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Em um contexto cada vez mais complicado no Brasileiro da Série B, o Santa Cruz amargou nova derrota. Fora de casa, caiu diante do Figueirense, resultado que deixou o Tricolor na 18ª colocação da competição. O fantasma do rebaixamento insiste em atormentar a equipe do Arruda.

O técnico Marcelo Martelotte, mesmo lamentando a derrota, viu um ponto positivo. Para o treinador, o desempenho dos atletas no segundo tempo do jogo mostrou determinação para tirar o Santa Cruz da zona de rebaixamento. Segundo o técnico o coral, não falta vontade entre os jogadores.

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“Nosso comportamento no segundo tempo já mostra que não vamos abandonar o campeonato. Tínhamos um placar muito adverso, mas nós não abandonamos o jogo, brigamos até o final. Essa equipe, pode se cobrar qualquer coisa, menos a vontade, o time tem lutado. Não tem faltado empenho nem no treinamento”, alegou Marcelo Martelotte. 

Justamente pela necessidade de tirar o Santa da 18ª posição, o treinador caracteriza como “decisivos” os jogos da Série B. Ele também prometeu empenho até o final da Série B.

“Nós vamos lutar até o final, vamos brigar. Se falta algum detalhe para que essa luta vire resultado, vamos procurar nos treinamentos. É importante que a gente tenha essa consciência e assuma essa responsabilidade”, prometeu Martelotte.

Sem tempo para descanso, o Tricolor volta a campo na próxima terça-feira (17). O Santa enfrentará o Oeste, às 20h30, no Arruda.

Faltando dez rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro da Série B, algumas situações de tabela começam a ser desenhadas, tanto para o acesso à Série A, quanto no rebaixamento. Para o técnico do Santa Cruz, Marcelo Martelotte, a briga na parte de baixo, protagonizada por clubes ditos favoritos ao G4, deixou o torneio ainda mais equilibrado. Melhor para quem está em plena evolução, ao menos é assim que o professor enxerga o time.

"É uma Série B muito equilibrada, com o Internacional se destacando e, a partir dali, muita igualdade. Algumas equipes candidatas ao acesso hoje estão embaixo na tabela o que equilibrou o campeonato em todos os sentidos. Está muito disputado e isso dificulta para todo mundo. Porém, é um momento em que estamos evoluindo e nos dá confiança de que podemos vencer daqui para frente", destacou.

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Questionado sobre quem são, hoje, os favoritos para subir, ou descer, Martelotte foi taxativo; só o Internacional já sabe em que divisão vai jogar na próxima temporada. Algo que, para ele, se concretizou muito cedo. "O Internacional subiu quando o campeonato começou. O time tem uma folha de R$ 10 milhões e joga a Série B. A dúvida era se eles seriam campeões, e vão ser. Todos os demais brigavam pelas outras três vagas. Apesar de haver chances, o ABC vejo como o mais complicado para escapar. O restante está na luta", afirmou.

E é nesse contexto de igualdade que o Santa Cruz visita o Figueirense neste sábado (14), às 16h30. Justamente em um momento que pode ser um ponto positivo jogar fora e evitar a pressão da própria torcida.

"São dois times em situações parecidas no campeonato e existe uma pressão maior em quem joga em casa. O torcedor não está satisfeito, então é mais difícil ser mandante, você perde presença do torcedor e tem que dar resposta positiva. Temos essa vantagem, de jogar na pressão deles, pela estrutura que o Figueirense tem. Espero um jogo difícil, porém interessante e que temos condições de vencer", garantiu o treinador.

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Antes da partida contra o Figueirense, o Santa Cruz já tem uma baixa confirmada no elenco. O atacante Júlio César, o 'Sheik', pediu para deixar o clube e deve pendurar as chuteiras. No treino desta quarta-feira (11), o atleta se despediu dos companheiros no gramado do Arruda. Ele é o terceiro a deixar o clube nas últimas semanas. Antes, Léo Lima pediu desligamento e Bileu foi dispensado pois não ficou regularizado junto à CBF.

Contratado após encerrar vínculo com Al-Khor, do Catar, Júlio fez 17 partidas com a camisa coral e marcou três gols. Desde que o técnico Marcelo Martelotte chegou ao Arruda, o Sheik teve apenas uma oportunidade rápida de atuar no empate em 0x0 com o ABC no dia 9 de setembro, justamente na estreia do comandante. Ele chegou até a iniciar os treinos normalmente com os atletas que não participavam da movimentação, porém tirou o colete e, então se despediu dos colegas.

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Em um momento no qual a derrota para o América-MG aumentou a distância entre o Santa e o primeiro time fora do Z4, não cabe mais discurso cego em otimismo. Agora são cinco pontos que separam o tricolor e um lugar ao sol, se é possível definir assim a permanência na Série B. É algo que Ricardo Bueno já esteve falando durante o campeonato e reforçou em coletiva nesta segunda-feira (9).

"Não estamos abatidos, e sim preocupados. Eu dizia que se a gente não mudasse alguns comportamentos, não poderíamos vir aqui em entrevista falar de acesso. A situação é essa, não podemos nos enganar. A confiança é total de que a gente vai mudar esse quadro do Santa hoje e não seremos rebaixados. Porém, é preciso levantar a cabeça e trabalhar. Se alguém está desconfiado, temos que puxar para o grupo. Precisamos de todos para sair da zona", afirmou.

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O atacante revelou que o presidente do clube não está presente no atual momento nos vestiários. Algo que já era falado, em off, pelos funcionários do clube. Porém, tratou de deixar claro que essa distância não pode servir de desculpa para os jogadores se eximirem de responsabilidade. 

"O presidente não tem frequentado o vestiário, mas eu vejo como uma situação normal. Não muda para mim, é um apoio de palavra e incentivo. Mas se a gente não entrar e jogar um bom futebol, nada muda. Não uso isso como escora, temos nossa consciência, porém não é fator para alavancar uma arrancada. É a comissão e os jogadores quem tem mais poder de mudar o nosso quadro", disse Bueno.

As críticas dos torcedores estão se tornando recorrentes nas redes sociais e, no próprio Arruda, se via a insatisfação dos tricolores com o elenco. Perguntado sobre como isso afeta o grupo, o centroavante deixou claro que eles são ouvidos, mas apenas no que pode ser construtivo para o time crescer. "Estamos tentando nos blindar o máximo possível para tentar as vitórias, ter uma resposta pelo nosso trabalho. A situação que estava no início é diferente, contudo estamos nessa situação porque todos juntos colocamos o Santa aí. Tudo que vier de bom, de fora, vamos acatar e o que não ajudar, deixamos de fora", garantiu.

Ex-atleta do Figueirense, próximo adversário, Ricardo quer usar o momento do alvinegro, que também é ruim, em favor do Santa. Segundo ele, a pressão por resultados é grande nos dois clubes, mas é o Figueira quem vai sofrer maior pressão por atuar diante dos seus torcedores.

"Vai ser um jogo muito difícil, porém temos muitas coisas para aproveitar lá. É um clube que sempre briga para estar na Série A, de torcida, de pressão. Eles devem estar sendo bem cobrados, conheço bem a torcida que deve cobrar, e podemos tirar isso de positivo para nós. Temos nossa própria pressão, mas é fora de casa e atrapalha mais o Figueirense", contou.

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A situação do Santa Cruz ficou feia na Série B com a derrota neste sábado (7), no Arruda. Mesmo tendo dominado as ações no segundo tempo, o tricolor teve um gol anulado e viu Matheusinho, mais uma vez, decidir a parada para o América-MG. Para complicar ainda mais, o Luverdense venceu o Figueirense e aumentou a distância para a Cobra Coral que agora é de cinco pontos. Não é de se estranhar que o treinador esteja sentindo o time menos confiante, algo que ele já enfrentou no início da temporada.

"Era um resultado que a gente não esperava. Sabíamos da dificuldade do jogo, mas entramos conscientes de que poderíamos buscar o resultado. Entendo que tivemos uma atuação melhor que o adversário, tivemos as chances mais claras, a posse da bola, jogamos dentro do campo do adversário. Não soubemos transformar isso em um placar que nesse momento é o que pesa, essa derrota foi grande, em casa e precisávamos vencer. Agora é recuperar a confiança dos jogadores e esse trabalho já começou nos vestiários", contou Marcelo Martelotte.

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Foi nessa tecla, do fator emocional, que o comandante tricolor mais viu dificuldades. Ainda mais para os homens da frente que vivem um momento de escassez de gols. "É confiança, qualidade existe. Esses jogadores seriam titulares em outras equipes porque têm qualidade para isso. Estamos tentando, colocando todos para jogar e continuamos com dificuldade por causa da confiança. Isso tem um peso maior quando se fala em criação e finalização. O time vem bem, criando algumas jogadas, trabalhando bola e, infelizmente, não transforma em gols. É o aspecto emocional que mais pesa", afirmou.

Estacionado nos 29 pontos, com cinco a menos que o primeiro time fora, o torcedor do Santa já está fazendo as contas para evitar a queda. Martelotte prefere não entrar na onda, pois acredita que mais para frente, será algo mais concreto. "A matemática não é tão redonda para fazer previsão. Todos trabalham com uma margem sempre para mais. O número é 45, porém já se escapou com menos, e com mais. Pelo momento, não sei onde se pode chegar. Temos que encarar cada rodada como decisiva e parar de fazer conta, o importante é voltar a vencer para, lá na frente, buscar esse número", disse o técnico.

Apesar de não ter o costume de criticar a arbitragem, Marcelo não quis deixar passar o gol legal marcado por Anderson Salles que foi anulado no segundo tempo. Preferindo não focar no lance específico, ele fez um questionamento mais geral, citando outros lances das últimas rodadas que considerou decisivos para os resultados ruins em sequência.

"Não temos bola de cristal, mas seria diferente porque sairíamos na frente. A bola que bateu na mão do Londrina, em Porto Alegre e o impedimento de hoje, são lances difíceis e decisivos, todos dados contra nós. Três situações que pesam na nossa ocasião. Não sei se mudaria a história do jogo, o que falo é dos lances duvidosos, difíceis, apitados contra nós. Quando se repete, a gente precisa falar, mesmo não gostando. Hoje pode ter sido o menos duvidoso, o Anderson veio de trás e tinha vários atletas na mesma linha, em um bom momento nosso", destacou.

Mais do que nunca, o Santa Cruz enfrentou o América-MG, no Arruda, neste sábado (7), precisando vencer para não deixar os concorrentes abrirem distância. Com 29 pontos, o jogo entre Luverdense x Figueirense dava a certeza que a vitória não iria tirar o tricolor da zona do rebaixamento. Mas manter-se colado era essencial. O que não era esperado foi o erro de arbitragem, decisivo para o resultado final. O tricolor teve um gol legal anulado e acabou vendo Matheusinho, de novo, decidir pelo Coelho.

Jogo equilibrado e placar empatado

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Bastaram seis minutos para o Santa deixar claro que entendia a necessidade. Grafite encontrou João Paulo bem posicionado na esquerda e o meia bateu forte no gol do América-MG. João Ricardo se esticou para evitar o primeiro gol. Mais um minuto e Grafite estava recebendo cruzamento pela esquerda e cabeceou alto. A tentativa passou colada ao travessão, tirando o fôlego da torcida coral. Passado o susto inicial, o Coelho passou a buscar os contra-golpes, especialmente em erros dos atacantes corais que se mostravam ansiosos para resolver o placar. Luan até chegou bem aos 21, em escanteio, o atacante antecipou a zaga, porém Julio Cesar estava atento para encaixar.

O roteiro do primeiro tempo foi bem simples, como foram os lances iniciais. Tendo a posse, os tricolores buscavam penetrar na defesa mineira, mas pecavam no último passe. Enquanto o América-MG, esperava ansioso por um erro de passe para sair em velocidade. Algo que pouco ocorreu. Quando atacava, e conseguiu um escanteio no finalzinho, a Cobra Coral viu o árbitro Flávio Rodrigues de Souza acabar antes da cobrança. Foi quando a torcida, já indignada com o amarelo para Derley, perdeu a paciência. O intervalo chegou com aplausos para a atuação do time e vaias para o paulista.

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Santa tem gol anulado e sofre, mais uma vez, com Matheusinho

Querendo surpreender, o time mineiro recomeçou o jogo partindo para o ataque. Em um bate rebate na área, a defesa cochilou e a bola sobrou para Bill finalizar. Para salvar o Santa, Julio Cesar mostrou reflexo e tirou com os pés. Na sobra, Luan tentou a conclusão, contudo, mandou para fora. A postura ofensiva dos visitantes intimidou os corais que, nos primeiros cinco minutos, sequer saíram de seu campo. Aos poucos, o time de Martelotte voltou a dominar a bola, e levar perigo ao adversário. Com Bruno Paulo e Ricardo Bueno, existia uma ansiedade pelo gol do Santa. Ainda mais porque o time passou a chegar com mais frequência.

Por duas vezes, Bruno Paulo teve condições de levantar a bola na área, entretanto a marcação mineira estava atenta para afastar o perigo. E foi numa bola parada que o gol saiu, aos 25. O problema é que o bandeira viu impedimento de Anderson Salles, anulando. No minuto seguinte, Bruno Paulo e Derley puderam finalizar, porém, ambos em cima da zaga. A torcida coral levantava para jogar junto com o time. O que parecia um momento do tricolor, virou decepção quando, aos 33, Matheusinho foi levando a bola sem ninguém encostar e encheu o pé para vencer Julio Cesar; 1x0. Assim como foi no jogo em Belo Horizonte, no primeiro turno, o pequeno camisa 10 estava decidindo o resultado.

Os minutos de final foram de silêncio no Arruda, o golpe atingiu o torcedor coral que viu o time, em um melhor momento da partida, se complicar demais. Aos 41, Ricardo Bueno recebeu por baixo na área e desviou rasteiro, contudo, estufou as redes pelo lado errado. Não era realmente a noite do Santa. Anderson Salles teve uma falta, quase que um pênalti, aos 41 e mandou na trave. Era o fim de um jogo de muita tristeza para os tricolores. Estacionado nos 29 pontos, o time viu a distância para o primeiro time fora da zona do rebaixamento aumentar para cinco pontos.

FICHA DE JOGO

Campeonato Brasileiro da Série B - 28ª rodada

Local: Arruda

Santa Cruz: Julio Cesar; Nininho, Guilherme Mattis, Anderson Salles e Yuri; Derley, Wellington Cézar (Natan) e Thiago Primão; André Luís (Bruno Paulo), João Paulo e Grafite (Ricardo Bueno). Técnico: Marcelo Martelotte.

América-MG: João Ricardo; Norberto (Ceará), Messias, Rafael Lima e Pará; Ernandes, Juninho, Ruy (Renan Oliveira) e Matheusinho (Zé Ricardo); Bill e Luan. Técnico: Enderson Moreira.

Arbitragem: Flávio Rodigues de Souza - SP

Assistentes: Alberto Poletto Masseira - SP / Evandro de Melo Lima - SP

Gols: Matheusinho (AMG)

Cartões amarelos: Derley (SCZ) / Norberto, Matheusinho e Ceará (AMG)

Público: 9.083 torcedores

Renda: R$ 54.775,00

O treino do Santa Cruz, na tarde desta sexta-feira (6), foi fechado. Como era de se esperar, o treinador Marcelo Martelotte fez isso para esconder a escalação do time que enfrenta o América-MG, sábado (7), às 19h, no estádio do Arruda. Uma vitória pode tirar o tricolor pernambucano da zona de rebaixamento.

Para o comandante coral, a hora é de tomar cuidado. O time, porém, já está armado por ele. "Na minha cabeça já está definido, apesar de termos mais opções hoje, tanto para variar a formação inicial quanto a maneira de jogar e o esquema tático. Vou guardar o direiro de soltar (a escalação) só amanhã, pois estamos em um momento de decisão, onde precisamos demais dos pontos. É importante não dar armas ao adversário, que já é capacitado demais", contou.

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Mas um coisa ele não fez questão de esconder. Precisando vencer, o time será ofensivo. "A estratégia montada foi pensando no nosso momento e não no do adversário. Se eu pensasse nele primeiro, talvez a estratégia não fosse essa, mas precisamos da vitória e hoje o time está mais confiante. A estratégia é pelo nosso momento, onde já podemos ser agressivos", revelou.

Diante do oponente que briga pela parte de cima da tabela, Martelotte se baseia nas últimas boas atuações para esperar um bom jogo. "Duas rodadas sem pontuar traz adversários para a disputa e foi o que aconteceu com o América. Temos objetivos parecidos que é somar pontos e recuperar o momento de vitórias. Tem tudo pra ser um grande jogo. Atuamos bem nos últimos, mas dessa vez queremos um resultado melhor", disse.

No próximo final de semana, o Santa Cruz volta a jogar no Arruda, sábado (7), diante do América-MG. É uma chance de voltar a vencer e sair da zona do rebaixamento, na qual ocupa hoje a 18ª posição com 29 pontos somados. Para isso, tem que derrotar um dos melhores times da competição, mas que vem de duas derrotas seguidas. Algo que pode servir de motivação extra, para um elenco que se diz pronto para o desafio.

"Sabemos da nossa capacidade e estamos bem preparados para sair dessa situação. Vamos trabalhar e conversar bastante, ouvir o Martelotte, para fazer um grande jogo e conquistar um bom resultado dentro de casa", disse o meia João Paulo.

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Os tricolores, mais do que nunca, contam com o apoio dos seus torcedores. Desde o começo da competição, o Arruda só viu um público superando os 20 mil pagantes, contra o Internacional, no primeiro turno. Em um momento delicado, a presença deles é mais do que um simples incentivo, é parte do jogo.

"Estamos passando por uma fase difícil, que nos incomoda bastante. É de suma importância ter a torcida do nosso lado. Esperamos que eles venham a campo para nos incentivar para fazermos mais uma boa partida. É mais uma chance de provar que não deveríamos estar nessa situação. Com a ajuda deles, vamos conseguir", garantiu.

Desde que Marcelo Martelotte chegou, o time ganhou consistência defensiva, mas o ataque pouco tem funcionado. Tal situação está incomodando, porém João lembra da boa vitória sobre o Goiás para reforçar a confiança de que os gols irão sair. Ele sabe exatamente o que está faltando. "A gente precisa chegar com mais tranquilidade na frente. Caprichar mais, entrar focados porque na hora certa o gol vai sair, como foi contra Goiás e Londrina. Temos um grande adversário e vamos buscar essa vitória", afirmou o meia.

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A derrota para o Internacional marcou o fim da invencibilidade coral sob o comando de Marcelo Martelotte. Mesmo se mostrando satisfeito com o empenho dos jogadores, o treinador destacou o investimento do adversário para justificar as dificuldades enfrentadas em Porto Alegre-RS.

"Todos sabemos que o Internacional tem um campeonato à parte. É com relação a todos outros adversários. É o investimento, qualidade, todos terão essa dificuldade aqui. Nos entristece por jogar bem, atuando corretamente, sair com o resultado negativo. Mas estamos confiantes para somar os pontos necessários para sair da zona do rebaixamento", contou.

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Diferente do que foi contra o Goiás, que o Santa venceu com menor posse de bola, o tricolor acabou tendo mais posse do que o Colorado. Algo que o técnico entende como acerto na formação, porém ineficaz para o resultado final. "A escolha de um meio de campo mais qualificado funcionou na saída, reter a bola no campo do adversário. É lógico que ter mais posse não dá vitória, porém funcionou nesse sentido. Era a maior chance de equilibrar a partida, tendo a bola e evitar que eles pressionassem tanto. Influenciou também o gol cedo, o fato de termos qualidade foi transformado em posse. Enfim, contra o Goiás tivemos menos, então não é muita vantagem ter a bola, isso indica que o adversário está bem postado e você toca de lado sem evoluir", disse Marcelo.

Em resumo, Martelotte destacou que a postura de jogar sem receios contra o Inter teve efeito positivo na confiança do grupo. Ainda que venha atrelada à uma derrota que manteve o tricolor na zona do rebaixamento. "É mais fácil digerir essa derrota, sempre vai ser difícil encarar o Internacional aqui. Independendo do resultado, eu queria uma boa apresentação e tivemos. Erramos em alguns momentos e contra equipes assim custa caro. Era o comportamento que esperava dos jogadores e eles tiveram, isso é importante", afirmou.

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Já na zona do rebaixamento, devido aos resultados da rodada, o Santa Cruz encarou a pior situação possível neste sábado (30); visitar o Internacional precisando de uma vitória. Por isso, time ofensivo, 4-3-3 com apenas um volante. O problema é que do outro lado estava o líder do campeonato que fez valer o mando de campo e, com um gol em cada tempo, somou mais três pontos.

Nas falhas individuais, Santa vê adversário marcar

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Favorito, e mais forte, o Inter deixou claro que não queria saber qual a postura que o Santa entraria em campo. Desde os primeiros minutos, pressionou e já teve uma chance com um minuto, em bola que sobrou para Damião e Julio Cesar saiu para fechar o caminho. Enquanto os tricolores mal respiravam, o primeiro gol se tornou realidade aos oito minutos. Guilherme Mattis foi imprudente e soltou o carrinho em lance dentro da área. A bola tocou em sua mão e o árbitro viu, marcando o pênalti. Na cobrança, D'Alessandor mandou para um lado e Julio pulou para o outro, 1x0. 

Mesmo na frente, os gaúchos não diminuíram a pegada. O Santa tentava se reorganizar para tentar uma finalização em gol, algo que não aconteceu nos primeiros 25 minutos de partida. Só aos 33, houve realmente uma tentativa em jogada que André Luís bateu cruzado na entrada da área. Danilo pulou e observou o chute sair próximo à trave direita. Enquanto isso, o Inter continuava com a posse e voltava a atacar, principalmente pelo lado de Yuri, mal na marcação. Aos 35, Pottker cruzou para Leandro Damião na área, porém o centroavante bateu por cima do gol.

Os anfitriões ratificavam a superioridade técnica com a defesa bem postada, posse de bola maior e chegadas com maior frequência e levando mais perigo. Entretanto, já se via no adversário mais presença no campo colorado e uma tentativa de equilibrar as ações. Ainda assim, era comum ver o lance dos 40 minutos, quando Pottker venceu a zaga coral e entrou sozinho com o goleiro, porém parou nos pés dele. Bruno Paulo também teve sua oportunidade aos 44, após receber de Grafite, o ponta invadiu a área e tentou colocar, mandando para fora. Era o intervalo de um jogo que o Santa perdia nas falhas individuais.

Roteiro se repete e Martelotte perde invencibilidade

Sem mudanças nas equipes, o que se viu no recomeço foi algo parecido com o primeiro tempo. Logo aos três minutos, Carlinhos levantou a bola na área e Pottker subiu mais alto que Yuri para cabecear. A bola veio devagar, mas Julio Cesar não quis arriscar, afastou para escanteio. Mais dez minutos e o atacante teria outra chance ganhando do lateral, sendo outra vez parado por Julio Cesar. Em um lance mais complicado para o goleiro. A resposta coral foi em bola cruzada na área que sobrou para Grafite. Porém, o camisa 23 que pôde finalizar quase na pequena área pegou mal de esquerda e não acertou a barra.

Só dava Inter e aos 25 Camilo, que acabara de entrar, recebeu de D'Alessandro para bater forte. A bola caprichosamente explodiu na trave e a defesa afastou na sobra. Porém, na sequência, o meia retribuiu a ajuda do argentino, após aproveitar o erro na saída coral. D'Alessandro entrou sozinho com Salles, deixou o marcador no chão e bateu tranquilo na pequena área, para aumentar; 2x0. Sentido o golpe, o Santa cada vez mais assistia o time gaúcho jogar. Em escanteio de Camilo, Rodrigo Dourado subiu sozinho para cabecear e mandou próximo do travessão de Julio que só torceu para sair. Já mais perto do fim, os pernambucanos decidiram chegar ao ataque com mais intensidade, parando na incapacidade de finalizar no gol colorado.

Foi aos 34, em chute de fora da área que Ricardo Bueno fez Danilo queimar para o meio da área. No rebote, André Luís entrou sozinho para marcar, mas mandou no peito do arqueiro. Bueno teve uma terceira chance no mesmo lance e também finalizou nas mãos dele. Foram os últimos suspiros de um time que não estava competindo em igualdade diante de um adversário mais preparado. O resultado só não foi pior porque o Inter já não tinha mais interesse na partida, era hora de poupar energias para enfrentar o Paraná. Com o 2x0, o Colorado chegou aos 54 pontos, abrindo seis para o vice América-MG. Já o Santa, estacionado em 29, ficou na 18ª posição, retornando ao Z4 na primeira vez em que Marcelo Martelotte saiu de campo com uma derrota.

FICHA DE JOGO

Campeonato Brasileiro da Série B - 27ª rodada

Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre-RS

Internacional: Danilos Fernandes; Alemão, Victor Cuesta e Carlinhos (Iago); Rodrigo Dourado, Edenilson e D'alessandro (Felipe Gutiérrez); Eduardo Sasha (Camilo), William Pottker e Leandro Damião. Técnico: Guto Ferreira.

Santa Cruz: Julio Cesar; Nininho, Anderson Salles, Guilherme Mattis e Yuri; Wellington Cézar, Thiago Primão e João Paulo; Bruno Paulo (Ricardo Bueno), André Luís e Grafite (Natan). Técnico: Marcelo Martelotte.

Arbitragem: Alisson Sidnei Furtado - TO

Assistentes: Fábio Pereira - TO / Cipriano da Silva Sousa - TO

Gols: D'Alessandro x2 (INT)

Cartões amarelos: Alemão, Carlinhos, William Pottker e Víctor Cuesta (INT) / Guilherme Mattis (SCZ)

Público: 27.479  torcedores

Renda: R$ 558.273,00

O próximo desafio do Santa Cruz nesta Série B será neste sábado (30), quando vai enfrentar o Internacional, líder da competição, às 16h30, no Beira Rio. A única certeza do time que vai encarar a equipe gaúcha é a saída de Derley, que está cumprindo suspenção pelo terceiro amarelo. De maneira estratégica, o treinador Marcelo Martelotte garantiu que vai segurar a escalação o quanto puder, no entanto, ele afirma que há definições. 

"O time está definido, mas a gente, por ter essa necessidade de alteração com a saída do Derley, vamos deixar para revelar amanhã, próximo da partida. Treinamos algumas alternativas, e definimos o que vamos fazer e o que vamos ter como estratégia para esse jogo. Entendemos a qualidade do adversário, e entendemos que o que pudermos levar de vantagem, através de segurar mais a escalação, é o que vamos fazer", explicou Martelotte.

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Pregando respeito e ressaltando a força do time gaúcho, Martelotte afirmou que o Santa Cruz tem condições de fazer uma grande partida mesmo fora de casa. "É o grupo mais forte da Série B, sem dúvidas. Mesmo tendo algumas dificuldades no início do campeonato, nós sabíamos que haveria uma reação e que o Internacional chegaria a essa posição que ocupa hoje. Mas apesar do respeito enorme, a gente tem a qualidade da nossa equipe, e com isso a possibilidade de fazer um grande jogo. Esse é o principal objetivo, que a gente jogue dentro do que a gente tem demonstrado, e que a gente possa evoluir ainda mais com relação aos últimos jogos", disse.

Para Marcelo Martelotte, o foco desse jogo será em manter o Santa Cruz em uma crescente, embora seja essencial trazer algum ponto na bagagem. "O objetivo principal desse jogo é que a gente continue evoluindo. É lógico que os pontos são importantes. A gente sabe que nessa situação que nós estamos é fundamental você pontuar em todas as rodadas. Mas o imoprtante é que a gente mantenha essa ascensão dentro do campeonato. E que isso possa servir para as próximas rodadas", finalizou.

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Não é comum celebrar empates, principalmente quando se trata de um jogo em casa. Porém, da forma que as coisas aconteceram no duelo entre Santa Cruz x Ceará nesta terça-feira (26), acabou sendo melhor para os tricolores somar um ponto. Em um confronto de muitas oportunidades, onde o goleiro Julio Cesar foi quem brilhou no final, nem mesmo a torcida ficou chateada com o que viu em campo.

"Entendo que o torcedor vem ao estádio para assistir jogos assim e, por isso, sei que ele não saiu totalmente satisfeito, porém mostramos que seguimos no caminho certo. De uma maneira geral, é o nível que precisamos buscar, de entrega, qualidade, chances criadas e participação de todos. Há detalhes para corrigir, principalmente contra times qualificados que é o caso dos próximos jogos. Precisamos corrigir o desespero dentro do jogo, a desorganização. Não podemos, com um ponto garantido, perder a tranquilidade na reta final, foi o que me deixou mais preocupado. Fico satisfeito pelo grande jogo, um duelo que nem parece algum time do G4 contra um time da zona do rebaixamento", afirmou o técnico Marcelo Martelotte.

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Impossível não notar a boa presença do arqueiro coral. Já no último minuto, ele cresceu para evitar que Arthur transformasse um empate disputado em uma derrota dolorida. Algo que o comandante vê como parte do crescimento individual de Julio e coletivo da defesa que sofreu apenas um gol nos últimos quatro jogos. 

"Os dois goleiros foram muito bem, o que é sinal do nível da partida. Participação fundamental no resultado do jogo. O Julio foi importantíssimo, principalmente nessa última chance. Fico satisfeito com o crescimento dele, que é pessoal, individual, que vai junto à nossa defesa, bem menos vazada, mais segura. Esse é um número importante para alcançar nossos objetivos, precisamos de um setor defensivo funcionando assim para chegar ao número ideal de pontos no final", contou Marcelo.

Martelotte ainda teve que enfrentar algumas vaias quando optou pela entrada de Wiliam Barbio no segundo tempo. Porém entende que as substituições funcionaram e justificou cada uma delas. "Com o Bruno Paulo, entendi que tínhamos caido de rendimento e queria movimentação. Não estávamos fazendo o Pio marcar e é o que eu queria, forçar em cima dele para tirá-lo de poder atuar ofensivamente. Senti o Primão cansado, eu tinha a opção de colocar o Natan, porém eu queria mudar a característica. Passando o João Paulo para lá, ganhamos no meio, tanto que voltamos a criar oportunidades", disse.

Quanto à entrada constante de Ricardo Bueno na vaga de Grafite, algo que aconteceu nas últimas três partidas, o treinador mostra segurança quanto à preferência pelo camisa 23. Entretanto, afirma que ambos terão diversas oportunidades de atuar até o fim do campeonato e não vê problemas em uma mudança, caso sinta a necessidade.

"Eu não tenho dúvidas quanto à escalação. São jogadores com características diferentes que poderiam ser titulares em qualquer time da Série B. Fico incomodado de escolher entre os dois. Existe a possibilidade de jogar com os dois, mas é difícil. Pela qualidade dos dois tem a dúvida, o gol tem peso para centroavante, mas o Grafite briga, segura a bola, faz pivô. Os dois vão participar bastante do campeonato. O dia que eu tiver certeza do Ricardo, ele joga", garantiu Marcelo Martelotte.

Apesar do empate não ter sido o ideal para o Santa Cruz nessa sexta (22), contra o Londrina, serviu para manter a invencibilidade do técnico Marcelo Martelotte. Em sua avaliação pós-confronto, o comandante coral se mostrou quase totalmente satisfeito, lamentando apenas o erro, como os demais tricolores.

"Fiquei satisfeito com nosso comportamento. Tivemos um primeiro tempo seguro, criando oportunidades e no segundo melhoramos, só não ficamos inteiramente satisfeitos porque podíamos ter vencido o jogo. Fizemos uma vantagem e estávamos bem postados até o gol. Foi quase um gol olímpico, em uma bola normal do futebol. Em geral, gostei do time, entendo que estamos melhorando e isso dá confiança para a sequência do campeonato", garantiu.

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Nem mesmo a posse de bola adversária que passava dos 60% deixou preocupado o treinador. Ele conta que o estilo de jogo pernambucano é esse, e reforça que, assim como o Goiás, foi uma partida de poucos sustos, exceto pelo gol, em um lance que não deveria acontecer.

"Essa é uma característica do nosso time, está se acostumando a marcar. Se organizar sem a posse da bola e, muitas vezes, existe o ímpeto do adversário que dá a impressão de domínio. Porém não houve risco, o Julio Cesar não precisou fazer grandes defesas, pelo contrário, foi o César quem precisou pegar as bolas. Então, eu entendo que tivemos um bom comportamento. Erramos no escanteio, lance que treinamos, mas é natural, algumas coisas não dá para evitar", contou Martelotte.

Se houve o lamento pelo resultado em si, há o que comemorar pela mudança de momento. Marcelo lembra que quando chegou a sequência era de derrotas. Agora são partidas em que o time sempre pontua, algo que é fundamental em uma disputa de pontos corridos. Para seguir bem, é preciso vencer em casa, já na terça-feira (26), quando recebe o Ceará no Arruda. É por isso que ele convoca o torcedor, para conquistar mais pontos.

"Levando em consideração que jogamos fora de casa, esses três jogos não foi ruim somar cinco pontos. Para uma equipe que vinha de várias derrotas e muda o cenário, você já vê os jogadores com um semblante diferente, confiantes, motivados. Isso que é importante nesse momento, ter a sequência positiva. Quando saímos somamos e vencemos em casa. Temos mais uma responsabilidade na terça, o torcedor já tem uma cobrança diferente. Esperamos que eles vão ao Arruda, porque fazem a diferença. Com a presença deles ficamos mais perto dos objetivos", destacou o técnico.

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Da forma que aconteceu, o empate do Santa Cruz com o Londrina, nesta sexta-feira (22), acabou deixando um sabor amargo para os tricolores. Saindo na frente, e melhor na partida, em uma falha durante um escanteio, a Cobra Coral viu a vitória escapar. Porém, o discurso pós-jogo dos atletas foi de otimismo, ainda porque não dá para voltar ao Z4 na rodada e a partida foi longe do Arruda, com um ponto somado.

"Foi uma bobeira porque a gente se acomodou, deu algumas bolas bobas. Vínhamos de seis derrotas, agora são três sem perder. Estamos pegando confiança, tirando o clube da parte debaixo para tentar mais, se houver tempo. O Martelotte está dando sua cara ao time, se a gente vence em casa e empata fora, vamos conseguir ir bem", afirmou o goleiro Julio Cesar.

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Quem saiu mais feliz com o resultado foi Wellington César. Autor do gol coral, o primeiro de sua carreira como profissional, o volante conta do alívio que veio com o tento já profetizado. "Um amigo meu me falou que eu iria marcar hoje e eu acreditei. Eu até me arrepio, porque lembro que chegava em casa nos momentos ruins e minha família dizia que as vaias vinham pela minha capacidade, que eu podia dar mais. Acreditei, falei para eles que deus ia me ajudar, e aconteceu", contou.

Para marcar, o meio-campista, mais de contenção, precisou se largar ao ataque. Foi assim que marcou pela primeira vez, encostando na frente. Algo que ele já vinha sendo cobrado pela torcida e o treinador. "Fui cobrado para fazer gol, a torcida sempre pedia. O professor me pediu para acompanhar o ataque e fui feliz. Agradeço a todos. Dedico esse gol aos torcedores tricolores. No primeiro tempo dominamos bem e no segundo deixamos a desejar. Estamos dedicados e batalhando para sair dessa zona. Fico feliz em poder ajudar", completou o atleta de 23 anos.

Invicto sob o comando de Marcelo Martelotte, o Santa Cruz voltou a campo após vencer o Goiás e sair da zona do rebaixamento nesta sexta-feira (22). Em Londrina, enfrentou um adversário que vive uma situação melhor na tabela porém não venceu nas mesmas duas rodadas em que o Tricolor saiu da degola. Para dar sequência à reação que começou contra o ABC, o tricolor precisava vencer fora de casa, por isso proposta ofensiva dentro das quatro linhas. Mesmo melhor, o resultado não foi o ideal para o tricolor, saindo na frente, o time pernambucano viu o placar escapar por entre os dedos, apenas empatando.

Começar atacando deixava claro que o Santa não ia ficar esperando o adversário propor o jogo. Bastaram cinco minutos para a primeira finalização na partida, em chute de fora da área de Wellington Cézar que passou ao lado do gol de César. Pouco depois, a primeira polêmica da partida. Em escanteio que Sandro subiu mais alto, Edson Silva desviou a trajetória da bola com a mão. Porém, o árbitro Thiago Duarte Peixoto não entendeu que houve pênalti. Na sequência, o Tubarão quase marca em cruzamento estranho de Reginaldo que passou por cima do travessão coral. Seria a tônica paranaense no jogo, levantar na área dos visitantes.

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Demorou, entretanto, para que surgisse outra oportunidade clara de gol. Contra-atacando com frequência, os tricolores quase abriram o placar aos 34. Thiago Primão carregou pelo meio e passou por dois adversários antes de bater da entrada da área. A bola desviou no Edson Silva e quase traiu César que pulou para espalmar. Foram poucos lances de criatividade, que esbarravam na falta de capricho do Londrina no último passe e finalização. Foi o caso de Reginaldo que chegou a invadir a área, mas pegou tão mal que mandou para lateral. O intervalo veio com o Santa melhor na partida.

Santa consegue marcar, mas deixa a vitória escapar

O recomeço teve um panorâma parecido. Ainda mais com o susto que os paranaenses tomaram aos 11. André Luís carregou pela direita e cruzou rasteiro, na altura da pequena área. Grafite, que vinha de trás, chegou sozinho, mas furou a finalização que seria o primeiro gol, para alívio da torcida. Porém não durou muito. Melhor no jogo, o Santa chegou novamente aos 18 em jogada de Nininho que lançou, a bola desviou em Quaresma e sobrou em Wellington Cézar. O volante dominou e bateu colocado, no canto do goleiro, fazendo 1x0. Curiosamente, o primeiro gol da carreira profissional do volante de 23 anos de idade.

Apesar de criar pouco, o Londrina tinha a posse da bola e conseguiu, em escanteio aos 28, deixar tudo igual, numa jogada de dois homens que entraram no decorrer da partida. Wiliam Henrique levantou na pequena área e Julio Cesar não saiu do gol. Acabou vendo a bola bater em Ricardinho e não conseguir reagir em tempo hábil; 1x1. Os tricolores passaram a buscar mais o ataque, não querendo deixar o resultado escapar. Logo aos 30, Bruno Paulo arriscou de longe e a bola passou muito perto do travessão. Dois minutos após, Wiliam Barbio recebeu bola pisada por Primão, e tentou colocar, porém mandou para fora.

Quando o relógio marcava 35, foi a vez de Salles cobrar falta e colocar César para trabalhar. A pressão era toda coral, parecia jogar em casa nos minutos finais, sentindo que dava para conquistar os três pontos. Porém o placar permaneceu empatado, com direito a quase gol olímpico de William Henrique no final. O 0x0 não foi bom para o Santa que parou nos 28 pontos e pode perder uma posição a depender do resultado do Goiás. Já o Tubarão, chegou aos 34 e ganhou provisoriamente duas posições. O Tricolor volta a campo terça-feira (26), em casa, quando recebe o Ceará e o Londrina viaja para encarar o Oeste.

FICHA DE JOGO

Campeonato Brasileiro da Série B - 25ª rodada

Local: Estádio do Café, em Londrina-PR

Londrina: César; Reginaldo, Dirceu, Edson Silva e Quaresma (Ayrton); Germano, Jardel, Safira e Celsinho (Ricardinho); Artur e Carlos Henrique (William Henrique). Técnico: Cláudio Tencati.

Santa Cruz: Julio Cesar; Nininho, Sandro, Anderson Salles e Tiago Costa; João Ananias, Wellington Cézar e Thiago Primão (Natan); André Luís (Wiliam Barbio), Bruno Paulo e Grafite (Ricardo Bueno). Técnico: Marcelo Martelotte.

Arbitragem: Thiago Duarte Peixoto - SP

Assistentes: Herman Brumel Vani - SP / Vitor Carmona Metestaine - SP

Gols: Ricardinho (LON) / Wellington Cézar (SCZ)

Cartões amarelos: Germano e Ricardinho (LON)

 

Regularizado, e devidamente apresentado, o meia Natan está de volta ao Santa Cruz. Cria da base coral, o atleta acumulou passagens por Criciúma e Cuiabá, antes de acertar seu retorno para a reta final da Série B. Como era de se esperar, as constantes lesões, que marcaram seu período no Arruda, foram tema durante a coletiva de apresentação. Agora mais experiente, com 27 anos, o meio-campista diz viver outro momento em sua carreira.

"Saí do Santa em 2014, continuei me machucando no Criciúma em 2015 e fiz um trabalho no ano passado com um preparador físico e passei um ano e meio jogando. Infelizmente esse ano voltei a sofrer lesão, na panturrilha, mas não houve uma série de lesões. Há uma evolução, desejo não ser questionado por isso e não precisar ouvir nada nesse sentido, será esquecido", afirmou.

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O meia fez um trabalho de fortacimento muscular ainda no time catarinense, e com aproximadamente cinco quilos a mais, o novo camisa 10 se diz tranquilo, inclusive com chacotas e críticas disparadas quanto à sua estrutura física. "Já tive oportunidade de ler algumas coisas. Fico pensando se fosse o filho deles, se haveriam piadas. Tento não me deixar levar por críticas, ou elogios. Eu já tentei de tudo, e houve uma evolução, espero não precisar mais falar porque não quero passar por isso", revelou.

Natan conta que seu retorno ao Arruda teve uma forcinha de um ex-companheiro de clube. O meia Renatinho, hoje em dia no futebol do Kwuait, fez um pedido para que o colega voltasse ao Santa para ajudar na Série B. Sem jogar, já que o Cuiabá encerrou sua participação no Campeonato Nacional, a vinda ao Recife ficou mais fácil. "O Renatinho me deu muita força, assim que soube que estava acabando o torneio com o Cuiabá ele me disse para voltar ao Santa. São os jogadores com quem tenho mais contato, ele e o Memo. Ele me procurou, mas o meu empresário já havia conversado com o Santa, foi uma coincidência", contou.

Com o nome publicado no BID, o meia já pode aparecer na partida da sexta-feira (22), contra o Londrina, no Paraná. Se depender dele, a reestreia já acontece no Estádio do Café. "Fiquei alguns dias sem jogar, mas estou preparado. Vinha treinando, estou a disposição do treinador. Os médicos vão me avaliar, para saber se vou poder ir já na sexta", disse.

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A última vez em que o zagueiro Anderson Salles comemorou um gol pelo Santa Cruz foi no dia 6 de junho, contra o mesmo Goiás enfrentado na última sexta-feira (15). Se for contar apenas em cobrança de faltas, o tempo é maior ainda. O último aconteceu ainda pela Copa do Nordeste, contra o Itabaiana, em abril.

O defensor conta que está com saudades de celebrar junto à torcida, mas que as chances de cobrar estão ficando mais raras. "Não estão acontecendo muitas faltas, tem mais pelos lados para jogar na área. Isso me faz trabalhar ainda mais para quando acontecer uma falta, poder concluir em gol. O mais importante é o Santa Cruz sair com a vitória", afirmou.

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Durante o auge das cobranças convertidas, Salles somou sete gols e foi por algum tempo o artilheiro do time na Copa do Nordeste e no Campeonato Pernambucano. A fama de suas faltas rendeu até elogios do ex-jogador do Lyon, e seleção brasileira, Juninho Pernambucano e os adversários tinham uma preocupação a mais ao enfrentar o tricolor.

Algo que era vantagem para os atacantes corais, como disse o próprio zagueiro em entrevista coletiva. "Ficava mais fácil para eles, porque os zagueiros não chegavam forte. Às vezes o atacante podia avançar porque o zagueiro trocava a falta pelo lance de gol e isso era bom para nós. Espero que volte a acontecer, vamos trabalhar para isso", revelou.

No atual momento, Anderson está vibrando mesmo é com o fato do time já somar dois jogos sem que a defesa seja vazada. Afinal, para ele, se o Santa continuar somando os pontos, não há problema que os gols saiam de outros pés. "Ficar sem tomar gols é algo que pregávamos bastante e acontecia algum revés no começo do jogo, ou logo após o intervalo. O professor implantou o que queria nessas duas semanas, agora começamos a marcação lá na frente. Com a qualidade do nosso time, vamos acabar marcando, então é muito importante segurar bem lá trás", garantiu.

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Finalmente, após oito rodadas, o Santa Cruz voltou a sentir o sabor da vitória ao derrotar o Goiás, no Arruda, na noite desta sexta-feira (15). Além de ser uma partida que recuperou o atacante Bruno Paulo, os três pontos tiraram a Cobra Coral da zona do rebaixamento, agora, na 15ª posição, com 27 pontos. Com um 3x0 na primeira partida em casa, o técnico Marcelo Martelotte demonstrou satisfação com o desempenho da equipe.

"É lógico que era importante fazer prevalecer o fator casa que faz a diferença no campeonato e mudar a tendência de resultados ruins seguidos. Agora estamos há dois jogos sem perder, mas longe de estar tranquilos. É bom dormir fora da zona do rebaixamento, porém independete de situação ficamos satisfeitos. Esperamos que esse nível seja mantido e a soma dos resultados nos dêem tranquilidade", disse o técnico.

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Muito questionado pela torcida, o atacante Bruno Paulo foi destaque no resultado e o motivo da 'retomada' do atleta no time titular está na forma com que o novo treinador tratou da motivação dele, e do grupo em geral. "Eu conversei com ele, cobrei comprometimento. Falei que se não tivesse, o tirava do grupo. Foi algo geral para o elenco. Quero trabalhar com quem quer estar aqui, então cobramos atitudes e ele entendeu. Sabemos da qualidade e ele hoje foi premiado pela mudança de comportamento. Trabalhou firme e aproveitou a chance que teve", afirmou.

Para Marcelo, que volta a estrear com vitória no Arruda, foi o tipo do jogo que dá esperança para a continuidade do nosso trabalho. "Saio satisfeito, com o sentimento de que as coisas podem dar certo novamente. É um desafio diferente, em uma condição diferente. O que vi hoje com a satisfação é que temos aquele ambiente favorável, mais uma vez com o sentimento de no Arruda as coisas dão certo para mim", contou o técnico.

Com os três pontos, o Santa chegou aos 27 e assumiu, temporariamente a 15ª colocação da Série B. O tricolor aguarda os resultados de Luverdense e Figueirense para saber se permanece na posição ao fim da rodada. Ambas as equipes jogam neste sábado (16), fora de suas respectivas casas.

Quando o Santa Cruz entrar em campo na próxima sexta-feira (15), será o reencontro do técnico Marcelo Martelotte com a torcida coral no Arruda. Após estrear empatando fora de casa, com o ABC-RN, o comandante quer ver a Cobra Coral retomando as vitórias dentro de seu domínio. Nada melhor que enfrentar o time que, se derrotado, troca de posição, tirando os pernambucanos da zona do rebaixamento.

"Optamos por manter a equipe que utilizamos em Natal. Isso é importante. Não tivemos a necessidade de mudança. Trabalhamos bem para chegar preparado para esse jogo, que é um confronto direto. Além de tudo, é dentro da nossa casa. Precisamos melhorar em alguns aspectos jogando no Arruda, principalmente a falta de confiança", revelou.

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Entretanto, se a crise vale para os dois lados, já que o momento alviverde não é bom, a qualidade também está presente na equipe visitante. Um vacilo e o Santa pode ver mais uma boa oportunidade de vencer escapando entre os dedos.

"O Goiás vem em situação parecida com a nossa. Eles têm passado por dificuldades no campeonato, mas a qualidade técnica do time deles é grande. As facilidades não vão existir, os jogadores adversários são experientes e rodados e podem trazer dificuldades. Precisamos estar muito focados e com um bom nível de jogo para conseguir o resultado", afirmou Martelotte.

O treinador já poderá contar com o zagueiro Guilherme Mattis, apresentado nesta quinta-feira (14) e confirmou a chegada do volante Bileu. Mesmo assim, o elenco ainda não está fechado, já que Marcelo ainda espera um reforço antes que acabem as inscrições. "Pensamos ainda em trazer um jogador para o meio de campo e definir a última vaga para inscrição na Série B com o que já temos aqui", contou o comandante coral.

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Um velho conhecido da torcida tricolor está próximo de um acerto para retornar ao Arruda. O volante Bileu, que jogou pelo Santa Cruz entre 2014 e 2015, tem negociado com o Santa Cruz. A confirmação veio nesta quinta-feira (14), em coletiva do técnico Marcelo Martelotte, que elogiou o atleta, atualmente no Cuiabá-MT.

"É um jogador que a gente já conhece, sabe das características. Acompanhei o Bileu esse ano no Campeonato Paulista, pelo Botafogo de Ribeirão Preto, o time chegou nas quartas de final e ele foi bem nessa campanha. É um atleta que vem para nos ajudar", contou o comandante.

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Bileu chegou no Santa na reta final da Série B em 2014, quando o clube não conseguiu o acesso. O volante seguiu no tricolor e, na temporada seguinte, fez parte do grupo campeão estadual e que subiu à primeira divisão em segundo lugar da Segundona. Foram 40 jogos pelo mais querido e apenas um gol marcado. Na atual temporada, defendeu o Botafogo-SP durante o campeonato estadual e disputou a Série C pelo Cuiabá. O atleta ainda não foi anunciado oficialmente pelo clube, mas já apareceu no Arruda e passa pelos últimos detalhes para assinar o contrato.

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