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Um dos poucos jogadores de futebol na atualidade a se assumir gay, o lateral-esquerdo australiano Josh Cavallo, do Adelaide United, afirmou que "sentiria medo" de jogar a Copa do Mundo de 2022, no Catar. Relações homossexuais são proibidos por várias leis do país, com penas que variam de um ano a uma década na prisão.

"Eu li algo no sentido de que (eles) dão a pena de morte para gays no Catar, então é algo que tenho muito medo e realmente não gostaria de ir ao Catar para isso", disse Cavallo em entrevista ao podcast Guardian's Today in Focus.

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Um "índice de perigo" compilado em 2019 para orientar os viajantes LGBT+ classificou o Catar como o segundo lugar mais perigoso para viajar para pessoas homossexuais. O atleta de 21 anos ressaltou a importância de disputar o Mundial de futebol, mas destacou que não se sentiria seguro em ir ao país árabe para jogar o torneio.

"E isso me entristece. Afinal, a Copa do Mundo será no Catar e uma das maiores conquistas como jogador profissional de futebol é jogar pelo seu país, e saber que é um país-sede que não apoia gays e nos coloca em risco de nossa própria vida, isso me assusta e me faz reavaliar — minha vida é mais importante do que fazer algo realmente bom na minha carreira?"

Josh Cavallo não é o primeiro a se manifestar contra a Copa do Mundo no Catar. A escolha do país para sediar o torneio fez a Fifa ser alvo de críticas por continuar a conceder Mundiais em países como a Rússia - onde a homofobia foi chamada de um projeto 'patrocinado pelo Estado' - e o Catar, onde atos com pessoas do mesmo sexo são ilegais, como prova do comprometimento irregular do órgão governante à inclusão.

Essa também foi a primeira entrevista que Cavallo concebeu após assumir sua homossexualidade. Ele afirmou que tem recebido diversas mensagens de outros atletas gays pedindo conselhos para falar abertamente sobre o assunto. "Eles dizem 'Josh, não vivenciei isso antes e quero', e eu digo 'está nas suas mãos, é a sua jornada e há uma luz no fim do túnel’. Eu não pensei que houvesse, mas definitivamente há", disse.

Em Kandahar, berço do Talibã no Afeganistão, quase nenhuma mulher foi vista nas ruas desde o retorno ao poder dos fundamentalistas islâmicos. Mas Fereshteh, Fauzia e outras colegas tentam superar seus medos para continuar trabalhando ou estudando.

Fereshteh e Zohra têm quase a mesma idade, 23 e 24, e o mesmo medo: que um talibã se aproxime de surpresa e jogue ácido em seus rostos.

Desde seu retorno ao poder em meados de agosto, o Talibã não atacou fisicamente mulheres que estudam ou trabalham em Kandahar (sul), de acordo com vários depoimentos. E o último ataque com ácido a estudantes da mesma cidade data de mais de doze anos.

Mas a memória dos anos 1990, quando o Talibã impedia as mulheres de trabalhar, estudar ou sair sozinhas ou sem burca, basta para que estas abandonassem as longas e poeirentas avenidas comerciais de Kandahar.

As poucas mulheres vistas nas ruas são como sombras em burcas, correndo pelas lojas, com sacolas de compras nas mãos.

"Antes éramos felizes por vir trabalhar, agora isso nos aflige", diz à AFP Fereshteh Nazari, diretora da escola feminina Sufi Sahib em Kandahar.

"Na rua, os talibãs não dizem nada, mas dá para ver que eles nos olham de soslaio".

Na escola onde trabalha, "a maioria dos pais não manda mais suas filhas com mais de 10 anos para a aula", porque "elas não se sentem mais seguras".

Naquele dia, 700 meninas foram para a escola, em comparação com 2.500 que frequentavam antes.

"Além das compras, que fazemos muito rapidamente, não vamos mais a lugar nenhum, vamos muito rápido para casa", confirma Fauzia, uma estudante de medicina de 20 anos que prefere não revelar seu nome verdadeiro por questões de segurança.

Já os homens aproveitam para bater um papo por horas na calçada, em restaurantes ou bares de "shisha".

Zohra, uma estudante de matemática que também não quer dar seu nome verdadeiro, decidiu parar de ir às aulas, como várias de suas amigas, após rumores de possíveis ataques de ácido.

"Para mim, a vida é mais importante do que qualquer outra coisa", diz.

Mas outras não podem se dar ao luxo, como Fereshteh e suas colegas professoras, que aguardam seus salários, congelados desde a queda do governo anterior há quase dois meses.

"Podemos acabar pedindo esmolas no mercado", suspira a jovem diretora, morena de grandes olhos pretos realçados com kohl, que usa um lenço preto bordado com lantejoulas cintilantes nos cabelos.

"Não temos mais dinheiro. Meu marido perdeu o emprego e tenho que alimentar nossos dois filhos", explica uma colega de Fereshteh, que prefere não revelar seu nome e que, como muitas mulheres no Afeganistão, diz que está "deprimida" .

- "Problema delas" -

Fauzia também está com problemas. Órfã, ela é responsável por alimentar seus quatro irmãos com entre 13 e 17 anos. Até agosto, trabalhava em uma rádio local, onde dava voz a comerciais.

Mas depois de tomar a cidade, o Talibã "postou mensagens no Facebook dizendo que não queria mais música ou vozes femininas nas rádios", disse uma das autoridades da estação.

"Paramos e é uma pena, porque as vozes das mulheres funcionam melhor para atrair a atenção do público", acrescenta.

Desde então, Fauzia deixou seu currículo por toda a cidade, principalmente para cargos de professora. Mas tudo parece estagnado. "Eles me dizem para esperar", diz.

Mas começa a desesperar, porque "o Talibã não diz mais nada".

Oficialmente, os fundamentalistas negam querer retornar ao regime extremista dos anos 1990. "Não proibimos nada às mulheres", disse o mulá Noor Ahmad Saeed, um dos líderes talibãs da província de Kandahar.

"Se não se sentem seguras ou não voltam ao trabalho, é problema delas", afirmou, indiferente. Os talibãs, que vão seguir "as regras do Islã" acima de tudo, "ainda estão estudando" o assunto, acrescentou, sem dar mais detalhes.

Fauzia vê a pressão social aumentar, mesmo em sua própria casa. "Meu irmão me diz para cobrir o rosto, para não ver mais meus amigos, para não ir a lugar nenhum, exceto para a escola".

No pátio da escola, uma das alunas de Fereshteh, Shahzia, de 12 anos, sente falta do governo anterior, que havia promovido a educação de meninas. "Queremos liberdade", mas na realidade "teremos que fazer o que eles nos dizem, caso contrário, teremos problemas".

Dezenas de milhares de pessoas foram evacuadas em três estados da Índia antes da chegada do ciclone Gulab à costa leste do país, que está prevista para a noite deste domingo (26), informaram as autoridades.

O ciclone, com ventos previstos de até 95 km/h, tocará o solo entre os dois estados litorâneos de Odisha e Andhra Pradesh, segundo o departamento meteorológico indiano. Além disso, a tormenta estará acompanhada por "chuvas extremamente violentas", acrescentou o órgão.

As autoridades dos dois estados ameaçados pediram aos moradores que vivem perto da costa que busquem refúgio e enviaram centenas de socorristas à região.

Por sua vez, as autoridades de Bengala Ocidental, ao norte de Odisha, afirmaram que também tomarão precauções, apesar de não haver previsão de que o estado seja afetado diretamente.

"Já evacuamos mais de 20 mil pessoas para escolas e edifícios governamentais que foram convertidos em abrigos anticiclone", declarou à AFP um funcionário do alto escalão, Bankim Hazra.

Em Odisha, a evacuação já começou em sete distritos, segundo o funcionário local PK Jena. Já em Andhra Pradesh, 85 mil pessoas serão deslocadas.

A cada ano, surgem cada vez mais ciclones no Oceano Índico, um fato que os cientistas atribuem às mudanças climáticas.

Quase um mês após o Talibã assumir o controle do Afeganistão, Rabia, de 35 anos, tomou uma decisão difícil: superar o medo do novo governo e voltar a trabalhar no aeroporto de Cabul.

Esta mãe de três filhos, maquiada e vestida com paletó azul, está ciente do perigo, especialmente desde o atentado suicida em frente ao aeroporto em 26 de agosto, durante a caótica retirada de estrangeiros e afegãos que queriam fugir do novo governo.

Mas, diz ela, não tem outra escolha. "Preciso de dinheiro para atender às necessidades de minha família", explica à AFP.

Desde 2010, trabalha no terminal da GAAC, empresa com sede nos Emirados Árabes Unidos que presta serviços de assistência e gestão de segurança.

"Eu estava nervosa em casa, estava com medo, não conseguia nem falar", acrescenta. "Eu me sentia muito mal. Agora me sinto melhor".

As mulheres que trabalhavam no aeroporto antes de o Talibã assumir o poder em 15 de agosto estão entre as poucas afegãs que receberam permissão dos fundamentalistas islâmicos a voltar ao trabalho. Mas das mais de 80 funcionárias que o local tinha, apenas 12 - Rabia entre elas - concordaram em retornar.

No sábado, seis delas conversavam e riam na entrada do aeroporto principal, esperando para checar os passageiros dos poucos voos domésticos.

"Tive muito medo" 

Qudssiya Jamal, irmã de Rabia, admite que ficou "chocada" com o retorno ao poder do Talibã.

"Fiquei com muito medo", disse a mulher, mãe de cinco filhos, à AFP.

Aos 49 anos, ela sustenta a casa sozinha. "Minha família ficou com medo por mim, me disseram para não voltar [ao trabalho], mas agora estou feliz. Até agora, não houve problemas".

O Talibã prometeu respeitar os direitos das mulheres, esmagados durante seu primeiro mandato, de 1996 a 2001.

Deram um passo à frente esta semana, permitindo que as mulheres continuem a estudar na universidade, algo que antes eram proibidas de fazer.

Mas sob condições estritas: usar véu completo e em aulas separadas dos homens ou divididas por uma cortina se houver poucas meninas.

Neste domingo, uma autoridade do novo governo confirmou que serão proibidas as aulas mistas nas universidades, permitidas pelo governo deposto em meados de agosto.

Alison Davidian, representante no Afeganistão da entidade ONU Mulheres, afirmou que, embora o Talibã garanta que "os direitos das mulheres serão respeitados no âmbito do Islã [...], todos os dias recebemos relatórios que mostram retrocessos".

No aeroporto, Rabia diz que continuará trabalhando até ser forçada a parar.

O novo regime indicou que as mulheres poderão trabalhar "de acordo com os princípios do Islã", embora não tenha esclarecido o que exatamente isso significa.

"Meu sonho é ser a mulher mais rica do Afeganistão. Acho que ainda sou a mais sortuda [...] farei o que gosto até que a sorte não esteja mais do meu lado", diz Rabia.

Sua colega Zala tem um sonho completamente diferente. Esta jovem de 30 anos, que tinha aulas de francês em um instituto em Cabul, teve que desistir e ficar em casa por três semanas depois que o Talibã voltou ao poder.

"Bonjour, leve-me a Paris", desabafa, balbuciando em francês, na frente das colegas, que caem na gargalhada. "Mas hoje não. Hoje sou uma das últimas mulheres [a trabalhar] no aeroporto."

Viviane Araújo está cuidando de tudo para o casamento com Guilherme Militão, que irá acontecer no dia 3 de setembro, uma sexta-feira.

De acordo com o jornal Extra, a atriz tem feito questão de entregar pessoalmente a maioria dos convites aos convidados.

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A festa, que acontecerá meses depois da união do civil em maio deste ano, acontecerá em uma casa de eventos em Vargem Pequena, na zona oeste do Rio de Janeiro.

A publicação revela que o espaço conta com capacidade para até 300 pessoas, uma ampla área verde, dois salões com vista panorâmica, além de jardins, lagos, uma piscina com deck suspenso e até vestiários.

Por causa da pandemia do novo coronavírus, Viviane não descarta exigir comprovantes de vacinação ou realizar testagens na entrada do evento. Apesar de estar confiante no controle da pandemia até a data, ela teria confidenciado a alguns amigos que teme ser alvo de críticas por causa da comemoração.

Diante de uma situação de perigo, que, de alguma maneira, nos ameaça, é normal sentirmos medo. E não há problema nisso. Quando trazemos essa análise para o mundo do empreendedorismo, é preciso ponderar, também, que o medo não pode gerar paralisia ou estagnação. Há que se saber lidar e conviver com ele, dominando-o, a fim de que ele se torne muito mais um motivador do que inibidor.

O medo é uma resposta instintiva do organismo. Alerta-nos de que estamos diante de algum perigo. Ao deparar-se com algo que inspira medo, é importante dar ouvido a esse sentimento, porque ele sempre tem uma mensagem importante. O principal a fazer é redobrar o cuidado, prestar atenção, estudar a situação de forma diligente, avaliando os cenários possíveis para traçar a melhor estratégia de resolução do problema. Não se pode, por outro lado, deixar-se paralisar, entregando-se à insegurança.

Quem está bem preparado para enfrentar os problemas da vida dificilmente é vencido pelo medo. É que o medo se instala quando enfrentamos algo que vemos como maior que nós mesmos. E, quando estamos preparados, nada é maior. Daí a importância de todo empreendedor manter-se em constante atualização e aperfeiçoamento. Sempre defendi o estudo e o conhecimento como grandes armas na vida do empreendedor, e eles são de primacial importância, também, em situações de medo. Porque muito do medo vem de não sabermos como agir, e o conhecimento dissipa essa névoa.

Para vencer o medo, é preciso desenvolver a autoconfiança. Esta, por sua vez, advém do autoconhecimento. E a melhor forma para adquiri-lo é ter plena ciência de suas habilidades, capacidades e, também, limitações – essas, para que sejam trabalhadas e superadas; aquelas, para que sejam ainda mais estimuladas. Fazer uma análise criteriosa e honesta de si mesmo ajuda bastante. Colocar no papel, como numa lista, seus pontos fortes e fracos ajuda a enxergar, de forma mais visual, um panorama de sua situação atual. Daí, é hora de partir para a ação e melhorar para ser melhorado. Esse aperfeiçoamento traz a confiança necessária a encarar os desafios que a vida impõe.

Ninguém deve se envergonhar por sentir medo. Ele faz parte da natureza humana. Prejudicial, no entanto, é deixar que o medo impeça a evolução pessoal ou profissional. Não se pode ceder a esse sentimento de impotência, nem permitir que ele seja motivo de desistência de sonhos. Uma frase que sempre uso e defendo: se for para desistir de algo, desista de ser fraco, desista de desistir.

 O deputado Luis Miranda (DEM-DF), que compõe a base do governo na Câmara, chegou ao Congresso Nacional utilizando um colete à prova de balas, nesta sexta-feira (25). O parlamentar denuncia suposta prevaricação do presidente Jair Bolsonaro no caso Covaxin e será ouvido pela CPI que investiga possíveis falhas do governo federal na condução da pandemia de covid-19. 

Miranda diz ter sido ameaçado pelo ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni. Segundo o parlamentar, também circularam intimidações na internet. “Disseram que eu merecia a escuridão eterna”, declarou à revista Veja. 

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Uma blitz da Guarda Nacional venezuelana para o veículo de Alexa. Ao ver que seu documento diz "Alexander", pedem-na para sair do carro e revistá-la. "Queriam tirar minha roupa, lembra ela, vítima recorrente de episódios de transfobia.

"Me disseram 'abaixe a calcinha precisamos ver se você está levando drogas'. Eles me fizeram tirar o sutiã", relata essa mulher trans de 33 anos.

"Eles me humilharam", desabafa ela, que acredita não ter sofrido "tanto" abuso físico por ser "muito grande".

Não é a primeira vez que isso acontece em uma Venezuela conservadora, onde reina a rejeição - muitas vezes dissimulada - à comunidade LGBT + e não existem leis destinadas a garantir seus direitos.

Alexa La Galana foi o nome que ela assumiu há dez anos, quando iniciou sua transição. Recebeu tratamento hormonal e, graças a um reality show, pôde fazer a cirurgia de readequação sexual.

Ela tem uma cintura fina, seios fartos e cabelos abaixo dos ombros. Mora no perigoso bairro de 23 de Enero. A "necessidade" a levou a se tornar uma trabalhadora do sexo. Até agora, afirma, não foi agredida fisicamente. Mas lida com xingamentos, olhares fixos e sussurros.

"Mas, em um país tão violento como a Venezuela, o melhor é dar uma de louca e continuar andando", resigna-se.

Ela tem razão. Em 2020, o país registrou uma taxa de 45,6 mortes violentas a cada 100 mil habitantes, um índice sete vezes maior do que a média mundial, segundo o Observatório Venezuelano de Violência. A instituição é uma referência, diante da ausência de dados oficiais.

No caso da comunidade LGBT +, é o mesmo quadro: sem números oficiais. Existem apenas dados compilados por ONGs, que relatam mais de 100 pessoas assassinadas por sua orientação sexual e identidade e expressão de gênero desde 2008. As principais vítimas são homens gays e pessoas trans.

Na semana passada, uma mulher trans foi assassinada e mutilada em um bairro de Caracas, sob circunstâncias ainda não esclarecidas pelas autoridades.

O diretor da ONG Acción Ciudadana contra el sida (ACCSI), Alberto Nieves, garante que esse tipo de conduta não é novidade.

Um relatório de sua organização, que registrou 109 mortes violentas na comunidade LGBT + entre 2008 e 2017 (a data mais recente), revela assassinatos por disparos, esfaqueamento, estrangulamento, mutilação genital, rostos esfolados, espancamentos, colunas fraturadas. A maioria das vítimas são pessoas trans.

"Em Caracas, por exemplo, jogaram pessoas trans do 17º andar de um prédio em construção e, em Barinas (oeste), foram dois cadáveres que lhe cortaram a cabeça com um facão", conta Nieves.

Um grupo de cerca de dez pessoas protestou nesta segunda-feira (21) por este crime ocorrido há uma semana. Na mesma noite, um casal gay foi morto.

O dia foi de tensão no futebol. Depois do caso do meia Eriksen, que teve um mal súbito em campo pela Eurocopa, o jogador Caio Cézar, do Bangu, também desmaiou em campo, na Série D do Campeonato Brasileiro, neste sábado (12), em partida contra o São Bento. Mas, assim como na Europa, o desfecho foi positivo.

O jogador do Bangu caiu na beirada do campo por volta dos 40 minutos do primeiro tempo. Rapidamente, a equipe médica com ambulância entrou no gramado socorrer o jogador.

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Apesar do susto, o Bangu, em nota, afirmou que o atleta está consciente e foi hospitalizado para a realização de mais exames. O duelo foi reiniciado e terminou com empate em 1x1. 

Confira o lance:

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Quando a profissional da saúde Neelam Kumari bate à porta em uma aldeia indiana, os moradores às vezes fogem com medo de que ela queira vaciná-los contra a Covid-19.

Enquanto a onda devastadora de infecções diminui nas cidades indianas, a pandemia mortal está varrendo as zonas rurais empobrecidas do país, onde a ignorância e o medo reinam soberanos.

"Muitas pessoas em minha aldeia não querem ser vacinadas, temem morrer", diz à AFP Kumari em Dhatrath, um vilarejo com pequenas habitações de dois andares no estado de Haryana, onde búfalos perambulam pelas ruas.

"Um morador ficou tão bravo que bateu em um trabalhador (da saúde) que tentava convencê-lo a receber a vacina", conta.

Apenas 15% das pessoas nas áreas rurais, em comparação com 30% nas cidades, receberam pelo menos uma dose da vacina na Índia, apesar de dois terços das infecções ocorrerem no campo, de acordo com uma análise do jornal The Hindu.

As mensagens antivacinas se espalham na internet ou em aplicativos como o WhatsApp. Rumores de que a rede 5G causava covid-19 levaram ao ataque de várias torres no estado de Haryana.

"As pessoas nem fazem mais o teste porque acham que o governo vai declarar que são positivas, mesmo que não sejam", afirma Shoeb Ali, médico da cidade de Miyaganj, no estado de Uttar Pradesh, no nordeste do país.

- Vacinas mortais -

Os temores persistem, apesar do testemunho dos cadáveres das vítimas da covid-19 nos rios e covas rasas.

Na aldeia de Nuran Khera, em Haryana, os habitantes recusam-se a ser vacinados, apesar de reconhecerem que em muitas casas houve casos de febre e sabem de mortes.

"Mesmo depois da abertura do centro de vacinação aqui, ninguém quer" a injeção, garante à AFP Rajesh Kumar, morador de Nuran Khera, de 45 anos.

"Não vou ser vacinado porque tem muitos efeitos colaterais, as pessoas ficam doentes depois de serem vacinadas”, acrescenta.

Em outros estados surgiram histórias de pessoas pulando em rios ou fugindo na mata para evitar as equipes de saúde.

Hom Kumari, profissional da saúde do vilarejo de Bhatau Jamalpur, no estado de Uttar Pradesh, diz que é impossível convencer alguns moradores.

"O que dizer a alguém que diz 'se eu tiver que viver, farei isso mesmo sem vacina'?"

O coronavírus tem sido um duro golpe para a economia indiana e os moradores estão mais preocupados com as contas, afirma Rajib Dasgupta, especialista em saúde comunitária.

"É extremamente difícil comunicar por que a vacinação é importante", ressalta.

Alguns especialistas dizem que a Índia deveria aplicar as lições aprendidas com sua campanha de vacinação contra a pólio nos anos 2000. A campanha teve sucesso depois que os líderes comunitários se envolveram para explicar aos pais que a vacinação era segura para seus filhos.

Da mesma forma, líderes religiosos em Uttar Pradesh foram recentemente chamados para encorajar seus seguidores a se vacinarem contra o coronavírus.

Navneet Sing, responsável pela imunização no distrito de Jind, em Haryana, constatou que a comunicação pessoal ajudou quase 70% das pessoas com mais de 45 anos a se vacinarem em Kalwa e nas comunidades vizinhas.

Em Kalwa, a profissional da saúde Sheela Devi conta que ficou nervosa quando seu nome foi colocado na lista de vacinação, mas se sentiu mais calma quando o médico local recebeu uma dose.

Agora vai de porta em porta para convencer as pessoas.

"Estão gradualmente se convencendo de que, mesmo que contraiam o vírus após serem vacinados, não precisarão de hospitalização. Eles podem tomar remédios e se recuperar em casa", diz Devi à AFP.

Após 11 dias de conflito entre Israel e Hamas, os habitantes de Jaffa, região mista nos arredores de Tel-Aviv, lidam com o medo e os resquícios dos ataques de extremistas árabes e judeus. Em um tradicional restaurante árabe, o salão vazio mostra que algo se perdeu na rotina pacífica entre diferentes grupos étnicos.

"Os negócios caíram 70% desde que começaram os confrontos", diz o dono, Avi Shueri, de 66 anos, sentado próximo a uma das paredes do estabelecimento decoradas com crucifixo, um retrato da Mesquita de Al-Aqsa e certificados de donativos de homus para eventos do Exército israelense.

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Shueri é árabe e cristão, filho de imigrantes libaneses, e toca o negócio familiar, fundado há 70 anos, com o filho. Apesar da perda de clientela, ele diz não ter raiva. "Não culpo as pessoas pelo que está acontecendo. Elas estão morrendo em todas as direções. O problema está no poder e nas instituições."

Com cerca de um terço da população árabe, a maior parte remanescente do êxodo palestino após a fundação de Israel, em 1948, a cidade de Jaffa foi incorporada à municipalidade de Tel-Aviv em 1950. A região é conhecida por sua área portuária histórica, por passagens bíblicas e por misturar com certa harmonia árabes e judeus.

Desde o início do conflito, no entanto, Jaffa foi transformada pelo medo e pela onda de manifestações brutais que se espalharam por várias partes de Israel. Há mais de dez dias, as ruas estão vazias no fim da tarde, com lojas fechadas, forte policiamento e restrições na circulação de ônibus e carros após 16 horas.

Confrontos nas ruas deixaram um soldado israelense de 19 anos gravemente ferido, assim como um menino árabe, de 12 anos. Segundo a mídia israelense, os principais suspeitos do ataque são árabes que teriam confundido a casa onde mora a criança com a de uma família de judeus.

Coquetéis molotov também foram jogados nas casas de judeus, de acordo com o jornal Haaretz, e um jovem e dois jornalistas foram agredidos na região nas últimas semanas. Também são frequentes os relatos de episódios de agressão com pedras e objetos, além de veículos queimados nas ruas.

"Minha família está aqui antes da fundação do Estado. Eles costumavam dizer que os confrontos entre árabes e judeus sempre existiram, mas Jaffa era o único lugar onde se encontrava paz", conta o estudante Hillal Saker, árabe de 20 anos. "Foi uma surpresa para todos nós o que vimos, e para eles uma violência nunca antes presenciada em Israel."

Ao norte, mais perto de Tel-Aviv, a brasileira Nicole Sara Augustowski, de 37 anos, evita sair de casa desde o dia 10. Moradora de Jaffa, ela tem passado os dias em home office acompanhando as notícias na TV e nos grupos de WhatsApp. "Tem ódio nas ruas, carros destruídos, é guerra mesmo", conta. "Embaixo do meu antigo apartamento, tinha um supermercado que os donos eram árabes. Eu saía para correr e deixava a chave da minha casa com eles."

O ciclo de violência em Jaffa é inédito, mas a hostilidade entre árabes e judeus vem escalando desde o mês passado. O motivo das tensões é o processo de gentrificação pelo qual a região passa há pouco mais de uma década, que não se explica somente por razões econômicas, mas também étnicas.

Hoje, Jaffa é conhecida por sua noite vibrante, cheia de bares e restaurantes, pela presença de novos hotéis e residências de luxo, e pela elevação do preço dos imóveis, afetando diretamente os residentes árabes, que não conseguem se manter na região. "O que está acontecendo está conectado com o que acontece em Sheik Jarrah, em Jerusalém Oriental, em Gaza e na Cisjordânia", diz a ativista árabe Sally Abed, membro do movimento popular Standing Together, que participa de manifestações na região.

Desde abril, protestos de moradores árabes para barrar a aquisição de imóveis em Jaffa por judeus, sobretudo extremistas, vêm ocorrendo com forte repressão policial, e agora se acentuam desde os confrontos na Mesquita de Al-Aqsa e a ameaça de despejo das famílias palestinas no bairro de Sheik Jarrah, em Jerusalém.

Na terça-feira, uma manifestação em apoio à causa palestina uniu os moradores de Jaffa, israelenses e palestinos. "O que vivemos como palestinos dentro de Israel é a continuidade da ocupação e uma sistemática discriminação. A nova geração (de palestinos) está se tornando mais confortável em perceber essa conexão, reivindicar a identidade palestina e o direito de ser parte dessa luta", diz Sally.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Antes da pandemia, uma gravidez era recebida com chá de bebê, festas, visitas à futura mamãe. Mas agora, com as restrições e distanciamento de pessoas para evitar o novo coronavírus, tudo isso teve que ser cancelado. Até mesmo o primeiro encontro com familiares teve que ser adiado.  Sem contar os problemas para conseguir vacinas ou consultas de rotina para as crianças. Esses são alguns dos relatos de mães que viram seus bebês chegarem ao mundo durante a pandemia.

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“Eu tinha medo de tudo, tinha medo de me infectar ou infectar minha filha, porque tava naquele pico e tinha muita gente morrendo. Eu pensava: como vou deixar uma filha tão pequena? Agora que a gente se conheceu. Fiquei tão apavorada que a gente não saía na rua”, contou a design de sobrancelhas Aline Oliveira, de 28 anos, mãe da Aurora Regina, 1 ano e 8 meses. “O que antigamente era medo dela cair, se machucar, virou medo de algo invisível, mas que tava levando muita gente.”

Essa também foi a preocupação da Adriene Furtado, 22 anos, que trabalha em shopping de Brasília. Segundo a atendente, o contato direto com clientes é perigoso para ela, mas principalmente para sua bebê de 6 meses, que também se chama Aurora. "Toda criança pequena é curiosa, quer colocar a mão em tudo e sempre leva a mão à boca. Em tempo de pandemia, é um risco, mas o meu medo maior é de eu transmitir para ela", afirmou.

Além do medo, a pandemia de covid-19 também impôs dificuldade para as duas mães conseguirem atendimento hospitalar para as crianças, pois muitos médicos tiveram que deixar seus postos para atender somente pacientes com a nova doença. "As consultas de rotinas foram cortadas por causa da covid. Já aconteceu de ter consulta marcada e, no dia, o médico estar na área da covid", disse Adriene.

Já Aline teve problemas até para conseguir a imunização da filha. "No posto, a maioria das vacinas foram canceladas e, depois, a agente de saúde veio em casa avisando que já podia levar as crianças, mas tinha que ter hora marcada", relatou a designer.

Rotina corrida

Atendendo on-line e presencialmente, a personal trainer Paula Lopes, 33 anos, contou que, apesar de ter pessoas que poderiam ajudá-la a cuidar da pequena Maytê, 2 meses, ela prefere restringir o contato devido ao risco sanitário. "A minha irmã não está vindo com frequência aqui em casa. O meu pai não pode vir. Isso pra mim é muito difícil porque a minha filha nasceu e eu não posso estar perto das pessoas que gostariam de estar aqui, de conhecer a Maytê", desabafou.

Para a personal trainer, um dos maiores obstáculos atuais é o acúmulo de várias atividades. "Meu desafio é lidar com essa rotina, tendo que conciliar com trabalho, cuidar da Maytê, cuidar da casa", disse.

Segundo a psicóloga Bárbara Sordi, esse tipo de situação tem sido comum entre as mães, que ficam sobrecarregadas de tarefas, pois além do trabalho "elas precisam dar conta da casa e de um novo bebê".

As creches fechadas e as mudanças no trabalho podem ser fatores estressantes para as mulheres, que não têm o apoio presencial da escola e não podem receber ajuda de familiares e amigos para evitar contato com o coronavírus, explicou Sordi. De acordo com a psicóloga, isso cria novas preocupações. "Com quem deixar essas crianças? Se precisarem largar o emprego, como alimentá-las? Como dar um sustento minimamente de qualidade para elas?", exemplificou.

Para a psicóloga, é importante entender que a pandemia de covid-19 é um momento inédito que vai causar mudanças na forma como todos se relacionam, inclusive mães e crianças. "É interessante que a gente olhe que um quadro de crise sanitária provoca sintomas psicossociais. Ele afeta a vida das pessoas e isso vai ter efeito nas mulheres, nas crianças etc., ressaltando que as mulheres são as mais sobrecarregadas nesse período", explicou.

Por Sarah Barbosa.

Maria de Lurdes de Morais Rodrigues, de 77 anos, recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 na última sexta-feira (2). Foi consequência de um trabalho árduo e criativo da família, que precisou fazer uma mobilização com ajuda de amigos e das redes sociais para convencer Dona Nena, como é conhecida, a receber o imunizante. O marido dela, Augusto Rodrigues da Silva, de 79 anos, faleceu no último 17 de março, semanas depois de tomar a vacina. Apesar de não haver relação entre o óbito e o imunizante, Dona Nena suspeitou que o companheiro tivesse falecido por complicações decorrentes da dose recebida. 

Augusto e Nena tiveram um 2020 de completo isolamento. Não recebiam visitas e aguardavam ansiosos a chegada da vacina. Não poder sair de casa era desafiador para Augusto. Caminhoneiro na juventude, ele era acostumado a estar sempre em movimento. Teve metade do corpo paralisado após complicações de uma trombose e, com a limitação, criou a rotina de todos os dias colocar a cadeira de balanço na calçada em frente a sua casa e passar a tarde inteira acompanhando o movimento da rua. A atividade era seguida com tamanha religiosidade que mais de uma vez ele foi captado na calçada pelas câmeras do veículo do Google Street View. 

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O Google Street View capturou o aposentado na calçada de casa mais de uma vez. (Reprodução/Google Street View)

A vacina de Augusto trouxe alívio para a família. Entretanto, ele ficou doente cerca de 15 dias depois. Foi internado com febre, dores no corpo e falta de ar. Os parentes logo concluíram que ele estava com Covid-19, mas foram surpreendidos com o resultado negativo dos exames. Ele morreu em 17 de março e a suspeita é que tenha sido pneumonia - não há relação entre o óbito e a vacina.

Dona Nena convivia com Augusto desde muito jovem. Eles são de Lagoa D’Anta, pequena cidade do interior do Rio Grande do Norte, com população estimada de 6,7 mil habitantes. Conheceram-se na adolescência. Conversavam por troca de recados. Casados, construíram uma casa grande em Natal-RN, onde cuidaram de seus sete filhos. Eles também têm 13 netos e três bisnetos. "O casamento dos meus pais foi lá, o meu aniversário de um ano foi lá, as festas dos meus tios e dos primos", diz Jéssica Rodrigues, 26, neta de Dona Nena e Augusto. O simbolismo que a casa carrega é tanto que virou tatuagem de uma neta, e Jéssica também pretende fazer uma semelhante.

Foi também nessa casa de grandes reuniões que Dona Nena assistiu ao vídeo de 20 minutos montado pela família com depoimentos de pais e avós de amigos que foram vacinados. Ela havia se recusado a se vacinar por medo, acreditando que a morte do marido tivesse sido uma reação. 

"A ideia surgiu da preocupação de acontecer algo ruim com ela. Fiquei pensando numa forma de como fazer ela perder o medo e comecei a tentar lembrar quem a gente conhecia que já havia se vacinado. Foi daí que surgiu a ideia de pedir a todos que fizessem um vídeo curto incentivando e mostrando que não tinham sentido dor e mais importante, nenhuma reação", explicou o publicitário Eduardo Rodrigues, de 51 anos, filho do casal. 

A família espalhou o pedido por depoimentos nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Outra neta de Augusto e Nena, a psiquiatra Lorena Gonçalo, 33, divulgou a ação em sua conta profissional @psiquiatricamente, no Instagram, que conta com 11 mil seguidores. Chegaram dezenas de depoimentos.

"Nem a picada da injeção eu senti. Pode tomar, não tenha medo", disse um idoso na gravação. "Eu me vacinei e estou feliz porque estamos vivendo um momento de muito risco e esse eu não vou correr. Vou ter a sorte de ver meus netos crescerem e, talvez, meus bisnetos", comentou uma idosa no vídeo.

"Eu vou tomar essa vacina. Que Jesus me ajude", disse Dona Nena em um áudio enviado para a família após assistir aos depoimentos. Na quinta-feira (1º), ela ainda chegou a recuar, mas finalmente aceitou ser vacinada no dia seguinte em um drive-thru de Natal-RN. 

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"Depois de ver o vídeo da injeção entrando no braço dela tive uma sensação boa", afirmou Jéssica. "Um misto de alívio e esperança que ainda vamos ver dias melhores, e que ainda vamos ter novamente festas na casa deles, almoços com gente falando alto e rindo alto, réveillons olhando os fogos pela varanda, criança correndo pra todo lado que nem eu já corri e todo mundo viajando pra lá pra se encontrar de novo e de novo por muitos anos ainda. Apesar da tristeza, veio a esperança", completou a neta. Dona Nena não teve reação e disse à família que agora se sente aliviada.

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Um correspondente da BBC anunciou nesta quarta-feira (31) que deixou a China após ameaças legais e pressões das autoridades sobre suas reportagens acerca de abusos de direitos humanos em Xinjiang e a pandemia do novo coronavírus.

John Sudworth declarou em uma entrevista à BBC Radio 4 que se mudou para Taiwan depois de nove anos em Pequim, pois era "muito arriscado continuar". As ameaças das autoridades chinesas "se intensificaram" nos últimos meses, acrescentou.

Pelo menos 18 correspondentes estrangeiros foram expulsos da China no ano passado, durante tensões com os Estados Unidos que dizimaram a presença da imprensa internacional no país.

Grupos de defesa da liberdade de imprensa afirmam que o espaço para repórteres estrangeiros operarem na China está cada vez mais controlado e que jornalistas estão sendo seguidos nas ruas, assediados online e tendo vistos negados.

"A BBC enfrentou um ataque de propaganda em massa, não apenas contra a própria organização, mas contra mim pessoalmente, por meio de várias plataformas controladas pelo Partido Comunista", disse Sudworth, que continuará trabalhando como correspondente na China de Taiwan.

"Enfrentamos ameaças de ação legal, bem como vigilância massiva agora, obstrução e intimidação, sempre e onde quer que tentemos filmar", acrescentou ele, relatando que ele e sua família foram "seguidos por policiais à paisana" enquanto partiam para voar fora da China.

A esposa de Sudworth, a jornalista irlandesa Yvonne Murray, deixou o país com ele "por causa da pressão crescente das autoridades chinesas", informou seu empregador RTE.

"Saímos com pressa porque a pressão e as ameaças do governo chinês, que já vinham acontecendo há algum tempo, se tornaram demais", disse ela à emissora estatal irlandesa.

"As autoridades tiveram problemas com os relatos do meu marido", acrescentou.

Nas últimas semanas, a mídia estatal chinesa e as autoridades atacaram repetidamente Sudworth por suas reportagens sobre supostas práticas de trabalho forçado visando a minoria muçulmana uigur na indústria de algodão de Xinjiang.

Negações chinesas

A embaixada chinesa na Irlanda disse nesta quarta-feira que Sudworth "tem sido fortemente criticado por muitos chineses por suas reportagens injustas, não objetivas e tendenciosas sobre a China".

No Twitter, a embaixada disse que "ninguém forçou ou forçará" sua esposa Murray a deixar a China. A BBC confirmou a transferência de Sudworth depois que o tablóide da mídia estatal Global Times informou que ele estava "escondido" em Taiwan.

"O trabalho de John expôs verdades que as autoridades chinesas não queriam que o mundo soubesse", disse a emissora em um comunicado no Twitter.

As autoridades de Xinjiang disseram em meados de março que Sudworth era alvo de um processo civil por produzir "notícias falsas" sobre a região.

"Todo mundo sabe que a BBC transmite um grande número de notícias falsas com forte viés ideológico", disse Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, a repórteres em Pequim.

Mas ela negou que o governo estivesse por trás da ação para processá-lo e, em vez disso, advertiu Sudworth por sair às pressas e não limpar seu nome.

O Instituto de Pesquisas UNINASSAU divulgou, nesta quarta (31), uma pesquisa sobre como a população recifense enxerga a pandemia do novo coronavírus na cidade. A pesquisa revelou que 92% dos entrevistados conhecem alguém que já foi infectado pelo Coronavírus e 76% da população na capital pernambucana afirma ter medo de ser contaminada pelo vírus.

Os dados revelam ainda que 69% dos participantes nunca foi testado para saber se tem ou já teve a doença. O número é ainda maior quando avaliado a faixa etária acima de 60 anos, em que apenas 20% dos entrevistados já realizaram o exame. Já quando questionados sobre conhecer alguém que morreu em decorrência da doença, os números atingem o percentual de 74%, e 7% deles relataram que a morte foi de um familiar.

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"Impressionam os números relacionados ao contágio pela doença, 92% da população conhecer alguém que já foi contaminado e 74% conhecer alguém que faleceu de decorrência da COVID-19 nos traz o alerta do quanto estamos vulneráveis nesse momento”, comenta Adriano Oliveira, Cientista Político e Coordenador da pesquisa.

Saúde deixada de lado

Outro dado relevante é a comprovação de que a pandemia e o número de pacientes em hospitais e consultórios fez com que a população deixasse de lado as consultas de rotina. No total, 66% dos entrevistados relatou que deixou de procurar ajuda médica para cuidar da saúde como um todo e os efeitos da pandemia refletem, também, nos dados relacionados a tristeza e ansiedade com o futuro, que atingem 60% do total.

Amostragem

As entrevistas foram realizadas no período de 23 a 27 de março, por telefone, com 600 participantes.. Os entrevistados tinham acima dos 18 anos e resultado final oferece 95% de confiabilidade, com margem de erro estimada em quatro pontos percentuais.

Com informações da assessoria

Se você achava que o desespero na hora de receber uma injeção era coisa apenas de criança, um socorrista de Goiás mostrou para todo o Brasil que não. Rodrigo José dos Santos, 38 anos, foi filmado por um amigo enquanto recebia a primeira dose da vacina CoronaVac, contra a Covid-19, e viralizou ao ter uma reação inusitada. Com fobia de agulha, mas entendendo a importância da imunização, o socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), lutou bravamente contra o medo da “picadinha” e conseguiu tomar a dose.

No vídeo, é possível ver Rodrigo tremer e pedir para ser segurado pelo amigo. “Me segura que eu vou tombar”, avisa desesperado. Ele também tenta se desvencilhar da profissional de saúde que ia aplicar a injeção. Quando a agulha, finalmente, encosta no braço do socorrista, ele desmaia e acaba recebendo a dose desacordado.

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Rodrigo faz parte do grupo prioritário e foi vacinado na última quarta-feira (20). Mesmo com a fobia, ele fez questão de ir receber o imunizante. A recomendação do Ministério da Saúde é que as primeiras doses da CoronaVac sejam destinadas aos profissionais da saúde que atuam na linha de frente, idosos a partir dos 60 anos que vivem em asilos, pessoas com deficiência que vivam em instituições de longa permanência e indígenas aldeados.

Com 32 pontos e na 14ª posição do Brasileiro da Série A, o Sport volta a campo nesta quinta-feira (21), em São Paulo, diante do Corinthians. A partir das 21h, o time recifense tentará colocar em prática mais um passo da trajetória rumo à manutenção na Primeira Divisão.

O meia Thiago Neves está de volta ao elenco rubro-negro após cumprir suspensão. Experiente, o atleta sustenta um discurso de confiança na vitória fora de casa e destaca que, apesar de o Corinthians ser um grande adversário, o Sport não pode temer.

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“Nosso time tem qualidade, vem jogando bem fora de casa. Não tem por que o Sport chegar no jogo e ficar com medo, a gente tem que jogar para cima”, declarou Thiago Neves, em entrevista à assessoria de imprensa do clube.

O jogador também exaltou a sua experiência para o time do Sport. Segundo Thiago Neves, pela necessidade de ganhar as partidas e se manter na Série A, o Leão precisa encarrar os confrontos como finais. “Porque a gente agora só tem decisões pela frente, não há tempo para aprimorar a parte física. Jogar em um jogo como este, jogo do Corinthians, aqui em São Paulo, é fundamental, porque sou uma peça importante do time, tanto jogando, quanto fora, tenho uma certa experiência e posso ajudar”, disse.

“Não tem nenhum bicho papão. A gente tem condições, sim, de chegar lá no campo do Corinthians e conseguir lá uma vitória. Daqui para frente, não tem mais tempo para lamentar, acho que todo mundo tem que estar fechado e unido. Em todos os jogos a gente precisa de todo mundo. Todos vão ser importantes nesta reta final”, acrescentou Neves.

Em meio ao crescimento do contágio e das mortes por Covid-19 no País e com o fim das medidas emergenciais tomadas pelo governo federal para combater os efeitos da pandemia na economia, o medo do desemprego cresceu em dezembro. Segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (7) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador subiu 2,1 pontos em relação a setembro e chegou a 57,1 pontos. O resultado é superior aos 56,1 pontos de dezembro de 2019 e segue bem acima da média histórica de 50,2 pontos.

Apesar dos resultados positivos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de agosto a novembro e da expectativa da equipe econômica de nova abertura líquida de vagas formais em dezembro, a taxa de desemprego aumentou de 14,1% em outubro para 14,2% em novembro, segundo dados do IBGE.

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De acordo com a CNI, o aumento do medo do desemprego foi maior na periferia das capitais, onde o índice passou de 55,9 pontos para 65,5 pontos entre setembro e dezembro. "Os residentes dessas cidades passaram a ser os com maior medo do desemprego", destaca o documento. Nas capitais, o índice ficou em 57,5 pontos, enquanto nas cidades do interior ficou em 55,2 pontos.

Entre os entrevistados que cursaram apenas o ensino fundamental, o medo do desemprego supera os 59 pontos. Para aqueles com ensino médio completo, o indicador ficou em 56,3 pontos em dezembro. Ainda assim, o medo do desemprego cresceu mais entre os entrevistados com educação superior, com o índice passando de 50,1 pontos para 54,7 pontos de setembro para dezembro.

Satisfação

Apesar do medo do desemprego estar maior, o índice de satisfação coma vida melhorou em dezembro. O indicador aumentou 1,7 ponto em relação a setembro e chegou a 70,2 pontos. O resultado é 1,9 ponto melhor que o registrado no fim de 2019 e está acima da média histórica de 69,6 pontos - o que não ocorria desde 2014.

"A melhora na satisfação com a vida da população brasileira pode estar relacionada tanto à percepção, no início de dezembro, de melhora da crise sanitária e econômica, como ao auxílio emergencial que proveu maior segurança econômica às famílias de baixa renda", avaliou o gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca.

Foram entrevistadas 2 mil pessoas em 126 municípios entre os dias 5 e 8 de dezembro de 2020.

A separação de Nego do Borel e Duda Reis parece não ter sido tão amigável assim. De acordo com a colunista Fábia Oliveira, do jornal O Dia, Duda teria terminado o namoro por telefone, já que deixou a casa do funkeiro e voltou para a casa dos pais, no interior do Rio de Janeiro, sem avisar que estaria indo embora para sempre.

"Apenas com seu cachorro em mãos, um belo dia a atriz saiu da casa do cantor para 'ir ali' e nunca mais voltou. (...) As roupas da Duda ainda estão na casa do Nego, isto porque o cantor disse que só as entregaria se fosse pra ela pessoalmente", disse a colunista em nota divulgada nesta terça-feira (5).

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Duda, aliás, estaria com medo de retornar para pegar suas coisas na casa onde ficava com o cantor. Ela estaria com a certeza de que quando o término fosse revelado também pudesse expor toda a verdade que viveu ao lado do artista, no entanto, mudou de ideia na última hora e colocou panos quentes na situação.

A publicação ainda revela que Duda teria deixado a casa onde morava com o ex desesperada por ter descoberto as traições e entendido o comportamento abusivo do então companheiro, que teria cometido assédio psicológico e até a empurrado certa vez. Ela ainda teria feito outras descobertas na casa de Nego, mas que só as autoridades poderiam se pronunciar a respeito.

Carla Diaz participou, no último sábado (26), do programa Altas Horas e se emocionou muito ao contar que teve um nódulo na tireoide em julho deste ano, que era maligno e revelou o quanto a fase foi difícil.

"Não foi fácil! Agora estou bem, estou curada. Acho que essa pandemia veio para fazer todo mundo parar e repensar sobre a vida. A gente acha, pelo menos eu achava, que eu tinha o controle da minha vida, da minha rotina, da minha agenda. E aí veio a pandemia bem no momento que eu ia estrear dois filmes e a vida me fez parar e olhar para o meu corpo", disse.

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Ela contou também que o assunto não é tão fácil de se tocar e que essa era a primeira vezes em que ela estava se abrindo.

"É o primeiro programa que eu estou abrindo isso, falando diretamente e eu faço questão de falar porque não é fácil. Quem passa por algo assim, quem vê a fragilidade da vida, pesa bastante!", frisou.

Além disso, Carla Diaz preparou um verdadeiro documentário para ajudar outras pessoas que também sofrem com a doença, e aproveitou para deixar uma mensagem de força.

"Eu sei quantas noites eu fiquei sem dormir, o quanto eu tive medo! Mas eu tive muita fé e muita força para seguir em frente. E o foco de saber que ia dar certo. Fica minha mensagem: olhar para o nosso corpo, ele fala e ele sente. Agora pude completar 30 anos [de idade] com esse aprendizado", contou.

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