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A diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) denunciou, nesta terça-feira (3), que falsos policias estão atuando no Estado. Segundo a categoria, em Agrestina, no interior, quatro dos cinco profissionais que trabalhavam na delegacia não eram civis, mas foram deslocados das secretarias Estaduais de Saúde e Educação para atuarem na segurança pública do local durante a Festa de São Sebastião. 

Ainda segundo o sindicato, parte dos funcionários que integrava essa prática trabalhava armada, mas sem licença para portar as armas. Para o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, a falta de policiais na cidade levou os profissionais a preencherem o quadro da delegacia local.

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Conforme o próprio testemunho dos falsos policiais, os quatro teriam sido escalados pelo setor administrativo da Delegacia Seccional de Caruaru, por ordem da delegada Polyanne Farias de Almeida. Durante o flagrante em Agrestina, houve a prisão de Gilmar Oliveira Brainer, um dos auxiliares administrativos que prestavam serviços na delegacia. Segundo o Sinpol, o falso policial civil também estaria escalado para trabalhar na delegacia durante o Carnaval. 

“Também temos registros de que esses profissionais já haviam trabalhado na delegacia em datas anteriores à festividade”, explicou Cisneiros. “No momento do flagrante houve um homicídio, mas só havia um agente de fato na delegacia. Isso leva ao fato de que muitas das delegacias em Pernambuco não têm efetivo suficiente”, criticou o presidente do Sinpol.

Questionada sobre a denúncia feita pelo Sinpol, a Polícia Civil afirmou que irá investigar a situação descrita pelo Sindicato e, em caso de comprovação, serão tomadas as providências cabíveis para evitar o exercício irregular da profissão.

 

Mediante as declarações realizadas pelo presidente do Sindicato dos Agentes e Servidores do Sistema Penitenciário (Sindasp-PE), Nivaldo Oliveira, - publicadas nos últimos dias -, a Bancada de Oposição ao Governo do Estado, na Assembleia Legislativa de Pernambuco considerou gravíssimas e exige posicionamento do Governo.   

De acordo com os parlamentares, a informação de que os diretores dos presídios “negociam tranquilidade” com “os cabeças” dos detentos e de que desde os últimos conflitos nenhuma revista foi feita nas unidades, merecem uma resposta firme do Governo do Estado. “O que vimos foi a Secretaria Executiva de Ressocialização se limitar a informar que o Estado já anunciou ações de curto, médio e longo prazos. Queremos que haja uma resposta clara e direta aos fatos relatados”, solicita Silvio Costa Filho (PTB), conforme informações da assessoria de imprensa.

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O petebista questiona também se as ações estão realmente sendo tomadas pela gestão estadual. “Ficamos sabendo, por exemplo, que um detento foi agredido a machadadas e está hospitalizado com afundamento craniano. É de espantar também a informação de que não foi feita nenhuma revista para apreender armas, mesmo depois dos conflitos e mortes da última semana”, alertou.

De acordo com a oposição, no início de fevereiro a Bancada de Oposição convocará uma audiência pública com o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, para que o Governo do Estado possa explicar o atual quadro de calamidade no sistema prisional de Pernambuco. Confira na íntegra artigo exposto pelo presidente da Sindasp-PE.

"Não dá mais para segurar.

Insatisfeitos, os agentes penitenciários realizam na próxima quinta-feira (29.01) uma Assembléia (sic) Geral para discutir o futuro da categoria. O evento acontece a partir das 17h no auditório do Círculo Católico, Boa Vista. A situação do complexo continua tensa, a falta de efetivo foi maquiada pela pressão da SERES que segundo os agentes foram obrigados nos dias de folga a fazerem o reforço durante a visita.

Tal fato além de constituir assedio moral é um desrespeito a lei que garante ao trabalhador sua folga. Durante a visita nas unidades do complexo e no presídio Prof. Barreto Campelo o clima foi muito tenso obrigando a direção a negociar com “os cabeças de área”, comandos de presos, que ficassem quietos, havia a ameaça do haver nova rebelião e invasão da permanência . Quietos não é sinônimo de controle, pois desde o início o secretário e juiz negociaram com os presos deixando a situação de segurança cada vez mais frágil.

O estado não controlou a rebelião fez um acordo com os presos e tolheu completamente o trabalho da segurança realizado pelos agentes penitenciários que estão acuados de um lado pelos presos, que estão comandando a cadeia, e por outro pela seres que desautorizou a segurança e gerentes de unidades quando não providenciou reforço real para o efetivo, não efetivou uma revista a fundo para desarmar os presos nem completou com policiais militares as guaritas que estão desativadas.

Tal situação ao chegar distorcida para a população dá a impressão equivocada da omissão dos agentes penitenciários. O que de fato ocorre é que o estado está refém dos presos e os agentes sem efetivo, sem equipamento e lançados a sua própria sorte. Temos notícias de que uma das unidades do complexo depois da rebelião os agentes ao tentarem adentrar a unidade foram recebidos a bala, o que deixa claro que existem outras armas dentro do sistema, principalmente pela ausência de guaritas ativadas. Não existe polícia virtual.

Estamos buscando os últimos números do efetivo das unidades para repassar o efetivo necessário em cada unidade. Os 132 agentes que seriam contratados imediatamente ainda não o foram, os 150 aptos para fazer academia não tem previsão de convocação, e os mais de mil concursados aptos a participarem das etapas do concurso permanecem no limbo. Enquanto isso pessoas morrem e o estado prova a sua incompetência."

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), se reúne, neste sábado (3), com o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, para traçar as novas metas do Programa Pacto Pela Vida, carro chefe da gestão dos ex-governadores Eduardo Campos e João Lyra Neto, ambos do PSB.  O encontro será realizado na sede da Secretaria de Planejamento (Seplag), na Rua da Aurora, no Recife.

A necessidade de reestabelecer o programa é justificada na decaída dos números obtidos pelo Pacto. Apesar de premiado internacionalmente, a iniciativa começou a apresentar falhas em 2014 e não obteve o resultado esperado pelos gestores. 

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Além de Carvalho, outros secretários também são esperados para a reunião. "Não se faz política de segurança apenas com a Secretaria de Defesa Social. Todos os secretários têm a sua cota de contribuição e de responsabilidade com esse tema", argumentou Câmara. 

Nessa sexta (2), o governador deu posse aos novos comandos das polícias do estado. Câmara nomeou o Coronel Antônio Francisco Pereira Neto, para a Polícia Militar; o delegado especial Antônio Barros, para a chefia da Polícia Civil; a perita Sandra Maria, para a chefia da Polícia Científica; e reconduziu o comandante do Corpo de Bombeiros, Coronel Manoel Francisco Cunha. 

No ato, Paulo Câmara afirmou que cuidará pessoalmente da segurança pública. "Seguiremos o exemplo do ex-governador Eduardo Campos. Eu assumo, também, pessoalmente, a política de segurança, junto com o secretário de Defesa Social e todos os comandos. Queremos resultados imediatos. É uma área que não podemos descansar nenhum minuto e nenhum dia. E não vamos descansar", pontuou.

 

Diante dos resultados do Programa Pacto pela Vida em 2014, apresentados pela Secretaria  de Defesa Social (SDS), esta sexta-feira (26), a bancada de oposição ao Governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), divulgou nota questionando a eficácia do programa. De acordo com o documento, o programa de segurança pública não atingiu as metas propostas pelo então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, durante o lançamento do mesmo, em 2007 (redução de 12% ao ano). Os índices deste ano ainda servem como base para novas criticas, pois foi registrado aumento de 8,73% em Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) no Estado.

“Este índice, que torna oficial o clima de insegurança experimentado por toda a sociedade pernambucana, seja no interior ou na Região Metropolitana do Recife, mostra que o Pacto pela Vida necessita ser urgentemente requalificado e aperfeiçoado, ampliando inclusive seu raio de alcance para outras modalidades de crimes, a exemplo do combate às drogas e a violência contra as mulheres”, informou a nota.

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Segundo a bancada de oposição, a justificativa apresentada pelos integrantes do Executivo, para o crescimento dos números de CVLI, não foi satisfatória, por isso pretendem promover audiência pública para que o Governo do Estado apresente um balanço dos resultados obtidos desde a criação do Pacto pela Vida. “Na volta do recesso parlamentar, a bancada de oposição na Assembleia Legislativa convocará uma audiência pública para que o Governo do Estado apresente um balanço dos oito anos do programa e que a sociedade pernambucana seja devidamente informada das causas que têm comprometido a eficácia do Pacto pela Vida e levado a este aumento da criminalidade”. 

Os mais de 32 mil homicídios cometidos pela polícia do país durante 15 anos refletem a situação de violência e exposição da sociedade brasileira. De acordo com levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), os agentes foram responsáveis pela morte de cerca de seis pessoas por dia entre 1999 e 2013. O Fórum ainda registrou mais 11.197 óbitos provocados pelos policiais nos últimos cinco anos, mais do que a polícia americana durante trinta anos. 

De acordo com análise realizada pelo FBSP em 2013, 2010 foi o ano mais crítico na comparação entre as mortes durante confrontos com as polícias brasileiras e norte-americana. No ano em questão, 2.031 pessoas foram mortas no Brasil, enquanto nos Estados Unidos o número foi de 397.

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Em Pernambuco, os números são menos gritantes. Entre 2004 e 2012, o número de pessoas mortas em confronto com policiais civis e militares não ultrapassa a marca dos 40. O Estado é uma das oito unidades da federação que tiveram os dados de letalidade policial considerados de alta qualidade de acordo com o grau de transparência. As demais unidades da federação não puderam ter a validação dos dados, o que aumenta a possibilidade de o número de mortes registradas ser ainda maior. 

Diante desse cenário, entidades como o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) recomendaram, em 2012, o fim da polícia militar no país. A solicitação tinha o objetivo de evitar ou minimizar o número de homicídios. Apesar de o pedido ter sido negado, a a discussão sobre a desmilitarização da polícia ainda é recorrente. 

“Há muitas controvérsias em relação a como operacionalizar a extinção ou mesmo a unificação das polícias, o que exige adequar o que já existe, inclusive garantindo-se os direitos dos policiais que atuam em tais corporações, quanto a uma gradativa alteração. Mas é fato que a polícia, principalmente militar, tem sido a grande responsável pelo aumento dos homicídios” diz a assistente social Aurea Fuziwara, membro da base do Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo. 

Ainda segundo Fuziwara, a ideia de que a violência é causada apenas por “bandidos” ou policiais mal preparados é responsável por fomentar a lógica de maior penalização. “Neste contexto, o crescimento de leis penais endurecidas, o clamor pela pena de morte e redução da maioridade penal são manifestações da lógica que mascara a realidade com propostas inconsistentes de melhoria da sociedade”, completa. 

A polícia procura três presos que foram resgatados na manhã desta segunda-feira, 8, do Centro de Progressão Penitenciária (CPP), de Franco de Rocha, na Grande São Paulo. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), criminosos armados de fuzis AR-15 e 7.62 chegaram em um carro branco na unidade, atirando contra uma guarita de segurança da unidade.

Durante o tiroteio, os detentos pularam o muro da unidade. Ainda segundo a SAP, um dos agentes penitenciários teve ferimentos causados por estilhaços dos disparos. Ele foi socorrido e passa bem. Após a fuga, funcionários da prisão fizeram uma revista dentro do CPP e encontraram 13 cápsulas dos fuzis utilizados pelos criminosos.

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Os centros de progressão penitenciária são para presos que cumprem as penas no regime semiaberto. O CPP de Franco da Rocha tem capacidade para 1.738 detentos, mas segundo a SAP está superlotado, com 2.125 detentos - 81% acima da capacidade.

A secretaria disse que acionou a PM assim que houve e a fuga e o Centro de Intervenção Rápida (GIR) da pasta, para identificar os fugitivos. A SAP disse que "estranha a ação de resgate, pois os presos do regime semiaberto têm direito a cinco saídas temporárias por ano e podem realizar trabalhos em empresas e órgãos externos".

Foi aprovada na noite desta quarta-feira (3) no plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), a proibição do uso de bala de borracha pela polícia em manifestações. A proposta, apresentada pelo líder da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Alesp, João Paulo Rillo, segue agora para a sanção ou veto do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

"É a maior conquista dos movimentos sociais nos últimos anos. O direito à livre manifestação é um imperativo da lei. O fato de jornalistas perderem a visão durante as manifestações de junho obrigou a Casa a dar uma resposta à altura", disse Rillo.

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A decisão ocorre um mês depois que uma liminar do Tribunal de Justiça, que já proibia o uso do artefato, foi derrubada. No início de novembro, o desembargador da 3.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça Ronaldo Andrade, cassou a liminar que proibia a Polícia Militar de São Paulo usar balas de borracha durante manifestações. À época, o comandante-geral da PM, coronel Benedito Roberto Meira, concordou com a decisão do TJ. Segundo relato do coronel em novembro, a bala de borracha é uma ferramenta que não oferece riscos à integridade física das pessoas.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou na manhã desta quarta-feira, 03, proposta de emenda à Constituição (PEC) que incluiu a segurança pública no rol das obrigações compartilhadas entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios. A proposta, de autoria do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), será enviada para análise do plenário da Casa e, se for aprovada, seguirá para análise da Câmara dos Deputados.

A PEC tem por objetivo deixar claro que também compete à União a responsabilidade pela segurança pública. Na justificativa à proposta, Ferraço argumentou que a medida corrige a omissão da Constituição de 1988, ao mesmo tempo em que dá ao poder federal competência para legislar sobre o tema.

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"Assim, para explicitar na Constituição o compromisso de todos os entes federados com a segurança pública, esperamos contar com o apoio dos nobres pares para a aprovação desta PEC", defendeu Ferraço.

Em seu parecer, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que também preside a CCJ, manifestou-se a favor da medida. Vital disse que a PEC é meritória por "extirpar quaisquer dúvidas existentes a respeito da competência comum de todos os entes da federação brasileira no que tange à garantia da segurança pública, além da respectiva competência concorrente para legislar sobre a matéria".

Tanto autor como relator lembraram que, pela Constituição, a segurança pública é dever do Estado e responsabilidade de todos, sendo exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Tal responsabilidade compartilhada se dá pelas polícias federal, rodoviária federal e ferroviária federal, de competência da União, além de policiais civis, militares e corpos de bombeiros militares, de competência dos Estados e do Distrito Federal. Nos municípios, a responsabilidade é das guardas municipais.

O líder do PT no senado, Humberto Costa, destacou nesta quinta-feira (27), durante seu discurso no plenário da casa, a importância da Força Nacional de segurança para o país. Ele lembrou que o grupo trabalha na realização de bloqueios em rodovias, atuação em grandes eventos públicos de repercussão internacional, em desastres e catástrofes e ações de polícia judiciária. 

“A Força buscou inspiração no modelo da ONU de intervenção de paz para a resolução de conflitos e, nessa década de existência, consolidou no seu espírito e nas tarefas que executa o lema que adotou para si: o de ‘preparados para tudo’. A Força Nacional mostra-se absolutamente imprescindível ao funcionamento do nosso sistema de segurança pública”, afirmou Humberto. 

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Criada pelo então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, o grupo completa 10 anos de existência no próximo sábado (29), com um grupo de aproximadamente mil profissionais e com atuação em 16 estados e no Distrito Federal. Humberto lembrou que a força já auxiliou no combate de rebeliões em estados como Mato Grosso do Sul e Espírito Santo 

Para o senador, o grupo forma um dos mais importantes programas de cooperação na área de segurança pública do país entre o governo federal e estado, que já obteve sucesso em várias localidades onde havia risco de desordem. “No primeiro semestre deste ano, foi acionada também para atuar no meu Estado de Pernambuco com a finalidade de assumir a segurança nas ruas, juntamente com o Exército, em um momento sensível de greve dos policiais militares do Estado”, ressaltou.

A Força Nacional de Segurança é formada por bombeiros militares do Grupamento de Busca e Salvamento, policiais militares e civis e de perícia, entre outras categorias. Em Brasília, há um contingente permanente mínimo de 500 profissionais de segurança para emprego imediato em qualquer lugar do país.

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Falta de estrutura e de efetivo: esse é o principal motivo dos problemas do sistema prisional do Estado, segundo o presidente do Sindicato dos Agentes, Servidores, Empregados e Contratados no Sistema Penitenciário de Pernambuco (SINDASP/PE), Nivaldo de Oliveira Júnior. Ao sair da Colônia Penal Feminina do Recife após o levante das detentas nesta quarta-feira (19), o presidente do SINDASP também criticou a superlotação das unidades prisionais.

"O Estado tem sido omisso com as penitenciárias. São somente 1.450 agentes para 32 mil presos em Pernambuco. Isso acontece porque o Estado brinca de fazer segurança pública", pontuou Nivaldo. Segundo ele, as condições insalubres dos presídios prejudicam não só a ressossialização dos detentos, mas também o trabalho dos agentes.

Na Colônia Penal do Bom Pastor, segundo o presidente do SINDASP, há somente seis agentes nos plantões de 24 horas. Segundo ele, durante a rebelião desta quarta, uma das agentes teria sido pega pelas detentas, mas não sofreu ferimentos. Na última terça, uma agente também teria sido agredida por uma das detentas.

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Sem abrir mão das críticas às principais adversárias nestas eleições, o candidato da coligação Muda Brasil à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB), apresentou as propostas para a segurança pública do Brasil. No guia eleitoral desta terça-feira (16), ele propôs a reforma no código penal com redução da maioridade penal e esforço conjunto entre as esferas de governo.

O tucano voltou a criticar a gestão de Dilma Rousseff (PT). “Ela sempre procura uma desculpa, um culpado, para justificar aquilo que ela não resolveu. É assim na economia, é assim na saúde, e pior ainda: tem sido assim na segurança pública. Nesse assunto, a gente não tem que ficar discutindo nem transferindo responsabilidades. A gente tem que agir e agir com firmeza”, ressaltou. Para ele, a segurança precisa ser uma preocupação da União, dos Estados e dos municípios. Na semana passada, ele visitou, inclusive, o Programa Detecta, sistema inteligente de monitoramento de crimes no estado de São Paulo, acompanhado pelo governador e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB).

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Entre as propostas do presidenciável está a reformulação do Código Penal. O objetivo, segundo ele é “terminar com essa história de bandido entrar na cadeia por uma porta e, no dia seguinte, sair pela outra, sem pagar pelo que fez”. Para isso, ele defendeu a aprovação do projeto apresentado ao Congresso Nacional pelo candidato a vice-presidente da coligação, o senador Aloysio Nunes, que reduz a maioridade penal em casos de crimes graves.

“A nossa proposta mantém a regra geral da maioridade penal a partir dos 18 anos. Mas em situações muito graves, os chamados crimes hediondos, nós queremos que, a partir dos 16 anos, o jovem possa ser julgado como adulto e, se for condenado, vai cumprir pena em presídios especiais”, explicou Nunes. Para ele, o Estatuto da Criança e do Adolescente é uma Lei justa, mas que não é suficiente em todos os casos.

Ele citou o caso do adolescente do Distrito Federal que assassinou a namorada com um tiro no rosto, dois dias antes de ele completar 18 anos. O crime, inclusive, foi filmado e compartilhado por uma rede social. “Como ele só faria 18 anos dois dias depois do assassinato, ele foi julgado como menor e vai ficar, no máximo, três anos internado numa instituição socioeducativa. Você acha isso justo? Eu não acho”, disparou.

Críticas

Em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, Aécio Neves não tem poupado as adversárias Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB). No guia eleitoral, por exemplo, os apresentadores questionam as promessas de campanha da petista dizendo que ela “não fez antes e diz que vai fazer agora”. Já em relação à Marina, a coligação destacou que ela integrava o PT no período do escândalo do mensalão e que a agora socialista é “Dilma com outra roupa”.

Ao avaliar os recentes episódios de violência em centros prisionais de vários estados do País, o representante para a América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos (Acnudh), Amerigo Incalcaterra, disse nesta sexta-feira (29) que o Brasil precisa rever sua política criminal baseada “no uso excessivo da privação de liberdade como punição a crimes”.

A reação do organismo da ONU, cuja representação para a América do Sul está instalada em Santiago, Chile, ocorre em semana na qual morreram oito internos em situações de violência em presídios do Paraná, de Minas Gerais e do Maranhão.

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“Não é admissível que, no Brasil, a violência e as mortes dentro das prisões sejam percebidas como normais e cotidianas. As autoridades brasileiras devem reagir com urgência para construir um sistema carcerário respeitoso da dignidade humana, com envolvimento de todos os poderes do Estado e em conformidade com os compromissos e obrigações internacionais do país”, disse Incalcaterra.

O representante da ONU cobrou apuração “rápida e imparcial” das autoridades brasileiras dos crimes cometidos dentro das cadeias e reforçou ainda “ser urgente” a implementação de treinamentos, com ênfase em políticas de direitos humanos, para todos aqueles que atuam no sistema penitenciário.

“Ficamos consternados com o nível de violência observado recentemente nos presídios brasileiros. Infelizmente, esses não são fatos isolados, ocorrem com frequência em inúmeros centros de detenção em todo o país”, lamentou.

O pronunciamento fez referência às cinco mortes, sendo duas por decapitações, durante rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel (PR), além dos dois motins que resultaram em duas mortes, em Minas Gerais, e a 14ª morte, em 2014, no Complexo Penitenciário de Pedrinha, no Maranhão, ocorrida na noite da última quarta-feira (27).

“Superlotação, condições penitenciárias inadequadas, torturas e maus-tratos contra detentos são uma realidade em muitos presídios do Brasil que também contribuem para a violência e constituem em si uma grave violação aos direitos humanos”, criticou.

Um dia depois de ser cobrada no debate da rede Bandeirantes por problemas na segurança pública, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que vai enviar ao Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para alterar o papel da União na questão e, segundo ela, tornar permanente a cooperação entre as forças de segurança que ocorreu durante a Copa do Mundo. "Iremos enviar (a proposta) o mais rápido possível, nas próximas semanas", disse Dilma em coletiva de imprensa no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.

A presidente não deu detalhes sobre o projeto. Disse que ele não implicará, por exemplo, em alterações das funções das Forças Armadas, que continuarão fazendo ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) quando necessário. "O que queremos é que se possa construir uma política nacional comum em que, além de repassar (recursos) ou fazer parceria pontual, tenhamos também como nos responsabilizar pelos procedimentos nacionais e como unificar as ações", declarou.

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Exemplo

A presidente disse que é "impossível" que o Brasil continue atuando na questão da segurança pública de forma fragmentada, sem interação entre as instituições estaduais e federais de segurança. Citou como exemplo de sucesso as operações conjuntas da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal e Forças Armadas durante o Mundial de Futebol e prometeu instalar Centros de Comando e Controle em todos as capitais do País - esses centros existem hoje nas cidades que sediaram o evento esportivo. "O que muda é a padronização, a integração e o direito de agir de forma integrada", disse. "A União não pode mais ficar sem presença nessa área".

Questionada se a proposição viria acompanhada de algum fundo para aumentar o caixa disponível para a área, Dilma disse acreditar que "é possível fazer muito" com os recursos disponíveis hoje. Dilma também foi perguntada sobre os constantes contingenciamentos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), dinheiro que deveria ser repassado aos Estados para a construção e modernização de presídios. Ela disse que o governo federal disponibilizou R$ 1 bilhão para os Estados investirem em penitenciárias e que nenhuma nova unidade deixou de ser feita por falta de dinheiro.

Questionada se concordava com a desmilitarização da Polícia Militar, a presidente disse que não é sua atribuição se manifestar a respeito. "Não me cabe isso, cabe ao governador", disse. Ela também afirmou que "não acha que a Polícia Civil tenha de ser militarizada".

JOÃO PESSOA (PB) - A segurança pública da Paraíba deverá antecipar o reforço de policiamento nas ruas do estado, buscando resguardar as Eleições 2014. O pedido de antecipação foi feito pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), nesta quinta-feira (21).

O Presidente do TER-PB, desembargador Saulo Benevides, se reuniu com representantes das Policias Militar, Civil, Rodoviária Federal e Federal e entregou um documento elaborado com base nos relatórios dos juízes das 77 zonas eleitorais. Outra reunião será realizada na próxima semana, quando a Secretaria de Segurança apresentará o plano a ser colocado em prática.

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A previsão inicial é que cerca de 4.500 homens da PM e 900 da PC componham o reforço nas principais cidades paraibanas, como Campina Grande, Santa Rita e Patos. As polícias já trabalharam juntas nas Eleições 2012. Já a Policia Federal deve instalar 25 postos de atuação no interior do Estado. 

A reunião aconteceu com as presenças do superintendente da Polícia Federal, Nivaldo Farias, do superintendente substituto da Polícia Rodoviária Federal, inspetor Lucas Lucena, do Secretário de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima, do comandante da Polícia Militar, coronel Euller Chaves, do superintendente da Polícia Civil, Carlos Alberto Ferreira da Silva, do vice-presidente do TRE, desembargador João Alves, do corregedor, juiz Tércio Chaves de Moura, e do procurador eleitoral, Rodolfo Alves.

JOÃO PESSOA (PB) - A Guarda Municipal de João Pessoa não irá utilizar armas letais, como possibilitou a Lei 13.022/2014, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, e publicada no Diário Oficial da União da última segunda-feira (11). A afirmação é do Secretário Municipal de Segurança Urbana e Cidadania, Geraldo Amorim.

Segundo o Secretário, não há necessidade deste tipo de armamento na capital paraibana. “A Guarda Municipal trabalha com a prevenção, usando as armas de defesa, que são suficientes para o desempenho das funções”, explicou.

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Geraldo Amorim salientou, no entanto, que existe um prazo de dois anos para adequação, garantindo assim o direito de que os guardas possam ser capacitados neste período. “É, sem dúvida, um avanço. A conquista desta lei é um passo importante para a segurança”, acrescentou.

O Secretário considera a Lei como uma municipalização da segurança pública, hoje de responsabilidade do Estado e da União. “Seria o caso de formar um convênio com a segurança federal para realizar um trabalho de cunho policial”, afirmou.

O texto da lei, de autoria do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), diz que “aos guardas municipais é autorizado o porte de arma de fogo, conforme previsto em lei”. A lei citada é o Estatuto do Desarmamento, que diz que as guardas das capitais e dos municípios com mais de 50 mil habitantes poderão usar armas de fogo, desde que sejam capacitadas.

Atualmente, em João Pessoa, são utilizadas as armas não letais, como as de condutividade elétrica, escudos e sprays de pimenta. Em pesquisa divulgada em janeiro, João Pessoa foi considerada a nona cidade mais violenta do planeta, com uma taxa de 66,92 assassinatos por 100 mil habitantes.

JOÃO PESSOA (PB) - O governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) mudou todo o quadro de diretores do Presídio PB1, da Penitenciária Desembargador Francisco da Nóbrega e da Penitenciária João Bosco Carneiro, além da Academia de Ensino da Polícia Civil (Acadepol). As alterações nos comandos estão publicadas na edição desta terça-feira (12) do Diário Oficial do Estado (DOE).

São, ao todo, 48 exonerações, sendo a maior parte formada por diretores. Ele ainda promoveu troca de nomes nas Secretarias de Educação e Desenvolvimento humano, já nomeando os substitutos.

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A Secretaria de Comunicação Institucional do Estado não informou o motivo para todas as mudanças. Em outros momentos de substituições, Coutinho explicou que o objetivo é motivar os servidores no desempenho de suas funções.

JOÃO PESSOA (PB) - A Paraíba homologou o Subsistema de Inteligência de Segurança Pública. A Lei Estadual de número 10.338/14, que foi conhecida como Lei da Inteligência, tem como objetivo agilizar o trabalho da polícia, interligando diversos órgãos.

Com o Subsistema será realizado, de forma permanente, o processamento de dados, para ampliar, integrar e aperfeiçoar o conhecimento das ações dos diversos órgãos de inteligência, no âmbito da administração pública estadual e federal. O trabalho está inserido no Sistema Brasileiro de Inteligência, que foi criado em 1999.

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“Com o sistema vamos criar uma doutrina de inteligência policial que possa articular e se comunicar entre os órgãos da Segurança Pública e assim interagir com outros órgãos como Receita Federal e Estadual, Ministério Público, explicou o secretário de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima. 

Será criado um banco de dados sistematizado, para reunir provas de materialidade que dê substância ao inquérito. Com a Lei, fica exigido o funcionamento de agências de inteligência voltadas para o exercício permanente e sistemático de ações especializadas na produção de conhecimentos para prever, prevenir e reprimir crimes. O Subsistema será formado por subsistemas correspondentes, como Inteligência da Polícia Civil, a Unidade da Polícia Militar e também o Sistema Prisional, o Corpo de Bombeiros e a Casa Militar.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a criticar duramente o sistema prisional brasileiro em palestra nesta quarta-feira (30), em São Paulo. Cardozo, que causou polêmica em 2012 ao afirmar que preferiria morrer a ficar preso em um presídio brasileiro, disse hoje que a política do aprisionamento não só não resolve, como aumenta o problema. "Nosso sistema prisional é medieval", afirmou Cardozo.

Cardozo disse que o atual sistema mistura presos de alta periculosidade com pessoas que não deveriam estar sequer presas, o que impossibilita a recuperação dos detentos. Para ele, a "cultura de aprisionamento" gera superlotação e formação de organizações criminosas.

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Ministro da Justiça desde o início do atual governo, Cardozo afirmou que a presidente Dilma Rousseff investe mais em segurança pública do que seus antecessores. Segundo dados citados por ele, Fernando Henrique Cardoso gastava, em média, R$ 1,2 bilhão por ano, Lula investia R$ 2,6 bilhões, enquanto Dilma destinou R$ 3,6 bilhões.

Apesar de ter admitido mais cedo que há falta de recursos para a segurança, ele ponderou outras necessidades que existem em um governo. "Política de segurança pública não se coloca fora da política econômica do Estado quando falamos de finanças", disse o ministro, que chegou a citar a necessidade de se fazer superávit primário. Mais cedo, ele havia criticado os que falam em aumentar investimento em segurança pública sem explicar como serão gerados os recursos.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, admitiu no final da trade desta quarta-feira (30), durante palestra em São Paulo, que faltam recursos para a segurança pública no Brasil. A declaração não foi dada em tom de crítica, uma vez que, segundo o ministro, faltam recursos para todas as áreas.

"Faltam recursos para a segurança pública, mas faltam recursos para todas as áreas. Esta é uma realidade que nós não podemos ignorar", disse Cardozo, ressaltando que o problema não atinge somente a esfera federal, mas também os Estados.

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Cardozo repudiou porém o que chamou de bravatas, promessas de investimentos sem a definição de como serão levantados os recursos. "Não se pode fazer bravatas sem consistência. Dizer que investirei bilhões sem dizer de onde tiro", afirmou durante palestra no 8º Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, na Fundação Getulio Vargas, na capital paulista.

Nos últimos dias, o principal candidato de oposição à Presidência, Aécio Neves (PSDB), tem feito acusações ao governo federal na área de segurança pública. Aécio chegou a dizer que o governo pratica "omissão criminosa na condução de política nacional de segurança pública". O ministro da Justiça, no entanto, não citou o nome de Aécio ou de qualquer outro adversário enquanto fazia a crítica.

Entre janeiro e junho, 317 pessoas foram mortas por policiais militares em serviço em todo o Estado de São Paulo, o maior número em um primeiro semestre desde 2003 (quando foram 399). O número supera até o emblemático primeiro semestre de 2006, época dos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) e consequente reação da PM, quando foram mortas 290 pessoas por policiais em atividade.

Os 317 mortos representam um aumento de 111,3% em comparação com o mesmo período do ano passado (150).

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Na capital, a alta foi ainda maior: 147% (de 66 para 163). Também foi o maior número de mortos pela PM no primeiro semestre desde 2003 (238) e supera o primeiro semestre de 2006 (151 mortos).

O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, disse que o aumento do total de mortos pela Polícia Militar tem de ser relativizado com o aumento de conflitos da polícia com criminosos. "Se você relativizar com o aumento do número de confrontos, que é justificado até pelo aumento dos roubos, o porcentual não está muito distante do passado, o que não nos dispensa de pesquisar as causas e trabalharmos para reduzir a letalidade."

Mas Grella não conseguiu detalhar a proporção do aumento desses confrontos. "Estamos pedindo até levantamentos para fazer estudos de caso, mas não estão concluídos."

Esses confrontos, no entanto, estão sendo mais letais para os criminosos. Na comparação entre os primeiros semestres de 2013 e deste ano, o número de policiais militares mortos em serviço caiu de 7 para 6 em todo o Estado e de 5 para 3 na cidade de São Paulo.

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