Tópicos | racismo

Um jornalista do LeiaJá, que trabalhava na cobertura da final do Campeonato Pernambucano, foi alvo de insultos racistas, no último sábado (22). Um prestador de serviço da Associação dos Cronistas Esportivos de Pernambuco (ACDP) é apontado como o agressor.

“Eu estava saindo da sala de coletiva de imprensa da Ilha do Retiro quando encontrei ele (o agressor) e um repórter. Como estava dentro da sala não sei qual era o teor da conversa entre eles, mas o repórter então me perguntou se conhecia 'alguém com guindaste para dar carona a ele’. Eu não falei nada, ri e continuei na direção do carro, quando ele então falou: ‘quando a gente chama vocês de macaco, não gostam'. Não era eu quem estava brincando com ele, mas ele descontou em mim”, afirmou Luan Amaral, repórter do LeiaJá.

##RECOMENDA##

“Voltei imediatamente, mandei ele repetir o que tinha dito, chamei ele de racista e disse que ele ia arcar com as consequências. Assim que entrei no carro da empresa um sentimento de impotência tomou conta então comecei a chorar. Chorei outras vezes até o fim do dia, demorou dois dias para contar para minha mãe e ela também chorou quando soube", contou Luan.

Foi publicada no Diário Oficial da União, no dia 12 de janeiro, a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Lei 14.532, de 2023, que tipifica como crime de racismo a injúria racial, com a pena aumentada de um a três anos para de dois a cinco anos de reclusão. O racismo é entendido como um crime contra a coletividade, a injúria é direcionada ao indivíduo.

Luan Amaral garantiu que prestará queixa às autoridades competentes e espera que a Justiça seja feita. “Só espero não ter que encontrar o racista que me chamou de macaco nos próximos jogos em que for trabalhar”, concluiu o jornalista.

LeiaJá também ouviu o lado de Rafael Oliveira. O acusado confirmou a versão do nosso repórter, porém, afirmou que "nunca dormiu tão bem" porque sabe o que disse e tem a consciência tranquila.

"Em nenhum momento em chamei Luan de macaco. Eu disse apenas que preconceito com um gordo, acham engraçado, mas quando é com o negro é racismo. Eu sei da minha índole. Minha avó é índia (sic), meus melhores amigos são negros, meu personal trainer é negro. O motorista de Uber que trabalha pra mim é negro. Eu entendo ele (Luan), mas acho que ele entendeu errado", afirmou Rafael Oliveira.

Posicionamento da ACDP

Em contato telefônico com Luan Amaral, o presidente da ACDP, o radialista André Luiz Cabral, disse que Rafael Oliveira não irá mais prestar serviços à associação e está dispensado do cargo de "delegado de jogo".

Posicionamento do LeiaJá

O LeiaJá repudia qualquer forma de discriminação e está prestando apoio ao profissional injuriado.

Na mudança da lei de injúria racial, sancionada em janeiro, também foi alterado o tratamento dado ao chamado "racismo recreativo", que consiste em ofensas supostamente proferidas como “piadas” ou “brincadeiras”, mas que tenham caráter racista. A pena foi ampliada para estes casos.

Mesmo que a declaração do ex-funcionário da ACDP tenha sido feita nesse contexto, continua sendo crime.

Um estudante da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) é acusado de praticar crimes de ódio contra outros alunos da instituição. Segundo a denúncia, Fábio Leonardo de Lima, do curso de geografia, expõe falas racistas, gordofóbicas e de intolerância religiosa. Além disso, as acusações afirmam que ele persegue estudantes negros e os ameaça.

Em um áudio que circula nas redes sociais, Fábio Leonardo, que também foi aluno do Conservatório Pernambucano de Música, refere-se a algumas colegas de graduação como "neguinha, gorda e a macumbeira" em meio a risadas. Em uma thread, divulgada no Twitter pelo também estudante David Alves, há o relato de uma aluna da mesma graduação que o acusado.

##RECOMENDA##

"Ele falava que eu era pobre por ser do interior, falava da minha cor e do meu cabelo. Ele falava coisas do tipo “que cabelo horrível” comigo e as meninas que têm cabelos cacheado ou crespos".  Além disso, segundo as denúncias, Fábio chamou uma outra estudante negra de "empregada doméstica" e ameaçou jogar cadeiras em alunos negros.

Em entrevista ao LeiaJá, essa estudante, que é da mesma turma de Fábio, relembra que ele sempre apresentou um comportamento "soberbo". "Ele se sentia melhor do que todo mundo. Com falas bonitas, ele tentava rebaixar intelectualmente a gente. Ele era um pouco grosseiro com algumas pessoas, inclusive com uma amiga minha. A gente comentava que as grosseirias vinham a troco de nada". 

As falas discriminatórias e o comportamento agressivo de Fábio, segundo a aluna, que aceitou falar sob anonimato, começaram em novembro de 2022. "Comportamentos mais grosseiros, mais agressivos e, depois, recistas. Todo tipo de intolerância que se pode imaginar saia da boca dele (...) o auge dele explodir foi durante uma viagem de campo, há umas três semanas. Ele quis quebrar o quarto do hotel, jogou as coisas de um colega de turma no chão. Após isso, descobrimos, por esse colega, tudo isso que se está denunciando". 

Após o episódio, os estudantes compilaram provas e foram orientados a formalizar uma denúncia na ouvidoria da UFPE. No entanto, a graduanda oponta que nunca houve um posicionamento da instituição sobre o caso. "Um posicionamento da UFPE mesmo nunca tivemos. O que tivemos foi a coordenação do curso [geografia] ajudando um pouco a gente. Fora isso, não tivemos nenhum suporte."

O diz a UFPE

O LeiaJá entrou em contato com a Universidade Federal de Pernambuco, que respondeu através da assessoria de comunicação. No e-mail, a instituição confirma que já está ciente do caso envolvendo o estudante de geografia e reforça que "repudia o racismo, assim como todo e qualquer tipo de violência física ou simbólica contra qualquer pessoa, dentro ou fora de seus espaços institucionais".

 Além disso, a comunicação reforça que a universidade possui canais oficiais de denúncia para ações efetivas da administração central. "A comissão disciplinar discente aprecia denúncias de infrações ao Código de Ética da UFPE e demais normas de convivência, praticadas por discentes". 

A reportagem também fez contato com o Conservatório Pernambucano de Música. A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) informou que Fábio Leonardo de Lima abandonou o curso e não é mais aluno do Conservatório.

Após a conclusão de investigações conduzidas pela Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais (Digo) de Turim, a polícia italiana comunicou nesta segunda-feira que 171 torcedores da Juventus, identificados como autores de ofensas racistas contra o atacante Romelu Lukaku, da Inter de Milão, serão banidos de eventos esportivos no país. A duração da punição, contudo, não foi revelada.

A sanção foi aplicada por meio da Daspo, medida preventiva para combater a violência no esporte que faz parte da legislação da Itália desde o final da década de 1980. De acordo com a imprensa italiana, as ofensas foram praticadas por cerca de 250 torcedores, por isso o caso continua aberto e as autoridades italianas seguem trabalhando para identificar o restante dos culpados. Os 171 já punidos foram reconhecidos por meio da análise de gravações de vídeo e áudio.

##RECOMENDA##

Lukaku foi alvo de cânticos racistas durante o empate por 1 a 1 entre Juventus e Inter de Milão, no primeiro jogo da semifinal da Copa da Itália, no início deste mês. O belga foi o autor do gol de empate da Internazionale, nos minutos finais do jogo, e foi xingado pelos torcedores rivais após ter sua comemoração interpretada como uma provocação. Além disso, ainda acabou expulso justamente por causa da celebração.

O atacante comemorou o gol fazendo um gesto de saudação militar com uma mão e levando a outra, com o dedo em riste, à boca. A arbitragem da partida interpretou o gesto como provocativo e puniu o belga com o segundo cartão amarelo, o que gerou sua expulsão. Seguido a isso, formou-se uma grande confusão no gramado, enquanto torcedores juventinos intensificaram os insultos racistas que já eram ouvidos nas arquibancadas antes do gol.

No último sábado, a Federação Italiana de Futebol retirou a suspensão de Lukaku na Copa da Itália. Ao tentar reaver a suspensão, a Inter de Milão não teve sucesso no Comitê de Apelação da Federação, o que gerou revolta por parte de torcedores do time. Mas, o presidente da entidade, Gabriele Gravina, apresentou indulto para liberar a participação de Lukaku no jogo da volta da semifinal, marcado para quarta-feira. "O princípio da luta contra toda forma de racismo é um elemento fundamental da ordem esportiva", argumentou Gravina, ao fundamentar sua decisão.

O governo Lula estuda a criação de um programa de combate ao racismo que visa proteger os atletas das constantes agressões. O assunto foi debatido entre a ministra Anielle Franco e a ministra de Assuntos Parlamentares de Portugal, Ana Catarina Mendes, durante a 13ª Cimeira que aconteceu em Lisboa. No Brasil, os trabalhos envolvem também o Ministério do Esporte.

Em entrevista neste domingo, Anielle Franco disse que sentiu boa receptividade e vontade de Portugal em trabalhar conjuntamente junto à comunidade brasileira no país para resolver questões de racismo e xenofobia.

##RECOMENDA##

Na Espanha, próximo destino da comitiva liderada pelo presidente Lula, têm sido reiterados os ataques racistas ao atacante Vinicius Júnior, do Real Madrid e da seleção brasileira, seja dentro de campo, como alvo de torcedores adversários, como também em programas de televisão.

A LaLiga, responsável pela organização do Campeonato Espanhol, criou, diante dos casos reiterados, uma comissão para tentar prevenir os ataques a Vini Jr., com a presença de inspetores em setores específicos dos estádios em que o Real Madrid atuar.

Os insultos não têm se limitado ao futebol. Yago Mateus, atleta da seleção brasileira de basquete e do alemão Ratiopharm Ulm, foi à Espanha para um jogo contra o Badalona pela Euroliga e se tornou alvo de racismo. Uma torcedora chamou o brasileiro de "macaco".

A deputada estadual Rosa Amorim (PT) relatou, na última terça-feira (18), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), um caso de racismo que sofreu no dia anterior (17), quando um ex-deputado, que ela não identificou, a chamou de “queimadinha” na plenária.

“O que me deixou mais surpresa, pela fala como o deputado se pronunciou em relação à cor da minha pele, foi por um ex-representante do povo manter na sua linguagem palavras racistas. Eu acredito que a forma como eu me visto, a cor da minha pele, o meu peso, não devem ser, em nenhum momento, motivo de comentários que venham a deixar a gente desconfortável”, declarou a parlamentar.

##RECOMENDA##

Ela ainda comentou que não há problema em se referir à cor de sua pele pelos termos corretos. “Se em algum momento alguém tiver dúvidas sobre como se referir à cor da minha pele, eu quero dizer que eu sou uma mulher negra, e essa casa tem por vocação a democracia e o acolhimento, e cada vez mais irá receber a diversidade do povo brasileiro”, disse.

 

Solidariedade

Em nota, a Alepe se pronunciou prestando solidariedade e apoio à parlamentar sobre o ocorrido. “A Assembleia Legislativa de Pernambuco condena e repudia qualquer atitude ou declaração racista que aconteça dentro ou fora da Casa. E expressa total solidariedade à deputada Rosa Amorim.”

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), também comentou o caso nas redes sociais. “É inaceitável! Ainda mais em uma casa legislativa, espaço de defesa de direitos e avanços”, disse o chefe do executivo municipal.

[@#video#@]

O futebol espanhol foi mais uma vez marcado por um caso de racismo neste fim de semana. A vítima desta vez foi o zagueiro Antonio Rudiger, do Real Madrid, logo após a vitória por 2 a 0 sobre o Cádiz no sábado. Após o fim do jogo no estádio Ramon de Carranza, o jogador alemão foi entregar sua camisa a um torcedor do Real Madrid, que estava em um setor misto, e recebeu insultos racistas de torcedores do Cádiz que estavam próximos.

Um vídeo divulgado nas redes sociais neste domingo mostra o jogador do Real Madrid indo entregar sua camisa a um torcedor, quando começa a ouvir xingamentos racistas vindos do setor ao lado. Alguns objetos também foram arremessados contra Rudiger, que chega a "bater-boca" com aqueles que gritavam, antes de levantar os braços e entregar a camisa. Após isso, o defensor é afastado do local por membros do staff do Real Madrid.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

O futebol espanhol tem sido palco de casos consecutivos de racismo na atual temporada, principalmente contra o brasileiro Vinícius Júnior, companheiro de Rudiger no Real Madrid. O alemão chegou a defender o brasileiro publicamente há cerca de um mês.

Em abril, o atacante brasileiro testemunhou contra um torcedor do Mallorca acusado de chamá-lo de "macaco" durante uma partida. O mesmo torcedor foi acusado de insultar o meio-campista Samu Chukwueze, do Villarreal, em outra partida. Em seu depoimento, o torcedor admitiu as ofensas racistas dirigidas ao brasileiro e pediu perdão diante da juíza. Identificado pela polícia espanhola por vídeo, ele é investigado agora por crime de ódio. Ele foi multado em 4 mil euros, cerca de R$ 22 mil, foi banido do quadro de sócio-torcedor do Mallorca e está impedido de entrar em eventos esportivos por um ano.

A liga espanhola apresentou diversas denúncias formais às autoridades pelos insultos racistas contra Vinícius, algumas das quais foram arquivadas. O Valladolid recentemente suspendeu 12 sócios-torcedores enquanto investiga supostos insultos a Vinícius.

O primeiro julgamento na Espanha contra um torcedor por insultos racistas a um jogador de futebol está previsto para ocorrer este ano, em um processo contra um torcedor do Espanyol por insultar o atacante do Athletic Bilbao, Iñaki Williams, alguns anos atrás.

O entregador Max Ângelo, vítima de racismo e agressão pela ex-jogadora de vôlei Sandra Mathias Correia de Sá, recebeu, na última sexta-feira (14), uma moto e uma bicicleta elétrica da iFood.

Em vídeo que circula nas redes sociais, o trabalhador se emociona ao receber os veículos, além de um plano vitalício da bicicleta, seguro da moto, entre outros benefícios da empresa. Na lista também consta bolsas integrais para concluir o ensino médio, fazer uma graduação na faculdade e um curso técnico.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Agressora

Sandra, a agressora, foi intimada pela 15ª Delegacia para prestar depoimento na quarta-feira (12), mas não compareceu, alegando estar machucada. O depoimento foi adiado. Ela foi denunciada pelas agressões e por injúria racial. Ela já responde a uma investigação na Polícia Federal de fraude em licitação e acumula passagens por lesão corporal, em 2007, injúria e ameaça, em 2012, e furto de energia na praia do Leblon, onde tem uma escolinha de vôlei, em 2021.

Após caso de racismo, Atacadão encerra circulação de fiscais de prevenção'  O último episódio de racismo registrado em uma unidade do Atacadão levou a empresa a acabar com a circulação dos profissionais entitulados pela empresa de "fiscais de prevenção". Um dos funcionários que desempenhava esta função ficou seguindo a professora Isabel Oliveira no Supermercado Atacadão, no bairro Portão, em Curitiba, durante toda a permanência dela no local, no último dia 7.

De acordo com a nota, a rede de supermercados diz lamentar "profundamente os casos ocorridos e informa que, no processo contínuo de evolução para que casos de racismo ou qualquer outro tipo de discriminação não ocorram em suas lojas ou qualquer das suas atividades".

##RECOMENDA##

A nota também destaca qual será o papel que os "fiscais de prevenção" passam a desempenhar nas 334 lojas do Brasil: "os profissionais que antes circulavam pelas lojas ficarão à disposição dos clientes em pontos fixos e pré-determinados, na frente do caixa ou em sala que possui o circuito fechado de televisão".

O Atacadão ainda assegura que "realizará a revisão de treinamentos de suas equipes de loja em parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares; Promoverá a ampliação da visibilidade dos canais de denúncia". "Serão realizadas melhorias no processo de monitoramento de câmeras para manter um ambiente seguro para seus clientes", complementou.

O zagueiro francês Dayot Upamecano foi alvo de ataques racistas nas redes sociais após falhar no lance do segundo gol sofrido pelo Bayern de Munique nesta terça-feira, durante a derrota por 3 a 0 para o Manchester City, pela rodada de ida das quartas de final da Liga dos Campeões. Torcedores do próprio time alemão comentaram em uma publicação recente do Instagram do defensor com ofensas como 'negro idiota' e 'macaco'.

Na mesma postagem, o Bayern de Munique escreveu um comentário para se posicionar contra as ofensas e dar apoio ao jogador de 24 anos, que está no clube desde 2021 e disputou a Copa do Mundo do Catar pela seleção francesa. "Todos nós do FC Bayern condenamos o racismo da forma mais dura possível. O clube inteiro está junto com você, Upa", diz a mensagem.

##RECOMENDA##

Os ataques vieram após Upamecano perder a posse de bola para Grealish perto da área, quando o Bayern já perdia por 1 a 0. Na sequência da jogada, Grealish tocou de calcanhar para Haaland, que dominou pelo lado esquerdo e cruzou para Bernardo Silva marcar de cabeça. O terceiro gol do time inglês foi marcado pelo fenômeno norueguês.

Este é o segundo caso de racismo contra um jogador que atua no futebol da Alemanha em duas semanas. Na quinta-feira passada, o lateral-direito alemão Benjamin Henrichs, do RB Leipzig, expôs ofensas racistas e ameaças que sofreu depois da vitória de seu time sobre o Borussia Dortmund na Copa da Alemanha.

O prefeito de Olinda Professor Lupércio (SD) denunciou, nesta terça-feira (11), ataques racistas que recebeu no direct do Instagram “de forma escancarada”. Na publicação, ele exaltou que, apesar de não se abalar com as agressões, os episódios precisam ser denunciados. 

“É preciso que todos saibam que o racismo é um mal para a sociedade. Racismo é crime”, disse o prefeito. “Sou negro e tenho orgulho da minha cor. É pra combater desde cedo crimes como esse, que estamos distribuindo nas nossas escolas municipais, uma Cartilha Antirracista”, informou. 

##RECOMENDA##

Ainda no Instagram, Lupércio publicou um print das ofensas recebidas, quando foi chamado de “seboso” e “preto filha da put*”, de uma conta que não o segue. 

[@#video#@] 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou publicamente o Carrefour nesta segunda-feira, 10, pelos casos de racismo registrados em unidades da rede de hipermercados. De acordo com o chefe do Executivo, o Carrefour cometeu o crime e isso não será admitido no País.

"O Carrefour cometeu mais um crime de racismo. Mais um crime. Um fiscal do Carrefour acompanhou uma moça negra, que ia fazer compra, achando que ela ia roubar, ela teve que ficar só de calcinha e sutiã para provar que ela não ia roubar", disse o presidente em reunião ministerial no Palácio do Planalto para marcar os 100 dias de governo. "Se eles querem fazer isso no país de origem deles, que façam, mas não iremos permitir que eles ajam assim aqui", acrescentou.

##RECOMENDA##

No último sábado (8), a professora Isabel Oliveira, em forma de protesto, ficou de roupas íntimas em Curitiba em uma unidade do Atacadão, que pertence ao grupo Carrefour, após dizer ter sido perseguida por um segurança.

No mesmo dia, Vinícius de Paula, marido de Fabiana Claudino, bicampeã olímpica de vôlei, postou um vídeo nas redes sociais no qual afirma que não foi atendido em um caixa preferencial do Carrefour em Alphaville, em São Paulo, mas viu uma mulher branca receber o atendimento em seguida.

[@#video#@]

Por conta de uma fala feita logo após a vitória do presidente Lula nas eleições do ano passado, a diretora e esposa do presidente do Flamengo, Ângela Machado, que é diretora de Responsabilidade Social do clube, foi indiciada por racismo pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância do Rio de Janeiro (Decradi). O Decradi encerrou as investigações e encaminhou ao Ministério Público o inquérito indiciando  Ângela Machado por racismo. 

Ângela postou no Instagram um dia depois da vitória de Lula a seguinte frase: “Ganhamos onde produz, perdemos onde se passa férias. Bora trabalhar porque se o gado morre, o carrapato passa fome".

##RECOMENDA##

A frase que faz alusão ao nordeste, onde Lula teve maioria na votação, gerou críticas a ponto de pedirem o afastamento dela. Mas o marido e presidente do clube, Rodolfo Landim,  a defendeu dizendo que ela “tinha o direito de se posicionar”. 

Desde novembro do ano passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), passou a considerar crime de racismo atos discriminatórios contra o nordeste do Brasil. A pena vai de um a três anos de prisão e multa.

Marido de Fabiana Claudino, bicampeã olímpica de vôlei, sofreu racismo em uma das unidades da rede de mercados Carrefour. Vinícius de Paula postou um vídeo em suas redes sociais com uma declaração, ao lado de Fabi e do advogado, Hédio Silva Jr., sobre o episódio ocorreu em Alphaville, em São Paulo, na última sexta-feira (7).

Segundo o jornal O Globo, Vinícius tentou usar um caixa preferencial sem clientes, mas a funcionária explicou que não poderia atendê-lo pois poderia receber uma multa. Ao se dirigir a outro caixa, Vinícius viu a mesma atendente receber uma cliente branca. "Ninguém soube explicar, mas eu sei o que aconteceu. Sei o que senti. Se o Carrefour não fosse uma empresa com histórico racista, eu ia dizer que foi simplesmente uma situação não comum", disse Vinícius ao O Globo.

##RECOMENDA##

"Carrefour é uma empresa que não aprende e não esquece nada. Uma empresa que mata negros, que humilha, que ultraja, que constrange. O que o Vinícius de Paula passou ontem é crime. Está absolutamente traumatizado do ponto de vista emocional, psíquico, e pelo jeito, o Carrefour não implantou nenhum programa significativo e substantivo (para combater o racismo), e dessa vez isso não vai ficar impune", comentou o representando de Vinícius, He´dio Silva Jr.

[@#video#@]

A rede de supermercados soltou nota sobre o ocorrido com Vinícius de Paula. "A rede informa que a situação com o cliente aconteceu no dia 7/04, às 15h e, imediatamente, a colaboradora foi afastada pela gerência, e no mesmo dia foi desligada. Acolhemos o cliente e nos mantivemos abertos ao diálogo. Repudiamos qualquer tipo de discriminação e temos uma política de tolerância zero contra este tipo de comportamento inadequado."

Não é a primeira vez que uma unidade da rede de mercados do Carrefour é envolvida em um episódio de racismo no Brasil. Em novembro de 2020, no dia da consciência negra, um homem foi espancado até a morte por um segurança de uma unidade da rede em Porto Alegre.

Após passar meia hora sendo "vigiada de perto" por um segurança dentro de uma unidade do Atacadão, a professora Isabel Oliveira desabafou nas redes sobre racismo e fez um protesto, tirando a roupa dentro do supermercado. O caso ocorreu  nesse sábado (8), em Curitiba, capital do Paraná.

Chorando muito, Isabel Oliveira contou aos seus seguidores do Instagram que foi perseguida por um segurança no Atacadão Parolin, no bairro de Guaíra, quando havia entrado para comprar uma lata de leite em pó para a filha. Apesar de acreditar que o tratamento foi racista, a professora lamentou que não pôde prestar queixa por discriminação racial porque o fato não é tratado como tal pela Justiça.

##RECOMENDA##

[@#podcast#@]

Sem ter como denunciar o supermercado, que faz parte do Grupo Carrefour Brasil, Isabel resolveu protestar e tirou a roupa, ficando apenas de sutiã e calcinha.

"Agora que eu to nua, bem. Porque quando eu vim vestida, tava com segurança atrás de mim. Aí eu voltei agora nua, para garantir que eu vou levar a latinha de leite para a minha bebê e não tô roubando nada", disse ela.

"Não devia nem comprar, porque um mercado que trata nossos corpos como ameaça não deveria nem ter nosso suado dinheiro, mas faço questão de voltar para pagar a lata de leite, que eu tava comprando antes de ser perseguida pelo segurança e vim em ato de repúdio, nua, que é para poder ter o direito de ser tratada com dignidade", desabafou Isabel Oliveira.

[@#video#@]

A Juventus foi punida pela Liga Italiana, nesta quinta-feira, por causa de cânticos racistas proferidos por parte de sua torcida ao atacante Lukaku, da Inter de Milão. O incidente aconteceu no confronto válido pela partida de ida da semifinal Copa da Itália, ocorrido na última terça-feira. O saldo do episódio é o fechamento do setor sul do estádio da equipe de Turim, que ficará fechado por um jogo.

Mas as sanções não ficaram restritas somente aos torcedores que, aos gritos de macaco, insultaram o atacante belga. Pivô da confusão, Lukaku foi punido com um segundo cartão amarelo por provocar os adeptos da Juventus na comemoração. Após converter o pênalti que garantiu o empate de 1 a 1, nos acréscimos, o artilheiro levou o dedo aos lábios como se quisesse silenciar o estádio.

##RECOMENDA##

A punição acaba prejudicando a Inter na para a partida de volta, já que seu atleta vai ficar de fora do duelo que define uma das vagas para a decisão da Copa da Itália. O embate está marcado para o dia 26 de abril, uma quinta-feira.

Além de ter iniciado os gritos racistas que vieram das arquibancadas, a provocação do jogador belga criou problemas também no gramado. O gesto irritou os jogadores da Juventus e o clássico terminou em pancadaria.

O tumulto gerou ainda as expulsões do atacante Juan Cuadrado, da Juventus, e a do goleiro Handanovic, da Inter. O centroavante da equipe de Turim levou um gancho de três partidas, enquanto o arqueiro pegou uma partida de suspensão. Cada atleta ainda foi multado em dez mil euros (pouco mais de R$ 55 mil.)

O Senado instala na terça-feira (11), às 11h, a Frente Parlamentar Mista Antirracismo (FPMA), seguida da eleição dos membros do colegiado, que contará com a participação de deputados e terá como coordenador o senador Paulo Paim (PT-RS).

A criação e o funcionamento da frente parlamentar configuram um ato concreto na luta antirracista, segundo Paim. Ele ressalta que o respeito aos direitos e às garantias fundamentais dessa parte da população será uma das principais metas do colegiado.

##RECOMENDA##

“Queremos o bem de todos, sem preconceitos e quaisquer formas de discriminação, como reza a nossa Carta Maior. A Frente nos guiará e norteará os caminhos para continuarmos lutando por uma sociedade mais justa, solidária e humana", destaca Paim.

A resolução que deu origem à frente parlamentar estabelece que o colegiado terá, entre as suas finalidades principais, a promoção de debates e iniciativas a respeito de políticas públicas e outras medidas que busquem efetivar a igualdade racial prevista na Constituição, contando com a participação dos mais diversos segmentos da sociedade.

*Da Agência Senado

O brasileiro Vinicius Junior depôs à Justiça espanhola nesta terça-feira em caso em que foi alvo de racismo no futebol local. O atacante do Real Madrid fez declarações breves em que reafirmou as ofensas recebidas em fevereiro, em partida do seu time contra o Mallorca, fora de casa, em rodada do Campeonato Espanhol.

De acordo com o jornal espanhol Última Hora Mallorca, o depoimento do brasileiro foi feito por videoconferência diante da juíza Martina Mora, titular do Tribunal de Instrução 3 de Palma, e foi breve em suas declarações. Vinicius disse que não ouviu as ofensas racistas ao longo da partida disputada no estádio Son Moix. Mas constatou as injúrias raciais por vídeo. E fez questão de cobrar uma punição ao torcedor do Mallorca.

##RECOMENDA##

As ofensas foram constatadas em vídeo divulgado pelo canal "DAZN", que filmou um torcedor do Mallorca gritando "Vinicius, macaco! É um p*** macaco". As imagens fazem parte da acusação contra o torcedor, que compareceu pessoalmente ao tribunal e escondeu seu rosto com um capuz e uma pasta.

Em seu depoimento, o torcedor admitiu as ofensas racistas dirigidas ao brasileiro e pediu perdão diante da juíza. Identificado pela polícia espanhola por vídeo, ele é investigado agora por crime de ódio. O ato racista foi cometido no dia 5 de fevereiro na partida contra o Real Madrid.

O torcedor já sofreu sanções em nível esportivo. Ele foi multado em 4 mil euros, cerca de R$ 22 mil, foi banido do quadro de sócio-torcedor do Mallorca e está impedido de entrar em eventos esportivos por um ano.

Lewis Hamilton exaltou nesta quinta-feira a decisão judicial que impôs uma indenização milionária ao ex-piloto Nelson Piquet por falas consideradas racistas e homofóbicas. O tricampeão mundial da Fórmula 1 foi condenado na semana passada, em primeira instância, a pagar R$ 5 milhões.

"Eu gostaria de agradecer ao governo brasileiro. Acho que é incrível o que fizeram ao responsabilizar alguém, mostrando às pessoas que isso (preconceitos) não é tolerável", declarou o piloto da Mercedes, em Melbourne, onde disputará no fim de semana o GP da Austrália de F-1.

##RECOMENDA##

"Racismo e homofobia não são aceitáveis. E não há espaço isso em nossa sociedade. Então, eu amei que estejam mostrando que defendem uma posição", comentou o inglês. "E ainda credito que, de forma geral, não devemos dar plataforma para pessoas que estão cheias de ódio."

Hamilton se refere às entrevistas concedidas por Piquet a um canal no YouTube, em 2021. Na ocasião, o ex-piloto fez comentários racistas e homofóbicos ao se referir a Hamilton e ao alemão Nico Rosberg, ex-companheiro de Mercedes e ex-rival do inglês.

"O neguinho meteu o carro. O (Ayrton) Senna não fez isso. O Senna saiu reto", comentou Piquet ao comparar um acidente envolvendo Hamilton em 2016 com o acidente envolvendo Senna e Alain Prost no GP do Japão em 1990. Em seguida, ele insultou os ex-pilotos Keke e Nico Rosberg, pai e filho: "(Keke) é que nem o filho dele (Nico). Ganhou um campeonato... o neguinho devia estar dando mais o c.. naquela época e 'tava' meio ruim, então... (risos)".

As entidades Aliança Nacional LGBTI, Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas, Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de SP e Faecidh acionaram a Justiça ao alegarem que Piquet violou direito fundamental difuso à honra da população negra e da comunidade LGBTQIA+ ao se referir em comentário a Hamilton como "neguinho" e ao proferir falas homofóbicas contra Keke e Nico Rosberg.

Nesta quinta, Hamilton pediu mais decisões como a da Justiça brasileira em outros países. "Eu gostaria que mais governos fizessem o mesmo, temos visto o caso de Uganda (país que aprovou lei que impõe pena de morte para homossexuais)", declarou o piloto da Mercedes.

"Obviamente, há mais de 30 países na África e no Oriente Médio (com leis do tipo). Há muitas coisas que podemos aprender (com a decisão da Justiça brasileira)", comentou.

ENTENDA O CASO

Trechos de uma entrevista concedida por Nelson Piquet ao canal do YouTube "Motorsports Talks" em novembro de 2021 ressurgiram nas redes sociais em julho do ano passado. Na conversa, o tricampeão mundial tece comentários racistas e homofóbicos em relação a Hamilton, a quem se referiu como "neguinho".

Os comentários de Piquet viralizaram na internet e foram respondidos com repúdio por todo o ecossistema da Fórmula 1. Pilotos, equipes, jornalistas e fãs condenaram a atitude do piloto brasileiro, defendendo Hamilton e afirmando que não havia mais espaço para esse tipo de comportamento no esporte.

Em seu perfil no Twitter, o heptacampeão foi breve em sua resposta. Ele afirmou, em português, que era necessário "mudar a mentalidade". "É mais do que linguagem. Essas mentalidades arcaicas precisam mudar e não têm lugar no nosso esporte. Fui cercado por essas atitudes minha vida toda. Houve muito tempo para aprender. Chegou a hora da ação", disse o britânico.

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) se posicionou, afirmando que "condena veementemente qualquer linguagem e comportamento racista ou discriminatório, que não tem lugar no esporte ou na sociedade em geral". A Fórmula 1 também saiu em defesa de Hamilton. "A linguagem discriminatória ou racista é inaceitável sob qualquer forma e não tem parte na sociedade. Lewis é um embaixador incrível do nosso esporte e merece respeito."

Em contrapartida, Piquet se desculpou por seus comentários justificando o uso do termo racista ao afirmar que o termo "neguinho" é usado como sinônimo de "rapaz" e "pessoa" no português brasileiro.

"Eu gostaria de esclarecer a história que tem circulado na mídia a respeito de um comentário que fiz em uma entrevista no ano passado. O que eu disse foi mal pensado, e não há defesa para isso. Mas gostaria de esclarecer que o termo usado é historicamente usado de forma coloquial no português brasileiro como um sinônimo de 'rapaz' ou 'pessoa', mas sem a intenção de ofender. Eu nunca usaria a palavra da qual tenho sido acusado em algumas traduções. Condeno toda e qualquer sugestão de que a palavra que usei tenha sido direcionada de forma depreciativa ao piloto por causa da cor de pele dele", disse o ex-piloto.

O Boca Juniors não terá torcida em sua estreia na Copa Libertadores, dia 6 de abril na Venezuela, diante do Monagas. O clube foi punido pela Conmebol por atos racistas e xenofóbicos contra a torcida do Corinthians nas oitavas de final da edição passada. Torcedores do clube, reincidentes, imitaram macaco e ainda fizeram gestos nazistas aos corintianos.

Em 2022, Boca Juniors e Corinthians jogaram quatro vezes - caíram na mesma chave na primeira fase - e cruzaram nas oitavas, com o time paulista levando a melhor nos pênaltis. Ainda pela fase de grupo, torcedores xeneixes foram presos em São Paulo por atos racistas e só foram liberados após pagarem fiança. Os gestos discriminatórios se repetiram e o clube argentino acabou multado em US$ 100 mil (aproximadamente R$ 525 mil na época). O Corinthians queria que não tivessem torcida na volta das oitavas.

##RECOMENDA##

O pedido não funcionou na época, mas agora a Comissão Disciplinar da Conmebol resolveu proibir os torcedores do time argentino na abertura da atual edição.

"O Boca Juniors informa a seus sócios e torcedores em geral que, por uma medida disciplinar da Conmebol, como consequência de incidentes produzidos na partida contra o Corinthians na Libertadores de 2022, não haverá venda de entradas nem ingressos de público visitante na partida que o clube disputará na quinta-feira diante do Monagas, na Venezuela, pela Copa Libertadores", informou o clube.

Muitos xeneises não gostaram na medida e até sugeriram apoiar o clube como infiltrado, comprando ingressos da torcida venezuelana. O Boca, temendo novas sanções, pediu que ninguém vá para a partida contra o Monagas.

"Para evitar possíveis sanções futuras, os torcedores deverão abrir mão de tentar acompanhar a partida (no estádio)", pediu.

Desde a edição passada que os dirigentes do clube cobram "educação" nas arquibancadas. Mesmo assim, o racismo foi presenciado em mais de uma vez nos jogos da equipe contra o Corinthians, o que obrigaou o clube a repetir o pedido.

"O Boca mais uma vez reprova qualquer ato xenófobo que viole os direitos de qualquer grupo e pede cuidado com todos os comportamentos no estádio, em linha com os valores que o clube incentiva para construir a cada dia um clube e um futebol mais inclusivos."

Os inadmissíveis atos racistas que assombram o mundo da bola com rivais desrespeitando oponentes pela cor de pele, nacionalidade ou credo ganhou um desprezível capítulo no futebol da Costa Rica. O técnico Jeaustin Campos chamou um comandado de "negro bastardo e negro de m..." O Deportivo Saprissa, assim que soube do caso, demitiu o treinador na hora e ainda abriu investigação contra um dirigente que não teria dado a devida importância ao caso.

O clube costa-riquenho agiu de imediato e prometeu auxílio total para Javon East (foto abaixo), o jogador ofendido. Psicólogos estão trabalhando para que ele volte a exercer sua função sem danos. O treinador, contudo, negou as ofensas e promete processar o clube por "dispensa injustificada."

##RECOMENDA##

Foto: Reprodução/Facebook/Saprissa

"O Deportivo Saprissa comunica que, após reunião de nossa Junta Esportiva, tomou a decisão de dispensar imediatamente de seus serviços o nosso treinador, o senhor Jeaustin Campos. Paralelamente, continuamos o processo de investigação interna com respeito à atuação do senhor Ángel Catalina na abordagem deste tema", afirmou o clube em comunicado oficial, revelando que também avalia a atuação do gerente de futebol no caso.

O jogador comunicou os insultos ao profissional, que não tomou uma atitude contra o treinador. Então, levou as queixas para o Sindicato de Atletas Profissionais da Costa Rica.

"As atitudes do Sr. Campos não são toleradas pelo clube nem representam os valores do Deportivo Saprissa", garantiu. Assim mesmo, a instituição se colocou à disposição do sindicato e de órgãos que lutam contra o racismo no país.

"O Deportivo Saprissa lamenta profundamente o que o jogador teve de atravessar e se compromete a redobrar esforços para que uma situação como esta não se repita dentro do clube", disse. "A instituição crê firmemente que o futebol é uma ferramenta de respeito e inclusão da diversidade racial e cultural e rechaça todo tipo de expressões e comportamentos racistas, tanto no âmbito profissional como pessoal de seus integrantes."

[@#video#@]

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando