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Antes considerados secretos pela CIA, documentos liberados agora ao acesso público pela agência de inteligência dos Estados Unidos revelam detalhes de um encontro de Pelé com o ex-presidente americano Gerald Ford, em Washington, no dia 28 junho de 1975. Os papéis fazem parte dos arquivos da CIA, que contêm telegramas, análises, artigos e correspondências internas da Casa Branca.

A pasta referente ao encontro de Pelé com Ford tem 13 folhas. Trata-se de um briefing preparatório da reunião feito pelo então secretário de Estado dos Estados Unidos Henry Kissinger. Uma página do documento, no entanto, não foi liberada pelos agentes da CIA ao acesso público.

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Na abertura, o texto de apresentação de Pelé traz a pronúncia do nome do brasileiro em inglês e algumas incorreções sobre a sua biografia. Diz, por exemplo, que o Rei participou da sua primeira Copa do Mundo com 16 anos. Na verdade, Pelé tinha 17 anos quando disputou e venceu o Mundial de 1958.

Fala ainda que, com Pelé em campo, a seleção brasileira conquistou três Copas seguidas, feito que garantiu ao País a posse definitiva da Taça Jules Rimet. As conquistas do Brasil, porém, não foram em sequência. A seleção ganhou os Mundiais de 1958, 1962 e 1970 com Pelé.

O documento preparado pelo secretário de Estado dos Estados Unidos lembra também que Pelé fala "um bom inglês" e que o embaixador brasileiro João Augusto de Araújo Castro é fluente. Por vias das dúvidas, um tradutor foi colocado à disposição para acompanhar a visita.

Memorando enviado pela secretária do Conselho de Segurança Nacional Jeanne Davis para o secretário da presidência Warren Rustandk, no dia 23 de junho de 1975, avisa que Kissinger não poderá participar do encontro porque estará fora da cidade, mas que ele considera ser uma boa ideia convidar o embaixador para também ir à reunião na Casa Branca.

O encontro de Pelé com Ford durou apenas dez minutos. Depois de uma rápida reunião no Salão Oval, os dois foram para os jardins da Casa Branca, onde posaram para fotos e bateram bola juntos. Pelé tentou, em vão, ensinar Ford a fazer embaixadinhas. Já o ex-presidente dos Estados Unidos mostrou ao brasileiro lances de futebol americano com as mãos.

A lista de assuntos debatidos no Salão Oval consta nos documentos revelados agora pela CIA. Ford confessa a Pelé, então jogador do New York Cosmos, que a presença dele na liga norte-americana era um grande negócio para estimular o futebol e o interesse pelo esporte no país.

O ex-presidente admite que os EUA figuravam entre os países menos desenvolvidos no futebol e que Pelé ajudaria a mudar aquele quadro. Desde aquela época os americanos tinham planos de ter uma seleção forte. Por isso, os documentos da CIA falam que "em poucos anos vamos ser capazes de montar uma equipe que pode desafiar os principais concorrentes neste esporte".

O presidente dos EUA aproveitou que Pelé ficaria dois dias em Washington para enfrentar a equipe do Diplomats e, então, convidou o Rei para uma visita à Casa Branca. O brasileiro fora contratado pelo Cosmos havia apenas 18 dias. O acordo era de três temporadas com salários de US$ 2,8 milhões por ano. À época Pelé, era o atleta mais bem pago do mundo e sua chegada aos EUA provocou grande agitação no país e uma visita à Casa Branca seria importante para Ford.

HISTÓRICO - Antes do encontro com Ford, Pelé já havia ido à residência oficial da presidência dos EUA dois anos antes. Em 1973, o Rei do Futebol participara, ao lado da ex-mulher Rose, de um encontro com Richard Nixon.

Quatro décadas depois, foi revelado o áudio gravado pelo sistema de escuta instalado no gabinete presidencial dos EUA. Em um diálogo informal, Nixon pergunta se Pelé "falava alguma coisa em espanhol". O Rei responde: "Não, português. Mas é tudo a mesma coisa".

Pelé voltaria ainda outras vezes à Casa Branca para se encontrar com presidentes dos EUA. Em 1977, quando ainda jogava no Cosmos, esteve com Jimmy Carter. Durante a gestão de Ronald Reagan, o 40.º presidente americano, foi mais duas vezes a Washington. Em 1982 bateu bola no jardim e em 1986 participou de um jantar de gala.

Dezenas de ativistas pelos direitos dos animais protestaram nus e cobertos de sangue falso neste domingo, em Barcelona, no nordeste da Espanha, para protestar contra a morte de animais para confeccionar roupas de pele.

"Quantas vidas por um casaco", dizia um cartaz, exibido por Luisa Escribano, de 53 anos, e a filha dela, Bárbara, de 21, ajoelhadas entre os manifestantes.

"É muito importante chamar a atenção para o que acontece com os animais e passa desapercebido para a maioria. Eles sofrem e morrem em fazendas, mas suas vidas contam para mim e para minha família", disse Luisa.

Todos os anos, mais de 60 milhões de animais - mais da metade na União Europeia - são sacrificados para fabricar casacos e outros artigos de pele, segundo o grupo de defesa dos animais AnimaNaturales, organizador da protesta.

"Associou-se equivocadamente o uso de peças de pele com o luxo e a moda", afirmou Aída Gascón, encarregada da filial da AnimaNaturalis na Espanha. "Mas se mostrarmos a dor que existe por trás de um casaco de pele e informamos sobre as muitas alternativas para vestir sem ter que arrancar a pele e tirar a vida de um animal, podemos conseguir que as pessoas parem de comprar estes artigos", acrescentou.

A Espanha produz 70% das roupas de pele de visão e 63% das de pele de raposa, segundo esta associação.

Dinamarca e Finlândia são os principais produtores e exportadores no mundo destes artigos, que também são produtos em larga escala em países como Rússia, Canadá, Suécia e Holanda.

Aos 53 anos de idade, Xuxa Meneghel decidiu que não irá mais esconder sua intimidade. Em vídeo publicado no Youtube nesta terça-feira (15) a apresentadora mostrou que possui alguns truques de beleza para manter a pele do rosto impecável.

Sem maquiagem e com uma tiara no cabelo, Xuxa disse que está tentando se aproximar cada vez mais dos fãs, e afirmou que acha que manter uma rotina saudável conta pontos em relação à beleza. Mas, para quem achou que a rainha dos baixinhos usava produtos caríssimos para manter a pele saudável, se enganou. Comendo um pedaço de mamão e falando com seus seguidores, a loira surpreendeu ao começar a passar a fruta no rosto, explicando que dá para a aproveitar a fruta de todos os jeitos.

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"Parece nojento, mas funciona! É totalmente natural, não tem nenhuma química!", disse Xuxa enquanto ensinava como usar o mamão como máscara facial. Ao final do vídeo, Xuxa mostra o resultado e revela se a pele ficou realmente hidratada, e ainda é surpreendida pela participação do namorado Junno Andrade.

Com recente dificuldade em sua locomoção nos últimos anos, Pelé não tem mais conseguido caminhar nem mesmo com a ajuda de uma bengala. O Rei do Futebol também tem dificuldades para ficar de pé por conta das dores no quadril, de acordo com o jornal O Globo.

Pelé completou 76 anos no último dia 23. Após passar por uma cirurgia no fêmur em novembro de 2012, ele teve de se submeter a outra operação no local. Desde o primeiro procedimento, ele manca da perna direita e precisa se apoiar em quem estiver mais perto para se manter ereto.

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O ex-jogador ainda precisou fazer uma infiltração nas vértebras L2 e L3 para pinçamento da raiz nervosa. As recuperações das cirurgias foram mais lentas do que se imaginava.

O Rei tem sofrido com problemas de saúde nos últimos anos. Em 2014, por exemplo, ele ficou internado durante 16 dias após ter uma infecção urinária, que se agravou para um quadro inflamatório no organismo, de acordo com os médicos.

Quando ainda era jogador, Pelé retirou um dos rins. Com o único rim que lhe restou com as funções prejudicadas por causa da infecção de 2014, o ex-jogador teve de passar por um tratamento de hemodiálise, que consiste na utilização de um aparelho para filtrar o sangue.

Diante da negativa do Rei Pelé em ter a missão de acender a pira olímpica, por questões de saúda, quem deve realizar honroso ato é o ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, de 47 anos, segundo publicou a Rede Globo no início da noite desta sexta-feira (5). De acordo com o veículo, a escolha foi confirmada pelo Comitê Rio 2016.

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Medalha de bronze nos Jogos de Atenas, em 2004, Vanderlei viveu um episódio que marcou o mundo todo. Enquanto liderava a maratona, o ex-padre Cornelius Horan invadiu a área da disputa e agarrou o brasileiro. O ex-maratonista ainda teve forças para continuar a prova e com muita raça acabou em terceiro lugar.

Segundo reportagem publicada no site Globo Esporte, a escolha por Vanderlei também é uma forma de homenagear o atleta pelo episódio de Atenas. A cerimônia de abertura já teve início no Maracanã e o grande momento da pira deve ocorrer no final da noite.    

A lenda do futebol mundial Pelé anunciou nesta sexta-feira que, devido a problemas de saúde, foi obrigado a rejeitar o convite para acender a pira olímpica na cerimônia de abertura dos Jogos do Rio-2016.

"Queridos amigos, só Deus é mais importante que minha saúde! (...) Neste momento, não estou em condições físicas de participar na abertura da Olimpíada. E, como brasileiro, peço a Deus que abençoe a todos", declarou o 'Rei do futebol' em nota divulgada horas antes do início dos primeiros Jogos a América do Sul.

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O rei Pelé ainda não decidiu se acenderá, nesta sexta-feira (4), a pira olímpica dos Jogos do Rio devido a um problema no quadril, informou seu assessor à AFP nesta quinta-feira (3). Pelé conseguiu se liberar dos compromissos que tinha esta semana com seus patrocinadores, programados pelo grupo americano Legends 10 que o representa, mas sofre de dores no quadril que comprometem sua mobilidade, explicou seu assessor José Fornos Rodrigues, conhecido como Pepito.

"A liberação (dos compromissos) já não é o problema, mas a dor está afetando sua mobilidade. Inclusive foi ao médico para ver como está. Ainda não sabemos se poderá participar da cerimônia para acender a pira (...) apesar de estar se esforçando", informou o assessor.

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Com 75 anos e sucessivas cirurgias no quadril, Pelé anda com dificuldade, atualmente com a ajuda de uma bengala. O Rei do Futebol disse esta semana que tanto o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, como o do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, o convidaram para ser o protagonista deste momento simbólico dos Jogos Olímpicos, mas que tinha assumido compromissos antes do convite. "Tenho contratos e deveria estar viajando. Se conseguir cancelar os compromissos, gostaria de ter a honra de participar disto. Se vou estar aqui para acender a pira ainda não posso afirmar".

Pelé jamais participou dos Jogos Olímpicos, mas em meados de junho o COI lhe entregou em seu próprio museu, na cidade de Santos, a Ordem Olímpica por sua dedicação ao esporte. Com 1.363 partidas e 1.281 gols marcados, Pelé é reconhecido como o melhor jogador de todos os tempos.

Rei do Futebol, Pelé tem alguns privilégios. Entre eles, carregar a tocha olímpica sem participar oficialmente do revezamento da tocha. Nesta sexta-feira (22), o Atleta do Século apareceu na sacada o museu que leva seu nome, em Santos (SP), carregou o fogo olímpico, mas não se locomoveu. Uma artimanha que tem um propósito claro: mantê-lo como candidato a acender a pira olímpica durante a cerimônia de abertura da Olimpíada, dia 5 de agosto, no Maracanã.

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 já deixou claro que os condutores só podem participar do revezamento uma vez. Pelas redes sociais, o órgão ínformou que Pelé ainda não está descartado. "Pelé não chegou a conduzir a chama olímpica, ficou ali na sacada mesmo, ovacionado em Santos!"

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Carregar a tocha sem conduzi-la foi a solução encontrada pelos organizadores do tour da tocha para que Pelé pudesse participar do evento em Santos, cidade mundialmente conhecida por causa dele. Ao aparecer com a tocha, o ex-jogador ainda ajudou a promover seu museu.

Ele é um dos favoritos a acender a pira olímpica, mas não o único. Gustavo Kuerten, o Guga, também símbolo de uma cidade, não conduziu - sequer carregou - a tocha olímpica em Florianópolis (SC). É muito provável que ele seja um dos últimos participantes do revezamento, talvez já dentro do Estádio do Maracanã. Diversos nomes já foram descartados, uma vez que conduziram a tocha, casos de Joaquim Cruz, Oscar Schmidt, Magic Paula, Vanderlei Cordeiro de Lima, Emanuel Rêgo e Rogério Sampaio.

A semana é especial para Pelé. O "Rei do Futebol" vai se casar com a empresária Marcia Cibele Aoki neste sábado, em celebração reservada e restrita aos familiares. Aos 75 anos, Pelé sobe no altar pela terceira vez e disse que finalmente encontrou o seu "amor definitivo". O casal está junto desde 2010.

Pelé e Marcia se conheceram na década de 1980, durante uma festa em Nova York, nos Estados Unidos. Eles começaram a namorar somente em 2010, após reencontro inusitado dentro de um elevador do prédio onde moravam na Alameda Jaú, em São Paulo.

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Em 2012, Pelé apresentou Marcia como sua "namorada oficial" no Golden Foot, que aconteceu em Mônaco. Desde então, ele a leva a todas festas e eventos para os quais é convidado, assim como em seus compromissos pelo mundo.

Antes de Marcia, o maior jogador da história do futebol já foi casado duas vezes. A primeira com Rosimeri Cholbi, com quem teve três filhos - Edinho, Jennifer e Kelly - e com a cantora gospel Assíria Nascimento, mãe dos gêmeos Joshua e Celeste. Além disso, ele teve alguns relacionamentos famosos, como com a apresentadora Xuxa Meneghel na década de 1980.

Depois de Maradona pedir para Lionel Messi seguir na seleção argentina, agora foi a vez de Pelé se manifestar para defender a permanência do astro na equipe nacional, da qual ele surpreendentemente se despediu no último domingo após a derrota para o Chile, nos pênaltis, na final da Copa América Centenário, nos Estados Unidos.

"Nos últimos dez anos ele foi o melhor jogador do mundo, sem dúvida. O que aconteceu com ele são coisas que acontecem no futebol. Apenas aqueles que batem um pênalti que podem errar", afirmou o Rei do Futebol em entrevista para a rede britânica Sky Sports, se referindo à cobrança desperdiçada pelo atacante do Barcelona na disputa final de pênaltis com os chilenos, após empate por 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação.

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Pelé diz entender a grande decepção de Messi com mais uma derrota doída em uma final pela seleção argentina - em 2015 ele também caiu diante do Chile na decisão da edição anterior da Copa América e em 2014 contra a Alemanha no jogo que valeu o título da Copa do Mundo -, mas acredita que o astro deveria dar continuidade à trajetória como jogador da equipe nacional.

"É normal que esteja triste e decepcionado, mas tem de esperar um pouco e esquecer disso, já que é algo que aconteceu com muitos jogadores muito bons. Todos erram um pênalti alguma vez", ressaltou o melhor jogador de todos os tempos.

No início desta semana, Maradona ressaltou que Messi segue com totais condições de liderar a Argentina na busca pelo título da Copa do Mundo de 2018, quando o país poderia encerrar um longo jejum da seleção principal que dura desde a conquista da Copa América de 1993. Para completar, o ex-jogador disse que o atacante foi abandonado pelos dirigentes da Associação de Futebol Argentino (AFA).

"Lio tem que seguir na seleção porque tem muito para dar e porque vai chegar à Rússia em condições de ser campeão do mundo. Gostaria de falar com ele. O deixaram sozinho e não quero deixá-lo sozinho", enfatizou Maradona, por meio de um texto publicado no seu perfil na rede social Facebook.

Entretanto, ao participar no mês passado de um ação promocional da Eurocopa na França justamente ao lado de Pelé, Maradona chegou a adotar um tom bem mais crítico sobre Messi em uma conversa com o brasileiro. Em um diálogo no qual não percebeu que estava sendo gravado, ele disse que o craque do Barcelona "não tem personalidade para ser um líder" na seleção argentina.

Em um evento festivo promovido por um dos patrocinadores da Eurocopa, nesta quinta-feira (9), em Paris, Pelé e Maradona protagonizaram mais um encontro histórico entre ambos. Considerados os dois melhores jogadores da história do futebol, eles se enfrentaram como "técnicos" de duas equipes formadas por veteranos em um pequeno campo de gramado sintético, onde ajudaram a esquentar os preparativos para a competição continental que começará nesta sexta, na França.

Com o auxílio de uma bengala, cujo uso ainda é reflexo de recente operação a qual foi submetido no quadril, o Rei do Futebol entrou em campo andando com dificuldade e no início do evento ganhou um abraço carinhoso do astro argentino. Em seguida, eles se sentaram em cadeiras para acompanhar o confronto de futebol de 5 realizado no Palais Royal, um dos pontos turísticos da capital francesa.

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Maradona, entretanto, também foi ao campo no segundo tempo do duelo festivo, batizado de "jogo da amizade", no qual a equipe formada pelo argentino contou com os italianos Peruzzi, Materazzi e Ferrara, o holandês Seedorf e o francês Trezeguet. Já o time de Pelé foi escalado com dois brasileiros (Dida e Bebeto), além do inglês Ferdinand, do espanhol Hierro e do argentino Crespo. Maradona até chegou a marcar um gol na partida que terminou empatada por 8 a 8 e teve dois tempos de apenas 15 minutos, com direito a um intervalo para os ex-jogadores descansarem. Bebeto foi, por sinal, o autor do maior número de gols da equipe de Pelé.

Aos 75 anos de idade, Pelé ficou apenas observando de fora de campo o duelo festivo que ainda teve arbitragem do britânico Howard Webb, homem que apitou a final da Copa do Mundo de 2010, quando a Espanha ficou com o título ao bater a Holanda em Johannesburgo, na África do Sul.

Maradona e Pelé tiveram alguns conflitos ou trocaram farpas fora de campo ao longo das últimas décadas, mas se reencontraram em clima muito cordial nesta quinta. "Quero agradecer exclusivamente a Pelé por estar ao lado dos jogadores. Nós, com o coração, sabemos quem és e quem será. Precisamos de uma figura como ele", afirmou o argentino, falando com um microfone na mão no encerramento do evento.

Pelé, por sua vez, se referiu de forma gentil ao astro argentino. "Quero deixar uma mensagem de paz e tranquilidade. Agradeço ao meu amigo Maradona por esta oportunidade e peço um grande aplauso aos jogadores que estão aqui. É um momento de paz. Que em todo mundo haja momentos de paz, em todos os estádios", disse o Rei do Futebol, justamente no momento em que a França realiza esta edição da Eurocopa com forte preocupação com a segurança de torcedores e jogadores, tendo em vista os ataques terroristas que deixaram 130 mortos em Paris, no ano passado.

Mais de 2.000 objetos da vida e da carreira de Pelé, o Rei do Futebol, único jogador da história a vencer três Copas do Mundo, começam a ser vendidos nesta terça-feira em Londres, em um leilão que pode arrecadar mais de quatro milhões de dólares.

A principal peça do leilão organizado pela casa Julien's, que deve prosseguir até terça-feira, é a réplica do troféu Jules Rimet que a Fifa deu a Pelé, que pode alcançar o valor de 600.000 dólares.

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As três medalhas dos Mundiais vencidos por Pelé (1958, 1962 e 1970) podem arrecadar 200.000 dólares e a bola com a qual marcou o gol de número 1.000 na carreira - pelo Santos contra o Vasco da Gama, no Maracanã em 19 de novembro 1969 - 60.000 dólares.

A venda total pode alcançar três milhões de libras (3,9 milhões de euros e 4,3 milhões de dólares). Deste valor, Pelé, 75 anos, doará parte ao hospital infantil Pequeno Príncipe, da cidade de Curitiba.

"Conversei muito com minha família, meus amigos e pessoas que sabem como podemos ajudar o hospital. Sempre procuro fazer algo para ajudar os pobres", disse Edson Arantes do Nascimento à AFP na apresentação do leilão em Londres, na semana passada.

"Se tiver como ajudar pessoas que ajudam as crianças, está ótimo. É o motivo pelo qual faço isso", completou.

Os fãs do Rei também poderão tentar arrematar uma camisa do Cosmos de Nova York, clube pelo qual jogou depois da carreira no Santos, e o anel de campeão da Liga americana de futebol de 1977.

Além de uniformes e chuteiras usadas com o Santos e com a seleção brasileira, também estará a venda o par de chuteiras que usou nas gravações do filme "Fuga para a vitória", que estrelou ao lado de Michael Caine e Sylvester Stallone.

Também foram colocados à venda vários troféus individuais, como o de jogador do século da Fifa ou de atleta do século XX concedido pelo jornal francês L'Équipe.

Outro objeto de forte valor simbólico é a tocha olímpica que carregou no revezamento da tocha dos Jogos de Atenas-2004.

O leilão também tem objetos mais pessoais, como velhos passaportes, relógios e até um boletim escolar.

"Todos esses objetos sempre estarão comigo no meu coração. Poderia ficar em casa com isso tudo, mas não iria ajudar ninguém", completou Pelé na semana passada.

O programa Na Social desta semana traz os detalhes do procedimento estético mais procurado do momento: a micropigmentação. Essa técnica consiste no processo de implantar pigmentos na derme, tornando possível delinear os olhos, deixar a boca corada ou as sobrancelhas bem marcadas. Tudo isso, utilizando recurso de cores.

Além da função estética, a micropigmentação tem a vertente "paramédica", que é indicada para corrigir imperfeições, como reconstrução de aréolas dos seios, camuflagem de cicatrizes, correção de manchas de vitiligo e até mesmo calvície.

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Confira todos os detalhes sobre essa técnica, no vídeo abaixo. O programa Na Social é uma produção da TV LeiaJá, e exibido semanalmente no Portal LeiaJá.

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Pelé afirmou nesta quarta-feira que houve falha médica em uma cirurgia realizada no seu quadril em novembro de 2012, em São Paulo. Segundo o ex-jogador, o procedimento o obrigou a ser submetido a nova operação em dezembro do ano passado, nos Estados Unidos, para corrigir o erro na implantação de uma prótese entre o fêmur e bacia.

O tricampeão mundial com a seleção brasileira fez a revelação em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo em que disse acreditar ter sido vítima de erro médico na cirurgia realizada no Hospital Albert Einstein. "Segundo os médicos que me analisaram, teve um erro na técnica dos médicos brasileiros. Eu tinha um problema na resistência e a dor não passava de jeito nenhum", contou.

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Nos Estados Unidos, o ex-jogador passou por nova cirurgia em um centro médico em Nova York. Pelé contou se sentir bem agora e não enfrentar mais dores. A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo entrou em contato com a assessoria de imprensa do ídolo do Santos, que confirmou a informação de que ele credita o erro ao médico responsável pelo procedimento.

A reportagem não conseguiu localizar o médico para comentar o assunto. A assessoria de imprensa do hospital não retornou os contatos.

A prefeitura de Santos assumiu o Museu Pelé e a gestão do acervo de 560 peças do melhor jogador de todos os tempos. Pelé concordou em doar ao município que o recebeu de braços abertos parte das peças pessoais que registra sua carreira. O acervo é avaliado em R$ 19 milhões. O acordo foi feito com o prefeito de Santos, Alexandre Barbosa, e o escritório de Pelé, com intermediação da AMA Brasil, entidade que administra o museu.

"Tenho certeza de que as peças vão ser muito bem cuidadas. E quero continuar ajudando a tornar Santos conhecida no mundo todo", disse Pelé, destacando que outras grandes cidades queriam o acervo, a exemplo de Nova York (EUA), onde ele encerrou a carreira pelo Cosmos. Também o Japão e países europeus pediram o material histórico. Pelé preferiu a cidade de Santos.

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Além das 144 peças que já estavam no Museu Pelé, entre troféus, uniformes e fotografias, foram doados mais de 400 outros itens para reserva técnica e novas exposições. Entre eles, um tem lugar de destaque para o Rei: a caixa de engraxate que usava quando era menino em Bauru.

"O Pelé sempre levou Santos para o mundo. Chegou o momento de trazer o mundo para Santos. Este é um acordo histórico e mais um gol de placa do Pelé", disse o prefeito, explicando que até 20% do acervo poderá ser utilizado em exposições itinerantes. O Museu Pelé teve seu melhor momento durante a Copa do Mundo em 2014. Depois disso, enfrentou problemas de bilheterias e interesse do público. A iniciativa é uma forma de resgatar a importância do acervo do Rei e tornar o local roteiro de turistas na cidade.

A prefeitura de Santos também vai se responsabilizar pelas reformas e restaurações dos casarões do Valongo, além de incorporar o Museu à Secretária de Turismo da cidade. O Santos também pretende se aproximar desta administração. "O valor dos ingressos será significativamente reduzido e vamos estimular ações conjuntas com escolas públicas e particulares da Baixada Santista para visitação de estudantes ao Museu. Queremos mais acessibilidade para que crianças e jovens possam conhecer a história mais rica do esporte", promete o prefeito.

O Rei do Futebol anunciou nesta quarta-feira (17) de que lado ficará na eleição para a presidência da Fifa, marcada para a sexta-feira da semana que vem. Pelé apoia formalmente o ex-vice-secretário-geral da Fifa Jérôme Champagne, que por enquanto aparece com chances bastante reduzidas de vitória.

Nesta quarta, o francês publicou no site oficial de sua campanha um vídeo em que Pelé, em inglês, expressa seu apoio. "Muita gente, quando fala sobre futebol e Fifa, me pergunta: 'Por que você vai dar apoio a Jérôme?' Eu apoio Jérôme porque eu conheço ele desde que 1996, quando era ministro do Esporte. Nós nos tornamos amigos. Sei sua visão sobre futebol, sobre o futuro do jogo. Por isso eu acredito nele. A gente esteve junto muitas vezes e sempre que a gente fala de futebol ele mostra preocupação com o futuro do futebol", diz o Rei do Futebol.

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Champagne, de 57 anos, fez carreira como diplomata. Pelo que revelou Pelé, os dois se conheceram quando o francês era conselheiro diplomático e chefe de protocolo do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 1998, realizada na França. Nesta época, Champagne também conheceu Joseph Blatter, que em junho de 1998 se elegeu presidente da Fifa e levou o francês para trabalhar com ele, como conselheiro internacional.

O agora candidato à presidência da Fifa ficou na entidade por 11 anos, deixando seu cargo como conselheiro no início de 2010. Depois disso, trabalhou com diplomacia do futebol, batalhando pela aproximação entre Palestina e Israel, Chipre e Grécia, e pela aceitação de Kosovo na Fifa.

"Ele (Champagne) tem experiência, porque já esteve na Fifa por muito tempo. Sou amigo de todos que amam o futebol, mas quero o melhor. Acho que ele é uma das pessoas em que todos podem confiar. Eu amo futebol e sei que todos querem a Fifa bem organizada e democrática. Essa é a ideia de Jérôme Champagne", opina Pelé. No vídeo, o Rei do Futebol ainda deseja boa sorte ao "amigo" em português, inglês e espanhol. Também gravou uma breve passagem em inglês em que o desejo de "boa sorte" é em francês.

Os favoritos à eleição da Fifa são o xeque Salman bin Ibrahim Al Khalifa, que é presidente da Confederação Asiática e tem o apoio explícito da Confederação Africana (ainda que especule-se que só metade do continente vote com ele) e o suíço Gianni Infantino, apoiado pela Conmebol e pela Uefa. O príncipe jordaniano Ali bin Al-Hussein aparece como azarão, enquanto Champagne, assim como o político sul-africano Tokyo Sexwale, praticamente não têm chances de vencer.

Pelé está nos Estados Unidos fazendo exercícios de fisioterapia em razão de uma nova cirurgia no quadril, feita no dia 3 dezembro de 2015. O Rei do Futebol passa bem, mas ainda não definiu quando retornará ao Brasil.

De acordo com a assessoria do jogador, o procedimento foi realizado como reparo da primeira cirurgia, de 2012. Foi necessário um reposicionamento da prótese na ligação do fêmur e do quadril e a intervenção já estava prevista. Pelé, que está com 75 anos, resolveu aproveitar o período de férias com as filhas nos Estados Unidos, onde tem residência, para se hospitalizar. O procedimento foi feito no Hospital for Special Surgery, em Nova York. O ex-jogador ficou internado entre os dias 3 a 7 de dezembro. Após o retorno ao Brasil, as sessões de fisioterapia continuarão sendo realizadas.

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Nos últimos anos, Pelé vem sendo submetido a uma série de cirurgias. Em julho do ano passado, o Rei do Futebol passou por uma cirurgia na coluna para "descompressão de raiz nervosa". Dois meses antes, uma intervenção havia sido feita na próstata. Em novembro de 2014, Pelé foi internado após exames de revisão de sua cirurgia de cálculos renais diagnosticarem uma infecção urinária. Três dias depois, ele foi transferido para a UTI e foi submetido a uma hemodiálise para ajudar o rim a filtrar o sangue.

Marta voltou a fazer história com a camisa da seleção brasileira feminina. Depois de ter ultrapassado Pelé como maior goleador da história do time nacional (entre homens e mulheres), a craque atingiu neste domingo o seu gol de número 100 com a camisa canarinho. Ela brilhou na goleada por 6 a 0 sobre o México, na Arena das Dunas, pelo Torneio Internacional de Natal, no Rio Grande do Norte.

Antes de voltar a vencer pela segunda rodada da competição amistosa, o Brasil havia massacrado Trinidad e Tobago por 11 a 0, na última quarta, quando fez nada menos do que cinco gols e chegou ao total de 98 com a camisa da seleção, contra os 95 alcançados pelo Rei do Futebol.

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Como em sua estreia, o Brasil não teve dificuldades para impor o seu favoritismo diante das mexicanas. Logo no primeiro lance da partida, Andressa Alves foi derrubada na área e a árbitra assinalou o pênalti. Marta foi para a bola e bateu no canto para abrir o placar.

O México, por sua vez, tentou reagir, mas se mostrava vulnerável atrás e voltou a cometer um pênalti aos 8 minutos, desta vez sobre a veterana Formiga. Marta, mais uma vez, partiu para a cobrança e fez história ao marcar o seu centésimo gol com a camisa da seleção.

O Brasil seguia atacando com facilidade e ampliou o placar para 3 a 0 já aos 17 minutos. Debinha recebeu na área, passou pela goleira mexicana e tocou para as redes. E o 4 a 0 veio ainda na etapa inicial, aos 32, quando Debinha cruzou para Andressa Alves marcar o quarto.

Já no segundo tempo, no qual o técnico Vadão aproveitou o placar elástico para testar a entrada de outras jogadoras em campo, o Brasil chegou ao quinto gol aos 7 minutos. Formiga arriscou o chute da entrada da área, a bola desviou em uma defensora e acabou encobrindo a goleira mexicana.

E, mesmo em ritmo mais lento do que no primeiro tempo, o Brasil ainda chegou ao sexto gol aos 23 minutos, quando a zagueira Poliana finalizou com uma cabeçada uma cobrança de falta.

O Brasil atuou neste domingo com Bárbara; Poliana, Mônica, Rafaelle e Tamires; Debinha (Gabi), Thaisa, Formiga (Andressa) e Andressa Alves (Juliete); Marta (Raquel) e Beatriz Zaneratto. Após a segunda vitória em dois jogos, o time nacional voltará a campo pelo Torneio Internacional de Natal na próxima quarta-feira, contra o Canadá, às 21h45 (horário de Brasília), novamente na Arena das Dunas.

Pelé coloca seu peso de maior atleta do século nas eleições presidenciais da Fifa. O ex-jogador brasileiro fechou um acordo para apoiar o francês Jerome Champagne para o pleito que ocorre dia 26 de fevereiro de 2016. À Agência Estado, em sua primeira entrevista a um jornal brasileiro desde que anunciou sua candidatura, Champagne insistiu que a Fifa precisa ser "mais humilde" e passar por uma profunda reforma. Mas ele também faz um alerta ao Brasil: o País não pode se limitar a ser um exportador de jogador.

Pelé já havia dado seu apoio a Champagne no ano passado quando o francês ensaiava uma candidatura. Mas o projeto foi abortado ao não conseguir cinco federações que chancelassem seu nome no processo. Agora, o cabo eleitoral vai entrar em campo e a candidatura foi apresentada.

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Champagne, que é um dos sete homens que brigam pelo poder, trabalhou por onze anos ao lado de Joseph Blatter. Mas garante que não tem vergonha de ter feito parte da entidade. Ele também insiste que a Copa de 2014 no Brasil, os protestos e o "mal-estar" serviram como "ponto de virada" para a história das Copas. "O Mundial abriu os olhos das pessoas de que não se pode continuar assim", disse. Eis os principais trechos da entrevista:

Pergunta - Por que o senhor se candidata uma vez mais ao cargo de presidente da Fifa?

Resposta - Estou convencido de que, num mundo globalizado, precisamos de um governo do futebol forte. O que vemos hoje é que essa globalização trata do futebol como trata de outras esferas da economia. Os mais ricos estão cada vez mais ricos. Os que não têm muito, têm cada vez menos. E a classe média do futebol está sendo esmagada. A Fifa do século XXI é o desafio central do futebol. Também decidi me candidatar porque passamos a ver pessoas sem programa se apresentando, apenas com slogans. São vazios de substâncias. Vemos também muitas denúncias e ainda arranjos entre pessoas, numa espécie de troca de favores em salas fechadas de hotéis. A Fifa precisa ser forte e renovada.

P - Quais serão suas prioridades ao assumir a Fifa?

R - Tenho um plano de governo com oito pontos e 50 áreas de atuação. Mas posso dizer que precisamos modernizar a administração, reduzir gastos em 5%, criar uma divisão do futebol profissional, colocar a Fifa no mais alto nível de ética e transparência, revelar o salário do presidente e reforçar a independência do Comitê de Ética. Mas existe outro desafio: lutar contra o aumento de desigualdade.

P - E como se faz isso?

R - A Fifa vive o mesmo debate da reforma do Conselho de Segurança da ONU ou mesmo da Cúria no Vaticano. Suas estruturas não refletem mais o mundo. Não é aceitável que a África, com 54 países, tenha quatro lugar no Comitê Executivo da Fifa, enquanto a Europa, com 53, tenha oito. Precisamos ainda ter na estrutura do poder da Fifa os jogadores e as ligas.

P - Mas só trocar de presidente é suficiente para restabelecer a credibilidade da Fifa?

R - Não. Um bom presidente não pode atuar sem uma reforma de suas estruturas. Pode-se criticar João Havelange. Mas, quando chegou à Fifa, ele tirou a entidade do controle dos europeus. Ele entendeu que o futebol se globalizava. Sabemos muito bem que o regime militar brasileiro o apoiou. Mas, apesar disso, a verdade é que Havelange tinha entendido que precisava de outra Fifa. O mesmo debate ocorre hoje. Hoje, os mais ricos pensam que devem controlar o governo do futebol. Esse é um tema que os sul-americanos precisam pensar. O Brasil e o resto do continente não podem ficar à reboque da Europa. Não podem pensar apenas em vender jogadores. Precisamos desenvolver a liga brasileira. Temos de reforçar o campeonato do Peru. O futebol sul-americano precisa existir e ter força. E apenas uma Fifa forte pode dar esse espaço. Existe o risco de a América do Sul ser uma periferia da Europa no futebol.

P - Quais sinais estão sendo dados neste sentido?

R - O que vemos é o risco de o futebol se transformar em uma NBA. Uma liga só com poder e que atrai o mundo inteiro. O poder é tão grande que até cria sombra sobre as seleções nacionais. Isso pode ocorrer com a Europa e isso é um risco sério. Os 20 clubes mais ricos do mundo movimentam US$ 6,2 bilhões. Enquanto isso, mais da metade das federações do mundo sobrevivem com menos de US$ 2 milhões por ano. Na Europa, vamos comemorar em poucos dias a queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro. Nessa época, era possível que um clube da Romênia ganhasse a Liga da Europa. Em 1991, foi um clube da ex-Iugoslávia. Hoje, isso é impossível. Houve um aumento da desigualdade e isso afeta a todos. Há, portanto, um risco de que haja uma monopolização do futebol. Hoje, o orçamento do PSG é duas vezes maior que o segundo orçamento do país, o Lyon. O 20o colocado na Inglaterra recebe mais que os 18 clubes da Liga Holandesa.

P - Mas a Conmebol apoiou o Michel Platini.

R - Acho que a Conmebol precisa esperar a lista completa dos candidatos. Depois deve analisar as propostas de cada um e tomar uma decisão elaborada. Minha plataforma é de que o futebol sul-americano não fique à reboque do europeu. Os sul-americanos precisam de um futebol com contratos melhores de televisão, com um desenvolvimento das ligas.

P - Na América do Sul, a classe dirigente foi duramente afetada pelas prisões de maio e os processos legais. A renovação de dirigentes também precisa ocorrer na região?

R - Não só na América do Sul. O mundo inteiro precisa disso. Temos uma nova geração de dirigentes, como no Chile e novas pessoas aparecendo no Uruguai.

P - Mas qual tem sido a repercussão de suas ideias na América do Sul? O senhor recebeu algum apoio?

R - Sim, tenho o prazer e honra de confirmar pela primeira vez publicamente que Pelé vai me apoiar na campanha. Ele completou 75 anos e tenho uma relação de admiração. Conheci ele quando era ainda ministro dos Esportes de Fernando Henrique Cardoso e eu era diplomata francês em Brasília.

P - Qual será seu papel?

R - Estamos discutindo como ele vai participar. Mas isso acontecerá. Mais importante ainda são os conselhos que ele me dará. Ele tem um papel muito forte no futebol, apoiou os sul-africanos para a Copa de 2010 e tem uma visão importante sobre o jogador e o passe. Estamos em contato telefônico e em breve vamos detalhar tudo isso.

P - Em se tratando de ex-jogador, foi uma surpresa para o senhor o que ocorreu com Michel Platini, que era visto como favorito e um ex-atleta assumindo a Fifa?

R - Foi uma surpresa. Ele trabalhou como conselheiro de Blatter, assim como eu. Mas eu tinha um contrato e não recebi dinheiro depois.

P - Com todos esses escândalos, a Fifa ainda pode ser salva?

R - Claro que sim. Ela tem 111 anos e eu passei onze anos ali. Tenho orgulho disso, com projetos de desenvolvimento, mecanismos de solidariedade. Organizamos ligas em países como o Quênia, a relação com jogadores. Não tenho vergonha disso. Temos que continuar a fazer o que foi bem feito. A Fifa pode ser salva. É verdade que a crise é profunda. Mas, no meio dela, a Copa do Mundo de Futebol Feminino foi feita e foi espetacular. A Fifa é uma organização sólida. É uma crise, mas uma oportunidade também. Para isso, vamos precisar arregaçar as mangas e trabalhar.

P - Mas como é que se permitiu chegar à crise atual e que exigiu a intervenção da polícia?

R - O mundo mudou. Uma classe média passou a exigir seus direitos. As leis também mudaram. Há dez anos, a lei na Suíça permitia que empresas computassem as comissões que pagavam até mesmo em seus impostos. Eu entendo o fato de que o mundo não acredita na Fifa. Mas precisamos desse governo central do futebol. Existem entidades que querem privatizar o futebol por interesses políticos, econômicos e até criminais. Precisamos de um governo que possa conservar o futebol. Precisamos de um centro forte. Sei que vai ser difícil vencer as dúvidas.

P - Onde é que o sr. colocaria Blatter nessa história?

R - Com o tempo, com menos pressão dos jornais, a história o julgará de uma forma mais positiva. Ele fez muito.

P - Se o senhor for eleito, que lições tirará do que ocorreu na Copa de 2014 no Brasil para o futuro da Fifa?

R - Muitas. A Copa precisa ser protegida. Ela é um momento único no mundo. A primeira lição é de que a Copa precisa ser aceita em um país, em seus movimentos sociais.

Temos de estabelecer que oito ou nove estádios são suficientes para a Fifa. Mas se um governo quiser ter mais, é ele que deve assumir essas responsabilidades e isso precisa ficar claro. A outra lição é de que a Fifa precisa ser mais humilde, mais sensível e não se impor em um país. Precisamos pensar mais no impacto social da Copa. Caso contrários, teremos muitos problemas em convencer as democracias a sediar o evento. Por fim, o que precisamos aprender é respeitar os países. A Fifa não pode dar um "chute no traseiro" de ninguém. Isso nos fez recordar aos anos da escravidão. A Copa foi extraordinária. Mas o sentimento depois foi de um mal-estar. A Copa precisa ser mais aceita. O evento precisa aceitar o que existe em um país e se um governo não quer erguer um novo aeroporto, não se pode colocar como exigência. A Fifa precisa se concentrar nos estádios e apenas num número necessário.

O Mundial abriu os olhos das pessoas de que não se pode continuar assim.

Pelé completa nesta sexta-feira 75 anos. Contrariando muita gente, ele não é um senhor de cabelos brancos, bigode grosso e que passa os dias sentado em uma cadeira de balanço contando histórias. O Rei, reverenciado no mundo muito antes de sair de campo e se tornar lenda, ainda está na ativa. Nesta semana, desembarcou na Índia para fazer a alegria de milhares de pessoas, apaixonados por ele e pelo futebol. A única coisa que queriam era tocá-lo.

Pelé não chuta uma bola desde 1977, quando se despediu pela última vez no jogo do New York Cosmos contra o Santos, no dia 1.º de outubro, no Giants Stadium, em Nova York, nos Estados Unidos, atuando um tempo para cada lado. Tinha 36 anos. E nunca foi esquecido. Continua apertando a mão de gente famosa, de presidentes a papas, mas sempre que pode se refugia onde mais gosta de estar: em sua casa com a mulher, filhos e a criançada. Pelé é um senhor humilde, emotivo e bastante feliz.

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Enfraquecido pela idade, cirurgias e internações nos últimos anos, como uma troca do fêmur por desgaste e que o impedia de andar, Pelé ainda não completou a sua missão. À reportagem, revelou três desejos aos 75 anos, que ele espera festejar com a família, como nos almoços de domingo. Aliás, seu maior desejo é que os familiares continuem unidos e com saúde. Pelé tem três filhos do primeiro casamento e mais dois do segundo, além da Flávia, fisioterapeuta que o tem acompanhado desde a primeira internação e susto.

Aos 75 anos, não é mais aquele homem vigoroso e forte como nas imagens imortalizadas que o mundo se acostumou a ver. Está mais encurvado. Precisa, por vezes, se apoiar em algo ou alguém para se manter ereto. Perdeu peso. Sua saúde é monitorada mais de perto. Nas ocasiões em que esteve internado, mudou a rotina do hospital em um grande teste de popularidade. Funcionários choravam só de vê-lo passar no corredor. Seu carisma continua em alta em todas as camadas da sociedade. "A Flávia só me puxa a orelha quando não cuido da saúde, mas graças a Deus, estou recuperado", garantiu.

As viagens pelo mundo, representando marcas com as quais têm contrato, tendem a diminuir. É promessa, diz. O desgaste é cada vez maior, embora consiga descansar nos voos. Pelé tem um ritual nos aviões, do qual não abre mão: pede para a aeromoça o acordar somente na aterrissagem. Não come nem bebe. Também não se livra dos sapatos nem se desarruma na poltrona. Dorme do começo ao fim da viagem.

Nestes anos em que sustenta seu reinado, Pelé viu uma série de postulantes ao trono ficar pelo caminho. Ninguém nunca chegou nem perto dele. Maradona foi quem mais se aproximou. Ronaldinho Gaúcho e Messi não são metade do que foi. Sempre que um jogador se destaca no futebol surge a notícia de que um "novo Pelé" está sendo forjado. O Rei nunca acreditou em substituto. Seu reinado morrerá como ele.

Suas opiniões sempre foram contestadas. Ganhou fama de pé frio pelos palpites furados no futebol. Disse que o Brasil ganharia a Copa do Mundo de 2014. Deu no que deu. Agora aposta tudo no time de Dunga. "Não ficaremos fora da Copa da Rússia". Esteve recentemente do lado de Blatter para mais quatro anos de mandato antes de a corrupção ser estourada na Fifa. Agora vê amigos do passados, como Beckenbauer, enrolados em esquemas de propinas.

Nesta semana, revelou à reportagem também outros dois desejos aos 75 anos: "que o planeta tenha mais igualdade" e "que o mundo possa viver em paz", como cantou John Lennon, com quem se encontrou nos Estados Unidos no fim da década de 70. Daí a dúvida de apostar que um dia Pelé vai mesmo sossegar e tomar seu lugar na história, de camarote, vendo a vida passar.

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