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As medalhas brasileiras no Pan-Americano, na manhã deste domingo, vieram principalmente das águas de Santiago. O Time Brasil conquistou mais nove: uma de ouro, seis de prata e duas de bronze, com destaque para a canoagem e o caiaque, com dois pódios cada, além da maratona aquática e o hipismo. A disputa seguirá durante o dia com destaque para judô, handebol, basquete e o tênis.

Na canoagem slalom, a super campeã Ana Sátila garantiu mais um ouro para o Brasil. Essa é a terceira vez consecutiva que a atleta brasileira conquista o lugar mais alto no Pan-Americano, desta vez com 13s de vantagem para cima do segundo lugar. No masculino, Kauã dos Santos completou o percurso em 97s22 e chegou a ficar com uma mão no ouro, mas tomou uma penalidade de 2s por tocar na porta 18 e acabou com a prata - o norte-americano Zachary Lokken levou o ouro.

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Pepê Gonçalves também ficou muito perto da medalha de ouro no caiaque. O brasileiro fechou a prova com 94s08, com três punições e a medalha de prata - se tivesse batido em apenas uma porta, ficaria com o ouro. Omira Estácia também volta para o Brasil com a medalha de prata, depois de uma excelente prova no caiaque feminino, ficando atrás apenas da favorita norte-americana, com tempo de 106s29.

OUTRAS MEDALHAS

Ana Marcela Cunha e Viviane Jungblut também somaram novas medalhas para o Brasil no quadro geral com a maratona aquática. A primeira ficou com a prata e a segunda com o bronze da categoria. Fora das águas, na marcha atlética, Caio Bonfim bateu 1h19m24s na prova com 20 km (após muita polêmica no percurso com erro na medição da distância no feminino), e também ficou com a prata. Matheus Corrêa, que corria pelo índice olímpico, ficou em 5º, 9s atrás da meta.

No hipismo, Márcio Jorge também ficou muito perto da medalha de ouro, mas acabou com a prata no Concurso Completo de Equitação (CCE) após uma excelente prova em Santiago. O Time Brasil também levou a medalha de bronze por equipe.

Um erro inusitado na medição de distância marcou a final da prova da Marcha Atlética feminina dos jogos Pan-Americanos na manhã deste domingo (29). A Associação Pan-Americana de Atletismo (APA) errou no cálculo dos 20 quilômetros, o que causou uma grande confusão. Com o trajeto encurtado, 12 atletas "bateram" o recorde mundial, sendo que a vencedora, a peruana Gabriela Kimberly diminuiu em 11 minutos o tempo do recorde.

Cláudio Castilho, Chefe de Missão do Atletismo e CEO da Confederação Brasileira de Atletismo, afirmou que o erro foi notado logo quando Kimberly completou a primeira volta. A organização do Pan-Americano publicou uma nota ao fim da prova responsabilizando a APA pelo erro. Os tempos obtidos na prova serão anulados.

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"Em relação à prova de caminhada feminina realizada hoje no Parque O'Higgins, informamos que, por problema de aferição, de responsabilidade exclusiva da Associação Pan-Americana de Atletismo (APA), os tempos nela obtidos são anulados. Isso porque o perito contratado pela APA, Sr. Marcelo Ithurralde, não foi preciso nas medições dos percursos que os atletas deveriam percorrer. Conforme estabelecido pela regulamentação internacional, a APA é a única organização autorizada a realizar medições e, portanto, é responsável pela distância oficial da competição", diz a nota, que ainda lamenta o transtorno causado.

"Por sua vez, a Corporação Santiago 2023 é responsável por contratar o perito designado pela APA e facilitar o seu trabalho no domínio das competências. Lamentamos profundamente o transtorno para os atletas, seus treinadores, o público e a imprensa presente, mas esta situação foge às competências da comissão organizadora", completa.

O recorde mundial era da chinesa Yang Jiayu, com tempo de 1h23min49. Kimberly cruzou a linha de chegada em 1h12min26, 11 minutos a menos. Outras 11 atletas bateram o tempo de Yang Jiayu. Entre os que completaram a prova, apenas duas não bateram o recorde. Cláudio Castilho comentou sobre o erro.

"O medidor de percurso, que é o Marcelo, já estava fazendo a verificação durante a corrida. Logo na passagem do primeiro quilômetro, quando já se projetava a quebra de recorde, eu fui falar e ele garantiu que estava tudo certo. Agora já está constatado que o percurso não tinha a distância correta dos 1000km por volta. Eles atrasaram a prova do masculino em meia hora, vão fazer ajustes no percurso para que não ocorra a mesma coisa", disse.

Duas brasileiras participaram da disputa. Viviane Lyra cruzou a linha de chegada na quarta colocação. Já Gabriela Muniz foi a nona colocada. Viviane afirmou que não demorou para notar que havia algo errado com a distância.

"A gente controla muito o ritmo e logo de cara, na primeira volta já deu ali um ritmo muito forte, abaixo do que o masculino faria. A gente sabia que tinha algo estranho e nosso objetivo nem foi mais o relógio", afirmou Viviane.

"O percurso estava um pouco menor, os tempos não foram compatíveis. A prova estava muito forte, com a presença de campeã mundial, mas o percurso não tinha 1 km. Mas é o meu primeiro Pan, tenho 21 anos, sei que tem muita coisa por vir ainda e estou muito feliz pela minha participação", disse Gabriela.

MEDALHA NO MASCULINO

Com a distância devidamente ajustada para 20km e atraso no início da prova, o Time Brasil garantiu medalha de prata com Caio Bonfim. Ele fez tempo de 1h19min24, ficou apenas quatro segundos atrás do campeão da prova, o equatoriano Alexander Hurtado. Matheus Corrêa, outro brasileiro na disputa, ficou em quinto, com tempo de 1h02min19, a apenas nove segundos do índice olímpico.

Dez anos após se sagrar campeã olímpica nos Jogos de Londres-2012, na Inglaterra, a russa Yelena Lashmanova perderá a medalha de ouro que conquistou na prova de marcha atlética de 20 quilômetros. Ela também será suspensa por dois anos por ter testado positivo em teste antidoping.

A informação foi divulgada pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU, na sigla em inglês). De acordo com a entidade, a punição foi baseada em dados e evidências do Sistema de Gestão de Informações Laboratoriais (LIMS) e também das investigações de Richard McLaren, que desvendou um sistema estatal russo de apoio ao doping.

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A punição é retroativa a 9 de março do ano passado, quando começa a contar o período de dois anos de suspensão. Ela também perde todos os resultados obtidos entre 18 de fevereiro de 2012 e 3 de janeiro de 2014. Na prática, terá cassada a medalha de ouro em Londres e também o título mundial conquistado em Moscou, no ano seguinte.

Curiosamente, trata-se do segundo caso de doping russo na mesma prova olímpica. Olga Kaniskina, que havia faturado a prata há dez anos, já tinha sido punida pelo mesmo motivo. E já teve retirada sua medalha.

De acordo com a AIU, Lashmanova aceitou a punição. Trata-se do segundo caso de doping envolvendo a atleta. O primeiro aconteceu em 2014, em sua primeira suspensão por dois anos. Seu técnico na época, Viktor Chegin, também foi punido. Em 2016, ele foi banido do esporte de forma definitiva.

A perda da medalha inédita para o Brasil na marcha atlética feminina dos 20 km provocou uma dor imensurável em Érica Sena nesta sexta-feira (6). A brasileira estava perto de conquistar ao menos o bronze no momento em que, a poucos metros da linha de chegada, recebeu a terceira advertência por um movimento proibido e teve de parar por dois minutos, sendo ultrapassada por várias adversárias e dando fim ao sonho do pódio ao terminar na 11ª colocação. Depois da prova, a marchadora elencou as dificuldades para chegar até a Olimpíada de Tóquio e revelou que pensou em desistir.

"Queria muito esse resultado, a marcha atlética brasileira precisava muito disso e eu dei tudo de mim na competição. Estou contente porque hoje fiz a melhor prova da minha vida. Me considero uma vencedora", disse a pernambucana de 36 anos.

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"Tive um ano muito difícil, treinei com muitas dores, pensei em parar. Agradeço muito ao meu treinador, que me deu muita força para que eu não desistisse", acrescentou a atleta, a única brasileira entre as 58 competidoras da marcha atlética disputada na cidade de Sapporo, distante mais de 800 km de Tóquio.

O treinador a que Érica se refere é seu marido, o equatoriano Andrés Chocho, recordista sul-americano dos 50 km da marcha. A brasileira mora com ele em Cuenca, no Equador, desde 2011, e se tornou a melhor marchadora da história do Brasil, com resultados expressivos.

Érica ficou tão desolada com a punição que chorou muito após cruzar a linha de chegada e saiu sem falar com os jornalistas. Na marcha atlética, o competidor não pode tirar os dois pés do chão. Quando um sai do solo, o outro começa o movimento e o joelho da perna que dá a passada não pode ser flexionado até que o movimento seja realizado por completo. Vários juízes ficam espalhados ao longo do percurso para aplicar as eventuais advertências. A terceira sanção obriga o atleta a parar por dois minutos, o que aconteceu com a brasileira ao realizar um movimento irregular.

"O que ocorreu no final foi muito inesperado e nunca havia acontecido comigo em grandes competições. A chinesa que estava atrás de mim é a atual campeã mundial e uma atleta muito rápida. A ideia era acelerar antes e ganhar distância dela. Deu certo e quando vi, já estava me aproximando da colombiana e brigando pelo segundo lugar. Depois disso, todos viram o que aconteceu", explicou ela, ainda tentando processar a perda da medalha. "É muito duro por tudo que fiz, mas aconteceu. Fiz o melhor que pude e dei tudo de mim por essa medalha", emendou.

O ouro da marcha atlética ficou com a italiana Antonella Palmisano, com 1h29min12s, a prata foi para a colombiana Sandra Lorena Arenas, que marcou 1h29min37s, e o bronze, para a chinesa Hong Liu, com 1h29min57. Erica realizou o percurso em 1h31min39. Sem a punição, certamente subiria ao pódio. Sua prova foi consistente, tanto que ela chegou a liderar em mais de uma ocasião e sempre esteve no pelotão da frente.

Érica foi a primeira mulher do Brasil a conquistar uma medalha na marcha atlética em Jogos Pan-americanos ao ganhar a prata em Toronto-2015. Em 2019, em Lima, terminou em terceiro lugar. Tóquio-2020 foi sua segunda Olimpíada. No Rio-2016 concluiu a prova na sétima colocação. Além disso, a pernambucana foi quarta colocada nos Mundiais de Londres-2017 e de Doha-2019.

O brasileiro Caio Bonfim terminou em 13º nos 20km de marcha atlética, primeira prova de rua dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 nesta quinta-feira (5).

O italiano Massimo Stano conquistou a medalha de ouro, em uma corrida que foi transferida para Sapporo, no norte do Japão, em busca de temperaturas mais amenas do que na capital.

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Stano terminou a prova em 1 hora, 21 minutos e 5 segundos superando dois japoneses no pódio, Koki Ikeda (1h21m14s) e o campeão mundial Toshikazu Yamanishi (1h21m28s), prata e bronze respectivamente.

O italiano de 29 anos até então não havia subido ao pódio em um grande evento internacional.

Caio Bonfim foi o quarto colocado na Rio-2016 e bronze no Mundial de 2017. Ele começou bem atrás dos primeiros colocados mas foi se recuperando.

"Nível altíssimo. Me preparei muito bem. Queria passar a linha de chegada com a sensação de que dei tudo. Foi o que fiz. Ganhei de dois campeões mundiais e medalhistas olímpicos. Não é fácil. Não consegui me manter no pelotão onde queria estar, mas encontrei um ritmo e fui crescendo, mas nessa hora não consegui mais manter. Fiquei só sobrevivendo", disse Caio à Rede Globo após a prova.

Mais dois brasileiros participaram: Matheus Correa terminou em 46º e Lucas Mazzo abandonou a prova depois de 13km.

A pernambucana Érica Sena conquistou a medalha de prata na 88ª edição da Podebrady, tradicional prova de marcha atlética disputada na cidade de Podebrady, na República Tcheca. Ela finalizou os 20 quilômetros da disputa em uma hora, 29 minutos e 14 segundos. Foi a primeira competição da brasileira após oito meses.

A italiana Antonella Palmisano, terceira colocada no Mundial de Atletismo de 2017, ficou com o ouro em Podebrady, cerca de um minuto a frente de Érica. A equatoriana Glenda Morejón, recordista sul-americana, completou o pódio. Glenda é companheira de treinos da brasileira, atleta do Esporte Clube Pinheiros e que vive há nove anos em Cuenca, no Equador, com o marido e técnico Andrés Chocho.

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"Foi maravilhoso poder competir e fazer uma marca excelente. Foram poucos dias para me preparar para essa prova, mas eu queria muito participar e ver como me sentia depois de tanto tempo sem treinar direito. Gostei muito do resultado e estou muito feliz", comentou Érica, que é recordista nacional da modalidade, em depoimento ao site oficial da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).

A última competição de Érica havia sido a Copa Brasil de Marcha Atlética, em fevereiro, em Recife. Com a pandemia do novo coronavírus, a pernambucana passou três meses em casa, treinando em uma esteira. Com a pista de Cuenca em reforma, a brasileira teve que treinar nas ruas da cidade, usando máscara.

Em setembro, ela foi para Rio Maior, em Portugal, integrando a seleção de atletismo na Missão Europa, do Comitê Olímpico do Brasil (COB). O período de treinos terminou no último dia 2, mas Érica decidiu permanecer no Velho Continente. A pernambucana espera voltar a competir no próximo dia 24, na prova de Dudince, na Eslováquia.

"O camping de Rio Maior foi um alívio e voltei de novo a focar para [a Olimpíada de] Tóquio [no Japão, em 2021]. Agora, eu volto pra Portugal, dessa vez para a cidade de Monte Gordo. Vou ver como me recupero", disse Érica, quarta colocada no Mundial de 2017 e medalhista de prata e bronze pan-americana nos Jogos de 2015 e 2019.

A atleta Pernambucana Erica Sena conquistou a medalha de bronze na marcha atlética nos jogos Pan-Americanos de Lima no Peru neste sábado, mas desaprovou as punições dada a ela que afastaram da medalha de ouro. Depois de reclamar muito ao fim da prova ela voltou a criticar os juízes através do seu Instagram nesta segunda-feira (5) e sugeriu favorecimento a outros países.

“Eu não estou triste pelo meu resultado. Sim, eu queria o ouro e quem assistiu a prova viu o quanto eu lutei. O que me deixa triste é a arbitragem Sul Americana injusta e principalmente quando ela está direcionada a ajudar a outro país. Ver árbitros de determinado país que trabalharam na prova dando os parabéns a uma atleta do mesmo país é muito desconcertante. Em provas onde o resultado pode ser manipulado e subjetivo sempre teremos INJUSTIÇAS.”, declarou.

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A pernambucana de Camaragibe foi a primeira medalhista do Brasil na modalidade no Pan-Americano de 2015 e vivia com a expectativa do ouro no Pan-Americano do Peru. Liderando a prova ele acabou recebendo punições por dobrar o joelho e por perder contato com o chão o que obrigou Erica a esperar por dois minutos no Pit Lane. Ela revelou ao Sportv que pensou em abandonar a prova, mas acabou retornando a pedido do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para conquistar o Bronze.

Ao fim da prova ela lamentou o resultado e disse que a marcha atlética é uma prova injusta: "Depende muito dos árbitros. Nunca tenho problema técnico, sou uma das melhores atletas do mundo, nunca fui desclassificada numa prova. Não sei o que aconteceu", afirmou.

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O eslovaco Matej Toth conquistou a medalha de ouro nos 50 km da marcha atlética dos Jogos do Rio, deixando para trás nos último quilômetros o campeão olímpico de Londres-2012, o australiano Jared Tallent, que ficou com a prata, enquanto o brasileiro Caio Bonfim ficou em oitavo.

Atual campeão mundial da modalidade, Toth, de 33 anos, completou a prova mais longa do atletismo em 3h40:58, 18 segundos à frente de Tallent. O japonês Hirooki Harai (3h41:24) cruzou a linha de chegada em terceiro, mas acabou desclassificado uma hora depois do fim da prova, por causa de uma colisão na hora de ultrapassar canadense Evan Dunfee (3:43:45), que acabou ficando com o bronze. Dunfeee terminou tão exausto que desabou e precisou de atendimento médico. A competição foi disputada sob forte calor no percurso da Praia do Pontal, na Zona Oeste da Cidade Maravilhosa.

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Caio Bonfim, que já havia se destacado nos 20 km, quando ficou em quarto, a cinco segundos do pódio, ao bater o recorde nacional, fez novamente uma grande prova. O oitavo lugar, que configura a posição de finalista, veio com outro recorde do Brasil (3h47:02) e o atleta de 25 anos comemorou muito a marca: chegou gritando de alegria e se ajoelhou depois da linha de chegada, apontando para o céu.

O francês Yohann Diniz, recordista mundial da modalidade, saiu muito e assumiu a liderança logo no segundo quilômetro, mas viu o sonho da medalha escapar quando precisou parar no quilômetro 32 por causa de problemas intestinais. Mesmo assim, fez questão de retomar a prova e chegou em 3h46:43, logo à frente de Caio.

O chinês Wang Zhen ganhou a medalha de ouro dos 20 km marcha atlética dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, com um tempo de 1h19:14.

Seu compatriota Cai Zelin chegou em segundo, com 1h19:26.

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O australiano Dane Bird Smith ficou com o bronze (1h19:37), ficando à frente do brasileiro Caio Bonfim (1h19:41), recorde nacional de seu país.

A Olimpíada do Rio de Janeiro deve ficar marcada por vários recordes em pistas, piscinas, quadras, campos e ringues. Mas, antes mesmo de começar, os Jogos já dão motivos de sobra para o torcedor brasileiro comemorar. A delegação canarinha será composta por 465 atletas, que vão disputar medalhas nas mais diversas modalidades.

A quantidade, maior da história nacional em Olimpíadas, traz também o maior número de atletas pernambucanos. Pernambuco vai contar com 15 representantes, entre estreantes e veteranos. A quantidade supera, em muito, os seis integrantes que disputaram os Jogos de Pequim, em 2008, recorde anterior.

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Para o torcedor saber quem estará representando o Estado na Rio-2016, o LeiaJá preparou uma galeria com os atletas classificados e suas respectivas modalidades. Confira:

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--> Confira todas as tabelas das modalidades dos Jogos 

Colocar Fabiana Murer, do salto com vara, como esperança de medalha nos Jogos Olímpicos já virou lugar-comum. A expectativa sobre a atleta aumenta à medida que seu desempenho contrasta com os fracos resultados do atletismo brasileiro nas competições internacionais. Mas a pressão no Rio tem tudo para ser dividida com dois talentos da marcha atlética: Caio Bonfim e Erica Sena.

"A gente não sofre a mesma pressão que a Fabiana, pois todo mundo acha que ela tem obrigação de ganhar. O Brasil é muito mal-agradecido a ela. A gente tem mais esperança do que expectativa, o que é uma coisa muito mais positiva. Talvez a gente possa dividir essa responsabilidade com a Fabiana, um vai ajudando o outro", afirmou Caio.

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Técnico especialista em marcha atlética, João Cesar Sendeski fica satisfeito com a projeção alcançada pela especialidade. "O Brasil hoje é uma das grandes potências da modalidade e isso muito nos agrada. Nos sentimos muito orgulhosos de ver que a sementinha que plantamos há mais de 20 anos está dando bons frutos, tanto no masculino quanto no feminino".

E ele aponta "grandes possibilidades" de pódio nos Jogos Olímpicos. "Estou muito confiante de que podemos ter a oportunidade de dar ao povo brasileiro uma medalha nessa prova tão solitária, porém solidária".

Sendeski ajudou a transformar Blumenau, em Santa Catarina, em um dos centros nacionais da marcha atlética. São Paulo, Recife e Brasília também são apontados pelo treinador como outros polos da modalidade. "No Sul, qualquer criança faz a prova de marcha atlética e não vai ser molestada na rua por algum desinformado dizendo que ela está rebolando", explicou.

Na marcha, o movimento do quadril ganha notoriedade porque é preciso manter uma das pernas esticadas, sem dobrar os joelhos. Além disso, o atleta não deve tirar os dois pés do chão ao mesmo tempo e os braços dão impulso para o ritmo das passadas. Correr? Nem pensar.

Em busca de respeito dentro e fora do atletismo, a marcha atlética pode usar a visibilidade da Olimpíada para colocar fim à intolerância. "Preconceito está na cabeça do adulto mal informado. A realização dos Jogos Olímpicos vai mostrar inúmeras modalidades desconhecidas. É o que precisamos", disse Sendeski.

Com início neste sábado (27), a Copa Brasil de Marcha Atlética, que servirá como evento teste para as olimpíadas do Rio deste ano, contará com quatro atletas pernambucanos na disputa. Cisiane Dutra, nome mais conhecido entre os praticantes da modalidade em Pernambuco, se junta a outras três jovens promessas: Paula Raíssa, Gleyce Kelly e Gabriel Nascimento. A competição realizada na cidade sede dos jogos vai até o domingo (28).

Apesar das três surpresas do Estado na disputa, apenas Cisiane já tem vaga garantida para as Olimpíadas, na prova dos 20km. Porém, além de fazer parte do calendário de eventos teste “Aquece Rio”, a competição servirá como seletiva para o Campeonato Sul-Americano de Marcha Atlética, que será realizado em abril, em Salinas, no Equador.

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Os atletas pernambucanos embarcam para o Rio de Janeiro nesta sexta-feira com auxílio do governo do estado que se dispôs a pagar a passagem dos atletas para a competição. Além dos brasileiros, a prova contará com atletas de outras nacionalidades que estarão presentes nos jogos Olímpicos em agosto.

Atletas de sete países vão participar da Copa Brasil de Marcha Atlética, que será realizada no fim de semana no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, e que, na sua versão masculina de 50 km, no domingo (28), vai servir como evento-teste dos Jogos Olímpicos do Rio. Uma das principais potências da modalidade, a China enviou quatro atletas, todos para participar das provas de 20km, no sábado (27).

Diferente da maratona, que percorre um percurso linear, na marcha atlética é montado um circuito no qual os atletas têm que dar um número predefinido de voltas. No caso dos Jogos do Rio, esse circuito terá dois quilômetros. Assim, nas provas de 20km (masculina e feminina) serão dadas 10 voltas no circuito. Na de 50km, exclusiva para homens, são 25 voltas.

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Na distância mais longa, disputada menos vezes ao longo da temporada por conta da lenta recuperação dos atletas, a prova no Rio vai valer não só pela Copa Brasil, mas também como Campeonato Sul-Americano. Por isso, marchadores da Colômbia, do Equador, do Peru e da Venezuela se inscreveram. De fora das Américas vêm quatro chineses, além de dois congoleses.

O Brasil tem quatro atletas classificados para os Jogos Olímpicos na marcha. Caio Sena Bonfim tem índice nos 20km e nos 50km, enquanto Mario José dos Santos Júnior apenas na distância mais longa. No feminino, Erica Rocha de Sena e Cisiane Dutra Lopes estão qualificada.

Nos 50km, Jonathan Riekmann e Claudio Richardson buscam índice na Copa Brasil. Já nos 20km há alguma chance de Jose Alessandro Bagio e Moacir Zimmermann se qualificarem para os Jogos. O Brasil pode ter até três atletas por prova na Olimpíada.

Com futuro promissor na marcha atlética, tendo inclusive conquistado recentemente o primeiro lugar na prova de cinco quilômetros dos jogos universitários realizados na Rússia. O jovem pernambucano Hiago Garcia sofreu um baque no último dia 21 deste mês, quando foi suspenso por quatro anos acusado de doping.

Com 20 anos, e nascido no município de Petrolina ele tinha como pretensão chegar ao Jogos Olímpicos do Rio neste ano, porém denúncia de uso de substâncias ilícitas o tirou este direito. Substâncias essas que ele afirma não ter consumido e acredita ser vítima de uma sabotagem. “Acredito que fui sabotado sim, não sei quem fez e por qual motivo fizeram isso. Se foi feito propositalmente foi por maldade, acredito”, desabafou o atleta ao Portal LeiaJá. A denúncia é referente a um exame realizado no dia 1º de julho de 2015, ainda na época dos Campeonatos esportivos universitários, onde foi encontrado o uso de "Fenoterol e Peroxisome e seus agonista".

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Vale lembrar que recentemente a Rússia, país que Hiago mora há dois anos, esteve envolvida em diversos casos de atletas acusados de doping, passando, inclusive, a ser investigada por uma comissão independente da Agência Mundial Antidoping (WADA) como possuindo um sistema de dopagem institucionalizado que envolve técnicos, atletas, dirigentes e até representantes do governo.  Contudo, o pernambucano acredita que o seu caso não tem a ver com toda essa polêmica envolvendo o país europeu. “Não acredito, nada tem haver uma coisa com a outra. Apesar de ser muita coincidência”, comentou.

O atleta afirma ter ficado perplexo ao receber a notícia da suspensão, e apesar de tentar, não tem como recorrer da decisão por ausência de provas que comprovem sua inocência. “Eu e os meus treinadores ao recebermos a notícia, ficamos em estado de choque, pois jamais na nossa equipe consumiríamos isso. Procurei maneiras para contestar a decisão, mas como não temos provas disso, a IAAF e a WADA não aceitaram. Infelizmente eu tive que aceitar a suspensão”, lamenta.

Apesar do ocorrido, no entanto, ele não lamenta a decisão de ter trocado o Brasil pela Rússia para realizar seus treinamentos revelando um suporte para a prática do esporte que não recebia aqui. “Não me arrependo, pois a estrutura esportiva na qual eu treino aqui, não existe em Pernambuco. A forma que me acolheram e fizeram e fazem coisas por mim, nunca ninguém fez no Brasil. Na Rússia eu tenho um centro olímpico só de marcha atlética, treino com os melhores atletas do mundo que de certa forma me ajudaram muito no meu rendimento e evolução”, revelou.

Ele ainda diz poder contar com um apoio médico gratuito lá que caso estivesse no Brasil teria que bancar do próprio bolso. “Tenho atendimento médico especializado, fisioterapeutas, terapeuta, nutricionista, massagista e entre outros totalmente de graça e olha que eles nem tem obrigação de fazer isso por mim, pois estou defendendo a bandeira do Brasil nas competições e não a Russa. No Brasil, nunca tive um fisioterapeuta se quer. Se eu quisesse um fisioterapeuta, nutricionista, psicologo, etc. Eu teria que pagar do próprio bolso”, afirmou. Hiago aproveitou para finalizar afirmando que não abandonará o esporte mesmo após o ocorrido: “Sim, quero continuar na marcha atlética. A minha carreira esportiva não acabou”.

Depois de Erica Sena e Keila Costa, o atletismo teve mais uma pernambucana classificada para as olimpíadas do Rio 2016. Cisiane Dutra atingiu o índice classificatório pra os jogos após vencer neste domingo (25), o USATF Open, em Nova York, com o tempo de 1h34min21. O índice para as olimpíadas nos 20km da marcha atlética é de 1h35. A prova era a última tentativa da atleta de alcançar a classificação ainda neste ano.

Cisiane já havia disputado outros cinco torneios neste ano na tentativa de conseguir o índice olímpico. Em agosto, no Mundial de Atletismo de Pequim, foi quando a atleta chegou mais perto de atingir a marca estabelecida pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf) completando a prova com 1h36min06.

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Agora, com vaga garantida, a atleta tem o foco já voltado para a preparação para o maior evento esportivo do mundo. “Estou muito feliz por conseguir fazer esse índice. Tirei um ‘piano’ das costas. Agora é só trabalhar pensando no Rio em 2016. Fiquei feliz pelo meu tempo e a colocação, porque eu não esperava ganhar a prova”, comentou a atleta olímpica.

Há seis dias, Caio Bonfim fez história ao chegar em sexto lugar e igualar a melhor marca do Brasil na prova de 20km da marcha atlética masculina em Mundiais de Atletismo. Nesta quinta-feira, Érica de Sena fez melhor entre as mulheres. Também chegou em sexto lugar - tempo de 1h30min06 - na mesma distância em Pequim, na China, mas o resultado é o melhor de todos os tempos para o País no campeonato.

O pódio, como era esperado, teve uma dobradinha da China com a recordista mundial Hong Liu em primeiro lugar (1h27min45) e Xiuzhi Lu em segundo (1h27min45). A medalha de bronze foi conquistada pela ucraniana Lyudmyla Olyanovska (1h28min13). Outra atleta do Brasil na disputa em Pequim, Cisiane Lopes se esforçou bastante e completou a prova na 29.ª colocação com o tempo de 1h36min06.

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Érica de Sena começou muito bem na prova e sempre esteve nas primeiras colocações até a primeira metade. Na segunda, perdeu um pouco de velocidade e passou pela marca dos 15km na oitava colocação. Porém, nos quilômetros finais, a pernambucana apertou o ritmo, ultrapassou duas adversárias e cruzou a linha de chegada em sexto.

Com 30 anos, a brasileira conquistou recentemente a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. E nesta temporada fez o recorde sul-americano com o tempo de 1h29min37.

Três provas do atletismo (todas de rua) e três pódios do Brasil. Por enquanto, é perfeito o desempenho da delegação brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Depois da prata de Erica Sena na prova feminina, Caio Sena Bonfim ganhou o bronze nos 20km entre os homens, quebrando um jejum de 24 anos sem pódio do Brasil. No sábado, Adriana Aparecida ganhou a prata na maratona.

Caio (que não tem nenhum vínculo de parentesco com Erica), completou a prova em 1h24min43s, longe dos seus melhores resultados do ano - já ficou na casa do 1h21min em quatro competições nesta temporada.

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O brasiliense, de apenas 21 anos, treinado pela mãe (Gianeti Sena), manteve-se o tempo todo junto ao pelotão, enquanto os canadenses Evan Dunfee (ouro) e Iñaki Gomez (prata) escaparam.

Caio acabou beneficiado pela eliminação do guatemalteco Erick Barrondo, bronze nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, desqualificado no último quilômetro. O brasileiro, que já havia desgarrado do pelotão, herdou o terceiro lugar, que era de Barrondo, ouro em Guadalajara. Caio chegou 1min37s atrás do campeão e a quase meio minuto do quarto colocado.

Na marcha atlética, o atleta não pode tirar os dois pés do chão ao mesmo tempo (o que configura corrida). O marchador é eliminado ao receber a segunda advertência.

O Brasil não tem tradição nas provas de marcha atlética, que no continente são dominadas por Equador, Guatemala e México. Desde o bronze de Marcelo Palma, em Havana (1991), esses três países dominaram o pódio. Só agora em Toronto a hegemonia acabou.

Mais cedo, Erica Sena, pernambucana, se tornou a primeira brasileira a ganhar medalha na marcha atlética, na prova de 20km (única disputada no Pan). Os resultados coroam o grande momento vivido pela marcha atlética do País, em um ano em que já foram batidos os recordes brasileiros dos 20km feminino (com a própria Erica) e dos 50km masculino (Mario José).

Caio Sena é o quinto colocado no ranking do Circuito Mundial da marcha atlética, o equivalente, da disciplina, à Diamond League. Está logo atrás de Barrondo. A liderança do ranking é o equatoriano Andrés Chocho, marido de Erica, que não competiu no Pan.

Mal as competições de atletismo começaram nos Jogos Pan-Americanos de Toronto e um grande feito já foi conquistado pela delegação brasileira. Erica Sena se tornou, neste domingo, a primeira atleta do País a ganhar medalha na marcha atlética. A pernambucana levou a prata na prova de 20km, a única disputada por mulheres no programa pan-americano.

O resultado coroa o grande momento vivido pela marcha atlética do País, em um ano em que já foram batidos os recordes brasileiros dos 20km feminino (com a própria Erica) e dos 50km masculino (Mario José). Caio Sena já ganhou algumas medalhas em provas internacionais na temporada nos 20km

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Em Toronto, a atuação brasileira começou com Erica, que esteve no primeiro pelotão até por volta do sexto quilômetro, viu a mexicana Maria Gonzalez fugir e, a partir do oitavo quilômetro, também passou a se distanciar das demais na segunda colocação.

Erica completou a prova em 1h30min03, cinco minutos abaixo do índice para os Jogos Olímpicos. Ela, entretanto, já tinha uma marca de qualificação melhor: 1h29min37s, registrado em março.

A prova pan-americana foi fortíssima. A mexicana Gonzalez ganhou o ouro com a melhor marca pessoal da carreira: 1h29min24s. A equatoriana Paola Perez também fez o melhor da vida para ganhar o bronze. Já Cisiane Lopes, outra representante do Brasil na prova, completou apenas na 11ª colocação entre 16 atletas que largaram.

A delegação pernambucana encerrou sua participação do Campeonato Brasileiro Caixa de Atletismo de Menores Interseleções nesta domingo (14), com a conquista de três medalhas, dois ouros e um bronze. Os principais destaques do estado na competição realizada em São Bernado do Campo (SP) foram Thiago Caffé que ficou com o ouro no salto em altura, assim como Anderson Luiz no decatlo. Já Gleyce Kelly da Silva garantiu o bronze nos 5km da marcha atlética. 

A primeira conquista pernambucana veio no sábado (13) com a marchadora Gleyce Kelly. Ela garantiu sua primeira medalha em uma competição nacional concluindo os 5km de sua prova em 28min46seg55. O ouro ficou com a paulista Pietra Valério que realizou em 27min49seg16, enquanto Camila Santana foi prata, com 28min14seg09.

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No domingo (14), foi a vez de Thiago Caffé atrair todas as atenções das disputas masculinas do salto em altura. Ele não competiu na marca inicial de 1,75m e só saltou a partir 1.80m. O pernambucano passou com facilidade pelas demais alturas. Caffé conseguiu alcançar a marca de 1.99m, que lhe garantiu o título brasileiro. Com esse salto, o representante do estado lidera o ranking brasileiro da prova e é o novo recordista pernambucano.

Vice-campeão brasileiro do ano passado, Anderson Luiz conseguiu conquistar a edição deste ano. Ele ficou com o ouro após somar 6.777 pontos, sua melhor pontuação na carreira. A prata ficou com o paulista Caio Henrique da Silva, que fez 6.650 após a disputa das 10 provas combinadas. Anderson seguirá para o Canadá, onde estará representando o Brasil na Copa Pan-Americana de Provas Combinadas. O evento internacional acontece durante os próximos dias 20 e 21, na cidade de Ottawa.

Além desses atletas, o Estado ainda esteve representado ainda por Ingrid Iohanna, no lançamento de dardo e arremesso de peso, Gabriel Nascimento, nos 10km da marcha atlética e Janaína Santos, nos saltos triplo e em distância.  Nenhum deles, entretanto, conseguiu garantir um lugar no pódio.

A pernambucana Cisiane Dutra é uma das esperanças de medalha na modalidade marcha atlética nesta sexta-feira (10) no Troféu Brasil de Atletismo. A competição será realizada até este domingo (12), no Ibirapuera, em São Paulo. A atleta vai representar a Associação Atlética Santos Dumont.

 Mais importante campeonato de clubes de Atletismo da América Latina, o Troféu Brasil reunirá mais de 800 atletas de pelo menos uma centena de clubes de todas as regiões do País.

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No ano passado, a marchadora conquistou a medalha de bronze e esse ano busca o ouro. De acordo com Cisiane sua principal concorrente na marcha atlética é a também pernambucana, Erica Rocha, que mora no Equador e compete por um clube de São Paulo. Apesar disso, a atleta mostra confiança para conquistar bom resultado. “Estou na minha melhor fase do ano, acredito que farei um bom tempo”, afirma Cisiane. A meta da marchadora é bater o tempo de 1h35m26s.

 

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