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O ator Henri Castelli está envolvido em um suposto caso de agressão ocorrido no final de 2020, em Alagoas. Nesta quinta-feira, 14 de janeiro, o ator publicou uma foto no Instagram agradecendo os fãs e escreveu a seguinte legenda:

Muita luz pra todos!! Agradeço a todas as mensagens de carinho. No meu coração, Deus colocou amor, tirou ódio e colocou perdão! - Senhor vem depressa escuta minha voz quando clamo a ti. Defenda me, Senhor, dos que me acusam; Luta contra os que lutam comigo! Nos vimos sabemos de tudo! Não deixes que pensem: Ah! Era isso que queríamos! Acabamos com ele.

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A publicação de Henri Castelli recebeu muitas curtidas e comentários. Uma seguidora escreveu:

Força querido! O bem sempre vence o mal! Boa recuperação! Teu coração é de ouro!

O humorista Carlinhos Maia também resolveu se pronunciar nos Stories do Instagram, após ser divulgado que um dos seguranças dele que ajudou Henri após ele ser agredido. Maia afirmou que levou o ator para a sua casa em Alagoas logo após o episódio:

- Estava presente no dia porque era ao lado da minha casa. Não estava perto na hora da briga, mas chamamos o Henri para minha casa, o levamos em nosso carro. Ainda não entendi de fato o que aconteceu porque foi muito rápido e logo o Henri foi para o hospital.

Tentando achar justificativas para o episódio, Carlinhos Maia tentou pôr a culpa no consumo de álcool:

- Atitudes de agressão não representam as pessoas [de Alagoas], não pode generalizar. Lembrando que era uma festa e as pessoas estavam alcoolizadas. E que bom que a justiça está aí para isso. Nenhum tipo de agressão é válida, nem de uma parte nem de outra. Acho justo que isso vá para o Tribunal e que seja resolvido de maneira racional.

A influenciadora digital Lary Oliveira morreu na madrugada desta quinta-feira (24) por complicações na gravidez. Ela estava no quinto mês de gestação quando sofreu um aborto espontâneo e dias depois faleceu devido a complicações. A informação foi confirmada pelo marido da influenciadora, Wellington Tarcísio, que contou nas redes sociais, que dias antes Lary havia recebido mensagens de ódio na internet, uma delas desejando a morte da sua amada.

O casal estava à espera de um menino que se chamaria Hennry e no último domingo (20), Wellington usou suas redes sociais para informar que a jovem havia perdido o bebê. Durante a madrugada desta quinta-feira, ele retornou para comunicar o falecimento da esposa, por complicações pelo aborto. "Nós tínhamos tantos planos, minha linda... Já não basta enterrar o nosso filho, agora vou enterrar você, minha gordinha. Saiba que te amo onde quer que eu estiver, tá?", postou o rapaz.

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Ódio - Wellington, que é conhecido nas redes sociais como Lacostt, revelou que Lary havia recebido mensagens de ódio poucos dias antes de morrer. "Estava feliz comigo e com a tão sonhada gestação. Infelizmente uma pessoa podre e sem alma, sem coração, sem nada, jogou um olho gordo, inveja e desejou o mal para ela e para o nosso bebê (Hennry), e infelizmente nenhum dos dois sobreviveu, do mesmo jeito que a pessoa falou aconteceu".

A mensagem que Lary recebeu foi compartilhada em um vídeo pela sua mãe Dany Pacheco nas redes socias, que chegou a dizer: "A pessoa é tão tola, porque vou te contar: Tudo o que você está plantando, vai colher".

A mensagem recebida pela gestante dizia: "Eu acho que ela vai morrer, está muito feia. O bebê deve estar morto. Nossa, como pode você jovem com essa doente, que corre o risco de morte toda hora? Meu anjo, deixa ela sozinha lá e vai viver a sua vida, essa menina não merece nada, só a morte vai dar jeito. Os dois vão morrer, você vai ver. De hoje para amanhã".

papa Francisco pediu neste sábado (22) que "todos parem de instrumentalizar as religiões para incitar ao ódio, à violência, ao extremismo e ao fanatismo cego".

Em uma publicação em sua conta oficial no Twitter pelo "Dia Internacional das Vítimas de Violência baseada na Crença ou Religião", o Pontífice afirmou que "Deus não precisa ser defendido por ninguém e não quer que o Seu nome seja usado para aterrorizar as pessoas".

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"Peço a todos que parem de instrumentalizar as religiões para incitar ao ódio, à violência, ao extremismo e ao fanatismo cego", acrescentou o texto, acompanhado da hashtag #fraternidadehumana.

A mensagem repete claramente o conteúdo do documento sobre a fraternidade humana assinado por Jorge Bergoglio e pelo Grande Imã de Al-Azhar, em Abu Dhabi, em 2019, o qual condena "todas as formas de violência, especialmente aquela revestida de motivos religiosos".

Recentemente, Francisco já havia dito que a histórica assinatura era "um grande acontecimento humanitário", um sinal de esperança "por um futuro melhor para a humanidade, um futuro livre de ódio, do rancor, do extremismo e do terrorismo, em que prevalecem os valores da paz, do amor e da fraternidade".

As vítimas de violência baseada na crença ou religião são lembradas anualmente em todo dia 22 de agosto. A data foi aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 28 de maio de 2019.

Da Ansa

Nesta quarta (27), o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu o arquivamento do inquérito de número 4781, através do qual é investigada a disseminação de notícias falsas, bem como ataques e ameaças aos ministros do Supremo Tribunal Federal. A investigação tem como alvo central a assessoria especial da presidência, conhecida por “Gabinete do Ódio” e liderada por Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro.

Nesta quarta, o ministro Alexandre Moraes determinou uma megaoperação de busca e apreensão contra empresário, influenciadores e deputados bolsonaristas. Aras argumentou que foi “surpreendido” pela operação e que a PGR não havia sido consultada a respeito de sua realização.

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Segundo o procurador-geral, as ações ocorreram“sem a participação, supervisão ou anuência prévia do órgão de persecução penal”, o que reforçaria “a necessidade de se conferir segurança jurídica” ao inquérito.

Presidente distribui cargos para o "centrão", com o objetivo de evitar a abertura de um processo de impeachment. (Marcos Correa/PR)

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Antes de assumir a presidência, Bolsonaro prometia reduzir em 30% a quantidade de cargos de administração pública. Nem no Planalto, contudo, o presidente vem conseguindo transformar seu discurso em prática. Só no “Gabinete do Ódio”, conforme ficou conhecida a assessoria especial da presidência, liderada por Carlos Bolsonaro, o presidente já contratou 23 funcionários, mais assessores do que tinham os ex-presidentes Michel Temer (13) e Dilma Rousseff (17). Os dados foram levantados pelo jornal O Estado de São Paulo.

Localizado no terceiro andar do planalto, o “Gabinete do Ódio”, ao lado da sala de Bolsonaro, funciona de forma independente, não aceitando nenhum tipo de interferência da Secretaria de Comunicação (Secom). A assessoria é acusada de elaborar e disparar fake news que manipulam a opinião pública a favor do presidente e contra seus desafetos. Atualmente, o Gabinete do Ódio está na mira da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Fake News.

Com o intuito de barrar as dezenas de pedidos de impeachment de seu mandato, Bolsonaro também passou a distribuir cargos para o chamado “centrão”, bloco de partidos antes criticados por ele e tratados como herança da “velha política”. Alguns dos nomeados já até ocuparam cargos em governos de oposição, a exemplo de Fernando Marcondes de Araújo Leão, que trabalhou no Governo de Pernambuco, sob gestão do Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Várias associações contra a discriminação levaram o Twitter ao tribunal judicial de Paris, considerando que a rede social falhou de maneira "antiga e persistente" em sua obrigação de moderar o conteúdo, de acordo com um documento enviado à AFP nesta terça-feira.

"Diante de um aumento de 43% no conteúdo de ódio no Twitter durante o período de confinamento, o UEJF, o racismo e a homofobia do SOS iniciam processos legais contra o Twitter por não respeitarem sua obrigação legal de moderação", explicaram em comunicado.

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De acordo com o estudo realizado entre 17 de março e 5 de maio por essas associações, "o número de conteúdos racistas aumentou 40,5%, o de conteúdo antissemita, 20% e o de homofóbicos, 48%".

As associações explicam que relataram 1.110 tuítes de ódio, principalmente insultos homofóbicos ou antissemitas, para a rede social, e descobriram que apenas 12% deles foram removidos em um "período razoável que varia de 3 a 5 dias".

"Esses resultados são intoleráveis", disse Dominique Sopo, da SOS Racismo.

As associações estão pedindo ao tribunal que ordene a nomeação de um especialista encarregado de verificar "os meios materiais e humanos consagrados no Twitter "para combater a propagação de violações em defesa de crimes contra a humanidade, incitar o ódio racial e o ódio contra pessoas por causa de seu sexo, orientação ou identidade sexual, incitação à violência, especialmente à violência sexual e machista, e ataques à dignidade humana".

Contactado pela AFP, o Twitter afirmou que investe em tecnologias de moderação "para reduzir o ônus dos usuários de fazer uma notificação".

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, alertou nesta sexta-feira (8) que a pandemia do novo coronavírus "continua desencadeando um tsunami de ódio e xenofobia" no mundo.

Em uma mensagem no Twitter, o português alertou que é preciso "agir agora para fortalecer a imunidade de nossas sociedades contra o vírus do ódio" e fez um apelo pelo fim de discursos discriminatórios.

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"Eu convido líderes políticos a mostrarem solidariedade com todos os membros de suas sociedades e a construírem e reforçarem a coesão social", disse Guterres, acrescentando que extremistas estão tentando angariar apoio entre "públicos desesperados".

"E peço para todos, em todos os lugares, se levantarem contra o ódio, tratando todos com dignidade e aproveitando cada oportunidade para disseminar a bondade", afirmou. 

Da Ansa

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil não merece ser governador pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A fala do petista foi exposta durante uma videoconferência, na noite dessa quarta-feira (22), entre ele e os ex-ministros da Educação do país: Tarso Genro, Fernando Haddad, Renato Janini e Aloizio Mercadante - todos do PT. 

Na avaliação de Lula, “o Brasil não merece o Bolsonaro. E o Bolsonaro não merece ser presidente”.

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Ainda de acordo com o ex-presidente, diante da pandemia enfrentada no mundo, o Jair Bolsonaro ‘vende o ódio’. 

“Estamos vivendo um tempo que não imaginava viver. A humanidade está ficando desumana. Falta solidariedade. E temos um presidente que vende o ódio. O Bolsonaro faz a política da confusão, ele vive a teoria do ‘quanto pior melhor’. Porque ele não tem proposta para a sociedade”, disparou o líder petista.

Depois do secretário da Cultura Roberto Alvim ter sido demitido por parafrasear o ministro da propaganda da Alemanha Nazista Joseph Goebbels, o Filósofo Olavo de Carvalho diz que o "discurso do Alvim não tem, por si, nenhum conteúdo nazista ou racista". Além disso, o guru ideológico do Bolsonaro afirma que o secretário foi enganado por algum "funcionário sacana" e "esquerdista". 

Olavo diz ainda que o funcionário que fez isso foi o responsável por avisar aos jornalistas "que, esfregando as mãos de prazer, deu no Alvim o tiro de misericórdia. Interroguem esse jornalista e acabarão sabendo de onde veio a coisa toda", escreveu o filósofo.

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Olavo diz que o caso do Alvim deve servir de alerta aos futuros ocupantes do cargo. "Não confiem em funcionários esquerdistas. Eles são desleais por obrigação", diz Olavo.

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Depois da repercussão negativa do vídeo do, então, secretário da cultura Roberto Valim, que parafraseou Joseph Goebbels - ministro de propaganda da Alemanha nazista - a #ForaBolsonaro figura entre os assuntos mais comentados do Twitter. Muitos internautas avaliam que o atual governo é uma representação de "adoradores do nazismo".

Por mais que alguns apoiadores do atual governo apontem que o discurso de Roberto Valim foi uma coincidência histórica, os internautas que pedem a saída de Jair Bolsonaro (PSL) do cargo dizem que o que aconteceu não foi coincidência e é "uma tentativa de impor um regime autoritário". 

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Por volta das 20h desta sexta-feira (17), a hashtag já tinha sido tuitada por mais de 12 mil pessoas, se tornando o segundo assunto mais relevante da rede social. Confira alguns desses tuítes:

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Em seu pronunciamento durante um ato em frente à sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou, mais de uma vez, não ter alimentado ódio de seus opositores e condenadores. O petista afirmou ter se preparado espiritualmente no período em que esteve preso.

Lula contou que recebia visita religiosa todas as segundas-feiras, que foi cortada durante um período. O ex-presidente contou também ter recusado um padre que visitava os outros presos.

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"Eu fiquei em uma solitária e durante 580 dias eu me preparei espiritualmente. Eu me preparei para não ter ódio, para não ter sede de vingança, para não odiar meus algozes e por que eu me preparei? Porque eu queria provar que mesmo preso por eles, eu dormia com a consciência muito mais tranquila do que a consciência deles", disse o petista.

E acrescentou: "Eu li muitas coisas perguntando 'será que o Lula vai sair com ódio de lá? Vai sair mais radicalizado de lá? Será que o Lula vai querer vingança?' Não quero nada, eu quero construir esse país com a mesma alegria que nós construímos quando governamos esse país."

O líder-mor petista ainda disse que, aos 74 anos de idade, ele não tem mais "direito de ter ódio no coração". "Eu não sabia que eu ia me apaixonar aos 74 anos. Agora que estou com 74 anos de idade, energia de 30 e tesão de mais ou menos 20 anos, eu não tenho porque ficar nervoso. Eu estou de bem com a vida e vou lutar por esse país", garantiu.

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, em entrevista ao jornal francês L'Humanité, que o presidente Jair Bolsonaro "defende claramente o ódio e a violência". Além disso, a petista observou que a situação do país é "crítica". 

A fala da ex-presidente foi exposta ao ela ser instada a comentar uma declaração do relator especial para a liberdade de expressão da Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos, Edison Lanza, que se disse preocupado com "um ataque no Brasil aberto, democrático e plural" com a direção de Bolsonaro.

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Para Dilma, "essas agressões afetam as mulheres de uma maneira extremamente misógina, como demonstrado pelas declarações do presidente Jair Bolsonaro contra Brigitte Macron e a diretora de direitos humanos da ONU Michelle Bachelet”. 

“O presidente lida com tortura, assassinatos políticos e a ditadura militar. Ele defende claramente o ódio e a violência. Ele ameaça a Constituição quando declara que basta um chefe e um general fecharem o Parlamento brasileiro. (...) Quanto aos direitos sociais, ele tem uma posição muito clara", disse a ex-presidente na entrevista. 

Na avaliação de Dilma, Bolsonaro vê como absurdo proteger, por exemplo, a Amazônia. "Bolsonaro e seu governo dizem que sentem dores pelos empreendedores porque, aos seus olhos, eles seriam os explorados. A proteção do meio ambiente, da Amazônia, dos povos indígenas é um absurdo para Jair Bolsonaro. Todos esses ataques testemunham sua imensa desconsideração por debates e opiniões diferentes. O governo acredita que a Constituição dos Cidadãos de 1988 é responsável pelos 'absurdos' das conquistas dos governos do Partido dos Trabalhadores (PT)", declarou. 

Ainda para a ex-presidente, a soberania do país está em risco e isso pode ser comprovado, de acordo com ela a partir de três pontos: privatizações, falta de cuidados com povos indígenas e com o meio ambiente e a questão da educação. 

"O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo. Somos o último país a abolir a escravidão, após 350 anos de existência do sistema. (...) Para sustentar a luta contra as desigualdades e manter os ganhos alcançados, é essencial garantir à população excluída uma educação de qualidade. Se você deseja entrar na economia do conhecimento, o país deve promover as ciências básicas, tecnologias, pesquisa e inovação fornecidas pelas universidades federais. Mas o governo de Bolsonaro quer privatizar a universidade pública federal, a mesma que permite aos pobres o acesso à educação", analisou.

Já faz um tempo que o YouTube tem mudado suas políticas contra conteúdos considerados nocivos para seus usuários. Nesta quarta-feira (5), a plataforma de vídeos anunciou que, além dos vídeos com conteúdos violentos, estará banindo também materiais que incitam ódio ou sejam supremacistas.

"Estamos dando mais um passo em nossa política de discurso de ódio, proibindo especificamente vídeos que alegam que um grupo é superior, a fim de justificar a discriminação, segregação ou exclusão com base em qualidades como idade, sexo, raça, casta, religião, orientação sexual ou status de veterano", disse a empresa em comunicado.

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Essa decisão tiraria da plataforma, por exemplo, vídeos que promovam ou glorifiquem a ideologia nazista ou que neguem que eventos violentos como esse ocorreram. Desde 2017 a empresa já apresentava uma postura mais rígida em relação aos vídeos com conteúdo supremacista, chegando a reduzir cerca de 80% de suas visualizações. Porém, o YouTube resolveu ir além.

Em janeiro, a empresa testou nos Estados Unidos, uma ferramenta para limitar as recomendações de conteúdo que fossem fonte de desinformação, como vídeos promovendo curas milagrosas falsas para doenças ou até mesmo que alegavam que a Terra é plana. Se um usuário assistisse a esse tipo de conteúdo os sistemas indicariam na opção “assistir a seguir” outros vídeos de fontes seguras para desfazer a informação do vídeo anterior. É possível que o alcance dessa ferramenta seja ampliado para outros países.

Para os criadores de conteúdo

Para quem cria conteúdo na plataforma o YouTube afirma que “canais que repetidamente se confrontam com as nossas políticas de incitação ao ódio são suspensos no Programa de parceiros do YouTube”, o que significa que não poderão mais apresentar anúncios no canal, nem utilizar outras funcionalidades de rentabilização.

O jovem acusado de matar uma mulher e ferir outras três pessoas no ataque a uma sinagoga da Califórnia foi denunciado nesta quinta-feira à justiça federal por homicídio e mais de 100 crimes de ódio.

John Earnest, de 19 anos e declarado antissemita e islamofóbico, se declarou inocente dos crimes, que podem levá-lo à pena de morte.

"Não permitiremos que os membros da nossa comunidade sejam caçados em seus locais de culto, onde devem se sentir livres e seguros para exercer seu direito de praticar sua religião", disse o procurador federal Robert S. Brewer, Jr.

"Nossas ações de hoje estão inspiradas em nosso desejo de obter justiça para todas as vítimas e suas famílias".

A denúncia envolve 109 acusações de crimes de ódio, segundo um comunicado do departamento de Justiça.

Earnest abriu fogo com um fuzil de assalto no dia 27 de abril, no final da Páscoa Judaica, na sinagoga Chabad de Poway, na região de San Diego, Califórnia.

Lori Gilbert Kaye, 60 anos, morreu no ataque e o rabino Yisroel Goldstein (57), Almog Peretz (34) e sua sobrinha de 8 anos, Noya Dahan, ficaram feridos.

Earnest também foi denunciado pelo incêndio que não deixou vítimas no Centro Islâmico na cidade de Escondido, também na região de San Diego, cuja autoria assumiu em um manifesto publicado na Internet.

O Facebook bloqueou nesta quinta-feira o controverso líder ativista negro Louis Farrakhan, o ícone da extrema-direita Alex Jones e outros usuários, numa ação contra a propagação do ódio na rede social.

"Sempre bloqueamos os indivíduos ou organizações que promovem ou empregam a violência e o ódio, independentemente de sua ideologia", informa um comunicado do Facebook.

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Os censurados mais conhecidos foram Farrakhan, líder da Nação do Islã, acusado de comportamento antissemita e supremacismo negro, e Jones, o teórico da conspiração de extrema-direita conhecido por considerar que os ataques de 11 de setembro foram um trabalho interno e descrever o massacre na escola de Sandy Hook como uma decepção. A organização de Jones, Infowars, também foi eliminada do Facebook.

Outros excluídos do Facebook e do Instagram foram Paul Nehlen, um político que defende as opiniões da supremacia branca; Milo Yiannopoulos, conhecido por sua retórica neonazista; e os teóricos da conspiração Paul Joseph Watson e Laura Loomer.

A rede social cancelou essas contas por considerar que violaram as políticas contra pessoas e por serem organizações perigosas.

"Os indivíduos e as organizações que difundem o ódio, atacam ou pregam a exclusão de outras pessoas em função do que são, não têm lugar no Facebook", disse uma porta-voz da empresa.

"O anúncio de hoje do Facebook é um passo na direção correta", disse Cristina López, subdiretora de extremismo no grupo de vigilância sem fins lucrativo Media Matters for America.

"A maioria das figuras recém-proibidas (Yiannopoulos, Loomer, Watson, Jones e Nehlen) devem sua influência ao alcance em massa que lhes permitiram cultivar através do Facebook e Instagram", destacou.

No mês passado, o Facebook havia bloqueado grupos de extrema-direita como a "Liga de defesa inglesa", "Knights Templar International", e o "Partido Nacional Britânico".

Homens armados mataram pelo menos 14 pessoas depois de forçá-las a descerem dos ônibus em que viajavam no Baluchistão, a mais instável das províncias do Paquistão, no oeste do país - informaram as autoridades.

Os agressores, que usavam uniformes de uma força paramilitar, "pararam os ônibus na estrada costeira de Makran e mataram 14 pessoas", declarou o ministro do Interior do Baluchistão, Haider Ali.

Os passageiros mortos "tinham identificações que não vinham do Baluchistão", disse Ali, acrescentando que dois oficiais, um da Marinha e outro da Guarda costeira, estavam entre as vítimas.

Outra autoridade administrativa confirmou o ataque e o balanço de vítimas.

Os ônibus viajavam entre as cidades de Karachi e Omara, na costa de Baluchistão, segundo o ministro do Interior.

Em nota divulgada por seu gabinete, o primeiro-ministro Imran Khan condenou os assassinatos.

Até agora, nenhum grupo assumiu a autoria do ataque, que aconteceu menos de uma semana depois de uma explosão suicida na capital provincial, Quetta, que matou 20 pessoas.

"Esses incidentes são intoleráveis e não perdoaremos os terroristas que cometeram esse terrível ataque", disse o ministro do Interior do Baluchistão, Mir Zia Langov.

Na fronteira com Afeganistão e Irã, a província do Baluchistão sofre com uma insurgência separatista e a violência islamista, que deixaram centenas de mortos nos últimos anos.

O massacre contra muçulmanos ocorrido nesta sexta-feira em duas mesquitas da Nova Zelândia mostra a ascensão do nacionalismo branco, que prega um ideal imaginário "europeu", rejeita a imigração e compartilha ameaças na internet.

É um movimento que carece de liderança, é fragmentado e atrai a atenção de lobos solitários, como o australiano de 28 anos que matou 49 pessoas nesta sexta-feira em Christchurch e explicou em um manifesto que pretendia "esmagar a imigração" e se vingar dos ataques jihadistas realizados na Europa.

Mas especialistas alertam que se trata de um movimento coeso, interligado através da internet e que se estende por toda a Europa até a Rússia, tem um grande número de seguidores nos Estados Unidos e Canadá e, como demonstrado pelo ataque de sexta-feira, está presente na Austrália e Nova Zelândia.

Eles dizem que representa uma ameaça internacional tão grande quanto o extremismo islâmico, mais ainda nos Estados Unidos, onde os ataques dos nacionalistas brancos ultrapassaram os dos jihadistas.

"O nacionalismo branco e o extremismo da ultradireita são a ameaça extremista mais proeminente que os Estados Unidos enfrentam atualmente, e, na verdade, são um fenômeno global", afirma Brian Levin, diretor do Centro para o Estudo do Ódio Extremista da Universidade Estadual da Califórnia. "Essa gente tem medo da mudança demográfica. Usa o termo genocídio branco", explica.

- Raízes na década de 1930 -

O movimento nacionalista branco tem suas raízes nos conceitos propostos há décadas pelos fascistas europeus e americanos e pelos neonazistas.

O historiador francês Nicolas Lebourg observou que o manifesto do atirador de Christchurch citou o fascista britânico Oswald Mosley, de 1930.

O uso da palavra "europeus" para se referir aos brancos foi promovido pelo neonazista americano Francis Parker Yockey.

"Genocídio Branco" é uma ideia que surgiu por volta de 1972 nos Estados Unidos, observou Lebourg, e foi popularizada na Europa pelo escritor francês Reanud Camus.

Na verdade, o título do suposto manifesto do atirador neozelandês é "The Great Replacement" (A Grande Substituição), o mesmo que um livro escrito por Camus em 2011, popular em círculos de nacionalismo branco e que argumenta que os imigrantes que não são brancos estão suplantando os europeus brancos.

Embora alguns nacionalistas brancos sejam antimuçulmanos, antijudeus, capitalistas ou socialistas, hoje eles estão unidos, segundo os analistas, por uma rejeição à imigração.

Sophie Bjork-James, professora da Universidade de Vanderbilt, diz que o medo comum é de que os cristãos brancos possam se tornar minoritários nas sociedades que dominam há séculos.

Isto deu asas a movimentos como os "Identitários", nascido na França, e o "Identity Evropa", nos Estados Unidos.

Nacionalistas brancos foram encorajados ainda mais pelo surgimento de políticos que apoiam uma linha dura com a imigração, de Marine Le Pen na França e Viktor Orban na Hungria ao presidente russo, Vladimir Putin, e o partido UKIP na Grã-Bretanha.

O mesmo acontece nos Estados Unidos, onde o presidente Donald Trump chegou à Casa Branca com um discurso anti-imigração, apoiado por uma base de eleitores predominantemente branca.

Trump pareceu legitimar a marcha dos supremacistas brancos e neonazistas em Charlottesville em 2017, e evitou condenar a violência da extrema direita.

"Eles vêem nele (Trump) uma incrível oportunidade de ampliar sua influência", explica Bjork-James.

O autor do ataque em Christchurch chamou Trump de "símbolo de identidade branca renovada e propósito comum".

Mesmo condenando o massacre de imediato, Trump gerou novamente polêmica dizendo que não acreditava que o nacionalismo branco fosse um problema crescente no mundo.

- Lobos solitários -

Bjork-James diz que a internet, especialmente sites como GAB e Stormfront, ajudou a construir uma comunidade global para nacionalistas brancos.

"O Stormfront é uma câmera de ponto focal global para o nacionalismo branco", afirmou.

O site está cheio de comentários sobre o ataque de Christchurch, alguns questionando o assassinato de mulheres e crianças.

Um comentário rejeita o debate: "Os invasores não são pessoas inocentes".

"O ataque de um lobo solitário é, na verdade, parte de uma estratégia global", explica Bjork-James.

O autor do atentado na Nova Zelândia escreveu que foi inspirado por outros nacionalistas brancos que perpetraram assassinatos em massa.

Ele mencionou Anders Breivik, que matou 77 pessoas na Noruega em 2011; Dylann Roof, que matou nove paroquianos negros em uma igreja nos Estados Unidos em 2015; e Alexandre Bissonnette, que matou seis pessoas em um ataque em 2017 em uma mesquita no Canadá.

Lebourg diz que os últimos ataques parecem ter se tornado parte de um ciclo de vingança, especialmente porque a França foi alvo de jihadistas em 2015.

O manifesto do australiano menciona repetidamente uma vingança pelos ataques do extremismo islâmico.

"Os ataques de 2015 foram um ponto de virada para todos os supremacistas", diz Lebourg. "Agora, a vingança está na cabeça dessas pessoas", conclui.

O manifesto deixado por Brenton Tarrant, terrorista que protagonizou o ataque contra duas mesquitas de Christchurch, na Nova Zelândia, faz uma menção ao Brasil.

No texto, Tarrant cita o maior país da América Latina em um capítulo chamado "Diversidade é fraqueza", no qual ele critica nações abertas a outras culturas e miscigenadas.

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"O Brasil, com toda a sua diversidade racial, está completamente dividido como nação, onde as pessoas não se dão umas com as outras e se separam e segregam sempre que possível", diz o australiano de 28 anos.

O manifesto tem 74 páginas e é dedicado à defesa da "supremacia branca" e aos ataques contra o Islã. O terrorista se inspirou no norueguês Anders Breivik, autor de um massacre com 77 mortos em Oslo e Utoya, em julho de 2011, e que também deixou um documento com sua ideologia.

O texto escrito por Tarrant se chama "A grande substituição", em referência a um livro do francês Renaud Camus, que defende a ideia de que a maioria branca da Europa está sendo substituída por imigrantes africanos.

O terrorista também cita o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como um "símbolo da identidade branca renovada" e admite que seu objetivo com o atentado de Christchurch era criar uma "atmosfera de medo" e "incitar a violência" contra imigrantes.

Da Ansa

As mortes qualificadas como feminicídio em São Paulo aumentaram 12,9% em 2018 na comparação com o ano anterior, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo. Foram registrados 148 assassinatos no ano passado e 131 em 2017. O homicídio qualificado como feminicídio foi definido pela Lei nº 13.104 de 2015, que estabelece penas maiores para os casos em que o assassinato é motivado pelo fato da vítima ser mulher.

O feminicídio corresponde a 27% do total de homicídios dolosos de mulheres no estado de São Paulo, que somaram 548 casos em 2018. Desde que a lei foi instituída, a morte de mulheres por feminicídio tem aumentado.

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Para a promotora Valéria Scarance, que coordena o Núcleo de Gênero do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), embora seja negativo o aumento da morte de mulheres, o enquadramento dessas mortes como feminicídio é um dado positivo, pois demonstra que a lei vem sendo incorporada pelos órgãos públicos.

“Nesse contexto de morte violenta de mulheres, o número de fatos enquadrados como feminicídio também aumentou. Ou seja, o número de mortes é um número absoluto, mas o número de feminicídio é variável porque depende da interpretação que se dá no momento de registro da ocorrência. Aumentar esses números é um aspecto positivo e que revela envolvimento e conscientização por parte das autoridades”, avaliou a promotora. 

De acordo com o Anuário de Segurança de 2018, com dados de 2017, as mortes de mulheres vítimas de violência cresceram 5,9%. Antes da qualificação do homicídio em situação de violência doméstica e familiar ou por menosprezo ou discriminação à condição de mulher, não era possível sistematizar esses dados.

“Isso é muito importante para possibilitar a criação de políticas públicas e medidas de prevenção”, afirmou a defensora pública Paula Sant’Anna Machado, coordenadora do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres.

Segundo a promotora Valéri Scarance, a informação gerada a partir da lei promove avanços importantes para enfrentar o problema. “Muitas pessoas nem sequer sabiam o que era feminicídio. Era uma categoria desconhecida no Brasil e ainda pairava a ideia de que era violência entre marido e mulher, que não justificava essa lei. Depois de três anos, não se discute mais a necessidade dela. A população conhece a lei, e as vítimas sabem o que é o sistema de Justiça também”, argumentou a promotora.

A pesquisa Raio-X do Feminicídio, elaborada pelo Núcleo de Gênero do MP-SP, com base nas denúncias oferecidas pelo órgão entre março de 2016 e 2017, traça um perfil dos casos ocorridos no estado. Dos 364 casos analisados, em 66% deles, o ataque ocorreu dentro da casa da mulher e mais de 8% dos casos estavam relacionados à rotina da vítima, como local de trabalho ou o caminho percorrido. “O feminicida pratica os crimes se prevalecendo do fato de que ele conhece a rotina da mulher e encurrala as mulheres em lugares em que a defesa é mais difícil. Esse é o padrão”, disse a promotora.

Foi o que ocorreu com a enfermeira Fernanda Sante Limeira, morta a tiros, aos 35 anos, pelo ex-marido na porta de Unidade Básica de Saúde em que trabalhava em São Paulo, em 2016. “Ele nunca aceitou a separação. Ela continuou a vida dela, trabalhando, estudando, cuidando da filha. Ele queria a guarda da menina a qualquer custo e sempre fazia coisas para afetar a Fernanda”, relatou Dalva Limeira, tia de Fernanda, à Agência Brasil.

Na época, a enfermeira denunciou as ameaças que sofria, mas, mesmo assim, teve um pedido de medida protetiva negado pela Justiça um mês antes da morte. Segundo o levantamento do MP-SP, quando essas medidas são concedidas, elas ajudam a evitar os assassinatos. “Dos 364 casos analisados, considerando mortes consumadas ou tentadas, só 3% das mulheres tinham medida protetiva, ou seja, 97% dessas mulheres não romperam o silêncio ou não obtiveram a medida”, disse a promotora.

De 124 mortes, cinco mulheres tinham registrado boletim de ocorrência. “Eu acho que com tudo que a Fernanda apresentou, todos os processos, todas as vezes que a Fernanda depôs, todos os relatos que tem [tinha como evitar essa morte]. Com todas essas informações, a Justiça tinha que ter cuidado mais da Fernanda. O único recurso que ela tinha era a Justiça. Foi feita muita coisa. Infelizmente, o Estado falhou com a Fernanda”, disse a promotora.

Quase três anos após a morte da enfermeira, a família aguarda para os dias 16 e 17 de maio o julgamento de Ismael Praxedes, que foi detido em flagrante e está preso desde então.

A defensora pública destaca que, junto com as medidas protetivas, são necessárias políticas públicas de apoio a essas mulheres. “É preciso ter auxílio aluguel, abrigos sigilosos, apoio multidisciplinar. Se essas políticas não existem, o Estado empurra novamente essa mulher para a violência”, afirmou.

Ela critica, por exemplo, o fato de que muitas vezes as mulheres que buscam ajuda são culpabilizadas. “A educação é uma das ferramentas mais importantes. Precisamos discutir gênero e que essa discriminação é estrutural na nossa sociedade”, avaliou.

Amor?

A promotora Valéria Scarence disse que, a partir dos dados do MP-SP, o feminicídio se mostra muito mais como atos de ódio do que de amor. Ainda é comum que se referiam a esses casos como “crime passional”. “O que motiva esses homens não é um sentimento de amor, mas de propriedade e um ódio por terem sido abandonados ou contrariados”, criticou.

A pesquisa mostra que os feminicidas usam dois ou mais instrumentos para a prática do crime, sendo que 60% utilizam arma branca (faca, facão, foice).

“Eles praticam o crime com muito ódio, com muita raiva, então, porque nós dizemos que são atos de extermínio, porque há repetição de golpes, não é simplesmente uma morte, é uma morte com dor”, afirmou a promotora. Ela cita casos em que as mulheres são mortas com dezenas de facadas, queimadas ou asfixiadas. “Em regra, é o machismo que determina a morte dessas mulheres e a conduta desses homens”, avaliou.

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou na quarta-feira, 20, que apresentará em maio um projeto de lei contra o ódio na internet. O Palácio do Eliseu, porém, deve criar primeiro uma lei que puna plataformas online de conteúdo antissemita e racista.

Em seguida, o governo quer intensificar a formação sobre o uso de redes sociais. Segundo o presidente, o país adotará a definição jurídica de antissemitismo da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto, que incorpora o antissionismo. (Com agências internacionais)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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