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A Malásia entronizou nesta terça-feira seu 15º rei, o sultão Muhamad V, um monarca relativamente jovem, conhecido por sua paixão por veículos 4x4 e esportes radicais.

Em uma pomposa cerimônia no Palácio Nacional de Kuala Lumpur, o sultão prestou juramento na presença de centenas de convidados, entre eles o primeiro-ministro Najib Razak.

O sultão de 47 anos já era a autoridade maior do Estado de Kelantan (norte) até esta data.

O país do sudeste asiático, de maioria muçulmana, troca de rei a cada cinco anos, segundo um sistema estabelecido depois de sua independência da Grã-Bretanha em 1957.

Os sultões dos novos Estados regionais assumem alternativamente o cargo. O rei tem função principalmente honorária.

Um barco que transportava trabalhadores indonésios virou nesta quarta-feira por causa de uma tempestade. Pelo menos 20 pessoas morrerem com o acidente, segundo a polícia local.

Cerca de 90 pessoas estavam no barco, que virou nas proximidades da ilha de Batam por volta das cinco da manhã de hoje, disse o chefe da polícia da ilha, Sambudi Gusdian. Até o momento, 39 pessoas foram resgatadas com vida.

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Haryanto, um sobrevivente de 51 anos, disse que o barco virou cerca de duas horas depois de sair da cidade de Johor Bahru, na Malásia, por causa das ondas.

Naufrágios são comuns na região por causa da violação das normas de segurança. Um dos piores naufrágios de balsas nos últimos anos ocorreu em Sulawesi, em 2009, matando mais de 330 pessoas.

Oito corpos foram resgatados na costa malaia após o naufrágio de um barco na noite de sábado (23) no estado de Johor (sul), e 20 pessoas estavam desaparecidas, indicou nesta segunda-feira (25) a guarda costeira do país do Sudeste Asiático.

O barco, que transportava 62 pessoas - todas indonésias, aparentemente imigrantes clandestinos - naufragou devido às fortes ondas no estreito de Malaca, segundo meios de comunicação locais.

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Até o momento, 34 passageiros foram resgatados e as operações prosseguiam, declarou um integrante da guarda-costeira malaia à AFP. Terceira economia do sudeste asiático, relativamente próspera, a Malásia atrai migrantes de países vizinhos mais pobres, como Indonésia, Bangladesh ou Mianmar.

Um pedófilo britânico que abusou de dezenas de crianças de bairros pobres de Kuala Lumpur foi condenado nesta segunda-feira (6) à prisão perpétua por um tribunal de Londres.

Richard Huckle, de 30 anos, que aproveitou seu trabalho em uma organização beneficente cristã para cometer os abusos, recebeu uma pena de 22 prisões perpétuas, e não poderá deixar a cadeia em liberdade condicional em menos de 25 anos.

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Huckle compartilhava na internet os vídeos de seus abusos com crianças e tentou ganhar dinheiro com as filmagens. A justiça identificou 23 das crianças que sofreram seus abusos, mas suspeita-se que tenham existido muitas outras, todas de bairros cristãos pobres da capital malaia. No total, a justiça apresentou 71 acusações contra ele, das quais se declarou culpado.

"É incomum que um juiz tenha que decidir condenações por abusos sexuais cometidos em escala semelhante por apenas uma pessoa", disse o juiz Peter Rook.

Huckle visitou a Malásia pela primeira vez aos 19 anos e se fazia passar por um filantropo e professor de inglês. Foi preso quando chegou a Londres para passar as festas de Natal com sua família em 2014.

O acusado chegou a escrever um manual intitulado "Pedofilia e pobreza: um guia para o amante de crianças", no qual reconhecia ter abusado de 191 crianças. Em certa ocasião comentou na internet: "as crianças pobres são definitivamente muito mais fáceis de seduzir que as crianças ocidentais de classe média".

Em outra ocasião, falou sobre uma vítima: "ganhei na loteria, uma menina de três anos que é tão leal quanto meu cachorro, e nada parece importar para ela".

Um grande pedaço de metal que pode ser de uma aeronave foi encontrado em uma praia no sul da Tailândia, mas autoridades da Malásia alertaram contra especulações de alguma ligação com o avião da Malaysia Airlines desaparecido há quase dois anos.

O voo MH370 perdeu comunicação e fez um grande desvio de sua rota para Pequim antes de desaparecer em março de 2014. Acredita-se que ele tenha caído no Oceano Índico e apenas um pedaço dos destroços foi identificado como pertencendo ao avião, uma parte da asa que foi levada até a praia na ilha de Reunião, a leste de Madagáscar, em julho passado.

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O ministro dos Transportes da Malásia, Liow Tiong Lai, disse que instruiu oficiais de aviação do país a contactarem a Tailândia sobre os destroços encontrados. Trata-se de um pedaço curvo de metal com lados de 2 metros e três metros. Há fios elétricos pendurados nessa estrutura e números estampados em várias partes.

"Peço à imprensa e ao público que não especule sobre isso porque geraria pressão desnecessária para os parentes das vítimas do MH370", declarou.

O ministro de Transportes da Tailândia afirmou que quatro autoridades da Malásia e dois especialistas tailandeses vão visitar o local na segunda-feira.

Liow afirmou que a busca pela aeronave desaparecida, que carregava 239 passageiros, segue em andamento no Oceano Índico e que a segunda fase deve ser completada em junho. A Austrália liderou uma busca multinacional que até o momento já custou mais de US$ 120 milhões.

O porta-voz do escritório de Segurança dos Transportes da Austrália, Dan O'Malley, afirmou que a agência estava aguardando resultados de um exame oficial dos destroços.

Os destroços foram encontrados na costa leste da província tailandesa de Nakkon Si

Thammarat, que fica cerca de 600 quilômetros ao sul de Bangcoc. Como destroços não conseguem ficar a deriva por muitos quilômetros, a localização desses pedaços de metal seria uma surpresa dadas as informações que existem sobre o voo MH370.

O avião foi detectado por radares sobrevoando o Mar da China Meridional e depois fazendo uma drástica mudança de percurso por razões desconhecidas. Ele cruzou a Península Malay e o Estreito de Malaca, o que o colocaria distante da costa da Tailândia. Fonte: Associated Press.

Durante discurso em Kuala Lumpur, na Malásia, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que o Estado Islâmico "não pode realizar um ataque mortal" contra o país e alertou que os atentados de Paris terão consequências. "Nós vamos destruir essa organização terrorista", disse.

Ao final de uma viagem à Ásia, Obama implorou aos norte-americanos para que não deixem que o espectro do terror comprometa seus valores ou mude a maneira com que eles vivem.

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"Não vamos sucumbir ao medo", disse. "A ferramenta mais poderosa que temos contra o Estado Islâmico é dizer que não temos medo, para não elevá-los, para que, de alguma forma, comprem a fantasia de que eles estão fazendo algo importante". O presidente ainda afirmou que os militantes do grupo são "um bando de assassinos com uma boa mídia social".

Rejeitando uma ameaça real, Obama afirmou que o Estado Islâmico não pode enfrentar os EUA no campo de batalha, por isso "eles tentam nos aterrorizar".

"Eu acho que é absolutamente vital para qualquer país, qualquer líder, enviar os sinais de que a crueldade de alguns assassinos não vai impedir o mundo de fazer negócios vitais", declarou.

Presidentes e líderes mundiais vão se reunir em Paris na próxima semana para discutir questões climáticas. A Casa Branca insiste que não haverá mudança de planos. Fonte: Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou neste domingo que o país e seus aliados "não descansarão" na luta contra o Estado Islâmico e insistiu que o mundo não irá aceitar os ataques do grupo contra civis em Paris e em outras regiões como algo "normal".

"A arma mais poderosa que nós temos é dizermos que não temos medo", disse Obama, no encerramento de sua viagem de nove dias para a Turquia, Filipinas e Malásia, que foi ofuscadas pelos ataques em Paris.

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O presidente dos EUA também pressionou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a se juntar a coalizão liderada pelos norte-americanos, destacando que o Estado Islâmico foi acusado de derrubar o avião russo no balneário de Sharm El-Sheikh, matando 224 pessoas.

"Ele precisa ir atrás das pessoas que mataram os cidadãos russos", disse Obama de Putin.

Obama realizou um discurso na Malásia logo antes de voltar para Washington. Durante sua viagem, Obama se encontrou com Putin durante o intervalo de uma cúpula internacional.

Na viagem, Obama focou sua ira contra o Partido Republicando, criticando duramente políticos e os candidatos à presidência do partido, que na semana passada, votaram na Câmpara a favor da paralisação da entrada de refugiados nos EUA da Síria e do Iraque e sugeriram proibir a entrada de refugiados muçulmanos no país.

O presidente dos EUA afirmou que o Estado Islâmico "não pode nos vencer no campo de batalha então eles tentam nos aterrorizar e nos deixar com medo. Ele são assassinos com uma boa mídia social". Fonte: Associated Press.

O espanhol Dani Pedrosa até se aproximou, mas não conseguiu desbancar o compatriota Jorge Lorenzo no segundo treino livre da etapa da Malásia da MotoGP, nesta sexta-feira. Vice-líder do campeonato, Lorenzo foi o mais rápido do dia no Circuito de Sepang, que receberá a penúltima corrida da temporada neste fim de semana.

Lorenzo dominou as duas sessões desta sexta-feira. No primeiro, marcou 2min00s622. Na sequência, o piloto da Yamaha anotou 2min00s246. Pedrosa também evoluiu ao longo do dia, passando de 2min00s412 para 2min00s293, mas foi insuficiente para superar o compatriota, que ainda sonha com o título.

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Lorenzo ocupa o segundo lugar do Mundial, com 11 pontos de desvantagem para o líder Valentino Rossi. E tenta tirar vantagem do momento irregular do italiano para alcançar a primeira colocação geral. Rossi vem de um quarto lugar na etapa anterior e, nesta sexta, manteve o ritmo. Foi apenas o quinto mais veloz do dia.

Dos oito pilotos mais rápidos desta sexta, o líder da temporada foi o único a regredir em comparação ao primeiro treino livre. O piloto da Yamaha registrou o tempo de 2min00s915 na sessão de abertura do dia e, em seguida, foi quase meio segundo mais lento. Não passou de 2min01s305 após perder tempo com problemas nos boxes.

Fora da briga pelo título, o espanhol Marc Márquez foi o terceiro mais rápido do dia, com 2min00s472. Vencedor da corrida de 2014, ele abrira a sexta-feira com 2min00s736. Márquez tenta manter o embalo, após vencer a última etapa, para ao menos terminar o campeonato próximo dos líderes. Ele tem agora 222 pontos, contra 296 de Rossi e 285 de Lorenzo.

O Top 10 desta sexta-feira teve ainda o italiano Andrea Iannone no quarto lugar, e o britânico Cal Crutchlow no sexto posto, seguido do espanhol Aleix Espargaró, do italiano Andrea Dovizioso, do britânico Scott Redding e do italiano Danilo Petrucci.

O míssil que derrubou o avião MH17 da Malaysia Airlines explodiu menos de um metro da cabine, matando a tripulação na hora, de acordo com relatório do Conselho de Segurança da Holanda, após uma investigação que durou 15 meses sobre o avião que caiu no leste da Ucrânia.

O Conselho acrescentou que a tragédia, que matou todas as 298 pessoas a bordo em julho de 2014, não teria ocorrido caso o espaço aéreo para avião de passageiros estivesse fechado, uma vez que a região passava por intensos conflitos entre rebeldes ucranianos e separatistas pró-Rússia.

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O relatório não considerou quem lançou o míssil. No entanto, identificou uma área de 320 quilômetros quadrados de onde o míssil poderia ter sido lançado, um território dentro da área que estava nas mãos dos rebeldes separatistas no momento do ataque. Fragmentos de mísseis foram encontrados em corpos da tripulação da cabine, bem como vestígios de tinta, que permitiram os investigadores identificar que o míssil era do tipo Buk.

A investigação descobriu que o míssil matou a tripulação na cabine instantaneamente, enquanto os passageiros e outros tripulantes morreram devido aos níveis de oxigênio reduzidos, frio extremo, forte fluxo de ar e objetos voadores, uma vez que o avião se partiu ao ser atingido. O Conselho de Segurança holandês conduziu a investigação sobre a causa do acidente porque 193 cidadãos holandeses estavam a bordo do voo.

A Ucrânia acusou militantes apoiados pelos russos de operarem na área que o avião foi atingido, enquanto os rebeldes sugeriram que as forças ucranianos eram as responsáveis. Em julho, a Rússia vetou uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas para estabelecer um tribunal penal internacional para investigar a queda.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta terça-feira (29) que a Nigéria, a Malásia e a Tunísia são os mais novos membros da coalizão liderada pelos americanos contra o avanço do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

O anúncio foi dado durante o encontro de cúpula da Organização das Nações Unidas, em Nova York, sobre a luta contra o extremismo violento.

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Mais de 60 países, incluindo nações árabes, estão trabalhando em conjunto no lançamento de ataques aéreos contra os militantes do EI, que já tomaram grandes regiões no Iraque e na Síria.

Obama disse que a vitória sobre o Estado Islâmico ainda vai levar tempo, mas os extremistas vão perder, pois não têm nada a oferecer além de sofrimento e morte. Fonte: Associated Press.

Os investigadores do voo 370 da Malaysia Airlines reuniram-se com um juiz em Paris nesta segunda-feira (3), após a chegada na cidade de uma parte de uma asa de avião encontrada na ilha francesa de La Réunion, no oceano Índico, que pode pertencer a aeronave.

O Boeing 777 da Malaysia Airlines desapareceu no dia 8 de março de 2014, com 239 passageiros a bordo, quando seguia de Kuala Lumpur para Pequim. Ontem, outro pedaço de uma asa de avião, também encontrado na ilha Réunion, chegou a um laboratório perto de Toulouse, no sul da França, para passar por perícia, mas foi constatado que não pertence a aeronave.

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As autoridades da Malásia, que participaram da reunião, não quiseram comentar o caso.

Investigadores de segurança aérea, incluindo um funcionário da Boeing, identificaram o destroço encontrado como um pedaço da borda posterior de uma asa de um Boeing 777. O voo MH370 é o único Boeing 777 desaparecido no mundo e muitos analistas - por dedução - estão convencidos de que o destroço pertence a aeronave.

Antes da reunião, os investigadores tinham um alto grau de confiança de que o pedaço da asa era de um Boeing 777, e, provavelmente, do voo MH370. Entretanto, há uma porção de passos e testes que devem ser tomados antes de afirmar com 100% de certeza, disse o especialistas em segurança de aviação, John Goglia, ex-membro do Comitê Nacional de Segurança de Transportes.

Apesar do trabalho que ainda há pela frente, Goglia afirmou que não deve demorar muito para os analistas confirmarem se o destroço pertence a um Boeing 777. Fonte: Associated Press.

O terremoto de magnitude 5,9 que ocorreu perto da maior montanha do Sudeste Asiático, na Malásia, matou dois alpinistas e deixou outros 11 feridos, segundo autoridades locais. Mais de 100 pessoas ficaram isoladas na área. O epicentro do tremor fica a noroeste do distrito de Ranay, no Estado de Sabah, a uma profundidade de 54 quilômetros, segundo o departamento meteorológico malaio.

A imprensa local disse que equipes de resgate recuperaram dois corpos do Monte Kinabalu. Acredita-se que um deles seja de um guia local e o outro, de uma estudante de 12 anos de Cingapura. O chefe de polícia de Sabah, Jalaluddin Abdul Rahman, confirmou as duas mortes, sem dar mais detalhes. Fonte: Associated Press.

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Quatro alpinistas ficaram feridos e mais de 200 estavam isolados nesta sexta-feira no monte Kinabulu, o maior da Malásia, depois que um terremoto de 6 graus de magnitude abalou a ilha de Bornéu.

Segundo o Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS), o terremoto aconteceu às 7H15 (20H15 de Brasília, quinta-feira) a uma profundidade de 10 quilômetros, com epicentro a 54 km de Kota Kinabalu, capital do estado de Sabah, onde fica o Kinabulu.

As autoridades malaias ordenaram a 200 alpinistas e quase 40 guias locais que permanecessem no Kinabalu, que tem 4.095 metros de altura, em consequência dos riscos de deslizamentos de rochas.

Segundo a imprensa local, muitos malaios e estrangeiros estão entre os alpinistas retidos, à espera das equipes de emergência. Pelo menos quatro ficaram feridos na queda de várias rochas. Todas as atividades de alpinismo foram suspensas.

Um morador de Kota Kinabalu, Colin Forsythe, relatou que o terremoto durou 15 segundos e que ele sentiu o impacto de "um caminhão batendo em uma parede".

As autoridades não emitiram um alerta de tsunami e informaram que o tremor não provocou danos graves às infraestruturas.

A Malásia anunciou nesta quinta-feira (21) a mobilização da Marinha e da Guarda Costeira para socorrer imigrantes bloqueados no mar há semanas. "Temos que salvar vidas", escreveu o primeiro-ministro malaio, Najib Razac, em sua página no Facebook.

Na quarta-feira, Malásia e Indonésia mudaram de postura e anunciaram que não expulsariam mais os barcos lotados de migrantes, em sua maioria bengaleses ou da etnia rohingya, uma minoria muçulmana marginalizada e perseguida, procedente de Mianmar, um país majoritariamente budista.

Nesta quinta-feira, a Malásia foi ainda mais longe e iniciou uma operação de regate no mar de Andaman, uma completa mudança de rumo a respeito da gestão inicial da crise.

A fuga em massa no sudeste asiático acontece há vários anos, mas o fenômeno aumentou de maneira dramática desde o início de maio, depois que os traficantes deixaram milhares de migrantes à deriva no mar após a adoção de uma política mais repressiva pela Tailândia.

Quase 3.000 migrantes chegaram à Tailândia, Indonésia e Malásia nos últimos dias, mas até agora as autoridades afastavam as embarcações de suas costas, o que provocava duras críticas da ONU e de várias ONGs.

Nesta quinta-feira, centenas de migrantes chegaram à província indonésia de Aceh. Muitos estão doentes, fragilizados e desidratados após uma travessia de vários dias.

"Se o governo indonésio nos enviar de volta a Mianmar, será como se nos matasse", afirmou Sohidullah, de 45 anos, que viajava a bordo de uma embarcação que foi expulsa da Malásia e da Tailândia, mas conseguiu entrar na Indonésia.

Os países da região e os Estados Unidos devem se reunir para uma série de encontros bilaterais sobre a crise migratória. O governo americano afirmou que está disposto a recebe parte dos migrantes.

A maior parte da comunidade rohingya, de 1,3 milhão de pessoas, vive no estado de Rakhine, noroeste de Mianmar, perto da fronteira com Bangladesh.

A comunidade internacional pressiona Mianmar, mas o governo birmanês continua sem reconhecer os rohingyas como grupo étnico e considera estas pessoas imigrantes ilegais procedentes de Bangladesh, apesar de sua presença em Mianmar há várias gerações.

Os rohingyas não têm documentos, nem acesso ao sistema de ensino ou ao mercado de trabalho. Apesar da aparente inflexibilidade, Mianmar anunciou que está disposto a ajudar os migrantes e deve participar na reunião de cúpula sobre o tema em Bangcoc no dia 29 de maio.

De acordo com a ONU, mais de 2.000 migrantes estariam retidos por traficantes a bordo de embarcações em condições precárias na costa de Mianmar.

Os milhares de bengalis e pessoas da etnia rohingya que chegaram ilegalmente em barcos à Malásia, no último domingo, não têm para onde ir, depois de terem sido abandonados por traficantes de seres humanos. A Malásia afastou os barcos e a Tailândia manteve um navio na praia com centenas de pessoas com fome.

"O que você espera que façamos?", disse o vice-primeiro-ministro do Interior da Malásia, Wan Junaidi. "Temos sido muito agradáveis com as pessoas que invadiram nossa fronteira. Temos tratado de forma humana, mas eles não podem inundar nossas costas", acrescentou. "Temos de enviar a mensagem certa de que eles não são bem-vindos aqui".

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No domingo, cerca de 1.000 refugiados desembarcaram na margens de Langkawi, uma ilha resort no norte da Malásia e perto da Tailândia. Outros 600 chegaram clandestinamente à Indonésia. O primeiro-ministro tailandês, o general Prayuth Chan-ocha, também deixou claro que o seu

governo não tem recursos para acolher refugiados. "Se nós levarmos todos, em seguida, quem quiser vir virá livremente", disse. "Eu me pergunto se a Tailândia será capaz de cuidar de todos eles. De onde virá o dinheiro? Ninguém os quer", afirmou.

"Esta é uma grave crise humanitária e exige uma resposta imediata", disse Matthew Smith, diretor-executivo do grupo sem fins lucrativos de direitos humanos Fortify Direitos. "Vidas estão em jogo", lamentou.

Apesar dos apelos dos grupos humanitários e da ONU, nenhum governo da região parece disposto a assumir os refugiados, temendo que, ao toparem ajudar, haverá um fluxo cada vez maior de imigrantes. Fonte: Associated Press.

A polícia da Malásia anunciou hoje a prisão de 17 militantes por supostamente estarem planejando ações terroristas em Kuala Lumpur, capital e maior cidade do país. As detenções foram efetuadas neste domingo. Segundo o inspetor-geral da polícia malaia, Khalid Abu Bakar, dois dos suspeitos haviam acabado de voltar da Síria.

As últimas detenções elevou para 92 o total de pessoas presas desde o ano passado por supostamente apoiarem o grupo extremista Estado Islâmico, disse Bakar.

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Recentemente, o Ministério do Interior da Malásia propôs duas novas leis antiterroristas para a reintrodução de detenções por tempo indefinido e sem julgamento e o confisco de passaportes de suspeitos de colaborarem para ações terroristas. O Parlamento do país vai debater as propostas nesta semana. Fonte: Associated Press.

As autoridades indonésias anunciaram hoje (13) ter recuperado a caixa-preta com os registros de voz da cabine do avião da AirAsia, que caiu no Mar de Java há duas semanas com 162 pessoas a bordo.

"A caixa com os registros de voz foi encontrada e retirada do mar", disse um responsável envolvido nas buscas, que pediu anonimato. 

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A caixa-preta com os registros do voo foi recuperada pelos mergulhadores nessa segunda-feira (12).

O Airbus A320-200 da companhia malaia de baixo custo decolou, em 28 de dezembro, da cidade indonésia de Surabaia com destino a Cingapura, onde deveria ter chegado cerca de duas horas depois, mas caiu no Mar de Java, com 162 pessoas a bordo, cerca de 40 minutos após a decolagem.

Com um show de fogos de artifício que iluminou por oito minutos seus arranha-céus, Hong Kong iniciou as celebrações do ano-novo na Ásia. Em Pequim, a candidatura da cidade aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 concentrará as celebrações no parque olímpico da capital, na presença de atletas e do pianista Lang Lang.

Na Malásia, o novo ano foi recebido de forma mais sombria, depois da queda de um avião da Air Asia e do cancelamento das comemorações oficiais por conta de inundações que deixaram dezenas de mortos.

Em Surabaya, cidade indonésia de onde partiu o avião, uma vigília com velas lembrava as vítimas.

No Afeganistão, o ano-novo traz o fim da missão de combate da Otan, embora a rebelião do talibã continue vigente, após 13 anos de intervenção militar. Uma missão de formação e ajuda ao Exército afegão assumirá o controle.

A Malásia enfrenta as piores enchentes dos últimos anos, que já mataram ao menos dez pessoas e desalojaram mais de 130 mil. As inundações também ameaçam as exportações de importantes commodities como óleo de palma e borracha.

A agência estatal de notícias Bernama informou que oito pessoas estavam desaparecidas depois de o barco no qual viajavam ter sido puxado por um redemoinho e emborcado. A agência nacional de desastres do país disse neste domingo que dez mortes haviam sido confirmadas.

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Os meteorologistas esperam que as enchentes atinjam áreas ainda maiores, na medida em que as chuvas se movimentam para as região sul do país, o que pode prejudicar a produção de óleo de palma, importante produto para a economia da Malásia.

As chuvas também são uma dor de cabeça política para o primeiro-ministro Najib Razak. Fotografias mostrando imagens do premiê jogando golfe no Havaí com o presidente norte-americanos Barack Obama, enquanto o país já sofria com as inundações, resultaram em fortes críticas ao premiê, que antecipou a volta ao país.

No sábado, o primeiro-ministro visitou Kota Bharu, no Estado de Kelantan, um dos mais atingidos. O local é governado há muito tempo pelo partido islamita, de oposição a Najib Razak. "Estou profundamente preocupado com as enchentes", declarou ele em comunicado. "Eu sinto muito pelas pessoas que perderam suas casas e pelas famílias que perderam seus entes queridos."

O governo da Tailândia declarou estado de desastre depois das enchentes no país terem matado pelo menos 13 pessoas em províncias do sul, algumas das quais fazem fronteira com a Malásia. Fonte: Dow Jones Newswires.

Equipes de resgate lutavam neste sábado para ajudar as dezenas de milhares de pessoas afetadas pela pior inundação da Malásia em décadas, enquanto vítimas revoltadas acusavam o governo de ser lento em sua resposta.

Os malaios expressaram sua revolta contra o primeiro-ministro Najib Razak após a divulgação de fotos - que se tornaram virais nas redes sociais - que mostravam seu líder jogando golfe com o presidente americano, Barack Obama, durante as tempestades.

O número de pessoas forçadas a deixar suas casas passou de 120.000, e meteorologistas alertam que não haverá alívio nos estados de Kelantan, Terengganu e Pahang, no nordeste do país.

Observadas do ar, partes de Kota Bharu, a capital do estado muito afetado de Kelantan, se assemelhavam a um grande lago lamacento, com fileiras de telhados em meio às águas turvas.

Os ânimos se exaltaram entre pessoas abrigadas em um centro de refúgio nos arredores de Kota Bharu, que temiam que a situação piorasse, já que a chuva não dava trégua nas áreas vizinhas.

"Estou zangado com eles (o governo). Nós não nos importamos com a sua política. Só queremos que o governo faça o que deve ser feito e nos ajude", declarou Farhana Suhada, de 23 anos e que trabalha para o serviço de correios.

Segurando firme o seu filho de seis meses, ela afirmou: "Para o café da manhã eu tinha três biscoitos e chá. Não há água suficiente e nenhuma comida para o meu bebê. Eu tive que comprar meu próprio leite", disse.

Farhana foi forçada a abandonar sua casa há quatro dias depois que as águas das enchentes subiram rapidamente quase alcançando seu pescoço.

"Perdi tudo, minha casa, meu carro e minha moto sofreram danos enormes", disse ela, que estava entre as 200 pessoas que buscaram refúgio em uma escola de dois andares.

O primeiro-ministro Najib, por sua vez, chegou em Kelantan para liderar a resposta nacional à inundação depois de interromper suas férias no Havaí e deve se encontrar com vítimas das enchentes.

As inundações, provocadas por chuvas torrenciais de monções, até agora deixaram cinco mortos.

Esta região é atingida regularmente por inundações durante as monções anuais, mas as chuvas deste ano têm sido excepcionalmente ruins.

Situação desafiadora

O vice-primeiro-ministro, Muhyiddin Yassin, admitiu que as equipes de resgate estavam lutando com a falta de energia elétrica e com estradas bloqueadas pelas enchentes.

"Admito que a situação é desafiadora para as equipes de resgate e estamos fazendo o nosso melhor para garantir que a comida chegue às vítimas dessa situação da inundação", afirmou ao jornal Star.

Helicópteros e caminhões militares foram vistos na área de Kota Bharu, localizada perto da fronteira com a Tailândia, mas os esforços das equipes de resgate estavam sendo dificultados pelo aumento rápido do nível das águas e pelas fortes correntezas, enquanto as estradas que levavam às áreas mais atingidas estavam intransitáveis.

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