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Recuperado de uma infecção urinária, Pelé recebeu nesta segunda-feira alta do hospital em que estava internado, em Paris, e vai retornar ao Brasil em um voo nas próximas horas, confirmou a sua assessoria. O ex-jogador de 78 anos vinha apresentando boa evolução do seu quadro de saúde após ter ingressado no local na última quarta.

O problema com o Rei do Futebol começou com uma febre durante evento em que se encontrou com Kylian Mbappé, jogador da seleção brasileira e do Paris Saint-Germain, na terça-feira. Após ser submetido a exames, foi diagnosticada uma infecção urinária, a mesma que o acometeu em 2014.

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Pelé foi internado no American Hospital Paris no dia seguinte e, depois de melhorar de forma gradativa, passou por uma nova avaliação no sábado, que mostrou que o problema de saúde estava controlado e a infecção praticamente extinta. Apesar disso, ele continuou em observação, pois o caso inspirava mais cuidados do que o habitual.

Inicialmente, se previa que o ex-atleta pudesse ganhar alta dos médicos no final de semana, mas apenas nesta segunda-feira ele foi liberado. O astro possui apenas um rim, foi tratado com antibióticos e seu organismo respondeu bem aos medicamentos.

Por causa do problema de saúde, Pelé precisou cancelar sua ida a um evento em que seria homenageado na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, no último domingo, onde o técnico da seleção brasileira, Tite, deu uma palestra.

Após deixar o hospital, Pelé divulgou um comunicado nesta segunda-feira, que ele iniciou retribuindo o carinho que recebeu das pessoas após ser internado. "Eu quero agradecer profundamente a vocês pelos pensamentos positivos e desejos de melhoras", ressaltou, por meio de sua assessoria.

"Enquanto eu estava aqui em Paris, eu sofri uma severa infecção urinária que requisitou assistência médica e cirúrgica emergencialmente. Mas, graças ao grande carinho do time de médicos do American Hospital of Paris, eu estou pronto para viajar para casa. Eu quero expressar o meu caloroso agradecimento a equipe do Dr. Gérard Khayat, Dr. Thierry Guetta e Dr. Gilles Boccara. A França não tem somente grandes jogadores, mas também ótimos médicos", reforçou.

Pelé ganhou alta dos médicos horas depois de ter recebido nesta segunda-feira a visita do atacante Neymar, do Paris Saint-Germain. O jogador registrou a imagem do seu encontro com o Rei do Futebol em suas redes sociais e, na legenda da foto na qual o Rei do Futebol está deitado na cama, sorridente, fez referência à semifinal do Campeonato Paulista que ocorrerá na noite desta segunda, às 20 horas, no Pacaembu.

"Hoje dá Peixão! Sim ou sim!", escreveu o craque, ao projetar o jogo do seu ex-clube, cujo time tentará reverter uma vantagem de 2 a 1 dos corintianos, conquistada na partida de ida do mata-mata do Paulistão.

Pelé apresentou melhoras, mas continua internado em Paris, na França, em tratamento à base de antibióticos para se curar de uma infecção urinária. De acordo com seu estafe na capital francesa, em conversa com a reportagem do Estado neste domingo (7), "Pelé está bem, não corre nenhum risco sério, mas também não há nenhuma pressa para retornar ao Brasil".

As decisões tomadas com a equipe médica do American Hospital Paris são diárias. "Tomaremos o máximo de precaução para sairmos", preveniu representantes de Pelé sobre a alta médica do ex-atleta. Era para Pelé ter deixou o hospital em Paris no sábado, embarcado para o Brasil e passado por novos exames nos Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

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No último sábado (6), o ex-jogador de 78 anos passou por uma nova avaliação que mostrou que o problema de saúde estava controlado e a infecção estava praticamente extinta. Apesar disso, Pelé continuou em observação, pois o caso inspira mais cuidados do que o habitual.

O problema do astro do futebol mundial começou com uma febre durante evento em que se encontrou com Kylian Mbappé, grande nome do esporte francês e do PSG, na última terça-feira. Após passar por avaliação médica, foi diagnosticada uma infecção urinária, a mesma que o acometeu em 2014.

Pelé, que possui apenas um rim, logo foi tratado com antibióticos e seu organismo respondeu bem aos medicamentos. Ele está internado desde quarta-feira e, apesar de ter apresentado boa melhora, cancelou sua ida a um evento em que seria homenageado na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, neste domingo. Na sexta, ele agradeceu aos fãs pelos desejos de pronta recuperação.

"Muito obrigado por todo o amor! Os antibióticos estão fazendo efeito e os exames estão todos ok. Eu estou me sentindo muito melhor e acho que estou pronto para jogar de novo!", escreveu Pelé naquela ocasião.

Nos últimos anos, Pelé sofreu com outros problemas de saúde. Em 2014, ele também teve uma infecção urinária e ficou internado em São Paulo. Nos anos seguintes, o ex-atleta apareceu em eventos sentado em uma cadeira de rodas, já que tem dificuldade para caminhar por causa de um problema no quadril. Para se locomover fora da cadeira, ele tem utilizado um andador.

O programa “acabou a brincadeira” do Sportv entrou em um polêmica com a afirmação do jornalista Rodrigo Capelo que colocou Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Flamengo como únicos grandes do Brasil. A fala repercutiu de forma negativa e recebeu resposta do Santos nas redes sociais.

A equipe da baixada santista, três vezes campeã da Libertadores e oito vezes campeã brasileira usou de um ranking divulgado pela France Footbal em que o Santos aparece como o brasileiro melhor colocado.

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Na ocasião, o jornalista colocou essas equipes como as grandes do Brasil, deixando de fora o Santos de Pelé. "Eu estava pensando em usar 'superclubes' (para se referir aos quatro clubes) e manter os grandes, grandes, mas em nome da clareza, vamos dessa maneira", comentou.

Além do ranking apresentado com os 30 maiores clubes do mundo em que o Santos está inserido, foram feitas outras publicações rechaçando o tamanho do clube e afirmando o amanho da sua história.

"O futebol não começou em 2013. Não adoramos balanços, nem competimos por maior EBITDA. Dinheiro vai e vem, cria ilusões, momentos efêmeros, mas não constrói história nem tradição. Não vivemos nem nunca viveremos de mecenas, nunca disputamos série B, nem somos fruto de apoio da mídia", diz as publicações.

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Pelé deverá ficar mais um ou dois dias internado em um hospital de Paris, na França, onde passou a quarta-feira após se sentir mal durante a madrugada. Ele estava em um hotel e foi levado para o hospital às pressas, por causa de preocupações com o estado de saúde do Rei do Futebol.

Pelé foi diagnosticado com infecção urinária, que já teve outras vezes. Está sendo tratado à base de antibióticos e, de acordo com informações de sua assessoria pessoal, em contato com o Estado, passa bem. Mas a alta médica está descartada nesse momento. Pele vai dormir no hospital e ficará mais 24 horas em observação.

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Da França, Pelé viajaria direto para os Estados Unidos. Ele não voltaria para o Brasil. Em sua agenda, ele e Tite, técnico da seleção brasileira, fariam uma palestra em evento na cidade de Boston. Após os problemas clínicos em Paris, a viagem para os Estados Unidos pode não acontecer mais. Sua assessoria não soube confirmar se ele cumpriria a agenda. "Saberemos isso amanhã (hoje)", informou. Assim, não está descartado seu retorno ao Brasil.

Em Paris, Pelé se encontrou na terça-feira com Kylian Mbappé, jogador do PSG e da seleção francesa campeã do mundo na Rússia. Ele é um dos jogadores mais novos a ganhar a competição da Fifa e também a fazer gol em final. Pelé conheceu o garoto e seus pais e disse a ele que não precisava sair de Paris para ser eleito o melhor do mundo. "Eu fui sem deixar de jogar no Santos", disse Pelé.

Durante a manhã, a imprensa francesa divulgou que Pelé havia sido diagnosticado com uma crise de tetania, que se caracterizada por formigamento e adormecimento das extremidades do corpo, além de contrações musculares intermitentes, acompanhadas de tremores, paralisias e fortes dores musculares. Ela poderia ter sido causada por problemas gastrointestinais ou ainda pela pouca presença de sais de cálcio no organismo. A assessoria de Pelé não confirmou essa informação.

Pelé e o atacante Mbappé se encontraram pela primeira vez durante um evento realizado em Paris nesta terça-feira e o Rei do Futebol aproveitou a oportunidade para dar conselhos ao craque do PSG e da seleção francesa. O brasileiro disse, durante entrevista coletiva, que não acredita ser necessário que o jogador deixe o clube francês para ser eleito o melhor do mundo e usou sua carreira para confirmar sua tese.

"Ele não precisa sair do PSG para ser eleito o melhor do mundo. Ele deve continuar a jogar da mesma maneira, porque ele se tornará o melhor do mundo assim. Isso é importante. Se tivermos que fazer uma comparação com Pelé, o Pelé nunca deixou Santos para ser o melhor jogador do mundo", afirmou o Rei do Futebol.

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O brasileiro ainda comentou sobre as semelhanças físicas e no estilo de jogo entre ele e o craque francês. Para Pelé, o futebol mudou muito e fica difícil a comparação entre os dois.

"Ele não pode ser como eu porque meus pais fecharam a fábrica (risos), mas ele tem a oportunidade de ter a mesma sorte que eu tive no futebol. Eu tive este presente de Deus. Depois, é o que eu sempre digo aos mais jovens: hoje, o futebol é muito mais físico do que no meu dia. Será necessário que Mbappé esteja muito bem preparado fisicamente para alcançar seus objetivos", respondeu Pelé.

O Rei do Futebol ainda destacou o que acredita que Mbappé precisa melhorar. "O que está faltando para ele? Não muito. Talvez o jogo da cabeça, o impulso e o salto. Isso é o que nos faz diferentes. Eu tive muito impulso", comentou.

O encontro entre Pelé e Mbappé se deu quase um ano após a troca de elogios entre eles durante a Copa do Mundo da Rússia, onde o francês foi campeão e atingiu feito que antes só tinham sido atingido pelo brasileiro. Na decisão contra a Croácia, Mbappé igualou o feito de Pelé ao se tornar o segundo jogador a marcar um gol na final de uma Copa com menos de 20 anos - tinha 19 anos na época, enquanto o Rei do Futebol estava com 17 em 1958.

Após a confirmação da morte de Coutinho, Pelé se manifestou e lamentou o falecimento do ex-companheiro de ataque do Santos na década de 60. Juntos, eles conquistaram diversos títulos na época mais vitoriosa da história do clube alvinegro.

"É uma grande perda. A tabelinha Pelé-Coutinho fez o Brasil ficar mais conhecido no mundo todo. Tenho certeza que um dia faremos tabelinha no céu. Minhas condolências à família", disse o Rei do Futebol.

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Pelé e Coutinho conquistaram juntos seis edições do Campeonato Paulista (1960, 1961, 1962, 1964, 1965 e 1967), cinco da Taça Brasil, o Campeonato Brasileiro da época (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965), quatro do Torneio Rio-São Paulo (1959, 1963, 1964 e 1966), duas da Copa Libertadores (1962 e 1963) e duas do Mundial (1962 e 1963).

Pepe, outro ex-companheiro de Coutinho, também comentou sobre a morte do ex-companheiro. "Ele estava com problemas, mas fora isso continuava sendo aquele moço alegre. É um cara feliz, que viveu uma vida feliz até onde deu", declarou, em entrevista para a Rádio Bandeirantes.

Coutinho foi o companheiro ideal de Pelé. Diz a lenda que Coutinho passou a usar uma faixa branca no punho direito para se diferenciar do camisa 10 e começar a ter também os elogios pelas lindas jogadas que realizava em campo. Para muitos, o atacante tinha mais visão de jogo que Pelé na hora de finalizar, o que lhe valeu o apelido de "gênio da pequena área".

Neymar se esquivou de polêmicas e afirmou, em vídeo divulgado nesta quinta-feira, que não se considera o melhor jogador brasileiro da era pós-Pelé. Para o atacante do Paris Saint-Germain e da seleção, a escolha do melhor depois do Rei do Futebol "não faz sentido". "Cada um foi importante em algum momento", declarou.

A polêmica surgiu quando a revista Placar afirmou em sua última capa que Neymar é o melhor jogador brasileiro depois de Pelé. A discussão ganhou as redes sociais e os programas de debate nos canais esportivos.

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"Não vou colocar um primeiro (melhor) jogador brasileiro pós-Pelé. Para mim, todos são importantes. Cada um fez a sua história, cada um jogou de uma maneira diferente e cada um foi importante em algum momento", disse Neymar, em vídeo divulgado pelo DAZN, serviço de transmissão de jogos por streaming (internet).

Para o atacante, é difícil escolher apenas um nome como o melhor depois de Pelé. "Tem nomes que sempre vão ficar marcados no mundo do futebol, como Ronaldo Fenômeno, Romário, Ronaldinho Gaúcho, Kaká e Zico. Enfim, se ficar falando aqui... ainda tem o Rivaldo. Todos são jogadores que tiveram a sua importância. Então é difícil eleger apenas um. Temos o próprio Roberto Carlos, que nem sequer foi atacante, mas foi um jogador com uma grande história. Esse negócio de melhor jogador brasileiro pós-Pelé é algo que não faz sentido para mim."

Neymar, contudo, admitiu que poderia ser incluído nesta lista de nomes no futuro. "Pode ser que sim, pode ser que eu esteja entre eles. Modéstia à parte, venho fazendo a minha história, venho criando o que quero para mim. Tenho números que podem me colocar ali com eles, mas, como falei antes, cada um tem a sua importância", disse o atacante, que tem no currículo um título de Copa Libertadores e uma taça da Liga dos Campeões da Europa.

"Estou fazendo a minha história, ainda tenho 27 anos. Tenho alguns anos a mais de carreira. Óbvio que já fiz coisas grandes, e quero fazer muito mais. Mas respeito muito quem já fez a sua história, respeito todos os jogadores que passaram pela seleção brasileira. Todos são espelhos, todos são ídolos e todos são importantes", declarou.

A marca francesa de cosméticos L'Oréal apresentou seu mais novo protótipo vestível que detecta os níveis de pH da pele. A empresa quer que os dermatologistas usem os dados desse novo dispositivo para criar planos de saúde, além de capacitar os usuários a aprender sobre seu próprio corpo.

A novidade foi desenvolvida com sua marca de produtos La Roche-Posay. A A L'Oréal alega que o dispositivo chamado My Skin Track pH é o primeiro a capturar vestígios de suor dos poros da pele através de microcanais, que são usados ​​para fornecer uma leitura de pH em 5 a 15 minutos.

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Segundo informa a L'Oréal, níveis variados de pH da pele podem causar condições inflamatórias, como eczema e ressecamento. Para detectar esse tipo de problema, os usuários devem colocar o dispositivo no braço e esperar um tempo até que o sensor mude de cor.

Eles então têm que abrir o aplicativo My Skin Track pH em seu telefone e tirar uma foto do dispositivo colocado no braço. Um algoritmo de visão computacional lê a medição do pH e a perda de suor e entrega um relatório, juntamente com as recomendações de produtos da La Roche-Posay.

O My Skin Track pH será lançado no final deste ano em alguns escritórios de dermatologistas dos EUA, com o objetivo de, eventualmente, ser disponibilizado diretamente para os consumidores. A L'Oréal não divulgou informações sobre preços.

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Uma das estações mais esperadas do ano, o verão, inicia na próxima sexta-feira (21). Na chegada da época comemorada por muitos, a atenção não deve ser apenas com a pele: os olhos também devem ser prioridade. É justamente no verão que aumenta o número de pacientes nos consultórios se queixando de irritações oculares ou apresentando casos de catarata, conjuntivites e degeneração macular, por exemplo. 

O oftalmologista do Instituto de Olhos do Recife (IOR) Henrique Moura de Paula explica que nessa época do ano as alergias e irritações oculares tendem a aumentar devido ao excesso de cloro em piscinas, reações alérgicas a produtos como protetores solares e a grande exposição ao sol. O médico explica que as queixas mais comuns são: vermelhidão, prurido [coceira], ardor, aumento da sensibilidade à luz [fotofobia], visão turva e sensação de areia nos olhos. 

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Alguns cuidados para prevenir problemas oculares no verão podem ser tomados a iniciar pela importância de usar óculos de sol com proteção UVA e UVB. “Passar protetor solar, lavar bem as mãos para evitar resíduos nos olhos, evitar esfregar os olhos ao sair do mar ou da piscina e usar óculos apropriado para natação também são outros cuidados. Os usuários de lentes de contato devem retirá-las antes de entrar na água e manter uma boa lubrificação ocular, de acordo com a orientação médica”, explicou.

Henrique Moura fez um alerta quanto aos riscos da exposição em excesso ao sol. “A exposição demasiada ao sol pode levar a queimaduras de córnea e lesões graves na mácula, especialmente em relação ao olhar diretamente para o sol. Essas queimaduras são gravíssimas e podem levar à cegueira”, finalizou, ressaltando que em caso de surgimento de qualquer sintoma nos olhos é recomendado procurar ajuda médica para resolver o problema e evitar complicações posteriores.

O argentino Jorge Sampaoli foi apresentado nesta terça-feira, em São Paulo, como o novo técnico do Santos. Em sua entrevista coletiva, citou craques que vestiram a camisa do time santista, como Pelé e Neymar, para falar que a equipe vai ter um estilo de jogo ofensivo. E foi o Rei do Futebol que deu as boas vindas, através de suas redes sociais, ao treinador.

"Bem-vindo ao Santos, Jorge. Eu espero que você tenha muito sucesso no nosso maravilhoso clube. Se eu puder ajudar, é só avisar. Boa sorte!", escreveu Pelé em sua conta oficial no Twitter.

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Jorge Sampaoli chega ao Santos cercado de expectativas após bons trabalhos pela Universidad de Chile e pela seleção do Chile. Entretanto, não teve o mesmo sucesso quando comandou a Argentina na Copa do Mundo da Rússia deste ano - sofreu para se classificar na fase de grupos e caiu nas oitavas de final para a França, que mais tarde conquistaria o título.

Em 2019, o Santos disputará o Campeonato Paulista, a Copa do Brasil, a Copa Sul-Americana e o Campeonato Brasileiro. A estreia oficial está prevista para o dia 20 de janeiro contra a Ferroviária, pelo Paulistão. O adversário na primeira fase da competição continental também já está definido. Será o River Plate, do Uruguai.

Dois dos maiores atletas da história do esporte do Brasil se encontraram nesta quarta-feira (28) na cidade de Santos. Pelé, o Rei do Futebol, recebeu em seu museu o ex-pugilista Eder Jofre, o Galo de Ouro, em um encontro marcado pela emoção.

Pelé deu uma chuteira para Eder, que retribuiu a gentileza com uma luva de boxe em um evento acompanhado por dezenas de pessoas. Enquanto Pelé levava o nome do Brasil para todo o mundo, Eder fazia o mesmo. O ex-pugilista foi campeão mundial nas categorias galo, em 1960, e pena, em 1973. Foram 81 vitórias, sendo 75 vitórias (51 por nocaute), quatro empates e apenas duas derrotas.

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"Sou um chorão. Estar com o Eder me emocionou, além do esforço de ele vir até aqui me encontrar. O Brasil é conhecido por nossa causa", disse Pelé. F

oi a primeira vez de Eder no Museu Pelé. O ex-pugilista, com a saúde bastante fragilizada, estava acompanhado da filha Andrea Jofre e do genro Antonio Oliveira. "Os dois foram uma maravilha, cada um em seu esporte, e deveriam ser mais bem reconhecidos no Brasil, como são no exterior. Vê-los juntos chega a arrepiar", destaca Andrea.

O empresário Pepe Altstut intermediou o encontro das lendas do esporte. "O Brasil tem que ter muito orgulho deles, pois representam o País de forma histórica. Cada um se destacou em sua modalidade e a história deles será perpetuada".

Pela primeira vez desde 1999, uma italiana está entre os 35 jovens inovadores selecionados pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) como os mais promissores de toda a Europa.

Francesca Santoro, de 32 anos, sempre se sensibilizou com as mulheres vítimas de abuso que sofriam com machucados na pele e decidiu desenvolver um projeto que as ajudasse. A pesquisadora, que trabalha no Instituto Italiano de Tecnologia (IIT), em Nápoles, criou um curativo adesivo fotovoltaico que regenera a pele, acelerando o processo de cura com a ajuda de raios solares.

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Graças a esse estudo, ela recebeu o "MIT Innovators Under35 Europe", da revista "Technology Review", que premia anualmente os criadores com menos de 35 anos que tenham apresentado os projetos mais transformadores na Europa.

"Receber esse prêmio é um sonho de todos os pesquisadores", disse Santoro à ANSA. "Estou muito emocionada, e ser a primeira italiana a recebê-lo me faz sentir ainda mais orgulhosa", continuou. Segundo ela, esse reconhecimento demonstra que "é possível fazer boa pesquisa na Itália e é uma ocasião para dar ênfase às pessoas que voltam e não falar somente de cérebros em fuga".

Nascida em Nápoles e formada na Universidade Federico II em engenharia biomédica, a pesquisadora trabalhou três anos na Universidade Stanford, nos Estados Unidos, e voltou para a Itália em julho do ano passado para trabalhar no IIT, onde coordena um grupo internacional que pesquisa o campo bioeletrônico.

Desses estudos, nasceu a ideia do curativo fotovoltaico 3D, um dispositivo descartável, econômico e flexível que estimula a regeneração das áreas lesionadas, acelerando a cura das feridas. "É um projeto nascido para demonstrar que é possível usar a conversão de raios solares em energia para acelerar a recuperação da pele, sobretudo de queimaduras", explicou Santoro. 

Da Ansa

Neste domingo (7), o ator Will Smith compartilhou com os seus seguidores do Instagram um encontro que teve com o Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos. Antes de um jantar, Will recebeu das mãos do brasileiro uma camisa da seleção brasileira autografada. "Para Will Smith, com amor do amigo Pelé", escreveu o 'rei do futebol'.

Na publicação, o astro de Hollywood agradeceu o presente. "Me encontrei com Pelé antes de um jantar. Ele me disse que eu precisaria fazer 25 embaixadinhas para poder comer e eu fiquei: 'caramba!'. Podemos ficar com fome, mas pelo menos conheci essa lenda", contou.

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O ex-jogador brasileiro Pelé desejou "boa sorte" ao atacante português Cristiano Ronaldo, que disputará sua primeira partida oficial pela Juventus neste sábado (18).

Em uma publicação em sua conta no Instagram, o ídolo do futebol brasileiro também relembrou que poderia ter atuado pelo clube italiano em 1961, quando recebeu uma proposta da Velha Senhora.

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"Boa sorte ao Cristiano no seu primeiro jogo na Juventus. Se as coisas tivessem sido diferentes, talvez eu tivesse jogado pela Velha Senhora também", contou Pelé. Segundo ele, durante um jantar há 57 anos, o dono da Fiat fez uma oferta ao Santos no valor de US$1 milhão.

Cristiano Ronaldo, contratado por 112 milhões de euros, estreia hoje na primeira rodada do Campeonato Italiano na partida contra o Chievo, fora de casa. 

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Da Ansa

O almoço está pronto, os presentes foram escolhidos a dedo e as fotos para serem publicadas nas redes sociais começam a movimentar o Dia dos Pais. Celebrada neste domingo (12), a data reúne momentos que marcaram as histórias do super-herói da casa. Visto como uma figura de aventuras quando os filhos são pequenos, o papel de pai imortaliza memórias familiares.

As palavras e atitudes brotam sentimentos que serão levados por toda vida, principalmente quando as relações com as crias geram afetos, cobranças, dúvidas, apegos e revoltas. Com as celebridades não é diferente. A fama chega, oferece benefícios, mas não poupa a paternidade de mostrar o que realmente acontece quando o assunto gira em torno dos herdeiros.

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O LeiaJá listou alguns papais famosos que causaram na mídia impactos amorosos e revoltas seletivas para quem está acompanhando de fora os "Casos de Família".

Bruno Gagliasso

O ator, conhecido pela beleza e por ser um dos nomes de talento da teledramaturgia brasileira, tornou-se pai de Titi, de apenas 4 anos. Enquanto Giovanna Ewbank estava a serviço do programa Domingão do Faustão, na África, Bruno recebeu uma ligação da amada: "Amor, sou mãe". Sem saber o que estava acontecendo, Giovanna explicou que Titi a escolheu para ser sua mãe durante visita a um abrigo de órfãos em Lilongwe, capital do Malawi, em 2015.

Em um ano e meio, o casal viajava para acertar a adoção da criança. Bruno teve que morar na África ao receber da Justiça a guarda provisória da filha. Só em maio de 2016, Bruno Gagliasso trouxe Titi de vez para conhecer o seu lar. 

Marcos Mion

O apresentador da Record, que vai substituir Roberto Justus no reality show "A Fazenda", faz questão de mostrar sua rotina com a família nas redes sociais. Pai de três filhos, frutos do relacionamento com a esposa Suzana Gullo, Mion não esconde o prazer que sente ao registrar os momentos íntimos vividos no lar.

Romeu, filho mais velho, de 13 anos, é autista, e sempre está dando orgulho aos pais pelo desenvolvimento que apresenta diariamente. Em junho, no Instagram, Marcos Mion publicou um vídeo em que dança ao lado do primogênito. "Quando a gente dança o mundo inteiro some e não existe nada mais prazeroso e importante do que o elo formado ali naquele momento", escreveu.

Ricky Martin

A sensualidade 'caliente' do cantor circula o mundo desde que fazia parte do grupo Menudo. Após investir na carreira solo e mostrar que não era só um rostinho bonito, Ricky foi além. Sempre discreto, ele decidiu encarar a paternidade.

O artista contratou uma barriga de aluguel para carregar seus dois bebês, os gêmeos Matteo e Valentino, que neste mês completam dez anos. Disposto a viver intensamente com os filhos, Ricky Martin tirou dois anos de férias para se dedicar exclusivamente à função de pai que era tão desejada. 

Latino

O cantor ganhou o estrelato na década de 1990 com o hits "Me Leva" e "Só Você". Mas o sucesso conquistado trouxe algumas dores de cabeça para Latino. Uma delas foi a acusação de estar devendo a pensão alimentícia de um dos seus nove filhos.

Em 2017, segundo o jornal Extra, Latino teve a prisão decretada por não realizar o pagamento de mais de um ano da dívida que estava atrasada. 

Pelé

O tricampeão mundial pela Seleção Brasileira virou ídolo de uma nação. Desde os anos 50, Pelé entrou para a história do futebol como um dos melhores jogadores do mundo. Já com a carreira consolidada, a intimidade familiar veio à tona. O Brasil acompanhou o drama de Sandra Regina Machado Arantes do Nascimento Felinto, que lutou por anos na Justiça para ser reconhecida como filha do astro do esporte.

Em 1996, Sandra, que foi ex-vereadora da cidade de Santos, Litoral de São Paulo, ganhou a ação, mas mesmo assim continou longe do convívio do "rei do futebol. Ela morreu em 2006 vítima de um câncer de mama.

Joe Jackson

O empresário Joe Jackson, que faleceu há dois meses, era conhecido por ser bastante exigente. As cobranças na época do grupo 'Jackson 5', onde os filhos dominavam os topos das paradas da indústria musical, entre os anos 60 e 70, eram explícitas. Michael Jackson, que morreu em 2009, fazia questão de demonstrar sua rejeição.

Os históricos de agressão física eram retratados por debaixo dos panos, mesmo com os irmãos fazendo o maior sucesso. O médico que cuidou de Michael, Conrad Murray, afirmou em vídeo ao site The Blast que o cantor foi quimicamente castrado pelo pai. A decisão do empresário foi para manter a voz do artista impecável.

Fotos: Reprodução/Instagram/Wikimedia Commons

Mourão, em sua residência no Centro do Recife, relembra a época que jogou ao lado do Rei do Futebol / Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

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Na companhia de 30 gatos, o zagueiro do Santos de Pelé, Manoel da Rocha Mourão, é o morador da única casa residencial da Rua do Aragão, no Centro do Recife. Atualmente quase integralmente ocupada por empreendimentos na área de movelaria, a via já foi reduto dos judeus fugidos do nazismo europeu e teve entre seus célebres moradores a modernista Clarice Lispector, que morou na cidade durante parte de sua infância.

Comprida e conjugada, como manda a arquitetura que impera na Boa Vista, a residência de número 128 deu mais sorte do que a casa da escritora, que amarga abandono de anos. Diante dela, Mourão é registro vivo de uma era de ouro do bairro da Boa Vista, alegrando os lojistas com os relatos de façanhas como a vitória da equipe santista sobre o Barcelona pelo placar de 6x1, no Camp Nou, na Catalunha, em 1959.

Alagoano de Viçosa, Mourão morava em Maceió quando recebeu o convite para fazer um teste para a equipe profissional do América de Pernambuco. “Eu jogava no CRB, que ainda era um time amador. Um dia, chegou lá o finado Vicente, goleiro do ‘Mequinha’, atrás de jogador. Eu tinha acabado de sair do Exército, estava com negócio de vinte anos”, conta Mourão. No Recife, o zagueiro venceu o Torneio Início do campeonato estadual, atraindo a atenção dos dirigentes do poderoso Santos. “Eles tinham jogadores de zaga com uma certa idade. Lembro que quando fui fazer o teste, o português Amândio Fernandes, um dos grandes diretores do América, me perguntou como foi. Respondi: ‘tudo certo. Agora tem dois molecotes de lá que vão ser craques. Um deles se chama Durval, o outro Pelé”, relata. 

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Em 1957, Mourão seria oficialmente contratado pelo Santos, assumindo rapidamente a titularidade como zagueiro. Lá, acompanharia a carreira de Pelé, de garoto ousado em seu primeiro treino no time profissional do Alvinegro da Vila até sua consagração como Rei do Futebol, após conduzir, com apenas 17 anos, a Seleção Brasileira ao primeiro título mundial, em 1958. “Pelé devia ter uns 15 anos de idade e estava começando no Santos. Passou a bola por debaixo das pernas do Elvio, que ficou indignado: ‘ô, moleque, me respeite!’. O garoto respondeu: ‘mas, Seu Élvio, o senhor abriu a perna e a única passagem que tinha era por aí’”, gargalha ao lembrar dos primeiros treinos do craque. 

Outros nomes de peso como Coutinho, Zito, Pavão e Jair da Rosa Pinto também estiveram ao lado de Mourão em conquistas importantes como o Torneio Rio-São Paulo e a Taça Teresa Herrera, na Espanha. “Chegamos no Camp Nou e ganhamos do Barcelona por seis a um. A gente saia jogando pela Europa, o Santos era um timaço e muito querido”, comenta o zagueiro. 

Também foi disputando a Taça Teresa Herrera que Mourão fez uma das melhores partidas de sua carreira. Em 1959, o zagueiro foi ovacionado pela imprensa por anular as investidas de ninguém menos do que Garrincha, em partida contra o Botafogo. Modesto, ele revela um pouco de sua estratégia para parar um dos maiores atacantes de todos os tempos. “Ele vinha com a bola de um lado para o outro, parecendo um carangueijo, parava e, de repente, arrancava. Eu tinha mais ou menos a mesma idade que o Mané e muita vitalidade. Percebi uma dificuldade dele de sair pelo lado esquerdo e, como sou canhoto, impedia muitas passagens”, comemora. A euforia em torno do defensor foi tão grande que o radialista Fiori Gigliotti desceu da área reservada para cumprimentá-lo pessoalmente. “Ele me sacudia e gritava: ‘você parou o Mané, você parou o Mané!’. Acontece, respondi. Se não parar, ele bagunça”, completa. 

Após as excursões pela Europa, Mourão voltaria ao Recife, contratado pelo Sport. O zagueiro teve ainda passagens ainda por Grêmio e News Old Boys, da Argentina, onde encerraria a carreira, em suas palavras, “melancolicamente”. Aos 84 anos de idade, o alagoano não se arrepende de ter deixado a promissora carreira no futebol aos 29, para cuidar da mãe doente. “Após um jogo contra os Estudiantes de La Plata, fui expulso de campo, suspenso e voltei para o Brasil com o objetivo de visitá-la. Ela me pediu que ficasse, estava precisando de cuidados”, explica. 

Mourão serve ração para os gatos de rua que adotou provisoriamente. (Chico Peixoto/LeiaJáImagens)

Casa no Centro do Recife

Após deixar o futebol, Mourão investiu seus rendimentos em uma transportadora, em que é sócio do irmão. Com a outra parte do dinheiro, resolveu comprar uma casa no Centro do Recife, pelo qual se encantou durante a estadia anterior na cidade. Memórias de tempos dourados da Boa Vista, como a da visita de Pelé e do elenco santista na casa onde ainda mora após sua aposentadoria do futebol, também reforçam sua identificação com o bairro. “Aí na esquina, onde hoje há apenas um prédio desativado, já existiu o Hotel São Domingos, que recebeu praticamente todas as delegações de futebol que vieram ao Recife. Certa vez, o time do Santos ficou hospedado nele e resolveu procurar onde eu morava”, diverte-se.

Pelé e companhia, escaparam do hotel em busca do endereço do amigo. “Na molecagem deles, encontraram a casa e pediram para minha mãe preparar um almoço, mas eu havia saído. Fui ao hotel encontrá-los, uma grande confraternização”, emociona-se. 

Mourão diante do antigo Hotel São Domingos, cujo prédio está desativado há anos. (Chico Peixoto/LeiaJáImagens)

Embora nunca tenha se casado ou tido filhos, o zagueiro não pode reclamar de falta de companhia. “Moro com três irmãs e trinta gatos. Começou a aparecer uma enxurrada deles. Minha cabeça não concorda com você pegar um bichinho desse e jogar longe”, afirma. Assim, inúmeros recipientes de água e ração foram espalhadas por sala de estar, quintal e corredor principal, mas a grande quantidade de animais torna a higienização da casa extremamente cansativa. “Quem tiver interesse em adotar algum deles, é só vir aqui e escolher quantos quiser, sem pagar nada. Eles estão alimentados e bonitinhos”, apela. 

Um grupo de pesquisadores australianos anunciou nesta quarta-feira (18) um novo teste de sangue para detectar melanoma em sua etapa inicial, o que constitui uma descoberta mundial que poderá salvar muitas vidas.

O exame poderá ajudar os médicos a detectar o melanoma, um câncer de pele muito agressivo, antes que se propague para o resto do corpo, de acordo com os cientistas da Universidade Edith Cowan, cujo trabalho foi publicado pela revista Oncotarget.

Na pesquisa, participaram 105 pacientes com melanoma e 104 pessoas saudáveis.

O procedimento experimentado permitiu diagnóstico precoce do melanoma em 79% dos casos, segundo os autores da pesquisa.

"Este teste sanguíneo é muito promissor como detector potencial porque pode identificar o melanoma em sua etapa inicial, quando ainda pode ser tratado", afirmou Pauline Zaenker, a principal pesquisadora, em um comunicado.

"Os pacientes cujo melanoma é detectado em um estado precoce têm uma taxa de sobrevida de cinco anos entre 90% e 99%", afirmou Zaenker.

Caso contrário, a taxa de sobrevivência cai para 50%.

Atualmente, o melanoma é detectado mediante um exame clínico realizado por um médico, que, em caso de lesão suspeita, procede a uma extração para a realização de uma biópsia.

"Examinamos um total de 1.627 tipos diferentes de anticorpos para identificar uma combinação de dez anticorpos, a mais apta a assinalar a presença de melanoma nos pacientes confirmados em comparação com os voluntários saudáveis", explicou Zaenker.

A equipe de pesquisa prepara um trabalho clínico que durará três anos para validar as conclusões e dispor de um teste que possa ser utilizado pelos médicos.

Un câncer em cada três é de pele, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Austrália é o país com uma das maiores prevalências de melanoma no mundo.

O ex-craque brasileiro Pelé parabenizou o atacante francês Kylian Mbappé por ele ter se tornado o segundo "adolescente" a marcar um gol em uma final de Copa do Mundo.

Mbappé, de 19 anos, anotou o quarto tento da França na vitória de 4 a 2 sobre a Croácia. Antes dele, apenas Pelé havia marcado em uma final com menos de 20 anos: ele tinha 17 quando brilhou na decisão da Copa de 1958, contra a Suécia.

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"O segundo adolescente a marcar um gol em uma final de Copa do Mundo. Bem-vindo ao clube, Kylian, é ótimo ter sua companhia", escreveu o maior de todos em seu perfil no Twitter.

Da Ansa

O ex-jogador brasileiro Pelé parabenizou o jovem francês Kylian Mbappé, que se tornou o segundo atleta da história com menos de 20 anos a marcar dois gols em um jogo de mata-mata de Copa do Mundo.

O primeiro foi Pelé, em 1958, quando tinha apenas 17 anos de idade. Mbappé, de 19 anos, foi o grande astro da vitória da França por 4 a 3 sobre a Argentina, eliminando a seleção sul-americana da Copa na Rússia nas oitavas de final. O jovem foi o autor de dois dos quatro gols da França.

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"Parabéns, Kylian. Marcar 2 gols em uma partida da Copa te coloca em boa companhia! Boa sorte no resto da competição. Exceto contra o Brasil!", escreveu Pelé no Twitter.

Da Ansa

Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens --- Diagnosticado com hanseníase, Fernando foi vítima do internamento compulsório em Pernambuco. Ele revela memórias sobre a "Cidade do Medo"

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Um esmorecimento nada comum para um jovem de 17 anos despertou a curiosidade alheia. Isolado, no canto mais brando de uma residência, o adolescente, claramente debilitado, não demonstrava energia para reerguer-se. Desconfiada da condição do rapaz, uma vizinha identificou um grande ferimento em uma das pernas do garoto, que logo se tornou claro indício de que a saúde dele precisava de sérios cuidados. A mulher tomou a iniciativa de procurar um médico e, ao fazer contato com um especialista, foi orientada a levar o jovem para uma unidade hospitalar. Seria nobre a atitude da senhora aos olhos de muitos cidadãos. Para Fernando Antônio de Paula, o rapaz enfermo, no entanto, foi o começo de um de seus piores pesadelos.

Fernando residia com sua mãe e algumas tias no bairro de Águas Compridas, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. A vizinha conhecia seus familiares; sob a orientação do médico, convenceu o rapaz a procurar a unidade de saúde, contudo, não revelou que se tratava na época de um “leprosário”, como eram chamados os locais que recebiam pessoas acometidas de hanseníase. Há exatos 33 anos, o verdadeiro destino foi o Hospital Colônia da Mirueira, situado na cidade pernambucana de Paulista. Fernando foi diagnosticado com hanseníase. Nunca mais viu grande parte de seus familiares. A vizinha não passou do portão e retornou a sua rotina social.

Entenda: A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo agente etiológico é o  Mycobacterium leprae (M. Leprae). Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, no en­tanto poucos adoecem. A doença acomete principalmente pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas. É de notificação compulsória em todo o território nacional e de investigação obrigatória. Essa doença pode acometer pessoas de ambos os sexos e qualquer idade em áreas endêmicas. Entretanto, é necessário um longo período de exposição e apenas uma pequena parcela da população infectada adoece. Fonte: Ministério da Saúde.

Em poucas horas, tudo se tornou uma incógnita para o futuro de um jovem de apenas 17 anos. Dificilmente ele aceitaria ir para a colônia caso descobrisse, antes do isolamento, que se tratava, na verdade, de um "leprosário". Nada incomum para a sociedade da época, uma vez que desde a década de 30, por meio de uma política governamental do presidente Getúlio Vargas, os brasileiros identificados com hanseníase eram obrigados a ser separados do restante da população considerada saudável. Na ótica da gestão pública do período, foi uma ação emergencial de saúde, sob o argumento de que a medicina não reunia conhecimentos suficientes para tratar a doença que apresentava alto poder de transmissão. Já na visão das vítimas do isolamento compulsório, foi uma devastadora segregação social que durou mais de 40 anos e castigou cerca de 50 mil brasileiros.

Para manter os enfermos longe do restante da população, o governo federal construiu hospitais colônias em vários estados brasileiros. Nesses locais, verdadeiras cidades foram erguidas para que os doentes construíssem laços sociais entre eles próprios. Quem era diagnosticado com hanseníase só podia se relacionar com outros acometidos pela mesma doença. Nas ruas, fora dos muros das colônias, uma espécie de polícia sanitária tinha a missão de encontrar as vítimas da enfermidade e levar a força para o isolamento.

De bens materiais a vínculos sentimentais com familiares e amigos, quase nada restou para Fernando. Se já não bastasse a alcunha de conviver com uma doença taxada de “incurável” na época, era preciso adaptar-se a uma realidade que deixava marcas na pele e principalmente na alma. Do lado de fora das colônias, o preconceito preso à raiz da população oprimia os doentes; a maioria dos sadios não queria “leprosos” por perto. Até mesmo na literatura bíblica, a doença era sinônimo de castigo contra os pecadores. Além disso, o receio de contágio, as deformações nos corpos das vítimas e a falta de tratamento adequado para curar a hanseníase, entre outros fatores, estimularam uma mancha negativa no imaginário da população: o Hospital Colônia da Mirueira, que abriga uma vila de convivência onde os pacientes construíram novas famílias, foi batizado de “Cidade do Medo”.

“Perdi o contato com todo mundo, ninguém veio aqui. Tive que fazer minha vida neste local. O que me choca até hoje eram as dores, vi os pacientes rolarem no chão frio para poder passar! Precisei conviver com tudo isso. Mesmo doentes, eu e outros homens tínhamos que ajudar a tratar os demais pacientes, porque não havia profissionais de saúde suficientes para prestar atendimento. Aqui aprendi a vida. Foi aqui que aprendi a ter amor ao próximo. Possuo lembranças de vários amigos que morreram sofrendo; acredito, no entanto, que tudo é determinado por Deus. Perdi minha família lá fora, mas construí uma nova família aqui com uma mulher que também era doente”, relata Fernando, hoje aos 50 anos, casado e pai de três filhos, com 17, 18 e 23 anos. Nenhum deles tem hanseníase.  

“Quando eu dizia que era da colônia, as pessoas tinham medo. Na época que fiz 23 anos, fomos liberados para sair do hospital. Então, resolvi tentar ver o povo e fui ao encontro de uma antiga namorada que tive aos 17 anos. Nos encontramos, mas ela estava com um banquinho e sentou-se a uma distância de uns dez metros. Ela até conversou, perguntou como eu estava, mas não chegou perto de mim. Não me tocou. Isso me deixou marcado, porque, há um tempo, eu estava deitado com essa mulher e depois ela não queria chegar perto de mim”, conta Fernando.

Em tom de desabafo, ele continua seus relatos e retorna às memórias da “Cidade do Medo”. “O isolamento era uma coisa desumana. O pessoal doente, cheio de ferimentos, sem ter ninguém capacitado para apoiar. A gente que ajudava um ao outro. Não tinha como este hospital oferecer um tratamento correto. Era Cidade do Medo porque, antigamente, existiam pessoas com orelhas enormes, nariz inchado ou despedaçado. As pessoas eram todas deformadas”. Fernando deixou de morar no Hospital da Mirueira em meados de 1990. Hoje, reside no Recife com sua esposa e os filhos.

Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens --- Mesmo sem morar mais no Hospital da Mirueira, Fernando visita com frequência os residentes que foram internados junto com ele

“Cidade do Medo”. E da resistência

De acordo com o livro “Histórias vividas na terra dos esquecidos”, das autoras Rosa Maria Carlos de Albuquerque e Maria José Dantas Mesquita, a construção do Hospital Colônia da Mirueira se deu em 1936, à época, “a cargo do Ministério da Educação e Saúde”.  Estrategicamente, a colônia foi erguida em um local afastado da área urbana, “cercado por mata virgem e intensa circulação de ar”; há quem diga que o objetivo era evitar fugas e isolar os enfermos para mantê-los longe da sociedade. “Foi construído para ser uma microcidade e com capacidade para internar 400 doentes. Foi projetado para possuir o caráter de uma cidade, com ruas, praças, templo religioso, área para administração, prefeitura, delegacia, escola, áreas de lazer, além dos complexos médicos necessários para o tratamento”, diz trecho do livro.

A obra ainda traz os seguintes detalhes: “Era divido em zonas A, B e C, sendo a zona C considerada área de contágio, onde ficavam os internos. Somente com a devida permissão era possível transpor-se a barreira e penetrar-se além das linhas demarcatórias, sob pena de repreensão, mediante a proibição imposta a todos aqueles que habitavam a zona do medo”. A inauguração oficial do Hospital Colônia da Mirueira foi realizada em 26 de agosto de 1941. “O Hospital foi símbolo do isolamento social das pessoas com hanseníase em Pernambuco. O leprosário foi construído para prestar serviço inestimável de ordem técnica, sanitária, social e humana, com a visão de proteger a coletividade. Em relação aos doentes, falava-se em vantagens e promessas redentoras, pois o medo e o preconceito eram muito maiores. Esses internamentos eram o grande pavor dos hansenianos. Geralmente os primeiros dias eram difíceis, custando noites de insônia, lágrimas, muita aflição e enorme saudade dos familiares”, traz o livro “Histórias vividas na terra dos esquecidos”.

Nos registros históricos da unidade hospitalar, a capacidade inicial era para abrigar 400 doentes, no entanto, a colônia chegou a ter 500 pacientes. “Sofreram com o preconceito e o abandono, mas criaram uma sociedade só sua. Não tiveram o direito de criar seus filhos, mas agiam como se fosse uma grande família, mesmo a colônia sendo chamada a Cidade dos Mortos-Vivos e Cidade do Medo”, acrescentam as autoras Rosa Maria Carlos de Albuquerque e Maria José Dantas.

De fato, muitos internos não tiveram o direito de criar seus próprios filhos. Pacientes grávidas, quando entravam em trabalho de parto, eram submetidas a uma separação cruel e que deixaram marcas até hoje. Seus bebês eram levados para um local chamado de preventório, no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife. Não havia mais contato entre pais e filhos. Os bebês eram adotados ou passavam a viver em orfanatos. Atualmente, ainda existem relatos de famílias que nunca chegaram a conhecer seus filhos.

Fernando presenciou esses e outros tristes episódios que marcaram o isolamento compulsório. Porém, ele resistiu aos impactos da doença, mesmo com o tratamento ineficiente na época, e persistiu ante uma considerável parcela da população brasileira que via os enfermos como seres à margem da possibilidade de conviver em uma sociedade digna. Na colônia, trabalhou em atividades de agricultura, pecuária, além dos esforços para dar assistência aos demais pacientes. A rotina dos internos nos hospitais colônias, em geral, se resumia aos afazeres que geravam os próprios bens de consumo, como os alimentos oriundos das plantações, além de se submeterem aos tratamentos médicos. Ao caminhar pela “Cidade do Medo”, Fernando faz uma viagem pelas memórias que rementem a um período de dor e ao mesmo tempo de bravura dos que resistiram à doença e ao preconceito.

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O discurso de Fernando, por mais que em vários momentos remeta a memórias tristes da “Cidade do Medo”, reforça o auxílio humano que um paciente dava ao outro durante o internamento na colônia. Os que sentiam menos efeitos da doença ajudavam os internos mais castigados pela hanseníase. Sobretudo, além do auxílio físico, existia o aparato psicológico que, para Fernando, era tão importante quanto o tratamento corporal. Ele recorda do amigo Juliano Vieira de Farias. “Seu Juliano me ajudou muito mesmo. Quando cheguei à colônia, fiquei desesperado, era a primeira vez que seria vítima de um isolamento compulsório. Ele me deu palavras de conforto, pediu paciência e me fez acreditar que um dia tudo seria resolvido. Juliano foi um dos que mais me ajudaram dentro do hospital”, relembra.

Seu Juliano, bastante conhecido entre as vítimas do isolamento compulsório em Pernambuco, foi diagnosticado com hanseníase aos 14 anos, idade em que passou a viver entre os muros do Hospital Colônia da Mirueira. Em 2016, conhecemos Juliano – na época com 71 anos - em uma reportagem do LeiaJa.com e registramos um depoimento forte, sem rodeios e que não ocultou as marcas na alma de quem “sobreviveu” na “Cidade do Medo”.

“Se você fosse jogado dentro de um leprosário como eu fui com 14 anos de idade e te falassem que dali só sairia para o cemitério, o que você faria? Não existia perspectiva de uma vida digna e caí no mundo das drogas, após ser arrastado de dentro de casa e jogado no Hospital da Mirueira. Morava no bairro da Várzea, no Recife, com meus pais e mais sete irmãos. Me deixaram longe deles e passei a viver em um lugar que classifico como depósito de lixo humano”, desabafou Seu Juliano à época.

Se Juliano foi uma das pessoas que resistiram ao isolamento compulsório. Tocou sua vida nas dependências do Hospital da Mirueira – mesmo após o fim do internamento obrigatório - até 1994, quando decidiu residir sozinho em uma casa no mesmo bairro. Não se não casou na colônia, mas construiu uma "família" graças ao aparato emocional que dava aos demais internos. Ele faleceu em 2017, aos 72 anos.

Ainda residindo em uma das casas do Hospital da Mirueira, uma vez que por determinação federal os ex-pacientes do isolamento compulsório têm direito a morar nas antigas estruturas das colônias, Marly Ferreira, 67 anos, resiste à doença à rejeição social. Na pele, existem marcas da hanseníase, mas, segundo Marly, não se comparam às cicatrizes em sua memória. Recordar da época em que o hospital era chamado de “Cidade do Medo”, consequentemente a faz lembrar do preconceito da sociedade da época. “As pessoas tinham medo da gente. Nossa própria família não nos queria por perto. E isso dói, porque até os nossos familiares não nos tocavam. Muitos nos abandonaram”, revela Marly.

Hoje, Marly convive com o marido, também acometido pela doença, e com um filho sem o diagnóstico. Assim como os outros cidadãos vítimas do isolamento que conseguiram comprovar a segregação, ela recebe uma pensão mensal de um salário mínimo e meio, desde que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que oferece ajuda de custo para aqueles que passaram pelo interno. Marly considera que atualmente o preconceito diminuiu bastante, porém, acredita que ainda é necessário disseminar informação para a população entender de vez que a hanseníase tem cura. No áudio a seguir, ele conta detalhes da sua história e desperta tristes recordações da “Cidade do Medo”.

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Um médico diante de um “depósito de pacientes”

Há 40 anos, José Carlos de Lima Cavalcante encarava um de seus maiores desafios profissionais. Na época, aos 24 anos de idade, o jovem médico recebia a missão de tratar os internos do Hospital Colônia da Mirueira, sem ter sequer o auxílio de outros profissionais de saúde, como enfermeiros, terapeutas e técnicos em enfermagem. Eram apenas ele e mais três médicos que se revezavam na colônia. De acordo com José Carlos, como o tratamento – a base de fortes de medicamentos - da hanseníase era longo – média de dez anos -, muitos pacientes não continuavam o procedimento e sofriam sérias consequência em decorrência da doença. “Os casos de antigamente eram muito mais agressivos e havia muita amputação. Hoje, o mais difícil é ver alguém falar de uma amputação. Antigamente eram umas seis amputações por ano”, diz. 

José Carlos não esquece tudo que presenciou durante o período do internamento compulsório. Sem a estrutura necessária para cuidar dos acometidos pela doença, ele e os demais médicos se viam em um local inadequado para um auxílio minimamente humano. “Cheguei como médico em 1978. A questão é que a colônia era diferente de tudo o que você pode imaginar. Era um depósito de pacientes. Porque começa que não foi programada realmente para ser um hospital. Pegavam esses pacientes, que eram um incômodo para a sociedade e um peso para a família, e jogavam aqui”, recorda em tom crítico. Até as faixas de curativo dos internos eram lavadas e utilizadas novamente.

De acordo com José Carlos, com a proximidade do fim do isolamento obrigatório, alguns pacientes que respondiam bem aos tratamentos e apresentavam pequenas sequelas, ganharam alta hospitalar, mas não tinham trabalho e muito menos para onde ir. Para dar um suporte básico a eles, a gestão da unidade, que no período já era de responsabilidade do Governo de Pernambuco, oferecia remuneração para esses internos, que passavam a ajudar os doentes graves. “Ficavam dando assistência. Aplicavam injeção, carregavam defuntos”, detalha o médico. “Havia criação de porcos, bois... Era tudo diferente de um hospital de verdade”, complementa.

Sobre a forma como a sociedade definia a colônia, José entende que pelo contexto da época, em que no Brasil a cura ainda era difícil e havia chances claras de contágio, expressiva parte da população tinha receio de chegar próximo ao hospital e principalmente tocar os doentes. “Tudo fruto da ignorância, aquilo que a gente não conhece, teme. Através dos anos, a doença ia deformando a pessoa e por isso há o medo. A segregação sempre existiu por causa do terror e do medo. Por conta das deformações, as pessoas se sentiam verdadeiros monstros. Na época não tinha nada de hospital, era um leprosário, as pessoas simplesmente eram jogadas aqui”, opina o médico. 

O internamento obrigatório na colônia pernambucana durou de 1941 a 1986. Alguns pacientes continuaram vivendo nas dependências da colônia, outros adquiriram residências e passaram a morar fora do hospital. Hoje, José Carlos é o diretor do Hospital da Mirueira.

O Hospital da Mirueira nos dias de hoje

Sob a gestão estadual, a unidade é referência em Pernambuco no tratamento de hanseníase e de dependentes químicos. Hoje, existem 22 moradores que foram vítimas do internamento compulsório e continuaram residindo nas casas da antiga colônia. Somando-se os parentes dos ex-internos, há cerca de 40 pessoas vivendo nas dependências do Hospital da Mirueira.

Segundo a assistente social da unidade, Ieda Saraiva, o hospital possui com 28 leitos exclusivos para o tratamento da hanseníase. Os próprios moradores, principalmente os idosos que não possuem familiares para auxiliá-los, contam com consultas semanais.

Além dos ex-internos, pacientes diagnosticados atualmente com a doença recebem os serviços médicos do Hospital da Mirueira. A depender do nível da enfermidade, eles podem ficar internados na unidade hospitalar. É o caso de *Maria, 54, natural do Maranhão. Há mais de dez anos, ela residia na cidade de Bezerros, Agreste de Pernambuco.

Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens --- *Maria se apega à fé e afirma que está confiante nos médicos para ser curada

De acordo com *Maria, há cinco anos ela passou a apresentar os sintomas da doença, mas os médicos não afirmavam que era hanseníase. Até que, em uma consulta particular no Recife, o diagnóstico foi oficializado. Há três anos, ela se internou no Hospital da Mirueira, onde apesar de enfrentar as consequências da doença, alimenta a esperança pela cura. “Tenho uma fé muito grande de alcançar a cura. Já vi uma pessoa que teve o mesmo problema e depois de dez anos ela foi curada. Converso muito com Deus pedindo a minha libertação, porque eu não era assim. Eu trabalhava muito e hoje não posso. E aqui os médicos cuidam bem da gente, somos bem tratados”, diz a paciente.

*Alfredo, de 58, também foi diagnosticado com a doença. Natural de Goiana, Região Metropolitana do Recife, há cerca de um mês ele apresentou hematomas no corpo; ao ser atendido por uma médica de sua cidade, o senhor foi encaminhado para o Hospital da Mirueira. “A médica mandou logo eu vir para cá. Estou me tratando e espero sair daqui logo”, comenta.

Há 13 anos trabalhando como cuidadora de uma ex-interna idosa, Rosete Lourdes Souza é exemplo de resistência ao preconceito. Antes de atuar na função, ouvia relatos amedrontadores sobre o Hospital da Mirueira. O termo “Cidade do Medo” era comum aos seus ouvidos. “As pessoas lá fora criticaram muito, diziam de maneira muito preconceituosa que era hospital de leproso, e que quem entrasse iria pegar a doença. O pessoal dizia que havia ‘paga-fígado’ e eu não sabia que era uma referência aos próprios humanos que existiam aqui. Mas não dei ouvidos, porque comigo não tem isso de preconceito”, conta a cuidadora.  

Ela auxilia Maria Bernadete Cabral, que reside no Hospital da Mirueira há 47 anos. Aos 17, morava com os pais na cidade de Orobó, interior de Pernambuco, e ao apresentar sintomas da hanseníase, foi levada a médicos particulares. Posteriormente, Maria Bernadete foi encaminhada à colônia, e diferente de outros ex-internos, a família continuou visitando ela. “Eu não estudei, não fiz coisa nenhuma, por causa do preconceito que as pessoas tinham diante da doença. Nossa família era de Orobó, no interior, e por causa do preconceito meu pai vendeu tudo e veio para Recife para me ajudar a tratar a doença”, relembra.

O atual quadro do Hospital da Mirueira possui mais de 30 médicos. A população pode marcar atendimentos para os especialistas, caso apareçam sintomas da doença. A marcação de consultas é realizada de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h; todo serviço é totalmente gratuito.

De acordo com a direção do hospital, a unidade custa aos cofres do Estado um valor de R$ 1,7 milhão mensais. O montante atende, principalmente, aos pagamentos dos servidores concursados. Ainda segundo José Carlos, desse total, são destinados à sua gestão R$ 105.600 que servem para alimentação dos pacientes, compra de medicamentos, material de curativo, água, oxigênio e manutenção da estrutura física.

Alguns ex-internos ainda recebem cestas básicas mensais e todos os pacientes internados também contam com alimentação. Ao todo, são oferecidas mais de 90 refeições. José Carlos argumenta, no entanto, que há alguns problemas no Hospital da Mirueira, como a falta de roupas para pacientes, déficit de ventiladores e ar-condicionado. De acordo com diretor, já foi solicitado à Secretaria de Saúde de Pernambuco um aumento na verba para o orçamento do hospital, porém, até então, o valor é o mesmo. José Carlos estima que um acréscimo em torno R$ 105 mil mensais seria suficiente para amenizar as dificuldades do Hospital da Mirueira.  

Atual paranorama da doença no Brasil - De acordo com o mais recente levantamento do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 25,2 mil casos de hanseníase em 2016. O quantitativo representa 11,6% dos diagnósticos do mundo. Ainda no cenário global, nosso país só perde para Índia – mais de 27 mil casos - em números oficiais da doença.

Fundado em 1981, o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) é uma das instituições de referência no combate à doença e principalmente contra o preconceito. Artur Custódio, coordenador nacional do Morhan, alerta que os números da doença no Brasil, mesmo apresentando queda nos últimos anos, ainda são preocupantes e exigem atenção contínua do Ministério da Saúde. “Em números absolutos, só perdemos para Índia”, comenta Custódio.

Além de atuar com foco educativo, por meio da realização de eventos para apresentar à sociedade informações sobre a hanseníase, o Morhan também presta auxílio jurídico às vítimas da doença, inclusive os ex-internos do isolamento compulsório. A busca por pensão para quem viveu a segregação é um aos auxílios dados pelo Movimento, além da procura por filhos que foram separados dos pais no período do internamento obrigatório. 

Segundo Artur Custódio, é necessário o fortalecimento de um trabalho com a sociedade para propagar informações que possam diminuir o preconceito e acabar com estigmas negativos da doença. “O isolamento tem um impacto até na questão do estigma; ainda há pessoas que moram nos hospitais colônias. O preconceito vai além da imagem, além da questão física. Ele pega também o campo social e o psicológico. E essas pessoas têm dificuldade de se recuperar, e para isso ser revolvido, tem que haver um processo longo educacional”, opina o coordenador nacional do Morhan. 

A NHR Brasil, instituição sem fins lucrativos que tem o objetivo de “promover a melhoria na qualidade de vida e a reabilitação das pessoas atingidas pela hanseníase e por outras deficiências físicas no Brasil, através do desenvolvimento e implementação compartilhada de serviços efetivos, eficientes e sustentáveis para que tenham plena participação na sociedade”, também realiza trabalhos sobre a doença. Segundo a assessora técnica da NHR Brasil, Rejane Almeida, é notório que o preconceito tem diminuído pela disseminação das informações de que a hanseníase tem cura, no entanto, ela reforça que o trabalho de conscientização deve ser contínuo.

“Na atualidade, o tratamento é em nível ambulatorial. Todas as equipes de saúde têm trabalhado para reduzir o preconceito e para mostrar que hoje a hanseníase tem cura. É uma doença que pode provocar sequelas, mas não significa que vai provocar. Por isso, há a importância do diagnóstico precoce, porque quanto mais rápido ele acontecer, menor será a possibilidade de desenvolver incapacidade física. E o medo da hanseníase vem justamente das sequelas que ela pode provocar, porque ninguém quer ficar com as mãos atrofiadas ou com déficit de força no pé, por exemplo”, explica a assessora técnica.

Rejane informa que os hospitais do Sistema Único da Saúde (SUS) oferecem atendimentos gratuitos para as pessoas que apresentarem os sintomas da hanseníase. Ele alerta que a partir de qualquer indício, é muito importante a procura de um médico especializado, principalmente para a realização do diagnóstico precoce. “Isso torna a hanseníase uma doença com tratamento igual às demais e requer uma responsabilidade grande dos pacientes, porque os tratamentos podem durar de seis meses a um ano”, comenta. 

“Ainda não estamos em um patamar totalmente tranquilo, porque o Brasil ainda é o segundo país em números da doença no mundo. Mas, hoje contamos com atendimentos descentralizados para toda a população. Qualquer programa de saúde da família próximo da casa do paciente está apto a tratar a doença”, acrescenta Rejane.

* Nomes fictícios utilizados para preservar a identidade dos personagens

Fotos em preto em branco são do arquivo do Hospital da Mirueira 

Serviço:

Hospital da Mirueira

Endereço: Estrada de Santa Casa, sem número, bairro de Mirueira, em Paulista-PE

Contatos: (81) 3185-4415 / hgmses@yahoo.com.br

Agendamento de consultas: segunda à sexta-feira, das 8h às 12h. Gratuito.

--> Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan)

  --> NHR Brasil

Expediente:

Reportagem - Nathan Santos

Imagens: Chico Peixot

Edição de vídeos: Danillo Campelo

Artes: Raphael Sagatio

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