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O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta terça-feira, 8, que o filho, Antonio Hamilton Rossell Mourão, foi promovido por ter "mérito". Antes assessor empresarial da área de agronegócios do Banco do Brasil, o filho do general da reserva foi nomeado assessor especial da presidência do Banco do Brasil com o salário três vezes maior do que recebia, informou a Coluna do Broadcast. "(Meu filho) possui mérito e foi duramente perseguido anteriormente por ser meu filho", afirmou Mourão à reportagem.

Rossell Mourão é funcionário de carreira do Banco do Brasil, com 18 anos de experiência dentro da instituição. Com a posse da nova gestão, sob o comando de Rubem Novaes, foi promovido a assessor especial da presidência. Ele trabalhará em contato direto com o novo presidente da instituição. Apesar do tempo de casa, o salto na carreira foi visto com estranheza por pessoas de dentro do banco.

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O novo posto equivale a uma cadeira de um executivo no banco com um salário de cerca de R$ 36 mil. Na prática, seu salário triplicou. A renda do posto anterior gira entre R$ 12 mil e R$ 14 mil, dependendo da carga horária de seis ou oito horas. O novo vencimento do filho do vice-presidente da República será maior até mesmo do que o salário do pai, o segundo maior cargo do Executivo, que hoje é de R$ 27,8 mil.

STF

Segundo o professor Carlos Ary Sundfeld, que dá aulas de Direito Público na Fundação Getúlio Vargas (FGV), a indicação não se enquadra nos casos em que a Justiça considera nepotismo. Para isso, seria necessário que o funcionário tivesse sido nomeado pelo próprio parente para exercer cargo na mesma instituição pública. O critério é uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de 2008, sobre o assunto.

"O Banco do Brasil e a União federal não são a mesma pessoa jurídica, então, rigorosamente, pela súmula do Supremo, não há uma proibição", explica Sundfeld. Ele diz, ainda, que seria necessário acompanhar o trabalho do filho do vice-presidente no dia-a-dia para saber se a nomeação foi injustificada. "No caso concreto aí, o vice-presidente não tem poder formal nenhum, não é ele que nomeia. Seria uma coisa muito indireta. De qualquer modo, não dá para ficar especulando sobre as razões que fazem o presidente do Banco do Brasil escolher um dos funcionários de carreira do banco para ser assessor."

Nota

O Banco do Brasil confirmou a nomeação do filho do vice-presidente Hamilton Mourão, Antonio Hamilton Rossell Mourão. O banco explica, em nota à imprensa, que o cargo é de "livre provimento da Presidência do BB e a nomeação atende aos critérios previstos em normas internas e no estatuto do Banco".

Novaes afirmou, em nota, que o funcionário Antônio Hamilton possui "excelente formação e capacidade técnica". "Antônio é de minha absoluta confiança e foi escolhido para minha assessoria, e nela continuará, em função de sua competência. O que é de se estranhar é que não tenha, no passado, alcançado postos mais destacados no Banco", destacou o novo presidente do BB.

Antônio Hamilton, conforme informações do BB, é funcionário com 18 anos de casa e trabalhava há 11 anos como assessor na Diretoria de Agronegócios. Formado em Administração de Empresas, Rossell Mourão possui pós-graduações em Agronegócios e em Desenvolvimento Sustentável.

 O vice-presidente da República, general Mourão (PRTB) teria culpado o governador Camilo Santana (PT) pela violência no Ceará. De acordo com a revista Crusoé e publicada no site O Antagonista, ele teria dito que o petista trata mal a Polícia Militar (PM).

“O problema é do governador, que sempre tratou mal a PM. E, pelas informações que recebemos, 40% do efetivo da polícia está de férias agora. Como ele pode deixar isso?", indagou Mourão, segundo o site. Não parando por aí, sobrou até mesmo para o PT. “Ele [Camilo] quer jogar no colo da gente. É a velha tática do PT", acrescentou o vice-presidente.

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Por sua vez, Camilo garantiu por meio das redes sociais que todas as medidas estão sendo tomadas, através das Forças de Segurança, em relação às ações criminosas registradas no Ceará para proteger o povo e coibir a ação dos criminosos. “Determinei reforço de policiamento nas ruas desde a madrugada e, logo após as ações, nove pessoas foram autuadas e outras três estão sob investigação”, expôs. 

O governador ainda falou que se reuniu com toda a cúpula da Segurança Pública e Sistema Penitenciário. “Reforcei minha determinação de continuar agindo com todo o rigor e dentro da lei para coibir as ações criminosas e estabelecer o total controle das unidades prisionais, conforme todo o planejamento que já vem sendo feito no Ceará”, ressaltou. 

Na noite da última quarta (2), criminosos chegaram a incendiar ônibus e carros, além de tentarem explodir o pilar de um viaduto e incendiar um posto de combustíveis. Os ataques continuaram acontecendo ao longo da quinta-feira (3), o que levou a diminuição na circulação de coletivos. 

A cerimônia de posse do presidente Jair Bolsonaro acontece no dia 1º de janeiro de 2019 e envolve uma série de etapas e ritos. O grupo de trabalho que prepara o evento desde março divulgou o roteiro prévio da solenidade, marcada para começar às 15h no Congresso Nacional.

Tradicionalmente, o evento de posse começa na Catedral de Brasília, de onde sai o desfile do presidente, de automóvel, pela Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional. Ainda não há, no entanto, definição se esse trajeto será feito em carro aberto ou fechado, mas os últimos presidentes a tomarem posse chegaram ao Congresso Nacional em um Rolls Royce, que serve à Presidência da República desde 1952.

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De acordo com roteiro da Secretaria de Relações Públicas, Publicidade e Marketing do Senado, Jair Bolsonaro e sua esposa, Michelle Bolsonaro, seguirão em carro presidencial, já sem batedores e escolta, a partir da via ao lado dos gramados que ficam em frente ao Congresso Nacional, pouco antes das 15h.

O vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, seguirá em outro carro, logo atrás, acompanhado da esposa, Paula Mourão.

Para que os preparativos possam ser executados, a Esplanada dos Ministérios será interditada para trânsito de veículos, a partir do dia 29 de dezembro até 1º janeiro.

Presidente e vice-presidente eleitos serão recebidos no início da rampa do Congresso, na parte plana, pelos chefes do cerimonial da Câmara e do Senado, que os conduzirão pela rampa, até onde estarão os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira.

No final da passarela, estarão o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, além de lideranças do Congresso Nacional, que se juntarão ao cortejo. Já dentro do Congresso, as autoridades caminharão até o Plenário da Câmara dos Deputados onde será realizada a posse. Compromisso Eunício, que preside a Mesa do Congresso Nacional, abrirá a sessão solene e conduzirá os trabalhos.

Após a execução do Hino Nacional pela Banda dos Fuzileiros Navais, Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão farão o juramento de compromisso constitucional e assinarão o termo de posse. Os dois deverão jurar "manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil" — declaração prevista pela Constituição Federal.

Após dar posse aos eleitos, Eunicio concederá a palavra a Bolsonaro, que fará um pronunciamento ao país. Encerrada a sessão, o presidente da República, já empossado, desce a rampa do Palácio do Congresso Nacional e, como comandante-chefe das Forças Armadas, passará em revista as tropas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, sendo ainda homenageado com uma salva de 21 tiros de canhão.

Palácio do Planalto

Na sequência, Jair Bolsonaro embarcará novamente no carro presidencial e seguirá para o Palácio do Planalto, onde acontecerá a última parte da cerimônia de posse. O presidente, que governará o país nos próximos quatro anos, receberá a faixa presidencial de Michel Temer.

A população vai poder acompanhar a cerimônia de posse em espaços determinados na Esplanada dos Ministérios. O acesso aos palácios será restrito.

De acordo com Maria Cristina Monteiro, diretora de Relações Públicas do Senado e coordenadora do grupo de trabalho para a organização da posse no Congresso, a cerimônia deve ter cerca de uma hora de duração. "Acreditamos que seja uma cerimônia um pouco mais rápida em comparação com outros anos até a pedido dos presidentes. Ela deve ter no máximo uma hora de duração", estimou.

Ensaio

No domingo (30), será realizado um ensaio geral da posse. Na ocasião, serão feitas simulações dos percursos que o presidente eleito fará no dia da posse, com alternativas para o caso de chuva. Se o dia da posse for chuvoso, a chegada de Bolsonaro não será pela rampa, mas pelo Salão Branco, com acesso pela chamada Chapelaria. A revista às tropas também será feita em área coberta, em área próxima à Chapelaria, e a salva de tiros pode até ser cancelada.

Da Agência Senado

Uma das proposições aprovadas neste final de ano, que causou muita polêmica na Câmara Municipal do Recife, foi a que concede o título de cidadão recifense ao general Hamilton Mourão (PRTB), vice-presidente eleito do Brasil. Foram, ao todo, 28 votos a favor e dois contra, além de nove faltas. Um dos principais questionamentos feitos por parte da população foi sobre quais teriam sido os serviços prestados por Mourão à capital pernambucana.

Após a aprovação da matéria, muitos vereadores não falaram sobre o assunto ou desconversaram, mas durante entrevista ao LeiaJá, a vereadora do Recife Michele Collins (PP) não apenas comentou sobre o tema afirmando que o reconhecimento era justo, como garantiu que Mourão tem serviços prestados ao Recife.

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“Mourão tem um serviço prestado para a nossa nação e com certeza o povo recifense, que é um povo muito acolhedor, reconhece o que Mourão também fez pelo Recife e vai ter a oportunidade de homenageá-lo com esse título de  cidadão recifense”, declarou com convicção.

Nesta semana, a missionária também falou sobre o governo Bolsonaro de forma geral. Ela chegou a dizer que há “grandes perspectivas” de um governo que vai unir o Brasil. O seu esposo, deputado estadual Cleiton Collins (PP), também disse que acreditava muito no governo no militar.

A Câmara dos Vereadores não tem previsão para a data da entrega do título, mas o vereador Marco Aurélio (PRTB), responsável pela proposição, espera que a cerimônia ocorra ainda durante o ano legislativo de 2018, que encerra na próxima semana.

O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, reconheceu nessa quinta-feira (13), que "causa incômodo" a demora de Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), em dar explicação sobre a sua movimentação financeira, considerada atípica pelo Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf).

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Mourão, porém, foi enfático na defesa do ex-companheiro de chapa e disse que tem "plena confiança" no presidente eleito Jair Bolsonaro e em seu filho.

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Militares da equipe de transição e das Forças Armadas também têm expressado nos bastidores incômodo com a situação. Oficiais-generais ouvidos pelo Estado avaliam que Queiroz já deveria ter aparecido e explicado o R$ 1,2 milhão movimentado em sua conta no período de 12 meses. Mesmo afirmando que o caso não está diretamente ligado ao presidente eleito, esses militares acreditam que a demora numa resposta pode acabar "respingando" no futuro governo.

O Coaf classificou a movimentação de R$1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017 como incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional de Queiroz, que é policial militar.

O ex-assessor parlamentar depositou no período R$ 24 mil na conta da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro - o presidente eleito afirmou que esses recursos são parte do pagamento de uma dívida antiga de Queiroz com ele.

O relatório do Coaf, revelado pelo jornal na semana passada, foi anexado às investigações da Operação Furna da Onça, que levou à prisão 10 deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

"Óbvio que toda vez que você tem de dar explicação, isso incomoda, é desagradável. Mas volto a dizer. Tenho plena confiança no presidente e no Flávio. Confio nos dois", afirmou Mourão. "Agora é esse Queiroz. A coisa toda está centrada nele."

Na quarta-feira, 12, o presidente eleito disse pelas redes sociais que, se tiver "algo errado" no caso que envolve movimentações financeiras do ex-assessor de seu filho, "que paguemos a conta". Bolsonaro, no entanto, disse que nem ele nem Flávio são investigados no caso.

Prática

Para oficiais ouvidos pela reportagem, essa situação se estenderá, no mínimo, até o início da próxima semana, quando Queiroz deve prestar depoimento ao Ministério Público no Rio de Janeiro. Em suas redes sociais e em explicações para aliados, Flávio tem se defendido dizendo que não fez nada de errado e que quer que tudo seja esclarecido para que não paire nenhuma dúvida sobre sua idoneidade. Os militares observam que a prática de reter parte dos salários dos servidores do gabinete já foi denunciada em outras ocasiões no País.

"Sou o maior interessado em que tudo se esclareça para ontem, mas não posso me pronunciar sobre algo que não sei o que é", escreveu Flávio nesta quinta-feira em uma rede social.

Os militares que acompanham o caso dizem que o que está em jogo não é o valor, mas o princípio da campanha de Bolsonaro. Citam que a maior bandeira durante o processo eleitoral foi o fim da prática da corrupção.

Veja, abaixo, a entrevista concedida pelo general:

A questão não deixa o presidente em uma situação delicada?

O Bolsonaro foi claro na 'live' que fez ontem (quarta-feira, 12). Não tem mais o que tocar nisso aí. O que ele disse? Que se investigue e que se apure. Então, para mim, morreu o assunto.

Ninguém sabe direito a história de outras transferências. As explicações foram suficientes?

Aí, compete a vocês, da imprensa, furungarem esse assunto. Eu não tenho instrumentos para dizer qualquer coisa. Desconheço a profundidade do caso e estou de acordo com as palavras do presidente.

Mas isso não respinga na imagem dele, no governo?

Não. O presidente já falou o que tinha de falar. Agora, é esse (Fabrício) Queiroz. A coisa toda está centrada nele.

Mas Queiroz não apareceu até agora para dar explicações...

Não tenho conhecimento do assunto. Tenho de ir pela palavra do presidente e eu confio na palavra dele.

A situação causa incômodo?

Incômodo causa, né... É óbvio, porque toda vez que você tem de dar explicação, isso incomoda, é desagradável.

O senhor acha que o presidente demorou a dar explicação?

A explicação inicial ele deu, dizendo que o dinheiro depositado na conta da esposa dele era de pagamento do empréstimo. Mas continuou a pressão. Ele esperou um tempo e aí resolveu vir a público, fez a 'live' e deixou claro a posição dele.

Esse episódio todo não atrapalha o início do governo?

Fora alguns comentários de imprensa, não estou vendo as redes sociais fazendo rebuliço com isso. Não acho que haja pressão enorme. Acho que existe este questionamento. Há questionamento e alguma resposta terá de surgir para isso. Mas não da parte do Bolsonaro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As divergências na equipe de transição do governo Jair Bolsonaro ficaram mais evidentes nesta quarta-feira, 5, quando o general Hamilton Mourão, vice-presidente eleito, expôs o embate entre o grupo de militares da nova administração e o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Nos bastidores, há uma disputa pelo comando da coordenação de governo e reclamações sobre a forma como Lorenzoni tem buscado protagonismo.

Em Belo Horizonte, onde esteve para participar de um encontro com empresários, Mourão disse que, se forem encontradas irregularidades na investigação aberta contra Lorenzoni, ele terá de deixar o governo.

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Relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República e determinou a abertura de petição autônoma (fase anterior ao inquérito) para apurar denúncias de pagamentos de caixa 2 da J&F ao deputado Lorenzoni nas campanhas de 2012 e 2014. "Uma vez que seja comprovado que houve ilicitude, é óbvio que terá que se retirar do governo. Mas, por enquanto, é uma investigação", afirmou Mourão.

As declarações do general esquentaram ainda mais o clima com Lorenzoni, que nega as acusações e chegou a dizer que a investigação era uma "bênção" para que o caso fosse esclarecido.

Em Brasília, questionado sobre as afirmações de Mourão, Bolsonaro titubeou antes de responder. "Em havendo qualquer comprovação de uma denúncia robusta, contra quem quer que esteja no governo, ao alcance da minha caneta BIC, ela será usada", disse o presidente eleito.

Na prática, há uma avaliação do núcleo militar - hoje com sete integrantes indicados para o primeiro escalão - de que será impossível Lorenzoni conduzir negociações com o Congresso e ainda acumular a coordenação da equipe ministerial. Essa constatação se baseia no fato de as duas tarefas exigirem muito trabalho e dedicação para ficarem sob a responsabilidade de um só ministro.

A ideia da criação de um centro de monitoramento do governo, que seria chefiado por Mourão, foi deixada de lado. Ninguém, no entanto, arrisca um palpite sobre quanto tempo durará a decisão, já que os anúncios dos últimos dias sobre a configuração da Esplanada foram marcados por idas e vindas.

O novo embate no núcleo da transição é para que o controle das ações administrativas fique com a Secretaria de Governo, nas mãos do general Carlos Alberto dos Santos Cruz, designado para fazer a interlocução com Estados e municípios, além de cuidar do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Nesta semana, porém, o próprio Lorenzoni assegurou que a coordenação de governo permaneceria na Casa Civil.

Mourão afirmou nesta quarta que ao menos parte da articulação política do Palácio do Planalto poderá ficar sob comando dos militares. O vice disse que ele mesmo poderá participar, assim como Santos Cruz, e repetiu que será "o escudo e a espada" de Bolsonaro. "O escudo defende e a espada ataca antes de ele ser atacado", comparou.

Problemas

O desgaste de Lorenzoni também é sentido no Congresso, onde, a portas fechadas, dirigentes de vários partidos dizem que o futuro chefe da Casa Civil não tem jogo de cintura política. Insatisfeitos, integrantes de siglas como PP, PTB, Solidariedade, PRB, PSDB, PSB e até o DEM agem para formar um bloco que dê as cartas do poder na Câmara, a partir de 2019, isolando o PSL de Bolsonaro. O grupo defende a recondução de Rodrigo Maia à presidência da Casa.

O modelo de articulação política previsto por Lorenzoni terá a colaboração de políticos que não se elegeram neste ano. Já foram convidados para a tarefa o candidato derrotado ao governo do Espírito Santo Carlos Manato (PSL) e os deputados não reeleitos Leonardo Quintão (MDB-MG), Danilo Forte (PSDB-CE), Walter Ihoshi (PSD-SP), Milton Monti (PR-SP) e Marcelo Delaroli (PR-RJ). Após encontro com Bolsonaro nesta quarta, a bancada do PR anunciou que integrará oficialmente a base do futuro governo (mais informações na pág. A6).

A escolha de Danilo Forte para fazer a "ponte" com o Nordeste, por exemplo, já provoca críticas. Políticos de Pernambuco se queixam da falta de nomes do Estado na equipe. O fato de Bolsonaro não ter chamado o deputado Mendonça Filho (DEM-PE) para nenhum cargo também causou contrariedade em políticos pernambucanos e é atribuído a uma rusga que Lorenzoni teria com ele. Mendonça Filho foi ministro da Educação no governo de Michel Temer, concorreu ao Senado, mas não se elegeu. Na quarta à noite, porém, o ex-governador do Estado Joaquim Francisco (PSDB) foi convidado para fazer parte da equipe de transição.

Procurado pela reportagem, Lorenzoni não se manifestou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Agora é oficial: o futuro vice-presidente do Brasil, General Mourão (PRTB), receberá o título de cidadão recifense. A proposição de autoria do vereador Marco Aurélio (PRTB) foi aprovada, nesta quarta-feira (5), por 28 votos a favor e dois contra, além de nove faltas. 

Entre os argumentos de Marco Aurélio para conceder a honraria ao general foi o fato de que ele serviu na capital pernambucana por quase três anos. O vereador chegou a dizer que Mourão não se esquece do Recife. “Quem ganha é a nossa cidade”, ressaltou durante entrevista. 

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Mourão comandou a 6ª Divisão de Exército e o Comando Militar do Sul, cumpriu missão de Paz em Angola e também foi adido militar do Brasil na Venezuela, ingressou no Exército em 1972. Ele foi aprovado na respeitada Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), que fica localizada em Resende, no Rio de Janeiro. 

Os vereadores que votaram contra a concessão do título a Mourão foram Rinaldo Junior (PRB) e Ivan Moraes (Psol). Ainda não há data para a concessão do título. 

O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, afirmou nesta quarta-feira (5) em Belo Horizonte, que, se forem encontradas irregularidades na investigação aberta contra o futuro ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, o auxiliar do presidente eleito terá de deixar o futuro governo.

Na terça-feira (4) o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin atendeu a pedido feito pela Procuradoria-Geral da República e determinou a abertura de investigação para analisar as acusações de caixa 2 feitas por delatores da J&F a Lorenzoni.

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"Uma vez que seja comprovado que houve ilicitude, é óbvio que terá que se retirar do governo. Mas, por enquanto, é uma investigação", disse o militar.

Mourão afirmou ainda que poderá participar da articulação política do governo se assim for determinado por Bolsonaro. O general voltou a dizer ainda ser "o escudo e a espada" de Bolsonaro. "O escudo defende, e a espada ataca antes de ele ser atacado", disse.

O general participa nesta quarta-feira na capital mineira de encontro com empresários. Mourão disse que, apesar de não haver "aceno neste sentido", poderá não só ele, mas também o general Santos Cruz, participar das articulações do governo.

"A questão da coordenação política, da ligação com o Congresso, o presidente vai definir se vai ficar com o ministro Onyx, ou se terá parcela dela nas mãos do general Santos Cruz (futuro ministro-chefe da Secretaria de Governo), e, talvez, se o presidente determinar pra mim, que determinadas ligações sejam feitas, eu o farei. Então, por enquanto, não há nenhum aceno neste sentido", disse.

Caixa Dois

De acordo com o depoimento de delatores da J&F, Lorenzoni teria sido favorecido com o pagamento de R$ 100 mil em 2012 e R$ 200 mil em 2014. Na manifestação enviada pela PGR ao Supremo na semana passada, Raquel Dodge pediu a separação dos trechos das delações da J&F sobre caixa 2 específicos sobre dez autoridades que eram deputados e senadores à época dos fatos narrados e que seguirão com prerrogativa de foro em 2019.

Eles serão alvo de procedimentos semelhantes, que podem resultar na abertura de inquérito ou em formulação de denúncia. Além de Onyx, estão na lista cinco deputados federais.

O futuro ministro da Casa Civil chamou de "bênção" a abertura de uma investigação, autorizada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), para apurar denúncias de pagamentos de caixa dois da JBS a ele, nas campanhas de 2012 e 2014.

"Para mim é uma bênção porque vai permitir que tudo se esclareça", disse Lorenzoni nesta terça-feira, após deixar uma reunião com a bancada do PSDB na Câmara. "Não tenho nenhum problema com isso. Ao contrário, é a chance de resolver."

Mais tarde, após se encontrar com deputados do PSD e também pedir apoio ao governo de Jair Bolsonaro, Lorenzoni disse ter "preocupação zero" com as apurações. "Já resolvi minha questão espiritual. Entre carregar mancha e ter uma cicatriz, fico com a cicatriz. Sempre fui um combatente contra a corrupção e vou continuar sendo", afirmou.

O futuro vice-presidente do Brasil, o general de Exército Antônio Hamilton Mourão, está mais próximo de receber o título de cidadão recifense. De autoria do vereador Marco Aurélio (PRTB), o projeto de Decreto Legislativo 34/2018 foi aprovado na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CLJ) da Casa. 

Após a aprovação na CLJ e na Comissão de Educação, a matéria já pode ser incluída na pauta de votações do plenário, o que pode acontecer até a quarta-feira (5). Segundo Marco Aurélio, em entrevista concedida, Mourão tem “muito carinho” pelo Recife. 

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Aurélio também contou que o general serviu na capital pernambucana por quase três anos, na década de 80. Seus dois filhos, Renato e Antônio, nasceram no Recife. “O general me disse que não esquece o Recife e que sempre vem aqui. Por isso, com a entrega do título, quem ganha é a nossa cidade”, ressaltou o deputado estadual eleito. 

Mourão ingressou no Exército em 1972, na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, no Rio de Janeiro. Ele comandou a 6ª Divisão de Exército e o Comando Militar do Sul, bem como cumpriu missão de Paz em Angola e foi adido militar do Brasil na Venezuela. 

Recentemente, o vice-presidente de Bolsonaro protagonizou uma polêmica ao criticar o 13º e o adicional de férias. O general reformado chegou a dizer que os direitos trabalhistas são “jabuticabas”, ou seja que só ocorriam no Brasil e em mais nenhum outro país do mundo. Mourão defendeu uma “implementação séria da reforma trabalhista”.

Após a Câmara Municipal do Recife causar polêmica ao aprovar o título de cidadão recifense ao pastor Silas Malafaia, a Casa José Mariano protagoniza mais uma discussão por causa da tramitação de um projeto de decreto legislativo [35/2018] com o objetivo de conceder a mesma honraria ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Não parando por aí, os vereadores também podem aprovar outra proposta [34/2018] para que o futuro vice-presidente do militar, general Hamilton Mourão (PRTB), também passe a ser considerado um cidadão da capital pernambucana.

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A concessão do título a Bolsonaro, de iniciativa da Comissão Executiva da Mesa Diretora, já deve ser encaminhada ao plenário na próxima semana. Serão necessários os votos de 24 dos 39 vereadores para aprovar os projetos. Se for autorizado, a etapa seguinte é marcar a data para a entrega do título.

O projeto, no entanto, pode barrar na resistência de vereadores como a petista Marília Arraes, que vem mostrando sua preocupação com o futuro governo Bolsonaro, Jairo Brito (PCdoB) e Ivan Moraes (PSOL).

De acordo com o segundo parágrafo do artigo 414 do Regimento Interno da Câmara, que versa sobre a concessão de Títulos Honoríficos, a honraria é concedida “em virtude de relevantes serviços, comprovadamente prestados ao Recife ou à sua gente, por via de projeto de decreto legislativo”. No entanto, no argumento para a entrega da distinção a Mourão e a Bolsonaro não constam feitos ou ligações dos dois com o Recife, apenas destaca a trajetória de cada um.

O julgamento, nesta quinta-feira (29), pelo Supremo Tribunal Federal da ação que questiona o indulto de Natal concedido no ano passado pelo presidente Michel Temer (MDB), uma medida que pode beneficiar acusados por peculato, corrupção e tráfico de influência, entre outros, foi comentado pelo vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão (PRTB).

Em uma palestra do setor de infraestrutura, ele comentou que há dois tipos de criminalidade no País hoje: uma é de nível mais baixo, envolvida em tráfico, roubo e assaltos, crimes que causam insegurança na sociedade.

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"E temos uma criminalidade mais alta, que, ao que tudo indica, teremos uma decisão hoje, do nosso STF, que vai soltar parcela desse pessoal por meio do indulto de Natal", disse Mourão. "São coisas do nosso país. Vamos aguardar o que vai acontecer."

A nova estrutura do Palácio do Planalto, que está sendo desenhada pela equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro, prevê que a pasta da Casa Civil passe a ter uma outra atribuição e deixe de coordenar os ministérios do governo. Esse trabalho passaria a ser feito pelo vice-presidente eleito da República, general Hamilton Mourão. A ideia é liberar o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para a articulação política com o Congresso, já que a Secretaria de Governo - que desempenha esse papel atualmente - será extinta.

Na visão do núcleo mais próximo do presidente eleito, a articulação política e a abertura de um canal de ligação de Bolsonaro com os parlamentares vai demandar tempo e esforço em um cenário de votação de projetos considerados fundamentais pela nova gestão.

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A estrutura do Planalto no governo Bolsonaro daria mais poderes ao general Mourão - que durante a campanha eleitoral deu declarações polêmicas e, por isso, chegou a ser desautorizado pelo então presidenciável do PSL - e pode acentuar as diferenças entre os grupos político e militar que cercam o presidente eleito.

Na avaliação de aliados, como o governo será comandado por um militar reformado do Exército, que pensa na hierarquia, a visão é de que todos os ministros têm o mesmo nível e não aceitariam cobrança de resultado de outro titular de "igual estatura". Colocar Mourão à frente da coordenação da Esplanada seria uma forma de dar ao vice-presidente eleito ascendência sobre os demais titulares do primeiro escalão para cobrar resultados.

Se o novo desenho for aprovado, o Palácio do Planalto perde uma secretaria com status de ministério - a de Governo -, ficando com apenas três pastas: Casa Civil, com Lorenzoni; Gabinete de Segurança Institucional (GSI), com o general Augusto Heleno, e Secretaria-Geral da Presidência, que deverá ser ocupada pelo ex-presidente do PSL Gustavo Bebianno.

A Secretaria-Geral é uma espécie de "prefeitura do Planalto", embora o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) - que tem como finalidade a celebração de contratos de parceria com a iniciativa privada e outras medidas de desestatização - esteja vinculado a ela.

Outro cargo importante no palácio é a chefia de gabinete do presidente da República, que ainda não tem nome definido. O titular deste posto será o responsável por controlar a agenda e quem tem ou não acesso a Bolsonaro. Bebianno chegou a desempenhar esse papel durante a campanha e inicialmente estava cotado para o cargo. Na última semana, no entanto, Lorenzoni anunciou Bebianno como "futuro ministro" da Secretaria-Geral da Presidência, o que até agora não foi confirmado por Bolsonaro.

Projetos

No novo desenho, juntamente com a coordenação dos ministérios, devem ser deslocadas para a Vice-Presidência duas subchefias da Casa Civil - a de análise e acompanhamento de políticas governamentais e a de articulação e monitoramento. Está sendo estudado também a possibilidade de projetos vinculados ao PPI e as ações Programas de Aceleração do Crescimento (PAC) serem transferidas para a Vice-Presidência.

No caso do PPI, considerado pelo novo governo como uma área de excelência, há projetos prontos para serem privatizados a curto prazo que poderão render ao menos R$ 100 bilhões. Embora com recursos minguados para 2019, o PAC deverá ter disponível cerca de R$ 17 bilhões para as obras previstas.

A Casa Civil, por sua vez, manteria sob sua responsabilidade a secretaria executiva, a subchefia de assuntos jurídicos - por onde passam todos os atos do governo para serem aprovados -, a Imprensa Nacional, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial além de comitês, comissões e conselhos, como o Desenvolvimento Econômico e Social - o chamado Conselhão, que o novo governo quer reformular totalmente.

A Casa Civil tem 190 cargos comissionados, os chamados DAS, à sua disposição. O Palácio do Planalto conta hoje, ao todo, com cerca de 3.500 funcionários.

Peça-chave fala até com investidores

Depois de provocar divergências na campanha eleitoral por afirmações polêmicas, o vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, agora aparece como um dos aliados de mais confiança do presidente eleito, Jair Bolsonaro. Nas duas últimas semanas, Bolsonaro delegou ao seu vice missões em várias áreas - que vão da comunicação, passando pela economia e transporte.

Uma das mais importantes foi a visita à sede da Petrobrás, no dia 9 de novembro, para "tomar pé da situação da empresa" e repassar um diagnóstico do que viu ao presidente eleito. Mourão, general da reserva, disse que gostou do que viu e que a empresa está saneada. As suas declarações levantaram especulações de que o presidente da estatal, Ivan Monteiro, poderia ficar no cargo, o que ainda não foi confirmado.

Dois dias antes, em 7 de novembro, Mourão recebeu outra missão - conhecer a empresa de comunicação digital que atende o governo Michel Temer e cujo contrato está em vigor, podendo ser estendido até 2020. Mourão esteve na sede da agência de publicidade Isobar, uma das duas que cuidam das mídias sociais do emedebista para ver como era o funcionamento. "O foco é reforçar a comunicação digital, que é a mídia do Bolsonaro, que é a mídia do (Donald) Trump (presidente dos Estados Unidos)", disse Mourão ao Estado, ressaltando que, na sua opinião, "aquele processo antigo de comunicação, via filmetes, propagandas tradicionais, que custam rios de dinheiro serão abandonados".

Na terça-feira passada, 13, Mourão foi designado para falar com o mercado, a convite do Bradesco BBI - que promove evento para investidores em Nova York, por meio de vídeo conferência. Sua afirmação de que Bolsonaro poderia privatizar a BR Distribuidora fez as ações da empresa subirem mais de 5%. Na quarta, 14, compareceu à sede da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos, cuja diretoria queria apresentar à equipe de transição cinco temas prioritários para o avanço da mobilidade urbana nacional.

Para lembrar

Frases polêmicas deram o tom da campanha do então candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, o general da reserva Antonio Hamilton Mourão (PRTB).

Em palestras, eventos e entrevistas, o militar chegou a chamar o 13.º salário de "jabuticaba", falou que a Constituição "não precisa ser feita por eleitos pelo povo" e citou a possibilidade de "autogolpe" com apoio das Forças Armadas.

Esta última declaração foi repreendida pelo próprio Bolsonaro em entrevista ao Jornal Nacional. "Ele foi infeliz, deu uma canelada. Jamais autorizaria uma coisa nesse sentido", disse Bolsonaro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O general da reserva Hamilton Mourão, vice na chapa do candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, disse que vai processar o cantor e compositor Geraldo Azevedo que o acusou em um show no fim de semana de torturá-lo durante o regime militar. Ao jornal O Estado de S. Paulo, Mourão afirmou que em 1969, ano em que o artista esteve preso pela primeira vez, ainda não tinha ingressado no Exército.

"É uma coisa tão mentirosa", disse Mourão. "Ele me acusa de tê-lo torturado em 1969. Eu era aluno do Colégio Militar em Porto Alegre e tinha 16 anos", afirmou o general da reserva. "Cabe processo."

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Hamilton Mourão entrou em 1972 na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e se formou em 1975. O vice de Bolsonaro é filho do general de divisão Antonio Hamilton Mourão.

Procurado pela reportagem na manhã desta terça-feira, 23, Azevedo negou que Hamilton Mourão estivesse entre os militares que o torturaram quando ele foi preso, em 1969 e em 1974. Em nota, o artista pediu desculpas "pelo transtorno causado pelo equívoco e reafirmou sua opinião de que não há espaço no Brasil de hoje para a volta de um regime que tem a tortura como política de Estado e cerceia a liberdade de imprensa."

As declarações de Geraldo Azevedo, dadas em show no final de semana na Bahia, foram citadas pelo candidato a presidente pelo PT, Fernando Haddad, em sabatina, nesta terça-feira pela manhã, no jornal "O Globo".

O general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), que nas eleições 2018 é o candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), avaliou nesta segunda-feira, 1º, que o presidenciável Fernando Haddad (PT) é o concorrente "mais fácil" de derrotar no segundo turno. "Eu acho que não tem mais fuga. Se o Bolsonaro não vencer no primeiro turno, o segundo será disputado com Haddad", disse. "É bom porque vamos capitalizar o sentimento que existe no País, que não quer a volta desse grupo à Presidência da República."

Ele deu essas declarações ao desembarcar em Brasília, onde visita a família. Na conversa com jornalistas, Mourão disse que, após a votação do dia 7, a tendência é a campanha buscar uma negociação com candidatos como Álvaro Dias (Podemos) e João Amoêdo (Novo) e atrair parcela do eleitorado de Geraldo Alckmin (PSDB).

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Mourão avaliou que ainda há possibilidade de uma vitória da chapa no primeiro turno e relatou que teve encontro nesse domingo, 30, no Rio de Janeiro, com Bolsonaro, que pediu para evitar declarações polêmicas. "Estou num silêncio obsequioso", disse Mourão. "Ele julgou que temos que manter a calma nesta semana", relatou. O candidato a vice reclamou que suas últimas declarações foram distorcidas. "É aquela história: eu sou sincero e as pessoas aproveitam."

Questionado sobre declaração de Bolsonaro, de que não aceitaria a derrota, Mourão disse que o candidato já voltou atrás. "Perdeu, perdeu. Se o Brasil voltar a eleger o Partido dos Trabalhadores, nós vamos ter incompetência, má gestão e corrupção", afirmou. "Isso será muito ruim para o País."

A uma pergunta sobre possíveis contestações no setor militar ao resultado das urnas, Mourão disse que não existe "nada" disso e as Forças Armadas estão "quietinhas" e "sob o comando de seus comandantes". "Olhe, não são as Forças Armadas que estão falando que querem tomar o poder. Isso é o Zé Dirceu que anda falando aí, que quer acabar com o Ministério Público. Imagine se eu falasse um negócio desses? E ninguém comenta."

Mourão minimizou a dificuldade da campanha de conquistar o eleitorado feminino e a série de protestos do movimento "Ele não" e ressaltou as carreatas pró-Bolsonaro. "As manifestações (do final de semana) mais ou menos se equivaleram", avaliou. Ele disse que começou a assistir ao debate de ontem dos candidatos na TV Record, mas foi "dormir" porque estava "muito ruim".

Com o país vivendo uma gestão pós-impeachment, a exibição de um boneco inflável do um candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro (PSL), general da reserva Hamilton Mourão (PRB), portando um modelo adaptado de faixa presidencial chamou a atenção durante atos pró-Bolsonaro, em São Paulo, no último fim de semana. No protocolo, apenas o presidente pode portar a faixa por ser sinônimo do poder conquistado nas urnas. 

Coincidência ou não, Mourão também já chegou a insinuar que pediria a troca da liderança da chapa para que ele passasse a ser o candidato a presidente, logo após o atentado contra Bolsonaro há quase um mês e a impossibilidade do deputado federal de continuar a campanha de rua.  

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O boneco inflável, com cerca de 12 metros, deve fazer um tour pelos principais pontos de São Paulo até o final do período eleitoral, nas mobilizações em favor da candidatura de Bolsonaro. O boneco de Mourão pertence a um grupo de manifestantes que defendem a intervenção militar. 

Postura polêmica

Além do boneco portando a faixa presidencial ter chamado a atenção, o próprio Mourão tem uma postura polêmica que gerou desconfortos para a campanha de Bolsonaro. Ele já chegou a defender o fim do 13º salário e ponderar que casa com “avó e mãe”, sem homens, é uma “fábrica de desajustados” para o crime. 

Em agenda no Rio Grande do Sul, o candidato do Novo à Presidência, João Amoêdo, criticou a fala de Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice de Jair Bolsonaro (PSL), sobre as "jabuticabas brasileiras" e afirmou defender "liberdade" com relação ao 13º salário e abono de férias. "A liberdade é diferente de tirar (os direitos) do trabalhador, porque isso já faz parte do seu salário", disse a jornalistas antes de evento para militantes na cidade de Novo Hamburgo, região metropolitana de Porto Alegre, nesta sexta-feira, 28.

"Defendemos que o cidadão tenha o direito de receber o 13º junto com o salário, de vender as férias do jeito que ele quiser, mas não de eliminar isso, porque é um direito dele, fruto do trabalho", afirmou Amoêdo. O candidato também falou em "dar liberdade" para a questão do Fundo de Garantia.

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O presidenciável esteve acompanhado do candidato a governador do Rio Grande do Sul pelo Novo, Mateus Bandeira, do postulante a vice-governador, Bruno Miragem, e de candidatos a deputado federal e estadual do partido no RS.

Sobre a união de candidaturas "não extremistas" proposta por Fernando Henrique Cardoso, Amoêdo comentou ser "pouco provável que isso aconteça". Segundo ele, o fato de estar na reta final da eleição e a questão ideológica impedem que isso ocorra.

O presidenciável também criticou o PSDB pelos acordos feitos para as eleições 2018. "Nunca faríamos coligação como fez o PSDB por conta de tempo de televisão, mesmo com ex-mensaleiros. Para o Novo fazer alianças deveria ter muito claro os princípios e os valores semelhantes", afirmou Amoêdo.

Questionado sobre como pretende ajudar Estados que atravessam crise financeira, como o Rio Grande do Sul, o candidato disse que o governo federal pode "ajudar um pouco na renegociação da dívida pública, dando mais prazo para ser quitado", mas colocou que o mais importante seria um governador "que fizesse o dever de casa". "Um governador que comece a vender as empresas estatais que não precisam existir, faça um equilíbrio das contas, uma reforma da previdência, para que ele possa atender as necessidades da população", afirmou.

Depois de Novo Hamburgo, Amoêdo cumpre agenda na cidade de Passo Fundo, região norte do RS, juntamente com o ex-técnico da seleção brasileira de vôlei Bernardinho. Amanhã, o presidenciável tem agenda em Porto Alegre.

O general Hamilton Mourão (PRTB) disse nesta quinta-feira, 27, ao jornal O Estado de S. Paulo que não defendeu o fim do 13º salário, e que suas palavras foram distorcidas. Mourão afirmou que, após a polêmica causada por suas declarações, pretende se impor um "silêncio obsequioso". "Vou ficar igual ao frei Leonardo Boff. Vou ficar em silêncio obsequioso. É uma boa linha de ação", disse ele, que no fim de semana pretende visitar o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

Em palestra a lojistas gaúchos, o vice da chapa de Bolsonaro disse que o 13º salário e o adicional de férias são "jabuticabas", que só ocorrem no Brasil. Houve reação e o próprio Bolsonaro contestou a fala.

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Mourão afirmou que "não se sentiu desautorizado" "nem constrangido" e que não pensou em se afastar da campanha. "Estamos em combate e, quando a gente está em combate, ocorrem estas coisas."

Ele afirmou que, antes de divulgar mensagem no Twitter, na qual diz que Bolsonaro lhe mandou a íntegra do texto informando o teor. "E eu achei que estava muito bem colocado e disse a ele: siga em frente." Na rede social, Bolsonaro afirma que o 13º é cláusula pétrea e que quem o critica "confessa desconhecer a Constituição".

O general afirmou que não se sentiu desautorizado. "Não falei o que estão dizendo que eu falei. Falei dentro de um contexto de gerenciamento", disse. Segundo ele, foi "um alerta sobre o custo extra para os empresários e os próprios governos, de um planejamento gerencial necessário para que o 13º salário seja pago". "Trata-se de um custo social, que faz parte do chamado custo Brasil", disse.

Mourão afirmou ainda que "obviamente" não é contra o pagamento do 13º salário "porque não posso ser contra algo que eu recebo". "O problema é que, dentro deste contexto que estamos vivendo, a pessoa pega e distorce. Estou aguardando a onda passar", afirmou o militar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro, se irritou com as declarações do vice na sua chapa, general da reserva Hamilton Mourão, que criticou o pagamento do décimo terceiro salário e de adicional de férias. Logo que foi informado da fala de Mourão, Bolsonaro usou o Twitter para se posicionar contra o general e orientar aliados a defender as garantias trabalhistas. Na mensagem, Bolsonaro sugeriu que Mourão não conhece as regras constitucionais.

"O 13º salário do trabalhador está previsto no art. 7º da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas (Não passível de ser suprimido sequer por Proposta de Emenda à Constituição)", escreveu. "Criticá-lo, além de ser ofensa a quem trabalha, confessa desconhecer a Constituição", acrescentou.

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Nas primeiras conversas com pessoas próximas sobre esse episódio, Bolsonaro voltou a defender que Mourão evite participações em eventos públicos. Na semana passada, o candidato a vice já tinha sido orientado a suspender sua agenda após dar outras declarações polêmicas.

Mais cedo, em palestra na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, Mourão afirmou que o 13º salário e o pagamento de adicional de férias são "jabuticabas", ou seja, só ocorrem no Brasil. "Temos umas jabuticabas que a gente sabe que são uma mochila nas costas de todo empresário", disse. "Jabuticabas brasileiras: 13º salário. Como a gente arrecada 12 (meses) e pagamos 13? O Brasil é o único lugar onde a pessoa entra em férias e ganha mais", completou. "São coisas nossas, a legislação que está aí. A visão dita social com o chapéu dos outros e não do governo", reforçou o vice de Bolsonaro.

O general Hamilton Mourão (PRTB), vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições presidenciais foi filmado criticando o 13º salário e o abono salarial de férias em uma palestra para lojistas em Uruguaiana (RS) na última terça-feira, 25.

No evento, promovido pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade, Mourão critica os benefícios trabalhistas quando passa ao tema da reforma trabalhista. "Temos algumas jabuticabas que a gente sabe que é uma mochila nas costas de todo empresário brasileiro. Jabuticabas brasileiras: 13º salário. Se a gente arrecada doze, como pagamos treze? É complicado."

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"O Brasil é o único lugar que a gente, quando entra em férias, ganha mais", emenda, ao comentar sobre o abono salarial que concede, ao trabalhador, um terço do salário quando este entra em férias. "São coisas nossas, essa legislação sempre dita social, mas com o chapéu dos outros, não o do governo", finalizou.

Procurada, a assessoria do candidato a vice confirmou a presença de Mourão no evento em Uruguaiana, mas disse que não vai comentar o caso no momento.

Na manhã desta quinta-feira, 27, o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) comentou as declarações do vice de Bolsonaro. "Eu não posso ser a favor, como disse o general Mourão, que 13º é jabuticaba brasileira. Não é possível achar que o trabalhador que sua a camisa, que trabalha e às vezes é explorado, não ter direito (ao benefício)", disse.

A campanha tucana avalia se consegue incluir, já na propaganda que irá ao ar esta noite, o trecho em que Mourão dá as declarações. O vídeo foi repassado aos jornalistas pela assessoria do tucano Geraldo Alckmin.

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Um dia após o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) determinar ao candidato a vice na chapa, Hamilton Mourão (PRTB), que reduzisse suas atividades eleitorais, o general da reserva evitou a imprensa nesta quinta-feira, 20, durante o debate promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em São Paulo.

Pouco antes do evento, jornalistas foram informados de que a equipe de Mourão não queria que a imprensa participasse. A presença dos repórteres não foi impedida, mas apenas perguntas por escrito e previamente selecionadas foram aceitas.

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Mais cedo, em Catanduva, a 385 quilômetros da capital, fechando o terceiro dia de seu giro de campanha no interior paulista, Mourão falou a um grupo de cerca de 300 pessoas em um clube privado. Pelo segundo dia seguido, também evitou a imprensa. Cercado por forte esquema de segurança, entrou e saiu do clube pelos fundos, sem contato com jornalistas. Ao Estado, a assessoria do candidato a vice chegou a anunciar que, após a palestra, ele concederia entrevista. O general da reserva, no entanto, recuou.

Após uma hora no evento, acompanhado pelo aliado Levy Fidelix (PRTB), Mourão deixou o local para acompanhar, em carro fechado, protegido por vidros escuros, a carreata até o centro da cidade, por 30 minutos. Na Praça da República, com uma concentração de cerca de 50 pessoas, fez breve saudação a militantes, e deixou a cidade.

Além do candidato a vice, Bolsonaro enquadrou o economista Paulo Guedes, conselheiro na área econômica da campanha do PSL, que falou em criar imposto nos moldes da extinta CPMF. Já Mourão defendeu uma Constituição elaborada por não eleitos, além da ideia de que filhos criados por mães e avós, sem a presença do pai, correm mais risco de entrar para o tráfico. Com a determinação de Bolsonaro, a campanha pretende tentar estancar o desgaste provocado por declarações polêmicas dos dois aliados.

O perfil de Bolsonaro no Twitter precisou reiterar o compromisso com a redução da carga tributária. Após ter sido esfaqueado em Juiz de Fora (MG), Bolsonaro segue internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Com o candidato no hospital, os dois aliados do presidenciável ganharam protagonismo na campanha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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