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O presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, disse nessa terça-feira (18) que - diferentemente do que afirmou o empresário João Amoêdo, fundador e ex-comandante do partido - a nota divulgada pela legenda após o primeiro turno das eleições, liberando o voto dos filiados na segunda etapa, não prevê a opção pelo candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva.

"Na nota, nós nos colocamos claramente contra o PT. Reforçamos que o PT e o lulismo são contrários a tudo o que a gente sempre defendeu", disse Ribeiro. "No Novo, tem gente que gosta do Bolsonaro e vai votar nele, tem gente que vai votar a contragosto no Bolsonaro e tem gente que não vota de jeito nenhum no Bolsonaro e prefere anular o voto. Mas ninguém vai votar no Lula."

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Ribeiro, que classificou a declaração de voto de Amoêdo em Lula como "vergonhosa" e "uma decepção muito grande", justificou a forte reação do partido e de vários de seus líderes e mandatários contra ele. "Como a imagem do João é muito associada ao Novo, muita gente iria achar que o partido estava apoiando o Lula."

Como revelou ontem a Coluna do Estadão, um pedido de expulsão de Amoêdo do Novo foi protocolado na Comissão de Ética Partidária na quinta-feira da semana passada. Além da sua declaração de apoio a Lula, o pedido se baseia também no suposto desrespeito ao artigo 18 do estatuto do partido, que trata como infidelidade "difamar a imagem ou a reputação" do partido.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após João Amoêdo, um dos fundadores do Partido Novo, declarar voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste sábado, 15, filiados à legenda foram a público se manifestar contra a posição adotada pelo correligionário e reafirmar críticas ao ideário petista. O presidente da agremiação, Eduardo Ribeiro, chamou a declaração de "vergonhosa e constrangedora", e a executiva do partido lançou nota reforçando oposição ao candidato do PT.

"O PT e o Lula representam tudo o que o nosso partido sempre combateu. Essa é a prova final de que o Novo nunca mudou, quem mudou foi o João", afirmou Ribeiro.

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Ao Estadão, Amoêdo afirmou que a decisão não foi fácil e que nunca antes havia depositado voto no PT. "Não foi uma decisão fácil. Discordo das ideias e métodos do PT, mas nesse momento julgo a reeleição de Bolsonaro um risco maior para o País. Por isso decidi fazer algo que nunca tinha feito na vida. Votar no PT", disse. A declaração de voto no petista foi feita primeiro à Folha de S. Paulo.

O ex-presidente Lula foi ao Twitter agradecer o apoio. "A gente pode ter muitas discordâncias. Mas, acima disso, está o respeito ao direito de discordar", publicou.

Amoêdo não comentou as críticas que vem recebendo por parte de correligionários. Ele foi candidato à Presidência pelo Novo em 2018 e terminou a disputa em quinto lugar.

Candidato a vice em sua chapa naquele ano, o cientista político Christian Lohbauer (Novo) gravou um vídeo sugerindo a expulsão de Amoedo dos quadros do partido. "O João Amoêdo se transformou numa pessoa irrelevante no partido e na política brasileiro. Não faz a menor importância o que ele pensa e o partido deveria expulsá-lo, como já fez com casos muito menos graves que este", afirmou.

O ex-presidenciável Felipe d'Avila (Novo) também convidou Amoêdo a se retirar do partido. Segundo ele, o correligionário "traiu" os valores da legenda ao se alinhar ao PT. "A declaração de voto de Amoedo ao Lula é uma traição aos valores liberais, ao partido Novo e a todas as pessoas que criaram um partido para livrar o Brasil do lulopetismo, que tantos males causou ao Brasil. Amoêdo: pega o boné e vai embora. Você não representa os valores liberais", escreveu.

O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) gravou um vídeo chamando o episódio de "inadmissível" e "inacreditável". "João Amoêdo não me representa! Deve se desligar do Novo se tiver ainda dignidade ou então a Comissão de Ética deve tomar providências urgentes", afirmou.

Ainda que continue filiado ao partido, Amoedo tem se distanciado do Novo por divergir das posições da legenda durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Em fevereiro do ano passado, ele se manifestou publicamente contra a soltura do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), enquanto toda a bancada do partido foi contra a prisão. O empresário também discordou da legenda em questões como oposição ao chefe do Executivo e obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19.

Amoêdo chegou a ser lançado pelo Novo, em 2021, como pré-candidato ao Planalto pela legenda, mas desistiu em seguida. À época, ele justificou a decisão pela "ausência de um posicionamento transparente, firme e célere da instituição". Sua pré-candidatura ruiu após sofrer pressão interna de uma ala do partido.

LEIA A NOTA DO PARTIDO NOVO:

A declaração de voto de João Amoêdo em Lula, que sempre apoiou ditadores e protagonizou os maiores escândalos de corrupção da história, é lamentável e incoerente.

Seu posicionamento não representa o Partido Novo e vai contra tudo o que sempre defendemos.

A triste declaração constrange a instituição, que se mantém coerente com seus princípios e valores e reforça que Amoêdo não faz mais parte do corpo diretivo do partido desde março de 2020.

Apoiar aqueles que aparelharam órgãos de Estado, corromperam nossa democracia e saquearam os cofres públicos é fazer oposição ao povo brasileiro.

O NOVO sempre foi e sempre será oposição ao lulopetismo e tudo que ele representa.

O fundador do partido Novo, João Amoêdo, que tem utilizado as suas redes sociais para se posicionar contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta terça-feira (20), que o mandatário fez, "felizmente", o seu último discurso na Assembléia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Por meio de sua conta no Twitter, Amoêdo também reforçou o que as últimas pesquisas de intenção de voto estão mostrando: Bolsonaro não deve se reeleger.

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"Bolsonaro não vence no primeiro turno e no segundo turno perde para todos os outros candidatos. E assim, felizmente, assistimos hoje a sua última aparição na ONU", publicou. 

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Discurso

No palco das Nações Unidas, o presidente brasileiro falou por 20 minutos e adotou um tom menos agressivo, mas aproveitou para defender o seu governo. Falou sobre redução do preço dos combustíveis, desemprego, inflação, auxílio emergencial e combate à pandemia de Covid-19.

Também houve espaço para a pauta de costumes, aposta do presidente para mobilizar o eleitorado de extrema direita. "Outros valores fundamentais para a sociedade brasileira, com reflexo na pauta dos direitos humanos, são a defesa da família, do direito à vida desde a concepção, à legítima defesa, e o repúdio à ideologia de gênero", disse.

O empresário João Amoêdo desistiu de ser candidato à Presidência da República pelo Novo nas eleições do ano que vem, informou o partido na noite desta quinta-feira (10). A legenda disse em nota que seguirá trabalhando na construção de uma "alternativa ao bolsopetismo para 2022".

No dia 1º, o Novo lançou a pré-candidatura de Amoêdo, que terminou as eleições de 2018 na quinta colocação, com 2,5% dos votos válidos. O relativo sucesso do empresário, que nunca havia disputado eleições e acabou à frente de nomes como Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (à época no MDB), surpreendeu o mundo político na ocasião.

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No dia seguinte ao anúncio da pré-candidatura de Amôedo, integrantes do Novo passaram a articular o nome do deputado federal Tiago Mitraud (MG) para a disputa do Planalto.

Amoêdo participou de articulações para a formação de uma frente de "centro" em oposição à polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em abril, o empresário foi um dos signatários do "manifesto dos presidenciáveis", uma carta em defesa da democracia que também contou com as assinaturas do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e do apresentador Luciano Huck.

Em resposta à crise militar instaurada pelo Governo Bolsonaro, seis presidenciáveis assinaram um manifesto pela Democracia nessa quarta-feira (31). A data celebrada pelo presidente Jair Bolsonaro marca o aniversário de 57 anos do golpe que trouxe um regime de exceção ao Brasil.

O documento lembra do movimento "Diretas Já" e adverte para a ameaça à Democracia após o período de redemocratização. O texto foi assinado pelos concorrentes do presidente Jair Bolsonaro em 2018, Ciro Gomes (PDT) e João Amoêdo (Novo); pelo governadores de São Paulo e Rio Grande do Sul, João Doria (PSDB) e Eduardo Leite (PSDB); pelo ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), e pelo apresentador Luciano Huck.

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Entre o Centrão e a direita, mas com certo diálogo com a esquerda, a coalização dá pistas sobre uma eventual frente para vencer Bolsonaro nas urnas. "Fora da Democracia o que existe é o excesso, o abuso, a transgressão, a intimidação, a ameaça e a submissão arbitrária do indivíduo ao Estado", descreve parte da carta articulada por Mandetta, que se mostrou preocupado com a troca de seis ministros e a saída dos comandantes das Forças Armadas praticamente no mesmo dia.

"O autoristarismo pode emergir das sombras, sempre que as sociedades se descuidam e silenciam na defesa dos valores democráticos", alertam em outro trecho da carta. Apesar do posicionamento contrário ao Palácio do Planalto, exceto Ciro Gomes, todos os demais integrantes do manifesto indicaram apoio à candidatura do atual presidente na eleição de 2018.

Confira o documento:

Reprodução/Twitter

Jair Bolsonaro seria reeleito se os cidadãos fossem chamados a votar no final de agosto. É o que aponta a pesquisa Exame/Idea divulgada nesta sexta-feira (4). O atual presidente não conseguiria vencer no primeiro turno, mas o faria em eventuais embates com Lula ou Moro na segunda etapa das eleições.

Bolsonaro ganharia de Lula, com 42% dos votos, ante 31% do oponente petista. O ex-ministro da Justiça teria 31% dos votos e Bolsonaro, 38%. A pesquisa simulou ainda que se João Doria (PSDB) chegasse ao 2º turno, o atual presidente ganharia com 41% contra 17% do governador de São Paulo. Confira:

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1º turno:

Jair Bolsonaro (Sem partido) – 31%

Lula (PT) – 17%

Sergio Moto (Sem partido) – 13%

Ciro Gomes (PDT) – 6%

Luciano Huck – 5%

Luiz Henrique Mandetta (DEM) – 4%

João Amoêdo (Novo) – 3%

João Doria (PSDB) – 3%

Marina Silva (Rede) – 2%

Flávio Dino (PCdoB) – 1%

Outros – 1%

Não sabe - 7%

Branco ou nulo – 7%

Segundo turno:

Bolsonaro x Lula

Jair Bolsonaro (Sem partido) – 42%

Lula (PT) – 31%

Não sabe – 6%

Branco ou nulo – 21%

 

Bolsonaro x Sergio Moro

Jair Bolsonaro (Sem partido) – 38%

Sergio Moro (Sem partido) – 31%

Não sabe – 8%

Branco ou nulo – 23%

Segundo a pesquisa, as famílias com renda superior a cinco salários mínimos são as mais inclinadas a votar em Bolsonaro (35%), assim como os moradores do Sul e Centro-Oeste (35%) e os brasileiros que completaram apenas o ensino fundamental (41%).

A pesquisa Exame/Idea diz ter ouvido 1.235 pessoas, por telefone, em todas as regiões do Brasil, entre 24 e 31 de agosto. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Candidato do partido Novo nas últimas eleições presidenciais, o banqueiro João Amoêdo voltou a criticar o presidente Jair Bolsonaro, que sugeriu que a população “fiscalizasse” o funcionamento dos hospitais de campanha montados para atender à demanda da Covid-19. 

“Não seja irresponsável com o presidente. Se você estiver saudável não vá a um hospital de campanha para verificar a lotação. Não se exponha desnecessariamente ao vírus, não atrapalhe os profissionais de saúde e não incomode os pacientes”, frisou Amoêdo.

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Em live realizada na última quinta-feira (11), Bolsonaro comentou: "Tem um hospital de campanha perto de você, tem um hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar”. No pronunciamento, o presidente chegou a dizer ainda que “muita gente” já está fazendo isso. “Mas mais gente tem que fazer, para mostrar se os leitos estão ocupados ou não, se os gastos são compatíveis ou não. Isso nos ajuda", completou.

Com pouco mais de 2,7 milhões de votos, o candidato João Amoêdo, do Novo, estreante numa disputa presidencial, disse que o partido ainda decidirá sobre eventual apoio no segundo turno, mas afirmou que o coordenador econômico de Jair Bolsonaro, o economista Paulo Guedes, tem ideias alinhadas à da legenda. "Ele tem algumas ideias que se assemelham ao que defendemos, como mais liberdade econômica e privatização de estatais", disse. "O problema é que essas propostas vêm do assessor econômico. Bolsonaro, como deputado (o candidato está em seu sétimo mandato na Câmara), nunca foi um grande defensor dessas pautas. Ainda é cedo para dizer (quem vamos apoiar)."

Abaixo, os principais trechos da entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

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O NOVO NA ELEIÇÃO - "O balanço é muito positivo. O Novo existe há praticamente três anos desde sua data de registro, nunca utilizou dinheiro público, não fez coligação e não tinha nenhum político em sua base partidária a não ser os vereadores eleitos em 2016. Tinha também pouca exposição na mídia, tempo de TV e, mesmo assim, termina com 20 deputados eleitos - 8 federais, 11 estaduais e 1 distrital. Eu terminei em 5º lugar numa eleição com várias pessoas com tradição na política, à frente da Marina Silva (Rede), Alvaro Dias (Podemos), Henrique Meirelles (MDB). Além disso, temos um candidato indo para o segundo turno no segundo maior colégio eleitoral do País, o Romeu Zema, em Minas."

FUTURO DO PARTIDO - "Vamos atuar em duas frentes. Uma é o próprio crescimento do partido, convidando pessoas para se filiar, e outra é focar na abertura de novos núcleos e diretórios pelo resto do Brasil, principalmente na região Norte e Nordeste."

NOVO NO CONGRESSO - "É muito importante termos unidade entre nossos deputados federais para atuar de forma coordenada. Eles vão trabalhar pela simplificação dos impostos, para dar liberdade para as pessoas montarem seus negócios, pela reforma da Previdência para fazer equilíbrio das contas públicas. Vamos trabalhar para ter um serviço público que funcione melhor e dar as bases para isso, com uma legislação mais moderna e eficiente. Todos passaram por processo seletivo e, de imediato, já falam de abrir mão de 50% da quantidade de assessores e da verba de gabinete."

POLARIZAÇÃO PSL-PT - "É muito ruim. Uma das coisas boas do segundo turno era a chance de, agora, as pessoas poderem discutir e os candidatos apresentarem claramente suas propostas e suas práticas. O que mais me preocupa é a forma como eles farão, os procedimentos e a atuação. Precisamos sair dessa polarização de votar em um porque está votando contra o outro, e sim votar num projeto de Brasil. Por isso trabalhei nessa eleição, não me identificava em nenhuma das duas propostas, e não via nelas um plano de execução que fosse uma renovação. Agora, é o que sobrou."

POSIÇÃO NO 2º TURNO - "A gente vai discutir bem isso. Estamos comemorando os resultados e estruturando a atuação dos parlamentares eleitos. O PT é muito desalinhado com o que o Novo pensa, mas gostaria de ouvir um pouco mais do outro candidato. Ele tem algumas ideias na parte econômica, vindo de seu assessor para essa área, o Paulo Guedes, que se assemelham ao que defendemos, como mais liberdade econômica, privatização de estatais. Mas, de novo, o problema é que essas propostas vêm do assessor econômico. Ele, como deputado (Bolsonaro tem 28 anos de atuação parlamentar), nunca foi um grande defensor dessas pautas olhando seu histórico de atuação. É preciso entender os planos, conhecer a equipe de governo, e isso vai mostrar muito da linha.

POSIÇÕES DE BOLSONARO - "Tem posicionamentos dele que nos parecem muito extremados. Por outro lado, o PT também promoveu uma corrupção na máquina pública que é inaceitável. Então, vamos pesar tudo isso. Não é uma decisão simples. Tem que pesar não só a pauta econômica, mas o procedimento, a veracidade, a disposição de colocar as pautas e a forma como vai ser dado o tratamento ao cidadão, à preservação das instituições. Nessas três semanas vamos conhecer um pouco mais, as ideias e as pautas dos dois candidatos. Ainda é cedo para dizer." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato à Presidência pelo partido Novo, o empresário João Amoedo, disse que não vê "possibilidade de apoiar o PT" em um possível segundo turno. Já um provável apoio ao adversário do PSL, Jair Bolsonaro, será definido pelo partido a partir da análise do seu programa de governo.

"O que vai pautar qualquer decisão é a pauta de trabalho. A gente precisa entender um pouco mais as ideias do Bolsonaro", disse Amoêdo, após votar na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), na zona sul carioca. Ele chegou ao local às 10h, acompanhado da mãe e de duas das três filhas.

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Ao fim da campanha, a avaliação do candidato sobre o desempenho do partido é positivo. "Na promissora eleição já despontamos como uma força política. Nas pesquisas, ficamos à frente de candidatos tradicionais e de partidos que estão há muito tempo gastando dinheiro público. Tudo isso mostra o desejo da população de renovação", afirmou o candidato, acrescentando que tem expectativa de receber mais votos do que o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.

Segundo Amoêdo, foram gastos de R$ 3,5 milhões a R$ 4 milhões em sua campanha, "bem abaixo da maioria", disse.

Em agenda no Rio Grande do Sul, o candidato do Novo à Presidência, João Amoêdo, criticou a fala de Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice de Jair Bolsonaro (PSL), sobre as "jabuticabas brasileiras" e afirmou defender "liberdade" com relação ao 13º salário e abono de férias. "A liberdade é diferente de tirar (os direitos) do trabalhador, porque isso já faz parte do seu salário", disse a jornalistas antes de evento para militantes na cidade de Novo Hamburgo, região metropolitana de Porto Alegre, nesta sexta-feira, 28.

"Defendemos que o cidadão tenha o direito de receber o 13º junto com o salário, de vender as férias do jeito que ele quiser, mas não de eliminar isso, porque é um direito dele, fruto do trabalho", afirmou Amoêdo. O candidato também falou em "dar liberdade" para a questão do Fundo de Garantia.

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O presidenciável esteve acompanhado do candidato a governador do Rio Grande do Sul pelo Novo, Mateus Bandeira, do postulante a vice-governador, Bruno Miragem, e de candidatos a deputado federal e estadual do partido no RS.

Sobre a união de candidaturas "não extremistas" proposta por Fernando Henrique Cardoso, Amoêdo comentou ser "pouco provável que isso aconteça". Segundo ele, o fato de estar na reta final da eleição e a questão ideológica impedem que isso ocorra.

O presidenciável também criticou o PSDB pelos acordos feitos para as eleições 2018. "Nunca faríamos coligação como fez o PSDB por conta de tempo de televisão, mesmo com ex-mensaleiros. Para o Novo fazer alianças deveria ter muito claro os princípios e os valores semelhantes", afirmou Amoêdo.

Questionado sobre como pretende ajudar Estados que atravessam crise financeira, como o Rio Grande do Sul, o candidato disse que o governo federal pode "ajudar um pouco na renegociação da dívida pública, dando mais prazo para ser quitado", mas colocou que o mais importante seria um governador "que fizesse o dever de casa". "Um governador que comece a vender as empresas estatais que não precisam existir, faça um equilíbrio das contas, uma reforma da previdência, para que ele possa atender as necessidades da população", afirmou.

Depois de Novo Hamburgo, Amoêdo cumpre agenda na cidade de Passo Fundo, região norte do RS, juntamente com o ex-técnico da seleção brasileira de vôlei Bernardinho. Amanhã, o presidenciável tem agenda em Porto Alegre.

Questionado sobre a possibilidade de definir apoio a alguma candidatura no segundo turno das eleições presidenciais, o candidato do partido Novo, João Amoêdo, demonstrou que dificilmente será um apoiador no cenário que vem se desenhando para a fase final do pleito, com o embate entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL).

"Tenho muita dificuldade de apoiar qualquer um deles. Imagina apoiar o PT depois de tudo que fez, mensalão, petrolão, etc. Por outro lado, temos uma pessoa que esta há 29 anos no Congresso e não consigo enxergar alguma realização", disse Amoêdo, em referência a Bolsonaro. "Só me vem na cabeça ele brigando com a deputada Maria do Rosário, com o deputado Jean Willys e homenageando torturador", lembrou.

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Amoedo disse que está preocupado com este cenário. "Estamos ainda discutindo muito as pesquisas e quem vai vencer, sem nos preocupar com o Brasil. Tenho muita insegurança com os projetos dos candidatos que estão aí", afirmou o candidato, durante sabatina no Fórum Páginas Amarelas, da revista "Veja".

O candidato do Novo à Presidência, João Amoêdo, usou seu Twitter para se manifestar sobre o atentado ao também candidato Jair Bolsonaro (PSL). Segundo Amoêdo, "é lamentável e inaceitável o que aconteceu".

"Independentemente de divergências políticas, não é possível aceitar nenhum ato de violência", acrescentou, pedindo também punição ao agressor.

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Bolsonaro foi agredido em Juiz de Fora (MG), enquanto participava de ato de campanha. Um dos seus seguranças foi ferido por uma faca na mão e, segundo informações publicadas por um dos filhos do candidato, Flavio, no Twitter, Bolsonaro também foi atingido por uma "estocada na região do abdômen".

Não é só o candidato a presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) que defende o porte de armas para o cidadão brasileiro. O presidenciável João Amoêdo (Novo), no Recife, nessa quinta-feira (30), também contou por qual razão defende o uso de armas. Segundo ele, esse é um “legítimo direito do cidadão”. 

Amoêdo disse que a liberdade para as pessoas usarem armas não irá aumentar o clima de insegurança no país. “Inclusive, desde que nós implementamos o Estatuto do Desarmamento, tiramos as armas da população de bem e, no entanto, o índice de criminalidade no Brasil vem crescendo ano após ano. Em vários países do mundo como os Estados Unidos é um exemplo, onde o crescimento da venda de armas de fogo aumentou, o índice de criminalidade reduziu. Então não tem, necessariamente, uma associação entre as duas coisas”, argumentou durante uma coletiva no comitê da legenda, no bairro do Pina. 

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O candidato falou que é o cidadão que tem que ser “responsável” por sua vida. “Ele tem que ser responsável pelas decisões que toma. Muitas vezes o Estado brasileiro julga o cidadão como se fosse alguém infantil, então ele pega o fundo de garantia do trabalhador, aplica numa taxa menor que é a poupança, faz com que o trabalhador tenha que fazer voto obrigatório, impede que o brasileiro tenha arma, tudo isso dentro do conceito de que nós não somos capazes de cuidar de nós mesmos e que precisamos do Estado, através de alguns políticos, para dizer o que a gente deve fazer, como deve fazer e de que forma a gente vai fazer. Isso tá errado, é isso que a gente quer mudar”. 

Apesar de defender o porte, o empresário falou que o cidadão que fizer um mal tem que ser penalizado. “Um dos princípios do Novo é liberdade com responsabilidade. Se ele [cidadão] brigou no trânsito, sacou uma arma e atirou em alguém, tem que ser preso, encarcerado, e passar muito tempo  preso por isso”. 

 

Ele ainda disse que existem muitas pessoas de bens que estão desarmadas. E, sobre sua visão pessoal, falou que não pretende usar armas. “Não é o meu perfil”, contou. 

 

 

 

Durante a coletiva de imprensa que João Amoêdo, candidato a presidente da República pelo partido Novo, concedeu ao jornalistas do Recife, nesta quinta (30), ele ressaltou a necessidade de acabar com certas regalias na política como cortar a quantidade de assessores do presidente, bem como o uso do cartão corporativo. O encontro com a imprensa e uma parte da militância aconteceu no comitê do Novo, localizado no bairro do Pina.

“O Palácio, só para cuidar do jardim, são R$ 4 milhões por ano. Não precisa ter chefe de cozinha, não precisa usar cartão corporativo, isso tudo eu diria que é importante não só no valor, mas principalmente no exemplo”, ressaltou. 

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Amoêdo falou que o exemplo tem que vir do chefe máximo de uma nação. “Como é que a gente vai cortar? Por exemplo, como vai fazer uma reforma da Previdência se você como chefe máximo da nação não dá exemplo de corte de custos? Essa é uma filosofia nossa, a gente começou fazendo isso com os vereadores novos que foram eleitos, que cortaram verbas de gabinete”. 

O candidato também criticou os altos custos do Congresso. “O Congresso brasileiro, por exemplo, custa R$ 29 milhões de reais por dia”, lamentou garantindo que todos os candidatos a deputado do Novo já se comprometeram, caso eleitos, a cortarem metade dos assessores. “Se todo mundo no Congresso fizesse isso, já era uma economia de mais de cinco milhões de reais”. 

O empresário disse que quer um Estado que seja mais atuante nas áreas que interessam o cidadão como segurança, saúde e educação. Ainda falou que o atual governo não atende os anseios da população e que o sistema cria um ambiente mais propício à corrupção. 


Após o presidenciável Ciro Gomes (PDT) dizer que quer distância dos eleitores de Bolsonaro, foi a vez do candidato do Novo João Amoêdo falar sobre o assunto. Nessa quinta-feira (30), no Recife, o presidenciável contou que tem recebido ataques dos eleitores de Bolsonaro por meio da internet, mas que não vai perder seu tempo em confrontos. 

Segundo o empresário, tudo indica de que os militantes de Bolsonaro elaboram dossiês mentirosos sobre o seu passado como, por exemplo, de que forma ele obteve o seu patrimônio. João Amôedo declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) bens no valor de R$ 425 milhões. 

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Ele também disse que os “bolsominions” fazem montagens com declarações contrárias ao que ele diz. “Por exemplo, dizendo que eu sou a favor do Estatuto do Desarmamento, coisas desse tipo, para tentar buscar uma diferenciação do candidato deles”, declarou na entrevista que foi realizada no comitê estadual da sigla, no bairro do Pina. 

 Apesar do contexto relatado, Amoêdo afirmou que não vai perder seu tempo em confrontos. “Como é que a gente vai enfrentar isso? Da mesma forma que a gente sempre fez. Com coerência, com transparência, com educação, sem entrar nesse tipo de briga, continuando a falar dos nossos princípios e valores e não gastando o nosso tempo para confrontar coisas que não tem o menor sentido”. Segundo ele, com essa postura, sua candidatura cresce. “O principal é deixar as pessoas conhecerem o Novo, talvez isso seja o que assuste”, falou com otimismo. 

Questionado sobre a diferença entre as suas propostas e a do candidato do PSL, o presidenciável foi direto. “O Bolsonaro tem o discurso liberal, nós temos a prática. O que significa a prática? Na prática, a gente não usa dinheiro público, nem usa dinheiro do fundo partidário”, disse ressaltando que, em 2016, o Novo elegeu quatro vereadores, os primeiros eleitos pela legenda, e que todos cortaram o total de 39 assessores. 

O candidato a presidente João Amoêdo (Novo) desembarcou, nesta quinta-feira (30), no Recife, para lançar sua candidatura à Presidência da República em um evento que acontecerá, a partir das 19h, no Clube Português. Antes, durante entrevista coletiva, no comitê da legenda, o empresário falou sobre propostas, temas polêmicas e também emitiu sua opinião sobre Lula ser impedido de participar dos debates entre presidenciáveis na TV.

Mesmo no reduto de Lula, Amoêdo não se intimidou ao falar que não faz sentido um preso participar de debates. “O que me estranha é ele ser cogitado a participar dos debates. Afinal, uma pessoa que foi condenada e que está preso participar dos debates não faz o menor sentido. Eu nem cogito isso, estranho é ele ser cogitado a participar dos debates”, disparou.

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O candidato do Novo também não pôde participar dos que já foram realizados devido aos baixos percentuais de intenções de votos. “Eu lamento não ter tido a oportunidade de participar e o que me chamou a atenção foi alguns debates que eu quase fui onde tiveram alguns candidatos que disseram que se eu fosse ao debate eles não iriam, quer dizer vetando a minha participação”, contou.

Ele questionou onde fica a democracia nesse sentido. “O cidadão brasileiro não quer ouvir ideias novas? Não quer renovação? Então por que não privilegiar uma proposta diferente como a do Novo? Mas o que a gente tem vencido isso é usando as mídias sociais. As mídias sociais fizeram com que a gente crescesse e o fato da gente ter esse crescimento traz a mídia tradicional e o interesse da população”.

João Amoêdo também criticou o fato de ter apenas cinco segundo na propaganda de TV, que começa nesta sexta-feira (31). “E existe uma concentração tão grande de alguns [candidatos] por que estão fazendo coligações com quem não tem nenhum alinhamento ideológico e, por último, essa distribuição de recursos públicos onde boa parte dos partidos que vão recebê-los são justamente os partidos que estão mais envolvidos na operação Lava Jato”.

“Isso é mais um exemplo de como a legislação feita por quem está lá tem um viés que dificulta a renovação. Então, é difícil montar um partido, o Novo foi um exemplo disso, foram cinco anos para montar um partido porque é o primeiro partido os últimos 30 anos que veio da sociedade civil”, ressaltou o presidenciável.

A série Estadão-Faap Sabatinas com os Presidenciáveis, que entrevista os principais postulantes à Presidência nas eleições 2018, recebeu na manhã desta terça-feira, 28, o candidato João Amoêdo, do Novo, que detalhou as principais propostas de seu campanha. Ainda nesta terça-feira, a ex-ministra Marina Silva (Rede), será sabatinada.

Durante cerca de duas horas de entrevista, o representante do Novo respondeu perguntas dos jornalistas, da plateia e falou sobre propostas de governo nas áreas de educação, saúde, política externa e economia.

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O candidato defendeu a privatização de estatais que considerou apenas "estratégicas para políticos", propôs mudança na condução econômica e admitiu ter votado no ex-presidente Fernando Collor no segundo turno das eleições de 1989 por ser o opositor do PT naquele momento.

Na entrevista, João Amoêdo defendeu um modelo liberal de gerir o Estado. Para o candidato do Novo, é necessário simplificar tributos, reorganizar a máquina pública com corte nos cargos comissionados do governo federal e reduzir a participação do Estado em serviços que não são essenciais.

Amoêdo defendeu medidas como a privatização de estatais brasileiras como a Petrobras e os bancos públicos, cuja venda aumentaria a competição no setor. Ele disse que vai promover uma reforma tributária sem elevação da carga e defendeu que o Estado deve focar nas atividades essenciais e incluiu a saúde e a educação neste rol.

"Não podemos aumentar impostos. A correção nas contas públicas tem que ser com corte nas despesas. O que queremos é uma simplificação de impostos", disse o candidato. "Hoje, o Estado brasileiro é um grande criador de desigualdades. Ele faz isso quando dá uma educação de péssima qualidade, quando não equilibra suas contas, quando dá desonerações fiscais para grandes grupos econômicos."

João Amoêdo afirmou que, apesar de ter grande patrimônio, isso lhe dá autonomia e flexibilidade para poder ir contra o atual sistema. "Isso me torna mais independente. Uma reforma tributária é necessária. O Brasil tem mais de 80 tributos e impostos. Calcular a carga tributária se tornou um trabalho quase que insano. Isso cria uma insegurança jurídica muito grande. Só o ICMS tem 27 legislação diferentes."

Relação com o Congresso

Amoêdo admite que terá a necessidade de negociar com o Congresso para conseguir aprovar propostas necessárias para reformar o Estado. "A negociação com o Congresso não será fácil, mas é possível. Vou conversar, negociar, não vou sair batendo na mesa. Mas não vou me desviar dos meus princípios e valores", disse. "Acho que teremos gente boa no Congresso. Esse grupo trabalhará de forma unida. Enquanto temos grupos trabalhando de formas diversas, cada um defende seus próprios interesses. Entendo a preocupação das pessoas porque isso nunca aconteceu ainda. Estamos acostumados com esse governo da coalizão", comentou.

Privatização da Saúde e da Educação

O candidato do Novo foi perguntado sobre a proposta de privatização da Saúde e da Educação que está contemplado, em partes, dentro de seu plano de governo.

Ao ser questionado se isso seria assumir a falência da educação pública, ele respondeu: "A educação tem três grandes problemas. Primeiro, temos prioridade invertida. Colocamos muito mais dinheiro no ensino superior do que no fundamental e no médio. Além disso, 50% dos diretores de escolas públicas são nomeações políticas. E tem o problema dos professores, porque estamos atraindo poucos profissionais."

Amoêdo sugeriu ainda a criação de um "vale-educação" para as famílias mais pobres colocarem seus filhos no ensino privado. "Está provado que o Brasil nas escolas públicas fica na posição número 63 e número 35 nas escolas privadas. "Quem tem renda consegue colocar seu filho numa escola privada e dá a ele muito mais oportunidades", afirmou.

Hábitos de candidatos

Perguntado se, durante a passagem pelo Nordeste, por exemplo, iria seguir estereótipos de candidatos que andam de jegue e usam chapéu e roupas tradicionais, como forma de mostrar empatia, ele negou. "Soa falso. Não serei falso porque essa não é minha característica. As pessoas cansaram dessa falsidade", disse.

Eleição de 1989, o voto a Collor e o antipetismo

Amoêdo, ao ser questionado sobre seu posicionamento político nas eleições anteriores, afirmou que votou no ex-presidente Fernando Collor de Mello nas eleições de 1989. Para justificar, disse: "Sempre votei contra o PT."

Mulheres e as minorias

O candidato do Novo derrapou ao falar da função do Estado em defesa das minorias. Ao usar como exemplo as mulheres, que representam a maioria da população brasileira, as colocou junto com minorias. "Não gosto de transferir nossa responsabilidade para o Estado. Onde o indivíduo puder atuar, a gente deve fazê-lo. Tem várias condicionantes aí. A própria legislação trabalhista deveria ter uma flexibilidade maior, já que as mulheres têm uma dupla jornada."

Porte de armas, aborto e drogas

Amoêdo também defendeu a flexibilização do porte de armas, mas disse que o assunto é mais uma questão de "liberdade pessoal" do que de política de segurança pública, que seria papel do Estado.

Ainda sobre temas polêmicos, disse ser contra a legalização do aborto, a não ser em casos já previstos pela legislação atual, e disse que não gostaria de tratar do tema da liberação das drogas nesse momento. "Um colega diz assim: a Suíça resolveu esse problema? Então vamos resolver os problemas que a Suíça já resolveu e depois a gente se preocupa com isso", comentou.

O candidato do Novo à Presidência da República, João Amoêdo, refutou nesta terça-feira, 28, os ataques feitos por adversários nos últimos dias de que sua candidatura representa a elite econômica brasileira e disse que começa a perceber um aumento do interesse em seu nome nos setores mais populares.

"Meu patrimônio não me coloca junto à elite, me torna independente", disse Amoedo.

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Candidato mais rico entre os postulantes ao Planalto este ano, o ex-banqueiro disse que vai bancar entre 20% e 30% de sua campanha.

Amoêdo é o segundo convidado da série de encontros Estadão-Faap Sabatinas com os Presidenciáveis. No evento, ele comemorou o resultado das últimas pesquisas mesmo sem ter participado dos debates.

Também se mostrou contente com a recente onda de ataques contra o seu nome nas redes sociais. "Se está incomodando, mostra que a gente está crescendo", disse.

Questionado sobre sua estratégia para desbancar Jair Bolsonaro (PSL) no campo da centro-direita, Amoêdo disse entender que parte dos eleitores do capitão reformado do Exército tem um sentimento anti-PT, mas pode migrar para sua candidatura porque ela tem mais coerência. "O Bolsonaro é visto como anti-PT, mas não sabemos qual é a linha dele, porque ele nunca fez, na prática, o que defende hoje."

Venezuela

Sobre suas propostas para a política externa brasileira e sua posição sobre a Venezuela, Amoêdo disse que o Brasil deveria seguir o exemplo do Chile na América do Sul e orientar sua política comercial em direção às economias mais ricas e a um maior número de tratados comerciais.

Ele disse ainda que o Brasil não deveria, neste momento, aplicar nenhum tipo de sanção ao país governado por Nicolás Maduro, porque isto prejudicaria ainda mais a população.

"O Brasil tem que receber os refugiados, tem que ter um caráter humanitário. Isso pode acontecer com a gente mais pra frente, não sabemos que governo virá aí", defendeu o candidato. "Hoje, o que dá para fazer é receber imigrantes aqui e se alinhar com as grandes democracias do mundo para pedir mudanças no governo."

Líder de um pequeno partido que não fez alianças para a corrida nacional, Amoêdo recebeu várias perguntas da plateia sobre como pretende fazer para governar o País a partir de uma base de sustentação tão pequena.

Ele se disse otimista e crê em uma maior renovação do Congresso no ano que vem. "A negociação com o Congresso não será fácil, mas é possível se criarmos as condições certas: propor ideias claras, determinação e bom senso sem desviar de valores", avaliou.

Com apenas 5 segundos em cada bloco do horário eleitoral gratuito dos presidenciáveis na TV, que começa no próximo sábado, uma inserção a cada 5 dias na programação e excluído dos debates nas emissoras, o candidato do Novo à Presidência, João Amoêdo, ampliou sua equipe nas redes sociais e investe em postagens patrocinadas em busca de eleitores desencantados com o PSDB, eleitores moderados de Jair Bolsonaro (PSL) e sobretudo indecisos.

Executivo do mercado financeiro, Amoêdo defende um programa liberal na economia, com privatizações, simplificação de tributos e diminuição do tamanho do Estado. Segundo os auxiliares do candidato, a campanha tem investido cerca de R$ 4 mil por dia em postagens patrocinadas, que respondem por 20% das interações.

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Após o início oficial da campanha, a equipe de redes sociais cresceu de quatro pessoas (dois social media, um designer e um editor de vídeo) para 12 profissionais da área.

O investimento deu resultado. A página de Amoêdo no Facebook cresceu 26% em número de likes na última semana, somando 1,95 milhão de curtidas. Segundo dados do Facebook, os vídeos do candidato do Novo foram visualizados 25 milhões de vezes. Nas pesquisas de intenção de voto, porém, Amoêdo continua na ponta de baixo da tabela. O executivo permaneceu estagnado com 1% no mais recente levantamento do Ibope e subiu para 2% no Datafolha. Mas a campanha diz ter sondagens internas que indicariam viés de alta da candidatura.

"Buscamos o eleitor desencantado com o PSDB e fazemos um esforço grande para atrair o eleitor indeciso. Do (candidato do PSL, Jair) Bolsonaro, tem vindo gente também. Temos visto como muita frequência", disse Amoêdo ao jornal "O Estado de S. Paulo".

Debates

O presidenciável também está em uma cruzada para participar dos debates nas emissoras de TV. Como seu partido não tem nenhum representante no Congresso Nacional, Amoêdo foi excluído.

Para reverter a situação, o candidato do Novo transformou a ausência em uma bandeira de campanha. Lançou uma petição online que soma 490 mil assinaturas e apelou aos adversários pessoalmente e em vídeos divulgados na internet.

Até agora, apenas o senador Alvaro Dias (Podemos) apoiou publicamente a demanda. "(O candidato do PSDB, Geraldo) Alckmin me disse duas vezes que assinaria a petição para eu participar dos debates, mas ainda não assinou", afirmou Amoedo.

Candidato mais rico na corrida presidencial, Amoêdo declarou um patrimônio de R$ 425 milhões. Ele disse que vai gastar R$ 1,4 milhão do próprio bolso na campanha. Até agora, arrecadou R$ 495.081,63, dos quais R$ 308 mil oriundos de uma "vaquinha virtual". O gasto total, porém, foi de apenas R$ 72.637,24.

Viagens

O candidato do Novo tem optados por usar voos comerciais em seus deslocamentos pelo Brasil, exceto quando tem de ir para locais de difícil acesso. O foco atual é o Nordeste. Amoêdo viaja esta semana para o Ceará e Pernambuco e na semana que vem desembarca na Bahia. O roteiro costuma contar com visitas a rádios locais e eventos com militantes.

Como não conta com uma rede partidária nacional, Amoêdo tenta reunir apoiadores usando estratégias inusitadas. Uma delas é o sorteio de voluntários para receber uma ligação do candidato à Presidência. Outra iniciativa é cadastrar apoiadores para atividades, mas sem a necessidade de filiação partidária. De acordo com a campanha, a base de contatos de Amoêdo no WhatsApp já conta com 70 mil inscritos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apoiadores do Partido Novo participaram nesta sexta-feira, 24, do primeiro ato público da campanha do presidenciável João Amoêdo em São Paulo. "É o João Amoedo? Eu quero ver a moeda do Brasil crescer", gritou um homem que passava pelo local e arrancou risadas dos participantes.

Durante a caminhada, que começou por volta de 12h no Largo da Batata, na zona oeste da capital paulista, o candidato foi acompanhado por cerca de 100 pessoas. O empresário interagiu com comerciantes e transeuntes, enquanto seus correligionários distribuíam uma onda laranja de santinhos.

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O locutor de loja Ailton Santos teve seu microfone praticamente "sequestrado" pela campanha. Perguntado se votaria no candidato do Novo, o comerciante foi categórico: "voto sim, por que não? Se for honesto estamos juntos".

O grupo também entoava gritos contra o uso de dinheiro público nas campanhas eleitorais, criticava a corrupção e dizia que estava ali "de graça". Outro alvo das manifestações foi o candidato do PSL, Jair Bolsonaro. "Ô Bolsonaro, você tá com medo? Eu quero ver você debater com o Amoêdo."

A ausência de João Amoêdo nos debates entre candidatos à Presidência foi muito criticada. "Estão censurando nosso candidato", cantavam. Outros diziam que Amoêdo é o candidato que "os outros não querem que você conheça".

O economista Eduardo Moraes se filiou ao partido há cinco dias e diz que pretende continuar contribuindo com a sigla. "As pessoas que estão aqui representam a sociedade. Não são pessoas que chegaram de ônibus em grandes caravanas com interesses não legítimos ou não alinhados com o que está sendo dito pelo partido".

A voluntária da campanha Sônia Maria Pedrão diz que gostaria que mais gente conhecesse Amoêdo e, por isso, decidiu se engajar. "Meus netos me perguntavam: e aí, vó? Vai ficar em casa parada ou vai fazer alguma coisa? Então eu vim. A gente precisa cortar as mordomias dos políticos, só assim sobra grana para o que importa", disse.

Ao final do evento, Amoêdo disse à reportagem que eventos como esse são positivos para tornar o partido mais conhecido. "A nossa dificuldade sempre foi divulgação. A aceitação das nossas ideias sempre foi alta e, agora, com essa exposição, muita gente vai vir para o Novo", afirmou.

Na próxima semana, o candidato tem agendas públicas em várias capitais. "Estamos em busca do pessoal que quer mudança. 60% das pessoas ainda não sabem em quem votar, se vão votar. É para esse público que vamos mostrar que tem coisa diferente".

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