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Nesta quinta-feira (25), 200 ventiladores pulmonares foram entregues pelo governo dos Estados Unidos para apoiar o Brasil na luta contra a Covid-19. Segundo a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), os ventiladores, produzidos nos EUA, trazem tecnologia de ponta e sob demanda.

Os 200 ventiladores estão avaliados em mais de US$ 2,5 milhões. Além disso, a USAID está financiando um pacote customizado de suporte técnico com garantia, acessórios como equipamento de monitoramento, tubos e filtros.

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“Estamos realmente satisfeitos de ver a primeira leva dos 1000 ventiladores prometidos ao Brasil pelo presidente Trump. Estamos trabalhando com o Ministério da Saúde para garantir que os ventiladores sejam rapidamente incorporados ao sistema de saúde do Brasil e possam ajudar os brasileiros que mais necessitam”, explica o embaixador Todd C. Chapman.

Essa doação se soma aos mais de US$ 12 milhões que o governo dos EUA já doou ao Brasil para a resposta à pandemia, e os aproximadamente US$ 40,5 milhões de empresas norte-americanas instaladas no país.

Uma mulher de cerca de 20 anos cujos pulmões foram afetados de forma irreversível pela Covid-19 recebeu um transplante duplo deste órgão em Chicago, anunciou nesta quinta-feira o hospital onde ocorreu a cirurgia.

"Um transplante de pulmão era a sua única chance de sobrevivência", disse em comunicado Ankit Bharat, chefe de cirurgia torácica no Hospital Northwestern de Chicago. Trata-se do primeiro transplante deste tipo realizado nos Estados Unidos, mas não no mundo, já que médicos chineses fizeram a mesma cirurgia em março.

A paciente é uma mulher hispânica que não tinha doenças pré-existentes, segundo o hospital. Ainda assim, ela desenvolveu a forma grave da Covid-19, o que a levou a ficar internada por seis semanas na UTI.

A paciente teve que usar respirador artificial e ser conectada a uma máquina chamada ECMO, que substitui o coração e os pulmões para oxigenar e fazer o sangue circular pelo corpo. No último dia 5, a jovem foi submetida durante 10 horas a uma intervenção "muito difícil", segundo Bharat, e que, geralmente, leva cerca de seis horas.

O sucesso da intervenção mostrou que este tipo de transplante é possível e seguro, comemorou o médico. "Espero, realmente, que possamos operar cada vez mais pacientes que dependem hoje de um respirador artificial porque seus pulmões foram destruídos de forma permanente", disse.

- 'Muito a aprender' -

A paciente, que preferiu não se identificar, está consciente, mas continua usando um respirador. Ela pôde ver a família por videoconferência, contou o médico, explicando que a jovem permanecerá intubada até ganhar força, o que deverá ocorrer daqui a algumas semanas.

Foi necessário esperar até que a paciente testasse negativo para o novo coronavírus para realizar o transplante, e também que os órgãos da jovem se recuperassem o suficiente para suportar a cirurgia. "Tivemos que agir muito rapidamente, dia e noite, para ajudá-la na oxigenação e apoiar seus demais órgãos, para que ela pudesse resistir ao transplante", explicou Beth Malsin, especialista pulmonar do hospital.

A equipe médica ficou surpresa com a virulência do novo coronavírus, já que não é comum que uma pessoa tão jovem apresente danos irreversíveis nos pulmões. "Como uma mulher de 20 anos saudável chegou a este estado? Ainda temos muito a aprender sobre a Covid-19", reconheceu o pneumologista Rade Tomic.

A esperança da equipe é de que pacientes que tiveram a doença e puderam voltar para casa, mas que sofreram uma perda permanente de suas funções respiratórias, possam ser submetidos a um transplante no futuro. Nos Estados Unidos, a espera para um transplante de pulmão é de três a seis meses.

Di Ferrero vem dividindo com seus seguidores sua rotina após contrair a Covid-19, e, no domingo, dia 22, ele falou sobre um problema:

Passando pra dizer que estou cada dia melhor! E me sentindo curando já! E esclarecer e tentar ajudar com as muitas mensagens. Cinco dias que acabei meu tratamento e que estou sem remédios. Tive um problema no pulmão, já tinha complicações antes e já estou bem melhor. Não posso passar o que eu tomei porque cada caso é um caso. Seria irresponsabilidade da minha parte.

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O cantor contou ainda, em outro trecho da postagem, sobre sua quarentena:

Amanhã será meu 14 dia de quarentena. Mas claro vou continuar aqui em casa isolado e junto com vocês! Desejo a todos muita calma e consciência social pra passamos juntos por essa.

O tumor maligno nos pulmões do presidente do Uruguai Tabaré Vázquez tem não é operável, informou a imprensa local nesta quinta-feira citando fontes médicas e políticas.

Segundo a mídia, o tumor que afeta Vázquez tem metástases e inicialmente está fora da possibilidade de uma cirurgia.

Oficialmente, a Presidência da República informou que Vázquez iniciou um "tratamento de radiocirurgia em sua lesão no pulmão" e que "ele continuará cumprindo suas funções governamentais regularmente".

O próprio Vázquez relatou sua doença em um comunicado à imprensa e, em uma entrevista subsequente, disse que vai concluir seu mandato, que termina em 1º de março, quando um novo presidente assumir.

O presidente apareceu em várias reuniões oficiais nos últimos dias.

O Uruguai realizará eleições gerais em 27 de outubro e a Frente Amplio (esquerda), no poder desde 2005, busca alcançar seu quarto mandato consecutivo.

Vázquez, oncologista de 79 anos que se tornou um ícone na luta contra o tabagismo, foi diagnosticado com câncer de pulmão duas semanas atrás, depois que um nódulo pulmonar foi encontrado em um exame de rotina.

O cantor Bruno Cardoso, líder do grupo Sorriso Maroto, precisou ficar afastado dos palcos para se submeter a um procedimento cirúrgico. Bruno teve que retirar o líquido da membrana pleural que estava acumulado dentro do pulmão, que chegou a provocar fortes dores. Após a cirurgia, ele tranquilizou os fãs ao publicar no Instagram o seu estado de saúde.

"Já passaram algumas horas que terminei com sucesso o procedimento, mas não tive como vir aqui escrever para vocês. Em resumo: 'Deus' tudo muito mais que certo! Obrigado a todos pelas mensagens nas redes, 'zap' ou quaisquer formas de recado. [...] Fazer música, levar alegria e amor, agora sem nenhuma dor me incomodando. Vou cantar com todos a alegria e oportunidade de estarmos juntos, 'brindar a vida'. Pois o 'melhor dessa vida é viver de coração'. Já volto", escreveu.

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Na postagem, o vocalista do Sorriso Maroto ganhou o carinho dos seguidores, amigos e também dos famosos. Fátima Bernardes, Cássio Reis, Tierry e Arlindinho Cruz celebraram a notícia.

Confira:

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Pesquisa divulgada pela organização não governamental Instituto Oncoguia, baseada nos Registros Hospitalares de Câncer (RHC) do Instituto Nacional de Câncer (Inca), mostra que 86,2% dos casos de câncer de pulmão são diagnosticados em estágio avançado no Brasil. O levantamento considerou 6,9 mil casos de câncer de pulmão registrados no ano de 2016. Nos Estados do Pará, Ceará e Bahia, os registros tardios chegam a 95% e, em Sergipe, 100%.

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“Esses números são extremamente preocupantes, considerando que o câncer de pulmão é o que tem maiores índices de mortalidade no mundo e as chances de cura estão diretamente relacionadas ao estágio em que a doença é descoberta”, alerta o cirurgião oncológico Antônio Bomfim.

No caso dos tumores identificados em estágios avançados (3 e 4), a chance de o paciente morrer nos próximos cinco anos é de aproximadamente 90%.

Segundo o Globocan, projeto da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), em 92% dos registros o paciente morre em decorrência da doença. O câncer de pulmão é o que mais mata no Brasil, apesar de ser o 4º em incidência (sem considerar o câncer de pele não melanoma), atrás do colorretal, em 3º lugar; do de próstata, em 2º; e do câncer de mama, o mais incidente no país.

Os números divulgados pelo Oncoguia indicam ainda que em 79,1% dos casos de câncer de pulmão há relação com o tabagismo (os pacientes eram fumantes ou ex-fumantes). Apenas 21% nunca tiveram contato com o tabaco. “O lado bom disso é que o câncer de pulmão, ao mesmo tempo que é o tipo mais letal, é evitável. Quem não fuma e não é fumante passivo tem as chances de ter a doença reduzidas drasticamente”, explica o médico.

Para 2019, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima 31.270 novos casos. A grande diferença entre o número de casos estimados e o número de casos notificados, registrados oficialmente, reflete um outro problema, que é a subnotificação. “As políticas públicas são baseadas em dados oficiais e apenas 24,5% dos casos foram oficialmente notificados no Brasil em 2016. Precisamos que a notificação compulsória do câncer, que é uma lei que já foi aprovada há um ano, seja implementada”, destaca o especialista, antes de falar da evolução do tratamento.

Uma das maneiras de tratar o câncer de pulmão é por meio de cirurgia. “É a melhor opção de tratamento nos casos iniciais. Nos demais casos, o tratamento é decidido de forma multidisciplinar, entre o cirurgião, oncologista clínico e radioterapeuta”, explica o cirurgião torácico e oncologista Antônio Bonfim. “Nos tumores iniciais, a chance de cura é de mais de 80%”, destaca ele.

“Por ser considerado um procedimento de grande porte, buscamos sempre as melhores técnicas para minimizar o sofrimento dos pacientes. A técnica de cirurgia por vídeo é o que existe, hoje, de menos invasivo. A maioria das cirurgias ainda é feita com duas ou três incisões – técnica multiportal, mas já há uma evolução da técnica para a uniportal, com apenas uma incisão. Esta é a que mais cresce no mundo”, explica o médico.

O cirurgião paraense acaba de voltar da China, onde participou de um curso de especialização em cirurgia torácica pela técnica uniportal, no Departamento de Cirurgia Torácica do Hospital do Câncer de Yunan. Foi Antônio Bomfim o primeiro a utilizar, no Pará, a técnica uniportal, em 2016.

A cirurgia uniportal possibilita procedimentos pouco invasivos, com apenas um pequeno corte, de três centímetros, na lateral do tórax. A técnica foi criada em 2010 pelo espanhol Diego Gonzalez Rivas, que já disseminou seu conhecimento ministrando cursos em 104 países e mais de 56 cidades da China.

A China é hoje um dos maiores centros de inovação em cirurgia para câncer de pulmão do mundo. A incidência da doença no país é alta por causa do tabagismo, que atinge 80% da população, e da grande poluição ambiental.

Por Dina Santos, especialmente para o LeiaJá.

 

Durante o mês de agosto, exames de raio X espalhados pela cidade de São Paulo vão fazer um alerta sobre o câncer de pulmão. Será a campanha Respira Agosto, iniciativa do Instituto Lado a Lado pela Vida, que tem como foco mostrar que a doença não atinge apenas fumantes e incentivar a realização de exames preventivos.

"Começamos a ter um olhar mais dirigido ao câncer de pulmão por causa do número expressivo de casos. Também temos visto que as pessoas estão chegando no sistema de saúde em uma fase muito avançada da doença", explica Marlene Oliveira, presidente e fundadora do Instituto Lado a Lado pela Vida.

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Segundo ela, a campanha também tem como objetivo tirar o estigma dos pacientes com câncer de pulmão, que, muitas vezes, são tratados com insensibilidade ou são vítimas de preconceito. "O paciente com câncer de pulmão é colocado como o grande vilão, porque as pessoas pensam que foi ele que ocasionou isso. Alguns têm vergonha de dizer que têm câncer, porque a cobrança é muito grande. A gente quer empoderar o paciente."

Além do raio X, a campanha também conta com um pulmão com seis metros de altura e seis metros de largura, que foi usado no ano passado e deve ser colocado em locais com grandes públicos, como estádios de futebol.

No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres e o primeiro no mundo desde 1985. A estimativa é de 31.270 novos casos (2018), dos quais 18.740 serão em homens.

O cigarro é um dos principais causadores da doença

O tabagismo é a principal causa da doença, mas há outros fatores de risco. "Existem várias hipóteses. O cigarro está relacionado a 80% dos tumores, mas não é o único fator. O que se fala em estudos é que a poluição é um fator de risco, principalmente entre jovens", afirma Fernando Santini, oncologista do Hospital sírio-libanês de São Paulo e membro do comitê científico do instituto.

Ele diz que a adoção de bons hábitos, como não fumar e ter alimentação saudável e fazer exames de rastreamento são medidas a serem adotadas para evitar a doença.

"Pessoas de 55 a 80 anos que fumam ou que pararam de fumar há menos de 15 anos têm indicação de fazer tomografia de baixa dose de radiação uma vez por ano. O objetivo é detectar nódulos pulmonares enquanto estão pequenos. Em mulheres, isso reduz em 40% a chance de morte." Segundo Santini, o tratamento pode ser feito com medicamentos, associação de quimioterapia e imunoterapia e cirurgia.

Esta quinta-feira (31) é tida como o Dia Mundial da Luta Contra o Tabaco, criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), tendo como objetivo alertar os fumantes sobre o perigo que o cigarro traz para a saúde humana. Este vício está na origem de 90% dos casos de câncer de pulmão no mundo, tendo nos 10% restantes 1/3 dos chamados fumantes passivos. Apesar desses dados preocupantes, o país ainda registra um elevado número de casos de neoplasias malignas, popularmente conhecida como câncer, entre a população fumante. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil deverá somar 31.270 novos casos de tumores pulmonares em 2018 por conta do consumo do tabaco. 

A nicotina que está presente em cigarros, charutos, cachimbos, narguilé e também nos cigarros eletrônicos aumenta as chances de quem consome desenvolver ao menos outros 13 tipos de câncer: de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, rim, bexiga, colo de útero, ovário e alguns tipos de leucemia. O oncologista Eduardo Inojosa diz que a maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresenta sintomas relacionados ao próprio aparelho respiratório, tais como: tosse, falta de ar e dor no peito. “Outros sintomas inespecíficos também podem surgir, entre eles, perda de peso e fraqueza. Em poucos casos, cerca de 15%, o tumor é diagnosticado por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos. Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico precoce da doença”, diz.

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O tratamento do câncer de pulmão se baseia em cirurgia, tratamento sistêmico (quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia) e radioterapia. Sempre que possível, a cirurgia é realizada na tentativa de se retirar uma parte do pulmão acometido. Atualmente, os procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos por vídeo são cada vez mais realizados com um menor tempo de internação e retorno mais rápido do paciente às suas atividades. A indicação da cirurgia depende principalmente do tamanho e da localização do tumor, além do estado geral do paciente.

Quando você para de fumar o corpo responde positivamente

Segundo informações médicas, os benefícios à saúde começam apenas 20 minutos após interromper o vício: a pressão arterial volta ao normal e a frequência do pulso cai aos níveis adequados, assim como a temperatura das mãos e dos pés são normalizadas.

Em 8 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue ficam regulados e o de oxigênio aumenta. Passadas 24 horas, o risco de se ter um acidente cardíaco relacionado ao fumo diminui. E, após 48 horas, as terminações nervosas começam a se recuperar de novo e os sentidos de olfato e paladar melhoram. De duas semanas a três meses, a circulação sanguínea melhora consideravelmente. Caminhar torna-se mais fácil e a função pulmonar melhora em até 30% (trinta por cento).

A partir de um a nove meses, os sintomas comuns em fumantes como tosse, rouquidão, e falta de ar ficam mais tênues. A pessoa fica mais disposta para realizar atividades físicas. Em cinco anos, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de uma pessoa que fumou um maço de cigarros por dia diminui em pelo menos 50%. Quinze anos após parar de fumar, torna-se possível assegurar que os riscos de desenvolver câncer de pulmão se tornam praticamente iguais aos de uma pessoa que nunca fumou.

Com informações da assessoria

Respirar o ar de São Paulo por duas horas no trânsito é o mesmo que fumar um cigarro. Ao longo de 30 anos na capital, o pulmão dessa pessoa pode ficar igual ao de um fumante leve (que consome menos de dez cigarros por dia).

É o que revelam dados preliminares, obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, de uma pesquisa inédita que busca comparar a exposição do paulistano durante sua vida à poluição do ar com os impactos do cigarro. O trabalho, liderado pelo médico patologista Paulo Saldiva, analisa corpos que foram levados ao Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) e mede a quantidade de carbono no pulmão, ao mesmo tempo em que investiga a vida do paciente.

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"Antigamente, quando em uma necropsia a gente via um pulmão cheio de carbono, preto, o mais provável é que se trataria de um fumante. Hoje não dá para dizer isso. E o que esse estudo está mostrando é o quanto respirar o ar de São Paulo é equivalente a fumar e tem impacto cumulativo", explica a bióloga Mariana Veras, do Laboratório de Poluição do Ar da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Entrevistas feitas com parentes estão ajudando a compor esse quadro de como se dá a exposição dos paulistanos. São questões como: onde vivia, onde passou a maior parte da vida, qual era a atividade profissional, quanto tempo levava em deslocamentos no trânsito, se fumava ou era fumante passivo. "Um motorista de caminhão ou um guarda de trânsito vai ter um quadro diferente de quem só se expõe de casa ao trabalho e passa o dia inteiro no ar condicionado com janela fechada. Estamos buscando a correlação entre a quantidade de preto no pulmão, o padrão de vida e o tempo em transporte", diz Mariana.

Pelo menos 2 mil pulmões já foram avaliados e cerca de 350 selecionados para compor o estudo - são os que contam com entrevistas mais detalhadas. Os dados ainda estão sendo tabulados e devem ser concluídos nas próximas semanas, mas foram antecipados em razão da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que começou ontem e vai até amanhã, e tem como tema a luta antipoluição.

Segundo a ONU Meio Ambiente e a Organização Mundial de Saúde, cerca de 7 milhões de pessoas morrem por ano em decorrência de poluição do ar (e metade é interna, como a de fogões a lenha e aquecimentos caseiros a carvão). Segundo as entidades, mais de 80% das cidades têm níveis de poluição acima dos recomendáveis.

A análise de São Paulo aponta que os níveis de partículas finas inaláveis (material particulado ou MP 2,5) está 90% acima dos níveis seguros, de 10 microgramas/m³. A concentração média anual da cidade é de 19 microgramas/m³. A ONU Meio Ambiente elegeu o combate à poluição como principal ação para se atingir os objetivos do desenvolvimento sustentável e no combate às mudanças climáticas.

"A poluição é o problema que está mais perto das pessoas. Elas sentem, respiram, é imediato. É mais provável ter impacto sobre a vida das pessoas enquanto andam ou fazem compras do que as mudanças climáticas. É uma das coisas que mais matam hoje no mundo", disse ao Erik Solheim, diretor executivo da ONU Meio Ambiente, durante a Conferência do Clima das Nações Unidas, na Alemanha, em novembro. "Por outro lado, tudo o que se faz para reduzir a poluição também é benéfico no combate às mudanças climáticas."

Na prática

Não é de hoje que poluição afeta a rotina dos paulistanos. A gestora ambiental Annabella Andrade, de 50 anos, pedala todos os dias até o trabalho, mas, quando o tempo está seco, usa máscara como as de hospitais para se proteger da fuligem. "Dependendo do lugar, ainda coloco lenço por cima", diz ela, que mora perto do Elevado Presidente João Goulart, o Minhocão, e trabalha na Avenida Paulista, ambos na região central.

Para reduzir o impacto da poluição, Annabella trabalha como voluntária de uma associação que quer transformar o Minhocão em um parque. "Quando o elevado está fechado, podemos abrir as janelas."

Dona de uma banca próxima da Estação Marechal Deodoro do Metrô, Mainara Bortolozzo, de 25 anos, também sente o impacto. "Saio imunda daqui - no rosto, nas mãos", conta.

Obesidade

Pouco relacionada com a poluição, a obesidade, também está sendo observada pelo grupo de pesquisa do laboratório da USP. Já havia a suspeita de que a poluição provoca desarranjo hormonal e estudos epidemiológicos relacionam os poluentes a uma redução do metabolismo. Como isso é muito difícil de isolar e medir no nível individual, os pesquisadores trabalharam com camundongos expostos a uma concentração de MP 2,5 - semelhante à medida em média por dia em São Paulo.

Descobriram que afeta a saciedade. "Os animais, e sugerimos que o mesmo deve ocorrer com humanos, não ficavam saciados mesmo com a quantidade habitual. A poluição diminui a sensibilidade ao hormônio leptina, que regula a saciedade", diz Mariana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Se a poluição traz problemas de saúde, será que a presença de árvores pode atuar como um escudo contra isso? Essa é uma pergunta que vem sendo investigada em vários cantos do mundo, dentro de uma série de pesquisas que mostram os impactos positivos de ter parques e áreas verdes nas cidades. São trabalhos que apontam benefícios não só para a saúde cardiorrespiratória - os mais evidentes - como também para a melhoria do sistema imunológico, combate ao estresse, incentivo a fazer atividades física e até atenuar doenças mentais.

São Paulo ainda está engatinhando nessa área, mas começa a trazer os primeiros resultados. Um trabalho divulgado na semana passada sugeriu uma correlação entre áreas verdes e mais abertas e menos casos de morte por câncer de pulmão. O levantamento ainda é preliminar e, como define sua autora, a bióloga Bruna Lara de Arantes, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), "exploratório".

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Para seu mestrado sobre recursos florestais, ela cruzou imagens de satélite da cobertura verde da capital (e também de prédios e de áreas de gramado) com bases de dados de câncer de pulmão da Faculdade de Medicina da USP. Daí, concluiu que cerca de 17% da variação observada nos casos da doença pode ser explicada pelas variáveis consideradas. Pela análise, a cada 1% de distância do centro da cidade de São Paulo, diminuem 1,56% os casos de câncer. Com aumento de 1% de relvado, diminuem 1,24% os casos; e com aumento de 1% de telhas, aumentaram 6,35% os casos de falecimento.

Não foram considerados, porém, outros fatores que aparecem no estudo com os óbitos de São Paulo (leia mais acima), como os locais de moradia e de trabalho, informações sobre deslocamento pela cidade e estilo de vida, e em especial se as pessoas fumavam ou não - fator responsável por explicar a maior parte dos casos de câncer de pulmão. Segundo dados do A.C. Camargo Cancer Center, 2 entre 10 casos de câncer de pulmão ocorrem em não fumantes.

"Trabalhamos com os dados disponíveis em um primeiro momento e, por isso, digo que é uma pesquisa exploratória, mas que já indica uma correlação", afirma Bruna. "A nossa suspeita é de que, além de as árvores ajudarem a filtrar os poluentes, as áreas mais abertas, com relvado (gramado), facilitam a dispersão do material particulado. Como São Paulo é muito verticalizada, isso dificulta a dispersão. Mas o MP é leve e pode ser levado mais facilmente pelo vento onde é aberto. Foi onde vimos menos casos.

"A intenção agora é dar sequência a esse trabalho, investigando a incidência de doenças respiratórias, como bronquite, e ver se a proximidade com áreas verdes também tem um fator positivo. No ano passado, a Organização Mundial de Saúde lançou uma campanha para incentivar a visitação a parques naturais e urbanos como um fator para melhorar a saúde pública como um todo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após uma fadiga muscular e queda da saturação de oxigênio, o cantor Reginaldo Rossi teve uma piora, na tarde dessa quinta (19), e voltou a ser entubado. De acordo com médico, Jorge Pinho, que trata do cantor, o rei do brega apresenta uma aplasia medular, ou seja, uma deficiência de fabricação das hemácias, dos leucócitos e das plaquetas. “Essa dificuldade faz parte do tratamento do câncer. Qualquer pessoa que faz quimioterapia passa, em média, 5 dias com esses problemas”, afirmou Pinho. 

Reginaldo Rossi está sedado e respira com a ajuda de aparelho. O cantor passará por uma nova reavaliação no fim da manhã desta sexta-feira (20). Internado no Hospital Memorial São José desde 27 de novembro, o Rossi foi diagnosticado com câncer em pequenas células do pulmão. Na última sexta (13), ele passou pela última sessão do primeiro ciclo da quimioterapia.

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De acordo com novo boletim médico divulgado nesta segunda (16), Reginaldo Rossi tem apresentado melhora no seu quadro clínico. A equipe médica do Hospital Memorial São José que cuida do cantor esclarece que Rossi está sem febre, precisando cada vez menos de sedação e que está consciente.

No entanto, o Rei do Brega, diagnosticado com câncer de pulmão, ainda respira com ajuda de aparelhos. Reginaldo Rossi foi internado no dia 27 de novembro e, imediatamente, transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O cantor foi diagnosticado com câncer de pulmão e precisou ser submetido uma cirurgia para a remoção de dois litros de líquido do órgão. A melhora do artista iniciou após as sessões de hemodiálise.

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Confira o boletim médico na íntegra:

A Equipe Médica que assiste o Sr. Reginaldo Rodrigues dos Santos (Cantor Reginaldo Rossi), esclarece que o paciente esta sem febre, permanece respirando com auxílio de aparelhos e em programação de hemodiálise diária e começou a recuperar a diurese. Houve evolução satisfatória dos parâmetros laboratoriais e hemodinâmicos nas últimas 24 horas. A sedação vem sendo gradualmente retirada e o paciente continua contactuando.

Recife, 16 de Dezembro de 2013  - 10:00 hs.

Dr. Jorge Pinho

Dr. Iran Costa

Dr. Murilo Guimarães

De acordo com boletim divulgado na tarde desta sexta-feira (13), o estado de saúde do cantor Reginaldo Rossi apresentou uma evolução clínica satisfatória quanto aos parâmetros hemodinâmicos (controle dos níveis de pressão arterial), ventilatórios e laboratoriais. A equipe médica que assiste ao cantor informou que mesmo com a evolução, ele permanece em assistência ventilatória invasiva e em programação de hemodiálise.

Nesta sexta (13), Reginaldo Rossi passou pela terceira sessão do primeiro ciclo da quimioterapia. O segundo ciclo de quimioterapia deve acontecer em aproximadamente 21 dias. Internado desde o dia 27 de novembro no Memorial São José, no Recife, o Rei do Brega, foi diagnosticado com câncer de pequenas células no pulmão na última quarta (11). Ainda não se tem informações sobre o estágio da doença. O corpo médico também informou que o cantor foi submetido a mais uma hemodiálise.

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Confira o boletim médico na íntegra:

A Equipe Médica que assiste o Sr. Reginaldo Rodrigues dos Santos (Reginaldo Rossi) informa que durante a tarde desta sexta-feira (13/12) houve evolução clínica satisfatória quanto aos parâmetros hemodinâmicos (controle dos níveis de pressão arterial), ventilatórios e laboratoriais. Não obstante a melhora apresentada, o Sr. Reginaldo Rodrigues dos Santos (Reginaldo Rossi), permanece em assistência ventilatória invasiva e em programação de hemodiálise. Nesta data, houve a realização do terceiro dia do primeiro ciclo da quimioterapia.





 

 

 

Um novo programa de computador pode ajudar os médicos a eliminar erros no momento de avaliar se uma mancha detectada em uma tomografia de pulmão de um fumante é cancerosa ou não, afirmaram cientistas esta quarta-feira.

O método de avaliação de risco clínico, descrito no New England Journal of Medicine, ajudou a decidir corretamente se 9 de 10 manchas eram benignas ou malignas.

Exames de tomografia computadorizada podem salvar vidas, mas são imperfeitos e também podem levar a cirurgias desnecessárias em 25% das vezes, demonstrou o estudo.

"Agora, temos evidências de que nosso modelo e calculadora de risco podem prever com precisão quais anormalidades que aparecem em uma primeira tomografia requerem um acompanhamento, como uma nova tomografia, uma biópsia ou uma cirurgia, e quais não", explicou o principal co-autor do estudo, Stephen Lam.

"São ótimas notícias para todos, de pessoas com alto risco de desenvolver câncer de pulmão a radiologistas, médicos e cirurgiões torácicos, que detectam e tratam a doença", disse Lam, professor de Medicina da Universidade da Columbia Britânica.

O modelo de previsão inclui uma calculadora de risco, que avalia idade, sexo, histórico familiar, enfisema, localização do nódulo e outras características.

"Reduzir o número de exames desnecessários e aumentar os trabalhos de diagnóstico rápido e intensivo em indivíduos com nódulos de alto risco são os principais alvos do modelo", disse Martin Tammemagi, epidemiologista da Universidade Brock que o desenvolveu.

Os resultados deste estudo, que se apoia na tomodensitometria, uma técnica de geração de imagens médicas tridimensionais auxiliada por computador, deve permitir melhorar o mau diagnóstico do câncer de pulmão e seu tratamento.

"O programa terá um impacto clínico imediato", avaliou o doutor Stephen Lam, professor de medicina da universidade canadense, principal autor deste trabalho publicado na edição desta quinta-feira do New England Journal of Medicine.

Os cientistas testaram a ferramenta em uma população de quase 3.000 pessoas, entre elas ex e atuais fumantes de 50 a 75 anos já submetidos a exames de tomografia de dose baixa.

Os cientistas descobriram que os nódulos maiores não significavam sempre câncer e que estes estavam com frequência na parte alta do pulmão, mais do que nos lóbulos inferiores.

O modelo de análise de risco ajudou a determinar corretamente em 94% dos casos se o nódulo era ou não canceroso, o que os cientistas descreveram como uma "excelente exatidão de previsão".

Além disso, ajudou a diagnosticar pequenos nódulos enganosos com no máximo 10 milímetros em 90% dos casos.

"Os modelos de previsão anteriores para nódulos de pulmão se baseavam no hospital ou na clínica e mostravam uma grande prevalência de câncer de pulmão, de 23% a 75%, em comparação com 5,5% no nosso estudo", destacou o artigo.

Os cientistas acompanharam duas séries de dados para desenvolver este programa, provenientes de 12.029 lesões pulmonares em 2.961 fumantes ou ex-fumantes com idades entre 50 e 75 anos que já tinham se submetido a exames de tomografia.

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Na última quinta-feira (13), em coletiva de imprensa, o Vaticano confirmou que o Papa Francisco já se submeteu a uma cirurgia para retirar parte de um dos pulmões. O porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, disse que o procedimento aconteceu há dezenas de anos, quando o pontífice era jovem, e que não representa qualquer risco para a vida dele.

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"Quem conhece a Santo Padre, sempre o vê com boa saúde", acrescentou o porta-voz. Confira trechos da coletiva de imprensa na matéria da AFP.

 

O primeiro transplante de pulmão no Brasil com órgão que passou por um processo de regeneração deve ser feito a qualquer momento pelo Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Para isso, basta que apareça um órgão doado por paciente com morte cerebral.

Para o procedimento, já foram vencidos todos os trâmites necessários à adoção da técnica desenvolvida na Suécia, bem como já foi dada a autorização pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

Com esse avanço da medicina brasileira, surge um novo alento a 140 pacientes de todo o país que precisam receber um pulmão novo para continuar vivos. Metade desse universo está na fila de espera do InCor. “A nossa expectativa é que possamos aumentar o número de transplantes de pulmões e, consequentemente, beneficiar o maior número de pacientes que estão aguardando na fila de espera. Infelizmente, nós perdemos uma parte expressiva desses doentes por não conseguir o órgão”, revelou o diretor do Programa de Transplante de Pulmão do InCor, Fábio Jatene.

Ele prevê que, com a nova técnica, a média atual de intervenções, entre duas a três por mês, poderá dobrar no médio prazo. Por ano, são feitos em torno de 20 transplantes, podendo chegar, numa primeira etapa depois da nova técnica, a 40 casos. Jatene explicou que, ao serem incluídos na lista dos pacientes passíveis de serem os receptores, esses pacientes têm chance de viver por mais dois ou três anos. Com a cirurgia, há uma sobrevida média entre 70% a 75% dos casos em sete anos, além de uma sensível melhora da qualidade de vida.

De todos os transplantes, o de pulmão é o mais complexo e a grande dificuldade está na captação dos órgãos. Apenas entre 5% a 10% das doações são de fato aproveitadas porque o pulmão se deteriora muito rapidamente e está mais sujeito a contaminações pelo contato com o exterior. Do total de cerca de 90% rejeitados, estima-se que 30% possam passar pelo processo de regeneração.

Jatene acredita que, em pouco tempo, essa técnica possa ser levada para os demais centros médicos que hoje fazem os transplantes de pulmão no país. São ao todo três: o de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, responsável pela primeira cirurgia de transplante de pulmão da América Latina, em 1989; o de Minas Gerais e o de Fortaleza, no Ceará.

O cirurgião observou que os profissionais do InCor foram estudar a nova técnica na Suécia, há cerca de oito anos, na mesma época em que um grupo canadense de médicos foi aprender como era feita a recuperação do pulmão para implante no receptor. No Canadá, a técnica já é adotada e a experiência bem sucedida soma 30 cirurgias com órgão recuperado.

A técnica consiste na utilização de uma solução líquida introduzida, lentamente, por meio de cânulas na artéria e na veia pulmonar como forma de reduzir ou eliminar o edema, o inchaço, que impede a troca gasosa do organismo e é um dos principais obstáculos ao aproveitamento do pulmão retirado de um paciente com morte encefálica. O medicamento faz, assim, uma espécie de higienização do órgão.

“Do lado dos vasos pulmonares, existem alvéolos que são inundados e, à medida se consegue uma solução que atraia o líquido de volta, você seca o alvéolo. Se a solução for interosmolar, ela consegue atrair e reabsorver o líquido e, com isso, reduzir o edema”, esclareceu Jatene, lembrando que esse edema não é só no alvéolo, mas no espaço em volta na área denominada de interstício.

“Se os pulmões tem boas condições, eles são utilizados para o transplante na hora da atuação. Mas existem casos em que esses pulmões não estão em boas condições. Na maior parte das vezes, por excesso de líquido, que nós chamamos de edemar pulmonar, ou por infecção. Nos casos de excesso de líquido, já se sabe que podem ser recondicionados, retirando o líquido”, esclareceu Jatene. Segundo ele, esse processo leva em média de duas a três horas.

Para a presidente da Comissão de Doença Pulmonar Avançada da Sociedade Brasileira de Pneumonologia e Fisiologia, Valéria Maria Augusto, a possibilidade de se efetuar essa restauração deverá ajudar a resolver “um problema muito grave que é a de tornar o pulmão viável para a doação”, um dos maiores entraves para um número maior de transplantes do órgão.

Ela explicou que 99,9% dos transplantes ocorrem a partir de uma doação obtida de uma pessoa com quadro de morte encefálica. “Quando chega o diagnóstico de morte encefálica, o órgão já está bastante afetado. E nosso critério de profilaxia para transplante é assim: se ele tem mais de 48 horas de tubo [paciente que foi entubado para a ventilação artificial]”. A entubação, segundo a médica, é um indício da probabilidade de infecção e, se isso se confirmar, a utilização do pulmão em questão já é descartada.

Segundo Valéria, mais da metade dos transplantes de pulmão são em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. O InCor informou que, dentre as enfermidades tratadas com essa intervenção, estão os casos de enfisema e fibrose pulmonar, além de hipertensão pulmonar e fibrose cística.

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