Tópicos | Tóquio-2020

A delegação de atletas olímpicos de Uganda, que chegou no último sábado a Tóquio para se preparar para os Jogos Olímpicos, foi colocada em quarentena nesta terça-feira pelas autoridades sanitárias do Japão devido a um caso positivo de infecção com o novo coronavírus.

Os oito atletas da equipe nacional do país da África, que acompanhavam o treinador, não identificado, que testou positivo para a Covid-19 na chegada ao Aeroporto Internacional de Narita, em Tóquio, foram considerados casos de contato e deverão ficar em quarentena até o dia 3 de julho.

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O treinador logo foi colocado em isolamento, enquanto que o restante da delegação de Uganda foi autorizada a se deslocar ao centro de treinamento de Izumisano, perto da cidade de Osaka, mas agora terá de cumprir quarentena.

"As autoridades médicas locais entrevistaram os oito membros e determinaram que eram casos de contato e pedimos que ficassem isolados até 3 de julho", explicou um responsável da cidade de Izumisano, acrescentando que está sendo estudada a possibilidade de poderem treinar ao ar livre, perto do hotel.

Este é o primeiro caso positivo de infecção pelo novo coronavírus em delegações olímpicas que já começam a chegar ao Japão para os Jogos Olímpicos, que acontecerão entre 23 de julho e 8 de agosto.

A equipe de softball da Austrália tornou-se a primeira delegação estrangeira a chegar ao Japão para a Olimpíada no início deste mês. Outros 14 remadores dinamarqueses também chegaram e viajaram para sua cidade anfitriã, localizada em Ogata, na província de Akita.

A halterofilista Laurel Hubbard vai ser a primeira atleta transgênero a competir nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, depois de ter sido selecionada nesta segunda-feira pela Nova Zelândia para a competição no Japão. A atleta de 43 anos, que nasceu Gavin Hubbard e foi homem até os 35, em 2013, vai competir na categoria 87 quilos e será também a mais velha levantadora de peso na Olimpíada.

Antes da mudança de gênero, Hubbard tinha competido em provas masculinas. "Estou grata e honrada pela gentileza e pelo apoio que me foi dado por tantos neozelandeses. Quando fraturei o braço há três anos, me aconselharam a parar a carreira esportiva. Os últimos 18 meses mostraram a todos que há força na irmandade, na comunidade, e em trabalhar em conjunto para um objetivo comum", disse a atleta, em um comunicado oficial do Comitê Olímpico da Nova Zelândia (NZOC, na sigla em inglês).

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Hubbard se tornou elegível para competir nos Jogos Olímpicos em 2015, quando o Comitê Olímpico Internacional (COI) emitiu diretrizes que permitem a qualquer atleta transgênero competir como mulher, desde que os seus níveis de testosterona estejam abaixo de 10 nanomoles por litro por pelo menos um ano antes da primeira competição.

O líder máximo da NZOC, Kereyn Smith, disse que Hubbard estava dentro dos critérios de seleção do COI e da Federação Internacional de Halterofilismo. "Reconhecemos que a identidade de gênero no esporte é uma questão altamente sensível e complexa e que requer um equilíbrio entre os direitos humanos e a justiça no jogo", expressou.

Também o governo neozelandês se pronunciou, deixando o apoio à atleta. "A Laurel é um membro da equipe olímpica da Nova Zelândia. Estamos orgulhosos dela, como estamos de todos os nossos atletas", afirmou o ministro do Esporte e da Recreação, Grant Robertson, em um comunicado oficial.

Depois de muita indefinição e especulação, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 e o governo do Japão tomaram uma decisão nesta segunda-feira sobre a presença de público nos locais de competição do evento que começará no dia 23 de julho. A Olimpíada terá o limite máximo de 10 mil espectadores em cada sede, mas com um alerta para a possibilidade de portões fechados em caso de aumento dos contágios de Covid-19.

Em um comunicado oficial, a organização explica que o limite será de 50% do local de competição, até o máximo de 10 mil espectadores. "Se houver uma mudança dramática na situação da infecção, talvez precisemos revisar a norma e considerar a opção de não ter espectadores nos locais de competição", disse Yuriko Koike, a governadora de Tóquio.

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Em março, os organizadores já haviam decidido vetar a presença de espectadores procedentes do exterior devido ao risco de saúde considerado muito elevado para a população japonesa, algo inédito na história olímpica.

Nesta segunda-feira, a reunião em Tóquio teve a presença de representantes de cinco instituições: o Comitê Organizador de Tóquio-2020, o governo japonês, o governo da cidade de Tóquio, o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês).

O Comitê Organizador de Tóquio-2020 afirmou ainda no comunicado oficial que a decisão sobre o número de torcedores nos Jogos Paralímpicos, que acontecerão de 24 de agosto a 5 de setembro, foi adiada para o dia 16 de julho.

Em uma mensagem enviada às autoridades japonesas no início da reunião, o presidente do COI, o alemão Thomas Bach, afirmou que a entidade apoiaria "totalmente a decisão que busca proteger da melhor maneira" a população japonesa e os participantes. Também reiterou que mais de 80% dos residentes da Vila Olímpica serão vacinados, assim como quase 80% dos jornalistas.

Neste final de semana, a governadora de Tóquio anunciou o cancelamento de seis "Fan zones", que seriam construídas para que o público acompanhasse nas ruas as competições da Olimpíada. A medida visa evitar aglomerações para reduzir oportunidades de contágio da Covid-19. "Para compensar, vamos usar ainda mais a web para criar uma atmosfera dos Jogos e divulgar várias informações culturais", disse Koike.

A governadora também anunciou a suspensão da visitação pública a instalações olímpicas, que passarão a ser utilizadas como centros de vacinação. Trabalhadores envolvidos na organização dos Jogos começaram a ser vacinados na última sexta-feira e a expectativa é que o processo seja acelerado para atingir o porcentual o mais alto possível antes do início do evento. "Acredito que são medidas necessárias, quando olhamos de diferentes perspectivas, para Jogos Olímpicos e Paralímpicos de sucesso", completou.

A técnica sueca Pia Sundhage anunciou nesta sexta-feira (18) a lista das 18 atletas convocadas para a seleção brasileira feminina de futebol na disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Entre as convocadas estão a meia-atacante Marta e a volante Formiga. Mas a atacante Cristiane, de 36 anos, ficou fora. É a primeira vez desde os Atenas-2004, na Grécia, que ela não disputará uma competição de nível global (Olimpíada e Mundial). A jogadora do Santos já não havia sido chamada para os últimos amistosos de preparação contra Rússia e Canadá.

"Normalmente, não respondo sobre jogadoras não chamadas, acho um insulto às que foram convocadas, mas vou falar em respeito à Cristiane. A Cristiane jogou diversos jogos com a seleção e fez muita diferença. Ela ajudou muito a equipe e hoje acho que haja outras jogadoras que vão ajudar a equipe a jogar um bom futebol", afirmou a treinadora de 61 anos.

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"Temos examinado de perto os jogos que ela tem feito recentemente e achamos que temos outras jogadoras que vão jogar um excelente futebol nos Jogos Olímpicos", resumiu Pia Sundhage na entrevista coletiva concedida logo após o anúncio da convocação.

As relacionadas pela treinadora sueca passarão por um período de treinamentos nos Estados Unidos antes do embarque para o Japão. Também foram chamadas quatro suplentes, que poderão substituir atletas cortadas por lesão.

Bicampeã olímpica com os Estados Unidos (Pequim-2008 e Londres-2012) e medalha de prata com a Suécia no Rio-2016, Pia Sundhage revelou que o primeiro objetivo da seleção é chegar às quartas de final do torneio. O grupo do Brasil tem China Zâmbia e Holanda. O confronto de estreia será contra a China, no dia 21 de julho, em Miyagi.

"Existem alguns excelentes times. Vou dizer mais uma vez que nas quartas de final tudo pode acontecer. Os Estados Unidos têm uma grande história e existem outras seleções. Mas ninguém é invencível e temos profissionais trabalhando para garantir que estejamos prontos para qualquer adversário. Essa é uma das chaves, estar preparada para os próximos passos", afirmou.

Para a treinadora, uma das maiores dificuldades para concluir a lista foram as lesões. "Todas as posições vão ser um pouco difíceis. Temos muitas possibilidades de ataque mas precisamos ganhar a bola juntas. Perdemos a Luana, e no todo foi difícil de lidar com algumas lesões. A conclusão é que as jogadoras vão atuar em diferentes posições. Isso vai ser chave", comentou.

Ao longo da preparação para os Jogos de Tóquio-2020, Pia Sundhage convocou 73 jogadoras - sendo 10 goleiras, 23 defensoras, 21 meias e 19 atacantes. Foram disputados 18 amistosos com 11 vitórias, cinco empate e apenas duas derrotas - para França e Estados Unidos.

Confira a lista de convocadas da seleção feminina para a Olimpíada:

Goleiras - Bárbara (Avaí/Kindermann) e Letícia (Benfica-POR)

Defensoras - Rafaelle (Palmeiras), Bruna Benites (Internacional), Erika (Corinthians), Poliana (Corinthians), Tamires (Corinthians) e Jucinara (Levante UD-ESP)

Meio-campistas - Formiga (São Paulo), Julia Bianchi (Palmeiras), Andressinha (Corinthians), Duda (São Paulo), Adriana (Corinthians), Marta (Orlando Pride-EUA) e Debinha (North Carolina Courage-EUA)

Atacantes - Bia Zaneratto (Palmeiras), Geyse (Madrid CFF-ESP) e Ludmila (Atlético de Madrid-ESP)

Suplentes - Aline Reis (UD Granadilla Tenerife-ESP), Letícia Santos (Eintracht Frankfurt-ALE), Andressa Alves (Roma-ITA) e Giovana (Barcelona-ESP)

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A seleção brasileira terá um líder no grupo que defenderá a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Em convocação anunciada na quinta-feira, o técnico André Jardine escolheu o lateral-direito Daniel Alves como um dos três jogadores acima da idade limite de 24 anos para a equipe. Experiente e multicampeão, o atleta do São Paulo relatou a emoção de ser convocado para buscar um dos poucos títulos que ainda não tem na carreira e reconheceu a responsabilidade por vestir a camisa do Brasil mais uma vez.

"É uma satisfação imensa, uma alegria tremenda poder estar representando o meu país de uma forma diferente e tão especial como a Olimpíada. Eu sonhava com um momento assim, bati na trave duas vezes e agora estou tendo a honra de ser chamado e poder fazer parte desse grupo, que vai defender a medalha. A responsabilidade é muito grande, mas é disso que a gente gosta: ter responsabilidades e desafios assim. Vestir a camisa da Seleção Brasileira significa muito para os jogadores, em especial para mim. Sempre vesti as cores do meu país, como o bom patriota que sou", declarou em vídeo publicado pelo São Paulo nas redes sociais.

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Daniel Alves também disse que um dos motivos de seu retorno ao Brasil era mostrar que poderia jogar em um clube e servir à seleção. Após a convocação para os Jogos de Tóquio-2020, o lateral-direito aproveitou para manifestar toda a sua gratidão ao São Paulo, que o proporcionou esta oportunidade.

"Um dos motivos pelos quais regressei ao Brasil foi tentar convencer as pessoas de que é possível chegar até a seleção brasileira jogando por um clube daqui. É sonho atrás de sonho, realizações atrás de realizações, isso fortalece o trabalho, a minha ideia de vir ao Brasil e poder fomentar isso. Nós temos de valorizar mais o nosso poder de ação, o nosso país e atletas, porque somos um povo especial. Poder vestir essa camisa, vestindo também a do clube com o qual sonhei, é ainda mais importante. Só tenho a agradecer ao São Paulo pela oportunidade de estar jogando aqui e poder representar o clube na Seleção. Isso é o que sempre sonhei e não tem como não estar feliz e lisonjeado", finalizou.

Campeã no Rio de Janeiro, em 2016, a seleção olímpica já sabe quais serão os seus primeiros passos rumo ao lugar mais alto do pódio em Tóquio. No Grupo D, o Brasil iniciará a sua trajetória em Yokohama contra a Alemanha, no dia 22 de julho. A segunda rodada será disputada no mesmo estádio contra a Costa do Marfim, no dia 25. O fim da fase de grupos será no dia 28 contra a Arábia Saudita, em Saitama.

O governo do Japão anunciou nesta quarta-feira que vai limitar a entrada de espectadores em eventos esportivos a um máximo de 10 mil pessoas, seja qual for a situação da pandemia do novo coronavírus no país em uma medida que pode abranger os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

A solução foi apresentada pelo ministro responsável da pasta do combate à covid-19, Yasutoshi Nishimura, e é apoiada pela comissão de especialistas que tem assessorado as autoridades japonesas.

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O limite de 10 mil espectadores nos locais de eventos esportivos estará em vigor entre julho e agosto, coincidindo com a organização dos Jogos Olímpicos, que será realizado entre 23 de julho e 8 de agosto, mas a organização de Tóquio-2020 ainda não definiu se permitirá a entrada de público nos locais de competição. Caso opte por essa situação, o acesso dos torcedores estará de acordo com as diretrizes do governo.

"É importante mantermos medidas rigorosas contra as infecções para evitar um aumento de casos, ainda mais levando em consideração que contemplamos uma propagação da variante Delta", declarou Nishimura a um comitê consultivo do governo que aprovou o plano.

O novo limite é mais específico do que o anterior, em que era possível a entrada de 5 mil espectadores ou 50% do total da capacidade das instalações esportivas, o que permitiria, antes deste novo "teto", que o estádio Olímpico de Tóquio, local das cerimônia de abertura e encerramento, tivesse 34 mil pessoas.

Esta medida é aplicada em todo o país, mesmo nas regiões fora do estado de emergência sanitária, como a que se vive atualmente em Tóquio.

Para o especialista da área da saúde, Shigeru Omi, um dos assessores do governo, esta proposta de 10 mil espectadores é "mais dura" e reflete o risco que existe na assistência massiva nos eventos esportivos.

Para os Jogos de Tóquio-2020, a expectativa é que saia uma decisão em relação aos espectadores japoneses até ao final deste mês, após a organização ter anteriormente comunicado o veto à entrada de visitantes estrangeiros durante o evento, como medida preventiva na propagação do novo coronavírus.

Takaji Wakita, que dirige o comitê consultivo governamental, alertou contra a possibilidade de um aumento de casos de covid-19 em um futuro próximo no país. "Quando o governo suspender o estado de emergência é importante que as restrições sejam retiradas de maneira progressiva", declarou nesta quarta-feira.

O Japão teve um impacto relativamente pequeno da covid-19, com pouco mais de 14 mil mortes, apesar de ter evitado os confinamentos drásticos. Mas o programa de vacinação avança de maneira muito lenta, com apenas 5% da população imunizada com duas doses até o momento.

A brasileira Etiene Medeiros está liberada para nadar os 50 metros livre nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Em uma decisão da Federação Internacional de Natação (Fina, na sigla em inglês), o resultado obtido pela atleta no Troféu Brasil de 2019 foi validado, após um pedido feito pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), uma vez que a nadadora pernambucana já estaria no Japão a fim de competir no revezamento 4x100 metros livre feminino.

O fato só foi possível porque o Troféu Brasil de 2019 estava dentro da janela olímpica estabelecida pela Fina, entre março daquele ano até o fim do período de classificação neste mês de junho. Àquela época, porém, a competição não era considerada como apta para que atletas obtivessem índices olímpicos oficiais perante a entidade.

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"Já sabia desta possibilidade de nadar os 50 metros livre, bem como eu poderia ser considerada apta para os 100 metros costas também. Estava ciente também de que deveria haver este caminho para fazer junto com a CBDA e a Fina. Que bom que conseguimos, pois isso representa não só mais uma mulher brasileira em uma prova individual, como também mais um atleta do Brasil nadando outra prova individual em Tóquio", destacou Etiene.

"Não vejo isso como um feito individual, ou seja, a Etiene Medeiros irá nadar isso ou aquilo. Mas, sim, como mais uma oportunidade de o Brasil competir em uma prova, principalmente porque é uma disputa que eu amo nadar e por eu ter sido finalista nessa distância em 2016, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro", complementou a pernambucana, atleta do Sesi-SP e integrante do programa olímpico da Marinha do Brasil.

Treinador de Etiene há nove temporadas, período que a nadadora integra a equipe de natação do Sesi-SP, Fernando Vanzella também valorizou o fato dela estar apta para competir nos 50 metros livre. "Estamos na reta final para os Jogos de Tóquio, a pouco tempo de concretizar esse ciclo olímpico, que foi muito duro e ainda se estendeu por um ano. Ficamos felizes com a possibilidade de a Etiene nadar os 50 metros nado livre, uma vez que ela fez esse índice dentro da janela de oportunidade que a FINA permite aos atletas", avaliou Vanza, como é conhecido.

"Como todos sabem, não foi na seletiva olímpica do Rio de Janeiro, mas lá a Etiene classificou-se para estar em Tóquio no revezamento. Como já tinha esse tempo em uma competição válida, uma vez estando na seleção olímpica brasileira, ela poderá nadar em Tóquio. Vai ser muito bom para ela, pois treinou quase cinco anos para isso. A possibilidade de nadar mais provas, é um fator muito importante na carreira dos atletas. Ela tem tudo para nadar bem os 4x100 metros livre no primeiro dia e depois tentar repetir o feito de 2016, sendo finalista", conclui o treinador.

A programação visando Tóquio-2020 tem neste mês a viagem para Europa no próximo dia 22, quando Etiene embarca para Roma, na Itália, onde irá competir no Torneio Internacional de Natação Sette Colli. Em seguida, ela viaja para Rio Maior, em Portugal, onde fará um "training camp". A previsão de viagem para o Japão é no dia 12 de julho, quando começa o período de aclimatação, até seguir para a Vila Olímpica no dia 19. O retorno para o Brasil está previsto para o início de agosto.

A seleção brasileira feminina de futebol entrou em campo nesta semana pela última vez antes da convocação oficial para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. O último teste do Brasil foi diante do Canadá, na Espanha, em um jogo sem gols. A técnica sueca Pia Sundhage falou sobre a expectativa para a lista de convocadas, que será anunciada nesta sexta-feira (18).

Para essas duas partidas amistosas na Espanha - o primeiro foi a vitória por 3 a 0 sobre a Rússia, na última sexta-feira -, Pia Sundhage levou 25 atletas, mas agora só poderá chamar 18 jogadoras e quatro suplentes.

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"Sobre as Olimpíadas, eu não acho que jogaremos com atletas iguais nos três jogos. Isso não é possível. Nós temos apenas dois dias pra se recuperar, mas espero que tenhamos a mesma ou quase a mesma convocação. Eu acho que todas as jogadoras são importantes, incluindo as do banco. São elas que usaremos para mudar o jogo e estou muito feliz com algumas delas", afirmou.

Pia Sundhage elogiou a defesa da equipe e também o ritmo e a velocidade dentro de campo, embora tenha ressaltado que alguns pontos precisam ser melhorados para a disputa dos Jogos Olímpicos, como as finalizações no ataque.

"Eu acho que somos boas no jogo aéreo, se você olhar para o Canadá verá que elas também são boas nisso, e nós conseguimos fazer um bom jogo. Eu gostei da nossa organização, energia e atitude. Nós não demos muitas chances pra elas, e isso é difícil, tivemos essa confiança de que não demos tantas chances de gol. Acho que fomos muito bem na defesa e ganhamos muita confiança com isso. Sobre o ataque, eu acho que precisamos criar chances no meio-campo e, algumas vezes, faltou essa conexão, mas, quanto mais treinarmos mais aperfeiçoaremos isso", declarou.

Em um ano e 11 meses de trabalho, Pia Sundhage comandou a seleção em 18 jogos, somando 11 vitórias, cinco empates e três derrotas. Também teve a oportunidade de contar com o grupo para períodos de treino em quatro oportunidades. Ao todo, foram 12 convocações anunciadas pela treinadora. Essa será a primeira competição oficial pelo Brasil.

Dona de duas medalhas de ouro e uma de prata como técnica, Pia Sundhage terá a missão de comandar o Brasil em busca do ouro inédito. Ao longo desta caminhada, a sueca deu oportunidade para 74 atletas em convocações e jogos-treinos. Além disso, esteve atenta às competições brasileiras e da Conmebol, seja adulta ou de base.

A estreia do Brasil nos Jogos Olímpicos será no dia 21 de julho diante da China, em Miyagi. Na sequência, a seleção feminina encara a Holanda, no dia 24, também em Miyagi, e fecha a fase de grupos contra a Zâmbia, em Saitama, no dia 27.

Sem competir há 20 meses, desde o Mundial de 2019, por causa da paralisação provocada pela pandemia do novo coronavírus e de uma contusão, Flávia Saraiva vai ter um teste antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Desfalque no Pan-Americano de ginástica artística, realizado na semana passada no Rio de Janeiro, a ginasta do Flamengo se recuperou de uma lesão no tornozelo e vai voltar às competições na etapa de Doha da Copa do Mundo, entre os dias 23 e 26 deste mês.

"Assim que eu me machuquei, já pensei: 'acabou para mim'. Mas surgiu a oportunidade de competir, daqui duas semanas, na Copa do Mundo. Então vou poder competir, tirar esse nervosismo antes da Olimpíada. Talvez eu não participe do solo, mas consegui competir bastante em 2019 e vou com tudo (para Tóquio-2020). Estou treinando bastante para isso", disse a ginasta em entrevista coletiva na terça-feira.

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"Estou muito animada, ainda mais voltando da lesão. Então estou voltando com a 'faca no dente' porque quero representar muito bem o meu país e o Flamengo. Primeiramente não vou pensar em medalhas, mas sim nas finais. Então vou para pegar três finais, no individual geral, trave e solo. E depois, ir com tudo", afirmou Flávia.

A ginasta participou de uma entrevista coletiva na sede do Flamengo ao lado de Guilherme Kroll, vice-presidente de esportes olímpicos do clube rubro-negro, e das colegas Rebeca Andrade, Jade Barbosa e Lorrane Oliveira. Flávia e Receba se mostraram ansiosas em competir com a americana Simone Biles, americana de 24 anos que é considerada uma das maiores da história do esporte.

"Competir com ela (Biles) vai ser incrível, sou fã dela. É o maior fenômeno da ginástica dos últimos tempos. Poder estar em um ciclo com ela é melhor ainda. Estou muito animada e estou voltando de lesão agora, então estou voltando com a faca no dente porque quero representar bem o Brasil e o Flamengo", completou Flávia.

A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) anunciou no fim de semana que a equipe do revezamento 4x100 metros livre feminino está confirmada nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Desta forma, a pernambucana Etiene Medeiros vai para a sua segunda Olimpíada e competirá ao lado de Stephanie Balduccini, Ana Vieira e Larissa Oliveira. A confirmação chega em boa hora para a nadadora, que nesta terça-feira tomou sua segunda dose da vacina contra a covid-19, e acelera os treinamentos para competir na Itália ainda em junho.

"Confirmou-se a classificação e isso me deixa muito mais tranquila. Depois da seletiva tivemos esse tempo esperando a repescagem terminar e assim confirmar a vaga, por conta de algumas competições principais que ainda estavam por acontecer. Agora carimbamos a vaga e tenho mais uma oportunidade de nadar bem nesta competição", comentou Etiene.

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"Chegamos a 2021, um ano que está sendo bem difícil, após a temporada passada que também não foi fácil. Eu vejo os Jogos Olímpicos como um momento de esperança para o mundo. De trazer alegria, de uma certa forma, para a população toda. Para mim, é uma grande oportunidade. Nadar a segunda Olimpíada da minha carreira, é uma gratidão imensa. Não é fácil classificar-se para a Olimpíada, principalmente num ano tão atípico. Quando vemos que deu certo, bate uma tranquilidade. Me sinto feliz e também que tenho uma representatividade muito forte para essa natação feminina e para o esporte olímpico", complementou.

Assim como a equipe do 4x100 metros medley misto do Brasil, o quarteto feminino dos 4x100 metros livre participou da repescagem mundial de revezamentos, encerrada no último dia 31, terminando na quarta colocação com o tempo de 3min38s59. A confirmação dos dois revezamentos aumenta o número de atletas integrantes da delegação brasileira na natação para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Agora, a seleção brasileira tem 23 convocados.

A programação visando Tóquio-2020 tem neste mês de junho a viagem para Europa no próximo dia 20, quando Etiene embarca para Roma, na Itália, onde irá competir no Torneio Internacional de Natação Sette Colli. Em seguida, ela viaja para Rio Maior, em Portugal, onde fará um "training camp" na cidade portuguesa. A previsão de viagem para o Japão é no dia 12 de julho, quando começa o período de aclimatação, até seguir para a Vila Olímpica no dia 19. O retorno para o Brasil está previsto para o início de agosto.

A pouco menos de 50 dias para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 - adiados em um ano por causa da pandemia do novo coronavírus -, marcada para 23 de julho, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta terça-feira a lista do time de refugiados para o evento no Japão. São 29 atletas convidados, um número quase três vezes maior do que o da estreia da delegação, com 10 representantes no Rio-2016.

"Parabéns a todos. Falo em nome de todo o Movimento Olímpico quando digo que mal podemos esperar para conhecê-los pessoalmente e vê-los competir em Tóquio. Quando você, a Equipe Olímpica de Refugiados do COI e os atletas de comitês olímpicos nacionais de todo o mundo, finalmente reunidos em Tóquio em 23 de julho, enviarão uma mensagem poderosa de solidariedade, resiliência e esperança ao mundo. Você é parte integrante de nossa comunidade olímpica e damos as boas-vindas de braços abertos", disse o alemão Thomas Bach, presidente do COI, aos refugiados selecionados.

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O time é para o COI uma mensagem de solidariedade aos 80 milhões de refugiados em todo o mundo. A entidade dá suporte a 55 atletas com status de refugiados reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas), sendo que 29 deles foram selecionados para competir em Tóquio.

O time de refugiados vai estar presente em 12 modalidades: atletismo, badminton, boxe, canoagem, ciclismo, judô, caratê, tae kwon do, tiro, natação, levantamento de peso e wrestling (luta olímpica). Entre os selecionados está o judoca congolês Popole Misenga, que mora no Brasil e pela segunda vez vai ser acolhido pela delegação brasileira. Ele também esteve na estreia nos Jogos do Rio-2016.

A delegação do time de refugiados vai ser a segunda a desfilar na abertura da Olimpíada, no estádio Nacional, em Tóquio, logo depois da Grécia, fundadora dos Jogos na antiguidade. Os atletas refugiados vão competir sob a bandeira do COI e vão escutar o hino olímpico no pódio caso sejam campeões.

LeBron James e Anthony Davis, astros do Los Angeles Lakers, não jogarão pela seleção dos Estados Unidos nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Os dois enfrentaram uma temporada difícil e repleta de lesões e por isso não atuarão no Japão em julho e agosto.

"Acho que vou jogar pelo 'Tune Squad' neste verão, ao invés das Olimpíadas", disse LeBron James, brincando sobre o novo filme e sequência do clássico Space Jam. Nesse cenário, os grandes astros de seleção seriam os armadores Stephen Curry, do Golden State Warriors, e Damian Lillard, do Portland Trail Blazers.

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Curry está dividido em relação à busca pelo primeiro ouro olímpico de sua carreira. Já sobre Lillard, acredita-se que ele tenha grande interesse em jogar, embora nenhuma decisão final tenha sido tomada ainda.

Outro fator que contribuiu para isso é o conflito de datas. A Olimpíada está prevista para começar em 23 de julho, enquanto que as finais da NBA podem durar até o dia 22 de julho. Nesse cenário, é improvável que jogadores cujos times cheguem longe nos playoffs atuem pela seleção olímpica, devido ao desgaste da temporada.

Chris Paul e Devin Booker, do Phoenix Suns, e Kawhi Leonard, do Los Angeles Clippers, se encaixam nessa situação. Os três demonstraram grande interesse em ir para Tóquio, mas seus times seguem nos playoffs.

Para festejar o marco de 50 dias para a cerimônia de abertura dos Jogos de Tóquio, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) apresentou nesta quinta-feira, 3, os uniformes para a competição que será disputada entre 23 de julho e 9 de agosto. Para mostrar as peças, a entidade promoveu um desfile com atletas de modelos numa passarela no Rio. Os uniformes esportivos foram desenvolvidos pela fabricante chinesa Peak Sports, patrocinadora do COB.

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"Estamos muito felizes com o resultado das peças criadas pela Peak Sports, com design elaborado em parceria com nossa área de marketing. São roupas que atendem aos requisitos técnicos para enfrentar o calor e a umidade do Japão, mas com um importante toque de brasilidade e modernidade, através do jogo com as cores da nossa bandeira", explicou Manoela Penna, diretora de Comunicação e Marketing do COB.

No desfile estavam atletas como Aldemir Junior (atletismo), Allan do Carmo (maratona aquática), Gabrielle Roncatto (natação), Hugo Calderano (tênis de mesa), Laura Miccuci (nado artístico), Luisa Borges (nado artístico), Milena Titoneli (taekwondo), Nathália Almeida (natação) e Rosângela Santos (atletismo). "Misturei bermuda de treino com camisa de pódio. E já vou deixar registrado que quero usá-la lá também. O uniforme de treino precisa ser confortável como esse", disse Rosângela.

O evento foi realizado no Centro de Treinamento do Time Brasil, sem a presença de público e com transmissão pelo Canal Olímpico do Brasil. Segundo o COB, são "39 mil peças confeccionadas com exclusividade, entre calças, agasalhos, camisas, bermudas, tops, bonés, bolsas e calçados, entre outros. Os diferenciais nestes Jogos ficam por conta do degradê no uniforme de pódio; das fibras 100% poliéster com textura mais fina usadas na confecção das peças de treino e de vila para suportar bem a temperatura alta no Japão; e do conforto de itens mais casuais para o dia a dia de atletas e oficiais. Para compor os looks, máscaras Fiber Knit, com filtro e tecido reforçado, especialmente criadas para o Time Brasil nas cores verde, azul e branco."

Cassius Duran, colaborador do COB e atleta olímpico de saltos ornamentais com três participações nos Jogos Olímpicos no currículo, também participou do desfile. "Desde quando eu era atleta, o ritual de recebimento do uniforme é uma das coisas que mais gosto. Esse enxoval está muito bacana, a cada dia eles ficam mais apropriados, com uma qualidade excelente", comentou.

A seleção brasileira masculina de basquete está convocada para os treinos visando o Pré-Olímpico de Split, na Croácia. Nesta quarta-feira, de forma inovadora, a Confederação Brasileira de Basketball (CBB) divulgou os convocados através de três vídeos com os ídolos Oscar Schmidt, Israel e Cadum ativando marcas parceiras do basquete brasileiro, com divulgação nas redes sociais.

O técnico croata Aleksandar Petrovic optou por 17 nomes, aguardando o armador Raulzinho e a definição dos playoffs da NBA com o Washington Wizards. A lista conta também com nomes jovens como Caio Pacheco, Yago e Georginho, além de jogadores que tiveram uma grande temporada, como Léo Meindl, Vitor Benite e Lucas Mariano.

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Anderson Varejão, Marquinhos, Alex Garcia e Marcelinho Huertas são os mais experientes da lista. Gui Santos e Didi Louzada estariam na lista de 17 nomes, mas pediram dispensa.

A seleção se apresenta no próximo dia 9, em São Paulo, quando viaja para a Polônia. Alguns dos atletas viajam direto dos Estados Unidos ou Europa. A preparação entre os dias 10 a 19 será no Aqua Zdroj Walbrzych Sport Center, na cidade de Walbrzych. No dia 20, segue para a cidade de Gliwice, onde nos dias 22 e 23 enfrenta a Polônia em amistosos.

O embarque para Split, local do Pré-Olímpico, acontece no dia 25. Pelos protocolos da Federação Internacional de Basquete (Fiba), a seleção desembarca na cidade com 14 atletas, que farão os testes PCR de covid-19. Desses, 12 jogam a competição que vale uma vaga em Tóquio-2020.

O Brasil estreia no Pré-Olímpico no dia 29 de junho diante da Tunísia, às 15 horas (de Brasília). E no dia 30 encara a Croácia, encerrando a primeira fase. Do outro lado da chave estão Rússia, Alemanha e México. Os dois primeiros de cada mini-grupo avançam para as semifinais. A decisão acontece no dia 4 de julho, em Split.

Confira a lista de convocados do Brasil para o pré-olímpico:

Armadores - Georginho (São Paulo), Marcelinho Huertas (Tenerife-ESP), Raulzinho (Washington Wizards-EUA), Rafa Luz (BC Neve'is-Optibet-LIT) e Yago (Flamengo)

Alas-Armadores - Caio Pacheco (Bahía Basket-ARG) e Vitor Benite (Burgos-ESP)

Alas - Alex Garcia (Bauru), Léo Meindl (Fuenlabrada-ESP) e Marquinhos (Flamengo)

Alas-pivôs - Bruno Caboclo (Limoges-FRA), Lucas Dias (SESI Franca) e Léo Demétrio (Flamengo)

Pivôs - Anderson Varejão (Cleveland Cavaliers-EUA), Cristiano Felício (Chicago Bulls-EUA), Lucas Mariano (São Paulo) e Rafael Hettsheimeir (Flamengo)

Embora o combate à pandemia do novo coronavírus esteja evoluindo como um todo ao redor do mundo, com alguns países bem mais avançados que outros na vacinação, a situação ainda é de incerteza e por isso o suíço Roger Federer preferiu ainda não garantir a sua participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, embora afirme ter grande vontade de competir no Japão.

"Adoraria disputá-los (Jogos Olímpicos), mas gostaria que as coisas fossem diferentes no mundo e que nem tivéssemos que debater a ideia de ir ou não jogar", afirmou o suíço de 39 anos, que na sua estreia em Roland Garros, Grand Slam disputado em Paris, derrotou o usbeque Denis Istomin por 3 sets a 0 (parciais de 6/2, 6/4 e 6/3) na segunda-feira.

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"Meu desejo, esperança e sonho é poder competir, mas é uma coisa que deve fazer sentido para mim, minha equipe, meu país e minha família. Por isso é preciso esperar como as coisas vão evoluir nas próximas semanas", complementou Federer, que tem duas medalhas olímpicas: uma prata em simples nos Jogos de Londres-2012, na Inglaterra, e um ouro nas duplas em Pequim-2008, na China.

O próximo adversário do tenista suíço em Roland Garros será o croata Marin Cilic, contra quem já jogou 10 vezes e só perdeu uma. Será a primeira vez que eles medirão forças no saibro. Em Grand Slam já foram cinco duelos, com quatro vitórias de Federer, sendo duas delas em finais (Aberto da Austrália de 2018 e Wimbledon de 2017) e uma de Cilic, em sua campanha do título do US Open em 2014.

O zagueiro Vitão, do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, foi convocado pelo técnico André Jardine para a seleção brasileira olímpica, que fará dois amistosos em junho na Europa como preparação para a disputa dos Jogos de Tóquio-2020, que acontecerão de 23 de julho a 8 de agosto. O jogador substitui Ibañez, da Roma, que está lesionado.

É a primeira convocação de Vitão para a equipe sub-23 do Brasil. A seleção, no entanto, não é novidade na carreira do atleta. O defensor de 21 anos, que começou a carreira no Palmeiras, acumula convocações desde a categoria sub-15.

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Vitão fez parte da equipe terceira colocada no Mundial Sub-17 da Índia, em 2017. Sua última competição pelo Brasil na base foi o Sul-Americano Sub-19 disputado no Chile, em 2019.

Os 23 convocados se apresentam entre esse domingo e segunda-feira para a disputa de dois jogos preparatórios em Belgrado, na Sérvia, nos próximos dias 5 e 8 de junho. É a sétima e última etapa de preparação da seleção brasileira olímpica masculina antes da disputa dos Jogos de Tóquio-2020. A equipe do técnico André Jardine enfrentará a seleção principal de Cabo Verde e a equipe sub-24 da Sérvia.

Os dois confrontos serão realizados no estádio Partizan, às 15 horas (de Brasília), e os treinamentos acontecerão no estádio Karadorde. "A preparação foi interrompida por causa da pandemia, por isso essa etapa de agora será fundamental para consolidarmos nossas ideias, implementadas desde 2019. Vamos enfrentar uma equipe africana e uma europeia, escolas diferentes, e dois bons testes antes do fechamento da nossa lista", destacou André Jardine.

A seleção olímpica masculina estreia nos Jogos de Tóquio-2020 contra a Alemanha, no dia 22 de julho, às 8h30 (de Brasília), no estádio Internacional, em Yokohama. O segundo duelo da fase de grupos será contra a Costa do Marfim, no dia 25, às 5h30, no mesmo local. O último jogo desta fase será contra a Arábia Saudita, no dia 28, às 5 horas, no estádio de Saitama, em Saitama.

Parceiro oficial dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados em um ano por causa da pandemia do novo coronavírus, o jornal japonês Asahi Shimbun pediu o cancelamento da Olimpíada em um editorial publicado nesta quarta-feira. O periódico, um dos mais prestigiados do país, citou riscos à segurança pública e ao sistema de saúde devido ao surto global da Covid-19, que já deixou 12.394 mortos no Japão.

Pesquisas de opinião recentes mostraram que a maioria dos japoneses se opõe à realização dos Jogos Olímpicos este ano, dado que o evento esportivo levaria milhares de estrangeiros a um país onde pouco mais de 5% da população está vacinada. A lista de organizações e pessoas que protestaram contra Tóquio-2020 inclui associações de médicos, investidores e empresários independentes como Masayoshi Son, CEO do SoftBank.

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Por se tratar de um dos principais jornais do Japão, o editorial do Asahi Shimbun deve aumentar as discussões sobre a viabilidade dos Jogos Olímpicos. A publicação foi amplamente compartilhada nas redes sociais, recebendo interação de mais de 30 mil tuítes até o final da manhã de quarta-feira (noite de terça no Brasil).

"Pedimos ao primeiro ministro Yoshihide Suga que avalie a situação com calma e objetividade e decida sobre o cancelamento do evento neste verão. Estamos longe de uma situação em que todos possam ter certeza de que estarão 'seguros e protegidos'", disse o jornal, fazendo referência ao lema do governo sobre os Jogos Olímpicos. "Infelizmente, essa não é a realidade".

Grande parte do Japão, incluindo a cidade-sede Tóquio, permanece sob estado de emergência até o final deste mês. Embora tenha sido poupado da devastação em níveis vistos em outras nações, o país ainda convive com altos níveis de contaminação pela Covid-19 e tem lutado para controlar uma quarta onda de infecções.

Os Estados Unidos emitiram na última segunda-feira um alerta desaconselhando viagens ao Japão, mas autoridades japonesas disseram que isso não afetaria os Jogos Olímpicos. Na terça, a Casa Branca disse que mantém o apoio à realização do evento conforme planejado.

A sétima e última etapa de preparação da seleção brasileira olímpica masculina antes da disputa dos Jogos de Tóquio-2020 será em Belgrado, capital da Sérvia. A equipe do técnico André Jardine, convocada na última sexta-feira, enfrentará a seleção principal de Cabo Verde, no dia 5 de junho, e a equipe sub-24 da Sérvia, no dia 8. O grupo convocado embarca no próximo domingo.

Os dois confrontos serão realizados no estádio Partizan, às 15 horas (de Brasília), e os treinamentos acontecerão no estádio Karadorde. "A preparação foi interrompida por causa da pandemia, por isso essa etapa de agora será fundamental para consolidarmos nossas ideias, implementadas desde 2019. Vamos enfrentar uma equipe africana e uma europeia, escolas diferentes, e dois bons testes antes do fechamento da nossa lista", destacou André Jardine.

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A equipe principal de Cabo Verde disputa atualmente o qualificatório para a Copa das Nações Africanas. Em segundo lugar no Grupo F, os africanos estão invictos na disputa. Nos dois confrontos mais recentes, em 2021, Cabo Verde venceu a tradicional seleção de Camarões por 3 a 1 e a equipe de Moçambique por 1 a 0.

"Com todas as dificuldades impostas pelo momento, com países fechados para receber o Brasil, esgotamos as possibilidades e buscamos por confrontos que pudessem vir ao encontro dos objetivos de nossa preparação. Conseguimos uma equipe africana principal e uma europeia sub-24. São dois estilos de jogo semelhantes aos de nossos adversários na primeira fase e também durante os jogos", explicou Branco, coordenador das categorias de base da seleção brasileira.

A seleção olímpica masculina estreia nos Jogos de Tóquio-2020 contra a Alemanha, no dia 22 de julho, às 8h30 (de Brasília), no estádio Internacional, em Yokohama. O segundo duelo da fase de grupos será contra a Costa do Marfim, no dia 25, às 5h30, no mesmo local. O último jogo desta fase será contra a Arábia Saudita, no dia 28, às 5 horas, no estádio de Saitama, em Saitama.

Exames diários para detectar o novo coronavírus, arquibancadas vazias, refeições apenas dentro do quarto do hotel, monitoramento para pegar o elevador, aplicativo de controle de localização... essa foi a rotina de brasileiros que participaram de eventos-teste em Tóquio nos últimos dias e que já foi encarada por uma prévia da realidade que os competidores terão nos Jogos Olímpicos, a partir de 23 de julho. A ideia é que a Olimpíada seja disputada em uma espécie de "bolha" com os atletas isolados do restante da cidade.

"Fizemos os testes de saliva todos os dias e não podíamos sair do nosso andar no hotel nem aglomerar nos quartos. Acredito que tudo tenha sido uma espécie de ensaio para a Olimpíada. O esquema de controle para evitar a disseminação do vírus estava muito bem organizado, tudo certinho", conta Kawan Pereira, que participou no início do mês da Copa do Mundo de Saltos Ornamentais, evento Pré-Olímpico da modalidade, e garantiu vaga nos Jogos de Tóquio.

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Os atletas só estavam autorizados a sair do quarto do hotel para buscar as refeições no corredor e eram obrigados a fazer todas as refeições dentro do dormitório. Quando tinham que se deslocar para treinar ou competir, havia uma pessoa que ficava na frente do elevador e era a responsável por, via rádio, comunicar a recepção do hotel sobre a movimentação dos hóspedes.

Na verdade, os rígidos protocolos de controle da covid-19 começaram bem antes do desembarque no Japão. "14 dias antes da viagem, tivemos de baixar um aplicativo e preencher todos os dias a temperatura, se tinha algum sintoma, se teve contato com alguém que testou positivo e se fez alguma viagem ou saiu para algum local. Lá no aeroporto no Japão, eles também pedem para a gente baixar um outro aplicativo para mandar a nossa localização e fazem uma ligação de vídeo pelo WhatsApp para o caso de precisarem entrar em contato. A gente também recebeu e-mail todos os dias perguntando se você ou alguém que está com você teve algum sintoma", recorda Pedro Ivo Almeida, fisioterapeuta da seleção brasileira de saltos ornamentais, que fez parte da delegação que esteve no Japão.

Durante as duas semanas em que a equipe brasileira participou da Copa do Mundo em Tóquio, ninguém testou positivo. "O que mais chamou atenção foi o teste no qual você depositava a saliva em um pote. Assim que chegamos no aeroporto já tivemos de fazer. É um teste que não tem nenhum tipo de desconforto em comparação, por exemplo, com o PCR (quando um bastão é inserido em uma das narinas). Para quem é testado todo os dias, é um conforto a mais. É mais prático e rápido", diz Isaac Souza. O saltador conquistou vaga para os Jogos no evento em Tóquio, mas na semana passada a Federação Internacional de Natação (Fina) alterou as regras e comunicou a sua desclassificação. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) ainda tenta reverter a decisão.

Sem exceção, a rotina dos integrantes da delegação brasileira se limitava ao quarto de hotel e as piscina do moderno Parque Aquático de Tóquio, estrutura construída especialmente para os Jogos ao custo de 56,7 bilhões de ienes (R$ 2,6 bilhões). Localizado na baía de Tóquio, o espaço tem capacidade para 15 mil espectadores e receberá provas de natação, nado sincronizado e saltos ornamentais. Uma de suas peculiaridades é uma parede modular que permite transformar a piscina principal de 50 metros em duas separadas de 25 metros cada. A profundidade das piscinas também pode ser alterada.

"O Parque Aquático é excelente, não tem do que reclamar. A plataforma é muito boa. A piscina é aquecida e o local é fechado e climatizado. Não existem interferências externas, como vento e chuva", analisa Isaac. Até mesmo dentro do Parque Aquático, no entanto, a circulação de atletas, integrantes das comissões técnicas e funcionários foi rigidamente controlada para minimizar o contato e maximizar a distância física.

Tóquio tem realizado nos últimos dias eventos-teste de atletismo, vôlei, ginástica artística, basquete 3 x 3, natação e ciclismo, para avaliar as instalações das arenas e, principalmente, os protocolos sanitários. De acordo com os organizadores, mais de 700 atletas e 6 mil funcionários participaram dos eventos-teste. Nenhum caso positivo foi detectado durante o período de competição. O único registro de covid-19 foi de um técnico que participaria da Copa do Mundo de Saltos Ornamentais e testou positivo na chegada ao aeroporto de Tóquio. Ele foi colocado em isolamento para cumprir quarentena.

Para os Jogos Olímpicos, o Comitê Organizador ainda não decidiu se será permitida ou não a presença de público nas arenas. O que já está certo é que torcedores e voluntários estrangeiros estão vetados.

Gabriel Medina, Italo Ferreira, Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima participarão de um momento histórico nos Jogos Olímpicos. Os quatro atletas que representarão o Brasil na estreia do surfe nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 demonstram muita vontade e garra para a conquista de uma medalha. "No que depender de mim, vou chegar lá com muita vontade de trazer esse ouro", disse sem titubear o bicampeão mundial Gabriel Medina. "Vou dar o meu melhor para trazer essa medalha inédita", disparou o atual campeão mundial Italo Ferreira.

A ala feminina também não deixa por menos. A atleta que acaba de vencer a etapa de Margaret River, na Austrália, e assumiu a vice-liderança do Circuito Mundial, Tatiana Weston-Webb, e a eleita oito vezes a melhor surfista brasileira Silvana Lima contam que estão em treinamento intensivo para ganhar uma medalha e ambas dizem estar tranquilas física e psicologicamente. "Estou muito feliz em conquistar o meu sonho de estar no maior evento esportivo do mundo. E, o mais importante, estou bastante otimista", afirmou Tati.

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Os surfistas olímpicos foram selecionados a partir do ranking de 2019 do Circuito Mundial de Surfe, maior competição da modalidade no mundo, promovida pela WSL (World Surf League). No total serão 40 atletas da elite do surfe mundial que estarão na Olimpíada de Tóquio, no Japão - 20 homens e 20 mulheres, com no máximo dois representantes de cada país em cada gênero.

"Acho que o Brasil vai chegar muito forte nos Jogos Olímpicos. Vejo que estão todos motivados, preparados e animados. E, sem dúvida, o surfe vai crescer ainda mais com essa entrada nos Jogos Olímpicos de Tóquio", considerou Medina, atualmente em primeiro no ranking da WSL. "É algo indescritível, nunca imaginei participar desse momento histórico. Estou treinando bastante e será uma honra representar nosso país", acentuou Italo.

Tatiana Weston-Webb alega não ter nem palavras para descrever a emoção que é fazer parte dos Jogos. Gaúcha, filha de brasileira com inglês, reside em Kauai, ilha do arquipélago do Havaí, conta que não tem um treino específico para vencer as ondas do Japão. "Fico surfando muito, o tempo todo, e o Comitê Olímpico do Brasil tem me dado suporte, disponibilizando uma equipe de nutrição, preparador físico e fisioterapeuta, o que tem me ajudado bastante a fortalecer meu treino. E, claro, tenho trabalhado a mente também".

Os quatro brasileiros já surfaram as ondas do Japão e até levaram medalhas quando competiram no país. No Pré-Olímpico disputado durante o ISA World Surfing Games, de 2019, em Miyazaki, Italo conquistou o ouro e Medina, o bronze. "Foi ótimo poder ir lá antes dos Jogos e conhecer o Japão, a sua cultura e para começar a adaptar", contou Medina.

Já Silvana ficou com a prata no feminino da competição. "Foi incrível essa conquista no Japão, não conhecia o país e só de ter subido ao pódio fiquei muito feliz. Também conheci um pouco das ondas locais", revelou.

Mas especificamente a praia Tsurigasaki, escolhida para sediar as competições de surfe nos Jogos Olímpicos, os brasileiros ainda não conhecem. "Sabemos que são um pouco parecidas com as ondas do Nordeste do Brasil, então acredito que vamos nos adaptar rápido", disse Silvana. "Estou preparado para tudo. Cada lugar apresenta ondas diferentes. O que eu faço sempre é me preparar fisicamente e mentalmente para conseguir surfar em qualquer lugar do mundo e dar o meu melhor, me divertindo, pois faço o que mais gosto", afirmou Italo.

Medina obteve a informação de que as ondas não são as tradicionais que costumam pegar no Circuito Mundial. "Parece que são menores e com menos força e, sabendo disso, vou me preparar para essa situação. Pretendo perder peso para ficar um pouco mais leve e poder surfar essa onda nas melhores condições", comentou. "Nunca surfei nessa praia, mas já surfei em outro local que deve ter condições parecidas ao do ISA Games de 2019, quando fui super bem. Geralmente é mais beach break e ondas menores", explicou Tati.

Os quatro estão em Rottnest Island, na Austrália, para a disputa da quinta etapa do Circuito Mundial. Com o mar calma, a terça-feira foi de folga para os surfistas. Uma nova chamada será feita na manhã desta quarta (horário local), noite de terça no Brasil.

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