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O Plenário do Senado pode votar na próxima terça-feira (1°) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência (PEC 6/2019). A votação, que estava marcada para a última terça-feira (24), foi adiada para a realização da sessão do Congresso Nacional que derrubou vetos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) diante de itens da Lei de Abuso de Autoridade.

Antes da análise em Plenário, a proposta terá que passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde será votado o relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), com a análise das 77 emendas apresentadas.

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No relatório, Tasso acatou apenas uma emenda supressiva, para não prejudicar o acesso à aposentadoria integral de quem recebe vantagens variáveis vinculadas a desempenho no serviço público, e corrigiu a redação do trecho que inclui os informais entre os trabalhadores de baixa renda que terão acesso ao sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas favoráveis.

Foram rejeitadas as emendas de senadores com temas ligados a servidores públicos, mudanças em pensões, idade mínima, regras de transição, aposentadorias especiais, cálculo da aposentadoria, abono salarial e regras especiais para grupos específicos. Segundo o relator, nas emendas “não se identificaram novos temas em relação ao deliberado anteriormente na CCJ, e em relação às conclusões de seu parecer anterior”.

Ainda assim, senadores como Paulo Paim (PT-RS) e Eliziane Gama (Cidadania-MA) já declararam que vão tentar aprovar destaques ao texto durante a discussão no Plenário. Entre os pontos que podem sofrer destaques estão as restrições ao abono salarial, benefício pago a quem ganha menos de dois salários mínimos (R$ 1.996) e tem pelo menos 5 anos de cadastro no PIS/Pasep. O texto da reforma assegura o direito apenas a quem tiver renda mensal igual ou menor que R$ 1.364,43.

Calendário

Após o adiamento da votação em Plenário, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou que não gostaria de ter alterado a data, mas lembrou que era necessário apreciar os vetos presidenciais e também votar projetos incluídos na pauta do Congresso. Ele garantiu que, com a votação nesta terça-feira (1°), o calendário previsto para a aprovação da proposta será mantido.

"O adiamento da votação (...) não interferirá no calendário apresentado por todos os líderes partidários. Ao contrário, nós faremos a nossa obrigação e cumpriremos o nosso dever", disse.

A presidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDB-MS), considerou um erro o adiamento, mas também afirmou que, apesar da pausa, o calendário de votação da PEC no Senado segue mantido. Deve haver quebra de interstício (prazo constitucional) em Plenário, após a votação em primeiro turno, para garantir a aprovação da proposta em segundo turno até o dia 10 de outubro.

*Com a Agência Senado

Nessa terça-feira (24), o deputado federal Alexandre Frota (PSDB), declarou no plenário da Câmara dos Deputados que está preparando um "vasto material" para ser apresentado caso seja convocado para a CPI das Fake News. O tucano denunciava a atuação de "milícias digitais" em prol do presidente Jair Bolsonaro.

"Se for convocado para a CPI das Fake News, já estou preparando um vasto material para que a gente possa sair dessa CPI extremamente vitorioso", afirmou. Recentemente, o deputado foi expulso do PSL por críticas ao presidente.

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Frota ainda garantiu que tal milícia digital está “instalada no Palácio [do Planalto], abaixo da sala do presidente Jair Bolsonaro”. E explicou que o grupo bolsonarista produz linchamentos aos políticos através de comentários nas redes sociais.

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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse nesta terça-feira (24) que pretende estabelecer outro critério para definir a pauta do Plenário. Segundo ele, o motivo é a diferença entre o que os líderes falam na reunião, realizada na Presidência do Senado, e o que fazem nas votações no Plenário.

“Quando chegarmos no Plenário, a gente não consegue ter o êxito do acordo estabelecido. Eu fiz uma avaliação em relação a todos os episódios que nós sofremos nesse primeiro semestre em relação a essa postura de algumas lideranças na reunião do colégio de líderes e outra postura no Plenário do Senado. Eu vou estabelecer outro critério de formatação da pauta do Senado a partir da semana que vem”, frisou.

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*Da Agência Senado

 

Umas das pautas mais importantes que tramitam no Legislativo no momento é a reforma da Previdência (PEC 6/2019). A proposta acaba de chegar ao Senado e será minuciosamente debatida e aprovada, o que trará desenvolvimento, novos investimentos ao país e bem-estar social, na opinião do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), manifestada em Plenário nesta quinta-feira (8).

Rodrigues destacou o trabalho árduo dos deputados e parabenizou a articulação política, encampada por seus correligionários, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, além do presidente da República, Jair Bolsonaro.

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“A Câmara já a aprovou e o Senado acaba de recepcioná-la na pessoa de seu presidente, o senador Davi Alcolumbre. Não poderíamos, porém, deixar de fazer um grande elogio ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que foi o grande comandante dessa aprovação. Por sua capacidade, relacionamento e transversalidade institucional, ele se houve magnificamente, conseguindo o que para muitos era impossível, de uma forma tranquila e serena: aprovar a reforma da Previdência em primeiro e segundo turnos. (...) Aqui, no Senado, faremos o nosso trabalho, sempre amparados no maior interesse público e no reconhecido patriotismo desta Casa, fechando com chave de ouro esta reforma, que aliviará as contas públicas brasileiras e conferirá, finalmente, um justo sistema previdenciário ao país”, declarou.

 

*Da Agência Senado

 

 

O plenário da Câmara dos Deputados manteve as mudanças no cálculo de pensões por morte, abrindo brecha para o pagamento de benefícios inferiores ao salário mínimo caso o segurado tenha outra fonte formal de renda. Por 339 votos a 153, os deputados rejeitaram destaque do PCdoB que vedaria o pagamento de pensões menores que o mínimo em qualquer circunstância.

Caso o destaque fosse provado, a reforma da Previdência seria desidratada em R$ 38 bilhões nos próximos dez anos. Por meio de acordo com os partidos que aprovaram a reforma em primeiro turno, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, assinou nesta terça-feira (6) uma portaria que define critérios para estabelecer o que é renda formal para efeito do pagamento de pensão por morte.

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Conforme a portaria, nenhum segurado terá a soma de todas as rendas formais inferior a um salário mínimo. Nesse caso, a pensão poderá ser inferior a um salário mínimo caso o beneficiário tenha outros rendimentos formais. Marinho informou que as regras da portaria serão transformadas em projeto de lei assim que a reforma da Previdência for promulgada.

Intermitentes

Mais cedo, os deputados tinham rejeitado, por 364 votos a 130, um destaque do PT que permitiria que recolhimentos do trabalhador abaixo do valor mínimo exigido para determinada categoria conte como mês de efetiva contribuição. Segundo o relator da reforma na comissão especial da Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), não é possível retirar a regra do texto porque a mudança foi feita para impedir que o trabalhador intermitente seja prejudicado.

Segundo Moreira, o texto atual permite que o trabalhador intermitente agrupe os pagamentos, até atingir o valor mínimo, mantendo a contagem de tempo para a aposentadoria.

BPC

No momento, o Plenário analisa um destaque do PT para retirar do texto a fixação de critérios para a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC). A medida havia sido incluída na comissão especial a pedido do governo para reduzir fraudes no pagamento do benefício e gerar economia de R$ 23,4 bilhões nos próximos dez anos.

No início da madrugada, o plenário da Câmara aprovou o texto principal por 370 votos a favor, 124 contra e 1 abstenção.

A tramitação em primeiro turno da proposta foi concluída no dia 13 de julho. Na ocasião, o texto principal foi aprovado por 379 votos a 131. Em segundo turno, são necessários também 308 votos para aprovar a PEC, e os partidos podem apresentar somente destaques supressivos, ou seja, para retirar partes do texto. Concluída a tramitação na Câmara, a matéria segue para análise do Senado, onde também será analisada em dois turnos de votação.

 

Após sair da reunião de líderes, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), destacou a importância de se ter um quórum de 490 deputados para que se coloque em votação a reforma da Previdência no plenário. "Chegar a 490 (presenças de deputados) para poder votar, nosso problema é só quórum, chegando quórum a gente está pronto para votar a qualquer hora", disse Maia.

O presidente da Câmara dos Deputados já comentou anteriormente sobre a necessidade deste quórum qualificado para colocar a reforma em votação. Na segunda-feira, Maia disse em seu podcast esperar uma presença de mais de 490 deputados, dos 513, para não se correr riscos na hora da deliberação.

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Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, a reforma precisa de, no mínimo, 308 votos a favor e deverá ser aprovada em dois turnos para passar ao Senado.

Líder do governo no Congresso Nacional, a deputada Joice Hasselmann destacou há pouco que esse é quórum para "aprovar", acrescentando ainda que acredita que esse número será alcançado por volta de 18 horas.

"O que acontece, já estamos com a sessão aberta, já vamos fazer algumas votações agora, e os deputados vão chegando. A partir do meio tarde, começo da noite, a gente já tem o quórum completo para poder votar. Até lá não vai votar mesmo, até lá vai ser obstrução ou sessão de debate, mas a partir das 18 horas a gente já vai ter o quórum certamente", disse Joice.

Líderes da oposição se reuniram nesta segunda-feira, 8, para definir as estratégias que serão usadas na votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara. De acordo com eles, o governo tem apenas cerca de 260 votos favoráveis à matéria porque muitos deputados de partidos de centro estariam mudando de posição. O número inviabiliza a aprovação da reforma.

"No plenário, a situação é diferente da comissão. E, na nossa avaliação, o Rodrigo Maia presidente da Câmara, apesar de estar contando vantagem, na nossa avaliação eles não têm mais do que 260 votos a favor da reforma", afirmou a líder da Minoria, Jandira Feghalli (PCdoB-RJ).

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Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, são necessários 308 votos favoráveis - o equivalente a três quintos da Casa - para aprovar a reforma em dois turnos no plenário da Câmara. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), garante que hoje existem 330 votos a favor da matéria.

Segundo Feghalli, há dissidentes em todos os partidos de centro. Esse grupo já teria indicado à oposição que irá votar contrariamente ao texto que será analisado pelo plenário a partir desta terça-feira. A expectativa do governo e da cúpula da Câmara é conseguir concluir a votação até o fim desta semana, mas integrantes da oposição apostam que ela ficará para agosto.

"Estamos trabalhando por dentro dos partidos e das bancadas para garantir a não aprovação e ao mesmo tempo o alargamento desse cronograma. Estamos trabalhando a não aprovação e, ao mesmo tempo, o conteúdo da reforma", disse Feghalli.

De acordo com o deputado José Guimarães (PT-CE), a oposição dá como certo o voto contrário à reforma de 150 deputados. "Nós largamos com 150 votos e precisamos de 206. Vai chegar uma hora que o que vai valer mesmo é a matemática dos dois lados. Estamos a passos largos para conseguir mais 50. Temos uma margem razoável para trabalhar, para chamar os dissidentes", disse.

Para ele, a estimativa dos governistas de que há 330 votos a favor é para "criar pressão psicológica". "Eu conheço os votos do meu Estado. Se insistirem para votar nessa semana, será um tiro no pé", completou.

Guimarães disse ainda que a oposição manterá os nove destaques que foram apresentados na comissão especial durante a votação no plenário. Outros destaques, no entanto, podem ser acrescentados a este grupo. Segundo Feghalli, se o PSD desistir de apresentar um pedido para abrandar as regras para policiais e agentes de segurança pública, a oposição poderá adotar o destaque e apresentá-lo.

O deputado Henrique Fontana (PT-RS) afirmou que a oposição não abrirá mão de votar o destaque que foi aprovado pela comissão especial que devolveu ao setor rural um benefício tributário que retira R$ 83,9 bilhões da economia esperada de R$ 1,071 trilhão. "O andar de baixo está pagando uma conta pesadíssima para pagar benefícios para o andar de cima. Esse destaque é uma questão de honra", disse.

O deputado professor Israel Pinheiro (PV-DF) disse também que deputados ligados à área de educação estão tentando construir um acordo para apresentar um destaque que beneficie os professores.

Participaram da reunião deputados do PT, Psol, PCdoB, PDT e PV.

O Senado aprovou um projeto que criminaliza o abuso de autoridade praticado por juízes e procuradores. No mesmo dia, a proposta passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Como veio da Câmara e foi alterado, o texto volta para análise dos deputados federais. A versão básica foi aprovada por 48 votos contra 24 no plenário.

O movimento ganhou rapidez após a divulgação de supostas mensagens entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o coordenador da Lava Jato no Ministério Público Federal do Paraná, Deltan Dallagnol, durante a operação. Depois da reportagem do site The Intercepet Brasil, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pediu à presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), que colocasse a proposta em votação. Alcolumbre criticou publicamente o conteúdo do suposto diálogo de Moro com Dallagnol.

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O relator do texto, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), fez uma série de flexibilizações após se reunir com representantes do Ministério Público e da magistratura, o que agradou - ainda que não integralmente - entidades ligadas a essas categorias. "O que fizemos aqui foi um amadurecimento do texto para torná-lo o mais equilibrado possível. O que não se pode é deixar de punir o abuso de autoridade", disse o relator, defendendo que "excessos" na atuação do Ministério Público e da magistratura sejam punidos. Ele negou que a votação seja uma reação à divulgação do caso envolvendo o ministro Sergio Moro.

Pontuando que o endurecimento na lei não pode retroagir para casos anteriores, Pacheco admitiu que episódios semelhantes aos de Moro e Dallagnol podem ser punidos após a lei. "Não há essa perspectiva, não há essa possibilidade. Evidentemente que, quando se fala de abuso de autoridade, se fala de relação de juiz e promotor, podem as pessoas quererem considerar que há uma conexão e, eventualmente, há mesmo", declarou.

O projeto classifica como abuso de autoridade condutas praticadas por procuradores e juízes "com a finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal." A proposta estabelece uma ressalta afirmando que a divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura, por si só, abuso de autoridade. O item tenta afastar o chamado "crime de hermenêutica". A punição prevista é uma detenção, de seis meses a dois anos, e multa. Pela proposta, qualquer cidadão poderá comunicar à autoridade competente a prática de ato que configure abuso de autoridade por parte de magistrado ou procurador.

Parlamentares favoráveis ao projeto ressaltaram que o foco é punir excessos. "O foco do crime de abuso de poder é o mau juiz, o mau integrante do Ministério Público, aqueles que abusam do poder, que diminuem a instituição a que pertencem, que cometem crime", discursou Marcos Rogério (DEM-RO).

Polêmicas

Um dos pontos polêmicos é o item que foi batizado como "lei da mordaça". De acordo com a proposta, juízes não podem expressar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério.

No caso dos membros do Ministério Público, a regra foi suavizada para, no lugar de "opinião", "juízo de valor indevido sobre procedimento ou processo em andamento". Os procuradores, neste caso, teriam de se restringir a se manifestar com o "dever de informação e publicidade", além de se limitar a fazer críticas nos autos, em obras técnicas ou em aulas.

Além disso, o projeto classifica como abuso de autoridade atitudes de juízes e procuradores "com evidente motivação político-partidária". A palavra "evidente" foi incluída nesta quarta-feira, 26, na CCJ. Outra flexibilização feita pelo relator foi retirar da previsão de crime de abuso para as duas categorias "ser patentemente desidioso no cumprimento de suas atribuições" e "proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo".

Pacheco também retirou da proposta a possibilidade de a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ou organizações da sociedade civil constituídas há mais de um ano, que contenham em seus estatutos a finalidade defesa de direitos humanos ou liberdades civis, entraram com queixa subsidiária na Justiça no caso de o Ministério Público não intentar a ação.

O relator decidiu deixar de fora autoridades dos Tribunais de Contas e dos Ministérios Públicos de Contas, como queriam alguns senadores. Pacheco justificou que esses são órgãos administrativos desprovidos de jurisdição, o que não justificaria o enquadramento proposto no projeto. O líder do Podemos no Senado, Alvaro Dias (PR), criticou o relatório. "Por que oferecemos munição para atirarem contra nós numa hora em que se invertem, sim, prioridades?", questionou.

Anticorrupção

No mesmo projeto, o Senado decidiu recuperar uma proposta do pacote que ficou conhecido como "10 medidas contra a corrupção" e criminalizar o caixa dois eleitoral. A proposta também torna crime a compra de votos.

O texto pune com reclusão, de dois a cinco anos, e multa "arrecadar, receber ou gastar o candidato, o administrador financeiro ou quem de fato exerça essa função, ou quem atuar em nome do candidato ou partido, recursos, valores, bens ou serviços estimáveis em dinheiro, paralelamente à contabilidade exigida pela lei eleitoral". A mudança não valeria para crimes eventualmente cometidos antes da lei entrar em vigor.

Nos casos em que o caixa dois seja proveniente de crime (como corrupção, narcotráfico ou contrabando), a pena aumentaria de um a dois terços. Da mesma forma, a mudança não valeria para crimes eventualmente cometidos antes da lei entrar em vigor. Além disso, o projeto pune com reclusão, de um a quadro anos, e multa "negociar ou propor a negociação o eleitor, com candidato ou seu representante, em troca de dinheiro, dádiva ou qualquer outra vantagem, para dar voto.

O texto inclui ainda no rol dos crimes hediondos vantagem ou o prejuízo para a administração pública igual ou superior a dez mil salários mínimos vigentes à época do fato.

O Senado aprovou o texto de um projeto que criminaliza o abuso de autoridade praticado por juízes e procuradores, mas ainda votará separadamente um pedido que retira do texto os trechos que punem a atuação de membros da magistratura e do Ministério Público.

No mesmo dia, a proposta passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O texto básico - que também inclui a criminalização do caixa dois - foi aprovado no plenário por 48 votos contra 24. Na sequência, os senadores vão votar simbolicamente os itens referentes ao abuso de autoridade.

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O plenário do Senado começou a discutir o projeto que pune o abuso de autoridade praticado por juízes e membros do Ministério Público. O texto foi aprovado ainda nesta quarta-feira, 26, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, mesmo após flexibilizações, é alvo de críticas por investigadores e representantes de magistrados e procuradores.

O projeto classifica como abuso de autoridade condutas praticadas por procuradores e juízes "com a finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal." A proposta estabelece uma ressalva ao afirmar que a divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura, por si só, abuso de autoridade. O item tenta afastar o chamado "crime de hermenêutica". A punição prevista é uma detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

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Pela proposta, qualquer cidadão poderá comunicar à autoridade competente a prática de ato que configure abuso de autoridade por parte de magistrado ou procurador. Além do abuso de autoridade, o projeto incluiu propostas do pacote contra corrupção elaborado pelo Ministério Público Federal. O projeto criminaliza o caixa dois eleitoral e a compra de votos.

O plenário da Câmara dos Deputados concluiu nesta quarta-feira (29), a análise da Medida Provisória 867/18, que prorroga o prazo de adesão do produtor rural ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) até 31 de dezembro de 2020, sem restrições de crédito. O texto também flexibiliza trechos do Código Florestal.

A matéria segue para apreciação do Senado, mas corre o risco de perder a validade caso não seja votada até a próxima segunda-feira (3). Após acordo entre líderes partidários, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que não pretende colocar a matéria em votação na Casa.

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“Cumprindo o acordo com vários líderes políticos e do papel institucional de presidente do Senado Federal, eu informo aos senadores e senadoras que não convocarei amanhã sessão deliberativa para apreciarmos essa Medida Provisória. Agradeço o apoio de vários senadores no sentido da construção de um acordo e um entendimento”, disse Alcolumbre. “Independente da votação na Câmara se encerrar no dia de hoje, este presidente cumprirá o acordo construído com vários líderes partidários".

Antes de concluir a votação, o plenário da Câmara aprovou uma alteração ao texto que permite o uso de limites menores de manutenção de reserva legal no caso de conversão de uso de áreas consolidadas de pecuária em áreas consolidadas de agricultura nos biomas Pantanal, Pampa e Caatinga.

Discussão

Originalmente editada no governo do ex-presidente Michel Temer, a MP previa somente o adiamento do prazo para regularização de propriedades rurais fora das normas do Código Florestal. No entanto, deputados e senadores incluíram os chamados "jabutis", emendas com temas que não tinham relação com o objetivo da proposta.

A maior divergência durante a análise do texto na Câmara foi com relação a diminuição da obrigação que o agricultor tem de recuperar a reserva legal desmatada. O trecho foi inserido na comissão mista e permite aos proprietários que desmataram recalcular o total a ser recuperado com base em percentuais anteriores ao atual Código Florestal e somente sobre o que existia de vegetação nativa na época.

Em 2012, o Código Florestal adotou o índice de 50% na Amazônia e 20% nos demais biomas que deveriam incidir sobre toda a área da propriedade. O texto aprovado hoje pelos deputados estabelece que seja calculado apenas sobre o que havia de vegetação nativa em cada momento de alteração da exigência de reserva legal. Um destaque que tentava derrubar o trecho foi rejeitado pelos parlamentares.

 

A Câmara dos Deputados retoma nesta semana as audiências temáticas da comissão especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição da reforma da Previdência (PEC 6/19). Entre os temas estão o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o abono salarial, a aposentadoria do trabalhador rural e de categorias com critérios diferenciados como professores, policiais e magistrados.

Na terça-feira (21), o colegiado convidou o assessor-chefe-adjunto da Presidência da República, Arthur Bragança Weintraub, o professor do Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp), Pedro Rossi, a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Luciana Jaccoud, e o diretor de programa na Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, Leonardo Rangel, para debater BPC e abono salarial.

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A aposentaria do trabalhador rural será discutida na quarta-feira (22) com o secretário especial adjunto de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, com a advogada Jane Lúcia Berwanger, representante Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBPD) e com representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

As categorias com critérios diferenciados de aposentadoria serão debatidas na quinta-feira (23) com o secretário adjunto de Previdência no Ministério da Economia, Narlon Gutierre Nogueira, e com o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino (Contee), Gilson Reis.

Reforma tributária

Em paralelo à discussão sobre a mudança nas regras de aposentadoria dos trabalhadores, deputados também analisarão o texto da reforma tributária (PEC 45/19). Na quarta-feira (22), a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara deve votar o relatório sobre a admissibilidade da PEC. O relator do texto, deputado João Roma (PRB-BA), apresentou seu parecer na semana passada. 

A proposta institui Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS) que substitui três tributos federais - IPI, PIS e Cofins -, o ICMS, que é estadual, e o ISS, municipal. Todos eles incidem sobre o consumo. O IBS será composto por três alíquotas - federal, estadual e municipal; e União, estados e municípios poderão fixar diferentes valores para a alíquota do imposto.

Plenário

Segundo o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), o governo e o partido têm trabalhado para construir um consenso e viabilizar a votação de três medidas provisórias no plenário esta semana, entre elas, a MP 870/19 da reforma administrativa. 

A comissão mista que analisou a reforma administrativa introduziu modificações no texto, como a que retira o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça e Segurança Pública para transferi-lo de volta ao Ministério da Economia. 

Segundo o líder, o partido tentará manter o Coaf no Ministério da Justiça na votação em plenário. “Os deputados do PSL decidiram não apoiar essa mudança no Coaf. Tem um peso simbólico muito grande e uma questão jurídica envolvida em termos de facilitação de combate à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e à corrupção”. Para não expirar, o texto de conversão da medida provisória precisa ter a votação concluída nas duas Casas até o dia 3 de junho.

Já a MP 863/18, que autoriza até 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas com sede no Brasil, precisa ser aprovada pelo Congresso até dia 22 de maio para não perder a validade. 

Outra MP citada por Major Vitor Hugo é a 866/18 que cria a Brasil Serviços de Navegação Aérea S.A. (NAV Brasil). A MP autoriza o Executivo a implementar a NAV Brasil, em decorrência da cisão parcial da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira, 14, levar ao plenário da Corte um pedido de medida liminar do partido Rede Sustentabilidade para suspender o inquérito das fake news, instaurado pelo próprio Supremo para apurar ameaças e ofensas disparadas contra integrantes da Corte e seus familiares.

O inquérito foi aberto por iniciativa do presidente do STF, ministro Dias Toffoli, a quem cabe definir o que será julgado pelos 11 ministros nas sessões plenárias. Ainda não há previsão de quando o pedido da Rede será analisado pelos integrantes do Supremo.

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As investigações são contestadas não só pela Rede, mas também pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que já pediu o arquivamento da apuração e teme que procuradores entrem na mira do inquérito. O inquérito das "fake news" já levou à censura da revista digital "Crusoé" e do site "O Antagonista", além da realização de ações de busca e apreensão em endereços de pessoas que usaram as redes sociais para atacar as instituições.

"A instrução cabível para a apreciação da medida cautelar desta ADPF realizou-se. A presente matéria demanda julgamento colegiado por razões que lhe são inerentes, cabendo, pois, indicar à pauta de julgamento do Tribunal Pleno. Assim, peço dia para julgamento da medida cautelar desta ADPF", escreveu Fachin.

O inquérito abalou a imagem do tribunal e levantou críticas dentro e fora do próprio STF. O ministro Marco Aurélio já afirmou que o inquérito é "insubsistente" e "se mostrou natimorto". Um outro integrante da Corte disse reservadamente à reportagem que não tem a mínima ideia das decisões tomadas pelo relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, já que o caso tramita sob sigilo.

A votação da medida provisória de Jair Bolsonaro que reestruturou o desenho dos ministérios dificilmente será realizada nesta semana na Câmara. Os deputados têm outras cinco medidas na fila que devem ser analisadas antes do que a MP 870. Duas delas, a 863 e 866, têm um prazo de expiração mais curto e, por isso, necessariamente serão apreciadas antes. Já para as outras três (867, 868 e 869), que expiram no mesmo dia da MP dos Ministérios (3 de junho), há a possibilidade de inversão de pauta, mas isso dependerá da dinâmica do trabalho dos parlamentares. Além disso, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), está em viagem ao exterior até quarta-feira, o que para alguns pode ser mais um motivo para que as votações se atrasem.

Os deputados têm sessões deliberativas agendadas para esta terça e quarta-feira. Como Maia está nos Estados Unidos, é o primeiro vice-presidente, o deputado Marcos Pereira (PRB-SP), quem deve coordenar os trabalhos no plenário. Pereira disse à reportagem que irá conversar com as lideranças partidárias da Câmara nesta tarde para definir o plano de trabalho.

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Os parlamentares devem abrir a ordem do dia amanhã com a análise da MP 863/2018, que autoriza até 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas com sede no Brasil. A matéria chegou a ser lida na última sessão, na quinta-feira, 9. Há também a possibilidade dos deputados colocarem em votação um requerimento de urgência de projeto de lei que trata sobre posse de arma para proprietários rurais, de relatoria do líder da bancada da bala, Capitão Augusto (PR-SP).

Na semana passada, havia a expectativa de que a MP da reestruturação dos ministérios fosse votada já na quinta-feira. No dia, no entanto, o deputado Diego Garcia (Pode-PR) fez uma solicitação para o que o presidente da Casa respeitasse a ordem das medidas provisórias que estavam na fila, o que foi acatado por Maia.

Maia viajou ontem à noite em uma missão oficial para Nova York para participar de uma série de eventos e encontros com investidores. Ele foi acompanhado do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, e dos deputados Efraim Filho (DEM-PB), Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), Fernando Monteiro (PP-PE) e Flávia Arruda (PR-DF). A comitiva deve retornar ao Brasil na quarta-feira à noite.

O plenário da Câmara aprovou na noite desta quarta-feira (3) dois projetos em defesa das pessoas com autismo. O Projeto de Lei 1712/19 atribui à União a coordenação da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, já o Projeto de Lei 1354/19 assegura à pessoa com transtorno do espectro autista (TEA) prioridade na tramitação dos processos e procedimentos judiciais e administrativos. Os dois PLs seguem agora para o Senado.

Com a aprovação do PL 1712/19, o governo federal deverá fornecer apoio técnico e financeiro aos estados e municípios para o cumprimento da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. O apoio federal poderá ocorrer por meio de fomento de projetos e programas específicos de atenção à saúde, à educação inclusiva com atendimento educacional especializado e de outras políticas que possibilitem a inclusão social plena das pessoas autistas. 

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O PL 1354/19 fará com o que o autista tenha prioridade na execução de atos e diligências judiciais ou administrativas em que o figure como parte ou interveniente em qualquer instância. Para isso, ele deverá fazer prova de sua condição.  

* Com informações da Agência Câmara

O plenário da Câmara dos Deputados se transforma nesta quarta-feira (13) em comissão geral extraordinária para debater as consequências da tragédia provocada pelo rompimento da barragem na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), na qual morreram 165 pessoas e 155 estão desaparecidas. O objetivo é discutir as circunstâncias e as responsabilidades.

As discussões ocorrem paralelamente ao funcionamento da comissão externa da Casa que formalizou os compromissos da "Carta de Brumadinho". Na carta foram definidas prioridades e esforços para impedir acidentes semelhantes ao ocorrido no último dia 25 e as primeiras audiências públicas.

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Nesta quinta-feira (14), a comissão externa deve ouvir o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, e representantes de órgãos de fiscalização e controle, como Ministério Público, Ibama, Agência Nacional de Mineração (ANM) e Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais.

Na próxima semana será a vez de ouvir especialistas do Tribunal de Contas da União, Ministério de Minas e Energia e da Agência Nacional de Águas (ANA). Paralelamente, deputados e senadores se mobilizam para a criação de comissões parlamentares de inquérito (CPIs).

Solicitações

Os deputados Áurea Carolina (PSOL-MG) e André Janones (Avante-MG) encaminharam solicitações para a Vale liberar a lista com os nomes dos presentes na mineradora no momento do desastre.  Para Janones, em Brumadinho é recorrente a informação de que o número é superior ao divulgado pela empresa, podendo chegar a 800.

A comissão externa foi a Brumadinho na última sexta-feira (8), para verificar os impactos da tragédia. Os deputados também se comprometem a buscar uma semana de esforço concentrado para votar, no plenário da Câmara, várias propostas que ajudem a impedir a repetição de crimes socioambientais no país.

Investigações

A Câmara vai instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para integrar e agilizar o trabalho de deputados e senadores na punição aos responsáveis pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. Ontem (11), o Senado anunciou a criação da CPI para apurar o acidente.

Na reunião da comissão externa ontem, os deputados demonstraram preocupação com riscos de rompimento de outras barragens e aprovaram requerimentos de audiência pública para discutir os casos de Casa de Pedra, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN,  e da barragem Sul Superior da Mina Gongo Soco, também da Vale, no município de Barão de Cocais.

*Com informações da Agência Câmara

A menos de um mês para o fim do atual mandato, deputados federais que não se reelegeram nomearam 124 assessores para trabalhar em seus gabinetes na Câmara. A maioria das contratações - 74 - foi feita por suplentes que assumiram seus postos no início do mês e ficarão só até o dia 31 no cargo. As nomeações foram publicadas nas edições do Diário Oficial da União (DOU) do dia 2 até sexta-feira.

No curto período em que ficarão lotados nos gabinetes, os assessores não terão muito o que fazer, pois a Câmara está em recesso, sem atividades ou votações em plenário e em comissões. A maioria dos deputados está fora de Brasília. Nesta época, é comum parlamentares darem férias para os funcionários e manterem uma estrutura mínima na Casa para serviços como atendimento ao público.

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Como o cargo de secretário parlamentar - o nome oficial do posto - é de confiança, cada deputado é livre para escolher quem quiser. Cada parlamentar pode nomear até 25 assessores para trabalhar em Brasília ou em seu Estado, com salários entre R$ 980,98 e R$ 15.022,32.

Campeão

O recordista de nomeações é o suplente Gustavo Mitre (PHS-MG), que colocou em seu gabinete 22 secretários parlamentares. Mitre assumiu a vaga no lugar de Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), nomeado como ministro do Turismo. Segundo ele, os assessores nomeados haviam sido exonerados no fim de 2018, quando o titular renunciou ao mandato.

"Resolvi trabalhar neste mês, mesmo sendo recesso, porque queria tentar de fato ser um bom representante e deixar o meu eleitor orgulhoso", disse Mitre, que em fevereiro trocará a Câmara pela Assembleia Legislativa de Minas, para onde foi eleito. Ele tem usado seu mês como deputado federal para tentar fazer contatos em ministérios.

Já Marfiza Galvão (PSD-AC) nomeou dez assessores para a sua equipe. Ela assumiu o mandato no dia 2, após o titular da vaga, Rocha (PSDB), renunciar para tomar posse como vice-governador do Acre. "Resolvi assumir o mandato quando fui convocada porque, se não fosse eu, alguém ia assumir. Entendo que é recesso, mas o povo que votou em mim está na expectativa de que eu faça algo em Brasília, trabalhando", afirmou.

Marfiza é mulher do senador reeleito Sérgio Petecão (PSD-AC). Mesmo que apresente algum projeto no período, o destino será o arquivo antes mesmo de ser votado, como ocorre com as propostas no fim do mandato. A sua esperança é que algum deputado da próxima legislatura adote suas ideias.

O suplente Giovanni Queiroz (PDT-PA), que nomeou dois assessores, também quer deixar propostas. "Mesmo com pouco tempo, quero fazer muito. Trouxe 15 itens que vou deixar como projetos, decretos e outros tipos de legislação. Poderia contratar 25 assessores, mas nomeei dois e vou nomear mais dois para me ajudar. Dispensei meu salário e auxílio-moradia."

O também estreante no Congresso, Júnior Coringa (PSD-MS), assumiu o mandato na vaga deixada pelo agora ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS). Ele manteve parte dos funcionários antigos do gabinete e nomeou outros nove para atuarem na capital e em Campo Grande, sua cidade. "Eles vão ouvir a população", disse.

Remuneração

Além do salário proporcional aos dias trabalhados, os assessores nomeados terão direito a benefícios como auxílio-alimentação e auxílio-transporte. Ao fim do período, também receberão os pagamentos referentes a férias e 13.º salário proporcionais. Ao todo, 40 deputados que não se reelegeram ou nem sequer concorreram em outubro nomearam assessores desde o início deste mês.

A reportagem procurou os demais suplentes que contrataram auxiliares, mas não obteve resposta. A Câmara afirmou que as nomeações ficam a critério do parlamentar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois da repercussão negativa, a Câmara praticamente encerrou os trabalhos da atual legislatura no plenário nesta semana e deve desistir de projetos que deixariam uma fatura bilionária para o governo Jair Bolsonaro.

Oficialmente, o recesso parlamentar só começa no dia 23 e a Casa pode ainda convocar sessões na próxima semana. A avaliação de técnicos, no entanto, é que a chance de isso acontecer é pequena, já que deputados reeleitos devem ir aos seus Estados para se diplomar.

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O projeto que previa perdão de dívida para Cemig (R$ 4 bilhões) chegou perto de ser votado. O texto também tiraria cerca de R$ 15 bilhões do fundo social para financiar gasodutos. Outro projeto que deverá ficar para a próxima legislatura é a que trata das dívidas do Funrural (a previdência do setor). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Durante a sessão que marca o retorno do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) ao Parlamento, a Direção-Geral do Senado decidiu proibir a entrada de jornalistas no plenário da Câmara nesta terça-feira (6). Em comunicado distribuído internamente, o órgão foi direto: “O acesso ao plenário da Câmara dos Deputados será restrito às autoridades, parlamentares e servidores autorizados”.

Ao jornal O Globo, por meio de nota, a Direção-Geral do Senado explicou que “nas Sessões Conjuntas, a segurança é sempre organizada pela Polícia do Senado Federal. O combinado é que a imprensa terá acesso às galerias e ao Salão Verde. No salão do plenário, estará somente a imprensa interna [TVSenado e TVCâmara]”.

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A decisão de barrar os jornalistas no plenário não é comum. Por exemplo, em grandes eventos como a posso presidencial de outros presidentes e votações como o impeachment de Dilma Rousseff, os jornalistas não foram proibidos de realizar a cobertura dentro do plenário, embora com um esquema especial para o acesso.

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviço da Câmara dos Deputados rejeitou a proposta que obriga casas noturnas a distribuir preservativos e folhetos informativos sobre doenças sexualmente transmissíveis, em especial a Aids.

O projeto de Lei 74/15, do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), estabelece a obrigatoriedade para boates, danceterias, bailões e qualquer outro lugar que cobre ingresso e tenha espaço para dança com capacidade de mais de 500 pessoas.

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O relator, deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA), considerou que a proposta cria um custo desnecessário tanto para o empreendedor quanto para o Estado. Os donos das casas noturnas teriam de arcar com os custos do material a ser distribuído, enquanto o governo teria de gastar dinheiro para fiscalizar a aplicação da obrigatoriedade.

“No atual cenário econômico-fiscal, é de suma importância que nos concentremos em criar políticas públicas comprovadamente eficientes e que ao mesmo tempo não aumentem o custo já tão elevado associado à prática empresarial no Brasil”, disse.

A proposta, que seria analisada conclusivamente pelas comissões, foi aprovada pela Comissão de Seguridade Social e Família. Diante dos pareceres divergentes, deverá ser votada em Plenário, mas ainda depende de parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

*Da Agência Câmara

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