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Em sua live dessa quinta-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a apontar que houve irregularidades nos financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) nos governos do PT, mas não apresentou provas e admitiu que os empréstimos foram feitos dentro da lei.

Bolsonaro fala sobre o assunto desde a campanha de 2018, quando prometeu uma auditoria no banco para constatar o suposto esquema das gestões passadas. Ele disse que ia expor os relatórios da estatal e comprovar os desvios na live dessa quinta (28), mas não cumpriu.

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Sem provas para basear sua denúncia, ele culpou o Congresso - o qual fazia parte no período - por liberar Projetos de Lei e Medidas Provisórias que permitiram as transações aos países estrangeiros. 

Após eleito, o chefe do Executivo gastou R$ 48 milhões do BNDES para a revisão de contratos. Porém, os indícios das irregularidades ainda não foram encontrados.

Ao lado do presidente do BNDES, Gustavo Montezano, Bolsonaro assumiu que as regras de repasse nos últimos 20 anos eram legais. 

“Tudo foi legal. Não houve caixa-preta. Caixa-preta era aquele período, onde não podia se divulgar nada, inclusive os contratos com outros países por decisão judicial", confirmou.

Sem sustentar as acusações, restou a Bolsonaro atacar o ex-presidente Lula (PT).

“Vai acontecer o que aconteceu no passado. Não vai ser diferente. O que a gente tem informações aqui – eu não tenho provas – é que está tudo pronto para o futuro possível governo do Lula. Muitos desses atores do passado vão retornar. E vão voltar fazendo a mesma coisa ou até pior. Acho até que, se voltarem, vão voltar para nunca mais sair daqui [do poder]”, considerou.

Ele ainda citou o empréstimo do BNDES para a construção do Porto de Mariel, em Cuba. Segundo Bolsonaro, Lula teria aceito receber o pagamento em charutos. 

Na verdade, a negociação estipulou que se Cuba não conseguisse pagar o empréstimo teria que repassar ao Brasil os ganhos com as vendas de charutos.

Até setembro de 2018, Cuba pagou R$ 293 milhões da dívida, de acordo com a Folha de S. Paulo. Depois deixou de pagar e o banco acionou o seguro do Fundo de Garantia à Exportação (FGE) para cobrir a inadimplência.

Os investigadores indonésios esperam encontrar, nesta quarta-feira (13), a segunda caixa-preta do Boeing que caiu no mar na costa de Jacarta com 62 pessoas a bordo no último sábado.

Os mergulhadores recuperaram a primeira caixa-preta, que registra os parâmetros de voo (FDR), na terça (12) e agora se concentram na busca pelas gravações das conversas da cabine.

Essas gravações podem fornecer informações cruciais para entender por que o Boeing 737-500 da Sriwijaya Air despencou em menos de um minuto para desaparecer no mar de Java no sábado.

"As investigações continuam e esperamos um bom resultado", disse Rasman MS, chefe dos serviços de socorro.

As caixas-pretas, que registram velocidade, altitude e direção da aeronave, ajudam a determinar as causas dos acidentes em 90% dos casos, segundo especialistas em aviação.

As autoridades indonésias ainda não forneceram hipóteses sobre as causas da queda da aeronave de 26 anos.

A agência norte-americana responsável pela segurança nos transportes (NTSB) anunciou no Twitter o envio de investigadores a Jacarta, juntamente com representantes da Boeing, da GE Aviation - fabricante dos motores do avião-, e da Autoridade americana da Aviação (FAA).

Mais de 3.000 pessoas participam das buscas no mar, auxiliadas por barcos, helicópteros e um robô subaquático.

"Esta operação não acabou", disse o comandante-chefe das forças indonésias, Hadi Tjahjanto, na noite de terça-feira. "Continuaremos procurando as vítimas e todas as partes restantes da fuselagem".

- Desinformação -

Até o momento, quatro vítimas foram identificadas graças às impressões digitais, incluindo um piloto de 38 anos que não estava de serviço.

Cinquenta passageiros, incluindo 10 menores, e 12 tripulantes, viajavam no avião com destino a Pontianak, cidade na parte indonésia da ilha de Bornéu.

As autoridades pediram aos parentes das vítimas que fornecessem amostras de DNA para ajudar na identificação dos restos mortais.

A tripulação não emitiu sinais de socorro antes do acidente e o avião provavelmente estava inteiro quando atingiu a água, disseram as autoridades após estudar os primeiros elementos disponíveis.

A investigação das causas do acidente pode levar meses, mas um relatório preliminar é esperado dentro de um mês.

O desastre aéreo provocou informações falsas na internet, principalmente com a publicação de um bebê supostamente resgatado, mas que se trata na realidade de uma criança salva em 2018 de um acidente de barco.

É o primeiro acidente fatal desde o início das atividades, em 2013, da Sriwijaya Air, uma empresa que voa entre o arquipélago da Indonésia e o Sudeste Asiático.

Mas o setor de transporte aéreo da Indonésia viu várias tragédias nos últimos anos e muitas companhias aéreas do país estavam proibidas de voar na Europa até 2018.

Em outubro de 2018, 189 pessoas morreram na queda de um Boeing 737 MAX operado pela Lion Air que caiu no mar de Java, 12 minutos após decolar de Jacarta. O avião de Sriwijaya não pertence à polêmica nova geração do Boeing 737 MAX, sendo um "clássico" Boeing 737.

As autoridades da Indonésia recuperaram nesta terça-feira (12) uma das duas caixas-pretas do avião que caiu no último fim de semana com 62 pessoas a bordo.

Segundo o ministro dos Transportes do país asiático, Budi Karya Sumadi, trata-se do gravador de dados de voo do Boeing 737-500 da companhia aérea Sriwijaya Air.

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A outra caixa-preta registra as conversas na cabine de pilotos e ainda não foi retirada do Mar de Java, local da tragédia. A análise dos equipamentos é crucial para determinar as causas do acidente, que ocorreu no último sábado (9), logo após o avião ter decolado do Aeroporto de Jacarta.

De acordo com informações de radar, a aeronave despencou 10 mil pés de altitude (3 mil metros) em menos de um minuto. Todas as pessoas a bordo morreram. 

Da Ansa

O último aditivo do contrato da auditoria que custou R$ 42,7 milhões ao BNDES para abrir a "caixa-preta" nas operações com o grupo J&F poupou o empresário Joesley Batista e o ex-ministro, Antônio Palocci, de serem investigados.

O contrato foi firmado com a KPMG, que acompanhou a auditoria como revisor, no dia 2 de setembro de 2019, pelo atual presidente do banco, Gustavo Montezano. O documento previa que a empresa, em conjunto com a Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, ampliasse o escopo da auditoria para entrevistar e investigar alvos da Operação Bullish, deflagrada em março de 2019. Como resultado da operação, o Ministério Público Federal de Brasília acusou a JBS de fraude no BNDES e cobrou devolução de R$ 21 bilhões.

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Já a auditoria contratada pelo banco mirou oito operações a empresas do grupo J&F (JBS, Bertin e Eldorado Celulose), ouviu 51 pessoas (o banco não informa a identidade delas) e, no final, como revelou ao jornal O Estado de São Paulo, não encontrou irregularidade.

No aditivo para ampliar o contrato da KPMG em R$ 2,3 milhões, assinado na gestão Montezano, há a ressalva de que não seriam incluídos no escopo da auditoria "custodiantes" que tiveram as denúncias negadas na 12ª Vara Federal do DF.

Apesar de não citar nominalmente Joesley e Palocci, apenas eles e três funcionários do banco tiveram denúncia rejeitada pelo juiz Marcus Vinicius Reis Bastos. O MPF recorreu da decisão.

Em nota, o banco afirmou que Joesley e Palocci não poderiam ser obrigados a dar entrevistas para a auditoria porque não são funcionários do banco. Especialistas disseram que uma auditoria, exatamente por não ser um procedimento policial, pode tentar ouvir qualquer um.

Após garantir a inexistência de ilegalidades nas operações passadas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o presidente da instituição, Gustavo Montezano, disse que o próprio País "legalizou" o esquema de corrupção. "A gente (Brasil) construiu leis, normas, aparatos legais e jurídicos que tornaram legal esse esquema de corrupção. A conclusão é essa", comentou, em entrevista coletiva para explicar os gastos com a auditoria externa contratada pelo banco para apurar eventuais irregularidades em operações de mais de R$ 20 bilhões com as empresas do Grupo J&F.

Ao ser questionado sobre quais leis deveriam então ser alteradas para evitar a repetição do episódio, o presidente do BNDES disse que não poderia "comentar no detalhe o tema legislativo".

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"Nosso Brasil viveu um dos maiores escândalos de corrupção da história, turbinado com dinheiro público. Esse dinheiro saiu dos cofres do povo brasileiro. Então é legítimo que o povo se pergunte e questione mas como não houve nada de ilegal?. E a verdade é que a gente concluiu que não houve nada de ilegal. A gente construiu leis, normas, aparatos legais e jurídicos que tornaram legal esse esquema de corrupção. A conclusão é essa. E é legítimo que a população tenha essa dúvida, e é importante que o banco esclareça que não fez nada de ilegal", disse Montezano.

O presidente do BNDES foi então questionado se o problema são as leis vigentes no País.

"O problema de temas complexos não necessariamente é o fato, é a explicação. Como você explica para uma população geral, que paga altos impostos, que não tem escola, não tem saúde, não tem segurança, que a gente emprestou R$ 20 bilhões para (quem se envolveu em) um dos maiores esquemas de corrupção da história, com o dinheiro deles (população), e não teve nada de ilegal?", comentou Montezano. "Eu me referi às leis e a todo o esquema normativo, que passa desde de que é decidido alguma coisa em Brasília, nas leis, até o dinheiro ser usado para financiar campanha lá na outra ponta. Esse esquema todo é que foi legalizado. É difícil explicar isso. Como a gente explica isso para a população? E como a gente garante que isso não vai acontecer de novo? É legítima a dúvida", acrescentou.

Ele disse ainda que é importante a sociedade fazer um debate "consistente" e "aprender com os erros do passado".

Segundo o presidente do banco, foram fatos que "machucaram" o País. "Acho que todos nós estamos convencidos que foi um erro grande para o nosso país. Ninguém tem dúvida disso. Então como é que a gente legalizou um troço desses?", questionou.

Montezano garantiu, porém, que o BNDES trabalha para disciplinar o banco "para isso não acontecer mais". Ele disse, porém, que só pode falar pelas ações da instituição de fomento.

'Raspar o tacho'

Na coletiva de imprensa no Ministério da Economia, o presidente do BNDES tentou justificar por mais de uma hora e meia o gasto milionário com a auditoria estrangeira que, de acordo com suas próprias palavras, "não achou nada ilegal".

Questionado sobre a crítica do presidente da República, Jair Bolsonaro, em relação a "raspar o tacho", Montezano disse que "não foi o caso" e que o gasto milionário foi necessário. "(Com relação à fala do presidente) Entendi que parecia que alguém queria gastar todo dinheiro. A gente provou aqui (na coletiva) que não foi o caso", afirmou, após exibir planilhas que detalhavam os aditivos das contratações.

'Garoto'

Sobre ter sido chamado de "garoto" pelo presidente, Montezano minimizou: "agradeço, acho que é um elogio". Ainda segundo o presidente do BNDES, novas explicações poderão ser dadas pela diretoria da instituição de fomento, caso outras demandas da imprensa ou da sociedade surjam com relação à auditoria.

Ao encerrar a coletiva ele afirmou, porém, que naquele momento todas as questões estavam "exauridas". O executivo disse que não conversou pessoalmente com Bolsonaro depois que o presidente criticou publicamente o custo da auditoria. "Foi com interlocutores, não foi pessoal."

E destacou: "Meu entendimento em relação ao que 'está esquisito' é que era importante a gente estar aqui para esclarecer o que está esquisito. A gente fez um trabalho extenso de revisão de tudo o que aconteceu no banco para dar segurança e esclarecimento. A gente veio a publico."

Os diretores do BNDES também confirmaram a informação, revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), de que no início 40 funcionários eram alvos da auditoria da Cleary. Em novembro de 2018, o conselho do banco aprovou um aditivo de R$ 4 milhões, que ampliou o escopo da investigação para 50 funcionários e dirigentes.

Mais de 1.5 gigabytes de informações de computadores foram colhidos durante um ano e dez meses de investigação, mas a empresa contratada para investigar a caixa-preta, ao final dos trabalhos, apresentou um relatório de oito páginas que não atribuía qualquer ilegalidade a funcionários da instituição.

Escopo de auditoria

O presidente do BNDES disse também nesta quarta-feira que o aumento do escopo da auditoria externa para avaliar as operações da instituição com as empresas do Grupo J&F não decorreu de nenhuma influência do governo. "Foi o próprio time jurídico que recomendou o aumento do escopo e a continuidade das apurações", comentou.

O aumento do escopo ampliou em R$ 11,9 milhões o valor do contrato em julho de 2019. "Sem o aumento do escopo, relatório teria ressalva que praticamente o invalidaria", disse.

Esse aditivo foi seguido por um adicional de R$ 2,3 milhões no contrato com a auditoria KPMG, para que ela acompanhasse os trabalhos da investigação externa como uma espécie de revisor, no que é chamado no jargão do setor como "auditoria shadow".

O custo total subiu dos iniciais R$ 23,4 milhões para R$ 42,7 milhões no final das investigações. O valor é diferente dos R$ 48 milhões informados pelo BNDES via Lei de Acesso à Informação (LAI) por conta da taxa de câmbio usada no cálculo.

O BNDES informou ainda que está com um processo em curso para criar uma corregedoria dentro do banco de fomento. O nome indicado está em avaliação pela Controladoria-Geral da União (CGU).

O presidente Jair Bolsonaro disse, na terça-feira (28), que "tem coisa esquisita" no reajuste que levou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a pagar R$ 48 milhões a uma auditoria para abrir a "caixa-preta" do banco em operações com o grupo J&F, sem encontrar nenhuma irregularidade.

Após o jornal O Estado de São Paulo ter revelado o valor total do contrato para a auditoria, na semana passada, o atual presidente do BNDES, Gustavo Montezano, tentou inicialmente se esquivar da responsabilidade pelo valor. Em seguida, com a revelação de que ele mesmo autorizou o último aumento do contrato, o executivo não falou mais no assunto.

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Bolsonaro comentou na terça-feira o fato de seu subordinado ter ajudado a elevar o valor do contrato. Ele disse que "parece que alguém quis raspar o tacho", sem dar nomes, e cobrou explicações. "Expõe logo o negócio e resolve", ordenou o presidente ao chegar no Palácio da Alvorada, depois de viagem oficial à Índia. Os próprios diretores do banco e membros do conselho de administração já cobravam uma posição de Montezano. Eles pedem uma resposta mais contundente e rápida sobre a contratação da auditoria externa que investigou as operações do banco entre 2005 e 2018, com um passo a passo.

Pressionado, Montezano se encontrou na terça-feira com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Na noite anterior, executivos do banco já tinham participado de uma reunião para discutir as explicações que serão dadas nesta quarta-feira por Montezano na sede do Ministério da Economia, em Brasília. O jornal O Estado de São Paulo apurou que a permanência do executivo no cargo depende do desempenho dele em explicar os detalhes do contrato de auditoria, incluindo aditivos e valores.

"Essa auditoria começou no governo Temer. E tiveram dois aditivos. O último parece, não tenho certeza, seria da ordem de R$ 2 milhões. E chegou a R$ 48 milhões no final. Tá errado. Tá errado", afirmou Bolsonaro.

O último aditivo, de outubro de 2019, foi feito sob a gestão de Montezano. Por ele, houve incremento de cerca de R$ 15 milhões no valor do contrato com a Cleary Gopttlieb Steen & Hamilton LLP . "Não sei se vou ter tempo para estar com Paulo Guedes (ministro da Economia) hoje (terça-feira), parece que ele está em Brasília. É o garoto lá, foi o garoto, porque, conheço por coincidência desde pequeno, o presidente do BNDES é um jovem bem intencionado. E ele que passou as informações disso que falei para vocês (jornalistas) agora, que são os aditivos. A ordem é não passar a mão na cabeça de ninguém."

Sem irregularidades

Após um ano e dez meses de trabalho focado em oito operações com as empresas JBS, Bertin, Eldorado Brasil Celulose, a auditoria não apontou nenhuma irregularidade. O Ministério Público Federal em Brasília, porém, identificou prejuízos de R$ 2 bilhões ao banco em operações com o grupo J&F, controlador da JBS. Dados da Operação Bullish mostram desrespeito ao limite de crédito que poderia ser empro à companhia e a dispensa do recebimento de juros sobre o valor injetado na empresa.

Na sexta-feira, 24, o Tribunal de Contas da União (TCU) deu 20 dias para o BNDES dar explicações sobre o aumento do valor da auditoria. O caso ainda pode se tornar alvo de uma fiscalização específica da Corte de Contas, já que o Ministério Público junto ao TCU entrou com uma representação pedindo verificação do pagamento ao escritório americano.

Na segunda-feira, 27, a cúpula do banco passou o dia em Brasília para dar explicações. A primeira rodada de conversas ocorreu na Controladoria-Geral da União (CGU) e seguiu no início da tarde para a Câmara dos Deputados e o Tribunal de Contas da União. Não houve, porém, coletiva de imprensa.

O ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro, responsável pelo início da auditoria, também engrossa o pedido por explicações em carta a Montezano. Segundo apurou o jornal O Estado de São Paulo/Broadcast, o contrato inicialmente previa um custo próximo a R$ 16 milhões. A revelação do aditivo assinado sob a gestão Montezano causou ainda mais desgaste interno porque o atual presidente, em entrevista em Davos, na Suíça, havia tentado jogar a responsabilidade pela auditoria para seus antecessores.

A ideia inicial do BNDES era investigar 40 funcionários e dirigentes, mas, orientado pela KPMG Auditores Independentes, o banco decidiu incluir no escopo mais 10 colaboradores e 100 mil documentos. "Tal aumento do teto era necessário para que as referidas entidades continuassem a realização dos serviços, que deveriam ser concluídos até o fim de 2018", diz trecho da ata da reunião do conselho de administração de 12 de novembro de 2018.

Apesar do acréscimo no contrato, autorizado naquela reunião, a auditoria não foi finalizada naquele ano e o BNDES continuou contratando os serviços do escritório estrangeiro ao longo de 2019, durante a gestão de Bolsonaro.

Comitiva formada por executivos do BNDES, incluindo seu presidente, Gustavo Montezano, desembarcou em Brasília na segunda-feira (27) numa peregrinação para dar explicações sobre a auditoria de R$ 48 milhões que prometia abrir a "caixa-preta" das operações com a JBS. A agenda ocorre uma semana após o jornal O Estado de São Paulo revelar que o estudo milionário não encontrou nenhuma irregularidade no banco, contrariando investigações feitas pelo Ministério Público Federal, Tribunal de Contas da União e uma CPI da Câmara dos Deputados.

O valor final do trabalho surpreendeu o ex-presidente da instituição Paulo Rabello de Castro, que disse ao jornal O Estado de São Paulo ter fechado um contrato inicial que custava cerca de 25% desse valor. O jornal O Estado de São Paulorevelou que um dos dois aditivos ocorreu já na gestão do atual presidente.

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A primeira rodada de conversas ocorreu na Controladoria-Geral da União (CGU) e seguiu no início da tarde na Câmara dos Deputados e no Tribunal de Contas da União. Diante da agenda movimentada, os executivos do banco se dividiram entre os compromissos. Eles deixaram os encontros sem dar entrevistas. No Ministério da Economia, Montezano não usou a entrada principal para acessar o prédio, evitando assim esbarrar com a imprensa.

Segundo a agenda oficial do BNDES, Montezano foi ao TCU para conversar com o ministro Aroldo Cedraz. Na semana passada, o ministro Augusto Sherman deu 20 dias para que o banco desse mais detalhes sobre os gastos com a auditoria. De lá, seguiu para o Ministério da Economia, onde se encontrou com o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, e o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, para "alinhamento institucional".

Assim que o caso foi revelado pelo jornal, no início da última semana, representantes da CPI do BNDES na Câmara encaminharam um ofício ao banco cobrando explicações. Os parlamentares queriam saber, especialmente, por que Montezano não informou ao colegiado, ao longo do ano de 2019, que uma auditoria milionária estava sendo realizada no banco público.

Na Câmara, na segunda-feira, executivos do banco falaram por pelo menos 40 minutos com a vice-presidente da CPI, Paula Belmonte (Cidadania-DF). Justificaram que os aditivos no contrato foram feitos na medida em que o trabalho aumentou.

"A gente sabe que tem 'caixa-preta'. Com essa auditoria, eles deram argumento para a oposição se valer de uma história que não é real. Essa auditoria é inconclusiva. O BNDES reconhece isso. A própria empresa de consultoria deixou claro que ela não teve acesso a alguns tipos de informação", destacou a deputada.

À parlamentar, os representantes do BNDES garantiram que a pretensão da auditoria "nunca foi" desqualificar ou diminuir os trabalhos da CPI ou do TCU, que têm apontado em acórdãos e relatórios diversos indícios de irregularidades.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O economista Paulo Rabello de Castro, que presidiu o BNDES entre junho de 2017 e abril de 2018, disse ao jornal O Estado de São Paulo/Broadcast que ficou "surpreso" com o valor de R$ 48 milhões pago pela instituição a um escritório estrangeiro por uma auditoria nas operações do banco, chamada de "caixa preta", com as empresas JBS, Bertin e Eldorado Celulose. Segundo ele, a cifra desembolsada é "quatro a cinco vezes maior" do que o aprovado em sua gestão.

Rabello contou que enviou uma carta ao atual presidente do banco, Gustavo Montezano, pedindo a divulgação e o esclarecimento de informações sobre o contrato, inclusive o valor inicial e a realização de eventuais aditivos (com a respectiva justificativa). "Sugiro na carta que ele esteja preparado para informar. Ele não é o BNDES aberto? Ele já deve estar com tudo isso pronto hoje (na quarta-feira, 22) à tarde. Se fosse na minha gestão, eu estaria. Não há o que esconder aí", afirma o ex-presidente.

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O jornal O Estado de São Paulo revelou na segunda-feira, 20, que o BNDES pagou R$ 48 milhões a um escritório estrangeiro, o Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, mas a auditoria não apontou nenhuma irregularidade, incluindo evidência de corrupção dos funcionários do banco, nas operações com as empresas JBS, Bertin e Eldorado Celulose (todas do grupo J&F), entre 2005 e 2018.

Montezano, que está em Davos (Suíça) participando do Fórum Econômico Mundial, disse na quarta-feira que 90% da auditoria contratada estava concluída quando assumiu a instituição, em julho do ano passado. "Não foi esta diretoria que contratou a auditoria. Chegamos em julho no banco e 90% do relatório estava pronto", afirmou.

Operações

Rabello confirmou que foi a sua administração que contratou a auditoria, por pressão de órgãos de controle, que avaliaram à época que as apurações internas do banco e as investigações no Congresso não eram suficientes para atestar a idoneidade das operações. O Parlamento instaurou duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), uma no Senado e outra mista, para avaliar o caso.

O ex-presidente disse também que havia um clamor da sociedade por mais informações sobre as operações do banco com a JBS. "Intramuros" o BNDES estava satisfeito com os resultados das apurações internas, afirmou ele, reiterando que o valor acertado pela sua administração era bem menor que o divulgado.

O contrato com o escritório Cleary Gottlieb Steen & Hamilton foi formalizado em julho de 2015, ainda na primeira gestão do governo Dilma Rousseff, mas o objetivo era genérico: contatar consultoria internacional na área do direito. Em fevereiro de 2018, na gestão Michel Temer, o contrato venceria, mas foi prorrogado por mais 30 meses para abrir a "caixa-preta" das operações com a JBS.

"Eu não tinha como não investigar. Eu tinha é que cuidar se eu não ia ser explorado por um custo completamente fora do padrão, se o custo que nós aprovamos na minha gestão estava absolutamente compatível com o padrão de mercado que eu conheço. Caro, mas compatível. Isso é sempre caro, mas compatível. Tanto que na reunião eu me lembro de dizer ‘Poxa, eu pessoalmente não pagaria isso. Eu pago porque há uma exigência dos órgãos de controle, isso pode ajudar a esclarecer, mas pago chorando’. Mas era um quarto ou um quinto do valor final", disse.

Rabello afirmou ainda que o fato de a auditoria não ter encontrado indícios de irregularidades é uma "boa notícia" que acabou sendo "chamuscada" pelo valor do contrato. "O valor foi multiplicado, e eu não sei explicar. Não foi na minha administração", frisou. "Na nossa gestão, os valores então apresentados pelo contratado eram altamente justificáveis, dentro do padrão normal."

O atual presidente do banco, disse na quarta-feira que "auditorias são caras mesmo". "Dentro desse tipo de escopo não (não chamou atenção), mas é uma grande quantia de dinheiro." Para Montezano, um dos principais problemas é sobre como a população recebeu a informação. "Esta é uma informação relevante que chegou a público. Cabe ao Ministério Público fazer o julgamento, a análise", disse.

O ex-presidente disse ainda que sua gestão fez uma "investigação detalhada, incluída no chamado Livro Verde", publicado em 2017, e que fez um balanço da atuação do banco entre 2001 e 2016 (período de operações polêmicas, como as da JBS). "Coloquei essas informações todas e passamos a organizar a sinalização da abertura total do valor e demais informações sobre todas as operações feitas no Brasil e também para mutuários estrangeiros, que hoje a atual administração do banco atribui a eles. A iniciativa disso foi da Maria Silvia (Bastos Marques, antecessora de Rabello na presidência do BNDES). Nós, a partir do momento que não encontramos nenhum indício de irregularidade, e isso está no Livro Verde, divulgamos para a imprensa", afirmou Rabello.

O presidente Jair Bolsonaro evitou comentar a auditoria interna do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que prometia abrir a "caixa-preta" da instituição, mas não apontou irregularidades. Como revelou o Estadão/Broadcast, a apuração custou R$ 48 milhões aos cofres públicos.

"A caixa-preta já foi aberta, bilhões gastos em outros países", disse o presidente. Em seguida, encerrou a coletiva de imprensa sem responder outras perguntas.

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Ontem, o Estadão/Broadcast mostrou que o relatório do BNDES não apontou nenhuma evidência direta de corrupção em oito operações com a JBS, o grupo Bertin e a Eldorado Brasil Celulose, realizadas entre 2005 e 2018. O valor foi pago a um escritório estrangeiro, o Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, que subcontratou outro brasileiro, o Levy & Salomão.

A assessoria do BNDES informou que o relatório de oito páginas é uma resumo crítico da auditoria e que outro parecer, "mais robusto", foi entregue às autoridades.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) gastou R$ 48 milhões com auditoria que prometia abrir a "caixa-preta" em operações relacionadas ao grupo J&F, que controla a JBS. Após um ano e 10 meses de investigação, o banco divulgou, no fim de dezembro, relatório que não apontou nenhuma evidência direta de corrupção em oito operações com a JBS, o grupo Bertin e a Eldorado Brasil Celulose, realizadas entre 2005 e 2018.

O valor foi pago a um escritório estrangeiro, o Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, que subcontratou outro brasileiro, o Levy & Salomão. A assessoria do BNDES informou que o relatório de oito páginas, antecipado pelo estadão.com.br, é um resumo crítico da auditoria e que outro parecer, "mais robusto" foi entregue às autoridades.

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A conclusão nos dois documentos é a mesma: as decisões do banco "parecem ter sido tomadas depois de considerados diversos fatores negociais e de sopesados os riscos e potenciais benefícios para o banco". "Os documentos da época e as entrevistas realizadas não indicaram que as operações tenham sido motivadas por influência indevida sobre o banco, nem por corrupção ou pressão para conceder tratamento preferencial à JBS, à Bertin e à Eldorado", diz trecho do relatório.

A abertura da "caixa-preta" foi uma das missões conferidas por Jair Bolsonaro ao presidente do BNDES, Gustavo Montezano, que tomou posse em julho, em substituição a Joaquim Levy, primeiro nomeado pelo governo para comandar a instituição. Ele se juntou a outros executivos que passaram pelo banco após o fim da gestão Dilma e tiveram dificuldades para comprovar irregularidades na concessão dos financiamentos.

"Hoje, entendemos que não há mais nenhum evento que requeira esclarecimento. A sociedade está com informação de qualidade, substancial", afirmou Montezano, em dezembro do ano passado.

Assunto ignorado. No governo Temer, Maria Silvia Bastos Marques evitou o assunto. Paulo Rabello de Castro e Dyogo Oliveira negaram sua existência. "Ou sou um completo idiota ou não existe 'caixa-preta' no BNDES", chegou a dizer Rabello. Levy falou em "ter clareza sobre operações do passado", mas não chegou a avançar na busca por operações fraudulentas. A dificuldade foi apontada como um dos motivos para a insatisfação de Bolsonaro com sua gestão - o executivo pediu demissão após o presidente dizer em entrevista que estava "por aqui" com ele.

A "caixa-preta" foi um dos temas dominantes na campanha de Bolsonaro. Para muitos apoiadores do presidente, a sua abertura teria potencial para apontar malfeitos maiores do que os descobertos pela Operação Lava Jato na Petrobrás. Logo após a vitória nas urnas, o presidente eleito se comprometeu a determinar, no início do mandato, "a abertura da 'caixa-preta’ do BNDES e revelar ao povo brasileiro o que foi feito com seu dinheiro nos últimos anos".

Para o ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos Roberto Luis Troster, é preciso que o banco ainda esclareça contratos que foram fechados, principalmente no financiamento a obras no exterior.

A auditoria de R$ 48 milhões não investigou, por exemplo, operações com a Odebrecht, principal beneficiada dos empréstimos do BNDES destinados a financiar empreendimentos fora do Brasil. Também ficaram de fora os aportes do Tesouro com o objetivo de aumentar o volume de empréstimos do banco, para financiar setores que eram considerados "estratégicos" pelo governo PT.

Sigilo bancário. O termo "caixa-preta" começou a ser utilizado para se referir ao BNDES ainda em 2008, quando uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) restringiu o acesso do Tribunal de Contas da União (TCU) a informações do Banco Central protegidas pelo sigilo bancário. Até então, o BNDES concedia as informações protegidas por sigilo bancário ao TCU. Com o posicionamento do STF em relação ao BC, o BNDES entendeu que, se continuasse a dar ao TCU acesso a informações protegidas por sigilo bancário, isso poderia gerar questionamentos legais para o banco e seus empregados.

Em 2014, o TCU requereu uma série de documentos e o BNDES decidiu entrar com um mandado de segurança no STF a fim de proteger o sigilo bancário em algumas situações, como saldo devedor das operações de crédito, cadastro das empresas, rating de crédito e estratégia empresarial. O TCU, por sua vez, entendia que o BNDES não poderia alegar sigilo bancário para não lhe passar esses itens, uma vez que as operações envolvem recursos públicos.

No ano seguinte, o STF decidiu que o BNDES era obrigado a informar ao TCU os dados completos das operações de crédito, transferindo a esse órgão de controle a obrigação de sigilo bancário. O BNDES acatou a decisão do Supremo e a instituição voltou a apresentar informações requeridas ao TCU.

O contrato com a Cleary foi formalizado em julho de 2015, na primeira gestão do governo Dilma. Ao analisar a concorrência 01/2014, no entanto, vencida pela empresa, é possível verificar que o objetivo do BNDES era contratar consultoria internacional na área do direito e do comércio de aviões. Ou seja, a contratação da Gottlieb Steen & Hamilton LLP não teria ocorrido, inicialmente, para realizar a auditoria.

O primeiro passo do novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, para abrir a "caixa-preta" da instituição, tarefa definida por ele próprio como "meta zero", de máxima prioridade, será pesquisar sobre o tema. É necessário saber como e quando o BNDES começou a ser identificado como "caixa-preta", disse Montezano ontem, durante reunião com o senador Álvaro Dias (Podemos-PR).

"Esperamos que, em até dois meses, até setembro, a gente possa vir aqui para a população (...) com o resultado final desse trabalho já está em curso", disse Montezano, em transmissão em vídeo da reunião, afirmando que o nível de transparência da instituição tem de ser de 110%.

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Montezano disse que Dias "foi uma das primeiras pessoas" a levantar a bandeira de transparência do BNDES. O senador pediu apoio para um projeto de lei para retirar o sigilo bancário de empréstimos que envolvam recursos públicos.

A demora em "abrir a caixa-preta", especialmente sobre os empréstimos para obras no exterior, em países como Cuba e Venezuela, seria um dos motivos para o presidente Jair Bolsonaro ter feito críticas à gestão anterior do banco de fomento no mês passado. Joaquim Levy, que ocupava a presidência do BNDES, pediu demissão.

A tarefa de Montezano não será fácil, por duas razões: o banco já ampliou a divulgação de informações e também pelo fato de que auditorias e operações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) ainda não comprovaram irregularidades envolvendo funcionários do BNDES.

Apesar das críticas de Bolsonaro, a divulgação de informações públicas sobre as operações do BNDES cresce desde a gestão de Luciano Coutinho, ainda nos governos do PT - o processo foi acelerado a partir de 2015, quando, além de valores contratados, prazos, juros e garantias dos empréstimos passaram a ser divulgados.

A partir daí, grande parte dos avanços se deu na apresentação dos dados no site do banco. Na gestão de Levy, a primeira tentativa de abrir a "caixa-preta" veio em janeiro e envolveu a divulgação da lista dos 50 maiores clientes do BNDES no site do banco. O ranking, que chegou a ser compartilhado nas redes sociais por Bolsonaro, já havia sido publicado no "Livro Verde", lançado em julho 2017, na gestão de Paulo Rabello de Castro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mergulhadores recuperaram nesta quinta-feira, 1° de novembro, a caixa-preta do avião da Lion Air que caiu no Mar de Java, na Indonésia, na última segunda. A recuperação é um desenvolvimento crucial na investigação do que causou o mergulho do avião, com dois meses de uso, no mar, matando 189 pessoas. Enquanto isso, parentes enterravam a primeira vítima identificada do acidente.

A televisão mostrou dois mergulhadores depois que voltaram à superfície, nadando para um barco inflável e colocando um dispositivo laranja em um largo contêiner que foi transferido para um navio de resgate.

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"Foi desesperador porque a corrente (marítima) estava forte", disse o sargento da Marinha Hendra. "Depois de descobrir a possível localização, eu comecei a cavar e limpar os destroços até que eu finalmente achei um objeto laranja", ele disse à TV, em frente ao deque em que o navio estava.

O avião Boeing 737 MAX 8 caiu na manhã de segunda-feira minutos após decolar da capital da Indonésia, Jacarta. Foi o pior desastre aéreo do país em mais de duas décadas. O acidente renova preocupações sobre o rápido crescimento da indústria aérea da Indonésia, que recentemente foi removida da lista negra da União Europeia e dos Estados Unidos.

O coronel da Marinha Monang Sitompul disse à TV local que um objeto que parece ser a fuselagem do avião foi achado no fundo do mar. O aparelho recuperado por mergulhadores é o gravador de voo e a busca pela gravação da cabine do piloto, disse Bambang Irawan, um investigador da Comissão Nacional de Transportação em Segurança. "Nós processaremos os dados contidos no gravador de voo como parte da investigação para descobrir as causas do acidente", disse. "Nós não podemos dizer o quanto isso vai durar, mas é claro que tentaremos o mais rápido possível."

O gravador foi recuperado de uma profundidade de 30 metros, cerca de 500 metros a noroeste de onde o avião perdeu contato, disse Muhammad Syaugi, chefe da agência de resgate. "As correntes abaixo do mar ainda estão fortes, o que dificulta o trabalho dos mergulhadores, mas persistentemente eles as enfrentaram", disse.

Médicos da polícia dizem que os resultados dos testes de DNA demoram de 4 a 8 dias para identificar as vítimas. Investigadores dos EUA visitaram na terça-feira o porto de Jacarta e coletaram destroços do mar, incluindo peças do avião e pertences dos passageiros.

Dados de sites de monitoramento de voo mostram que o avião apresentou oscilação na velocidade e na altitude nos primeiros minutos do voo no domingo e no voo fatal na segunda-feira. Especialistas em segurança avisam, contudo, que os dados precisam ser checados junto às informações da gravação de voo.

A companhia Lion Air pediu no ano passado que 50 dos aviões MAX 8 e uma de suas subsidiárias aéreas sejam os primeiros a operar o novo modelo de avião de última geração.

O Ministro dos Transportes, Budi Karya Sumadi, disse que as inspeções feitas nos aviões Boeing MAX 8 da Lion Air e da Garuda, outra companhia aérea da Indonésia, não encontraram problemas, mas a procura continua. Ele disse que o diretor-geral de transportação aérea pediu à Lion Air que liberasse quatro funcionários do trabalho (o diretor de manutenção e engenharia, o gerente de qualidade de controle, o gerente de manutenção de voo e o gerente de lançamentos) para que ajudassem na investigação. Ele também afirmou que as licenças de manutenção de engenharia aérea foram suspensas.

Investigadores dizem que um relatório preliminar do acidente pode ser divulgado dentro de um mês, mas investigações completas podem levar alguns meses a mais. O acidente da Lion Crash é o pior desastre aéreo da Indonésia desde 1997, quando 234 pessoas morreram perto de Medan em um voo da companhia Garuda. Em dezembro de 2014, um voo da AirAsia de Surabaya para Cingapura mergulhou no mar, matando todos as 162 pessoas a bordo.

As companhias aéreas indonésias foram impedidas em 2007 de voar para a Europa por causa de preocupações em relação à segurança, embora na década seguinte os serviços tivessem sido permitidos. O banimento foi completamente dissolvido em junho deste ano na Europa e nos EUA, em 2016.

A Lion Air, uma companhia de baixo-custo, é uma das mais jovens e maiores empresas aéreas da Indonésia, voando para dúzias de destinos domésticos e internacionais. Ela se expandiu agressivamente no sudeste asiático, uma região em crescimento com mais de 600 milhões de pessoas. Fonte: Associated Press

O piloto do avião no qual estava o ministro Teori Zavascki tentou aterrisar duas vezes, no aeroporto de Paraty, no Rio de Janeiro, antes de cair no mar. Após a análise do gravador de voz da caixa-preta, segundo o que apurou a TV Globo, também revelou que não houve gritos, pedido de socorro ou pânico antes da tragédia, que aconteceu na última quinta-feira (19). A caixa-preta continua em análise, no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), desde sábado (21). 

A Aeronáutica, nesta terça (24), informou que na primeira análise da caixa-preta não foi apontada “qualquer anormalidade” nos sistemas da aeronave. Os peritos, que tiveram acesso aos 30 minutos de gravação do equipamento, disseram que foi possível ouvir os comentários sobre o tempo. No momento da queda estava chovendo na região. 

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Nessa segunda (23), o juiz Raffaelle Felice, da 1ª Vara Federal de Angra dos Reis (RJ), decretou sigilo nas investigações sobre a queda do avião. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) irão escutar, nesta terça (24), depoimentos de testemunhas da queda da aeronave. 

No desastre, além de Teori, morreram o piloto Osmar Rodrigues, o empresário Carlos Alberto Filgueiras, a professora Maria Panas e a massoterapeuta Maíra Panas.

Mergulhadores russos encontraram nesta terça-feira (27) uma das caixas-pretas do avião militar que caiu no último domingo (25) no Mar Negro, durante um voo para a Síria. "Nas buscas na cabine do piloto, foi encontrada uma das caixas-pretas da aeronave. Ela será levada imediatamente à superfície", disseram as autoridades russas.

Outras duas caixas-pretas precisam ser encontradas ainda, pois contêm códigos e informações sobre o voo que podem desvendar as causas do acidente.

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Além dos equipamentos, os mergulhadores russos encontraram no Mar Negro corpos e restos mortais de outros três passageiros.

Até o momento, foram encontrados 12 corpos, das 92 pessoas que estavam a bordo do avião, segundo a Agência Ansa.

O avião militar russo, modelo Tupolev Tu-154, caiu no dia de Natal, durante um voo para a Síria. A aeronave levava membros do Coral do Exército russo, também conhecido como Ensemble Alexandrov. Eles deveriam se apresentar para soldados russos que estão em combate na Síria na noite de Ano Novo.

As autoridades investigam a causa do acidente e não descartam nenhuma hipótese, nem mesmo a de terrorismo. Mas Moscou crê que há mais chances do acidente ter sido provocado por uma falha técnica ou erro humano do que um ataque externo.

A imprensa russa divulgou trechos de um áudio da tripulação com os controladores de voo que demonstra que havia problemas a bordo.

Autoridades da Aeronáutica Civil (Aerocivil), órgão colombiano responsável pela divulgação dos dados oficiais relativos à tragédia da Chapecoense, anunciaram na tarde desta terça-feira (29) que já encontraram as caixas-pretas do avião da empresa área LaMia, nas proximidades de Medellín, na Colômbia. A caixa-preta é fundamental para a investigação das causas do acidente por conter as gravações dos diálogos entre piloto e torre de controle minutos antes da tragédia.

Autoridades da Aerocivil não revelaram mais informações sobre objetos que ainda serão analisados por especialistas. Ao mesmo tempo que buscavam as caixas-pretas, foi realizado o resgate dos 72 corpos encontrados no local do acidente. Dos 81 presentes no voo, seis sobreviveram, entre eles jogadores da Chapecoense, membros da tripulação e um jornalista brasileiro. O acidente aconteceu na madrugada desta terça-feira, perto de Medellín, onde a Chapecoense enfrentaria o Atlético Nacional na noite desta quarta-feira (30), no jogo de ida da final da Copa Sul-Americana.

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--> Seleção argentina tinha usado o mesmo avião da tragédia

Autoridades norte-americanas encontraram uma das duas caixas-pretas do trem de passageiros que descarrilou nesta quinta-feira na estação de Hoboken, em Nova Jersey, matando a brasileira Fabíola Bittar de Kroon e ferindo mais de cem pessoas. O dispositivo extraído da traseira do trem contém dados sobre velocidade e frenagem que poderão determinar as causas da tragédia, de acordo com Bella Dinh-Zarr, vice-presidente do Conselho Nacional de Segurança no Transporte (NTSB, na sigla em inglês).

Os investigadores ainda procuram a outra caixa-preta que está no primeiro vagão do trem, o mais danificado pela colisão. A expectativa é de que este equipamento possua imagens da câmera frontal do trem. Segundo a NTSB, a investigação irá apontar se houve falhas no trem ou um erro do engenheiro responsável na ocasião, Thomas Gallagher, que tem cooperado com as investigações. Além disso, o órgão busca respostas para outras questões, incluindo se um sistema automático de frenagem evitaria acidentes como este.

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Os serviços de transporte de Hoboken foram suspensos por causa do acidente. A estação integra o "New Jersey Transit", sistema público de transporte que leva mais de 100 mil pessoas à Nova York diariamente. No momento do acidente, por volta das 8h45 (9h45 em Brasília), a estação estava cheia.

A única vítima fatal da tragédia foi a brasileira de 34 anos que morava há pouco tempo nos Estados Unidos. Ela deixou a cidade de Santos, em São Paulo, após o marido ter conseguido um emprego em Nova Jersey. No dia do acidente, ela deixou sua filha pequena em uma creche pouco antes de ir à estação. Fabíola foi atingida por partes da estrutura que cederam devido à colisão do trem com pilares de concreto.

Tom Spina, o passageiro que estava no terminal no momento do acidente, descreveu o cenário como caótico, com muitos gritos e pessoas em estado de choque. "Coisas como esta nós vemos em filmes. Você não pensa que irá ver isso na vida real", relatou Spina. Fonte: Associated Press.

A gravação da caixa-preta do navio mercante americano "El Faro", que naufragou nas Bahamas em outubro de 2015 matando seus 33 tripulantes, foi interrompida durante dez minutos depois da ordem de evacuação dada pelo capitão, segundo a Junta Nacional de Segurança em Transportes (NTSB).

O último sinal do navio seria das primeiras horas da manhã do dia 1º de outubro: surpreendido pelo furacão Joaquim, de categoria 4 em uma escala até 5, o capitão informou em uma conversa com terra firme de uma via de água que havia sido controlada, de uma perda de propulsão e uma inclinação de 15 graus.

Nesta quarta-feira, onze meses depois, surgiram os detalhes dos últimos instantes da embarcação. A caixa-preta do navio foi encontrada, no início de agosto, a quase 4.500 metros de profundidade, a 65 km ao nordeste das ilhas Acklins e Crooked (Bahamas).

Na manhã de 1º de outubro, as gravações registram discussões entre o capitão e membros da tripulação sobre uma via de água e a inclinação da embarcação. O capitão ordenou a evacuação do navio de carga e deu o sinal de alarme às 07H30 daquele dia. "A gravação termina dez minutos depois quando o El Faro estava a 39 milhas náuticas (72 km) da ilha Crooked", acrescenta a NTBS.

O El Faro levava 33 pessoas, principalmente americanos e cinco poloneses. Todos desapareceram.

Uma das caixas-pretas do avião da EgyptAir que caiu no Mediterrâneo em 19 de maio foi recuperada, anunciou nesta quinta-feira a comissão de investigação egípcia, em um comunicado. 

O "gravador de voz", com as conversas da cabine do avião, foi encontrado destroçado, afirma o comunicado. "Mas os investigadores conseguiram recuperar parte do que diz respeito à memória do aparelho, e que é a parte mais importante do gravador", segundo o texto.

Investigadores do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) III encontraram, na tarde desta segunda-feira, 8, a caixa-preta do avião modelo King Air que caiu no domingo, 7, sobre uma casa no bairro Minaslândia, na região norte de Belo Horizonte. A informação é da Força Aérea Brasileira (FAB). Três pessoas morreram no acidente: o piloto Emerson Thomazini, o copiloto Carlos Eduardo Abreu e Gustavo de Toledo Guimarães, que viajava de carona.

A caixa-preta, segundo a FAB, será enviada para um laboratório da Seripa III no Rio de Janeiro. A expectativa é de que o equipamento tenha registrado os últimos minutos do contato da aeronave com a torre de controle do Aeroporto da Pampulha, de onde o avião partiu. A queda aconteceu três minutos depois da decolagem.

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O avião era operado pela empresa Atlântica Exportação e Importação, que pertence ao conglomerado Montesanto Tavares, com forte atuação no setor de café. A aeronave viajaria para Setubinha, no Vale do Jequitinhonha, a 526 quilômetros de Belo Horizonte.

As equipes de busca especializada encontraram a caixa-preta do trem da rede Amtrak que descarrilou na noite desta terça-feira na Filadélfia, e já começaram as análises para descobrir as causas do acidente, que deixou seis mortos, informou nesta quarta-feira o prefeito, Michael Nutter.

De acordo com Nutter, o condutor do trem ficou ferido no acidente, e depois de receber atendimento médico já começou a fornecer à polícia um testemunho do ocorrido.

O descarrilamento do trem, que viajava de Washington a Nova York, deixou um saldo de ao menos seis mortos e 140 pessoas feridas.

A caixa-preta, que grava informações sobre o funcionamento do trem, encontra-se "agora no centro de operações de Amtrak, em Delaware, para análises", disse Nutter, que afirmou que ainda não contava com informações sobre dados extraídos do dispositivo.

No entanto, policiais reiteraram que nem todas as 243 pessoas que estavam a bordo do trem foram localizadas até o momento, embora sem fornecer um número exato.

Para estes funcionários, algumas pessoas podem ter simplesmente abandonado o lugar sem ferimentos.

Robert Sumwalt, da Agência Nacional de Segurança no Transporte (NTSB), disse à imprensa que equipes de resgate seguiam "revistando cuidadosamente os vagões virados para ver se não havia mais ninguém" entre os destroços.

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