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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) negou, em depoimento à Polícia Federal (PF), em Brasília, ter contratado o hacker Walter Delgatti Neto para invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça. A deputada foi ouvida pela polícia nesta terça-feira (14).

Em suas redes sociais, Zambelli comentou que está sendo investigada por supostamente ter contratado Delgatti para inserir no Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) um mandato de prisão falso contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, além de 11 alvarás de soltura falsos, o que a parlamentar nega.

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O caso ocorreu em janeiro deste ano. Em depoimento à PF, Delgatti afirmou que Zambelli havia pago R$ 40 mil para que ele invadisse sites do poder judiciário.

A deputada ainda afirmou que havia contratado Delgatti apenas para fazer um novo site para ela, pagando o valor de R$ 3 mil. Além disso, um ex-assessor da parlamentar teria pago ao hacker R$ 10 mil para suposta compra de garrafas de uísque.

Ela também confirmou que levou o hacker para uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a segurança das urnas eletrônicas. Mas também inocentou Bolsonaro da relação com Delgatti.

Carla Zambelli também foi alvo de uma operação da PF de busca e apreensão em agosto deste ano.

Walter Delgatti ficou conhecido por hackear os celulares de procuradores da operação Lava Jato, no caso conhecido como vaza-jato.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que ainda tem esperança de ser absolvido no julgamento desta sexta-feira (30) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que caminha para torná-lo inelegível por oito anos.

"Lembram do jogo Palmeiras 3 Vasco 0, acabou 4-3 para o Vasco. O jogo ainda não acabou, é um julgamento injusto", declarou o ex-presidente ontem no Rio de Janeiro.

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"Quem sabe Alexandre de Moraes [presidente do TSE] tenha um momento de Deus tocando o coração dele, até agora não tocou nunca. Eu tenho três assessores meus presos", acrescentou.

O placar do julgamento está em 3 a 1 a favor da inelegibilidade, e o TSE retoma o processo ao meio-dia, com o voto de Cármen Lúcia, que tem dado sinais de apoiar a maioria. Também votarão os ministros Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes.

Em seus contatos com jornalistas ontem, Bolsonaro reiterou ser inocente e lamentou estar à beira de perder seu direito de disputar a presidência em 2026 e 2030. Ainda assim, ele assegurou que tentará permanecer ativo na política.

*Da Ansa

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pediu hoje (20) a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o pedido da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) para suspender as redes sociais do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

A parlamentar pediu a suspensão de acesso após discurso do deputado no Dia Internacional da Mulher, quando Nikolas vestiu uma peruca amarela e disse que “se sentia uma mulher” e afirmou ainda que “as mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres”. Para a comunidade LGBTQIA+, o parlamentar cometeu crime de transfobia no discurso.

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“Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, para manifestação quanto ao requerimento apresentado pela deputada federal Érika Hilton, para imposição de medidas cautelares em desfavor do deputado federal Nikolas Ferreira no prazo de 5 cinco dias”, despachou Moraes.

Após o episódio, pelas redes sociais, Nikolas Ferreira negou qualquer ofensa. “Defendi o direito das mulheres de não perderem seu espaço nos esportes para trans - visto a diferença biológica - e de não ter um homem no banheiro feminino. Não há transfobia em minha fala. Elucidei o exemplo com uma peruca. O que passar disso é histeria e narrativa”, afirmou. 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, reuniu-se nesta terça-feira (8) com procuradores de Justiça de três estados para tratar dos bloqueios em rodovias federais. No dia 30 de outubro, após o anúncio da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das eleições para a Presidência da República, grupos de caminhoneiros iniciaram bloqueios em diversos pontos do país. 

Durante a reunião, os procuradores de Justiça de São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina levaram ao ministro informações sobre a identificação de supostos financiadores dos bloqueios, que foram considerados ilegais pelo ministro, em decisão que determinou o fim das paralisações. 

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De acordo com o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo, serão cruzadas informações entre as apurações do Ministério Público e do tribunal para identificação dos financiadores dos bloqueios.  "São empresários que são financiadores. Nós já temos alguns nomes, que ainda não podemos revelar, porque estão sendo investigados. A ideia é que esse cruzamento possa permitir a identificação de empresários, que estão, na verdade, patrocinando movimentos golpistas", afirmou. 

Ontem (7), Moraes determinou que a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as polícias civis e militares dos estados prestem informações sobre caminhões e veículos que participaram de bloqueios. Moraes também pediu dados sobre os proprietários dos veículos e as multas aplicadas nas operações de desbloqueio. 

De acordo com a PRF, nesta terça-feira, o fluxo de veículos está parcialmente interrompido em três pontos de rodovias localizadas no Pará, em Rondônia e Mato Grosso. Não há bloqueios totais. Desde a semana passada, 1.079 manifestações foram desfeitas pelos agentes da corporação.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou, nesta quarta-feira (28), que o processo de apuração das eleições no Brasil é ‘transparente’ e ‘fiscalizada’. Na manhã de hoje, Moraes levou representantes de partidos políticos, candidatos e entidades do governo à sala de totalização dos votos. A eleição acontece no próximo domingo (2) em todo o país.

Entre as pessoas que participaram da visita estavam o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. O partido é o mesmo ao qual o presidente Jair Bolsonaro é filiado.

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“Nós realizamos hoje uma visitação à sala de totalização exatamente para mostrar o que já é óbvio, mas sempre é importante atuar com transparência, com lealdade a todos aqueles que fazem esse processo eleitoral para demonstrar que é uma sala como vocês puderam ver: é uma sala aberta, é uma sala clara, não é? Não é nem sala secreta, nem sala escura", disse o presidente do TSE após a visita.

De acordo com Moraes, a sala de totalização não é para uma contagem manual dos votos. “Esta sala não conta votos, não é contagem manual de votos, a partir do momento que cada urna eletrônica é finalizada, já saí o boletim com os votos, isso entra no sistema e Esse sistema já faz a contabilização dos votos, a partido programa que nós mesmos lacramos nas urnas no dia 2 de setembro. Não há participação humana. A sala de totalização é para evitar problema na rede, sobrecarga. A apuração é transparente, é auditada e fiscalizada”, argumentou.

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A Seção de Totalização (Setot) é uma das áreas da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) do (TSE) que desenvolve os sistemas de totalização e divulgação dos resultados O setor é composto por uma equipe de 20 servidores que trabalham em conjunto com outros setores do TSE e dos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE).

A equipe não faz a totalização, que é realizada por um computador, que fica no Centro de Processamentos de Dados, sem qualquer interferência humana.

Importante lembrar que os sistemas em uso no dia da eleição são lacrados e assinados digitalmente antes das eleições e o resultado de cada seção eleitoral acontece assim que a eleição termina, às 17h, com a emissão dos Boletins de Urna (BU) ainda nas seções eleitorais.

Ou seja: o resultado de cada eleição é conhecido no término da votação, com a impressão do BU, que traz a quantidade de votos depositados em cada urna eletrônica. Além de ficarem disponíveis para consulta pública nas seções, os BUs também são entregues aos fiscais de partido e serão publicados em tempo real nas Eleições 2022.

*Com informações do TSE

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nessa quinta-feira (17), por liminar (decisão provisória), trechos da legislação que dava ao Ministério Público (MP) a exclusividade para propor a abertura de ações por improbidade administrativa.

A exclusividade foi inserida no ano passado pelo Congresso na Lei de Improbidade Administrativa. Para Moraes, tal previsão é inconstitucional, pois daria uma “espécie de monopólio absoluto do combate à corrupção ao Ministério Público, não autorizado, entretanto, pela Constituição Federal".

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O ministro argumenta ainda que “o combate à corrupção, à ilegalidade e à imoralidade no seio do Poder Público, com graves reflexos na carência de recursos para a implementação de políticas públicas de qualidade, deve ser prioridade absoluta no âmbito de todos os órgãos constitucionalmente institucionalizados”.

Com a decisão, volta a vigorar a previsão anterior, de que os órgãos da administração pública onde tenha havido desvios possam também pedir, eles próprios, a abertura de ações de improbidade. Dessa maneira, a Advocacia-Geral da União (AGU) e as procuradorias estaduais, municipais e de autarquias, por exemplo, podem voltar a perseguir a punição de agentes públicos.

A liminar de Moraes foi concedida a pedido da Associação Nacional dos Procuradores dos Estados (Anape) e da Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (Anafe). A decisão do relator deve ainda ser submetida à aprovação do plenário do Supremo. Ainda não há data definida.

O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) entrou com embargos de declaração no Supremo Tribunal Federal (STF), nessa segunda-feira (29), para recorrer da decisão do ministro Alexandre de Moraes que o proíbe de conceder entrevista à Jovem Pan. A defesa de Silveira argumenta que esta não é uma das proibições previstas nas medidas cautelares atribuídas ao parlamentar por ocasião da sua soltura, no início de novembro. 

No dia 8 de novembro, Moraes revogou a prisão preventiva de Silveira e impôs medidas cautelares, o proibindo de ter contato com outros investigados e de frequentar as redes sociais. Já no último dia 12, o ministro também decidiu não liberar o parlamentar para as entrevistas. Silveira é investigado no inquérito que apura ameaças ao STF. 

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"Revela-se obscura a decisão de indeferir a concessão de entrevistas por outro motivo basilar: este relator não possui competência judicial para, ex officio [de ofício, por conta própria], impor medidas cautelares cumulativas sem o requerimento do Ministério Público, assistente ou querelante", argumenta o advogado de Daniel Silveira, Paulo Faria. O defensor também disse que o deputado está sendo alvo de censura prévia.

Antes de ser preso, o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, usou o Twitter para disparar contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em publicação no microblog, ele chamou o magistrado de "cachorro do STF". Foi o ministro que determinou a prisão de Roberto Jefferson, que é investigado em um inquérito que apura a atuação de "milícias digitais" contra a democracia brasileira.

"Xandão, maridão de dOna Vivi, Cachorro do STF, decretou minha prisão por crime de milícia digital", começou o ex-deputado em seu Twitter. "Ele [Moraes] está repetindo os mesmos atos do Supremo da Venezuela, prendendo os Conservadores para entronizar os comunistas. Deus. Pátria. Família. Vida. Liberdade”, completou.

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Pouco tempo depois da publicação, a Polícia Federal confirmou a prisão de Roberto Jefferson e o Twitter desativou a conta. A determinação também estava expressa no pedido de prisão expedido por Alexandre de Moraes.

 

 

 

 

 

 

 

A Polícia Federal (PF) voltou a prender o jornalista Oswaldo Eustáquio. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que ele seja colocado em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica.

Na decisão em que ordenou a prisão, Moraes frisou que Eustáquio violou as medidas restritivas a que foi submetido após ser solto em julho, entre as quais a proibição de usar redes sociais e de se ausentar do Distrito Federal (DF).

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Moraes destacou que, mesmo impedido de frequentar as redes sociais, Eustáquio “desrespeitou a ordem judicial e foi autor de inúmeras fake news em que imputou crimes a candidato a prefeito da cidade de São Paulo”, escreveu o ministro.

A decisão se referiu a um vídeo contra o candidato Guilherme Boulos (PSOL), publicado antes do primeiro turno de votação. A peça foi retirada da internet por ordem da Justiça Eleitoral, que entendeu se tratar de fake news (notícia falsa).

Moraes também destacou que o investigado viajou a São Paulo na semana passada, desrespeitando a determinação de não deixar o DF.

Ao menos três publicações no perfil de Eustáquio no Twitter comentaram a nova prisão na manhã desta terça-feira (17).

“Oswaldo Eustáquio está sendo conduzido à Superintendência da Polícia Federal com mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes. Aparentemente a motivação foram as denúncias da trama do golpe de Luciano Bivar (PSL) e o laranjal de Guilherme Boulos. ASCOM, OE”, diz um dos posts.

Eustáquio é alvo no Supremo do inquérito aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar possíveis violações à Lei de Segurança Nacional na organização de atos considerados antidemocráticos realizados em abril. Moraes é o relator do processo.

Ele já havia sido preso temporariamente em junho, mas depois teve a prisão substituída por medidas restritivas. Na ocasião, Moraes o proibiu de usar as redes sociais, bem como de entrar em contato com outros investigados no inquérito e de deixar o Distrito Federal, onde possui residência.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou que a Polícia Federal tenha acesso aos dados da investigação feita pelo Facebook que removeu da rede social contas de pessoas ligadas aos gabinetes da família Bolsonaro e ao PSL. Segundo o G1, a decisão está em sigilo e foi tomada na semana passada. O facebook não se manifestou sobre o assunto. 

Dois inquéritos ativos apuram a disseminação de fake news com ataques aos ministros do STF e o financiamento e a organização de atos antidemocráticos no país. 

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O Facebook anunciou na semana passada a retirada do ar de 35 contas, 14 páginas e um grupo da plataforma e 38 contas do Instagram, que também é administrado pelo empresa. A medida foi tomada sob a justificativa todas elas estavam sendo usadas para, de certa forma, enganar os usuários.

A ativista do movimento 300 do Brasil, Sara Winter, foi presa, nesta segunda-feira (15), pela Polícia Federal em Brasília. Ela foi detida após uma autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news - como é conhecida a investigação que apura ataques ao STF - do qual ela também é investigada. 

A prisão de Sara, contudo, acontece como parte de outro inquérito. O que investiga movimentos antidemocráticos, também relatado por Moraes. 

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Sara é uma das líderes do 300 do Brasil, grupo que defende o governo do presidente Jair Bolsonaro e estava acampado em Brasília, mas foi retirado do local por determinação do governo do Distrito Federal no último sábado (13). Neste mesmo dia, o movimento protagonizou uma invasão ao prédio do Congresso Nacional e soltaram fogos em direção à sede do STF. 

Segundo informações do G1, outras cinco pessoas também foram presas na manhã de hoje como parte das investigações do inquérito que apura os movimentos antidemocráticos, autorizado em maio.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, na noite desta quinta-feira (15), que o tratamento rigoroso contra a criminalidade no Brasil é confundido como uma medida ditatorial. “Se você quer aplicar a lei, você é, no mínimo, chamado de fascista. Isso é um pós-conceito absurdo”, declarou, durante palestra na abertura do 2º Encontro do Fórum Nacional dos Juízes Criminais (Fonajuc), em Brasília.

Para o ministro, essa postura ainda é reflexo dos “traumas” acumulados ao longo dos períodos em que o país viveu sob ditaduras. Segundo ele, após 30 anos de vigência da atual Constituição Federal, é preciso reorganizar o sistema de Justiça para enfrentar com prioridade o crime organizado.

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“Nenhuma das garantias constitucionais impede a aplicação da lei. Não há nada em relação a isso [na Constituição]. O Brasil virou uma bagunça”, reclamou, ao comparar o país com nações como Inglaterra e os Estados Unidos, onde, segundo o ministro, qualquer manifestação popular tem que ser solicitada com alguns dias de antecedência e não podem incluir trajetos que passem nas proximidades de escolas e hospitais. “No Brasil pode quebrar tudo. Isso porque a legislação não é aplicada, fomos nos tornando ineficientes na aplicação”, afirmou.

Em breve comentário sobre o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), ocorrido na noite de ontem (14), crime classificado por ele como “bárbaro”, Moraes argumentou que não adianta mudar a legislação para aumentar as penas. “Há uma necessidade de mudança de mentalidade. Se não houver, infelizmente, podemos ter alguns picos de melhora mas vamos voltar pra UTI. Precisamos da valorização da Justiça criminal”, observou, ao enumerar os mais de 100 mil roubos e 60 mil assassinatos que ocorrem no país por ano.

O ministro reclamou da forma como o Poder Judiciário se organiza no país para processar e julgar os mais diversos crimes. “Em São Paulo, temos o maior fórum criminal da América Latina. São 32 varas e 64 juízes, mas os 64 juízes não se comunicam, não trocam informações, não usam inteligência para verificar atuações de quadrilhas organizadas”, criticou. Para o magistrado, é preciso estabelecer prioridades. “Todo dia, estão julgando roubos de celular, mas quantas quadrilhas de receptação são presas? Milhares de microtraficantes são presos todos os dias, mas quantos médios e grandes são presos por ano?”, questionou.

Moraes afirmou ainda que vai apresentar uma proposta para mudar o atual sistema de progressão penal que, segundo ele, favorece a impunidade contra “quadrilheiros pesados”. Ele citou casos de assaltantes de bancos, que podem ser condenados por crime de roubo qualificado e mudar de regime fechado para o semiaberto em cerca de 11 meses.

O ministro ainda afirmou que é necessário conceder ao juiz a autoridade para quebrar o sigilo das comunicações de aplicativos de celular, que o principal meio utilizado atualmente pelo crime organizado. "É o momento ideal se dar um avanço nisso".

A crise no sistema penitenciário tem rendido críticas ao Governo Federal. A mais recente delas foi emitida pelo ex-ministro da Justiça durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Eugênio Aragão. Para ele, a condução da pasta é “muita areia para a caçambinha” do atual ministro Alexandre de Moraes. 

Segundo Aragão, Moraes tem “histórico de arbitrariedades” e “conchavos com setores que são de alto risco para a sociedade, como a facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC”, quando esteve à frente da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. 

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“Isso já demonstra claramente qual o tipo de ator que esse governo do Michel Temer buscou para tratar de assuntos estratégicos do Estado, como são as penitenciárias. O Ministério da Justiça é muita areia pra caçambinha dele”, alfinetou. 

O ex-auxiliar de Dilma também lamentou a postura do ministro diante das mortes ocorridas em penitenciárias nos primeiros dias de 2017. Na ocasião, Moraes negou ter recebido o pedido de ajuda do Governo de Roraima. “É vergonhoso que um ministro da Justiça tenha que mentir para dizer que ele nunca recebeu qualquer tipo de pedido de ajuda para área penitenciária e depois a governadora ter que vir a público com o ofício que mandou para ele, bem como com a resposta dele”, criticou.

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