Durante a sessão plenária desta segunda-feira (13) da Câmara Municipal do Recife, o vereador Raul Jungmann (MD), questionou um remanejamento de recursos que reduziria recursos de diversas secretarias para a pasta de turismo. O documento, publicado no Diário Oficial do município do Recife, trata do decreto de nº 27.063 assinado pelo prefeito Geraldo Julio no dia 8 de maio desde ano.
No discurso no plenário, o parlamentar detalhou os valores e quais órgãos envolvidos. “Foram R$ 9 milhões destinados à Secretaria de Turismo e o problema é de onde vieram esses recursos. Da Câmara Municipal do Recife, vieram 228 mil retirados do apoio administrativo da Casa. Isso é grave, mas temos outras mudanças gravíssimas como na Secretaria do Saneamento onde foram relocados 700 mil reais, numa capital que só tem 40% saneada. Retirar do Saneamento para promover a publicidade do Recife?”, questionou.
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Jungmann seguiu às críticas a gestão do socialista descrevendo demais valores. “São R$ 100 mil reais da Secretaria de Tecnologia na qualificação de profissionais para geração de trabalho e renda R$600 mil de Controle Urbano, como se a nossa cidade não estivesse precisando. Da Secretaria de Habitação 199 mil; já Finanças, 371 mil. A Emlurb com 460 mil e 2 milhões e meio de reais do IASC (Instituto de Assistência Social e Cidadania) ”, disse.
O oponente frisou que não estava fazendo críticas à pasta de Turismo, nem ao Secretário, mas enfatizou a distribuição dos valores. “Não faço qualquer crítica à Secretaria de Turismo nem ao secretário. O problema é tirar recursos de setores essenciais. Não sei se o prefeito Geraldo Júlio sabe disso, mas é uma inversão de prioridades. Peço providências para essa Casa, para o líder do governo”, disse.
O vereador e primeiro secretário da Câmara, Augusto Carreras (PV), saiu em defesa do governo e disse que em relação à Casa José Mariano, não existe nenhum prejuízo. “A Câmara vota o orçamento de um ano para o outro. Ou seja, foi uma estimativa de 2012 para este ano de 2013. O valor não foi retirado, estava previsto no orçamento. Então, não houve nenhum prejuízo à Câmara”, argumentou Carreras.
Para Raul Jungmann é um absurdo a forma como os recursos estão sendo divididos. “Não podemos admitir que setores carentes e bastante necessitados de recursos financeiros, como a saúde do Recife, o saneamento e até o funcionamento do poder legislativo venham a ter seus recursos reduzidos para que o dinheiro venha a ser gastos em turismo”, reclamou.