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O governo prepara um programa de simplificação tributária que será adotado até o fim do ano. A promessa foi feita pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Temas mais espinhosos como a reforma do sistema estadual do ICMS ou do PIS/Cofins, porém, demandarão mais tempo, reconheceu o ministro.

"A simplificação de procedimentos tributários será implementada até o fim do ano. Essa é uma medida de maior importância porque hoje as empresas dispendem recursos humanos e técnicos importantes para simplesmente pagar impostos", disse o ministro após cerimônia para divulgar mudança no programa Minha Casa Minha Vida. A mudança, disse Meirelles, fará com que o pagamento de impostos "seja racional, simples e rápido".

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O ministro da Fazenda notou, porém, que alguns temas demandarão mais tempo do governo para avanços. Ele deu como exemplo o complexo sistema estadual do ICMS e a estrutura do federal PIS/Cofins. Nesses casos, disse o ministro, a mudança "vai demandar mais tempo".

"Isso é a simplificação tributária no sentido de racionalizar e simplificar toda a estrutura tributária do Brasil. Esse é um projeto com prazo maior, mas certamente muito importante tal qual outros projetos que eram julgados como impossíveis como a questão do teto do gasto", disse Meirelles. "Também vamos enfrentar e será bem sucedido."

Nesta sexta-feira (16) foi sancionado pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o Projeto de Lei com o objetivo de simplificar o regime tributário de empreendimentos do setor de confecções. A mudança consiste na cobrança antecipada do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o momento da aquisição da matéria-prima. 

O projeto deve beneficiar os 13 mil contribuintes do Polo de Confecções, dentre os 17 mil que totalizam os colaboradores de Pernambuco. O intuito é também atrair os comerciantes informais com a mudança na cobrança de tributos. Segundo Câmara, o objetivo é tornar as pessoas, cada vez mais, preocupadas em manter o seu negócio, em gerar emprego e renda. A iniciativa espera arrecadar R$ 480 milhões por ano com o aumento da formalização de confeccionistas. 

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Os contribuintes serão informados sobre a mudança através de reuniões com o objetivo de explicar como será o novo processo. O governo ainda adianta que a sistemática não gera aumento de alíquota ou aumento de carga tributária. 

O Senado aprovou nesta quarta-feira (14) o projeto de reforma que amplia a lista de serviços que são tributados, com alíquota de 2%, com o Imposto Sobre Serviços (ISS). A proposta prevê que a disponibilização, sem cessão definitiva, de conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto por meio da internet terão incidência da tributação, o que atinge plataformas como Spotify, Netflix, além do recém-chegado Amazon Prime Video.

O tributo cobrado passará a ficar com o município onde o serviço for prestado, e não mais com o estado onde se situa a empresa. Dessa maneira, as prefeituras poderão contar com uma arrecadação que hoje fica concentrada em poucos municípios que oferecem alíquotas menores. Além dos serviços de internet, o imposto incidirá em operações de cartão de crédito ou débito e planos de saúde.

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A proposta foi aprovada com 63 votos a favor e três contra, e agora segue para a sanção do presidente Michel Temer. Ela entrará em vigor a partir de 90 dias depois de sua publicação no Diário Oficial da União (DOU). De acordo com Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a nova lei do ISS deverá arrecadar R$ 6 bilhões por ano a serem repartidos entre todas as cidades.

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A possibilidade de que aplicativos como Netflix e WhatsApp sejam alvo de regulamentação no Brasil preocupa as empresas de internet. "Não existe nada de graça. Se o governo aumentar os impostos sobre esses serviços, o usuário é que vai pagar a conta", disse Eduardo Parajo, presidente da Associação Brasileira da Internet (Abranet).

Ele afirmou que há uma insegurança jurídica no setor sobre a forma como essa regulamentação será feita. "Já temos um arcabouço tributário muito complicado", ponderou. A regulamentação desses serviços de dados estrangeiros cada vez mais acessados pelos consumidores brasileiros foi defendida pelo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini. Segundo ele, o Congresso precisa debater a chamada assimetria regulatória entre os grandes consumidores de dados e as empresas de comunicação instaladas no País.

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Parajo disse que o setor precisa de menos regulamentação e menos impostos para continuar se desenvolvendo nos próximos anos. Ele afirmou que houve uma desaceleração neste ano, mas que há ainda muito espaço para crescer no País. A expectativa é fechar 2015 no azul, mesmo com uma perda do ritmo de expansão no segundo e terceiro trimestres. Em 2014, o faturamento foi superior a R$ 120 bilhões.

Com a queda da arrecadação e com as dificuldades de elevar as receitas, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta terça-feira, 28, que tem conversado sobre a tributação da internet. Segundo Levy, "este é um dos temas globais". Levy ressaltou que alguns provedores estão fora das fronteiras e que está sendo discutida uma forma de tributação para o setor. "Cada vez que a economia vai para uma direção, temos que discutir uma maneira correta de tributar essa direção."

O ministro fez questão de ressaltar que o "tamanho e distribuição da carga tributária são importantes para o dinamismo da economia". Ao lado do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, Levy afirmou que, "no segundo semestre, vai aprofundar o trabalho do começo do ano". Para o ministro, em algumas áreas, foram alcançados os objetivos plenamente e em outras será preciso "mais diálogo".

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Durante evento comemorativo dos 40 anos da Escola de Administração Fazendária (Esaf), Levy ressaltou o momento de transformação que a economia está vivendo e disse que é necessário "encontrar o caminho do crescimento". O ministro recordou ainda que é preciso enfrentar os problemas da Previdência Social, após ajustes sugeridos pelo governo.

Outro ponto levantado por Levy foram as taxas internas de retorno das concessões, que, segundo ele, agradaram ao mercado financeiro. "Taxas de retorno das concessões em logística foram extremamente bem recebidas pelo mercado", ponderou.

Crescimento

Em meio a dificuldades econômicas e com a alta do câmbio, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ressaltou que o País vive um "momento de transformação" e que é preciso encontrar o caminho do crescimento.

Para Levy, a questão estrutural "não escapa ao governo, empresários, mercado financeiro e agencias de rating". O ministro defendeu o ajuste em curso e fez questão de ponderar, após o desgaste de algumas medidas no Congresso Nacional, que o "ajuste econômico tem avançado mais rápido que o ajuste fiscal em alguns pontos". De acordo com o dirigente da Fazenda, o ajuste não tem sido fator da redução da atividade e o impulso fiscal tem sido neutro. O ministro ressaltou que, nos Estados Unidos, o impulso é negativo e que, mesmo assim, a economia do país norte-americano está se recuperando.

Sobre a redução da meta fiscal na semana passada, Levy ressaltou que a decisão do governo permite o crescimento. "Queremos disciplina para reconstruir confiança", disse. Segundo Levy, o processo de ajuste da economia está avançando e o governo tem trabalhado com uma agenda fiscal voltada para o crescimento.

Sobre as metas fiscais para os próximos anos, Levy ressaltou que espera superar as metas em 2016 e 2017. "Serão anos de desempenho fiscal com surpresas positivas", afirmou.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, se reuniu nesta sexta-feira, 20, com o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, para negociar o projeto que muda a incidência de tributação para as pequenas empresas, batizado de "Crescer Sem Medo".

A intenção é chegar a um desenho final na próxima semana, para que a presidente Dilma Rousseff possa enviar o projeto de lei ao Congresso Nacional na quinta-feira (26), quando ela deve participar de cerimônia para anunciar medida para agilizar o fechamento de empresas.

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De um lado, o projeto estimula os pequenos empreendedores a crescer. Do outro lado, a mudança significa novas desonerações para o governo federal. "Levy gosta muito da ideia da simplificação e do Crescer Sem Medo. O problema é calibrarmos as desonerações em função deste momento e da situação fiscal do País", afirmou Afif ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. "Acho que chegaremos a uma fórmula, porque a formalização elimina a ideia da perda. Com mais gente pagando menos, o governo arrecada mais".

O objetivo do projeto, segundo Afif, é tornar mais suave o crescimento de uma pequena empresa, já que hoje esses empresários têm receio de aumentar o faturamento e passar a pagar uma proporção maior de impostos, ao mudar de faixa de tributação. "A micro e pequena empresa tem medo de crescer e pular de faixa. Estamos fazendo um desenho que substitui as escadas de crescimento por uma rampa mais suave", disse o ministro.

A intenção é que o empresário, ao conseguir aumentar seu lucro, pague a alíquota maior apenas sobre a diferença em relação ao faturamento anterior, e não sobre o faturamento total.

Se ele faturava até R$ 120 mil anuais e passou a receber R$ 121 mil, o sistema atual estabelece que ele pagará uma alíquota maior sobre os R$ 121 mil (faturamento total), pois mudou de faixa de tributação. Com o sistema que está sendo desenhado, ele pagará a alíquota nova apenas sobre R$ 1 mil (diferença do faturamento), e os outros R$ 120 mil continuarão a ser tributados da mesma forma.

Se o processo sair como planejado pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa, a proposta entrará em vigor em 2016. O projeto reduz de 20 para sete as faixas de tributação do Simples.

Na reunião, Levy apresentou a Afif ponderações em relação às faixas de faturamento e, durante o fim de semana, a equipe da secretaria da Micro e Pequena Empresa e a Fundação Getulio Vargas (FGV) vão trabalhar para fazer uma apresentação a Levy na segunda-feira. "Estamos fazendo uns ensaios para chegar a um termo razoável para o governo", afirmou Afif.

O encontro, que teve início às 11h30, não foi informado na agenda de Joaquim Levy, que só foi atualizada depois da reunião.

As empresas fabricantes de bebidas frias - água, cervejas, refrigerantes e isotônicos - receberão um abatimento de tributos nos próximos três anos, para evitar que a mudança no modelo de tributação em 2015 provoque um aumento dos preços ao consumidor. A proposta fechada pelo governo com o setor, e incluída como emenda na Medida Provisória 656 que está no Congresso, prevê um aumento da carga tributária em torno de 10%. Ainda assim, a medida vai reforçar o caixa do governo em R$ 1,5 bilhão no ano que vem. As empresas aplaudiram o novo modelo porque ele acaba os reajustes periódicos de alíquotas e corrige distorções do modelo atual.

A nova tributação, negociada com o setor, estabelece uma alíquota de PIS e Cofins de 13% para a indústria e de 10,4%, para a distribuidora. Essa última poderá se creditar do imposto pago à indústria, de forma a neutralizar a tributação no fabricante. O modelo também estabelece alíquota de IPI de 6% para cerveja e de 4% para as demais bebidas.

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A fonte do governo explicou que a cobrança de PIS e Cofins na distribuidora evita o subfaturamento na indústria. Esse tipo de sonegação no setor é uma prática conhecida pela Receita Federal. Como fabricantes e distribuidores, de forma geral, são empresas coligadas, elas se aproveitam para burlar o Fisco. O governo acredita que a fórmula encontrada garante a fiscalização da produção.

Também para evitar sonegação fiscal, a lei fixará alíquotas mínimas a serem cobradas das empresas, caso o valor de venda declarado resulte em uma tributação menor que o piso previsto na lei. Segundo a fonte, "em condições normais", sem subfaturamento dos preços, essas alíquotas nunca devem ser aplicadas.

Tabela

Os descontos para as empresas serão nas alíquotas de PIS e Cofins. Segundo o texto da emenda, cervejas de até 400 ml terão uma redução de 20% em 2015, 15% em 2016 e 10% em 2017. Acima de 400 ml, os descontos são de 10% no primeiro ano e de 5%, nos demais. O abatimento para as demais bebidas frias serão nos mesmos porcentuais, mas para embalagens de até 500 ml e aquelas acima disso.

A fonte do governo acredita que o novo modelo traz previsibilidade para o sistema e permitirá que a arrecadação acompanhe o crescimento da indústria, além de corrigir distorções na competição entre as empresas menores e os grandes fabricantes.

A tributação atual do setor de bebidas é complexa, baseada numa fórmula que leva em consideração uma pesquisa de preços de varejo para cada tipo de produto e embalagem da bebida, multiplicado por um redutor e uma alíquota do imposto. Dessa fórmula, é definido um valor em reais que incide sobre o produto tributado. Passará a ser apenas sobre o valor de venda.

A proposta também traz incentivos para as fabricantes de cervejas especiais. Aqueles que produzirem até cinco milhões de litros por ano receberão uma redução de 20% na tributação de PIS e Cofins. Entre cinco e dez milhões de litros, o desconto será de 10%.

O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), relator da Medida Provisória 656/2014, confirmou que houve um "entendimento" com o setor de bebidas frias em relação à nova forma de tributação para a área. Conforme antecipou ontem (26) o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, chegou-se a um consenso de que deve prevalecer no novo modelo uma tributação ad valorem, considerando os valores das vendas dos produtos - água, cervejas, refrigerantes e isotônicos - no varejo.

Essa fórmula será incluída no parecer da MP 656, conforme foi acertado na terça-feira, 25, à noite em reunião entre o relator da matéria, Eunício Oliveira, o secretário adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, e o senador Romero Jucá (PMDB-RR). "O Ministério da Fazenda ficou de apresentar um texto na segunda-feira", afirmou Eunício.

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Ele não quis precisar quando a matéria será apreciada pela comissão mista. O texto tem que passar ainda pelos plenários da Câmara e do Senado.

Segundo o senador, a base aliada tentará aprovar a medida provisória no Congresso ainda este ano, mas há tempo hábil para apreciar a proposta no próximo ano. A MP tem validade até o dia 6 de dezembro, e pode ser prorrogada por 60 dias - ou seja, pode ser aprovada no começo da próxima legislatura, no início de fevereiro de 2015.

O governo prepara um novo modelo de tributação para o setor de bebidas frias (cervejas, águas, isotônicos e refrigerantes) que entrará em vigor até o fim do ano. As negociações já começaram e o Ministério da Fazenda acertou que incluirá a mudança no texto da Medida Provisória nº 656, enviada nesta semana ao Congresso.

Desde o início do ano, o governo tenta promover um reajuste na tributação do setor. Mas, por pressão das empresas, o aumento foi adiado várias vezes e acabou deixado para 2015. Um grupo de trabalho entre governo e representantes do setor foi criado para fechar a nova fórmula.

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Uma fonte diz que é uma "negociação difícil", mas que o governo quer concluir o novo modelo a tempo de incluir a alteração no texto da MP 656. A alteração deve ser "uma evolução" da fórmula que existe hoje.

A tributação do setor de bebidas é complexa, baseada numa fórmula que leva em consideração uma pesquisa de preços de varejo para cada tipo de produto e embalagem da bebida, multiplicado por um redutor e uma alíquota do imposto. Dessa fórmula, é definido um valor em reais que incide sobre o produto tributado.

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, já comparou, várias vezes, o atual modelo a um cachorro correndo atrás do próprio rabo. Toda vez que aumenta o imposto, aumenta o preço para o consumidor, que leva a um novo aumento do imposto e, assim, sucessivamente.

O governo vem tentando corrigir os valores da pesquisa de preços de varejo, o item da fórmula com maior impacto na tributação. Mas por pressão do setor, o Fisco utiliza desde o começo de 2012 uma pesquisa realizada ainda em outubro de 2011. Ou seja, o preço médio de varejo sobre o qual se aplicam os redutores para se achar a base de cálculo da tributação do setor está com três anos de defasagem.

O setor usou a realização da Copa do mundo, ameaçando elevar os preços das bebidas durante o mundial, para adiar a correção que ocorreria em junho. Por conta das eleições, o aumento que ficou para setembro também não aconteceu embora técnicos do governo argumentem que a correção da tabela é justa porque a defasagem da tabela, na prática, reduziu a carga tributária.

O modelo atual foi construído, no passado, para tributar de forma mais justa as grandes empresas. O modelo anterior, que não considerava o preço no varejo, acabava tributando mais, proporcionalmente, as pequenas indústrias, como as de tubaínas.

Notificações contendo ameaças de exclusão do sistema Simples Nacional estão sendo enviadas a micro e pequenas empresas do Brasil. Os avisos estão sendo emitidos pela Receita Federal do Brasil (RFB), que, por meio desses informes, encontrou uma maneira de combater a inadimplência dos usuários do sistema, que possibilita a simplificação dos envios ao fisco e, na maioria dos casos, reduz a carga tributária. 

Segundo os avisos, a exclusão das empresas irá acontecer em 1º de janeiro de 2015. Os empreendimentos notificados possuem débitos do Simples, de contribuições previdenciárias e demais tributos. “Os débitos são do ano de 2013, o que mostra que o Fisco federal está agindo rápido", comenta o consultor contábil Richard Domingos.

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"Muitos falam que é uma forma do Governo recuperar receitas que perdeu com benefícios fiscais, porém, a verdade é que esta ação já era esperada, e até que demorou, pois, na lei do Simples já está prevista a exclusão dos devedores", explica Domingos.

Segundo o contador e professor Antônio Henrique Batista, a exclusão de uma empresa do sistema Simples Nacional aumentará a carga tributária. “O Simples, como o próprio nome já diz, facilita e reduz a alíquota dos impostos a serem pagos pelas micro e pequenas empresas. Sem a participação nesse sistema, os impostos tornam-se mais onerosos e a tributação terá um impacto maior para o empreendimento”, explica. De acordo com o professor, os setores do comércio e de serviços serão os mais prejudicados pela exclusão do Simples, que contempla empresas com renda de até R$ 300 mil mensais. 

O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira (17) a transição do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) da etapa 2 para a 3. A proposta é contratar 350 mil unidades no primeiro semestre de 2015. O ministro, que estava acompanhado da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, afirmou que estenderá o tempo do benefício fiscal do programa, que reduz os tributos de 7% sobre o faturamento para 1%. Esse benefício, que acabaria no fim de 2014, valerá por mais quatro anos. O presidente da CBIC explicou, no entanto, que a redução é de 6% para 1%.

Segundo Mantega, as empresas têm de se preparar desde já para dar continuidade ao programa. "Estamos lançando, no primeiro semestre de 2015, 350 mil novas unidades, de modo que o setor tenha muito trabalho pela frente para dar conta desse início do Minha Casa Minha Vida 3", afirmou Mantega. "Vamos manter a maior parte das regras, de modo que não tenha dificuldades, para que possamos ganhar tempo e ter continuidade absoluta", disse.

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O ministro explicou ainda que, quando chegar novembro e dezembro, o programa já terá terrenos e projetos e, já em janeiro, pode começar a fazer as contratações. A mudança, segundo explicou Mantega, não ocorrerá por decreto, será por medida provisória. "Estamos estudando se é possível simplesmente dar continuidade ao MCMV 2. É um detalhe jurídico. O que interessa é que haverá essa contratação", argumentou.

O ministro Mantega, a ministra Mirian e o presidente da CBIC discutiram ainda as concessões. "Há a necessidade de um novo programa de concessões que venha a se somar ao programa em vigor", observou.

Mantega disse ainda que é bom lembrar que esses programas, seja o Minha Casa Minha Vida, seja o de concessões, foram criados na época da crise. "Foram medidas anticíclicas, para a época da crise, cujos efeitos estão se mitigando. O setor de construção pode dar essa resposta", disse. "Na época da crise, foram a solução para aumentar o investimento e oferecer a população aumento de bens e serviços, diminuir o déficit habitacional e aumentar o emprego", ponderou.

O ministro ainda observou que o setor de construção é o grande gerador de emprego, com 3,5 milhões de postos. Ele disse também que o avanço do segmento permitiu uma grande formalização dos empregos e que o setor tem grande importância para o crescimento do País.

Na última quarta-feira (16), o Plenário do Senado aprovou, por unanimidade de 56 votos, projeto de lei que universaliza o acesso do setor de serviços ao Simples Nacional (Supersimples) - regime simplificado de tributação para micro e pequenas empresas (PLC 60/2014). Agora o projeto segue para sanção presidencial.  

A proposta é do deputado Vaz de Lima (PSDB-SP) e tem como objetivo criar uma nova tabela para serviços, com alíquotas que variam de 16,93% a 22,45%. Com o acesso geral, entram no regime de tributação, por exemplo, serviços relacionados à advocacia, à corretagem e à medicina, odontologia e psicologia. A nova tabela criada pelo projeto entrará em vigor em 1º de janeiro do ano seguinte ao da publicação da futura lei.

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Além disso, o texto atribui ao Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) a função de disciplinar o acesso do microempreendedor individual (MEI) e das micro e pequenas empresas a documento fiscal eletrônico por meio do portal do Simples Nacional e também estende a outras empresas facilidades já previstas no Estatuto da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 123/2006).

 

 

 

O Ministério da Fazenda publicou nesta quarta-feira, 30, no Diário Oficial da União (DOU) portaria que formaliza o aumento da tributação incidente sobre as chamadas bebidas frias - refrigerantes, isotônicos, energéticos, refrescos e água mineral. A elevação dos tributos foi anunciada na terça-feira, 29, pelo secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, um mês depois de o governo ter feito um reajuste na tributação desses mesmos produtos. A alta entra em vigor em 1º de junho. A expectativa é que o aumento dos preços ao consumidor seja de 1,3%.

Com esse reajuste, o governo espera obter uma arrecadação extra de R$ 1,5 bilhão entre junho e dezembro deste ano. Segundo o secretário, a mudança das tabelas de tributação desses produtos busca restabelecer o equilíbrio entre os tributos e os preços de mercado. Barreto destacou que a defasagem era acentuada e que a última revisão das tabelas ocorreu há dois anos. Entre maio de 2012 e fevereiro de 2014, os preços da cerveja subiram 23% e dos refrigerantes, 19,2%.

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A indústria nacional de cerveja vai ter dificuldades para absorver o reajuste no redutor que define a tributação de IPI, PIS e Cofins para a bebida, em vigor a partir desta terça-feira (1º), dadas as fortes pressões de custo incidentes sobre o setor, avalia a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), entidade que reúne as quatro maiores empresas do setor (Ambev, grupo Petrópolis, Brasil Kirin e Heineken). "A CervBrasil vê com preocupação a decisão do governo", ressaltou a associação, em nota.

A entidade lembrou que, somente nos últimos dois anos, a carga tributária de bebidas frias subiu mais de 20%, "o que representa variação superior a oito pontos porcentuais em relação à inflação do período". E ressaltou que, no mesmo período, as companhias do segmento de bebidas frias realizaram aportes superiores a R$ 15 bilhões no País. "Apesar dessa medida, a indústria mantém seu compromisso com o desenvolvimento nacional e continuará o diálogo com o governo no sentido de garantir o crescimento do mercado, beneficiando assim o consumidor", finalizou.

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O secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, disse nesta terça-feira (1º) que a mudança no redutor da tributação das bebidas estava prevista e o governo julgou oportuno mantê-la. "Se não fizéssemos o aumento previsto, teríamos que compensar essa arrecadação com outras medidas", explicou. Segundo ele, a projeção de arrecadação adicional de R$ 200 milhões com a medida considera as vendas de todo o ano, inclusive na Copa.

Oliveira se corrigiu e confirmou que há um nova mudança de multiplicador programada para outubro deste ano. Segundo ele, na ocasião os preços dos refrigerantes também serão impactados. A alteração publicada hoje no Diário Oficial da União atinge cervejas, refrescos, isotônicos e energéticos e deve ter um impacto de R$ 0,01 no preço de cada embalagem.

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O secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, explicou nesta terça-feira (1º), que a alteração nos multiplicadores da tributação de bebidas frias vale para cervejas, refrescos, isotônicos e energéticos, mas não atinge refrigerantes nem água mineral. Uma portaria publicada hoje no Diário Oficial da União reajustou o redutor que define a tributação de IPI, PIS e Cofins para bebidas frias.

"A medida vale para cervejas em qualquer embalagem e para as demais bebidas em embalagens de lata e vidro. Não há nenhuma alteração para refrigerantes e a tributação da água mineral continua zerada", afirmou.

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Segundo ele, a alteração estava prevista desde setembro do ano passado e a arrecadação de R$ 200 milhões já está no orçamento. "A estimativa de arrecadação de 2014 está mantida", completou.

De acordo com Oliveira, a alteração de 1,5 ponto porcentual no multiplicador terá impacto de 0,4% no preço dos produtos. "Na maioria dos casos, o impacto será de R$ 0,01 por embalagem", projetou.

Oliveira ressaltou que o aumento da tributação de bebidas não está vinculado às necessidades de aporte à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). "São previstas alterações regulares nessa tabela. Os multiplicadores sofrem alteração para a tributação se aproximar da agregação de valor real da cadeia", explicou. De acordo com ele, não há previsão de novas alterações para essas bebidas ou para refrigerantes.

A mudança na tributação de bebidas, cuja regulamentação foi publicada nesta terça-feira (1°), no Diário Oficial da União, irá gerar uma receita adicional de R$ 200 milhões para os cofres públicos, de acordo com informações do Ministério da Fazenda.

A medida prevê o reajuste no redutor que define a tributação de IPI, PIS e Cofins para cervejas, refrescos, isotônicos e energéticos. O secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, e representantes da Receita Federal darão explicações ainda nesta terça-feira, sobre a mudança.

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O Ministério da Fazenda publicou nesta terça-feira (1), no Diário Oficial da União (DOU) portaria que formaliza o aumento da tributação sobre bebidas frias já anunciado pelo governo. O documento traz novas tabelas sobre os preços de referência para efeito de cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS/Pasep e Cofins, em substituição a tabelas anteriores previstas originalmente no Decreto 6.707, de 23 de dezembro de 2008.

A elevação dos tributos abrange águas minerais naturais, refrescos, isotônicos, energéticos e cervejas.

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As empresas fabricantes de cosméticos pediram nesta segunda-feira (31) ao ministério da Fazenda que não haja elevação de tributos para o setor. O presidente da Associação Brasileira de Produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), João Carlos Basílio, e mais sete executivos de empresas foram recebidos pelo secretário executivo do ministério, Paulo Caffarelli.

Basílio disse que o setor soube por meio da imprensa sobre a possibilidade de aumento da carga tributária dos cosméticos. "Não tínhamos sido chamados para conversar. Apresentamos um estudo que mostra o efeito que a medida pode ter na nossa indústria", afirmou ao deixar a reunião.

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O presidente da Abihpec, no entanto, disse que não irá revelar o conteúdo do estudo. Ele afirmou que recebeu de Caffarelli a garantia de que nada será feito nesta área sem que o setor seja ouvido. Basílio disse ter saído satisfeito do encontro porque o diálogo foi aberto.

Ele contou que o secretário informou que a Receita Federal tem visitado diversos setores e está avaliando o impacto do aumento de tributos. Basílio disse que o setor representa hoje 1,8% do PIB nacional e pretende chegar a 2% nos próximos dois ou três anos, se a carga tributária não for alterada. Segundo ele, há também previsão de que cinco novas grandes fábricas sejam inauguradas nos próximos dois anos.

Estiveram no encontro representantes da Avon, Natura, Boticário, Johnson e Johnson, Loreal, Jequiti e Hipermarcas.

Mesmo com o pacote de 2012 para reduzir o custo da eletricidade, o Brasil ainda tem a 11ª tarifa mais elevada do mundo, mostra levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). O valor é 8,8% superior à média de uma lista de 28 países selecionados pela entidade, que mantém uma espécie de "custômetro" da energia, permanentemente atualizado. Antes das medidas adotadas pela presidente Dilma Rousseff, o Brasil estava na quarta posição.

A tributação responde por boa parte do problema. Segundo a entidade, impostos e contribuições federais e estaduais, mais os encargos setoriais, que são taxas específicas cobradas junto com a conta, respondem por 36,6% da tarifa. Questionado, o Ministério de Minas e Energia não respondeu.

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Existe uma explicação para o aumento do peso tributário nas contas de luz. "O consumidor de energia elétrica não tem para onde correr", resume o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales. Todo mundo consome e os tributos são "insonegáveis".

Como consequência, os governos federal e estaduais pesam a mão na hora de cobrar impostos do setor, de forma que hoje as empresas suportam uma carga desproporcional à sua fatia na economia. Pelos cálculos do Acende Brasil, o setor elétrico responde por 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Ao mesmo tempo, é responsável por 5,2% do PIS-Cofins e por 8,7% do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Desconto

Se esses dois tributos fossem cortados à metade, as tarifas poderiam ter uma redução de 10%, estima Sales. Porém, as possibilidades de isso ocorrer são mínimas.

Há forte resistência dos Estados em abrir mão do ICMS que recolhem na conta de luz. Entre outras coisas, a arrecadação sobre a eletricidade, ao lado das contas de telefone e de combustível, sustenta as receitas estaduais e, em alguns casos, dá fôlego à prática da chamada guerra fiscal. A discussão sobre redução do ICMS estadual, que ganhou algum alento no ano passado, agora se encontra parada no Congresso Nacional.

Do lado federal, tampouco há perspectiva de redução do PIS-Cofins. Pelo contrário, a área técnica do Ministério da Fazenda propôs uma total reforma desses tributos, considerados extremamente complexos, mas a discussão parou por causa do impacto que a mudança teria na arrecadação.

A simplificação traria perdas, algo difícil de acomodar num momento em que o governo considera até cortar investimentos para melhorar o resultado de suas contas.

Aumento

O que está no horizonte, ao contrário de uma redução, é o aumento dos encargos setoriais. O pacote de redução da energia elétrica aumentou a lista de itens a serem bancados com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), cuja arrecadação é insuficiente para fazer frente às obrigações.

No ano passado, as fontes de receita do CDE geraram R$ 1,9 bilhão. As despesas, por sua vez, atingiram R$ 16,8 bilhões. O Tesouro Nacional precisou injetar recursos para fechar a conta. Para este ano, as estimativas apontam para R$ 18 bilhões em gastos.

A CDE cobre, entre outras coisas, o custo de funcionamento das usinas térmicas, que têm energia cara e foram acionadas por mais tempo do que o esperado por causa da falta de chuvas.

A discussão do momento entre os Ministérios da Fazenda e de Minas e Energia é quanto ficará a conta das térmicas e quem a pagará: se o consumidor, na conta, ou se o contribuinte, por meio de tributos para ajudar o Tesouro a equilibrar as despesas.

Além desse aumento da CDE, existem no Congresso propostas de novas despesas a serem bancadas pelos encargos. O Acende Brasil detectou pelo menos sete projetos de lei criando novos programas, como conceder tarifas subsidiadas para entidades filantrópicas, para agricultores e empreendedores no Polígono das Secas, para usuários de balão de oxigênio e para a aquicultura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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