A Universidade Federal do Pará (UFPA) terá a sua primeira turma de especialização em Engenharia Naval. O curso será realizado pelo Instituto de Tecnologia (Itec) e terá a aula inaugural no dia 11, no auditório do Instituto de Ciências Jurídicas (ICJ), no campus profissional do Guamá, em Belém. As informações são da assessoria da Fadesp (Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa).

A turma foi montada após processo de seleção em que foram analisados os currículos dos inscritos. No caso dos bolsistas, foram realizadas também entrevistas e análises das cartas de intenções e dos comprovantes de rendimento. A matrícula dos 33 selecionados segue até o dia 10 deste mês, no site da FADESP, www.portalfadesp.org.br. Os nomes dos 26 não bolsistas e sete bolsistas estão na página do curso.

A especialização é presencial, tem carga horária de 491 horas e será realizada no período de 14 de agosto de 2017 a 30 de abril de 2019. Além da aula inaugural que será realizada dia 11, está programada já para o dia 12 uma visita técnica ao estaleiro da universidade.

Sob a coordenação do professor da UFPA Eduardo Braga, o curso de especialização será realizado em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O corpo docente é formado por mestres, doutores e pós-doutores com ampla experiência no ensino, pesquisa e extensão.

O objetivo da formação é preparar recursos humanos para atuação na indústria de construção naval, construção e reparo de embarcações mercantes. Entre os objetivos específicos estão a oferta de conhecimentos sobre as práticas utilizadas na construção naval, a capacitação dos que atuam ou desejam atuar no mercado específico e a transmissão de uma visão técnica integrada das atividades e processos envolvidos em estaleiros de construção naval.

A formação se destina aos engenheiros, arquitetos, tecnólogos e profissionais com ensino superior nas áreas técnicas e gerenciais que atuam na área naval ou almejam atuar e que pretendem aprofundar os conhecimentos necessários para auxiliar no desenvolvimento de projetos relacionados à tecnologia de construção e reparos Navais, além do Gerenciamento de Projetos de Construção Naval, gestão e logística de seus processos e cadeia de suprimentos.

As inscrições para o concurso da Marinha para a contratação de 1300 fuzileiros navais estão abertas e devem ser feitas através do site da Marinha até o dia 30 de março. 

As vagas são distribuídas entre o Rio de Janeiro, Brasília, Rio Grande do Sul, Belém, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Rio Grande do Norte, Bahia e São Paulo. Os aprovados serão matriculados no Curso de Formação de Soldados Fuzileiros Navais, recebendo, durante o curso, alimentação, uniforme e assistência médico-odontológica.

Os candidatos devem ter concluído o ensino médio, ter de 18 a 21 anos e altura mínima de 1,54m e máxima de 2,00m. Durante o curso, além de serem proporcionados alimentação, uniforme e assistência médico-odontológica, haverá uma remuneração correspondente a sua graduação, como previsto na Lei de Remuneração dos Militares, como ajuda de custo para suas despesas pessoais. A prova de escolaridade está prevista para o dia 30 de maio. 

Para mais informações, acesse o edital.

O Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) fez chegar ao governo federal a insatisfação dos estaleiros e entidades representativas dos metalúrgicos com o ritmo das encomendas de novas embarcações.

Para o Sinaval, instituição que reúne os estaleiros brasileiros, o governo não pode contratar embarcações a companhia estrangeiras, pelo risco de desmobilizar um segmento que demonstra êxito no processo de recuperação de atividades desencadeado a partir de 2003.

Recém concluído, o balanço do Sinaval do quarto trimestre e do ano de 2012 expõe a preocupação do setor. Mas foi no discurso do presidente da entidade, Ariovaldo Rocha, proferido em solenidade na quinta-feira (17), que o tema foi explicitado. Embora tenha mantido o costumeiro tom elogioso de suas manifestações públicas, o presidente do sindicato surpreendeu as autoridades presentes ao dizer que "o mercado internacional (...) está querendo tomar conta de algo que acredito que seja soberano para o País". "O transporte brasileiro tem que ser com bandeira brasileira, nós temos que brigar por este aspecto. (...) Somos brasileiros e não devemos nada a ninguém."

No discurso, Rocha se referiu à falta de encomendas do Programa de Modernização da Frota (Promef) da Transpetro, cuja segunda etapa, a última implantada até agora, data de dezembro de 2008. A argumentação dos dirigentes dos estaleiros e da entidade que os representa é que a indústria naval brasileira só atingirá o padrão de excelência almejado se efetivamente for acionada e mobilizada.

A contratação maciça de empresas brasileiras, segundo Rocha, manterá em atividade os estaleiros e as empresas fornecedoras de bens e serviços, perenizando-os, aumentando a oferta de emprego - hoje são 62 mil trabalhadores em todo o Brasil - e garantindo a continuidade da atividade construtora naval pelas próximas décadas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.