascimento, 33 anos, uma mulher trans vítima de transfeminicídio, que teve  mais de 40% do corpo queimado, e faleceu em 2021, no Hospital da Restauração, em Recife.

A Prefeitura do Recife realiza algumas ações contínuas voltadas ao público LGBTI+, que são:

 

Cetro LGBT  

Inaugurado pela Prefeitura do Recife em 2014, o Centro de Referência em Cidadania LGBT do Recife é um espaço de promoção da cidadania e garantia de direitos de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais, habilitado a fornecer orientações sobre direitos humanos e prestar atendimento especializado a vítimas de discriminação e violência homofóbica. Trata-se do primeiro Centro de Referência Municipal do Estado de Pernambuco. Com equipe interdisciplinar, formada por agente de direitos humanos, psicólogo, advogado e assistente social, o equipamento tem mais de 2,3 mil usuários cadastrados e realizou mais de 12 mil atendimentos. O equipamento fica na Rua dos Médicis, nº 86, Boa Vista, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 17h.

 

Denúncia online

Lançado em 2018, a plataforma online de denúncias contra LGBTfobia está disponível no site da Prefeitura do Recife, por meio do link http://bit.ly/DenunciaLGBTRecife. O canal recebe registro de casos com base nas leis municipais nº 16.780/2002 e nº 17.025/2004, que proíbem manifestações preconceituosas ou discriminatórias em razão da orientação sexual ou identidade de gênero, punindo os estabelecimentos públicos ou particulares, empresas ou organizações sociais que desrespeitarem as legislações. Após o registro da denúncia, a equipe da Gerência de Livre Orientação Sexual (Glos), em conjunto com órgãos administrativos da Prefeitura, dá início a um processo administrativo para a apuração da denúncia e, se for o caso, as punições impostas pelas leis são aplicadas. Além disso, a GLOS também se dispõe a propor ações educativas junto aos estabelecimentos que forem denunciados. Outros tipos de discriminação e violência, não previstos na legislação, podem procurar o Centro LGBT.

 

Ambulatório LGBT

O Ambulatório LGBT Patrícia Gomes, na Policlínica Lessa de Andrade, foi aberto pela Sesau Recife em 2017, sendo o primeiro ligado à Atenção Básica em Pernambuco. De segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, os pacientes são assistidos por equipe multiprofissional formada por médicos e psicóloga, além de residentes do Programa Multiprofissional de Saúde da Família. O serviço, que tem capacidade em torno de 100 atendimentos por semana, considerando os profissionais citados, oferece exames clínicos e processo transexualizador ambulatorial (hormonização), adequado à necessidade do usuário. Além desses serviços, desde outubro de 2021, o ambulatório passou a ofertar o acompanhamento da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) de risco à infecção pelo HIV que consiste no uso preventivo de medicamentos antirretrovirais antes da exposição sexual ao vírus, para reduzir a probabilidade de infecção pelo HIV.

 

Ambulatório LBT

Já o Ambulatório LBT do Hospital da Mulher do Recife, no Curado, tem, atualmente, cerca de 350 lésbicas, bissexuais e transexuais cadastradas. A mulher pode conhecer o serviço e ter acesso à entrevista social, sem necessidade de marcação prévia. Para isso, basta se dirigir ao HMR, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. O atendimento da Ginecologia acontece nas segundas e quartas-feiras. Para além do atendimento médico, é possível ter acesso ao serviço de Psicologia e outras especialidades ofertadas no Hospital. É importante lembrar que só são atendidas pacientes com SUS do Recife.

 

Saúde LGBT  

Para promover a saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis, a Prefeitura do Recife instituiu, em 2015, a Política de Atenção à Saúde da População LGBT do Recife, que, entre outras ações, inclui abertura de espaços de referência para o acolhimento e cuidado com a saúde desse público, como o Ambulatório LGBT Patrícia Gomes e o Ambulatório LBT do Hospital da Mulher do Recife. Mais de 1.200 profissionais das Unidades de Saúde da Família e de Centros de Atenção Psicossocial já passaram por capacitações e sensibilização em sexualidade, gênero e saúde da população LGBT.

 

Núcleo Institucional de Mulheres LBT

Criando em 2021 e sob a coordenação da Secretaria da Mulher do Recife, o Núcleo Institucional de Mulheres Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LBT), tem como objetivo orientar as estratégias para implementação de políticas públicas de gênero, diversidade e sexualidade, fortalecendo a intersetorialidade na gestão. Além das reuniões mensais, o núcleo já realizou ação conjunta com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, o CredPop Recife para a população LBT. Também participou Jogos do Orgulho, promovido pela Secretaria Executiva de Juventude, e, em comemoração aos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, realizou uma roda de diálogo com mulheres trans, no Centro de Referência Clarice Lispector.

Nesta quinta-feira (4), no Recife, foi lançado o selo FestValle. Capitaneado pelos empresários Alex Rocha e Dani Gouveia, o projeto propõe movimentar o cenário do entretenimento LGBTQIA+. De acordo com Alex, que comanda a agência de marketing Exclusiva Promo, a proposta começou a ser elaborada há cerca de dois anos. “É mais que uma festa, é um selo que promete trazer grandes diferenciais e que irá contribuir ao mesmo tempo com o social”, explicou ele, em entrevista ao LeiaJá. “Temos pautas fortes, inclusivas. Nós temos a legitimidade do que estamos falando”, completou. 

Ainda segundo Rocha, sua equipe foi em busca de respostas para saber do que o público recifense estava sentindo falta. “Vamos privilegiar minorias, além de montar uma grade artística com uma boa porcentagem feminina”, adiantou. Por dia de evento, a organização espera receber de 2.500 a 5.000 pessoas. 

##RECOMENDA##

Para estrear o selo, a Copa do Mundo 2022 foi o tema escolhido. No dia 24 de novembro, começando com o pé direito, o FestValle receberá o encanto e talento baiano da cantora Alinne Rosa. Dona dos hits Chegue Chegando e Estilo Meu, a cantora promete levar a magia da axé music para a turma que marcar presença na Arena FestValle. A estrutura será montada na cobertura do Paço Alfândega, Bairro do Recife.

Enquanto a Seleção Brasileira for avançando na competição mundial, no Qatar, a programação musical será divulgada. Além de Alinne, a Banda Cheiro de Amor subirá ao palco do evento em 2 de dezembro, no terceiro jogo do Brasil. Independentemente dos artistas anunciados, a equipe assegura que o público vai ser impactado com atrações surpresas.

A pré-venda promocional do passaporte começou a ser liberada às 19h desta quinta, no site Sympla, com opção de compra casadinha. Juntando sofisticação, conforto, agito e muita música, em um espaço com praça de alimentação, open beer e projeto de inclusão e acessibilidade, o FestValle visa esquentar as principais datas comemorativas do país, sem contar que pretende ganhar em breve outras capitais do Nordeste. “A gente vem com tudo”, declarou a produtora cultural Dani Gouveia.

[@#galeria#@]

"As pessoas aqui não tentam entender. Se você é gay: é banido, batem em você, entregam você à polícia. Então eu faço o possível para ficar no meu canto, tenho medo de encontrar com alguém que me conhece e me odeia", diz Abdú, um jovem homossexual senegalês.

Com apenas 20 anos, Abdú* recebeu ameaças de morte e foi rejeitado por sua família. Seu testemunho é o da exclusão social e da vida quase impossível para os homossexuais no Senegal.

"A situação está ficando cada vez pior", diz ele. "A raiva que as pessoas têm... não é algo que existia antes", afirma.

As tensões em torno desta questão tabu no Senegal estão crescendo, marcadas por um aumento da discriminação, segundo organizações dos direitos humanos.

Neste país, onde 95% da população é muçulmana, a homossexualidade é considerada um "desvio". A lei pune os chamados "atos antinaturais com pessoa do mesmo sexo" com pena de um a cinco anos de prisão.

"A situação da comunidade LGTBQIA+ é muito complicada, principalmente no último ano e meio", no qual houve "uma campanha em massa" contra a homossexualidade "promovida por associações religiosas e conservadoras que supostamente querem restaurar os valores senegaleses", disse à AFP Usman Aly Diallo, pesquisador da Anistia Internacional para o escritório da África do Oeste e Central.

Em maio de 2021 e em fevereiro deste ano, milhares de pessoas se manifestaram em Dacar para exigir um aumento da repressão à homossexualidade, uma questão que também é instrumentalizada politicamente.

"Tensão lamentável"

Apoiados pela ONG islâmica Jamra, 11 deputados apresentaram em dezembro de 2021 um projeto de lei que pune a homossexualidade com penas de prisão de cinco a dez anos.

O projeto foi rejeitado pelo Parlamento porque a sanção atual foi considerada suficiente.

Para o porta-voz da ONG Mama, Mactar Gueye, a comunidade LGBTQIA+ "cria um problema" porque "começou a ocupar o espaço público" e a "provocar".

Segundo Gueye, o país vive uma "tensão lamentável" e uma lei permitiria proteger "a sociedade" e também os homossexuais "da justiça popular".

A Anistia Internacional adverte em seu último relatório que várias pessoas foram assediadas, detidas e julgadas por sua orientação sexual em diferentes países africanos.

No entanto, em vários desses países existem comunidades LGTBQIA+ que levantam a voz, algo impensável no Senegal.

Devido à falta de dados oficiais e à diversidade de contextos, os especialistas apontam que é difícil saber o nível de perseguição no Senegal em comparação com o resto da África.

*Nomes alterados por motivos de segurança.

O vereador Jojó Guerra (PL) chamou o vereador Vinicius Castello (PT) de "viado" durante sessão no plenário da Câmara Municipal de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), nessa terça-feira (26). A fala foi transmitida ao vivo pela internet.

Apesar do tom "elogioso" ao colega, Jojó repetiu o termo durante sua participação. "Como você bem fala e brinca, né? Eu acho que, nesse momento, posso falar isso, se você declara que você é um viado. Eu acho que você ter feito esse papel e ter defendido o que você escolheu, é direito seu. Diferentemente de outras pessoas. Que você como viado mesmo, é muito mais homem", afirmou.

##RECOMENDA##

O vereador foi repreendido pelo presidente da Câmara, Saulo Holanda (SD), que ameaçou denunciá-lo ao Conselho de Ética. "É bom ter respeito aqui dentro da Casa. O senhor tá com quebra de decoro aí. Cada um tem seu compromisso com sua igreja e com sua religião, mas respeite aqui dentro", advertiu.

Jojó é 2º vice-presidente da Câmara e fiel da Igreja Evangélica Assembleia de Deus. Ele retomou a fala e explicou que foi criticado em sua igreja por ter votado a favor de um projeto de Castello. "As pessoas que são evangélicas, igual a mim aqui, comunicaram ao Jurídico, ao Administrativo, para não colocarem o nome delas. O discípulo do prefeito professor Lupércio pegou esse vídeo, levou para o lado dentro da comunidade para dizer que eu tinha votado a favor dos gays, LGBTQIA+, para estarem dentro das igrejas fazendo o que quisessem fazer, se casar, de estar lá frequentando", disse.

Antes da participação de Jojó, o próprio vereador Vinicius Castello já havia se definido na tribuna como “viado”. Ele defendeu seu projeto e reforçou que a proposta não tinha qualquer ligação religiosa. O objetivo da proposta seria proibir a discriminação relacionada à orientação sexual e de gênero em Olinda.

O projeto foi sancionado com vetos pela Prefeitura. O autor disse que houve pressão de núcleos religiosos e disseminação de discurso de ódio, através de notícias falsas, dentre elas, a de que placas LGBTQIA+ seriam colocadas dentro das igrejas.

Vinicius se pronunciou sobre o ocorrido em seu perfil nas redes sociais e considerou que o "elogio" feito por Jojó Guerra foi homofóbico.

[@#video#@]

A Marcha do Orgulho LGBTQIA+ voltou a percorrer as ruas de Seul, a capital de Coreia do Sul, neste sábado (16), após dois anos de pausa pela pandemia de coronavírus, entre bandeiras do arco-íris e manifestações de grupos conservadores.

Milhares de pessoas desafiaram a chuva torrencial durante o evento em Seul, acompanhadas de um importante cordão policial que mantinha separados os participantes da marcha dos manifestantes conservadores, a maioria cristãos.

##RECOMENDA##

Um ativista, que contou à AFP que se chamava Joy, explicou que "a sociedade sul-coreana ainda tem um longo caminho a percorrer" para o reconhecimento dos direitos LGTBQIA+.

O casamento de pessoas do mesmo sexo continua sendo ilegal na Coreia do Sul, e os ativistas insistem na necessidade de leis contra a discriminação por orientação sexual.

Pendurados em andaimes ao longo da marcha, manifestantes contrários exibiram cartazes com palavras de ordem em inglês como "Homosexuality is Sin" ("A homossexualidade é pecado") e "No!! Same-Sex Marriage" ("Não ao casamento [de pessoas] do mesmo sexo!").

A homossexualidade "é ruim. Traz corrupção moral e desordem social. Não podemos deixar que exista na Coreia do Sul", disse Hong Sung-bo, um manifestante.

Nesta terça-feira (28), é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. A data foi escolhida por causa da  “Rebelião de Stonewall'' em 1969 nos Estados Unidos, quando a população protestou sobre seus direitos após uma violenta ação policial em um bar gay em Nova York. 

De olha na data, o Leia Já separou quatro séries com protagonismo LGBT+, confira:  

##RECOMENDA##

Pose (2018) 

Pose conta a história dos bailes LGBT+ em Nova York no final da década de 1980, os chamados “ballrooms” e a ascensão dessa cultura, além de mostrar a luta que a comunidade sofre todos os dias. Estrelada por MJ Rodriguez, Dominique Jackson, Ryan Jamaal Swaine, Indya Moore e Billy Potter, o elenco possui o maior número de pessoas trans da história da TV; e também conta com Evan Peters, Kate Mara, Hailie Sahar e Angelica Ross.

Criada e produzida pelo renomado diretor Ryan Murphy, ao lado de Steven Canals e Brad Falchuk. Com três temporadas, Pose já teve 20 indicações ao Emmy Awards, o prêmio mais importante da televisão, e venceu quatro vezes. Incluindo uma honra especial da Academia em 2019, que reconhece séries que educam o público e promovem mudanças sociais. 

No mesmo ano, Billy Potter também venceu o Emmy de “Melhor Ator em série de Drama”, e em 2021 a produção ganhou as categorias de Melhor Figurino e Penteado Contemporâneos, além de Melhor Maquiagem. Transmitida originalmente pela FX, a série está disponível no Star+. 

Classificação Indicativa: +16

Sense 8 (2015)

Criada pelas irmãs Lana e Lilly Wachowski (Matrix) ao lado de  J. Michael Straczynski (Babylon). A série acompanha oito pessoas diferentes ao redor do mundo, chamadas “sensates“. Quando descobrem que estão conectados emocionalmente e fisicamente, o grupo de desconhecidos precisa se unir para achar um jeito de lidar com isso e fugir do perigo iminente.

O elenco conta com Brian J. Smith, Tuppence Middleton, Jamie Clayton, Miguel Angel Silvestre, Tina Desai, Doona Bae, Aml Ameen e Max Riemelt.  Além de participações de Alfonso Herrera, Adam Shapiro e o brasileiro Eduardo Semerjian.

A primeira temporada estreou em 2015 na Netflix. Inclusive, a segunda temporada teve cenas gravadas na Parada do Orgulho LGBT de 2016 em São Paulo.

Classificação Indicativa: +18 

Manhãs de Setembro (2021)

Cassandra (Liniker) é uma mulher trans que acabou de conquistar sua independência. Porém a vida dela muda completamente quando sua ex-namorada (Karina Telles) retorna com um filho que tiveram há dez anos atrás.

O elenco também conta com Gustavo Coelho, Thomás Aquino, Linn da Quebrada, Isabela Ordoñez, Clodd Dias, Paulo Miklos, e Gero Camilo.

A série brasileira está disponível na plataforma de streaming da Amazon Prime Video.

Classificação Indicativa: +14

One Day At Time (2017)

Inspirada na série homônima de 1975, a sitcom acompanha a vida de uma família cubano-americana. Penélope “Lupita” Alvarez é uma ex-militar recém divorciada que tenta criar seus dois filhos adolescentes, Elena (Isabella Gomez) e Alex (Marcel Ruiz), com a ajuda de sua mãe Lydia (Rita Moreno).

A produção conquistou 100% de aprovação em 3 das 4 temporadas no site de crítica Rotten Tomatoes. Disponível na Netflix

Classificação Indicativa: +12

Heartstopper (2022)

Baseada na série de livros homônima escrita por Alice Oseman. Charlie (Joe Locke) e Nick (Kit Connor) são dois garotos que constroem uma sólida amizade apesar das diferenças. Um deles sofre bullying por ser gay e o outro é popular e joga rugby. Porém tudo muda quando Charlie se apaixona pelo amigo, e Nick fica confuso com seus sentimentos.

O elenco também conta com a vencedora do Oscar, Olivia Colman. A autora do livro, Oseman é roteirista e uma das produtoras executivas. 

A produção atingiu 100% de aprovação no Rotten Tomatoes e foi renovada pela Netflix para uma segunda e terceira temporada. 

Classificação Indicativa: +12

Um levantamento realizado pelo Infojobs, empresa de soluções de tecnologia para RH, aponta que 57,6% dos profissionais LGBTQIA+ acreditam que a preocupação com diversidade e inclusão é apenas discurso de marketing das empresas. A mesma pesquisa mostra ainda que 34,7% de trabalhadores pertencentes a esse grupo afirmam que essas ações representam uma junção de marketing com preocupação genuína.

Além disso, apenas 7,6% dos entrevistados responderam que acreditam na dedicação das empresas acerca dessas temáticas. No que se refere a processos seletivos inclusivos, a maioria dos profissionais, 47%, consideram "pouco inclusivo". Já 9,7% dos participantes disseram que as seletivas não são inclusivas e 3,8% afirmam que são "muito inclusivas".

##RECOMENDA##

Mercado de trabalho e discriminação

Ao serem questionados sobre se pertencer ao grupo LGBTQIA+ dificulta contratação no mercado de trabalho, 82% responderam que "sim" ou "às vezes". Assim como, 95% sabem da existência, no ambiente de trabalho, do preconceito velado. Nesse mesmo contexto, 45% dos entrevistados relataram que sofreram discriminação sexual em empresas. Entretanto, apenas 17% levou o caso até a gestão e 68% tiveram receio de falar sobre a situação e omitiram a informação.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando