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Nesta semana completam-se 50 anos desde que chegou aos cinemas o longa-metragem “Shaft” (1971). A obra, dirigida por Gordon Parks,  foi uma das responsáveis pela explosão do movimento “Blaxploitation”, em que se prioza uma abordagem técnica e narrativa composta por pessoas afro-descendentes, que também podem estar associadas à cultura afro-americana, como a música funk e soul. Mesmo com as críticas sobre os estereótipos, “Shaft” representa um marco na história do cinema, quando ainda não havia protagonismo de pessoas pretas.

De acordo com Paulo Camargo, crítico de cinema e membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), é “importantíssimo” que se tenha personagens pretas como protagonistas em histórias no cinema, porque o público afrodescendente precisa se ver na tela, representado por atores negros. “Mais do que isso, precisa ver as suas narrativas e as suas histórias contadas. Por isso, a questão do protagonismo negro é fundamental, tanto do ponto de vista dos personagens, quanto das narrativas”. Camargo ressalta que “Shaft” foi um desses títulos que conseguiu ser um produto audiovisual destinado apenas à audiência afro-americana.

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A relevância do filme se dá por conta da temática e a forma como a história foi retratada no filme. O crítico de cinema comenta ainda que na época em que o longa-metragem foi produzido havia uma forte luta pelos direitos civis, das minorias e dos negros, com figuras que representavam essas pessoas, como Malcolm X (1925 – 1965) e Martin Luther King (1929 – 1968), cujas mortes havia sido relativamente recentes.  “O início dos anos 70 é um momento de busca por visibilidade e representatividade. Dentro desse ciclo do ‘Blaxploitation’, existe a questão do direito de se produzir entretenimento com negros, por negros e para negros, dentro de uma ideia de que exista um cinema black para essa fatia do público”, explica.

E assim aconteceu com “Shaft”, segundo Camargo, o produto final se trata de um filme de ação/policial, com camadas que abordam o racismo, mas que principalmente discute a importância da representatividade, de se ter histórias negras em gêneros consagrados no cinema norte-americano. O especialista comenta que os elementos fundamentais na composição da obra foi o fato de o filme ter sido dirigido e protagonizado por negros, além da trilha sonora, que expressa a cultura afro-americana do blues, soul e funk. “O fato de a canção tema ter sido um grande sucesso mundial e o filme ter viajado a vários países é uma forma de mostrar esse universo dos afro-americanos para o mundo”, contextualiza.

A respeito de obras cinematográficas no geral, Camargo conta que este é um meio capaz de trazer educação e conscientização, mesmo que seus efeitos não sejam do dia para o outro. “Se você não está habituado a ver filmes protagonizados por atores negros, em vários gêneros, você nunca vai ter essa questão consolidada. Por isso, atores como Denzel Washington, Halle Berry [única atriz negra a ganhar o Oscar de Melhor Atriz na categoria principal] e Regina King são tão relevantes”, afirma o crítico de cinema.

Influências do Blaxploitation

Além de “Shaft”, outras obras cinematográficas fizeram parte do ciclo Blaxploitation, como “Super Fly” (1972) e “Cleópatra Jones” (1973). Camargo também cita a atriz Pam Grier como uma das referências nesse período, que mais tarde, nos anos 90, foi resgatada por Quentin Tarantino, no filme “Jackie Brown” (1997). “A partir de determinado momento, surgem diretores negros importantes e que estão em atividade hoje. Talvez o mais notório deles seja Spike Lee, que na década de 90 fez filmes como ‘Ela Quer Tudo’ [1986] e ‘Faça a Coisa Certa’ [1989], que é um marco na história do cinema negro e do cinema norte-americano daquele período”, conta Camargo.

Não foi apenas nas décadas passadas que os filmes com representatividade negra estavam presentes. O crítico de cinema conta que outras produções ganharam espaço nos últimos anos, como “Moonlight: Sob a Luz do Luar” (2016), dirigido por Barry Jenkins, filme sobre negros homossexuais, que ganhou o Ocar de Melhor Filme. O cineasta posteriormente também dirigiu “Se a Rua Beale Falasse” (2018), que rendeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante para Regina King. Jenkins também possui produções com a temática, fora do eixo do cinema, como “The Underground Railroad”, série de televisão sobre a escravidão, dirigido e protagonizada por artistas negros.

 

A Pixar está desenvolvendo um novo projeto com espaço para representatividade LGBTQIA+. O estúdio procura uma adolescente transgênero para dublar a personagem Jess, que estará em seu próximo filme. A convocatória foi compartilhada pelo Twitter da Trans March, organização de ativismo trans em San Francisco (EUA).

O tweet trazia uma imagem com o chamado da Pixar para o teste que escolherá a dubadora. Ela deverá ter entre 14 e 17 anos e ser uma garota transgênero, bem como a personagem, Jess, uma menina trans “compassiva, engraçada, e que sempre apoia seus amigos”. O comunicado não especifica mais detalhes sobre o projeto no qual Jess será inserida.

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Esta será a terceira vez que a Pixar coloca um personagem LGBTQIA+ em seus filmes. Em Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica, o público conheceu a policial homossexual Specter; já no curta Out, a história girava em torno dos dilemas de Greg que desejava assumir sua sexualidade. 

A modelo mirim Clarinha Archet tem usado o seu perfil pessoal no Instagram para compartilhar as histórias de mulheres negras importantes de todo o mundo. Posando como cada uma delas para as fotos, a menina de apenas oito anos publica o resultado das releituras acompanhado de uma pequena biografia da homenageada. Já passaram pela galeria de Clara a astronauta Mae Carol Jemison, a ex-primeira dama dos EUA, Michelle Obama e a líder quilombola, Tereza de Benguela.

O perfil da pequena, administrado por sua mãe, Daiane Braz, traz postagens do cotidiano da modelo mirim e alguns vídeos com mensagens de empoderamento e encorajamento. No entanto, o que mais tem chamado a atenção dos seguidores, são as publicações que homenageiam mulheres negras de destaque na história do mundo. 

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Em cada postagem dessa, Clarinha surge caracterizada como a homenageada, em uma releitura das fotos originais. Nas legendas, uma pequena biografia conta um pouco da história de cada uma dessas personalidades. Ela já falou sobre Michelle Obama, Tereza de Benguela e Mae Carol Jemison, além da escritora Maria da Conceição Evaristo, da ativista Ruby Neil Bridges Hall; da poetisa Amanda Gorman; e da atriz Isabel Fillardis, entre outras. 

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Nos comentários, os seguidores elogiam muito as publicações e agradecem pelos conhecimentos que estão adquirindo com cada postagem. “Eu amo essa representatividade”; “Amei saber mais, amei a inspiração”; “Continue trazendo esses conteúdos perfeitos que nós amamos”; “Muito bom ver um feed que traz conhecimento”; “Sempre nos inspirando a conhecer mais, parabéns”.

É da comunidade de Chão de Estrelas, no bairro Campina do Barreto, Zona Norte do Recife, que saem as frequências da TV Cambinda. Pela internet, o veículo de comunicação  criado no Centro Cultural Cambinda Estrela, tem a missão de “movimentar a favela” e levar tudo de bom que acontece nela, através de seus próprios moradores, para todo o mundo. Com uma programação de entrevistas e lives, a TV dá protagonismo aos artistas e membros da comunidade, além de levar informação e cultura aos espectadores. 

Criada em 2017, a TV Cambinda integra as ações do Centro Cultural Cambinda Estrela - instituição que promove atividades formativas e assistência social aos moradores de Chão de Estrelas e comunidades do entorno. Com uma equipe formada por jovens moradores do local, a TV nasceu da necessidade de levar informação, promover cultura e, sobretudo, enfrentar o racismo e outras mazelas sociais através da comunicação. 

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O protagonismo e a representatividade norteiam toda a produção do veículo, desde a formação de sua equipe - que atualmente conta com cerca de cinco pessoas -, até a escolha das pautas e convidados. Em entrevista ao LeiaJá, a cineasta, fotógrafa, produtora, diretora e apresentadora da TV Cambinda, Rafaela Gomes Vieira, explicou como funciona o trabalho. “Nossas pautas são elaboradas a partir de temas previamente estudados em conjunto com todo o corpo de produção. As entrevistas dão visibilidade a mestres, mestras, detentores da cultura afro, professores, estudantes, pesquisadores, mães, pais, comunidade preta. Ou seja: mostra as pessoas que constantemente são invisibilizadas e que narram suas histórias que a sociedade tende a esconder”.

Rafaela (camisa amarela) é quem conduz as entrevistas na TV Cambinda. Ao seu lado, DJ Rasta Flávia (esquerda), Luiz Carlos (Banda Capim Santo) e Glaucilene Ribeiro, assistente de produção (ponta direita) Foto: Cortesia

Já o público alvo da TV são todos aqueles que queiram aprender mais sobre a comunidade e suas ações, além de conhecer melhor sobre artistas pretos e seus trabalhos. A internet possibilita um largo alcance da programação do veículo, algo que acabou se intensificando por conta da pandemia do novo coronavírus. “Com a situação de calamidade da saúde com a COVID-19, demos continuidade à TV de forma remota. Por meio de lives, onde eu, na vez de apresentadora, dialogava com os entrevistados que estavam em suas casas. Assim, não perdemos o pique da TV Cambinda”, diz Rafaela. Agora, com o afrouxamento da quarentena, as atividades do grupo estão voltando de forma presencial, aos poucos e com atenção a todos os protocolos de segurança necessários. 

Em 2020, o projeto foi aprovado no Fundo Brasil de Direitos Humanos, edital que, em parceria com a Open Society Foundations (OSF), destinou recursos para apoiar iniciativas que promovam o enfrentamento ao racismo. Com esse auxílio, a TV Cambinda vai promover uma série de entrevistas com artistas negros como Luiz Carlos da Banda Capim Santo; DJ Rasta Flávia; Banda Abulidu; a poetisa, escritora e pedagoga Joaninha Dias e a mestra em educaçao pela UFPB,  Sandra Maria da Silva, entre outros. Eles falarão sobre maternidade e infância pretas, musicalidade e identidade periféricas, além de outros temas. 

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Toda a programação pode ser vista nos canais da TV Cambinda nas redes sociais. O orgulho e o prazer de dar voz e vez à comunidade, podem ser vistos também durante as entrevistas. Rafaela sintetiza o que é fazer parte dessa iniciativa. “É muito bom; cada momento, cada entrevista, cada tema abordado nos traz momentos únicos, vivências extraordinárias!”.

Vestir-se é uma das necessidades básicas do ser que convive em sociedade. Cobrir o corpo com roupas, porém, pode não ser algo tão simples quanto parece. O ato de se vestir vem atrelado a muitas outras premissas e construções sociais, que perpassam valores históricos, identitários e econômicos. A esse conjunto de questões e simbolismos podemos dar o nome de moda.

A moda tem espaço e lugar na sociedade, porém, não exatamente como um todo. O tal ato simples de vestir-se ganhou corpo, luxo e vulto nas mãos de grandes estilistas e marcas que, em parceria com o sistema capitalista - instrumento de fomento ao consumo indiscriminado de bens -, o alçou a patamares grandiosos. Sendo assim, o acesso a uma moda de alto padrão ou até mesmo às peças vistas em vitrines, peças publicitárias e produtos audiovisuais, nem sempre está acessível a todos; sobretudo em um país como o Brasil, onde um trabalhador recebe mensalmente, pela sua força de trabalho, o valor de R$ 1.045. 

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Para além do aspecto financeiro pertinente a esse universo, outros poréns também acabam corroborando com o estigma de bem inatingível do mundo fashion. Padrões estéticos excludentes também colaboram para que as ditas ‘pessoas comuns’ não se vejam vestindo roupas grifadas. 

O artista visual e estilista Cássio Bomfim, diretor geral da marca ACRE, comentou sobre o tema, em entrevista ao LeiaJá. “Tem uma leitura da moda que leva ela pra esse lugar do inacessível, mas tem uma outra leitura de moda que fala de desejo de consumo massivo de um item que é de compra inevitável; porque você pode vestir menos peças que outras pessoas, mas você vai ter o mínimo para um convívio social, e esse mínimo vai ser escolhido num atravessamento que é o seu gosto, o disponível, a sua renda e por aí vai”.

Em seus desfiles, a ACRE tem contado com pessoas 'comuns', não profissionais da moda. Foto: Divulgação

Esse "atravessamento" pode acontecer de várias maneiras. O próprio estilista cita algumas, como a customização de roupas, o ‘faça você mesmo’ - muito visto num ressurgimento recente da moda tie dye -, linhas populares de grandes marcas, e a possibilidade de comprar peças que são, na verdade, cópias daquelas grifadas com preços bem menores. Nas periferias brasileiras, essas estratégias são comuns até que surgem, também, marcas próprias daqueles lugares, como as pernambucanas Máfia Feminina e 24 por 48, feitas por quem vive e entende dos gostos de quem é ‘da quebrada’. 

Quando se chega a esse ponto, questões mais subjetivas, porém não menos importantes, passam a ser tão notórias quanto os modelitos e os próprios modelos/manequins. “O corpo que é periférico, aquele que não tem intenção de escolarizar-se ou aperfeiçoar-se, ou não vai rolar nessa vida de ele ter acesso a isso, por que não esse homem ou essa mulher, esses corpos não demonstrarem suas belezas também?”, questiona Cássio. 

É aí que entra o conceito da representatividade, algo com o qual a ACRE tem lidado há bastante tempo, promovendo desfiles com pessoas ‘comuns’ - leia-se não profissionais da moda -, e em bairros periféricos do Recife, a exemplo do que aconteceu no lançamento da última coleção da marca: “Árido Surf, cap. 2, a Festa". “O lance da escolha das periferias se trata de uma provocação, um comentário sobre o que é parte do ativismo afro-indígena brasileiro. É muito pensando numa reversão do estigma da ‘perifa’ como esse lugar de periculosidade onde não se pode filmar, tem todo esse folclore. Isso tem um impacto em outras pessoas numa identificação que eu sinto ser diferente das percepções de desfiles mais formais. Algumas são até emocionantes de pessoas que falam que era o'desfile que sempre sonhou em ver’”, diz o estilista. 

Sobre representatividade e ativismo, a modelo, assistente social e Mestre em Políticas Sociais pela Universidade de Berlim, na Alemanha, Domitila Barros, entende bem. Descoberta na comunidade da Linha do Tiro, Zona Norte do Recife, a pernambucana desde pequena já era engajada com trabalhos sociais, através da ONG CAMM (Centro de Atendimento à Meninas e Meninos), que oferecia atividades de lazer e educação para os jovens do local. Hoje, ela é embaixadora mundial da marca Symrise Cosmetics Ingredients, que tem foco na responsabilidade ambiental e sustentabilidade. 

Domitila Barros foi descoberta na comunidade da Linha do Tiro, Zona Norte do Recife. Foto: Divulgação

Domitila entende a moda como uma ferramenta de inclusão e transformação social e usa o seu próprio exemplo de vida para ilustrar isso. “Eu creio que a internet e as mídias sociais são uma oportunidade enorme para (profissionais) serem descobertos. Eu acompanho virtualmente artistas e estilistas de várias comunidades; por exemplo no universo do brega funk ,as cores, tendências e designs têm sido inspiração nacional e com muito mérito e qualidade. Os figurinos, as tendências das comunidades estão ganhando, criando e fundindo novas formas de consumo, de criar e de fazer moda, arte, cultura, música...  Eu sou uma fiel embaixadora de que a favela também pode,  e que mais importante do que de onde a gente vem é aonde a gente quer chegar”. 

Pela fala da modelo pernambucana é possível entender que, atualmente, não basta subir na passarela ostentando apenas um look de impacto, é preciso mais: “protagonismo, sororidade, solidariedade”, temas que, como ela observa, são “atuais e gritantes mundialmente”.

A modelo acredita, também, na democratização da moda, a partir desses pilares e de alguns outros como oportunização e abertura de mercado de trabalho e financiamento. “Conheço designers talentosíssimos no Recife e em vários lugares do Brasil e do mundo que não adquirem o reconhecimento e valorização adequados devido ao fato do ingresso no mundo da moda ser tão restrito e limitado. Creio que é necessário diversidade para alcançarmos a democracia. A minha maior motivação é a possibilidade de atuar como uma multiplicadora e eu acredito que dividindo a minha história de vida e trajetória posso inspirar e motivar outros jovens e gerações a resilientemente e com orgulho dos seus valores e origem superar barreiras”. 



 

A caminho do lançamento de seu novo disco, Dani Carmesim libera mais uma prévia para o seu público. Nesta sexta (27), a roqueira pernambucana lança o single De dentro pra fora, segunda música do próximo álbum da artista. Os interessados já podem fazer um pré-save da canção através da internet.

De dentro pra fora traz uma reflexão sobre o dilema entre adequar-se ao status quo ou ter a liberdade de ser quem verdadeiramente deseja. A música tem pegada disco-funk moderna bebendo em referências como Talking Heads e Tame Impala. No instrumental, Carmesim contou com o reforço de Fernando S., nas guitarras e sintetizadores; André Insurgente no baixo; e Tiago Marditu na bateria. A arte da capa do single foi assinada e protagonizada pelo artista plástico Vinicius (@vinicius65). 

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Dani Carmesim é cantora e compositora com uma trajetória de quase 10 anos fazendo música autoral. Ela trabalha de forma independente e seu objetivo é usar a música como ferramenta de representatividade, estimulando a valorização da mulher negra dentro do mercado fonográfico, principalmente no segmento do rock.  

O Prêmio Jabuti, um dos mais importantes da literatura brasileira, anunciou na última quinta (22), os seus finalistas e Pernambuco está entre eles. A escritora Jaqueline Fraga concorre na categoria Biografia, Documentário e Reportagem com o livro ‘Negra sou: a ascensão da mulher negra no mercado de trabalho’. O resultado da premiação está previsto para o dia 26 de novembro. 

‘Negra sou: a ascensão da mulher negra no mercado de trabalho’ é o livro de estreia da pernambucana e foi produzido de forma totalmente independente. A obra, lançada na Bienal Internacional de Pernambuco em outubro de 2019, conta histórias de mulheres negras que atuam em profissões consideradas valorizadas, como Medicina e Direito. 

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Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Jaqueline se disse muito orgulhosa por estrear em um prêmio de tamanha importância, como o Jabuti. Além do reconhecimento do seu trabalho, a escritora assinala a relevância de participar da premiação abordando temas tão urgentes. “É uma comprovação de que a pauta que a gente reivindica é essencial. Por mais que haja dados que comprovem isso, mas você ter uma premiação de nível nacional, como o Jabuti dando destaque pra esses temas, da questão racial e da representatividade, sobretudo nesse momento que vivemos, é algo muito importante”. 

Além disso, o livro da pernambucana é o único de produção independente a concorrer na categoria, e apenas um dos 10 em toda a premiação lançado dessa forma. “Foi meu projeto de empreendedorismo mesmo e ter esse reconhecimento é maravilhoso”, disse a autora. O Prêmio Jabuti anuncia seus vencedores no dia 26 de novembro. A lista com todos os finalistas pode ser vista no site da premiação.



 

Na última sexta (25), a Versace apresentou ao mundo sua coleção Verão 2021 em um desfile sem plateia e com destaque para a representatividade. Na passarela, três modelos plus size desfilaram os modelos da marca: Jilla Kortlove, Alva Claire e Precious Lee. Elas são representantes de um novo movimento no mundo da moda que pretende quebrar antigos padrões dessa indústria. 

Nas redes sociais, as modelos festejaram muito sua participação no desfile, durante a Semana da Moda de Milão. Elas salientaram a importância do momento e se felicitaram por estarem “fazendo história”. Em seu perfil, a holandesa Jill Kortlove escreveu: “Espero que a gente abra portas para uma geração que sempre sonhou como eu mas nunca se viu nas capas das revistas”. A inglesa Alva Claire concordou com a colega de profissão: “Esse momento é por todas nós”. 

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Já a americana Precious Lee celebrou em dose dupla pois além de representar as mulheres fora dos padrões comerciais, ela também levou à passarela a representação das mulheres negras. “Eu sei o quanto isso significa e sempre vou apreciar isso. Nenhuma garotinha negra pode dizer que ‘não consegue’ porque nós conseguimos, sempre pudemos, e quando você se mantém verdadeira, você consegue”. 

 

O personagem Peter Pan vai ganhar um filme live-action, Peter Pan & Wendy, e parte do elenco já está confirmada. Para viver a fadinha Sininho na telona, a Disney escolheu a atriz Yara Shahidi. Ela será a primeira atriz negra a encarnar o papel. 

Yara Shahidi é atriz e modelo e tem apenas 20 anos. Ela será  a primeira atriz negra a interpretar Tinkerbell nos cinemas. O papel já havia sido vivido por atrizes como Julia Roberts e Ludivine Sagnier.

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Segundo o site Deadline, a escolha de Yara faz parte de uma nova estratégia da Disney para dar mais diversidade à suas produções. Além dela, também estarão no elenco com Jude Law, na pele do Capitão Gancho; Alexander Molony, como Peter Pan; e Ever Anderson. O filme ainda não tem previsão de estréia. 

A empresa farmacêutica Bayer abriu vaga para seu programa de trainee 2021 voltado a profissionais negros, o “Liderança Negra Bayer”. Entre os requisitos, está a formatura em cursos de graduação ou pós-graduação entre dezembro de 2017 e dezembro de 2020, com possibilidade de avaliação de casos em que a formatura sofreu atrasos decorrentes da pandemia de Covid-19. 

Não foi informado onde os trainees serão lotados, mas a empresa, que tem sede na cidade de São Paulo, afirma que quem morar em uma cidade diferente da que sediar a vaga desejada, precisa ter disponibilidade para mudanças. O salário, também de acordo com a Bayer, é de R$ 6.900.

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As inscrições foram abertas nesta sexta-feira (18) e podem ser feitas através do site do programa de trainee, até o dia 21 de outubro. A seleção será composta por uma jornada on-line, dinâmica de grupo virtual, um encontro preparatório para a última etapa e pelo chamado “Bayer Day”, composto por uma roda de conversa com profissionais da empresa, painel de negócios e entrevista final. 

A admissão dos candidatos selecionados será realizada nos meses de dezembro de 2020 e janeiro de 2021. Entre os benefícios oferecidos pela empresa aos trainees, estão assistência médica e odontológica, transporte, restaurante no local de trabalho, seguro de vida, previdência privada, subsídio a medicamentos, academia, incentivos à qualidade de vida, Conte Comigo (assistência psicológica, consultoria jurídica e financeira) e CoopBayer (Cooperativa que tem como objetivo a educação financeira dos colaboradores). 

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A nova ediçõe da HQ do personagem Super Choque terá narrativas que abordam o racismo e outras pautas inclusivas. O exemplar é um dos destaques do relançamento do selo Milestone. Elaborada no início da década de 1990, a marca editorial da DC Comics reúne quadrinistas negros para simbolizar a representatividade na escrita e nas figuras dos contos em que os super-heróis não são apenas pessoas brancas.

Os personagens da Milestone foram agregados ao universo DC Comics em 2008. Das histórias mais emblemáticas, o Super Choque, lançado em 2000, é o favorito dos fãs do grupo. Na trama, Virgil Hawkins é um jovem negro que adquiriu poderes eletromagnéticos ao ser exposto a um fluído gasoso. O desenho animado e o HQ do herói, produzidos pelo quadrinista estadunidense Dwayne McDuffie (1962-2001), se refere às questões raciais desde as origens.

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Para o relançamento, as histórias do Super Choque serão adaptadas ao cotidiano atual. Segundo divulgado pela empresa de entretenimento no festival DC FanDome, os poderes de Hawkins serão aflorados após o jovem ser exposto aos gases originados de artefatos durante um protesto do movimento antirracista Black Lives Matter (Vidas Negras Importam).

A publicação das novas edições está programada para 2021. No entanto, a DC Comics, além de disponibilizar a HQ Milestone Returns #0 em versão gratuita e em inglês, prepara o lançamento dos números antigos do selo em exemplares digitais ainda em 2020. As novidades do Super Choque vêm junto com a heroína Foguete (jovem negra com superpoderes), o Ícone (alienígena que incorpora a aparência de um homem negro) e a descendente de orientais, Duo Damsel, que também é atração das futuras revistas.

Beyoncé é uma mulher com história e números expressivos. Em pouco mais de duas décadas de carreira, ela acumulou 24 Grammys, vendeu mais de 120 milhões de discos e conquistou as melhores colocações na lista  das celebridades mais bem pagas do mercado. Segundo a Forbes, só entre junho de 2018 e junho de 2019, a artista teria faturado 81 milhões de dólares. 

A carreira expressiva de Queen Bey e seu talento nato, lhe renderam o posto de rainha e diva do pop. Além dos hits, ela também se consagrou em um lugar de representatividade emprestando sua imagem e voz para causas importantes como o feminismo e a luta anti racial. 

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Nesta sexta (4), Beyoncé comemora mais um ano de vida sendo uma das artistas mais poderosa e influente da cultura pop. O LeiaJá listou cinco motivos que garantiram a ela esse lugar de prestígio e importância que, dificilmente, será tomado por outra pessoa. 

É uma artista completa

Beyoncé arrasa nas coreografias, nos figurinos e no 'gogó'. Em cima do palco, ela prova que é uma verdadeira artista pop, cantando e dançando muito e segurando a onda sem jamais deixar cair o 'carão'.

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É feminista.

A cantora está sempre lutando pelos direitos das mulheres. Além de sua posição de grande representatividade - mulher preta de sucesso e notoriedade -, em suas músicas é comum o discurso de empoderamento, como em Run the world (girls) e em Flawless, na qual ela incluiu uma fala da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi sobre o feminismo. "Feminista, a pessoa que acredita na igualdade social, política e econômica entre os sexos". 

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É empresária. 

Além de mandar muito bem como artista, Beyoncé também manja dos negócios. Além de gerenciar a própria carreira, ela faz questão de cuidar de perto de suas empresas como a Parkwood Entertainment e a Ivy Park, marca de moda. 

Ajuda o próximo. 

O nome da diva está sempre ligado a alguma causa social. Ou várias. Ela colabora pessoalmente, ou empresta sua imagem, para vários projetos, como Chime for Change, Girsl Inc, The Haiti Adolescent Girls Network e I Was Here. Durante a pandemia, ela fez  doação de testes da Covid, máscaras e outros itens de primeira necessidade para a população negra da cidade de Houston, no estado do Texas. Além disso, sua instituição beneficente, a BeyGood, doou cerca de seis milhões de dólares para o combate ao coronavírus. 

Se posiciona politicamente.

Através de sua música, Queen Bey está sempre abordando e se posicionando sobre temas de extrema relevância na sociedade. Além do feminismo, ela também tem uma voz expressiva no combate ao racismo. No disco Lemonade, de 2016, o sexto de sua carreira, ela toca profundamente na questão racial, passando pela violência policial contra os negros. Em uma das faixas, ela canta: “Eu mesma vou quebrar as correntes. Não deixarei minha liberdade apodrecer no inferno”. Já em 2020, durante discurso no evento Dear Class of 2020, para formandos  nos EUA, a cantora fez um poderoso discurso passando por temas como sexismo e racismo. “Não havia mulheres negras sentadas à mesa. Então, eu tive que cortar a madeira e construir minha própria mesa. Então, convidei o melhor para se sentar”.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, na última terça-feira, que o dinheiro público usado para financiar as campanhas políticas deve ser dividido de forma proporcional entre candidatos negros e brancos a partir de 2022. Na maior parte dos partidos, negros ainda são minoria nas executivas nacionais (cargos de direção), responsáveis por definir, por exemplo, quem será candidato e como a verba do fundo eleitoral será distribuída.

Em 17 dos 24 partidos com representação no Congresso, a participação de quem se autodeclara negro ou pardo nas cúpulas partidárias vai de zero a 41%, segundo levantamento feito pelo Estadão. Para chegar ao resultado, a reportagem cruzou informações prestadas ao TSE por dirigentes que já foram candidatos em alguma eleição com dados enviados pelas próprias siglas e entrevistas com dirigentes partidários.

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A baixa representatividade de negros em cargos de decisão não é exclusividade dos partidos políticos. A participação de pretos ou pardos em cargos gerenciais de empresas é de 29,9%, de acordo com a pesquisa "Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil", divulgada no ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número também é baixo na academia. Na Universidade de São Paulo (USP), 2,2% dos professores se autodeclaram negros, segundo dados de 2018 da universidade. No Brasil, 55,8% da população brasileira é negra, também segundo o IBGE.

Estrutural

"Temos um racismo estrutural e sistêmico. Os partidos políticos não estão de fora disso", disse Gabriela Cruz, presidente nacional do Tucanafro, secretariado da militância negra do PSDB. Ela diz que seu partido apoia a militância negra, mas reconhece que a legenda ainda "precisa avançar". No PSDB, 11% dos 46 integrantes da Executiva Nacional se declaram pretos ou pardos.

Gabriela comemorou a decisão do TSE de terça-feira passada, que definiu recursos proporcionais para candidaturas negras e brancas a partir de 2022. Ela avalia que a medida pode provocar mudanças na própria esfera partidária. "Com mais negros no Parlamento, você tem mais negros nas executivas, que são formadas em sua maioria por parlamentares", afirmou.

Nas eleições de 2018, 24,4% dos deputados federais e 28,9% dos deputados estaduais eleitos se declararam negros ou pardos, segundo o IBGE. Na última terça-feira, ao julgar consulta feita pela deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), seis dos sete ministros do TSE decidiram que a divisão do fundo eleitoral - principal fonte de dinheiro das campanhas - e do tempo de propaganda no rádio e na TV deve ser proporcional ao número de candidatos negros que cada partido apresentar.

Secretária nacional da Negritude Socialista do Brasil (NSB) do PSB, Valneide Nascimento vê a medida tomada pelo TSE como um "avanço tardio", mas também acredita que a decisão simbolize uma grande oportunidade. Ela faz parte dos 20% dos membros da executiva nacional do PSB que se autodeclaram negros. "Não se trata de ‘roubar o lugar’ dos brancos, mas de apenas participar como eles participam das decisões de poder, passando pela distribuição do fundo", disse Valneide.

Para o secretário nacional de combate ao racismo do PT, Martvs Chagas, o caso não precisaria ter chegado à Justiça se os partidos tivessem mais representatividade. "Como não temos pessoas negras nas cúpulas dos partidos para pressionar que isso aconteça, o TSE teve que tomar uma decisão."

Dados

Segundo o levantamento do Estadão, a legenda com menor participação de negros na Executiva Nacional é o Novo. Nenhum dos seis dirigentes se declara como preto ou pardo. PSD e PTB tiveram índices abaixo de 10%. Já PDT, PSOL e Solidariedade têm mais de 35% das suas Executivas formadas por negros. Sete das 24 siglas com representação no Congresso não forneceram dados: PL, Avante, PSL, Republicanos, Podemos, PSC e Cidadania.

"O levantamento comprova que os partidos não têm mecanismos que promovam a diversidade e a representatividade", disse o conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) André Costa, advogado especializado em direito político e eleitoral. "É importante que os partidos tenham suas comissões de igualdade. Mas, mais do que em unidades isoladas, é importante que elas também estejam nas direções partidárias."

Professor de Sociologia no Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e coordenador do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA), Luiz Augusto Campos segue o mesmo entendimento. "As Executivas nacionais são os órgãos partidários responsáveis pela última palavra no registro de candidaturas e distribuição de recursos de campanha. Sem diversificá-las, os avanços nesses quesitos esbarrarão sempre na hierarquia partidária." 

Um dos principais ícones da dramaturgia brasileira, a atriz Chica Xavier morreu, aos 88 anos, na madrugada deste sábado (8). Ela ganhou destaque nacional por atuar em novelas da TV Globo, como Sinhá Moça e Renascer.

Chica lutava contra um câncer e estava internada no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Natural de Salvador, na Bahia, Francisca Xavier Queiroz de Jesus também estava fora das telinhas há cerca de oito anos, quando participou da novela Cheias de Charme.

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Com participação em produções cinematográficas, o maior legado da atriz é traduzido pela representatividade que seu trabalho carrega. Ela participou da montagem de Orfeu da Conceição, que abriu as portas para atores negros no Theatro Municipal do Rio.

No último sábado (13) a Nickelodeon, emissora especializada em programação voltada ao público infantojuvenil, confirmou que seu famoso personagem Bob Esponja é LGBTQ+. A declaração foi feita através de um tweet em sua conta oficial, na qual uma imagem do personagem aparece com as cores da bandeira arco-íris, símbolo da causa. 

O tweet, que foi feito para celebrar o mês do orgulho LGBTQ+, trouxe imagens de outros personagens da emissora que fazem parte da comunidade, como Korra, de "A Lenda de Korra", que encerrou sua trama em 2014 ao lado de outra mulher, e Schwoz Schwartz, de "Henry Danger", que é interpretado pelo ator transssexual Michael Cohen. "Celebrando o orgulho com a comunidade LGBTQ+ e seus aliados neste mês e em todos os meses", diz a postagem que acompanha as fotos. 

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Não é de hoje que os fãs de Bob Esponja especulam sobre a sexualidade do personagem, que frequentemente era apontado como LGBTQ+ em meio, inclusive a insinuações de que ele e seu melhor amigo no desenho, Patrick Estrela, seriam um casal. 

Apesar disso, o animador americano Stephen Hillenburg, criador de "Bob Esponja Calça Quadrada", afirmou em 2005 em entrevista à revista People que vio Bob como um personagem assexuado. Nós nunca tivemos intensão de que eles [Bob Esponja e Patrick] fossem gays. Eu considero eles como sendo quase assexuados. Nós estamos apenas tentando ser divertidos", disse ele. 

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Após vencer o Big Brother Brasil 20, Thelma Assis tem conquistado outros sonhos. Na última terça (5), a ex-BBB contou aos fãs, durante uma live com a atriz Taís Araújo, que assinou um contrato com a  L'Oréal Paris, tornando-se, assim, o novo rosto da marca. 

Thelminha falou sobre a novidade ao ser questionada por Taís. “Vamos falar de outra coisa que um passarinho francês me contou?", brincou a atriz fazendo referência à origem da marca. A campeã do BBB revelou, então, a nova oportunidade e disse que, para ela, era uma realização: “Meu Deus, eu estou muito feliz. É sonho atrás de sonho. Estou muito lisonjeada de representar uma marca tão forte, que eu sempre admirei, e ao lado de uma pessoa que sempre serviu de inspiração para mim. Estou muito feliz, de verdade”.

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Taís também é uma das representantes da marca no Brasil e, juntas, as duas já têm o primeiro compromisso. Nesta sexta (8), elas fazem uma nova live, pelo Instagram, para dar dicas de beleza e conversar com os seguidores sobre a parceria com a marca que ambas representam. 

De acordo com o estudo Por Elas Que Fazem a Música, divulgado pela União Brasileira de Compositores (UBC), cresceu 56% o número de novos associados do sexo feminino à entidade de 2018 para 2019. Considerando o total de novos associados, o incremento observado em 2019 em relação ao ano anterior foi de 34%. “O número de mulheres associadas cresceu em velocidade mais rápida”, afirmou à Agência Brasil a gerente de Comunicação e coordenadora da pesquisa da UBC, Elisa Eisenlohr.

Elisa ressalta, entretanto, que ainda existe um grande gargalo entre a participação de homens e mulheres na indústria fonográfica. A pesquisa revela, por exemplo, que apenas dez mulheres estão entre os 100 maiores arrecadadores de direitos autorais no país.

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Em sua terceira edição, o estudo mostra que apesar do crescimento de 56% no número de novas associadas à UBC, permanece a desigualdade porque, dentre todos os mais de 33 mil associados da entidade, somente 15% são mulheres, contra 85% de homens. Em 2018, o sexo feminino no mercado fonográfico participava com 14%.

Concentração

A maior concentração das cerca de 5 mil associadas da UBC está na Região Sudeste (64%), seguida do Nordeste, com 14%. Nas demais regiões do país, as mulheres estão presentes com 9% (Sul), 7% (Centro-Oeste) e 2% (Norte). Elisa Eisenlohr aponta que o relatório mostra para o mercado onde as mulheres estão menos representadas. A migração para o Sudeste é consequência natural das carreiras ligadas à indústria fonográfica. “O artista, quando quer fazer show, acaba se mudando para cá”, comentou.

Por faixa etária, a maioria das mulheres que atuam nesse mercado tem entre 30 e 39 anos de idade (29%), 20 e 29 anos (20%) e 40 e 49 anos (19%). Apenas 3% estão abaixo de 20 anos e 12% se encontram entre 50 e 59 anos.

O estudo constata que os recebimentos como intérprete continuam tendo o dobro da importância econômica para as mulheres (27%) do que para os homens (14%). Elisa informou que a UBC representa quase 60% do volume arrecadado pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) em direitos autorais. Do total de recursos distribuídos pela UBC em 2019, 91% foram para homens e 9% para mulheres. Do total distribuído, as maiores participações para o sexo feminino foram observadas nas profissões de versionista (29%), contra 71% dos homens; e intérprete (17%), contra 83% de homens. O sexo masculino domina também nas profissões de autor ou compositor (92%), músico executante (93%) e produtor fonográfico (93%).

Rubrica

O estudo revela ainda que, em relação ao ano anterior, foi registrada expansão no número de obras e fonogramas cadastrados que têm participação de mulheres como produtoras fonográficas (+15%), autoras e músicos executantes (+11% cada) e intérpretes (+9%). A TV aberta foi a rubrica com menor participação feminina no ano passado (7%), contra 93% de homens. Entretanto, essa foi a segunda maior fonte de rendimentos dentre o total arrecadado pelas mulheres. A primeira fonte foi o rádio, com 25%. Entre os homens, a TV aberta foi a maior fonte de rendimentos, com 28% do total arrecadado, seguido por show, com 22%.

A pesquisa também cita que o canal da UBC no YouTube (focado em carreiras e tutoriais) tem 78% dos expectadores do sexo masculino, contra 22% de mulheres.

Segundo a coordenadora do estudo, como a mulher tem poucas referências nessa área musical, um dos desafios para elevar a representatividade feminina na música nacional “é quebrar esse estreitamento e abrir os horizontes na indústria”. Outro desafio é adentrar nesse ambiente super masculino de estúdio para que a mulher seja considerada tão apta como os homens para desempenhar atividades como compositora, músico executante, baterista, por exemplo. É preciso também “inspirar as novas gerações para que as mulheres se sintam também capazes”, porque o homem está bem ambientado e a mulher é muito mais vista como intérprete e versionista, ou seja, pessoa que faz a versão de obras que não são dela. “É isso que a gente quer mudar”, afirmou Elisa.

No Brasil, vivem 55,6 milhões de mulheres negras, mas apenas dez delas ocupam cargos no parlamento brasileiro, composto por 513 nomes. Diante desta realidade, o Fórum Nordeste Mulheres Negras e Poder discutirá, entre os dias 6 e 8 de fevereiro, em Recife e Olinda, os entraves e desafios para maior inserção da mulher negra na política. Comparecerão cerca de 70 pré-candidatas de toda a região e personalidades como as deputadas Érica Malunguinho (Psol-SP), Marilene Alves (PT-MG) e Robeyoncé Lima (Psol-PE).

No primeiro dia, a programação inclui o painel “Democracia e Poder: a realidade das candidaturas de mulheres negras no Brasil”, com a presença de Valdecir Nascimento, da Rede Latino Americana de Mulheres Negras, além de homenagem às mulheres negras e parlamentares que se destacaram na história do país e de programação cultural. Já no dia 7, em Olinda, a programação continua com destaque para a apresentação da experiência da “América Latina - Mulheres Negras e Insegurança na América Latina”, com a colombiana Loretta A. M-Moreno, do qual participará Robeyoncé Lima, compartilhando sua vivência de mulher trans e negra parlamentar em um processo eleitoral.

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O último dia de evento oferecerá mais dois painéis sobre a juventude negra e eleições: “desafiando o racismo e o adultocentrismo”, com Gilmara Santana – Rede de Mulheres Negras  de Pernambuco, e “Eleições de 2020: possibilidades e desafios para o fortalecimento à mulheres negras candidatas”, com Mônica Oliveira, Assessora das Co-deputadas Juntas. Será elaborada pelas presentes  uma carta com proposições para as candidatas negras nessas eleições. O evento é organizado por Casa da Mulher do Nordeste, Centro das Mulheres do Cabo e Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste, em parceria com a Rede de Mulheres Negras de Pernambuco e Rede de Mulheres Negras do Nordeste, com o apoio do Fundo Mujeres Del Sur.

Serviço: Fórum Nordeste Mulheres Negras e Poder

06 a 08 de Fevereiro de 2020

Dia 06/02 (Aberto ao público), às 19h, no Sindicato dos Bancários, na Rua Manoel Borba, 564 - Boa Vista, Recife - PE.

Dias 07 e 08/02 (Fechado só para inscritas), a partir das 9h, Congregação das Irmãs de Santa Dorotéia da Frassinetti, na Ladeira Sé, s/n , Olinda – PE.

Foi eleita, no último domingo (8), a mulher que vai representar, durante um ano, a beleza feminina mundial. A Miss África do Sul, Zozibini Tunzi, foi coroada Miss Universo 2019, no concurso realizado em Atlanta (EUA), superando outras 89 adversárias, inclusive a Miss Brasil, Júlia Horta. A vitória de Tunzi foi muito comemorada nas redes sociais e seu nome ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter. 

A nova Miss Universo tem 26 anos e venceu o concurso representando seu país, a África do Sul. A vitória de Zozibini Tunzi quebrou um jejum de oito anos sem que uma mulher negra levasse a coroa. Durante a competição, ela discursou contra o racismo e o machismo. "Eu cresci em um mundo onde mulheres como eu, com a minha pele e o meu cabelo, nunca foram consideradas bonitas. Já chegou a hora de parar com isso. Eu quero que as crianças olhem para mim e vejam seus rostos refletidos no meu". A Miss Brasil, Júlia Horta, chegou ao Top 20 da disputa mas não avançou para as finais. 

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Nas redes sociais, a vitória da miss africana foi muito festejada e o nome de Tunzi foi um dos mais comentados do domingo (8). "Zozibini Tunzi, da África do Sul, é nada menos que perfeita e essa conquista tem um significado tão, tão grande"; "A nova Miss Universo é uma mulher negra, africana, belíssima, de origem pobre, com propósito, empoderada, feminista e com uma oratória perfeita. Engulam essa, racistas, xenofóbicos, classistas e misóginos"; "Essa imagem da miss universo disputando a coroa com uma loira padrão SIGNIFICA TANTO... são anos e anos tentando mostrar ao mundo que existe beleza, e ela não é só da mulher branca". 

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Maju Coutinho protagonizou um momento de muita fofura, no Encontro com Fátima, na última terça (3). O programa promoveu uma visita de uma pequena fã, Maria Alice, de três anos, que encantou a internet em um vídeo no qual aparece mostrando ter o cabelo igual ao da jornalista. As duas se conheceram no estúdio do Jornal Hoje.

Maria Alice encantou a internet em um vídeo no qual aparece empolgada ao ver Maju na TV. Feliz, a menina mostra que seu cabelo é igual ao da jornalista e o momento fofo acabou viralizando nas redes sociais. O Encontro com Fátima, então, logo providenciou para que as duas se conhecessem e Maria Alice fez uma visita à jornalista na última terça (3).

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Maju ficou muito emocionada com a visita da garotinha e lhe deu um grande abraço. Ela também aproveitou para falar sobre a importância da representatividade na televisão: "Hoje em dia quando eu vejo a Maria Alice e várias com o cabelo crespo e cacheado assumindo numa boa, já valeu a jornada aqui. Quando eu era pequena minha mãe fazia muitas tranças, mas chegou numa época que eu não via meninas com cabelo cacheado, eu passei a querer alisar". 

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