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A Suprema Corte do Canadá derrubou hoje todas as leis contra a prostituição ainda vigentes no país. Os juízes canadenses derrubaram as leis por nove votos a zero. A prostituição em si não é ilegal no Canadá. As leis em questão proibiam a propriedade de bordéis, a cafetinagem e a contratação de prostitutas.

A decisão da justiça canadense foi considerada uma vitória das profissionais do sexo, para as quais as leis violavam seus direitos constitucionais à vida, à liberdade e à segurança. Ao mesmo tempo, os juízes canadenses deram ao Parlamento canadense um ano para elaborarem novas leis. Fonte: Associated Press.

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Após semanas de discussões, os deputados franceses aprovaram, nesta quarta-feira (4), um projeto de lei para combater a prostituição, que prevê, entre outras coisas, multas aos clientes. O texto pune a compra de favores sexuais com uma multa de 1.500 euros. Antes de entrar em vigor, o projeto deve passar pelo Senado, que deve examiná-lo até o final de junho.

O texto foi aprovado pela Assembleia Nacional por 268 votos a favor, 138 contra e 79 abstenções. Os favoráveis ao projeto foram, em grande parte, socialistas, acompanhados de deputados de centro e integrantes da oposição conservadora. Do lado oposto, a maioria dos parlamentares conservadores e ecologistas, aliados dos socialistas no poder, votou contra.

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"Festejamos esta maioria absoluta para além das divisões políticas", reagiram em um comunicado comum os três iniciadores deste texto, os socialistas Maud Olivier e Catherine Coutelle e o conservador Guy Geoffroy.

A base da iniciativa é a crença de que a prostituição é uma "violência contra as mulheres" e que os clientes são os responsáveis​. "O passo que acabamos de dar é imensamente valioso. Ele nos permite enviar um sinal do que a sociedade considera desejável ou não desejável. Este é também um sinal contra as redes" de prostituição, reagiu a ministra dos Direitos das Mulheres, Najat Vallaud-Belkacem, muito comprometida com este texto.

As associações que defendem a abolição da prostituição comemoraram uma decisão "histórica"​. "Pela primeira vez na França, uma lei qualifica e condena a compra de um ato sexual como uma violência", declarou em um comunicado o Mouvement du Nid.

O texto se inspira na legislação em vigor na Suécia, país que penaliza os clientes desde 1999 e afirma ter reduzido a prostituição de rua pela metade em dez anos. Alternativa à multa, um "estágio de sensibilização sobre a luta contra a venda de atos sexuais" está previsto.

O texto também tem o objetivo de lutar contra o proxenetismo, e propõe medidas para a reinserção das prostitutas que desejam deixar a função, com a provisão de habitação, ajuda financeira e facilitação na obtenção de autorização de residência para as estrangeiras, que representam entre 80 e 90% das mulheres prostitutas na França, de acordo com o Ministério do Interior.

O Governo planeja investir 20 milhões de euros por ano para financiar o "percurso de saída da prostituição". Na França, estima-se que haja entre 20.000 e 40.000 mulheres prostituídas vindas do leste europeu (Bulgária e Romênia), da África (Nigéria e Camarões), da China e da América do Sul.

Coincidência ou efeito do debate, a questão também foi reaberta para discussões nas últimas semanas na Alemanha, e o acordo de coalizão assinado entre a chanceler Angela Merkel e o SPD prevê uma revisão da lei de 2002 que legalizou os bordéis.

Em geral na Europa, duas políticas são aplicadas com mais ou menos êxito: as punições contra os clientes ou prostitutas, principalmente nos países nórdicos, ou a organização da prostituição, sobretudo em bordéis, como na Alemanha e na Grécia. Na França, o debate gira em torno da legitimidade do poder público de legislar sobre um assunto de natureza privada, mas também sobre a ideia de que as prostitutas são vítimas da violência de redes mafiosas.

Em uma sociedade que se dividiu profundamente em 2012 e 2013 sobre outro debate envolvendo a sexualidade, relativo ao casamento gay, os "pró" e os "contra" as multas entraram em confronto aberto com campanhas sobre esta antiga questão tabu, que começou a gerar polêmica com a legalização de bordéis em 1804 e que mantém debates acalorados até hoje, mesmo setenta anos depois do banimento das casas de prostituição.

A Operação Red Light, da Polícia Civil do Distrito Federal, prendeu, nesta segunda-feira (2), Jeany Mary Corner, acusada de participar de esquema de prostituição na capital federal. Segundo a Polícia, Corner e outras mulheres ameaçavam garotas que queriam deixar a prostituição. Ela ficou conhecida em Brasília por levar garotas de programa a uma mansão frequentada pelo então ministro da Fazenda Antonio Palocci, no governo Lula. Conhecida como "República de Ribeirão Preto", a mansão também era usava pelo ministro para se reunir com lobistas. O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo e levou à saída do ministro do governo.

"Ela tem clientes de alto poder aquisitivo", afirmou a delegada Ana Cristina Santiago, titular da delegacia da mulher no DF. A delegada explicou, contudo, que o foco das investigações foram as mulheres. Mais recentemente, em outra operação da Polícia Federal, a Miquéias, descobriu-se que garotas de programa eram usadas para aliciar prefeitos com o objetivo de convencê-los a direcionar recursos de fundos de pensão municipais. As garotas seriam ligadas a Corner.

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A investigação verificou que a rede de prostituição cresceu em consequência dos grandes eventos, como Copa das Confederações e Copa do Mundo. "O que nos chamou a atenção, num primeiro momento, era verificar denúncias de que mulheres queriam abandonar a prostituição e eram impedidas por essas mulheres mediante ameaça. Num segundo momento, surgiu a questão dos grandes eventos, Copa da Confederações e Copa do Mundo. Nós verificamos que houve aumento crescente das atividades de exploração sexual."

O irreverente Grupo Molejo, ao tocar a canção “Voltei”, faz uma referência às casas de massagem: “Vou voltar pra casa de massagem, ali sempre foi meu lugar...” O pagode é uma entre tantas manifestações que associam “empreendimentos” desse ramo ao erotismo.

Em um prédio localizado no centro do Recife, quatro profissionais do sexo oferecem massagem. A administradora do local, natural de São Paulo e que está na capital pernambucana há quatro meses, é de fato uma massagista. Em terras pernambucanas, Rayane*, de 26 anos, resolveu entrar para o mundo dos programas e ao mesmo tempo estudar. “Eu não queria ser simplesmente uma garota de programa como outra qualquer. Eu queria ser a garota de programa. Por isso, fiz um curso de massagem em uma instituição terapêutica bem conhecida em Boa Viagem – bairro da Zona Sul – e hoje aplico massagens, além de ter relações íntimas com meus clientes”, conta.

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Formada em recursos humanos, Rayane recebeu o aval das outras amigas para tomar conta do "empreendimento”, como ela considera o apartamento de aparência simples. “Lá em São Paulo eu era dona de um sexshop. Aqui em Recife também considero a prostituição um empreendimento. Oferecemos serviços de qualidade aos nossos clientes. Eles gostam muito e sempre voltam. Nossas técnicas de massagem são o nosso diferencial”, diz Rayane.

Já a jovem Roberta*, 23, não escolheu o universo do programa pelo lado empreendedor. Há quatro meses na casa de massagem, a mulher aponta como principal dificuldade a falta de segurança. “Às vezes, eu me relaciono com pessoas que não conheço e, como muitas coisas ruins acontecem nos dias de hoje, tenho medo que algo aconteça comigo. Como as outras meninas, ofereço o serviço de massagem e geralmente o sexo vem depois. Consigo, através desse trabalho, lucrar em torno de R$ 2 mil por mês”, relata.

De acordo com Rayane, várias técnicas são utilizadas durante os atendimentos. Porém, diferente das massagens consideradas profissionais oferecidas em clínicas terapêuticas, a sensualidade e o erotismo do corpo das meninas fazem do atendimento um momento bem propício ao sexo. Segundo a profissional do sexo, existem clientes que relaxam tanto durante as massagens que acabam deixando de lado o ato sexual. “Eles chegam estressados, cansados, com problemas... Esquecem tudo quando sentem as minhas mãos. Temos uma grande variedade de clientes. São jovens, idosos, mulheres, homens e casais”, conta a profissional do sexo.

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O atendimento das “massagistas eróticas” ocorre todos os dias da semana, das 9h às 20h. Diariamente, elas recebem em torno de dez clientes e os preços variam de R$ 50 a R$ 150.

O outro lado: clínicas terapêuticas

Em um caminho totalmente oposto ao das casas de massagem ligadas ao sexo, as clínicas terapêuticas recifenses oferecem à sociedade serviços apenas de massagens e de outras áreas da saúde. Essas atividades são formas de relaxamento, embasadas por técnicas obtidas em cursos de qualificação de massagistas.

A massoterapeuta de um Spa localizado no Recife, Mirian Ferreira, explica que, ao oferecer os serviços terapêuticos, a empresa onde ela trabalha deixa claro para a clientela que os produtos não têm relação alguma com sexualidade. “Nossa massagem é terapia, contra o estresse e proporciona alívio. Homens, mulheres e famílias podem receber nossos serviços. Usar o termo casa de massagem eu acredito que não é bom. É complicado não associar a palavra ao sexo. Por isso que geralmente os profissionais usam clínicas terapêuticas”, explica a massoterapeuta.

Para Mirian, é importante ter noções e qualificação para aplicar massagens. “O massoterapeuta passa anos e anos estudando. Ele aprende um pouco de fisiologia e anatomia. Existem várias técnicas e ele tem noção de como trabalhar”, opina.

De acordo com o instrutor do curso de massagem do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em Recife, Guilherme Dutra, em um contexto geral, as instituições oferecem cursos de cunho profissional. “Você pode até encontrar alguém que faça o curso pelo lado sexual, mas, nosso foco é o lado profissional”, complementa. “Quando a gente fala em massagem erótica, isso macula muito a imagem da área”, comenta Dutra.

*A reportagem preservou o nome das entrevistadas 

Uma rede de prostituição foi desmantelada na Catalunha, nordeste da Espanha, anunciou a polícia local nesta sexta-feira (25). Desde 2002, mais de 200 mulheres foram aliciadas, principalmente de nacionalidade romena. Entre elas, havia uma deficiente e menores de idade. De acordo com a polícia, também há espanholas e marroquinas.

Nove pessoas foram detidas em Barcelona, em cinco batidas feitas na região, após vários meses de investigação. Novas detenções são esperadas, ainda segundo a polícia. "Uma das vítimas, aliciada quando ainda era menor de idade, acabou se suicidando em setembro passado, ao se jogar de uma ponte", completou a polícia.

A rede se aproveitava de mulheres estrangeiras com dificuldades econômicas, em especial as romenas, e conseguia convencê-las a ir para a Espanha. Elas acabavam sendo forçadas a se prostituir em boates, ou nas ruas, sob a justificativa de que tinham de pagar o valor da viagem.

Durante as detenções e as batidas policiais, 26 vítimas foram identificadas, sendo quatro delas menores e uma deficiente. Esta última foi levada à prostituição em 2009 com a cumplicidade da mãe. Ela foi descoberta em março em um clube de La Junquera, cidade situada no lado espanhol da fronteira catalã com a França, um lugar conhecido pelo turismo sexual. Desde então, a investigação permitiu levar a outros estabelecimentos, onde as mulheres eram obrigadas a se prostituir.

Pelo menos 40% da renda dessas boates era oriunda da prostituição de mulheres e da consumação feita pelos clientes, acrescentou a polícia, sem informar se os locais já foram fechados. A organização, "que exercia um controle absoluto das vítimas, montou um serviço de busca e de transporte de suas casas para os estabelecimentos, e vice-versa" para que as mulheres não conseguissem fugir.

A Mostra Paraíba de Cinema, sessão especial do Cine É Proibido Cochilar, estreia sua segunda etapa nesta quarta (9) com o filme Tudo que Deus Criou, de André da Costa Pinto. Único longa-metragem da programação, a película foi exibida na Mostra Olhares Brasil de Cinema durante o Festival Internacional de Curitiba 2012.

O filme, com um elenco  formado em sua maioria por atores locais, oriundos de um curso de formação ministrada pelo diretor, também conta com a participação de atores e atrizes do cinema e da TV brasileira, como Letícia Spiller e Guta Stresser. Em Tudo que Deus Criou, André da Costa Pinto relata dramas e problemas dos seres humanos, abordando temas como a prostituição, sexualidade e drogas.

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O Cine É Proibido Cochilar é uma iniciativa da Representação Regional Nordeste do Ministério da Cultura (RRNE/MinC) e as sessões acontecem sempre às 19h das quartas-feiras com entrada gratuita, no auditório da Representação Regional Nordeste, na Rua Bom Jesus, 237, Bairro do Recife. Uma das novidades do cineclube para esse mês é a projeção dos títulos em HD de alta qualidade. 

Serviço

Cine É Proibido Cochilar

Representação Regional Nordeste do MinC (Rua do Bom Jesus, 237 – Bairro do Recife)

9 de outubro | 19h

(81) 3117 8430

Uma ação conjunta entre as Polícias Militar e Civil de Carpina, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, foi deflagrada na noite desta sexta-feira (12) na tentativa de combater crimes de exploração sexual. Na ocasião, foram abordados quatro estabelecimentos que funcionavam como casas de prostituição.

De acordo com a polícia, dois imóveis ficam localizados no Bairro da Senzala e os outros dois no Bairro Novo. Três proprietários dos estabelecimentos e 45 mulheres, sendo uma delas de menor, foram levados para a delegacia.

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Kelinton José de Oliveira, de 26 anos, André Gomes da Silva, 36, e José Costa Oliveira, 63, foram autuados em flagrante por tráfico interno de pessoas, rufianismo (favorecimento à prostituição) e por gerenciar uma casa de prostituição. Os autuados seguiram para a Cadeia Pública de Lagoa do Carro, onde permanecem à disposição da justiça.

O juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude da Comarca de Rio Branco, Romário Divino, condenou 15 envolvidos na Operação Delivery. As sentenças foram anunciadas na tarde desta segunda-feira e fecham um longo ciclo de trabalho integrado com a Polícia Civil e Ministério Público, por meio da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado. Em outubro do ano passado, a polícia desbaratou uma rede que favorecia a prostituição de adolescentes em Rio Branco. Nesta terça-feira, 2, pela manhã, o juiz concede entrevista.

Ao todo, foram ouvidas 47 testemunhas de acusação e 46 testemunhas de defesa. Em 258 páginas, o juiz Romário Divino concluiu um dos mais polêmicos processos do judiciário acreano. A decisão foi baseada em extenso material de áudio, vídeo e provas testemunhais.

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O juiz estabeleceu a seguinte lógica na sentença divulgada ontem: quem estava preso e foi condenado, permanecerá preso: poderá recorrer da decisão, mas preso. Quem responde ao processo em liberdade e foi condenado poderá responder ao processo em liberdade.

Todos os condenados têm variadas penas alternativas e diferentes valores de multas a serem pagadas às adolescentes com as quais mantiveram relações sexuais. Entre os diálogos gravados com autorização judicial, fica evidente o ambiente de consumo de drogas "leves" (maconha), "drogas pesadas" (cocaína) por parte das adolescentes em alguns programas intermediados pela rede de aliciadores.

Em determinados trechos das gravações, fica explícito que os aliciadores também traziam meninas da Bolívia para o Acre com a finalidade de realizar "programas" com os clientes de Rio Branco. Por esses trechos das conversas, é possível demonstrar que os aliciadores tinham no tráfico internacional de pessoas uma forma de manter a rede de prostituição ativa para os clientes acreanos.

Antes de realizar um dos encontros sexuais, uma adolescente é instigada a participar de uma "brincadeira pesada", sugerindo o uso de cocaína. "Porque tu sabe que eu preciso, né?", responde a adolescente a Jardel de Lima Nogueira, apontado como o líder da rede de aliciadores.

Em outro trecho gravado com autorização judicial, as adolescentes discutem o fato de o pecuarista Adálio Cordeiro, um dos condenados na operação, "só querer transar sem camisinha". "Ele chega e fica com raiva porque só quer transar sem camisinha", reclama uma das adolescentes, afirmando que, por essa condição, deveria receber mais dinheiro.

Numa reação à exoneração do infectologista Dirceu Greco da direção do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, os diretores adjuntos do órgão, Eduardo Barbosa e Rui Burgo, pediram demissão nesta quarta-feira (5). A crise no programa, que durante anos foi considerado como referência internacional, foi deflagrada na terça-feira, 4, com a suspensão, determinada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, de uma campanha para combater o preconceito às profissionais do sexo.

Greco e Barbosa atribuem o desfecho a uma onda conservadora no governo. "Fui destituído e rapidamente exonerado pelo secretário de Vigilância em Saúde por ordem do ministro da Saúde, por discordâncias do ministério com a condução da política de direitos humanos (...), que não coadunava com a política conservadora do atual governo", afirmou Greco, num e-mail de despedida, divulgado logo depois da sua demissão.

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A campanha, lançada no fim de semana pelo departamento nas redes sociais, trazia peças com mensagens de prevenção. Numa das peças, como o jornal O Estado de S.Paulo revelou, uma profissional do sexo afirma: "Eu sou feliz sendo prostituta." Embora elogiada por médicos especialistas no combate à aids e por integrantes de organizações não governamentais, a iniciativa provocou polêmica. No Congresso, o ministro foi cobrado.

Cotado para disputar as eleições para o governo do Estado de São Paulo, Padilha recuou. Mandou tirar a peça da página na manhã de terça-feira, dia em que o jornal publicou a reportagem. Na noite do mesmo dia, exonerou Greco e determinou a retirada de todo material, para "avaliação".

Padilha afirmou que as peças estavam em teste, não haviam sido aprovadas pela Assessoria de Comunicação Social e não atendiam os objetivos de prevenção. Esta é a terceira vez que o ministro determina a retirada de material com potencial de polêmica. Em março deste ano, ele determinou a suspensão da distribuição de um kit educativo. No ano passado, a campanha de carnaval, com foco em jovens gays, também teve sua veiculação suspensa. A justificativa dada na época era a de que o material era de divulgação restrita.

A crise despertou a atenção da imprensa internacional e provocou uma reação imediata de ativistas. No twitter, Padilha teve de responder a uma série de manifestações contrárias. "O movimento está articulado. Vamos divulgar uma carta, as paradas gays vão mostrar a indignação, mostrar toda insatisfação contra esse retrocesso", afirmou o coordenador de projetos do Movimento Gay de Minas, Oswaldo Braga.

Leila Barreto, da Rede Brasileira de Prostitutas, disse temer pelo futuro do programa. "Nos últimos anos, houve um estrangulamento das atividades das ONGs. Nós resistimos, buscando financiamento internacional. Não paramos, fomos para as esquinas por conta própria para fazer atividades de prevenção", conta. "Não vamos deixar que conquistas no combate à aids, que custaram vidas, esforços de toda uma população, retrocedam. Hoje o problema foi com as prostitutas. Amanhã, o desrespeito ao direitos humanos poderá mirar também em outros grupos."

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, exonerou nesta terça-feira o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Dirceu Greco. A decisão foi tomada três dias depois da divulgação de uma campanha para combater o preconceito contra profissionais do sexo, que incluía uma peça com os dizeres: "Eu sou feliz sendo prostituta". Elogiado por médicos e especialistas na prevenção de DST-Aids, o material provocou protestos entre a bancada evangélica. Nesta terça-feira, no Congresso, parlamentares pediram explicação sobre o tema.

Padilha mandou, nesta noite, retirar todo material dessa campanha do site do DST-Aids, abrigado no portal do Ministério da Saúde. Pela manhã, o ministro havia determinado a retirada apenas da peça "Eu sou feliz sendo prostituta". De acordo com ele, o material havia sido veiculado sem passar pelo crivo do departamento de publicidade. Greco estava no cargo desde meados de 2010.

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Deputados da bancada evangélica usaram a comissão de Direitos Humanos, presidida pelo pastor Marco Feliciano (PSC-SP), para fazer críticas à campanha do Ministério do Saúde de prevenção à Aids e redução do preconceito, que tem uma peça com a frase "Eu sou feliz sendo prostituta". Os deputados decidiram pedir informações ao ministério sobre o tema. A peça, veiculada na internet, foi retirada do ar por ordem do ministro da Pasta, Alexandre Padilha, após a divulgação do tema.

O assunto entrou em debate com uma manifestação do deputado João Campos (PSDB-GO). "Esse governo tem uma capacidade de buscar uns temas que me assusta. Eu sou feliz sendo prostituta, diz campanha do Ministério da Saúde do governo Dilma Rousseff. Não tem outra política pública decente para fazer?", questionou. "Já vejo os títulos das próximas campanhas. Sou adúltero, sou feliz. Sou incestuoso, siga-me. Sou pedófilo, sou feliz, sou realizado".

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Outros parlamentares fizeram manifestações na mesma linha. "Estamos combatendo a prostituição infantil e vem uma campanha incentivando. Você está combatendo, tirando das ruas, aí vem a campanha dizendo que é feliz, ninguém é feliz", disse a deputada Liliam Sá (PSD-RJ). "A mulher não nasceu para ser prostituta, nasceu para ser mãe de família", afirmou Costa Ferreira (PSC-MA).

Houve ataques ao governo e a parlamentares que defendem a legalização da profissão de prostituta. "Infelizmente a prática da prostituição não é crime. Agora, quando se trata de Estado brasileiro patrocinando é crime, é apologia à prostituição, é um crime praticado pelo Estado, pelo governo", disse Marcos Rogério (PDT-RO). "Tudo tem a ver com o mercado da prostituição, essa indústria que está de olho na Copa e Olimpíada", afirmou Pastor Eurico (PSB-PE).

Feliciano não fez uma manifestação sobre o tema, mas apoiou a iniciativa do deputado Roberto Lucena (PV-SP) de pedir informações ao Ministério da Saúde. "Vamos fazer esse requerimento de informação ao Ministério da Saúde sobre essa famigerada campanha", disse o presidente da comissão de Direitos Humanos.

O Ministério da Saúde lançou uma campanha nas redes sociais para reduzir o estigma em torno da prostituição que deve causar discussão. Uma das peças diz: "Eu sou feliz sendo prostituta" e tem profissionais do sexo como protagonistas. A iniciativa surge após uma série de outras polêmicas envolvendo campanhas de saúde na gestão Dilma Rousseff. Composto por vídeos e banners, o material é fruto da oficina de profissionais do sexo realizada em março em João Pessoa, que tem como mote "Sem vergonha de usar camisinha". Nas peças, mensagens contra o preconceito, sobre o desejo de ser respeitada e a necessidade de prevenção contra DST-aids. Feita para marcar o Dia Internacional das Prostitutas, 2 de junho, a campanha - que retrata positivamente a profissão - foi bem recebida por feministas e grupos que trabalham com prevenção.

"Quem sabe seja um sinal de que o governo possa retomar uma política de prevenção em aids e saúde pública sem discriminação, lançando até mesmo as campanhas censuradas dirigidas aos gays, que gastaram dinheiro público e não foram utilizadas", afirmou o professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Mario Scheffer. Em março, o Estado revelou que o Ministério da Saúde havia determinado a suspensão da distribuição de material educativo para prevenção de aids dirigido a adolescentes. O kit, formado por seis revistas em quadrinhos, abordava temas como gravidez na adolescência, uso de camisinha e homossexualidade e havia sido feito em colaboração com a Unesco.

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou na época que a distribuição havia sido feita sem seu conhecimento e não tinha aprovação do conselho editorial. A decisão se somou a uma série de episódios do governo Dilma. Em maio de 2011, a presidente determinou o cancelamento da entrega de um kit de combate à homofobia produzido pelos Ministérios da Saúde e da Educação. O especialista da USP ressalta que as ações para redução do preconceito são essenciais para estimular a prevenção. Daí, completa, a necessidade de que iniciativas semelhantes sejam feitas com outros grupos.

Público-alvo

"A valorização é o primeiro passo para a prevenção", afirmou a presidente da Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos, Santinha Tavares. Para ela, o governo acertou em trazer mensagens para prostitutas. "Outros grupos já haviam sido contemplados. Era essencial a mensagem para essas profissionais." Os cinco vídeos agora exibidos foram feitos pelas próprias participantes da oficina. Além de prostitutas, fizeram parte do encontro representantes de organizações não governamentais, associações e movimentos sociais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça alemã determinou que as pessoas que exercem de forma independente o ofício da prostituição deverão pagar um imposto profissional. Há vários anos os centros de arrecadação de impostos e as prostitutas discutem sobre o tipo de imposto que deve ser aplicado a esta atividade.

Os primeiros consideram que se trata de um ofício que, consequentemente, deve ser submetido a um imposto profissional, enquanto as trabalhadoras do sexo julgam que o fruto de sua atividade corresponde à categoria "outros ingressos", e que por isso deve ser cobrado um imposto sobre os ingressos.

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Em uma decisão anunciada na quarta-feira, o Tribunal Federal de Finanças, com sede em Munique (sul) considerou que as prostitutas independentes devem pagar um imposto profissional. Esta decisão não deve, contudo, modificar a vida das prostitutas, já que na maioria dos casos o imposto profissional leva em conta o imposto sobre os ingressos.

Em decisão em última instância em 1964, o Tribunal havia considerado que a "fornicação profissional" não deveria ser submetida ao imposto profissional. Mas, desde então, esta atividade evoluiu muito no campo jurídico. Em 2001, o Parlamento alemão legitimou a atividade, o que possibilitou o acesso ao direito a uma cobertura social e a contratos de trabalho.

Com medo de que as garotas se prostituíssem ou usassem drogas, a doméstica L., de 33 anos, mantinha as filhas de 12 e 15 anos acorrentadas quando saía para o trabalho, em Itu, região de Sorocaba (SP). As meninas foram libertadas no fim da tarde desta segunda-feira (15) pela Guarda Civil Municipal, depois de uma denúncia anônima. Os guardas encontraram as adolescentes imobilizadas pelas correntes, presas aos pés por um cadeado. A casa, uma residência simples, no bairro Cidade Nova, zona sul da cidade, era mantida fechada à chave durante a ausência da mãe.

Aos guardas, a mulher disse que fazia aquilo pelo bem das garotas. "Aqui, tem muita prostituição e droga e eu prendo minhas filhas para elas não chegarem ao ponto de se prostituir e se drogar", disse. De acordo com L., as meninas costumavam fugir de casa e ir para uma avenida do bairro, onde garotas de programa fazem ponto e há consumo e venda de drogas. A doméstica foi abandonada pelo companheiro e cuidava sozinha das filhas. A garota mais velha afirmou que saía de casa para se encontrar com um namorado. "Eu tenho namorado, então eu fujo por causa dele." Ela disse que a irmã mais nova também costuma fugir para ir à avenida.

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Levada a uma delegacia da Polícia Civil, a mãe foi ouvida e liberada, mas responderá ao inquérito por maus-tratos. As adolescentes passaram por exames médicos e foram encaminhadas para o Conselho Tutelar. Segundo a Guarda Municipal, não foram constatadas escoriações leves nos tornozelos das meninas pelo uso da corrente. A Justiça decidirá ser as garotas serão encaminhadas para um abrigo ou se voltam a ficar sob os cuidados da mãe.

A ex-solista do Bolshoi Anastassia Volotchkova acusou a direção do famoso teatro de prostituir suas bailarinas, em afirmações consideradas delirantes pelo diretor da instituição nesta terça-feira.

Volotchkova, uma polêmica bailarina, demitida do Bolshoi em 2003, lançou suas acusações no domingo durante um talk show da rede de televisão NTV e as repetiu depois em diversas emissoras de rádio.

"São meninas do corpo de balé, mas também solistas. Infelizmente,o diretor do Bolshoi transformou o teatro em um grande bordel", declarou ela à rádio RSN.

"Há dez anos, quando eu dançava no teatro, recebi em diversas oportunidades propostas para me deitar com homens durante seus banquetes", acrescentou.

"As meninas do corpo de balé me contaram como eram obrigadas a participar dos banquetes e eles as diziam que haveria sexo depois. Quando elas perguntavam 'e seu recusarmos?', eles respondiam que elas não partiriam mais em turnê e que suas carreiras no Bolshoi chegariam ao fim", a afirmou Volotchkova.

Consultado nesta terça durante uma entrevista coletiva à imprensa sobre essas acusações, o diretor do Bolshoi, Anatoli Iksanov, se recusou a "comentar as afirmações delirantes e sujas".

O Bolshoi teve sua reputação abalada após o ataque com ácido em janeiro contra o diretor artístico da instituição, Serguei Filine.

Três pessoas, incluindo o solista do balé do Bolshoi Pavel Dmitritchenko, considerado o mandante, foram presos. Porém, logo depois mais de 300 artistas escreveram em 12 de março ao presidente Vladimir Putin para defender o bailarino acusado, segundo eles, de maneira "precipitada".

Há quase um ano, Silvio Berlusconi disse que as festas que organizava em sua mansão milanesa de Arcore, que tanto frenesi causaram na mídia, eram apenas "elegantes jantares em um ambiente relaxado, tranquilo e amigável". Agora, com as provas em mãos, o promotor Antonio Sangermano diz que não, informa o diário espanhol El País.

Segundo o promotor, o ex-primeiro ministro italiano havia montado em sua casa "uma verdadeira rede de prostituição" para obter sexo em troca de dinheiro e promessas de empregos ou cargos na política. Segundo o procurador, a então menor Karima El Mahroug, conhecida como Ruby, era uma das meninas envolvidas nesses saraus.

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O processo contra Berlusconi no caso Ruby veio à tona depois que, na noite de 27 para 28 de maio de 2010, o então primeiro-ministro da Itália telefonou pessoalmente à polícia de Milão para garantir que Karima era "sobrinha" do então presidente egípcio Hosni Mubarak e deveria ser liberada e entregue à então conselheira da Lombardia Nicole Minetti. O promotor explicou ontem que tanto Minetti, "que vendia seu corpo para Berlusconi", como a representante de famosos Lele Mora e o apresentador de televisão Emilio Fede faziam parte da complexa rede de prostituição.

A situação está muito complicada para Berlusconi. Na sexta-feira, oito promotores de Milão apresentarão sua petição ao tribunal - o partido Povo da Liberdade (PDL), de Berlusconi, ainda comemora os bons e surpreendente resultados na eleição geral da semana passada. Se estava claro que o retorno de Berlusconi à política foi devido à sua necessidade de se proteger da ação dos juízes, agora é uma corrida desesperada contra o relógio.

Trinta e seis pessoas foram detidas em uma operação para desmantelar uma rede de prostituição, que explorava 400 mulheres na região de Andaluzia (sul da Espanha), informou a polícia local nesta segunda-feira.

A organização controlava seis "clubes" em Sevilha, Córdoba, Cádiz e Huelva, que geravam lucro de 1,25 milhão de euros (1,62 milhão de dólares) por ano.

As jovens exploradas eram obrigadas a pagar um percentual do que recebiam por seus serviços e cumprir uma série de normas impostas pela organização, que incluíam sanções como o pagamento de 50 euros por descanso sem permissão ou de entre 150 e 200 euros se abandonassem o local sem autorização prévia.

A operação, após três anos de investigações, permitiu à polícia apreender 57 imóveis, 56 veículos, um barco, além de joias e objetos avaliados em mais de 14 milhões de euros.

O prefeito de Amsterdã, Eberhard van der Laan, planeja aumentar a idade mínima das prostitutas de 18 para 21 anos e forçar os bordéis a fecharem nas primeiras horas da manhã. Ele disse que a medida é importante para combater o crime no famoso distrito Red Light e proteger os trabalhadores do sexo - a maioria mulheres - de abusos.

Van der Laan afirmou que as janelas dos bordéis, onde trabalhadoras do sexo seminuas tentam seduzir clientes, ficariam fechadas das 4h às 9h. A prostituição foi legalizada na Holanda em 2006 e tem sido tolerada em Amsterdã há séculos, mas a cidade endureceu a legislação e fechou um terço das janelas dos bordéis entre 2007 e 2009. As informações são da Associated Press.

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A Polícia Civil do Amazonas deflagrou, na manhã desta sexta-feira, a operação batizada de Estocolmo que visa combater a exploração infantil e o agenciamento de mulheres para a prostituição. Foram expedidos pela Justiça 46 mandados de busca e apreensão e oito de prisão, todos com execução em Manaus. A Polícia Federal também participa da operação em razão de um dos investigados ser holandês.

De acordo com a polícia, a investigação teve início em maio deste ano, após uma criança procurar a Delegacia da Criança e do Adolescente para relatar a exploração que sofria por participantes do esquema. Na operação, que corre em segredo de Justiça, foram feitas interceptações telefônicas.

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No dia 21 deste mês a Justiça expediu 15 mandados de busca e apreensão em casas de clientes da rede de prostituição, 31 em residências de vítimas, entre menores e mulheres, e oito mandados de prisão de exploradores. Um dos mandados de busca é para a casa de um holandês, que deve ser executado por agentes da PF.

Embora não tenham sido divulgados os nomes dos investigados, vários deles têm alto poder aquisitivo e grande influência política na cidade. Participam da operação 198 policiais civis e 30 agentes da PF.

O nome da operação se deve ao primeiro Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, realizado na cidade de Estocolmo, na Suécia, em 1996. Também remete à Síndrome de Estocolmo, no qual vítimas de sequestro que permanecem um longo tempo com seus raptores passam a vê-lo como um cuidador e criam um vínculo afetivo. De acordo com a polícia, muitas meninas exploradas sexualmente não se vêm como vítimas.

O serviço secreto dos Estados Unidos está investigando alegações de que agentes de segurança do presidente Barack Obama, que participa da Sexta Cúpula das América, na Colômbia, se envolveram com prostituição no país.

Os agentes envolvidos foram enviados de volta aos EUA e foram substituídos por outros membros do serviço secreto, segundo afirmou o órgão em um comunicado. De acordo com o serviço secreto, a má conduta dos oficiais teria ocorrido antes da chegada de Obama à Colômbia, na noite de sexta-feira.

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"A má conduta teria ocorrido no mesmo hotel (em Cartagena das Índias) onde os citados agentes do Serviço Secreto estavam hospedados", diz o comunicado do governo norte-americano.

Ronald Kessler, autor de um livro sobre o serviço secreto, afirmou, citando fontes, que ficou sabendo que o incidente envolveu 12 agentes, incluindo um ou dois supervisores, alguns deles casados. A prostituição é geralmente ilegal na Colômbia, mas o país possui "áreas de tolerância" onde a atividade é essencialmente ignorada pela polícia.

O deputado norte-americano Peter King, que preside o Comitê de Segurança Interna da Câmara, disse que "quase todos" os agentes envolvidos no escândalo estavam com mulheres em seus quartos no hotel, "supostamente prostitutas". Agora investigadores vão ouvir os seguranças envolvidos no escândalo. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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