Tópicos | Queiroga

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, atribuiu a decisão da Pfizer de produzir sua vacina contra Covid-19 em parceria com a BioNTech no Brasil ao caráter "liberal" do governo, que, segundo ele, quer deixar a iniciativa privada "trabalhar".

"Por que a Pfizer vir pro Brasil? Porque é inteligente e sabe que nesse país tem governo liberal, governo que respeita a legislação e quer participar de áreas fundamentais, como saúde e educação", declarou em pronunciamento nesta quinta-feira.

##RECOMENDA##

A Pfizer e a BioNTech anunciaram nesta quinta-feira, 26, a assinatura de uma carta de intenção com a farmacêutica brasileira Eurofarma para a produção da vacina contra a Covid-19 no Brasil. A produção deve ter início a partir de 2022.

"A Eurofarma vai terminar o processo de fabricação de nossa vacina", esclareceu o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, que teceu elogios ao "trabalho e esforço" do governo federal. No entanto, quando depôs à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Murillo confirmou que o ministério da Saúde ignorou negociações da vacina por três meses. "O acordo permitirá acesso justo à vacina à população do Brasil e América Latina", acrescentou o executivo.

Queiroga ainda destacou durante o pronunciamento que, nos últimos 60 dias, o Brasil registrou queda de 60% dos casos de Covid-19 e de 58% nos óbitos. Com o avanço da vacinação, a média móvel de mortes pela doença está em queda e ontem chegou a 718 por dia, de acordo com dados do consórcio de veículos da imprensa.

Após anunciar que o Brasil começará a aplicação da dose de reforço da vacina contra a covid-19 a partir do próximo dia 15, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse que os Estados que não respeitarem a "soberania" do Programa de Imunização Nacional (PNI) correm o risco de ficarem sem vacinas. "Se cada um quiser criar um regime próprio, o Ministério da Saúde lamentavelmente não terá condições de entregar doses de vacinas", afirmou em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira, 25.

"Temos que nos unir para falar a mesma língua. E não adianta falar na imprensa ou ir na Justiça, porque o juiz não vai assegurar dose que não existe", frisou Queiroga. "O que queremos aqui é que nossa campanha siga de maneira equânime. O Brasil é uma só nação, um só povo."

##RECOMENDA##

O comentário foi interpretado como um alerta ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que mais cedo anunciou a aplicação da dose de reforço no Estado em todos os imunossuprimidos e idosos acima de 60 anos a partir do próximo dia 6. De acordo com a nova recomendação do PNI, a terceira dose só será aplicada a partir do próximo dia 15, nos imunossuprimidos e idosos acima dos 70 anos.

"Vamos seguir juntos. Não adianta um Estado vacinar com 18 anos e outro com 30. Não dá pra fazer assim. Se a gente decide aqui que profissionais da saúde, neste momento, não serão contemplados com a dose de reforço, não vale uma demagogia vacinal de Estado 'A' ou 'B' dizer que quer aplicar doses nesses trabalhadores", afirmou Queiroga.

O ministro frisou que as decisões foram tomadas pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e que a vacina da Pfizer será preferencialmente utilizada para a dose de reforço. Durante a coletiva de imprensa, também estavam presentes representantes do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).

"Essa foi a recomendação que recebi do presidente da República. Fazer política de saúde e não fazer política na saúde", disse o ministro. "Se seguirmos o que o PNI define, em relação aos rumos da campanha nacional, é a garantia que teremos um sucesso ainda maior que já temos no presente momento."

Nas últimas semanas, Doria tem protagonizado uma queda de braço com o governo federal pela distribuição de doses da vacina ao Estado. A questão chegou a ser levada para a Justiça, em um movimento que foi criticado amplamente por Queiroga.

"A gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) é tripartite e isso não é uma invenção do nosso ministro, vem da Constituição. Se um Estado ou município foge desse planejamento, isso vai atrapalhar todos os outros entes da federação", frisou Rosana Leite, secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19. "Estamos tentando trazer essa união e é através dela que vamos conseguir imunizar toda a nossa população."

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta sexta-feira, 20, que espera uma definição sobre a forma de aplicação da terceira dose da vacina contra a covid-19 no Brasil a partir de outubro, quando a pasta terá os resultados de uma pesquisa que vem sendo realizada para testar a eficácia da vacinação de reforço. Ele afirmou que há um consenso de que a 3ª dose será necessária, mas que a decisão sobre como fazer a aplicação desse reforço ainda depende de evidências científicas.

A terceira dose está em debate no Brasil, diante da alta de infecções em algumas localidades, como o Rio, e do avanço da variante Delta, mais transmissível. Nesta quarta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que o Ministério da Saúde avalie a possibilidade de dar uma dose de reforço para grupos específicos que receberam as duas doses da vacina Coronavac.

##RECOMENDA##

Queiroga participou de um evento no Centro de Distribuição de Insumos Estratégicos de Saúde em Guarulhos, na Grande São Paulo, para demonstrar o processo de liberação das vacinas até a chegada aos Estados. O Ministério vem sendo criticado pela demora na distribuição dos imunizantes. Também é cobrado por alguns Estados mais adiantados no calendário de vacinação para dar um aval à imunização de reforço.

Segundo o ministro, "já há um consenso de que será necessária a terceira dose". Ele disse, porém, que a decisão de como fazer essa aplicação pode decorrer da opinião de especialistas ou pode ser baseada em evidências cientificas - e que a pasta optou pela segunda opção. Queiroga lembrou que o Ministério da Saúde está conduzindo um estudo científico para avaliar a eficácia da aplicação de uma terceira dose em pessoas que tomaram as duas doses da Coronavac.

Esta pesquisa, em parceria com a Universidade de Oxford, deve ter resultados entre o fim de outubro e o início de novembro - quando a pasta deverá tomar a decisão sobre a dose de reforço. A pesquisa vai aplicar a 3ª dose de quatro imunizantes diferentes: Pfizer, AstraZeneca, Coronavac e Janssen. Queiroga afirmou que, se antes dos resultados dessa pesquisa surgirem outros estudos científicos sobre a 3ª dose, a decisão em relação ao reforço pode ser antecipada.

O ministro também voltou a afirmar que a 3ª dose depende do avanço da vacinação com a segunda. No Brasil, o ministro espera que em setembro toda a população adulta esteja coberta com a primeira dose e, em outubro, 75% da população adulta tenha recebido as duas doses. "Aí teremos as repostas da ciência, que é o que se quer, para se aplicar a terceira dose."

Queiroga criticou a decisão de Estados e municípios de judicializar para receber mais vacinas. "O direito de recorrer à Justiça é de todos. Nós não observamos necessidade de recorrer à Justiça." Nesta semana, o Estado de São Paulo conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) decisão para que a União assegure o envio das vacinas contra a covid-19 necessárias para que o Estado complete a imunização de quem já tomou a primeira dose. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também pressiona o governo federal pelo envio de mais doses.

Para Queiroga, "em vez de ficar fazendo essas confusões, (os governos locais) deveriam trabalhar em parceria com o Ministério da Saúde para acelerar de maneira justa a vacinação no País". Ele questionou o fato de que alguns Estados estão vacinando adolescentes, enquanto outros ainda estão aplicando o imunizante para a faixa etária dos 30 anos. A distribuição de doses, porém, segue os critérios estabelecidos pelo próprio Ministério da Saúde.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira, 18, ser contra o uso obrigatório da máscara como medida de proteção à covid-19. Queiroga disse, em entrevista ao canal bolsonarista Terça Livre, que também é contrário à aplicação de multas a quem não usa o equipamento. Ao longo da pandemia, estudos científicos têm apontado a eficácia da proteção facial como estratégia contra o contágio - a medida foi adotada em grande parte dos países.

"Nós somos contra essa questão de obrigatoriedade (do uso de máscara). O Brasil é um país que tem muitas leis e que as pessoas, infelizmente, não as observam. O uso da máscara tem de ser um ato de conscientização", disse.

##RECOMENDA##

"Não têm sentido essas multas. Não se pode criar uma 'indústria de multa'. Imagina, estão multando as pessoas porque não estão com máscara. Se está precisando fazer isso, é porque não estamos sendo eficientes em conscientizar a população sobre o uso desse equipamento de proteção individual", acrescentou.

Também segundo os estudos, a máscara é importante tanto para quem usa quanto para quem está ao redor. Desde o início da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro promove aglomerações e, rotineiramente, não usa a proteção no rosto. O presidente já foi multado mais de uma vez, em São Paulo, pela falta do equipamento.

Nesta terça-feira, 17, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não vê crime no fato de Bolsonaro sair sem máscara e causar aglomeração em eventos públicos durante a pandemia. Segundo Lindôra, não é possível confirmar a ‘exata da eficácia da máscara de proteção como meio de prevenir a propagação do novo coronavírus’, o que em sua avaliação impede o enquadramento do presidente pelo crime de infração a medida sanitária preventiva.

O posicionamento da subprocuradora contraria a comunidade científica, que já atestou a importância do equipamento de proteção individual como medida preventiva central para frear o contágio pelo novo coronavírus.

Em junho, Bolsonaro relatou ter pedido a Queiroga um parecer para desobrigar uso de máscara a vacinados e quem já foi infectado. O ministro da Saúde, que usa máscara rotineiramente, disse, na ocasião, que o presidente queira instigar as pesquisas.

A entrevista de Marcelo Queiroga ao canal bolsonarista durou cerca de meia hora. O Terça Livre é controlado pelo blogueiro Allan dos Santos, denunciado pelo Ministério Público Federal por ameaças a Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e incitação ao crime.

Ao Terça Livre, o ministro abordou diversos temas. Dentre eles, a volta às aulas. Queiroga declarou que falta de vacina para professores não é justificativa para as aulas presenciais não voltarem. "Vamos trabalhar forte imunizar a nossa população, acabar com essa pandemia, retomar a nossa economia, fazer com que os nossos alunos voltem às salas de aulas. Não justifica aluno fora da sala de aula. 'Ah, porque o professor não vacinou'. Isso não e justificativa. Daqui a pouco quer que o avô do professor se vacine", disse. Posição similar já foi adotada pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro.

O Ministério da Saúde tem sido alvo de críticas pela lentidão na entrega de doses das vacinas. Queiroga disse, na entrevista, que "as doses têm chegado com regularidade". Falou ainda sobre o passaporte sanitário. Ele disse não ver "conflito entre liberdade e saúde".

"Estamos numa pandemia. Vejo uma lei para criar um passaporte sanitário. Acabou a pandemia, o que é que vai se fazer com esse passaporte sanitário? Nada", disse. "Isso é diferente de um certificado que você tem quando você toma vacina. Tomou a vacina, recebe o certificado. Você vai usar da maneira que for adequada."

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, vai à Roma, na Itália, no início de setembro, conforme informa o Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 16. De acordo com a publicação, Queiroga vai participar da 'Reunião de Ministros da Saúde dos Países do G20'.

A viagem do ministro se dará de 3 a 7 de setembro.

##RECOMENDA##

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, garantiu, nesta quarta-feira, 14, que o número de doses contratadas pelo Plano Nacional de Imunizações (PNI) será suficiente para vacinar toda a população brasileira acima de 18 anos com as duas doses contra a covid-19, até o fim deste ano. Como o volume total estimado já obteve aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seja para uso definitivo ou emergencial, o ministro disse que não há necessidade de incorporar ao PNI doses adicionais, como as da indiana Covaxin e da russa Sputnik V.

A informação foi dada pelo ministro em audiência na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara. Queiroga destacou que o Brasil comprou um total de 600 milhões de doses, com 100 milhões disponibilizadas até agosto.

##RECOMENDA##

Alvo de investigação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, a Covaxin, cujo uso foi descartado pelo ministro, teve o contrato de compra suspenso por "questão de conveniência e oportunidade". De acordo com Queiroga, o contrato com a Covaxin foi fechado antes de sua gestão. Ele ressaltou que exonerou Roberto Dias, diretor de Logística da pasta, acusado de pedir propina de US$ 1 por dose em troca da assinatura do contrato com a Covaxin.

"Portanto, o Ministério da Saúde não conta, dentro do PNI, com agentes imunizantes que não tenham obtido aval da Anvisa de maneira definitiva ou emergencial porque entendemos que o que temos de número de doses já é o suficiente para imunizar a população até o fim do ano", afirmou.

Atualmente, os esforços da Pasta, de acordo com o ministro, é buscar a antecipação de entrega de doses. Segundo Queiroga, o ministério conseguiu as antecipações de 1,8 milhão de doses da Janssen previstas para o último trimestre deste ano e de 7 milhões de doses da vacina da Pfizer para julho, "o que garante que nossa campanha vai avançar com efetividade".

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, aplicou, na manhã desta segunda-feira (5), em Brasília, vacinas contra a Covid-19 nos ministros do governo Tarcísio Freitas (Infraestrutura) e André Mendonça (Advocacia-Geral da União) e no ministro do Tribunal de Contas da União Jorge Oliveira, que já foi da equipe do presidente Jair Bolsonaro. Segundo dados da Secretaria de Saúde da capital, o Distrito Federal realiza agendamento da primeira dose das vacinas para pessoas de 44 a 59 anos. Os ministros vacinados estão nessa faixa etária.

Em conversa com jornalistas no local de vacinação, Queiroga ressaltou o avanço da campanha contra a Covid-19 e a importância da imunização para a retomada do desenvolvimento do País. "É necessário que a União e os entes subnacionais, as secretarias estaduais de Saúde trabalhem de maneira alinhada para que a campanha de vacinação aconteça de forma eficiente e traga resultados que todos nós desejamos", comentou o ministro da Saúde. Queiroga ainda atribuiu a queda na média de novas mortes por Covid-19 ao avanço da imunização.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

O perfil oficial do Ministério da Saúde no Twitter divulgou uma foto do momento da vacinação de Tarcísio Freitas. Segundo a publicação, Queiroga disse que Jair Bolsonaro pediu a ele que seja o "Tarcísio da Saúde", em referência ao desempenho de Tarcísio à frente da Infraestrutura sempre elogiado pelo presidente. "Estou me esforçando", disse Queiroga, conforme aponta a publicação.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se irritou após jornalistas questionarem sobre a compra da vacina da Covaxin, fabricada pela Bharat Biotech, nesta quarta-feira (23). Segundo Queiroga, o Ministério da Saúde "não comprou sequer uma dose da vacina Covaxin", afirmou, depois de evento de abertura do Fórum sobre Proteção Integrada de Fronteiras e Divisas, no Palácio do Planalto.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, o preço fechado para a compra do imunizante, de US$ 15 por dose, foi 1.000% mais alto do que o estimado pela própria fabricante, seis meses antes. Ainda, conforme noticiou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) levou a denúncia de um suposto esquema de corrupção envolvendo a compra do imunizante, no dia 20 de março, para o presidente Jair Bolsonaro.

##RECOMENDA##

"Todas as vacinas que têm registro definitivo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o Ministério considera para aquisições", declarou o ministro nesta quarta-feira. Queiroga acrescentou que o governo espera o posicionamento do órgão regulador para tomar uma posição acerca "não só dessa vacina, mas de qualquer outra vacina que obtenha registro emergencial ou definitivo". "Já temos hoje número de doses de vacinas contratadas acima de 630 milhões, e o governo federal tem feito a campanha acelerar", afirmou.

Ao ser questionado se o governo compararia a vacina com o preço acima da média, Queiroga se irritou e respondeu: "Eu falei em que idioma? Falei em português. Então, não foi comprada uma dose sequer da vacina Covaxin nem da Sputnik". "Futuro é futuro", finalizou Queiroga, abandonando em seguida a entrevista.

 Na tarde deste sábado (19), o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, usou suas redes sociais para lamentar a marca de 500 mil mortes causadas pela Covid-19 no Brasil. Além do país, apenas os Estados Unidos chegaram ao número, em fevereiro deste ano.

“Trabalho incansavelmente para vacinar todos os brasileiros no menor tempo possível e mudar esse cenário que nos assola há mais de um ano. Presto minha solidariedade a cada pai, mãe, amigos e parentes, que perderam seus entes queridos”, publicou Queiroga.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Na última sexta, chegou a 101 o número de e-mails da Pfizer ignorados pelo governo federal durante a pandemia de Covid-19. Nas mensagens, a fabricante de vacinas oferece ofertas de venda e reforço na disponibilidade das doses. A informação foi divulgada pelo senador Randolfe Rodrigues (REDE/AM), vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga equívocos na condução da crise sanitária no Brasil.

“Documentos que chegaram à CPI mostram que, na verdade, foram mais de 100 tentativas da Pfizer para negociar vacina com o governo brasileiro. Eles ignoraram pedidos quase desesperados. O povo morreu pela omissão do governo!”, publicou Randolfe Rodrigues, em seu Twitter.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta sexta-feira (18) no Rio de Janeiro que tem "tranquilidade absoluta" sobre o fato de passar de testemunha a investigado pela CPI da Covid-19. "Não estou interessado nesse assunto, estou interessado em vacinar a população brasileira. A população brasileira já está vendo o que eu estou fazendo. Tranquilidade absoluta, não tem preocupação com isso", disse o ministro, ao ser questionado sobre a decisão anunciada nesta manhã pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI.

Queiroga deu essas declarações ao sair da Clínica da Família Sérgio Vieira de Mello, no Catumbi (região central do Rio), onde no final da manhã participou de um evento de liberação de recursos para ampliação do programa "Consultório na Rua", que atende pessoas em situação de vulnerabilidade social. Renan Calheiros classificou oficialmente 14 pessoas como investigadas pela comissão. A maioria delas é ligada ao presidente Jair Bolsonaro, o que representa uma derrota para o governo na CPI.

##RECOMENDA##

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), decidiu, nessa quarta-feira (16), incluir o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na lista de investigados. A CPI apura ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.

Queiroga deixa de ser testemunha e se une a uma lista com outros quatro investigados da CPI: o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação no Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, e o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten.

##RECOMENDA##

Ao incluir Queiroga, Pazuello e outros alvos na lista de investigados, a CPI passa a tratá-los como suspeitos de ter participado de um crime. Isso porque a comissão classifica como investigadas aquelas pessoas contra as quais há provas e indícios veementes.

Segundo assessores do Congresso, a alteração do status desobriga o investigado a assinar um termo para falar somente a verdade. Como não está obrigado a produzir provas contra si mesmo, o investigado não precisa falar nem dizer a verdade.

Os cinco investigados da CPI foram ouvidos como testemunhas em seus depoimentos. A testemunha é uma pessoa que viu fatos, mas não participou de irregularidades e crimes.

Ao tornar os alvos como investigados, a CPI ganha em profundidade na apuração. A partir de agora, medidas como busca e apreensão e requisição de documentos ficam mais fáceis.

O ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou nesta segunda-feira (14) que irá vacinar o presidente Jair Bolsonaro contra a Covid-19 "quando ele assim desejar". Hoje, Queiroga participou de ação simbólica em Brasília e aplicou doses da vacina no ministro de Relações Exteriores, Carlos França, e no presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

"O presidente sempre brigou pela liberdade das pessoas. O nosso governo é um governo liberal que defende o direito à liberdade, o direito às escolhas e na hora que o presidente se sentir confortável, ele vai tomar a decisão dele", afirmou Queiroga na saída do Ministério da Saúde nesta tarde.

##RECOMENDA##

Crítico da imunização, na semana passada Bolsonaro repetiu que seria o último a se vacinar contra covid-19 e que daria lugar a quem precisasse e estivesse "desesperado".

Copa América

O ministro também informou que até o momento foram identificados dez trabalhadores dos hotéis onde estão os atletas e comissão técnica que disputam a Copa América contaminados pelo novo coronavírus. Segundo Queiroga, os trabalhadores e com quem eles mantiveram contatos foram isolados.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, minimizou o pedido feito pelo presidente Jair Bolsonaro - em meio ao atual recrudescimento da pandemia - para que seja produzido um parecer avaliando a possibilidade de flexibilização do uso de máscaras no País. Segundo Queiroga, a fala de Bolsonaro visa "instigar" pesquisadores brasileiros.

"O presidente quer estimular a pesquisa em todas áreas. Quando o presidente, de maneira muito eficiente, chama a atenção para esse ponto das máscaras, o que ele está querendo é atrair atenção da sociedade para que se instigue o espírito de investigação de nossos pesquisadores", declarou o ministro em entrevista ao programa Agora com Lacombe, da RedeTV!. Ele reforçou, contudo, que a utilização de máscaras ainda é importante neste momento. Só ontem, o Brasil registrou 2.344 novas mortes pela Covid-19 e ultrapassou a marca dos 480 mil óbitos pela doença.

##RECOMENDA##

Mais cedo, Queiroga confirmou que atenderá a demanda do presidente pelo estudo. Ontem, Bolsonaro disse que pediu ao ministério um parecer desobrigando o uso do equipamento de proteção por pessoas já vacinadas ou que já tenham se contaminado pela covid-19. A ideia foi duramente criticada por especialistas, já que a imunização, apesar de anular a manifestação grave do coronavírus, não impede a sua transmissão, ainda em patamar elevado no País. Além disso, apenas 11,06% da população brasileira recebeu a segunda dose da vacina, e já há casos comprovados de reeinfecção.

Durante a entrevista à RedeTV!, Queiroga chamou Bolsonaro de "excelente comunicador" e garantiu que o líder do Palácio do Planalto está "animado" com a campanha de vacinação contra a Covid-19. Nesta semana, porém, o presidente voltou a questionar a eficácia dos imunizantes.

A utilização de máscaras foi flexibilizada em países como os Estados Unidos, onde a vacinação está avançada, diferentemente do Brasil. O país já ultrapassa os 50% de vacinados com a primeira dose, o que permitiu ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) afrouxar as medidas de controle da pandemia.

O líder da Oposição no Senado e vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), avalia que a participação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na comissão ocorreu sob "sério constrangimento" nesta terça-feira, 8. Segundo o senador, Queiroga utilizou-se de todos os meios para proteger o presidente da República. "Lamentavelmente não existe autonomia no Ministério da Saúde", completou.

Para Randolfe, o ministro, nesta terça-feira (8), esteve "sob maior pressão e mais irritado". "Rogo a Deus para que ele fique mais um tempo no Ministério da Saúde. Pelo menos ele não é negacionista, mas pela segunda vez que vi o ministro, mais convencido estou de que não existia um gabinete paralelo, mas sim existe um gabinete paralelo", afirmou o senador.

##RECOMENDA##

"Em alguns momentos esse constrangimento o faz incorrer em atos falhos, como foi o caso, ao ver as imagens dos atos antissanitários do presidente da República, de declarar que 'as imagens falam por si só'", afirmou Randolfe.

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, teria inaugurado o "negacionismo" em seu depoimento ao colegiado. Para Renan, Queiroga seria um "João Bobo", que "vai pra um lado, vai pra o outro" e "entrega os anéis para não perder o cargo".

O relator da CPI defende ainda que Queiroga teria blindado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao afirmar que o veto na nomeação da médica infectologista Luana Araújo à Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 teria sido sua decisão.

##RECOMENDA##

Acerca do uso da cloroquina no tratamento de pacientes infectados com a covid-19, o relator pontua que o ministro "finalmente, admitiu a ineficácia da cloroquina, mas continua sem coragem de tirá-la das normas" do ministério. Calheiros aponta também contradições nas declarações do ministro sobre a atuação do chamado "gabinete das sombras", o qual Queiroga afirmou desconhecer, mas, segundo Renan, o titular da Saúde conheceria seus integrantes. O grupo seria responsável por aconselhar paralelamente o presidente Bolsonaro sobre ações de contenção à pandemia.

Renan aponta ainda que o ministro seria a favor da realização de partidas da Copa América no País, mas se oporia à vacinação dos jogadores. Além disso, o senador indica que o ministério da Saúde não teria infectologistas em seu efetivo e que Queiroga não saberia quantos ex-militares sem especialização exercem funções na Pasta.

O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), precisou suspender por dez minutos a sessão de depoimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em razão de uma discussão acalorada entre o titular da pasta e o senador Otto Alencar (PSD-BA). Apesar de Queiroga já ter demonstrado irritação em outros momentos da oitiva, o debate foi o mais acirrado até agora. O bate-boca começou após o senador perguntar se Queiroga tinha lido as bulas das vacinas contra covid-19 aplicadas no País, recebendo uma resposta negativa. Otto classificou o ato como "irresponsável". O depoimento já foi retomado.

Ao questionar a escolha do ministério sobre o período de aplicação da segunda dose da vacina da Pfizer, Alencar esquentou o interrogatório de Queiroga, e o tom do ministro também se elevou. "Vossa excelência não pode querer desqualificar a autoridade sanitária do Brasil por ter lido ou não uma bula", respondeu Queiroga ao senador. "O senhor está levantando a voz para mim", rebateu Alencar. "Não estou não", disse Queiroga.

##RECOMENDA##

A vacinação de gestantes também gerou uma discussão entre o ministro e o senador. Foi quando Aziz precisou intervir e suspender a sessão. "Me fala a verdade, ministro. A ciência não pode mentir", disse Alencar. "Eu sempre falo a verdade", respondeu Queiroga. "Não fala, não", rebateu o senador, que chamou o programa de imunização no Brasil de "pseudovacinação". Irritado, Queiroga retrucou. "Apliquei 70 milhões de vacinas pelo Brasil", disse o ministro, que pediu que Aziz colocasse "ordem" na sessão.

Antes de fazer as perguntas ao ministro, Alencar exibiu um vídeo com episódios em que o presidente Jair Bolsonaro foi "grosseiro" ao se dirigir a mulheres. A exibição foi uma resposta aos que criticaram o tratamento dado pelo senador à médica Nise Yamaguchi durante depoimento na CPI, entre eles, Bolsonaro. "Não fui grosseiro com a doutora Nise", disse Alencar.

Vacinas

O ministro da Saúde afirmou aos senadores que as vacinas russas Sputnik V, contratadas pelo consórcio de governos estaduais do Nordeste, serão incorporadas ao Programa Nacional de Imunização (PNI) e os Estados que fizeram a contratação serão ressarcidos pela compra. Durante depoimento à CPI da Covid, Queiroga, entretanto, destacou a necessidade da realização de estudos de efetividade do imunizante.

Na última semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação da vacina em caráter excepcional e temporário. Na decisão, o órgão regulador limitou o uso do imunizante a até 1% da população. "Me parece que é um volume pequeno. Muito menor do que nós desejávamos", afirmou Queiroga.

O ministro também destacou que a velocidade das entregas das vacinas pelo Consórcio Covax têm sido "lentas" e isso atrasaria a obtenção das metas de vacinação. Outros pontos destacados por Queiroga foram o atraso na importação de insumos da China e o avanço da imunização em grupos com comorbidades, segundo o ministro, em velocidade inferior à de outros grupos anteriores.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a defender o uso de vacinas desenvolvidas e produzidas em território nacional como a saída de longo prazo para a crise sanitária causada pelo novo coronavírus. À CPI da Covid no Senado, Queiroga destacou nesta terça-feira (8) que o Brasil "deve apostar no futuro em vacina nacional".

Durante sua fala à Comissão Parlamentar de Inquérito, Queiroga afirmou que já existem conversas pelo ministério para a compra de vacinas para nova rodada de imunização. "Minha opinião pessoal é de que precisaremos (de vacinação regular)", defendeu.

##RECOMENDA##

Queiroga relatou que conversou na segunda-feira (7) com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, e disse ter sugerido que o instituto, hoje responsável pela maioria das doses aplicadas no Brasil, ao invés de produzir 30 milhões de vacinas da Coronavac, imunizante contra a Covid-19 produzido a partir de insumos chineses, fizesse a opção por 30 milhões de doses da Butanvac, vacina candidata contra a Covid-19 desenvolvida no Brasil e que aguarda liberação da agência reguladora para início dos testes clínicos. De acordo com o ministro, a pasta já recebeu proposta do Butantan para o fornecimento da Butanvac.

"Estive com o doutor Dimas Covas do Instituto Butantan, visitei as instalações, vi as pesquisas que estão sendo feitas com a vacina Butanvac. Acho que é uma excelente alternativa para o nosso programa nacional de imunização", afirmou Queiroga. "A Coronavac é uma vacina de uso emergencial. Já temos a AstraZeneca sendo produzida aqui no Brasil em volume (maior) a partir do último trimestre deste ano. Penso que a gente deveria apostar no futuro, em uma vacina nacional", destacou.

Segundo o ministro, a pasta não deve fazer contratações adicionais da Coronavac por haver no Brasil disponibilidade "suficiente" de outras doses, porém reforçou que pode considerar comprar mais doses do imunizante. Queiroga também disse que apesar do ministério entender "que a Coronavac é uma boa vacina, já surgem questionamentos acerca da sua efetividade".

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou à CPI da Covid no Senado que teve contatos com o filho do presidente e vereador Carlos Bolsonaro, a médica Nise Yamaguchi, o empresário Carlos Wizard e o deputado federal Osmar Terra. O ministro, por outro lado, negou ter tido contato com o Arthur Weintraub - irmão do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub -, ou com o virologista Paolo Zanotto.

O grupo, também chamado de "gabinete das sombras" ou "gabinete paralelo", é visto por membros da comissão de inquérito como núcleo de assessoramento auxiliar do presidente Jair Bolsonaro em assuntos relacionados à pandemia da Covid-19, bem como impulsionador de teorias negacionistas que podem ter levado milhares de brasileiros à morte pela doença.

##RECOMENDA##

"O fato desses médicos defenderem tratamento A, B, C ou D, não quer dizer que o ministro da Saúde não possa participar", disse Queiroga sobre reunião com membros do "gabinete" no qual ele enviou um representante do Ministério da Saúde. "Não quer dizer que se eu participar do evento, ratifique o que há ali, mas não participei", completou Queiroga nesta terça-feira.

Sobre a pergunta do relator, Renan Calheiros (MDB-AL), se o grupo agiria em questões do Ministério da Saúde, Queiroga negou e disse desconhecer a influência. O ministro disse que tratou com o deputado Terra de estudos sorológicos e, com a médica Nise Yamaguchi, que conversou sobre o protocolo em Cuba para uso da cloroquina a pacientes da Covid-19. "Ela me entregou, mostrou aquilo lá e eu recebi como eu recebo outras pessoas", afirmou o ministro.

Em depoimento à CPI da Covid, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mudou a versão sobre o motivo de a infectologista Luana Araújo não ter sido efetivada para a Secretaria de Enfrentamento à Covid do Ministério da Saúde. Após ter dito no Congresso que a não nomeação teria sido resultado de falta de "validação política", Queiroga disse nesta terça que a saída de Luana se deu em razão da divisão na classe médica sobre o tratamento precoce da Covid-19. Segundo o ministro, a decisão pela não efetivação partiu dele. À CPI, a infectologista relatou que seu nome não teria sido aprovado pelas demais instâncias do governo.

"Não houve óbices formais da Secretaria de Governo e da Casa Civil", disse Queiroga. "Não houve qualquer tipo de restrição da Casa Civil e Segov acerca das questões avaliadas naquela instância, mas naquele ínterim o nome começou a sofrer muitas resistências, em face dos temas que são tratados aqui, em que há divergência muito grande da classe médica, e entendi que naquele momento a despeito da qualificação não seria importante a presença dela para contribuir para harmonização desse contexto, então num ato discricionário do ministro resolvi não efetivar sua nomeação", afirmou Queiroga, responsável por indicar o nome de Luana para a secretária.

##RECOMENDA##

Segundo ele, o nome foi pensado porque a infectologista era uma colaboradora eventual do ministério. "E identifiquei qualidades técnicas que poderiam ser úteis, dai sua indicação para o cargo", disse Queiroga, segundo quem um novo nome para a secretaria deverá ser indicado até esta sexta-feira, 11.

Os senadores da CPI contestaram a nova versão de Queiroga sobre a não nomeação de Luana. Eles então confrontaram o ministro com as declarações dadas por ele mesmo no passado, e com o relato feito pela médica à comissão. Segundo Luana, Queiroga lamentou o fato de sua nomeação não sair, e disse a ela que seu nome não teria sido aprovado no governo.

Agora, Queiroga tomou a decisão para si. "Em ato discricionário do ministro, resolvi não nomear Luana Araújo. Questão política (sobre nomeação) não é partidária, é da própria classe médica", afirmou o ministro, segundo quem a Casa Civil teria aprovado o nome da médica para a secretaria. "Não falei que era o Palácio (que vetou a nomeação). Se a Luana falou dessa forma foi uma questão de entendimento dela", respondeu. "Não é restrição, é que mudei minha decisão", continuou.

Estados

Na CPI da Covid, Queiroga se negou a comentar a ação protocolada pelo governo federal no Supremo Tribunal Federal (STF) contra medidas restritivas impostas por Estados para conter o avanço da pandemia. O ministro disse não ter sido ouvido sobre o tema porque, segundo sua justificativa, o assunto é jurídico, e não diria respeito ao Ministério da Saúde. "Discussão jurídica que não compete ao ministro da Saúde. Não foi ouvido sobre tema, tema da esfera jurídica, tem que esperar posição do STF", afirmou ele.

Questionado se entende que a ação é correta sob o ponto de vista da saúde pública, Queiroga disse apenas já ter "externado claramente" à CPI sobre as medidas de enfrentamento à Covid-19. "Eu já respondi a vossa excelência de maneira objetiva", afirmou o ministro ao relator da CPI, Renan Calheiros.

Queiroga disse também concordar com responsabilidade de União, Estados e municípios sobre enfrentamento à pandemia decidida pelo STF, e negou que setores do governo tenham contrariado as orientações do Ministério da Saúde sobre a adoção do isolamento social. "Podemos conduzir gestão respeitando direito de ir e vir das pessoas", afirmou o titular da Saúde.

Queiroga também afirmou que continuará "insistindo" até o fim para que a população adote medidas não farmacológicas, como distanciamento social e uso de máscara, para combater a Covid-19. Questionado mais uma vez se tem insistido com o presidente Jair Bolsonaro para que o mandatário pratique essas orientações, Queiroga confirmou. "Perfeitamente, o compromisso é individual, o benefício é de todos. Reitero aqui", respondeu.

"É necessário que haja adesão das pessoas, como médico tem paciente que eu já orientei a parar de fumar de maneira reiterada, ele não deixa, ele morre fumando e eu não abandono ele. Eu vou ficar insistindo até o final a cerca de medidas não farmacológicas", disse.

Em depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, repetiu a fórmula usada na primeira oitiva à comissão e se esquivou de avaliar as atitudes do presidente Jair Bolsonaro que contrariam medidas de enfrentamento à Covid-19, como uso de máscara e distanciamento social. Em resposta ao relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), Queiroga afirmou não ser "censor" do presidente da República. Renan havia mostrado anteriormente um vídeo com episódios de aglomerações provocadas por Bolsonaro, chamando Queiroga de "omisso" pelo fato de o presidente continuar promovendo essas situações.

O ministro da Saúde disse já ter falado com o presidente sobre o assunto. Quando questionado o que o mandatário teria falado nesses encontros, Queiroga disse apenas que, em sua presença, Bolsonaro usa máscara "na grande maioria das vezes". O titular da Saúde afirmou também que orienta o presidente sobre essas questões. "Evidente que sim. Já informei que conversei com o presidente sobre esse assunto", disse ele.

##RECOMENDA##

"É um ato individual. As imagens falam por si só, estou aqui como ministro para ajudar o País, e não vou fazer juízo de valor a respeito da conduta do presidente da República", afirmou Queiroga, que disse ainda que as recomendações sanitárias "estão postas" e que cabe "a todos" aderir a essas medidas.

Copa América

No depoimento, Marcelo Queiroga afirmou que não existem provas de que a prática de esportes aumente a contaminação de atletas. A declaração foi dada em resposta aos questionamentos do relator Renan Calheiros sobre o Brasil ter aceitado sediar a Copa América. "Estados que aceitaram Copa América estão de acordo com a atividade. Decisão de fazer ou não evento (a copa) não compete ao Ministério da Saúde", disse Queiroga, segundo quem serão apresentados documentos que fundamentam a posição do governo sobre sediar o campeonato.

O ministro ainda alegou que não haverá risco de aglomerações e contaminação maior do coronavírus em razão da Copa América. "Copa América é evento pequeno com número pequeno de pessoas, não é Olimpíada", disse ele.

Queiroga também voltou a dizer que a vacinação contra a Covid-19 das comitivas que disputarão o campeonato não será obrigatória, contrariando informação dada pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos. A competição começa no próximo domingo (13).

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando