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A Primavera Árabe e a tentativa da Palestina de tornar-se membro da ONU espalharam esperança na última Assembleia Geral da ONU, em 2011. Mas o ambiente do encontro dos líderes mundiais deste ano é de frustração, causado por eventos como a guerra civil na Síria, o insucesso da proposta palestina e os protestos violentos gerados por um filme que denigre o Islã. A presidente Dilma Roussef discursará na abertura da sessão de debates do evento, na terça-feira, às 11h (horário de Brasília).

Mais de 120 presidentes, primeiros-ministros e monarcas reúnem-se durante esta semana sob forte segurança na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. O secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, prevê que a sessão ministerial, que começa na terça-feira, será uma das mais movimentadas de todos os tempos.

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Antes da sessão de abertura, da qual o presidente Barack Obama também discursará, Ban Ki-moon convidou líderes para a primeira reunião de alto nível nesta segunda-feira, que discutirá o Estado de Direito.

Outras questões importantes que serão discutidas nos bastidores são as tensões com o programa nuclear do Irã e a possibilidade de Israel realizar um ataque preventivo contra o país, a atuação da Al-Qaeda no oeste da África e o declínio da ajuda internacional para combater a pobreza. As informações são da Associated Press.

A presidenta Dilma Rousseff chegou hoje (23) a Nova York, onde discursa, na terça-feira (25) na 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Ela deve reiterar que apenas esforços conjuntos na busca por soluções para conter os efeitos da crise econômica internacional evitarão danos às metas de inclusão social e redução da pobreza no mundo. Ela também pretende destacar os avanços obtidos na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho.

Dilma desembarcou acompanhada da filha, Paula Araújo, e dos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Marco Aurélio Garcia (Secretaria Especial de Assuntos Internacionais), Aloizio Mercadante (Educação), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Aguinaldo Ribeiro (Cidades) e Helena Chagas (Secretaria de Comunicação Social).

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No ano passado, a presidenta foi a primeira mulher a discursar na Assembleia Geral da ONU. Dilma fica em Nova York até quarta-feira (26). Inicialmente, está confirmada apenas uma reunião dela com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Não há encontros organizados com o presidente norte-americano, Barack Obama, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Porém, uma possibilidade é que ela se encontre com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

Em relação à política externa, a presidenta deverá reiterar a necessidade de respeitar a soberania interna e a ordem democrática. Referências que dizem respeito diretamente à Síria e ao Paraguai.

Sobre a Síria, Dilma deverá defender o fim da violência, a busca da paz por meio do diálogo, o respeito aos direitos humanos e a não intervenção militar.

Dilma deverá, mais uma vez, apoiar o direito de a Palestina ser um Estado autônomo. Ela deve mencionar também a necessidade de buscar um acordo de paz entre palestinos e israelenses. No ano passado, a presidenta ressaltou o apoio à oposição na Líbia. Na época, o então presidente Muammar Kadhafi (morto em outubro de 2011) resistia em deixar o poder.

No âmbito regional, a presidenta deve ressaltar que atualmente na América Latina a integração está diretamente relacionada ao respeito à democracia. É uma referência à necessidade de preservar a ordem democrática, algo que os líderes latino-americanos suspeitam que não ocorreu no Paraguai durante a destituição do então presidente Fernando Lugo, em 22 de junho.

A 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas terá como temas principais a prevenção e a resolução pacífica de conflitos internacionais. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, acompanha Dilma e tem uma agenda paralela. O principal tema da agenda dele é o esforço para a ampliação do Conselho de Segurança da ONU.

O conselho é formado por 15 países – cinco com assentos permanentes e dez com rotativos. O Brasil defende a ampliação para, pelo menos, 25 lugares no total. O assunto deve ser reunião de Patriota com representantes do G4 (Alemanha, Brasil, Índia e Japão) e do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

*Com informações da BBC Brasil

Sob o argumento de que fere a Constituição, o Brasil rejeitou na terça-feira (18) proposta apresentada na Organização das Nações Unidas (ONU) para acabar com a Polícia Militar. De uma lista de 170 sobre políticas de direitos humanos, a recomendação foi a única negada. Para o Conselho Nacional de Comandantes-Gerais das Polícias Militares, houve um equívoco na interpretação do texto - uma compilação de sugestões de diferentes países, incorporadas pelas Nações Unidas. Segundo o documento entregue pelo Brasil, publicado na terça-feira (18) no site da ONU, Brasília rejeitou a ideia, da Dinamarca, para "trabalhar na direção de abolir o sistema separado de Polícia Militar".

Durante a reunião de maio em Genebra, diversos países europeus criticaram abertamente a violência usada pela Polícia Militar e apontaram a preocupação em relação aos números de mortes em operações. A resposta foi clara. "A recomendação não tem o apoio do Brasil, diante da Constituição, que prevê a existência de forças policiais militares e civis", indica o documento.

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"Forças policiais civis são responsáveis pelo trabalho de polícia judiciária e pela investigação de ofensas criminais, salvo ofensas militares", explicou. "Forças policiais militares são responsáveis pelo policiamento ostensivo e pela preservação da ordem pública", completa.

O governo ainda indicou que estava adotando medidas para melhorar o controle sobre os policiais, como a criação de um ombudsman. Além disso, estariam treinando de forma permanente os policiais em termos de direitos humanos. Nos últimos anos, diversos organismos da ONU criticaram as mortes ocorridas no Brasil por parte das forças de ordem e apontaram o fenômeno como uma das principais violações de Direitos Humanos no País.

Realizado a cada quatro anos, o evento em que o documento foi apresentado serve para sabatinar Estados sobre políticas de direitos humanos e governos de todo o mundo apresentam recomendações em relação a questões como saúde, educação e a situação de minorias.

Na quinta-feira (20), após avaliação das sugestões, o governo brasileiro volta à tribuna do Conselho de Direitos Humanos para informar os membros sobre quais medidas foram aceitas. Em quatro anos, a ideia é que as propostas aceitas pelo Brasil acabem sendo reavaliadas pelos demais governos, que cobraram a aplicação das recomendações.

Equívoco

Para o Conselho Nacional do Comando de Comandantes-Gerais das Polícias Militares, o documento da ONU não sugeriu o fim das Polícias Militares. Na visão dos conselheiros, houve equívocos na tradução que levaram os brasileiros a acreditar que era pedido o fim da PM. "O que a Dinamarca sugeriu foram medidas para acabar com a violência extralegal praticada por grupos de extermínio", argumenta o coronel Atair Derner Filho, da PM de Santa Catarina e secretário-geral do Conselho.

O coronel afirma que a ONU, inclusive, usa o serviço de policiais militares brasileiros para treinar forças de segurança em países com instabilidade política, como Haiti e Timor Leste. "Como não houve recomendação para extinção da PM, no documento atual, ao qual tivemos acesso, de novo não localizamos esse debate", disse o coronel. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O diplomata brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, chefe da comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) que investiga as violações aos direitos humanos na Síria, apresentou nesta segunda-feira um relatório em Genebra sobre a situação no país convulsionado pela guerra civil. "As violações brutais aos direitos humanos cresceram em número, velocidade e escala", disse Pinheiro aos diplomatas reunidos em Genebra. Pinheiro disse que as violações aos direitos humanos passaram a ocorrer em uma escala tão grande que é impossível investigar todas as denúncias. "Os civis, grande parte deles crianças, estão sofrendo o choque da espiral da violência", afirmou o diplomata.

Pinheiro descreveu uma "escalada dramática, ataques indiscriminados contra civis na forma de bombardeios aéreos e de artilharia, dirigidos contra bairros residenciais". O diplomata lamentou um "desrespeito preocupante com as regras estabelecidas para um conflito armado".

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O relatório de Pinheiro, baseado em visitas dos investigadores, afirma que o regime do presidente Bashar Assad, e a oposição síria em uma extensão menor, cometeram crimes de guerra durante a revolta que dura 18 meses. Pinheiro disse que a comissão "recomendou que nosso relatório seja apresentado ao Conselho de Segurança para que ele delibere sobre a situação e tome uma ação apropriada em vista da gravidade das violações, abusos e crimes perpetrados por tropas do governo, pela shabiha (milícia do governo, "fantasmas" em árabe) e por grupos opositores ao governo".

Ativistas sírios afirmam que mais de 23 mil pessoas foram mortas desde que a revolta contra Assad estourou em março de 2011. A ONU informou na semana passada que mais de 250 mil sírios estão registrados como refugiados, enquanto mais de 1 milhão foram deslocados dentro do país. Soldados do governo e da oposição têm executado inimigos aprisionados e acredita-se que dezenas de milhares de pessoas tenham sido presas e muitas torturadas.

Pinheiro disse que os investigadores conseguiram recolher uma "quantidade enorme de provas" de atrocidades na Síria. Desde que a comissão foi criada há mais de um ano, realizou mais de 1.100 entrevistas com vítimas e perpetradores de violências, mas não pôde visitar o país - um fato que Pinheiro lamentou nesta segunda-feira. Ele pediu a renovação do mandato da comissão, que acaba na próxima semana.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou neste sábado (15) a onda de ataques a embaixadas e consulados norte-americanos e de aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio, na África e na Ásia. Em nota, a ONU repudia a violência e diz estar preocupada com as suas consequências. No ataque ao Consulado dos Estados Unidos em Benghazi, na Líbia, o embaixador e três funcionários morreram.

No comunicado, o Conselho de Segurança destaca a “natureza pacífica das instalações diplomáticas". Segundo o órgão, os funcionários de embaixadas e consulados têm o objetivo de promover um melhor entendimento entre países e culturas. “Tais ataques são injustificáveis, independentemente de suas motivações”, diz a nota.

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O Conselho de Segurança ressalta também o princípio da inviolabilidade da proteção diplomática, de acordo com a Convenção de Viena. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o uso da liberdade de expressão para causar intolerância e derramamento de sangue. "Explorar a raiva das pessoas só alimenta a discriminação e a violência sem sentido".

A onda de violência se agravou nesta sexta (14) quando foram registrados ataques às representações norte-americanas, além das embaixadas da Alemanha e do Reino Unido, no Japão. Houve protestos violentos também em vários países, como o Egito, a Líbia, o Iraque, o Irã e a China, além da Tunísia, de Bangladesh, do Sri Lanka, do Afeganistão e da Austrália.

A série de ataques começou após a divulgação de um filme que satiriza o profeta Maomé e o islamismo. Em quatro dias, a onda de manifestações impulsionada pelos protestos contra o filme atingiu vários continentes.

O governo do Brasil também condenou a onda de violência e apelou para o fim dos ataques. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, apelou para o respeito à inviolabilidade das representações diplomáticas, assim como o Conselho de Segurança fez hoje.

O novo enviado internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi chegou nesta quinta-feira a Damasco para a primeira visita ao país devastado pela guerra civil. Brahimi, um ex-enviado da Liga Árabe, deverá ter uma reunião com o presidente sírio Bashar Assad na sexta-feira. Enquanto Brahimi chegava a Damasco, a Força Aérea da Síria bombardeava bairros controlados por insurgentes em Alepo, maior cidade do país, e na região montanhosa de Karam al-Jabal, na província de Alepo. Pelo menos 14 pessoas foram mortas nesses ataques aéreos, disse o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo opositor sediado em Londres.

Brahimi também deverá se encontrar com líderes da oposição síria autorizada pelo governo. Brahimi disse, quando foi designado para o cargo, que a missão era "quase impossível". A visita de Brahimi durará três dias.

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"Nós viemos para a Síria para discutirmos a situação com nossos irmãos. Existe uma crise e acreditamos que ela está ficando pior", disse Brahimi no aeroporto de Damasco. Brahimi substitui Kofi Annan, ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que deixou frustrado a mediação da crise síria em agosto. O conflito civil sírio, que começou em março de 2011, já deixou mais de 23 mil mortos, segundo ativistas. A guerra também deixou mais de 250 mil refugiados, segundo a ONU.

"Estamos confiantes que Brahimi entende os acontecimentos e a maneira de resolver os problemas, apesar de todas as complicações", disse Faisal Mekdad, vice-chanceler da Síria. "Estamos otimistas e desejamos boa sorte a Brahimi".

Enquanto soldados de Assad e os insurgentes combatiam perto de Damasco e em Alepo, caças do governo bombardearam a região montanhosa de Karam al-Jabal, na província de Alepo, matando quatro civis, disse o Observatório Sírio. Segundo o grupo opositor, em Damasco ocorreram combates no bairro de Qaboun.

Em Alepo, rebeldes e tropas do governo lutavam nos bairros de Tariq al-Bab e Midan, este último considerado estratégico porque dá acesso ao centro da cidade. Em Tariq al-Bab, segundo o Observatório Sírio, um helicóptero do governo com metralhadores matou 11 pessoas. Não se sabe se as vítimas eram combatentes rebeldes ou civis. Na zona sul de Alepo, opositores sírios reportaram que caças do governo lançaram um bombardeio contra o bairro de Bustan al-Qasr.

Também nesta quinta-feira, o ministro da Defesa da França Jean-Yves Le Drian disse em Beirute que o governo francês não enviará armas à oposição síria.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Com quatro anos de antecedência, o Brasil atingiu uma das Metas do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU), a que se refere à redução da mortalidade infantil até 2015. A queda de mortes registrada no País em 2011 foi uma das cinco maiores do mundo. Os dados serão divulgados nesta quinta-feira pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Banco Mundial e OMS.

Em 2000, a ONU fixou metas sociais para os países e deu 15 anos para que governos chegassem perto dos objetivos. A base de comparação é o ano de 1990. No caso do Brasil, a meta era de que as 58 mortes registradas para cada mil crianças em 1990 fossem reduzidas para 19 por grupo de mil em 2015. Mas, ao final de 2011, a taxa já era de 16 para cada mil crianças.

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Em 1990, 205 mil crianças com menos de 5 anos morreram no País. Em 2011, foram 44 mil - uma queda de 73%, que apenas quatro outros países superaram. Apesar de ter atingido a meta, o Brasil ainda está distante dos índices de países ricos. Na Itália, em Portugal e na Espanha, a proporção de crianças que morrem é de apenas um quarto da taxa brasileira. Em 2011, 6,9 milhões de crianças morreram no mundo antes de completar 5 anos. Em 2000, essa taxa era de 12 milhões.

Melhor atendimento médico, crescimento da renda familiar, expansão dos serviços de saúde, como ampliação da cobertura de vacinas e antibióticos, são os motivos do avanço brasileiro. "Atingir a meta estabelecida pela ONU antes do prazo é uma grande vitória. Nos últimos dez anos, o esforço do Ministério da Saúde de levar profissionais para cada canto do País ajudou a reduzir pela metade a mortalidade infantil. Mas queremos avançar ainda mais, com a Rede Cegonha, reforçando a qualidade no pré-natal e na assistência ao parto, e a expansão das UTIS neonatais", afirmou o ministro Alexandre Padilha.

América Latina

Graças aos avanços de Brasil, El Salvador, do México e do Peru, a América Latina está prestes a também alcançar o objetivo. A região, segundo o levantamento, promoveu uma queda de 64% nas mortes. "A América Latina está muito próxima do objetivo e, se seguir no atual ritmo, chegará à meta", disse o diretor do Departamento de Estatísticas Sanitárias da OMS, Boerma Ties. Na região, a estimativa é de que 53 em cada mil crianças não chegavam aos 5 anos em 1990. A taxa caiu para 19 por mil, muito próxima à de 18 por mil estabelecida pela meta. O caso mais dramático ainda é o Haiti. A taxa é de 70 mortes para cada mil crianças, quando a meta estabelecia que o índice deveria ser de 48 mortes. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A Organização das Nações Unidas (ONU) inscreve até esta quarta-feira (12) para o Programa Jovens Profissionais (Young Professionals Programme), seleção realizada anualmente. Os interessados em ser tornarem servidores públicos internacionais podem se cadastrar no site do programa.

Os candidatos devem ter, no máximo, 32 anos e possuir fluência em inglês e/ou francês. As vagas são para as seguintes áreas: arquitetura, assuntos econômicos, sistemas e tecnologia da informação, assuntos políticos, produção de rádio e assuntos sociais. Os selecionados irão trabalhar em Nova Iorque.

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O exame de seleção será realizado no dia 5 de dezembro, em Brasília. Jovens de 79 nações poderão se candidatar às vagas.

O novo enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe à Síria, Lakhdar Brahimi, falou por telefone com o ministro das Relações Exteriores Iraniano, Ali Akbar Salehi, e está avaliando a possibilidade de viajar a Teerã, disse uma autoridade iraniana à agência de notícias Mehr neste domingo.

Brahimi, que se prepara para a sua primeira visita ao Oriente Médio desde que assumiu a função na semana passada, no lugar de Kofi Annan, teria falado com Salehi na noite de sábado, segundo um dos vice-chanceleres iranianos, Abbas Araqchi, citado na reportagem. "O plano é que ele venha até o Irã em um momento adequado depois de visitar a Síria", destacou Araqchi, que não revelou uma possível data para a visita.

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Uma nota do ministério disse que Salehi felicitou Brahimi a respeito de sua nomeação "e desejou-lhe sucesso em sua tarefa". De acordo com o comunicado, os dois discutiram a situação na Síria, e Salehi enfatizou que o Irã gostaria de "uma solução pacífica sem intervenção estrangeira". Brahimi teria destacado o "papel positivo" que pode ser exercido pelo Irã na crise síria e sua busca por uma solução pacífica.

Também neste domingo, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores da Síria, Jihad Makdessi, criticou a França por prometer ajudar rebeldes sírios, argumentando que a iniciativa vai minar a missão do enviado da ONU. Makdessi disse que a intenção declarada pela França de ajudar o grupo rebelde Free Syrian Army demonstra "apoio à militarização" do conflito.

Autoridades francesas admitem o fornecimento de ferramentas de comunicação e outros equipamentos não-letais para os rebeldes sírios, mas dizem que não darão armas sem que haja acordo internacional nesse sentido. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Cerca de 22 milhões de crianças e adolescentes não estão na escola ou estão prestes a abandonar os estudos na América Latina e no Caribe. É o que aponta o relatório Terminar a Escola, Um Direito para o Desenvolvimento das Crianças: um Esforço Conjunto, da Organização das Nações Unidas (ONU). 

Apresentado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o documento pede esforços de todos os setores para assegurar que crianças e adolescentes possam completar os estudos. De acordo com o relatório, das 117 milhões em idade escolar, 6,5 milhões não estão estudando. Outros 15,6 milhões estariam fora de faixa devido a repetência.

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“A educação é a chave para enfrentar as desigualdades profundas em nossa região e, portanto, temos que trabalhar em todos os setores para que todos os meninos, meninas e adolescentes possam completar a sua escolaridade”, disse o diretor regional do Unicef para a América Latina e o Caribe, Bernt Aasen.

O estudo mostrou ainda que os jovens oriundos de grupos indígenas, afrodescendentes, deficientes ou que vivem em regiões rurais têm um risco maior de exclusão ou de repetência. O relatório mostrou que em áreas rurais de alguns países, menos de 50% de jovens da faixa etária relativa à escola básica estão estudando. O trabalho infantil também é vilão contra os estudos: estudantes entre 12 e 14 anos que trabalham demonstram menores taxas de presença do que os que não trabalham.

No momento em que o mundo sofre os efeitos de uma das piores secas já observadas, que atinge em grandes proporções o Nordeste do Brasil, o país se prepara para sediar a 2ª Conferência Científica da Convenção das Nações Unidas sobre Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos de Secas (UNCCD). O encontro, que faz parte do calendário oficial das Nações Unidas, ocorre de 4 a 7 de fevereiro de 2013, em Fortaleza, e deve reunir acadêmicos, cientistas, políticos, organizações sociais e de setores privados de várias nações.

Durante os quatro dias, eles vão discutir a inclusão ou a consolidação das questões da desertificação, da degradação da terra e da seca na agenda ambiental de seus países. Estão previstas atividades como workshops, apresentações de resumos, oficinas, vídeos, exposições de inovação, excursões e mesas-redondas.

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O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Carlos Nobre, enfatizou que a realização da conferência demonstra que o combate à desertificação está sendo compreendido, no cenário internacional, como fundamental para a construção do desenvolvimento sustentável. Ele lembrou que o tema fez parte da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92), mas não conquistou, desde então, a mesma visibilidade, como os debates sobre mudanças climáticas e biodiversidade.

“Essa questão não havia ainda atingido o mesmo grau de protagonismo global, se comparada a temas como mudança climáticas e biodiversidade. Agora, começa-se a perceber que não é possível falar de agenda de sustentabilidade sem falar do desenvolvimento das regiões semiáridas, afetadas pelo processo de desertificação. As agendas finalmente convergiram”, afirmou, ao enfatizar que a convenção da ONU sobre o tema foi assinada por 194 países, entre eles, o Brasil. O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação é responsável, junto com os ministérios do Meio Ambiente e da Integração Nacional, pela organização do conferência da ONU no Brasil.

O coordenador da área de Agricultura, Recursos Naturais, Gestão Ambiental e Mudanças do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (Iica) no Brasil, Gertjan Beekman, destacou que a desertificação é uma questão mundial e que a troca de experiências entre os países é fundamental para difundir as tecnologias de sucesso que vêm sendo implementadas. Segundo ele, 40% da superfície da Terra estão em áreas suscetíveis à desertificação e 15% da população mundial vivem nessas regiões.

De acordo com a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, o processo é caracterizado pela "degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles, as variações climáticas e as atividades humanas".

"Como se trata de um problema mundial, é preciso consolidar experiências bem-sucedidas e observar o que outros países estão fazendo. Além disso, o evento vai ser fundamental para definir metas e objetivos claros para os próximos anos", destacou Beekman, ao acrescentar que no Brasil o risco de desertificação está presente em uma área que se estende por 1,3 milhão de quilômetros quadrados, onde vivem 30 milhões de habitantes.

O coordenador do Iica no Brasil, que também é doutor em recursos naturais, ressaltou que a situação traz impactos negativos diretos na situação de vida das populações dessas regiões, principalmente as mais vulneráveis e isoladas, além de comprometer o desenvolvimento econômico e social das áreas afetadas.

A 1ª Conferência Científica da Convenção das Nações Unidas sobre Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos de Secas (UNCCD) ocorreu em 2009, na Argentina.

O novo enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) para Síria, Lakhdar Brahimi, afirmou neste sábado (1º) que o presidente Bashar al-Assad precisa compreender que a necessidade de mudança no país é "urgente". Em uma entrevista à televisão al-Arabiya, ele também disse que o governo deve responder às demandas "legítimas" do povo sírio.

Os comentários de Brahimi, ex-ministro de Relações Exteriores da Argélia, foram feitos em Nova York, no seu primeiro dia como novo enviado da ONU na Síria. Ele substitui Kofi Annan, que renunciou ao cargo depois que o seu plano, que incluía um cessar-fogo em 12 de abril, não conseguiu interromper o derramamento de sangue. "O governo sírio compreende mais do que eu a extensão do sofrimento suportado pelo povo sírio", disse Brahimi à TV al-Arabia.

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Ele pediu um fim da violência, mas reconheceu não ter uma série de ideias pré-concebidas sobre como resolver o problema. "Nós tentaremos superar os obstáculos que Kofi Annan enfrentou", afirmou Brahimi.

O conflito na Síria tem suas raízes em protestos de rua principalmente pacíficos iniciados em março de 2011. Desde então, se transformou em uma guerra civil, que já deixou pelo menos 20 mil mortos até agora, de acordo com ativistas de Direitos Humanos.

Neste sábado, aviões de guerra e tropas terrestres atacaram Aleppo, maior cidade do país, com bombas e morteiros, enquanto os soldados entraram em confronto com os rebeles nas estreitas ruas do bairro antigo, segundo ativistas.

A recente onda de violência mostra que, quase cinco semanas depois de uma ofensiva surpresa, as forças de Assad ainda têm dificuldades para retomar o controle total da cidade dos rebeldes pouco armados. Ativistas informaram que os rebeldes também capturaram uma instalação de defesa aérea no leste do país, perto da fronteira com o Iraque.

Também neste sábado, tropas do governo bombardearam bairros de Damasco, após confrontos com rebeldes durante a madrugada. Ainda que as forças do presidente controlem a capital, combatentes da oposição continuam promovendo ataques nos bairros onde contam com apoio popular. Um das áreas bombardeadas neste sábado foi Tadamon, no sul de Damasco, revela o Observatório Sírio para Direitos Humanos, com sede em Londres. Outro grupo de ativistas, o Comitê de Coordenação Local, afirma que as tropas de Assad também atacaram o bairro de Hajar Aswad. As informações são da Associated Press.

Um novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) projeta um cenário crítico para a Faixa de Gaza no fim da década. De acordo com a entidade, se continuar isolado e sem receber mais investimentos em educação e infraestrutura, o sitiado enclave litorâneo palestino "praticamente não terá acesso confiável" a fontes de água potável, sofrerá uma deterioração ainda maior dos sistemas de educação e ensino e não disporá de recursos suficientes de energia.

Atualmente, o desemprego em Gaza situa-se na casa de dois dígitos. A pobreza é generalizada no território, que sofre ainda com frequentes blecautes, rápido crescimento populacional e deterioração da infraestrutura. Nos últimos anos, a situação agravou-se com o acirramento do bloqueio israelense por terra, ar e mar e ao isolamento internacional do governo chefiado pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas. As informações são da Associated Press.

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O chefe da equipe de observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) enviada à Síria para monitorar o fracassado acordo de cessar-fogo no país deixou Damasco neste sábado.

O tenente-general Babacar Gaye não fez nenhuma declaração antes de deixar a capital síria em direção ao Líbano. A missão foi encerrada no domingo passado, mas Gaye permaneceu na Síria para participar de reuniões.

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O Conselho de Segurança da ONU recentemente aprovou a abertura de uma novo escritório na Síria para apoiar futuros esforços de paz.

O envio da missão à Síria, em abril, foi o único feito concreto de Kofi Annan, ex-mediador do conflito no país. A iniciativa, no entanto, falhou em conter os violentos confrontos entre rebeldes sírios e forças do regime de Bashar Assad, iniciados em março do ano passado.

Annan deixou a função no começo do mês e foi substituído por Lakhdar Brahimi, um diplomata veterano argelino e ex-enviado para o Afeganistão e Iraque. As informações são da Associated Press.

A metade da população dos países da América Latina e Caribe (222 milhões) ainda mora em cidades com menos de 500 mil habitantes, mas 14% já estão nas chamadas megacidades. Os dados constam do relatório "Estado das Cidades da América Latina e do Caribe 2012 - Rumo a uma nova transição urbana", divulgado nesta terça-feira pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat).

Em 50 anos, o número de centros urbanos cresceu mais que cinco vezes na região. Enquanto em 1950 havia 320 cidades com pelo menos 20 mil habitantes, agora o número passou para 2 mil.

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As metrópoles (aglomerações urbanas com mais de 5 milhões de habitantes), que não existiam na América Latina e no Caribe em 1950, hoje são oito (três brasileiras): Cidade do México, São Paulo, Buenos Aires, Rio de Janeiro, Lima, Bogotá, Santiago e Belo Horizonte.

O mundo precisa adotar com urgência políticas de gerenciamento de secas, afirmou a Organização Mundial de Meteorologia (OMM) nesta terça-feira. Atualmente, fazendeiros desde a África até a Índia sofrem com a falta de chuvas, e os Estados Unidos passam pela pior estiagem em décadas.

A OMM, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para meteorologia, afirma que a seca e seus efeitos no mercado mundial de alimentos mostra a necessidade de políticas de conservação de água e menos consumo. "Projeta-se que as mudanças climáticas aumentarão a frequência, intensidade e duração das secas, com impactos em muitos setores, em particular na comida, água, saúde e energia", disse o secretário-geral da MMO, Michel Jarraud.

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Autoridades dos Estados Unidos afirmam que dois terços do país estão registrando seca de moderada para excepcional neste verão, com o calor excessivo destruindo plantações e matando gado. A colheita anual de milho, por exemplo, deve ser a menor desde 2006, apesar de ter sido plantado o maior número de hectares em mais de 70 anos. As informações são da Associated Press.

O novo enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) à Síria, Lakhdar Brahimi, admitiu que enfrenta um trabalho difícil para promover a paz na Síria e que sua primeira tarefa é superar as divisões dentro do Conselho de Segurança da ONU que frustrou os esforços de seu predecessor.

Brahimi, que foi nomeado na sexta-feira para substituir o ex-secretário-geral Kofi Annan como o enviado para promover a paz na Síria, afirmou que levar o Conselho de Segurança a falar "com uma voz unificada" é fundamental para o sucesso de sua missão, mas elE não tem nenhuma ideia concreta sobre como conseguir isso.

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A Rússia e a China usaram seu poder de veto para bloquear a forte ação que tem apoio ocidental e árabe contra o regime sírio do presidente Bashar Assad. As informações são da Associated Press.

Juliette Touma, porta-voz da organização das Nações Unidas (ONU), informou que os últimos observadores que ainda estão na Síria começaram a deixar o país. A missão dos observadores da ONU oficialmente termina à meia-noite deste domingo. Segundo Touma, o restante dos observadores sairá do país em algumas horas. Há cerca de 100 observadores da ONU ainda na Síria, um terço do número atingido no auge da missão, no início deste ano.

A saída dos observadores ocorre depois de o Conselho de Segurança da ONU concordar em encerrar a missão e apoiar um novo pequeno escritório de contato que dará suporte para futuros esforços de paz. O órgão supremo da ONU reconheceu que as tentativas internacionais de reduzir significativamente a violência e acabar com o uso de armas pesadas pelo governo sírio - condições estabelecidas para uma extensão da missão - fracassaram. As informações são da Associated Press.

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Um painel do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que as forças governamentais sírias, as milícias ligadas a Damasco e os grupos rebeldes que combatem o governo perpetraram crimes de guerra e contra a humanidade no decorrer do conflito iniciado no primeiro semestre do ano passado.

O painel indicado pelo Conselho de Direitos Humanos responsabiliza as forças do governo e uma milícia aliada por um massacre no qual morreram mais de cem civis em maio no povoado de Houla. Crianças compunham quase a metade do total de mortos no massacre.

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De acordo com o painel, houve casos de assassinato, tortura, violência sexual e ataques indiscriminados que "apontam para o envolvimento dos mais altos escalões do governo e das forças de segurança" no episódio.

No relatório final entregue hoje ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, composto por 47 países, o painel também acusa os rebeldes de cometerem crimes de guerra, assassinatos, execuções extrajudiciais e tortura, "mas em menor escala e frequência". As informações são da Associated Press.

Um caminhão tanque explodiu nesta quarta-feira num estacionamento próximo a um hotel da capital síria, Damasco, que é usado como sede e moradia para observadores da missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no país, ferindo três pessoas, informaram meios de comunicação e autoridades sírias.

Imagens do ataque, ocorrido nas primeiras horas do dia e transmitidas por emissoras de televisão sírias e árabes, mostram uma densa fumaça negra no local, pouco após a explosão. Mais tarde, bombeiros são vistos combatendo as chamas no estacionamento do hotel Dama Rose.

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Meios de comunicação estatais sírios disseram que "um grupo terrorista armado", termo usado pelo regime para falar dos rebeldes, colocou um explosivo no caminhão tanque.

O vice-ministro de Relações Exteriores sírio, Faisal al-Mokdad, reuniu-se com representantes da missão da ONU que vivem no hotel e disse posteriormente que eles não sofreram ferimentos.

"Eu fui informado que os observadores e os materiais da missão não foram afetados, graças a Deus!", disse ele aos jornalistas. "Este é outro ato criminoso que prova as investidas violentas que a Síria enfrenta e a natureza criminosa e selvagem dos que lideram esses ataques e aqueles que os apoiam, dentro e fora do país", acrescentou ele.

Mokdad afirmou que seu governo está orgulhoso do fato de que nenhum membro da missão da ONU se feriu desde o início dos trabalhos, no final de abril.

Os observadores, que não carregam armas, encerram seu trabalho na Síria no próximo domingo. O grupo chegou a ter cerca de 300 integrantes, mas o número foi reduzido praticamente pela metade. Eles foram enviados à Síria para monitorar o cessar-fogo entre forças do governo e combatentes da oposição e abrir caminho para a implementação do plano de seis pontos apoiado pela ONU e pela Liga Árabe.

Mas a missão é vista como um fracasso, já que nenhum dos lados tomou medidas significativas para encerrar a violência, enquanto Rússia e China não se entendem com os Estados Unidos e países europeus sobre uma forma de terminar o conflito.

No início deste mês, Kofi Annan, enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, deixou seu posto, citando sua incapacidade de implementar o plano de paz.

A rede de televisão Al-Arabiya, de Dubai, disse que um grupo que se denomina Ahfad al-Rasoul, ou Netos do Profeta Maomé, assumiu a autoria do ataque e informou que o alvo era um prédio do comando militar nas proximidades do hotel. As informações são da Dow Jones.

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