Tópicos | pentatlo

Yane Marques, medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de 2012, e atual secretária executiva de Esportes e Lazer do Recife, será uma das homenageadas no Galo da Madrugada em 2019. Na manhã desta quarta-feira (28), a pentatleta compareceu à sede do bloco para falar um pouco do convite que recebeu da organização.

Com o tema "Frevo Mulher", a agremiação irá destacar Yane em um dos carros alegóricos, durante o cortejo pela principais ruas do Recife. Em entrevista ao LeiaJa.com, a pernambucana contou a alegria pelo reconhecimento em fazer parte do desfile no dia 2 de março.

##RECOMENDA##

Confira:

[@#video#@]

LeiaJá também

--> Galo da Madrugada exalta força da mulher no Carnaval 2019

A desigualdade na remuneração para homens e mulheres que exercem a mesma função não está presente somente no mercado de trabalho 'convencional'. No âmbito esportivo, muitas são as reclamações sobre o fato. O caso mais recente e que chegou a virar polêmica nas redes sociais foi durante um torneio de skate, em Itajaí (SC), em janeiro deste ano. 

No pódio do Oi Park Jam, Yndiara Asp aparece com um cheque de R$ 5 mil nas mãos, enquanto Pedro Barros o outro vencedor da disputa na categoria masculina, exibe um de R$ 17 mil. A disparidade na premiação gerou diversas discussões nas redes sociais. Na publicação do evento, internautas deixaram comentários cheios de indignação. “Machismo, a gente vê por aqui”, “um belo incentivo com prêmio machista” diziam.

##RECOMENDA##

Em entrevista ao Uol, Yndiara disse que se sensibilizou com a mobilização das pessoas nas redes. “Acho que mulheres têm o direito de receber os mesmos valores dos homens, a gente está fazendo a mesma coisa ali. Vemos que em muitas profissões existe desigualdade de salário, o mundo é machista, e no esporte também tem”. Também ao Uol, André Barros, empresário, organizador do evento e pai do campeão Pedro Barros justificou a diferença entre os prêmios. “Os 24 atletas masculinos são os 24 melhores skatistas do mundo. Entre as dez meninas que participaram, só três são profissionais. Não dá para comparar o nível de performance entre dois grupos, assim não tem como a premiação ser a mesma”.

Por meio de uma nota oficial, o torneio se pronunciou sobre o caso: 

"Temos recebido alguns questionamentos sobre a diferença de premiação do Oi Park Jam, realizado no último domingo, e entendemos que este é um debate importante para o desenvolvimento do skate no universo feminino.

O número de praticantes de skate ainda é diferente entre os gêneros e o Oi Park Jam reflete essa realidade, com 24 homens (todos profissionais e entre os mais bem colocados no ranking mundial) e apenas 10 mulheres (em sua maioria amadora) competindo. As premiações levaram em conta, portanto, a participação qualitativa e quantitativa de skatistas profissionais, que por consequência leva a um maior grau de dificuldade para se chegar às primeiras colocações.

Para mudar esse quadro, nos esforçamos para garantir que as mulheres tivessem a oportunidade, inédita, de competirem num evento de skate com visibilidade nacional e relevância internacional.

O Oi Park Jam tem como premissa estimular a popularização do skate e o aumento da participação das mulheres nessa cena, historicamente masculina. Temos ainda a intenção de, através do estímulo ao skate feminino, quebrar mais barreiras e preconceitos para, em um futuro próximo, conquistar o objetivo de ter o mesmo número de homens e mulheres praticantes, profissionais e amadores, o que levará, naturalmente, à equivalência nas premiações. Estamos comprometidos com o debate sobre igualdade de gênero e vamos continuar nos esforçando para a inserção da mulher no skate em igualdade de gênero"

[@#video#@]

Outro caso que também ganhou muita repercussão foi em 2016, quando o Brasil conquistou seu 11º título do Grand Prix de vôlei, mas a festa acabou dando lugar a uma polêmica. A seleção feminina ganhou uma premiação de US$ 200 mil (cerca de R$ 660 mil), enquanto a seleção masculina foi contemplada com US$1 milhão (R$ 3,3 milhões). Em uma entrevista após a premiação, a jogadora Sheila demonstrou sua indignação com o fato. “É uma sacanagem. Pronto, já respondi. É um absurdo. Falamos isso desde o meu primeiro Grand Prix. É injusto”. Ao GloboEsporte.com, a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) informou que a premiação está estipulada no regulamento há muito tempo e as equipes concordam com as condições.

Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, a pivô Gilmara Justino, atleta da UniNassau, afirmou também sofrer com esse tipo de problema no basquete. “Isso é injusto, claro. No basquete tem muita e extrema diferença. Sendo que nós trabalhamos igual, treinamos igual e temos títulos iguais. Acho que essa diferença não deveria ser tão grande. As mulheres sempre têm desvantagem em relação aos prêmios em Seleções ou em qualquer tipo de campeonato. Acho que nós deveríamos lutar por igualdade”, contou.

“Sempre acontece comigo. Sempre existe essa diferença de prêmio. Que eu saiba, nenhuma atleta chegou a ganhar um prêmio igual ao do masculino. Em nenhuma das categorias que eu conheço e eu converso sempre com meninas de outras modalidades”, continuou.

Para Gilmara, um dos fatores que contribuem para essa disparidade é a forma como a publicidade é feita para cada gênero. “Os campeonatos masculinos sempre são mais divulgados e mais visados, mas acho que isso está mudando. Acho que as mulheres deveriam correr atrás e lutar para mudar esse cenário. Todas pensam o mesmo, que deveria ser igual, mas ninguém ainda tomou uma atitude concreta em relação a isso”, disse.

Além de Gilmara, a nadadora pernambucana Joanna Maranhão também relatou enfrentar as mesmas situações. “Meu salário sempre foi inferior a de homens no mesmo nível ou abaixo do meu nível mesmo com a quantidade de pontos que se faz em Campeonatos Nacionais e até mesmo em resultados em Campeonatos Internacionais. Isso, dentro da natação, é muito comum”, disse em entrevista ao LeiaJá.

Para Joanna, o desporto de alto rendimento é um reflexo da sociedade. “As mulheres começaram a fazer esporte depois e, apesar de hoje a gente estar em um nível em alguns esportes, como o judô feminino, que, nesta geração tem conquistado muito mais medalhas do que o masculino, ainda existe uma disparidade. Se não forem dadas as mesmas condições para que as mulheres alcancem o mesmo nível dos homens, essa situação vai se perpetuar por muito tempo. Então, isso precisa acabar e essa desculpa não pode mais ser usada”, disse.

Discussão antiga

Este, contudo, não é um problema novo no âmbito esportivo. A discussão sobre o tema já vem de alguns anos. Em 2012, a tenista norte-americana Serena Williams – que é conhecida pelos seus inúmeros títulos na modalidade e ainda por ser a maior campeã do Grand Slam na era aberta – chegou a rebater uma declaração do tenista Janko Tipsarevic sobre o assunto. 

“Premiação igual para mulheres é ridículo”, declarou Janko durante uma entrevista. Em resposta, Serena não titubeou e respondeu: “Não é justo receber menos dinheiro do que os homens apenas porque tenho peito. Trabalho duro desde os três anos, não deveria receber menos por causa do sexo”. 

Em 2017, Serena Williams rebateu novamente outros comentários sobre o assunto. Em seu perfil no Twitter, a tenista respondeu às críticas de John McEnroe, ex-jogador de tênis, que em uma entrevista à Rádio Pública Nacional afirmou que a norte-americana seria apenas a 700ª melhor do mundo se jogasse no circuito masculino.

“Querido John, eu te admiro e te respeito, mas, por favor, me deixe de fora de suas declarações que não são baseadas em fatos. Nunca joguei contra ninguém ranqueado lá (no tênis masculino)”, escreveu Serena em seu Twitter.

[@#podcast#@]

Projeto de Lei

Em janeiro deste ano, a Câmara dos Deputados começou a analisar um projeto que proíbe o oferecimento de prêmios de valores diferentes para atletas homens e mulheres (PL 8430/17). A proibição será válida nas competições em que haja o emprego de recursos públicos ou promovidas por entidades que se beneficiem desses recursos. A autoria da proposta é da deputada Gorete Pereira (PR-CE).

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; do Esporte; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Lado positivo

Um estudo realizado pela BBC, em junho de 2017, mostra que mais esportes remuneram homens e mulheres igualmente hoje nas categorias mais altas. O estudo da BBC Sport, encomendado pela 'Women's Sports Week' mostra 83% dos esportes recompensam homens e mulheres da mesma forma. Dos 44 esportes que pagam prêmios em dinheiro atualmente, 35 pagam prêmios iguais para ambos os sexos da mesma categoria. 

O foco da pesquisa de 2017 foram prêmios em dinheiro em campeonatos mundiais e eventos do mesmo patamar de importância, o que não inclui salários, bônus ou patrocínios.

Diferente de 2014, quando a pesquisa foi realizada pela primeira vez e comprovou que cerca 30% premiavam homens com remuneração maior do que a de mulheres.

Há exceção?

A nadadora Etiene Medeiros conversou com o LeiaJá e garantiu nunca ter passado por esse tipo de problema. Etiene foi a primeira mulher do país a conquistar uma medalha de outro em um Campeonato Mundial de Natação (tanto o de piscina longa quanto o de piscina curta) e em Jogos Pan-Americanos. Ela também é a recordista mundial dos 50 metros costas em piscina curta. 

“Na natação, nunca passei por isso. Só há premiação em dinheiro nas categorias adultas e são iguais para homens e mulheres. Mas defendo a igualdade. O esporte feminino está cada vez mais forte. Vejo isso no vôlei, mas as meninas batalham muito contra isso”, disse Etiene.

A nadadora afirmou não concordar com essas disparidades por causa do gênero. “Sou contra não só no esporte, mas em qualquer situação. Hoje a juventude está mais forte. Temos que batalhar”.

A pentatleta Yane Marques também conversou com o LeiaJá e afirmou que, em sua modalidade, ela desconhece casos deste tipo. “Na minha carreira toda, que foi na natação e no pentatlo. Na natação eu não cheguei a um nível técnico para ganhar premiação por competição, mas no pentatlo sim. Mas o cheque que recebíamos era por colocação e não por gênero. Então eu não vivi isso”. 

“O que eu espero é que essas premiações sejam iguais. Eu competia as mesmas cinco provas que os homens e fiz o mesmo esforço. E hoje, especialmente, o pentatlo tem sido tão bem representado no âmbito feminino quanto no masculino. Quando eu entrei, em 2003, era comum ter 100 homens e 50 mulheres, por exemplo. Hoje são 100 e 100. Mas mesmo quando tinha essa diferença, a premiação era a mesma”, completou Yane.

Yane Marques chegou na encruzilhada que todo atleta precisa encarar: saber qual é a hora de parar. Dona da única medalha olímpica da América Latina no pentatlo moderno, a pernambucana tem duas opções: ou se mantém na briga por uma vaga nos Jogos de 2020 ou coloca um ponto final em sua vitoriosa carreira. O martelo só deve ser batido em 2017.

“Esse ano de 2017 vai ser um ano-teste para mim. Eu vou sentir meu corpo. Se eu perceber que não vivo sem isso aqui, vou continuar e vou tentar Tóquio. Se eu perceber que a magia acabou e não tenho mais o mesmo sentimento, o legado que deixei para o esporte já vai ter valido a pena”, afirma Yane.

##RECOMENDA##

A pentatleta considera que a condição para seguir em frente é a capacidade de se manter competindo em alto nível. “Ir para Tóquio por ir, para dizer que eu estive em quatro Olimpíadas, eu não vou não. Só vou se eu for competitiva”. A brasileira atingiu o seu ápice com o bronze de Londres 2012, duas medalhas pan-americanas e o vice-campeonato mundial, em 2013.

Yane é uma das grandes responsáveis por colocar o pentatlo moderno no radar do esporte nacional. O terceiro lugar em Londres e seus feitos no último ciclo olímpico fizeram com que ela passasse a ser reconhecida pelos brasileiros, apontada como esperança de medalha no Rio de Janeiro e escolhida, por votação popular, para carregar a bandeira do país na cerimônia de abertura.

“A gente ter conseguido lotar isso aqui (o estádio de Deodoro) para assistir o pentatlo, um esporte que até há pouco tempo ninguém sabia o que era, é incrível. E sei que tenho alguma contribuição para isso, porque este ainda não é um esporte muito acessível”, conta a atleta.

A idade e os sacrifícios da vida regrada de atleta são o que mais pesam para a aposentadoria. “Eu tenho 32 anos e sou atleta desde os 12. São vinte anos de treino, e isso significa que você não tem um final de semana, não pode dormir tarde, tem que acordar cedo, não pode fazer extravagância. É muita coisa”, desabafa.

Formada em Educação Física e terceiro-sargento do Exército, Yane só sabe que quer se manter no esporte: “Eu vou continuar vivendo neste âmbito do desporto. Fazendo o que, eu ainda não sei. Vai depender das oportunidades que me aparecerem. Acho que eu tenho muito o que contribuir para essa garotada”, diz.

A pernambucana considera que é preciso preparar novos atletas na modalidade. “Eu queria muito que essa geração Yane acabasse e fosse substituída por gerações melhores. A gente tem condições, tem muito talento, mas há um vácuo entre a minha geração para essa galera mais jovem”.

Por ora, Yane tem aspirações muito simples: quer descansar e voltar a dormir com a família depois de terminar em 23º lugar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. “Que fiquem as lições. Se, daqui desta torcida, meia dúzia de crianças procurem saber onde se treina pentatlo, já vai ter sido uma grande vitória”.

[@#galeria#@]

É impossível pensar em outra atleta com o tamanho que Yane Marques atingiu no Pentatlo Moderno. Pernambucana de Afogados da Ingazeira, Yane chega ao Rio de Janeiro com a experiência de quem foi mais longe na história do Brasil no esporte. Em Londres-2012, a pentatleta conquistou o bronze, primeira medalha do país na modalidade olímpica, e criou no público a esperança de uma atuação ainda mais grandiosa em 2016, no Rio.

##RECOMENDA##

Aos 32 anos, Yane Marques é sinônimo de vitórias. Difícil imaginar algo diferente assistindo a pernambucana sobrar em competições de alto nível. Curioso que a pentatleta poderia ter se tornado nadadora se não fosse o convite da Federação Pernambucana de Pentatlo Moderno. Assim que foi fundada, em 2003, a entidade viu em Yane potencial para compor a equipe estadual. 

Logo tal expectativa se concretizou. No ano seguinte ao início dos treinos de hipismo, esgrima, tiro esportivo e corrida, a jovem venceu o Campeonato Nacional em Porto Alegre. O Pentatlo caiu no gosto de Yane. Em 2007, o ouro no Pan do Rio confirmou o que os treinadores já sabiam: Yane era uma excelente pentatleta. A partir daquele momento, as vitórias se tornaram rotina e as conquistas nos Jogos Militares em 2011 aumentaram a confiança dela.

Caminho até o Rio

A Prata no Pan de Guadalajara (2011) foi o último feito antes de Yane Marques cravar de vez seu nome na história do esporte. A conquista do bronze nas olimpíadas de Londres-2012 tornou Yane a única pentatleta brasileira medalhista em Jogos Olímpicos. O momento, inesquecível para a pernambucana, foi também o maior do Brasil no pentatlo moderno. 

Yane Marques chega ao Rio de Janeiro, ainda mais consagrada pelas conquistas do Sul-americano de 2014 e o Pan de Toronto, em 2015. Se preparando na cidade onde conquistou o ouro nos jogos pan-americanos há 13 anos, Yane tem status de favorita ao ouro. Nada mais justo para quem faz história desde o momento em que trocou uma vida junto da família, na modesta cidade do interior pernambucano, pelo sonho olímpico.

O governador do estado de Pernambuco, Paulo Câmara, recebeu na manhã desta segunda-feira (7), no Recife, o ministro dos Esportes, George Hilton. O objetivo do encontro foi apresentar o percurso que a tocha olímpica fará dentro do Estado. Foram selecionados 15 municípios espalhados pela Região Metropolitana do Recife, Agreste e Sertão pernambucano. A chama também percorrerá o Arquipélago de Fernando de Noronha.

Devido a sua importância cultural e econômica, Recife foi escolhida para ser 'cidade celebração', e por isso, está sendo planejada uma cerimônia para acender a pira olímpica e uma celebração da cultura popular para receber uma comitiva no Marco Zero, no dia 31 de maio. A ideia do evento é envolver a população e divulgar mundialmente a cultura pernambucana.

##RECOMENDA##

No total, 175 pessoas participarão do revezamento em um percurso de 36 km. Cada corredor percorrerá 200 metros com a tocha em uma média 20km por hora. Em Pernambuco, Petrolina será a primeira cidade a receber o objeto olímpíco, no dia 26 de maio, e Recife será a última, no dia 31. Depois, a tocha passará pelos municípios de Lagoa Grande, Santa Maria, Orocó, Cabrobó, Garanhuns, Lajedo, Caruaru, Gravatá, Jaboatão dos Guararapes, Recife, Ipojuca, Olinda, Igarassu, Goiana e pelo Arquipélago de Fernando de Noronha.   

Ao todo, seis atletas vão representar Pernambuco: a pentatleta Yane Marques, única detentora de medalha olímpica no pentatlo moderno na América, as nadadoras Joanna Maranhão e Etiene Medeiros, a marcha atlética contará com Cisiane Dutra e Érica Sena. A Jaboatãoense Keila Costa segue no salto em distância. A pernambucana Jenifer dos Santos complementa o time de pernambucanos.

 

Três anos após a conquista da medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres, Yane Marques não está mais entre as melhores do mundo no pentatlo moderno. Neste domingo (14), ela foi apenas a 14ª colocada na Final da Copa do Mundo da modalidade, realizada em Minsk, na Bielo-Rússia.

Yane começou bem a final, sendo a quinta colocada na natação. Manteve-se entre as primeiras com o quarto lugar na esgrima, mas foi muito mal nas últimas duas provas da competição. Terminou o hipismo em 29º e foi apenas a 26ª na disputa combinada de tiro e corrida, despencando para o 14º lugar.

##RECOMENDA##

Neste ano, nas três etapas regulares da Copa do Mundo, a brasileira conquistou apenas um 21º, um 15º e um 24º lugares. No ano passado, fora 14º no Mundial e 28ª na Final da Copa do Mundo. Como comparação, ela chegou à Olimpíada de Londres com nove resultados dentro do Top 10 nos eventos que antecederam os Jogos em que foi medalhista.

A Final da Copa do Mundo definiu os primeiros classificados para a Olimpíada do Rio, respectivamente Laura Asadauskaite (Lituânia) e Riccardo de Luca (Itália). No Pan-Americano de Toronto, serão distribuídas cinco vagas por naipe, com garantia de reserva de vaga para pelo menos um atleta da Norceca (Américas do Norte e Central) e outro da América do Sul.

Yane Marques é franca favorita a ficar ao menos com a vaga sul-americana, uma vez que é 10ª do ranking mundial. Priscila Oliveira é 50ª (ficou em 29º na prova deste domingo) e a melhor argentina ocupa só o 63º lugar.

A temporada 2014 não está mesmo sendo boa para a brasileira Yane Marques. Medalhista de bronze nos Jogos de Londres/2012 e prata no Mundial/2013, nesta sexta-feira (5) ela foi apenas a 14ª colocada na final feminina do Mundial de Pentatlo Moderno, que está sendo disputado em Varsóvia, na Polônia.

Na quarta, na etapa classificatória, Yane já não havia ido bem, avançando à final apenas na 33ª colocação - a decisão teve 36 atletas. Nesta sexta, ela começou o dia em Varsóvia no 17º lugar na esgrima. Depois, se recuperou sendo a quinta na natação, sua especialidade entre as cinco disciplinas do pentatlo moderno.

##RECOMENDA##

No hipismo, obteve o 10º lugar, chegando à prova combinada de tiro e corrida com condições de brigar pelo pódio. Mas, na última etapa da final, Yane mais uma vez não foi bem, finalizando o circuito 49 segundos mais lenta que a britânica Samantha Murray, que acabou campeã. No total, foram 72 segundos de desvantagem para a medalhista de ouro - antes da prova combinada, a pontuação é convertida em tempo.

Yane chegou ao Mundial como quinta colocada no ranking mundial, apesar de uma temporada ruim. Neste ano, ela sequer foi à final da primeira etapa da Copa do Mundo (em Acapulco), foi 14.ª no Cairo e sétima na China. Depois, na Final da Copa do Mundo, acabou apenas na nona colocação. A brasileira ainda terminou em nono a importante Kremlin Cup, em Moscou (havia sido campeã ano passado), e só subiu ao pódio no Pan-Americano, como campeã.

As outras duas brasileiras que participaram do Mundial, Priscila Oliveira e Larissa Lellys não passaram para a final. No masculino, William Muinhos, Felipe Nascimento, Danilo Fagundes e Luis Magno sequer conseguiram ficar entre os 60 primeiros no masculino e não disputam a final deste sábado.

Era 12 de agosto de 2012, por volta de 18h20 na Inglaterra (13h20 em Brasília), quando Yane Marques entrava para a história do esporte mundial. Naquele momento, a brasileira cruzava, em terceiro lugar, a linha de chegada da disputa individual feminina do Pentatlo Moderno nos Jogos Olímpicos de Londres. Ali, a pernambucana conquistava o bronze que significou a 17ª medalha brasileira na competição, colocou o Brasil no 14º lugar do quadro geral de medalhas e fez dela a primeira pentatleta latino-americana medalhista olímpica.

O feito histórico de Yane aconteceu na última disputa dos Jogos Olímpicos de Londres, por volta de cinco horas antes da cerimônia de encerramento do torneio. A façanha da pentatleta ajudou o Brasil a subir três posições no quadro geral de medalhas em relação às Olimpíadas de Pequim (2008), quando o país conquistou 15 medalhas e foi o 17º.

##RECOMENDA##

Um ano depois, o bronze de Yane ecoa além de sua conquista pessoal, de enorme importância para qualquer atleta que sonha com uma medalha olímpica. O feito histórico da pernambucana deu visibilidade a ela e ao Pentatlo Moderno no Brasil.

“O bronze de Yane contribuiu não apenas para a evolução do pentatlo, mas do esporte olímpico brasileiro como um todo. A medalha num esporte pouco familiar aos brasileiros fez com que o governo, os comitês e as confederações tivessem mais convicção de propor um plano de incremento às modalidades e aos atletas com chances de melhorar o resultado nos Jogos Olímpicos do Rio em 2016”, destaca Ricardo Leyser, secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte.

 

Com informações da assessoria

Aos poucos, Pernambuco vai ganhando mais tradição no Pentatlo Moderno. Nesta sexta-feira, começa o Campeonato Pan-Americano do esporte, que será realizado em Santo Domingo, na República Dominicana. E os pernambucanos Priscila Oliveira, Felipe Nascimento e Brenna Lima estão na disputa.

Esta primeira é uma das favoritas ao pódio na categoria sênior, enquanto os outros dois vão para adquirir experiência nas categorias Júnior e Jovem A, respectivamente. Os atletas vão disputar as cinco provas no Centro Olímpio Juan Pablo Duarte (esgrima e natação) e no Complexo Palmarejo (hipismo e evento combinado de tiro e corrida). 

##RECOMENDA##

A pernambucana Priscila Oliveira vai participar pela sexta vez uma competição internacional. Neste ano, foram três etapas de Copa do Mundo – EUA, Brasil e China -, a final da Copa do Mundo e a Copa Kremlin, ambas na Rússia. 

“O primeiro semestre foi bem intenso, uma verdadeira maratona, com competições de altíssimo nível. Acredito que participar desses torneios é uma oportunidade única e tudo está sendo muito proveitoso. A cada competição adquiro mais experiência e, assim, tenho como buscar melhoras futuras”, disse a pentatleta de 24 anos.

As mulheres abrem a competição na tarde desta sexta-feira. Enquanto os homens iniciam a disputa no sábado (13).

Com informações da Assessoria de Imprensa

Participantes de seis anos de idade até 85. Entre esses, atletas referência no país. A 4ª edição do Biatlo Moderno, que será realizada neste fim de semana, no Centro de Treinamento do Pentatlo Moderno no Recife, no Colégio Salesiano, na Ilha do Leite, reúne o público amador e profissional. Articula o lazer e o alto rendimento. Serão 200 metros de nação e três quilômetros, como o sábado reservado para os mais jovens (da categoria Jovem E - abaixo de 10 anos - à categoria Jovem B - 15 e 16 anos) e o domingo para as demais categorias.

O coordenador técnico da Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno, Michael Cunningham, destacou as duas principais intenções da competição. “O primeiro objetivo do evento é divulgar mais o esporte e os atletas. Depois, é uma espécie de peneira, pois selecionamos atletas para treinamento”, afirmou.

##RECOMENDA##

Entretanto, essa ferramenta de divulgação e promoção do esporte vem ganhando uma proporção cada vez maior. “Já batemos o recorde de inscrições (os números oficiais ainda não foram divulgados, mas já são mais de 250 participantes contra 187 do ano passado) e atletas de fora do estado estão se interessando e competindo”, disse Michael.

Uma dessas atletas referência é Priscila Oliveira, considerada a segunda melhor do país no pentatlo moderno, atrás apenas da pernambucana Yane Marques – medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Bronze e que, possivelmente, estará prestigiando o evento. “O início do pentatlo é através do biatlo. É uma grande oportunidade para novos atletas iniciarem no esporte. Pernambuco está de parabéns”, explicou Priscila.

O evento disponibilizará os materiais esportivos utilizados por cada competidor, com um kit contendo uma camisa com tecido tecnológico e touca de natação de silicone. Além disso, serão colocados postos de hidratação, com isotônico ou água, e os participantes que finalizarem a prova receberão medalhas de participação cunhadas em metal.

Projeto Social

Um dos principais objetivos do Biatlo Moderno 2103 é a descoberta de novos talentos e possíveis atletas para o Pentatlo Moderno. Pensando nisso, a organização deste ano fez uma parceria com o Projeto Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. Buscando o lado social, o Biatlo receberá no dia 6 de abril (sábado) cerca de 40 crianças de um dos núcleos do Recife do referido projeto. Eles terão a oportunidade de conhecer as instalações do Centro de Treinamento do Pentatlo e experimentar as provas de tiro e esgrima, além de terem uma categoria especial no Biatlo Moderno. No final, alguns jovens serão convidados para integrar a equipe Pentaclube Salesiano/ Powerade.

Transmissão Ao Vivo

Quem quiser conferir as emoções do Biatlo Moderno 2013 terá uma importante ferramenta para acompanhar todos os detalhes da competição, mesmo de longe. Neste ano, todas as provas do evento serão transmitidas ao vivo através do portal www.pentaclube.com

Corrida Salesiana

Paralelamente ao Biatlo Moderno 2013 ocorrerá a primeira edição da Corrida Salesiana, também organizada pelo Pentaclube Salesiano/ Powerade. A prova será no dia 6 de abril (sábado), às 16h30, e terá o percurso de 5km. A largada para o evento acontece na Rua General Joaquim Inácio (com a chegada no mesmo local) e, durante o percurso, os participantes terão toda a estrutura para hidratação, além de sinalizações e segurança.

Desafio dos Jornalistas

A organização do Biatlo Moderno 2013 promoverá o Desafio dos Jornalistas. No dia 7 de abril (domingo), os profissionais de comunicação que quiserem participar das provas do Biatlo poderão concorrer a premiações, que serão distribuídas aos três primeiros colocados. A prova consiste na tradicional do biatlo: 200 metros de natação mais 3.000 metros de corrida.

Serviço

Biatlo Moderno 2013

Datas: 6 e 7 de abril (sábado e domingo)

Local: Colégio Salesiano do Recife (Rua General Joaquim Inácio, S/N, Ilha do Leite, Recife/PE)

Categorias:

Jovem: E até 10 anos

Jovem: D 11 e 12 anos

Jovem: C 13 e 14 anos

Jovem: B 15 e 16 anos

Jovem: A 17 e 18 anos

Júnior: 19 a 21 anos

Sênior: 22 a 29 anos

Máster 1: 30 a 39 anos

Máster 2: 40 a 59 anos

Máster 3: 60 anos em diante

 

Com informações da assessoria

[@#galeria#@]

Medalhista de bronze nos Jogos de Londres, a pernambucana Yane Marques quebrou dois tabus com sua conquista. Ela foi a primeira brasileira a subir no pódio olímpico do pentatlo moderno, além de ter sido também a primeira atleta do Estado a conseguir uma medalha olímpica em um esporte individual.

##RECOMENDA##

Ouro e prata em Jogos Pan-Americanos, Yane conquistou em Londres o único pódio que ainda faltava para a sua carreira vitoriosa, realizando “um sonho”, segundo ela.Na chegada ao Recife, a sua primeira surpresa: aeroporto repleto de torcedores, familiares, jornalistas e curiosos para recebê-la. Veio a primeira confissão: “A festa foi muito mais do que eu esperava”.

Mas o caminho ainda não tinha terminado. Depois de muita dificuldade, a pentatleta conseguiu chegar ao carro do Corpo de Bombeiros e seguiu pelas ruas de Boa Viagem em direção ao Derby. Durante o trajeto, recebeu ainda mais carinho do público. O fim estava previsto em uma entrevista coletiva. Após perguntas e mais perguntas, ela encerra o dia.

Mas, e quem disse que os compromissos também haviam encerrado? Começaram as ligações quase intermináveis de jornais, rádios, revistas, portais, além das poses para fotografias com os fãs pernambucanos. Todo mundo querendo saber um pouco mais sobre a conquista desta pernambucana de Afogados da Ingazeira. Yane, como de costume, procurou atender a todos com simpatia.

Em conversa exclusiva com o Portal LeiaJá, ela comentou as dificuldades das etapas do pentatlo. “É complicado dizer, cada prova tem o seu grau de dificuldade. No hipismo, por exemplo, nenhuma competidora conhece o cavalo que vai montar, enquanto na esgrima é necessário muita técnica. Natação, corrida e tiro são provas muito fortes também”, comentou.          

A atleta também comentou que não entende porque é tão difícil o apoio da iniciativa privada destinado ao pentatlo. “Eu não sei o motivo, o que impede, mas se soubesse tentaria agir em cima”, pontuou. A temporada da pernambucana na modalidade será finalizada em dezembro. Até lá, a medalhista terá a disputa dos campeonatos Brasileiro e Sul-americano.

Confira entrevista exclusiva com a atleta:

Portal LeiaJá: Além da medalha de bronze você também subiu no ranking mundial e é a segunda melhor colocada. É possível pensar no topo dessa lista em breve?

Yane Marques: Acabei de conquistar a minha primeira medalha olímpica e esse ranking é renovado a cada 12 meses. Não dá para se guiar muito pelo ranking.

LeiaJá: Você conseguiu evoluir em todas as provas do pentatlo. A que se deve esse melhora em um momento de pressão? Técnica, psicológico ou algum outro fator?

Yane: Muitos fatores. Aspectos técnicos, psicológicos e o apoio do meu treinador, que estudou e planejou estratégias novas. O Exército também me dá toda a estrutura necessária. Outro fator que também colaborou foi entrar para o Time Brasil, onde trabalhamos junto com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) questões de ciência do esporte como biomedicina, biomecânica, uma série de testes e exames. Isso ajuda nas provas.

LeiaJá: Estamos em ano de eleição. O que você reivindicaria aos candidatos para a área esportiva?

Yane: Sugeriria políticas públicas na área, estímulos para os profissionais de educação física. Iniciação no esporte é importante e precisa também ser aliada à continuidade para que as pessoas sigam neste caminho e, para isso, é necessário subsídios. É importante que seja algo natural, começando na escola.

LeiaJá: Você planeja encerrar a carreira em 2016, após os Jogos do Rio. Já sabe se quer se tornar treinadora, comentarista ou desenvolver outra atividade ligada ao esporte?

Yane: Comentarista? (risos) Eu fico nervosa na televisão. Por enquanto não está nos meus planos. Já pensei em iniciação esportiva. Trabalhar com esporte de alto rendimento também não está nos meus pensamentos por enquanto. Quero ter um projeto social, que leve o meu nome, em que possa recrutar pessoas, crianças carentes para o esporte. Quero dar a minha contribuição.

LeiaJá: Qual a mensagem que você deixa para o público pernambucano?

Yane: Continuem firmes na torcida. Nós, atletas de esportes pouco difundidos, estamos treinando e suando a camisa para representar bem o Brasil e, principalmente, o Estado de Pernambuco.

Yane Marques está muito bem posicionada na luta por uma medalha nos Jogos Olímpicos de Londres. Após duas provas no Pentatlo Moderno, esgrima e natação, a pernambucana está na segunda colocação na classificação geral. Yane está com 2.116 pontos acumulados e está atrás apenas da húngara Adrienn Toth, que tem 2.132 pontos.

A primeira participação de Yane foi na esgrima, quando ele foi sexta colocada. Ela venceu 21 lutas e perdeu 14, dos 35 combates. As 36 competidoras lutaram entre si, em combates de um minuto. Vence quem marca o primeiro ponto.

##RECOMENDA##

Em seguida, Yane caiu na piscina para disputar a etapa da natação. E a pernambucana, de Afogados da Ingazeira, repetiu o sexto lugar, o que a coloca na vice-liderança contabilizando as duas provas já realizadas.

 Yane nadou os 200m livre com o tempo de 2min12s39, seu recorde pessoal. A próxima etapa será o hipismo, ainda na manhã deste domingo (12). À tarde, fechando a programação da Olimpíada, será a vez do evento combinado, tiro e corrida, que vai definir os medalhistas.

Ocupando atualmente o 3° lugar no ranking mundial de Pentatlo Moderno, a pernambucana Yane Marques chega à Londres com grande possibilidade de pódio. Mas o caminho para a conquista não será assim tão fácil, porque ela terá adversárias que podem complicar, como as francesas Amélie Caze e Elodie Clouvel e a alemã Lena Schöneborn.

Yane subiu no ranking mundial após vencer o Campeonato Francês da categoria este ano e deixar para trás duas de suas principais adversárias, a tricampeã mundial Amélie Caze, que ficou com a prata, e a egípcia Aya Medany, medalha de bronze. A maior surpresa da competição foi a penúltima colocação da francesa Elodie Clouvel, campeã da segunda etapa da Copa do Mundo realizada no Brasil. Além delas, há a atual campeã olímpica, a alemã Lena Schöneborn como uma das fortes candidatas ao título em Londres.

##RECOMENDA##

Quando questionada sobre suas principais oponentes, Yane destaca o equilíbrio. “É difícil definir. São todas muito qualificadas. Para se ter uma ideia, todas as etapas realizadas na Copa do Mundo foram vencidas por pentatletas diferentes. Meu primeiro objetivo é estar entre as 36 que vão para a final para ,então, tentar o título”, explicou.

Em sua segunda Olimpíada, Yane ganhou confiança e intensificou o treinamento. “Vejo isso como o resultado de muito trabalho, não só meu, mas dos meus técnicos também. Vou a Londres fazer o meu melhor e buscar esse feito inédito para o Brasil”, disse a pentatleta em seu site oficial, ao se referir ao ouro olímpico.

 

Por pouco Elodie Clouvel não integrou a equipe de natação da França em 2008, nas Olimpíadas de Pequim. Durante esses quatro anos a modelo resolveu mudar de esportes e ingressar no pentatlo. Com isso a francesa pode ser uma das adversárias da pernambucana Yane Marques nos jogos de Londres, este ano.

##RECOMENDA##

Uma das principais dificuldades para Elodie se adaptar ao novo esporte foi a parte de equitação. “Eu chorava, fingia que tinha dores de barriga para não montar”, revelou a atleta que precisou de dois anos para perder o medo dos cavalos.

A jovem também se destaca pela beleza e já revelou que quando abandonar o esporte vai se dedicar a ensaios fotográficos. A bela francesa, inclusive, disponibiliza fotos de trabalhos como modelo em seu site oficial.

Confira imagens de Elodie Clouvel.

[@#galeria#@]

 

##RECOMENDA##

Carismática, de sorriso fácil e sempre solicita à imprensa e aos fãs. Todas essas características nos leva a pensar que estamos falando de uma artista, alguém na qual o glamour está sempre em volta. Na verdade, a pessoa em questão trata-se de uma pernambucana simples, nascida no interior e que com muita dedicação se tornou uma multiatleta. Uma pentaatleta.

Nascida no dia 7 de janeiro de 1984, na cidade sertaneja de Afogados da Ingazeira, localizada a 390 km do Recife, Yane Marques acumula essas e outras características que fazem dela uma vencedora. A pernambucana nunca teve vida fácil e precisou deixar o seu município natal com apenas 11 anos. “Nesse período, minha irmã iria prestar vestibular e viemos todos para a capital, eu, minha mãe e os três irmãos. Eu vim meio que de carona”, brinca. Ela conta ainda que se adaptou à vida no Recife. “Dei continuidade a minha vida. Comecei a nadar aos 12 anos e com quase 20 foi que eu comecei no pentatlo”, explicou.

Yane nadava na Nikita Natação. Em outubro de 2003, o auxiliar técnico da equipe, Nuno, convidou a nadadora para conhecer um pouco mais sobre o Biatlo (que mescla natação e corrida), através da Federação de Pentatlo - que acabara de ser criada por Alexandre França – que tinha sido transferido para o Exército do Recife. Ele futuramente se tornaria o primeiro e único treinador da pernambucana. A Afogadense participou e venceu a seletiva, iniciando a sua trajetória no novo esporte.

O pentatlo é conhecido como o esporte que procura o atleta perfeito. Os relatos indicam que ele foi criado na Grécia Antiga e tinha corrida de 200m, arremesso de disco e dardo, salto em distância e luta livre. Posteriormente, o Barão de Coubertin daria uma nova roupagem à modalidade, durante a realização dos Jogos modernos, à partir de 1896. Ele a denominou de Pentatlo Moderno e a partir deste momento as provas se configuravam com: natação e corrida, que enfatizam a questão física, além do tiro (aspecto emocional), esgrima (inteligência) e hipismo (coragem, adaptação e auto-controle), uma vez que os competidores montam cavalos desconhecidos.

Yane só nadava. A partir deste momento precisaria aprender e desenvolver os outros quatro esportes. “Foi um desafio, mas gratificante. São modalidades totalmente distintas e sensações diferentes a cada treino. Então, isso é interessante e você não se cansa de fazer a mesma coisa todo dia”. Ela ainda contou os problemas do início da carreira. “Minha maior dificuldade foi a adaptação à prova de corrida. É engraçado, né? Principalmente partindo do princípio que quem anda também corre. Consegui desenvolver bem em todas, mas a corrida era mais complicada. Eu vi que tinha muito para melhorar, estava deixando a desejar em relação ao avanço das demais. Mas hoje consigo manter um bom equilíbrio”, analisou.

Depois da adaptação, Yane mantém a humildade e conta a sensação de hoje ser o principal nome do pentatlo moderno no país, além de aparecer como referência para atletas e futuros esportistas. “É uma responsabilidade muito grande, sinto isso. Reconheço que minha história está escrita nos livros, mas acho que o pentatlo vive um momento muito bom. Independente da minha participação, das minhas medalhas, acho que o apoio e essa dedicação das pessoas envolvidas para que o esporte se desenvolva e seja difundido no país está sendo fundamental. Ver uma competição como o 3º biatlo moderno, aqui no Recife, com mais de uma centena de inscritos, é uma sensação muito boa. É importante olhar seu esporte tão divulgado e praticado como os mais tradicionais”, comemora.

Hoje, Yane lidera o ranking nacional da Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno (CBPM), com 5372 pontos, seguida da conterrânea Priscila Oliveira (5060) e da paraibana Larissa Lellys, com 5000.  Além disso, a pernambucana, de 1,66m. ainda é a 10ª melhor do mundo, segundo a Union International de Pentathlon Moderne (UIPM), com um escore de 150 pontos.

Mantendo a rotina puxada de treinamentos, a atleta acumula marcas importantes como o ouro no Sul-americano de 2006, nos Jogos Pan-Americanos de 2007 e no Campeonato Pan-americano de pentatlo 2010. Ela também ficou com o segundo na grande final das etapas da Copa do Mundo de 2009, no mundial militar de 2010 e no Pan-2011, no México. Ela, agora, se prepara para a sua segunda Olimpíada, em Londres, esse ano.

A pernambucana reforça a importância do maior evento esportivo mundo e conta como está a preparação. “Não preciso nem dizer que a Olimpíada é a competição alvo deste ano. Todo trabalho feito está sendo voltado para essa disputa. Todas essas competições: Copa do mundo, Campeonato mundial, Aberto da França, eu estou fazendo como preparatórias, testando novas coisas e confirmando outras que não valeram a pena. Enfim, quero chegar nas olimpíadas nos ‘cascos’ mesmo”, brincou.

Quando perguntada sobre suas principais oponentes, Yane destaca o equilíbrio. “É difícil definir. São todas muito qualificadas. Para se ter uma ideia, todas as etapas realizadas da Copa do mundo foram vencidas por pentaatletas diferentes. Meu primeiro objetivo é estar entre as 36 que vão para a final e tentar o título em seguida”, explicou.

Se já era complicado se dividir entre as cinco modalidades do pentatlo, Yane ainda arruma tempo para namorar o também pentaatleta pernambucano Aloísio Sandes, sexto melhor do país, além de cursar o 8º período da faculdade de educação Física. Ela explica como faz para dar conta de todas as atividades. “Estou cursando uma disciplina por semestre. É difícil, quase não assisto aula, mas a instituição onde eu estudo (Faculdade Mauricio de Nassau) dispõe de um sistema interessante via internet que me ajuda bastante. Já estou na terceira disciplina do período, faltam apenas mais duas. Aos pouquinhos eu vou concluir sim”, detalhou, revelando que após se aposentar pretender trabalhar com iniciação esportiva junto às crianças.    

Yane realmente tem um fôlego invejável. Mesmo utilizando as etapas da Copa do mundo como preparatória, ela segue com 100% de participação em finais. Neste sábado (21) ela vai tentar o título da competição, que está sendo realizada no Hipódromo da cidade de Rostov, na Rússia.

Com essas conquistas e posturas, a pernambucana se tornou referência e por onde passa, o público aproveita para ter um momento com atleta. Antes do Portal LeiaJá conseguir entrevistá-la, foram varias as interrupções de fãs querendo uma foto ou autógrafo. Ela afirma que curte esse carinho. “Eu confesso que gosto muito desse reconhecimento. Independentemente da área que a gente atue, nós buscamos fazer um trabalho bem feito para ser reconhecido, isso é fato. Se eu estou tendo este reconhecimento, tenho que retribuir da melhor forma possível. É o que tento fazer, não sei se tenho conseguido, mas quero sempre dar atenção a todo mundo, tirar foto”, finalizou. 

Por fim, Yane deixa um recado para os pernambucanos:

[@#video#@]

Foi dela a primeira medalha do Brasil nos jogos Pan-Americanos de 2011, em Guadalajara, no México. Altitude e pista enlameada foram alguns dos obstáculos que a pernambucana Yane Marques teve que superar para conquistar o segundo lugar no pentatlo moderno.

Engana-se quem pensa que a jovem de Afogados da Ingazeira ficou decepcionado com o seu desempenho nos jogos deste ano. Mesmo sem conseguir repetir a boa atuação que teve no Pan de 2007, no Rio de Janeiro, Yane destaca que o objetivo foi alcançado no México. “Algumas pessoas chegaram a dizer que eu perdi o ouro. Mas não foi bem assim eu conquistei a prata e a classificação para a Olimpíada de Londres”.

##RECOMENDA##

A atleta, que teve um período de preparação duas semanas antes do Pan no estado do Colorado, nos Estados Unidos, explicou que houve algumas diferenças entre os jogos Pan-Americanos no Brasil e no México. “Competir em casa sempre é melhor. Enfrentamos algumas dificuldades lá em Guadalajara. O tempo do aquecimento de todas as atletas foi reduzido. Além disso, as instalações para as provas não foi das melhores, principalmente na esgrima, onde a luz do sol refletia atrapalhando em alguns momentos. É chato porque você se prepara quatro anos para competir da melhor forma e as pessoas não tem este mesmo zelo na hora de organizar”.

A medalha de ouro no Pan de Guadalajara ficou com a norte-americana Margaux Isaksen, que na opinião de Yane foi uma adversária muito forte principalmente na corrida. “Ela é a segunda melhor do mundo na parte da corrida. Ela me passou justamente nesta prova. Tentei esboçar uma reação, mas vi que não tinha como. Chegou um momento na prova que eu sabia que não tinha mais como ganhar o ouro, mas que a prata estava garantida”.

Passado o Pan, Yane está de férias até o dia 19 de novembro. Ao invés de tirar este período para descansar, ela estará embarcando para Paris, na França, para aprimorar a esgrima. É justamente nesta modalidade que atleta percebe que está tendo um melhor desenvolvomento. “Há um tempo a minha melhor prova era a natação. Tenho feito uma prova de esgrima bem competitiva e consigo fazer uma média de 800 a 900 pontos, que para competições internacionais é uma pontuação muito boa”.

A falta de pessoas para treinar a esgrima em Pernambuco era um dos motivos para o baixo rendimento da atleta no início da carreira. Atualmente, ela consegue manter os treinos da modalidade no Colégio Salesiano, no Recife e também treina no Rio de Janeiro, junto com a equipe masculina de esgrima. O esporte também já promoveu momentos inesperados na carreira de Yane. “Participei de três provas no Campeonato Brasileiro de Esgrima do ano passado e conquistei o pódio em todas. Foi muito engraçado porque os organizadores não queriam que a gente pontuasse para o ranking. Segundo eles, se eu entrasse para o ranking poderia tirar alguma outra competidora que estivesse concorrendo a vagas em campeonatos internacionais”.

A atleta pernambucana não irá participar do Campeonato Brasileiro de Pentatlo Moderno que será realizado no final do ano para aprimorar a preparação para os jogos de Londres, em 2012. A temporada para Yane começará com a Copa do Mundo da modalidade que terá a segunda etapa realizada no Rio de Janeiro. Para ela é difícil fazer uma projeção de como será seu desempenho durante as Olimpíadas na Inglaterra.

Mas por conhecer alguns detalhes da prova do próximo ano, como a percurso da prova de equitação, e por alguns resultados obtidos durante esse ano, a atleta está confiante em bons resultados. “Eu acredito que dê para trazer medalhas. Eu já estive na frente da alemã que foi campeã olímpica em algumas competições. Se eu já ganhei dela, por que eu não posso a campeã olímpica”, argumentou Yane com um largo sorriso no rosto.

Entre viagens e competições, a pernambucana tenta manter os estudos em dia. Estudante do oitavo período de Educação Física, na Faculdade Maurício de Nassau, Yane vai aos pouquinhos terminando a graduação. “Já estou trabalhando em meu projeto de conclusão de curso depois de mudar o tema umas três vezes”. E quando perguntada sobre a previsão para a formatura ela responde entre risos. “Não me faça perguntas difíceis”.

A Primeria medalha do Brasil veio com a pernambucana Yane Marques no pentatlo moderno. Após um dia cansativo de competições a atleta de Afogados da Ingazeira garantiu a prata  e não conseguiu repetir o feito do Pan do Rio 2007, quando garantiu o ouro na modalidade. De "consolo", além da medalha em Guadalajara 2011, a brasileira garantiu uma vaga para os Jogos Olímpicos de Londres, no próximo ano.

Yane chegou a liderar a prova até a última etapa quando marcava 3.468 pontos, 88 a mais que a americna Margaux Isaksen, então com 3.388. Mas na última etapa, a americana se saiu melhor na combinação de tiro e corrida e garantiu o ouro.

##RECOMENDA##

Outra pernambucana a fazer história no pentatlo moderno é Priscila Oliveira, companheira de treino de Yane e que, na sua primeira participação em Panamericanos, conquistou o 9o lugar geral da prova.

O pentatlo moderno é formado por um conjunto de esgrima, natação, hipismo e uma combinação de corrida e tiro. O resultado se dá com uma soma de pontos distribuídos em cada modalidade. Atualmente Yane Marques ocupa o 5o lugar no ranking mundial.

Yane Marques conquistou neste sábado a primeira medalha do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. A brasileira faturou a prata no pentatlo moderno e assegurou a vaga para a Olimpíada de Londres, em 2012. O ouro ficou com a norte-americana Margaux Isaksen.

A briga pelo pódio foi decidida somente na última etapa do pentatlo, com disputa combinada de tiro e corrida. Yane ficou em segundo lugar e não conseguiu beliscar o ouro. A brasileira liderava até a etapa anterior, com 3.468 pontos, contra 3.388 da americana.

##RECOMENDA##

Yane fez uma apresentação perfeita na prova de hipismo, terceira etapa, sem cometer nenhuma falta. Ela obteve a pontuação máxima, de 1200 pontos. Com este resultado, a brasileira conquistou o direito de largar com 20 segundos de vantagem sobre a segunda colocada na última etapa do pentatlo. A vantagem, contudo, não foi suficiente para assegurar o ouro.

Pouco depois da conquista de Yane, o Brasil faturou sua segunda medalha no México, no tae kwon do. Márcio Wenceslau conquistou o bronze ao ser derrotado pelo mexicano Damián Villa, campeão mundial em 2009, nas semifinais da categoria até 58kg.

A atleta, natural de Afogados da Ingazeira, está na terceira etapa do pentatlo moderno tendo acumulado 2.268 pontos nas outras fases. A principal adversária de Yane é a norte-americana Margaux Isaksen, que liderou a prova de esgrima.

Outra pernambucana que está disputando medalha na modalidade é Priscila Oliveira. A brasileira terminou a prova de esgrima na décima colocação.

##RECOMENDA##

Na natação Yane Marques foi a primeira colocada, enquanto Priscila ficou em segundo. Na classificação geral Priscila ocupa a sexta colocação.

No pentatlo, as atletas disputam provas de natação, tiro, corrida, esgrima e hipismo.

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando