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Honrando a história do professor e filósofo Benedito Nunes, a UNAMA – Universidade da Amazônia, unidade Parque Shopping, está promovendo uma mostra sobre a vida pessoal e carreira desse grande pensador brasileiro. A exposição está disponível nos corredores da universidade (veja fotos na galeria acima), no Parque Shopping, na avenida Augusto Montenegro, em Belém.

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O letrólogo e professor Paulo Nunes conheceu Benedito Nunes quando estudava na Universidade Federal do Pará (UFPA) e destaca a importância do filósofo paraense para os estudos da narrativa. ''Benedito é mestre, vindo da Filosofia e reverenciado no mundo das Letras como um dos grandes críticos literários do Brasil no século XX”, afirma. Paulo Nunes afirma que Benedito Nunes inseriu Belém e o Pará no mapa da recente inteligência nacional, integrando a segunda geração modernista paraense.

Nascido em Belém, no dia 21 de novembro de 1929, Benedito Nunes descobriu a leitura aos quatro anos, na Escola Sagrado Coração de Jesus, propriedade de sua tia, Theodora da Cruz Vianna. Formou-se em Direito em 1952 e casou-se com Maria Sylvia, sua colega de classe. No mesmo ano, fez o Exame de Suficiência, aplicado pelo Ministério da Educação, para o ensino de Filosofia. Lecionou em diversos colégios de Belém, ministrando as disciplinas Filosofia, História Geral e História do Brasil; e em cursos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Pará, ensinando sobre História da Filosofia e Ética.

Em 1961, Benedito Nunes foi contratado pela UFPA – Universidade Federal do Pará, deixando o ensino secundário e, em 1964, foi efetivado; após dois anos, foi nomeado professor titular, lecionando Introdução à Filosofia, História da Filosofia e ética. Entre 1962 e 1964, ele coordenou o Serviço de Teatro, criado junto com a esposa.

Durante o golpe civil-militar de 1964, Benedito e Maria Sylvia Nunes sofreram duas tentativas de busca em sua residência – onde havia produção e ensaio de produções teatrais – por militares, o que falhou, visto que erraram o endereço. Entretanto, o clima de delação incentivado nas universidades e as notícias preocupantes que circulavam fizeram com que o casal fosse para a França, em 1967.

Em território francês, Benedito e Maria Sylvia dedicaram-se aos estudos: Benedito focava em sua pós-graduação no Instituto de Estudos Portugueses e Brasileiros da Universidade de Sorbonne e lecionava Literatura Brasileira na Universidade de Haute Bretagne, enquanto Maria Sylvia fazia cursos livres no Collège de France.

Após dois anos, em 1969, o casal retornou ao Brasil. Benedito Nunes retornou à UFPA como professor e, em 1975, apresentou um projeto como base para a criação do curso de Filosofia, no qual, um ano depois, tornou-se o primeiro coordenador e presidente. Em 1992, aposentou-se, mas permaneceu ministrando aulas no curso de Mestrado em Letras, na disciplina Teoria da Crítica.

Além da UFPA, Benedito Nunes também fez parte do corpo docente de outras instituições brasileiras e do exterior. Para a concepção de suas aulas e cursos, o professor sempre teve como base a palavra no papel, valorizando muito a leitura e a escrita. Autodidata, publicou diversos artigos em periódicos brasileiros e estrangeiros, capítulos de livros, traduções, ensaios e livros, sendo três deles com objetivos didáticos.

Por Amanda Martins, Lívia Ximenes e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

A UNAMA – Universidade da Amazônia, em parceria com o Centro de Controle Zoonoses de Belém, vai promover, por meio da Clínica-Escola de Veterinária (Clivet) da Instituição de Ensino Superior (IES), um calendário quinzenal de vacinação antirrábica para cães e gatos. O objetivo da iniciativa é ajudar o município a melhorar a cobertura de proteção dos pets e a manutenção do controle da doença na cidade.

As ações vão ocorrer até o último mês do ano e sempre aos sábados, com início no próximo dia 13 de agosto de 2022. Para vacinar seus animais, os tutores devem se dirigir até a Clivet, das 8 às 17 horas, com acesso pelo estacionamento do canal da avenida Antônio Baena. Na entrada, os alunos do curso de veterinária da UNAMA, com supervisão de professores e veterinários da clínica-escola, farão a triagem dos animais.

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O coordenador do curso de Medicina Veterinária da UNAMA, professor Jurupytan da Silva, lembra que é importante que os tutores fiquem atentos aos critérios para vacinação. “Devem ser vacinados animais a partir dos 3 meses de idade e clinicamente saudáveis. Vale destacar ainda que, para uma maior segurança e bem-estar do animal, o reforço da dose antirrábica deve ser feito anualmente”, explica o docente.

Além do dia 13 de agosto, a programação de vacinação na UNAMA, em parceria com o Centro de Controle Zoonoses de Belém, ocorre ainda no dia 27 deste mês. As outras datas estipuladas para a oferta do serviço são: 10 e 24 de setembro; 8 e 22 de outubro; 5 e 19 de novembro; e nos dias 3 e 17 de dezembro.

Serviço

Vacinação Antirrábica – UNAMA e Zoonoses de Belém.

Datas: 13 e 27 de agosto; 10 e 24 de setembro; 08 e 22 de outubro; 05 e 19 de novembro; e 03 e 17 de dezembro.

Hora: 8h às 17h.

Local: Clínica-escola de veterinária da UNAMA, campus Alcindo Cacela.

*Entrada pelo estacionamento do canal da Antônio Baena.

Da Ascom UNAMA.

 

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A UNAMA - Universidade da Amazônia, por meio dos cursos de Nutrição e Gastronomia, vai promover o I Simpósio de Frutos da Amazônia, na próxima quinta-feira (11), das 8 horas até às 18 horas. O evento será realizado no auditório David Mufarrej, no campus da Alcindo Cacela, em Belém.

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O simpósio foi idealizado com base na necessidade de propagar a riqueza amazônica de forma fidedigna e com qualidade, indo além do universo acadêmico, afirma a professora Keilla Cardoso. Além de atuar como universidade e pensando na realidade da nossa região, a intenção é proporcionar uma maior gama de informações possível a toda a comunidade.

Caracterizada como atividade de extensão, Keilla explica que o simpósio vai complementar o conhecimento adquirido pelos estudantes de Nutrição, Gastronomia e de áreas que têm o alimento como matéria-prima de estudo. “A nossa região é muito rica e tem muito a nos oferecer. O nosso principal objetivo é tornar esse conhecimento acessível a todos”, acrescenta.

Segundo a professora, haverá uma diversidade de profissionais presentes no evento, como nutricionistas, engenheiros de alimentos, gastrólogos e tecnólogos de alimentos. Eles vão realizar uma abordagem técnico-científica e falar sobre as características físico-químicas de cada fruto apresentado, de que forma eles podem ser inseridos na culinária e na alimentação, bem como o teor nutricional deles.

Sobre a valorização da produção regional, Keilla acredita que o simpósio é um exemplo do que pode ser feito – discutir e propagar informações verídicas, baseadas em dados de artigos científicos. “Dar valor àquilo que faz parte da nossa realidade local ajuda a minimizar os gastos com a alimentação, por exemplo. Nós sabemos que os alimentos regionais, como são mais acessíveis, são mais baratos”, observa.

"Em toda cultura ou sociedade vamos encontrar mitos, tabus e tradições locais; com os frutos amazônicos, não é diferente", diz a professora. Existem mitos envolvendo frutas que apresentam maior teor de gordura, como a pupunha e o açaí, e de que a ingestão delas prejudica a saúde. Keilla afirma que, como instituição de ensino superior, a universidade procura desmistificar narrativas e gerar informações embasadas cientificamente.

Keilla reitera que o evento mostrará que muitos desses frutos contêm teores elevados de gordura, mas que essa gordura traz benefícios à saúde. “A gente sabe que todo excesso não é adequado. Eu acredito que a melhor forma de nós desmistificarmos essas questões é proporcionando o conhecimento, como nós estamos fazendo na realização desse simpósio”, esclarece.

A professora informa que toda a comunidade da UNAMA pode participar, assim como a comunidade externa – alunos, profissionais de áreas afins e todos que tiverem interesse no simpósio. “Vai ser um evento extremamente interessante e importante para todos nós que nos encontramos nessa região tão linda e rica que é a nossa Amazônia. Vamos nos apropriar daquilo que é nosso”, finaliza.

Para inscrever-se: https://extensao.unama.br/DetalhesEvento.aspx?EventoId=46436

Por Isabella Cordeiro (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

A mostra Contemporâneos Modernos vol.1 reabre na próxima segunda-feira, dia 8, com visitação regular de 14 às 18 horas, de segunda a sexta, na Galeria Graça Landeira, do Museu de Arte da UNAMA - Universidade da Amazônia, em Belém. Durante todo o mês de agosto, sempre às quintas-feiras, até 9 de setembro, a mostra segue com sua programação de Rodas de Conversa sob a coordenação do Grupo de Estudos e Pesquisa Arte, Imagem e Cultura do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC).

Para abrir o semestre, a Roda de Conversa vai receber os artistas Walda Marques e Simões, que falam com o público sobre os seus processos criativos e sobre as obras que estão na mostra. Haverá, ainda, mais cinco encontros, com abordagens sobre os processos criativos dos artistas, acervos das instituições e temáticas sobre as diferenças entre o moderno e contemporâneo em diversas áreas da criação.

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Este terceiro encontro, intitulado “Poéticas e Trajetórias”, promove o diálogo entre os dois artistas que são atuantes na produção visual do Estado, em especial na fotografia, no caso de Walda Marques, e na pintura, técnica que marca a trajetória de Toscano Simões. A conversa em formato de entrevista será conduzida pelos professores e pesquisadores Vera Pimentel e Jorge Eiró (Grupo Arte, Imagem e Cultura) e tratará da história e do percurso dos artistas convidados e da importância dos acervos da UFPA e UNAMA para a carreira e valorização da produção do artista paraense.

A conversa vai ocorrer dia 11 de junho, às 19 horas no espaço da galeria, aberta ao público e fomentando o debate e a pesquisa em torno da mostra, acervos e processos criativos, objetivos principais da pesquisa coordenada pelo grupo do PPGCLC. A equipe curatorial da mostra, formada por Susanne Pinheiro, Mariano Klautau Filho, Carolina Venturini, Luiz Fernando Veiga e Yasmin Gomes, participará também dos encontros, além dos professores mediadores. 

Serviço

Reabertura para visitação pública - Mostra Contemporâneos Modernos vol.1.

Dia 08.08 – Sempre de segunda a sexta, de 14h às 18h.

Museu de Arte da UNAMA - Galeria Graça Landeira, na avenida Alcindo Cacela, em Belém.

Rodas de Conversa – Programação completa

Dia 11.08 – 19h

“Poéticas e trajetórias” com Walda Marques e Simões

Mediação: Vera Pimentel e Jorge Eiró

Dia 18.08 – 19h

“Fronteiras do Moderno e Contemporâneo: Moda e Arquitetura”

Com Susanne Pinheiro e Ingrid Mendes

Mediação: Jorge Eiró

Dia 25.08 – 19h

“Fronteiras do Moderno e Contemporâneo: cinema e poesia”

Com Alex Damasceno e Marcílio Caldas

Mediação: Mariano Klautau Filho

SETEMBRO

Dia 01.09 – 19h

“Poéticas e trajetórias” com Nina Matos e Jair Junior

Mediação:  Mariano Klautau Filho e Susanne Pinheiro

Dia 09.09 – 19h

“Poéticas e trajetórias” com NailanaThiely e Duda Santana

Mediação:  Luiz Fernando Veiga e Yasmin Gomes

Da Redação do LeiaJá.

A UNAMA está oferecendo mais de 470 vagas no ProUni 2022.2 em cursos de graduação presencial e on-line. A Instituição oferta apenas bolsas integrais. Para concorrer a uma vaga, os interessados devem acessar o site http://acessounico.mec.gov.br/prouni entre os dias 1º e 4 de agosto. A divulgação da primeira chamada acontece em 8 de agosto.

Os cursos oferecidos pelas Instituições são Psicologia, Direito, Nutrição, Biomedicina, Enfermagem, Administração, Empreendedorismo Digital, Fisioterapia, Odontologia, Letras, Pedagogia, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Estética e Cosmética, Farmácia, Educação Física, Gastronomia, entre outros.

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“Com a grande concorrência por vagas em instituições públicas, o ProUni é visto como uma oportunidade para diversos estudantes conseguirem ingressar no Ensino Superior. Nossas Instituições estão de portas abertas para todos que tiverem interesse em estudar conosco. Temos uma excelente estrutura para recebê-los e sempre estamos buscando a excelência acadêmica, oferecendo um ensino de qualidade para que sejam bem-sucedidos no mercado de trabalho", afirma Emerson Lavor, Diretor de Programas Estudantis do Ser Educacional, grupo mantenedor da UNAMA.

Além do presencial, também há a opção da graduação digital. “São milhares de cursos EAD disponíveis para os estudantes. Dessa forma, podem estudar na conveniência do seu tempo e local, já que as aulas são gravadas e disponibilizadas após o ao vivo", conclui.

Para obter bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo e meio. Além disso, só pode se inscrever se tiver realizado o Enem de 2020 ou 2021 e ter obtido nota igual ou superior a 450 pontos na média das cinco provas; não ter zerado a redação; não ter participado do Enem como "treineiro"; entre outras condições que podem ser acessadas no edital do ProUni.

Confira a quantidade por unidade:

- UNAMA Belém (PA): 323 vagas presenciais;

- UNAMA Santarém (PA): 40 vagas presenciais e 12 EAD;

- UNAMA Castanhal (PA): 8 vagas presenciais;

- UNAMA Marabá (PA): 6 vagas presenciais;

- UNAMA Boa Vista (RR): 15 vagas presenciais e 12 EAD;

- UNAMA Rio Branco (AC): 10 vagas presenciais;

- UNAMA Porto Velho (RO): 10 vagas presenciais e 12 EAD;

- UNESC/UNAMA Porto Velho (RO): 16 vagas presenciais;

- UNAMA Macapá (AP): 10 vagas presenciais.

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A UNAMA - Universidade da Amazônia celebrou, na última sexta-feira (10), os 15 anos do curso de Moda da instituição, o primeiro da região Norte, com a temática “Tarsila e o Guarda-Roupa Modernista”. O encontro contou com programações especiais, incluindo desfiles, encontro com os antigos e atuais alunos do curso, exposição de ecobags em consonância com a vertente da sustentabilidade e com ilustrações inspiradas em quadros pintados por modernistas brasileiros – e bate-papo com profissionais de renome.   

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A reitora da UNAMA, professora Betânia Fidalgo, destacou que, para a universidade, ser a primeira instituição a oferecer o curso. “A UNAMA precisa estar em todas as áreas, uma universidade precisa construir conhecimentos técnicos e científicos em todas as áreas e a Moda é uma dessas áreas. A gente fica muito feliz, porque aqui, desde a criação, à modelagem e ao empreendedorismo da moda, são várias áreas dentro do curso que os alunos podem escolher para poder atuar”, afirma a reitora.

Para Felícia Maia, mestre em Artes pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Pará (PPGArtes – UFPA) e coordenadora do curso, a trajetória de 15 anos representa a possibilidade que a moda tem de gerar empregos e renda. “Se a gente realmente investir nessa qualificação, nós teremos pessoas que vão estar preparadas para fazer produtos que possam competir no mercado nacional e internacional, e isso é fundamental para a economia de uma região”, observou.

Apesar dos muitos anos em formação e atuação em Direito, a coordenadora relata que está no universo da Moda desde a infância, por meio da convivência com sua mãe na costura. Isso a incentivou a investir na área e a repassar seu conhecimento aos alunos.

“Iniciei na coordenação do curso de Moda da UNAMA em fevereiro, mas a gente conseguiu fazer, nesse semestre, um trabalho muito produtivo com os alunos muito engajados, trabalhando com projetos, fazendo com que eles sintam a importância de vivenciar já na academia o que será o mercado de trabalho. Nós vamos apresentar resultados que são amostras de quanto é importante, hoje, você estudar, você estar dentro de uma universidade, para poder ser um bom profissional”, destacou a coordenadora.

A estudante do terceiro semestre de Moda Vitória Sousa falou sobre a sua experiência no curso. “Até agora, tem suprido todas as minhas expectativas. Sempre tive vontade de cursar Moda porque está no meu ramo familiar, toda a minha família trabalha com isso, todos eles têm loja e aí é o meu foco, tenho vontade de ser empresária no futuro”, disse.

Lucilene de Carvalho, ex-aluna UNAMA, estilista e empresária, contou como se sentiu em participar desse evento de comemoração e rever professores e mestres que contribuíram para a sua formação acadêmica e profissional. Para a estilista, estar novamente na instituição em que foi acolhida e saber que o curso deu frutos foi ótimo.

A estilista pontuou, ainda, que sua vivência universitária contribuiu muito para seu conhecimento de mercado. "Tive muitas experiências boas aqui na faculdade. Experiências com projetos que criamos com os meus colegas de classe, com os professores. No curso de Moda, precisamos pesquisar muito e usar muito a criatividade, a gente sai com uma bagagem, com um olhar bem diferente para as coisas que a gente vê no dia a dia. Isso, para mim, como experiência, foi muito bom”, concluiu. 

Danuta Leão, publicitária, doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura da Universidade da Amazônia (PPGCLC – UNAMA) e docente no curso, acredita que a Moda é uma forma de expressão e compartilhamento de linguagens, indo além de vestimentas, ditando os símbolos que a sociedade consome e gerando diferenciais e comunicação. A professora disse que fica feliz em fazer parte do corpo docente e em trabalhar com a criatividade que há na convergência entre a Publicidade e a Moda.

“Eu estou no curso desde 2015 e lecionando, principalmente, disciplinas de Marketing e de Gestão. Eu fico muito feliz quando vejo os alunos pensando e saindo do curso para o mercado de trabalho altamente preparados, principalmente numa questão de análise, de pensamento crítico, de criatividade”, destacou.

Durante o evento, duas coleções acadêmicas foram apresentadas: a primeira, apresentada pela turma do terceiro semestre, celebra o Modernismo na literatura e tem como inspiração o poema “Batuque”, do poeta paraense e precursor do Modernismo Bruno de Menezes; a segunda, realizada pela turma do quinto semestre, contempla peças de brechó ressignificadas com inspiração no estilo arquitetônico “Raio-que-o-parta", grande modismo urbano de Belém na primeira metade do século XX.

Por Amanda Martins, Lívia Ximenes e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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Será nesta quarta-feira (15), às 19 horas, no Museu de Arte da UNAMA - Galeria Graça Landeira, na avenida Alcindo Cacela, em Belém, a primeira série das Rodas de Conversa do Grupo de Estudos e Pesquisa Arte, Imagem e Cultura do PPGCLC (Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura da UNAMA - Univesidade da Amazônia). Na pauta, a história e as identidades que caracterizam os acervos da UNAMA e Universidade Federal do Pará (UFPA) postos em diálogo na Mostra Contemporâneos Modernos vol.1.

Esse é o primeiro encontro de uma série que vai até setembro. A abertura das Rodas de Conversa terá a participação da profesosra Jussara Derenji, diretora do Museu da UFPA, e do artista e professor Emanuel Franco, atual diretor do Museu de Arte Sacra e antigo diretor da Galeria Graça Landeira e Curador do Salão Pequenos Formatos, que sedimentou a criação do acervo artístico da UNAMA. 

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O evento será em formato de entrevista conduzida pelos professores curadores Jorge Eiró e Mariano Klautau Filho (Grupo Arte, Imagem e Cultura).

Da Redação do LeiaJá Pará.

 

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Os alunos do curso de Design Gráfico da UNAMA - Universidade da Amazônia realizam a 1ª Mostra de Cartazes do Círio, com a temática "Design e Fé", no hall de entrada da UNAMA Alcindo Cacela, em Belém, até o dia 10 de junho. Dentro das disciplinas de Ergonomia e Computação, os professores Silvia Nunes e Robson Macedo, em conjunto com a coordenação e a turma, propuseram essa exposição para promover o trabalho dos alunos e conectar-se com a religiosidade.

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A ideia partiu dos alunos de Design Gráfico com a intenção de abordar o Círio de Nazaré, tradicional evento católico de Belém. O projeto estava dentro da proposta da disciplina, a qual trabalha a parte ergonômica e o conteúdo computacional, objetivando a visualização dos elementos que compõem o cartaz.

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"Trazer um cartaz, para nós paraenses que estamos há algum tempo sem Círio, começará a chamar a atenção da sociedade para este grande evento. Para que toda a sociedade perceba o quão compromissados são os nossos alunos e professores", explicou Cristiany Moscoso, coordenadora do curso de Arquitetura e umas das organizadoras da exposição.

A mostra conta com o auxílio de dois tipos de QR Code. O primeiro, que pode ser visto na exposição presencial, apresentará o processo criativo de cada obra. Já o segundo será para a escolha do melhor cartaz, sendo a votação aberta ao público.

Por Giovanna Cunha, Igor Oliveira e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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O Museu de Artes da UNAMA – Galeria Graça Landeira retornou às atividades na última quarta-feira (1), após dois anos inativo, com a exposição "Contemporâneos Modernos, Modernos Contemporâneos – Volume 1". O evento foi realizado em parceria entre os museus da UNAMA - Universidade da Amazônia e Universidade Federal do Pará – UFPA, com curadoria dos professores do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura da Universidade da Amazônia (PPGCLC – UNAMA) Jorge Eiró, arquiteto, e Mariano Klautau Filho, comunicólogo. A exposição também contou com a presença do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, e da reitora da UNAMA – Universidade da Amazônia, Betânia Fidalgo. A galeria fica na UNAMA Alcindo Cacela, em Belém.

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Jorge Eiró é também artista plástico e está na curadoria desde os anos 1990. O arquiteto diz que seu desejo é que o público desfrute de todas as possibilidades de interpretação, acolhimento e percepção que as obras dão.

“Acho que esse público vai encontrar um repertório muito diversificado da produção artística contemporânea brasileira, em que a figura humana está presente nas suas mais diversas interpretações, o que, certamente, para o grande público, vai possibilitar inúmeras interpretações, inúmeras viagens em torno dessas escolhas que nós fizemos e que nortearam o nosso trabalho”, afirma.

Jorge destaca que o eixo temático da exposição é a figura humana, em suas representações e desfigurações, e que a apresentação da arte se dá em diversas formas por meio de fotografias, pinturas, esculturas e vídeos. Eiró também evidencia seu anseio pelo retorno ao circuito normal das exposições.

Em relação à ligação entre arte e arquitetura, o curador acredita esse elo é algo intrínseco às duas áreas. Para ele, a arte é um elemento indispensável e um componente estético essencial para quem faz arquitetura.

“Durante muito tempo a arquitetura também foi considerada uma grande arte, pois ela englobava todas as manifestações artísticas do seu espaço. Hoje, no contemporâneo, essas relações são diferentes, mas esse vínculo entre arte e arquitetura continua sendo indissociável”, reforça.

Por volta de 2009-2010, Mariano Klautau Filho iniciou na jornada da curadoria em um processo natural do seu trabalho como pesquisador. “A gente está vivendo num país tão difícil, talvez um dos momentos históricos mais terríveis, com experiência do Governo Federal que não gosta de cultura, não gosta de arte, não gosta de índio, não gosta de diversidade. Eu acho que a maneira com que a gente tem de dar o troco é trazendo de volta à vida a produção artística”, salienta.

Klautau destaca que a reativação da Galeria Graça Landeira é uma satisfação que vai além da sua pessoa, visto que é a representação da retomada do patrimônio que a UNAMA possui em seu acervo de arte contemporânea brasileira.

O comunicólogo acredita que a valorização da arte em Belém se dá por meio da educação e que é necessário apresentar às crianças os museus da cidade, para que entendam que a arte é algo integrado à vida. “Quanto mais formos formados pela arte como uma maneira de educação, uma maneira de conhecimento do mundo, a gente vai ter uma relação mais completa da nossa vida”, comenta.

O artista plástico paraense Emanuel Franco é um dos fundadores da Galeria Graça Landeira e esteve presente na reabertura. Ele conta que é satisfatório ver o espaço revitalizado e reconstituído e com suas obras em exibição.

Emanuel iniciou sua carreira nos anos 1980 com desenhos em pastel. Atualmente, trabalha com arte em lonas surradas e vivencia a realidade das estradas, em contato direto com a realidade do cotidiano.

“A gente não para, a gente continua. Eu continuo minha pesquisa, tenho um atelier de arte, onde a minha produção é efetiva. Estou programando exposições. Nessa retomada, eu vou mostrar muito mais daquilo que produzi”, pondera o artista.

Alexandre Sequeira, artista plástico que também teve suas obras expostas na reabertura, declara que o evento é uma exaltação a um acervo que é tão importante para a cidade e para o Brasil.

“Eu acho que as duas universidades precisam olhar para esse material com muita atenção, porque há muito material de estudo disponível. Então, eu fico muito feliz de poder estar aqui celebrando reabertura de galeria e revalorização de acervo nesse momento tão obscuro que a gente vive”, alega.

Sequeira diz que sua produção objetiva promover reflexões e questionamentos e que não possui uma temática específica, pelo contrário, faz suas criações com base em inquietações, vontades e elementos que o cercam.

Jussara Derenji, arquiteta e diretora do Museu da UFPA, destaca que a exposição é muito especial, visto que as atividades presenciais estão retornando. "Isso engrandece todas as instituições participantes e leva a público obras que, de outra maneira, não seriam conhecidas pelos diversos segmentos que entram nas exposições", diz.

Esse é o primeiro seguro entre instituições realizado em Belém, o que Jussara considera um grande avanço. "Nós achamos que o primeiro foi extremamente bem-sucedido. Houve uma curadoria muito cuidadosa, houve avanços no ponto de vista tecnológico e técnico da exposição", ressalta.

O Museu de Artes da UFPA já voltou às atividades, recebendo um público maior do que antes da pandemia, o que gerou muita surpresa. "Recomeçamos com uma exposição da FaygaOstrower, que é uma gravurista conhecida nacional e internacionalmente, mas nós não esperávamos que houvesse uma vontade tão grande do público de voltar a frequentar exposições", conclui a diretora.

Por Lívia Ximenes, Vinícius dos Reis, Igor Oliveira, Rodrigo Sauma e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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A UNAMA - Universidade da Amazônia será sede da quarta edição do evento gastronômico Sabor UNAMA. O festival ocorre no dia 11 de junho, no estacionamento do campus Alcindo Cacela, das 10 às 17 horas. O evento conta com espaço lúdico para crianças, barracas com exposições gastronômicas elaboradas por alunos do curso de Gastronomia e diversas atrações regionais: a cantora Lucinnha Bastos, a banda Farofa Tropikal, a banda Orquestra Aerofônica e a influenciadora digital Leona Vingativa.

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O Sabor UNAMA tem como objetivo fomentar a cultura, a gastronomia e a arte regionais, dando suporte e auxílio aos alunos de Gastronomia da UNAMA para apresentarem os produtos desenvolvidos durante suas aulas práticas. “O evento surgiu com a necessidade de podermos reunir todos os assuntos tratados dentro do curso de Gastronomia e com a culminância de um grande festival, já que Belém está inserida dentro do circuito gastronômico mundial. Precisávamos oferecer isso para o município de Belém”, declarou Bruno Morais, coordenador do curso de Gastronomia da UNAMA.

Para ter acesso ao evento é necessário doar 1kg de alimento não perecível, destinado ao projeto Ter Paz do governo do Pará. Cada doação corresponde a um copo ecológico de brinde. O coordenador do curso ressalta que as vagas são limitadas e as inscrições serão feitas pelo link http://sereduc.com/DgQ08k

Serviço

Festival Sabor UNAMA.

Data: 11 de junho (sábado).

Hora: 10h às 17h.

Local:  UNAMA - Universidade da Amazônia, estacionamento do campus Alcindo Cacela (avenida Alcindo Cacela, 278, Umarizal).

Por Kaila Fonseca (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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A Galeria Graça Landeira, reformada como espaço expositivo do Museu de Arte da UNAMA - Universidade da Amazônia, será reaberta no dia 1º de junho, quarta-feira, às 19 horas, com a exposição “Contemporâneos Modernos, Modernos Contemporâneos – vol. 1”. A mostra inaugura parceria inédita entre os acervos de arte do Museu da Universidade da Amazônia e Museu da Universidade Federal do Pará (UFPA) e representa uma etapa da pesquisa do grupo “Arte, Imagem e Cultura”, coordenado pelos professores Jorge Eiró e Mariano Klautau Filho no Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC) da UNAMA.

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O projeto marca a retomada de agenda do Museu de Arte da UNAMA, reconfigurado depois de ter suas atividades suspensas por causa da pandemia. A mostra apresenta uma articulação entre UNAMA e UFPA, com o propósito de promover o diálogo em torno dos seus acervos de arte contemporânea brasileira.

As instituições de ensino somam esforços e apoio à pesquisa em seus respectivos acervos artísticos. Sob direção das professoras Betânia Fidalgo (reitora da UNAMA) e Jussara Derenji (Diretora do Museu da UFPA), a convergência proporciona integração maior entre Pós-Graduação e Graduação em torno da produção e reflexão no campo das Artes Visuais. 

“Contemporâneos Modernos, Modernos Contemporâneos– vol. 1” problematiza os limites entre o moderno e o contemporâneo no âmbito das discussões sobre a arte brasileira, promovendo maior reconhecimento e visibilidade dos acervos constituídos na Amazônia. Além da coordenação de Jorge Eiró e Mariano Klautau Filho, a equipe curatorial é composta por Vera Pimentel, Susanne Pinheiro, Carolina Venturini, Yasmin Gomes e Luiz Fernando Veiga, pós-graduandos, pesquisadores e egressos da UNAMA.

Serão exibidos trabalhos de 58 artistas, dentre os quais 21 do acervo do Museu da UFPA e 37 do Museu da UNAMA. São pinturas, gravuras, desenhos, fotografias, objetos, esculturas e instalações que reforçam o diálogo entre materialidades e gerações distintas, privilegiando a figura humana em suas mais diversas representações.

Integram a mostra mulheres artistas que representam diferentes gerações e regiões do Brasil. Do acervo da UNAMA estão Rosângela Brito, Camila Soato, Paula Sampaio e Vânia Mignone, entre outras. Do Museu da UFPA, Dina Oliveira, Roberta Carvalho, Jorane Castro e Carmem Souza são algumas das mulheres representadas na exposição. A mostra reúne também obras de Luiz Braga, Sidney Amaral, Nailana Thielly, Ulysses Bôscolo, Duda Santana, Emanuel Franco, Alexandre Sequeira, Francisco Maringelli, Jaime Bibas, entre outros e outras artistas que fazem parte da coleção de ambos museus.

Serviço

Exposição “Contemporâneos Modernos, Modernos Contemporâneos – vol. 1”.

Museu de Arte da UNAMA – Galeria Graça Landeira. Av. Alcindo Cacela.

Abertura: 1o de junho, quarta-feira, às 19  horas. Visitação de segunda a sexta-feira, de 14 às 18 horas.

Da Redação do LeiaJá Pará.

A campanha do Maio Amarelo consiste na conscientização sobre a importância da segurança no trânsito. Ações desenvolvidas nessa área, esse mês, tem como principal objetivo a diminuição dos acidentes, de forma que as cidades atendam à resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), de 2011, que lançou a campanha “A década de segurança no trânsito”, que vai de 2021 até 2030.

O principal meio encontrado pelos organismos ligados ao trânsito nos municípios brasileiros foi o uso efetivo da comunicação para chamar a atenção dos motoristas. A advogada Ana Paula Vieira Igreja, do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) UNAMA - Universidade da Amazônia, falou sobre o assunto, em entrevista ao LeiaJá.

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Como você considera o trânsito de Belém?

O trânsito em Belém é precário. Poucas vias que possibilitam a mobilidade urbana. Este estado precário de fluidez prejudica principalmente aqueles que dependem de transporte público e pedestres, preteridos nos cuidados e segurança.

Qual a importância da difusão de informações e ações durante o Maio Amarelo?

O melhor meio de mudança social. Além de ter acesso a informações relacionadas aos direitos do usuário do trânsito, conscientizar nossa sociedade de seus deveres e de como poderá se beneficiar deles é (ou deveria ser) o objetivo da campanha.

Você considera importante a comunicação como forma de prevenção de acidentes?

Definitivamente, a comunicação abre portas e amplia a eficácia da legislação de trânsito. Prova disso é a conscientização da população através de campanhas como a do cinto de segurança e das cadeiras infantis.

Na sua opinião, o uso da mídia para propagar a conscientização sobre o Maio Amarelo surtirá algum efeito permanente, ou será uma coisa momentânea?

Certamente a campanha surtirá um efeito permanente.

Por Giovanna Cunha e Igor Oliveira (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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Os cursos de História da UNAMA – Universidade da Amazônia e do IFPA – Instituto Federal do Pará promovem, na quinta-feira (26), a I Jornada de Escrita e História. Abordando as relações entre essas duas áreas do conhecimento, o evento conta com a presença de especialistas na área, como o Prof. Dr. Francisco Neto, coordenador do curso de História e Geografia da UNAMA, e o Prof. Dr. Raimundo Nonato Castro, coordenador do curso de História do IFPA, campus Belém.

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De acordo com Francisco Neto, a parceria entre as instituições de ensino surgiu por meio da interação entre os pesquisadores envolvidos. “Todos são contemporâneos no período de estudos da graduação em História. São pesquisadores com diversas vivências, seja na História, Antropologia, Sociologia e Letras, áreas que dialogam neste evento”, diz.

A Jornada visa trazer as várias possibilidades das relações da História, permitindo reflexões sobre produção acadêmica e plágio e debates sobre a escrita e as demais formas de expressão de pensamentos.

Programação

18h30 – Mesa de Abertura, com Prof. Dr. Francisco Neto e Prof. Dr. Raimundo Nonato Castro.

19h – Mesa 1

Palestra 1 – Escrita e História: O uso de imagens na pesquisa histórica, com Prof. Dr. Raimundo Nonato Castro.

Palestra 2 – A escrita histórica do comércio negreiro e a qualidade dos escravizados que desembarcaram na Amazônia, com Prof. MSc. Diego Pereira Santos.

20h – Mesa 2

Palestra 1 – A narrativa histórica na literatura: A perspectiva da aristocracia do pé no chão sobre Cidade de Belém de Dacildo Jurandir, com Profa. Dra. Maíra Maia.

Palestra 2 – Escrita, História e Punição: Sobre dispositivos escriturais a partir de Michel Foucault, com Prof. Dr. Heraldo de Cristo.

O evento é aberto aos interessados e será na UNAMA, campus Alcindo Cacela (Av. Alcindo Cacela, 287 – Umarizal) – Auditório D-200. Inscrições neste link.

Por Lívia Ximenes (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O curso de Enfermagem da UNAMA - Universidade da Amazônia promove, nos dias 24 e 25 de maio, a XII Semana de Enfermagem, voltada para os alunos da instituição, estudantes de fora e profissionais. A abertura será na terça-feira (24), às 9 horas, no auditório David Mufarrej, no campus da Alcindo Cacela, em Belém.

A coordenadora adjunta do curso de Enfermagem da UNAMA, Hallessa Pimentel, explica que a programação vai ser bem ampla. A saúde de populações tradicionais, a saúde da mulher e práticas integrativas aplicadas por uma equipe multiprofissional estão entre os temas que serão discutidos nesses dois dias.

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Serão realizadas mesas para debater temáticas sobre Urgência e Emergência, Oncologia e principalmente como os futuros enfermeiros podem entrar em projetos de pesquisa e extensão. À tarde, haverá oficinas organizadas e promovidas por ligas acadêmicas, sobre simulação realística para reanimação cardíaca.

“A gente está com uma programação bem ampla, diversificada, com mesas, com oficinas e com a apresentação de trabalhos. Os alunos puderam submeter resumos para o nosso evento e eles também vão poder apresentar nesses dois dias”, afirma a coordenadora.

Hallessa Pimentel diz que o objetivo da programação é integrar a comunidade cientifica da Enfermagem, profissionais de todas as instituições hospitalares, de ensino superior, de cursos técnicos e estudantes de cursos técnicos. A intenção é que todos possam vivenciar discussões abrangentes para a área, principalmente nesse momento de grandes conquistas para a categoria.

“É especialmente esse o objetivo de o nosso curso: estar promovendo esse grande evento para a nossa instituição”, conclui.

Por Isabella Cordeiro (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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O Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC), da UNAMA - Universidade da Amazônia, vai promover a roda de conversa “Folias, Foliões e a festa do Glorioso São Sebastião de Cachoeira do Arari – Marajó-PA”, nesta quarta-feira (18). O evento faz parte dos Diálogos Batuques com Peixe Frito e vai ter início às 16 horas, no auditório D-200, no campus da Alcindo Cacela, em Belém.

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O PPGCLC realiza ações e eventos de natureza científica, sempre em diálogo com temas da realidade e que estão ligados à sociedade, diz o professor Edgar Chagas Junior, coordenador do programa. Segundo ele, o principal foco da roda de conversa é debater, compreender e assimilar questões referentes ao universo da cultura popular do Estado do Pará, além de aproximá-las do universo acadêmico.

“Essa roda de conversa foi organizada para debater e, acima de tudo, dialogar sobre a importância dessa manifestação cultural e o que ela representa para a identidade amazônica”, enfatiza.

O diálogo Batuques com Peixe Frito vem da união de dois projetos de pesquisa do programa de pós-graduação – Batuques e Academia do Peixe Frito – e trata de temas relacionados à cultura popular, literatura, festas, folguedos, poesia e às narrativas orais, que são o foco de estudo desses grupos.

O professor acrescenta que é uma maneira de interação entre os grupos de pesquisa, de celebração e de encontro do que está sendo pesquisado pelo PPGCLC. “Dessa forma, se procura estender e trazer à sociedade essas informações, como uma maneira de contribuição da Universidade da Amazônia, do programa de pós-graduação, para o conjunto da sociedade em relação à produção desses conhecimentos”, explica.

O público pode esperar uma interação de informações, de pesquisadores, dirigentes da Irmandade, e também dos que vão participar, que são devotos ou não entusiastas da Festa de São Sebastião de Cachoeira do Arari. “E que nesse processo de interação, de diálogo, a gente saia com uma compreensão mais ampla e fortalecidos, no sentido de que essa manifestação precisa ser, não só compreendida e estudada, mas acima de tudo preservada”, complementa.

O professor Paulo Nunes, um dos coordenadores do projeto de pesquisa “Academia do Peixe Frito", diz que o PPGCLC está inserido na produção cultural da sociedade paraense. Segundo ele, pela forte inserção no Marajó, o professor Edgar Chagas Junior pensou em unir forças dos projetos de pesquisa para fazer valer a força desta modalidade de manifestação cultural: a festividade do Glorioso São Sebastião de Cachoeira do Arari.

“Interessa-nos discutir as lúdicas desta festa popular marajoara. Os projetos Batuques e Academia do Peixe Frito querem fazer chegar à comunidade da UNAMA a beleza estética da devoção ao glorioso santo. Nossa abordagem será nas linhas antropológica e literária”, informa.

Após a roda de conversa, às 18 horas, a Comitiva de Foliões de São Sebastião de Cachoeira do Arari vai se apresentar para a comunidade acadêmica no hall da UNAMA. “Sendo essa comitiva parte de uma festa que é patrimônio cultural do Brasil, instituída há quase 10 anos. Essa folia, antes de peregrinar pelo Marajó, faz a sua peregrinação por Belém”, esclarece o professor Edgar Chagas Junior.

Por Isabella Cordeiro (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

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Enfermeiros e enfermeiras ao redor do mundo, assim como o esforço desses profissionais, foram homenageados na quinta-feira (12), e os estudantes também comemoram a data. Os alunos do curso de Enfermagem da UNAMA - Universidade da Amazônia participaram de uma atividade de simulação realística chamada “Resgate de paciente politraumatizado”.

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A professora Milene Tyll, da disciplina Enfermagem em Emergência e Trauma, explicou que a ação faz parte da grade curricular do curso de Enfermagem. “O nosso egresso enfermeiro Murillo Monteiro, diretor de saúde da Brigada Civil de Emergências Grão-Pará, trouxe sua equipe de bombeiros civis e todos os equipamentos necessários, incluindo a ambulância, para essa simulação realística”, disse.

Milene Tyll abordou a relevância de práticas como essas, que colocam o estudante em situações realísticas, tornando-o parte do processo de resgate. “Fazendo-o entender a importância do conhecimento técnico e científico adquirido na universidade”, complementou.

Sobre a data, a professora afirmou que a melhor maneira de celebrar os enfermeiros é através do respeito, da valorização profissional e salarial, e de melhores condições de trabalho de uma classe que, segundo Milene, cuida do próximo em todas as horas, mesmo com medo do desconhecido. “Os enfermeiros são profissionais valorosos e corajosos”, definiu.

Milene Tyll também deixou um recado para os que ainda estão estudando para tornarem-se profissionais da área. “Estudem, pesquisem, pratiquem, dediquem-se, porque espaço tem para todos, mas só os fortes sobressaem”, afirmou.

Luanna Mayra de Souza, 42 anos, estudante do 9º semestre do curso de Enfermagem, participou da atividade e acredita que, pela vivência prática dos atendimentos com a qual os futuros enfermeiros vão lidar no dia a dia, é essencial que haja aulas nesse formato. Ela também falou como foi a experiência de fazer parte da ação. “Foi fantástico. A oportunidade de participar de uma aula prática é enriquecedora”, contou.

Luanna também é formada em Fonoaudiologia, pela UNAMA, desde 2004. Para ela, o Dia do Enfermeiro representa um recomeço. “Fazer parte de uma profissão tão bonita e cheia de qualidades me enche de orgulho. Somos muitos em um só, pois a Enfermagem vai muito além do cuidado assistencial. Somos líderes”, disse.

A estudante acredita, ainda, que a data de hoje representa a luta de uma classe que sempre esteve em segundo plano dentro das instituições de saúde, e que merece reconhecimento, respeito e remuneração proporcionais à dedicação dos profissionais.

Assim como a professora Milene Tyll, Luanna também deixa um recado para os estudantes de Enfermagem e para os trabalhadores de saúde: “Faça sempre o seu melhor. Esteja sempre à frente do seu tempo. Estude bastante, pois a excelência depende de dedicação. Seja especialista em algo que acredite. E ame o que faz, sem deixar de lado o retorno financeiro, pois este será proporcional ao seu esforço”.

Por Isabella Cordeiro (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

A Sociedade Americana para a Prevenção a Crueldade contra Animais (ASPCA) criou a iniciativa “Abril Laranja”, em 2006, voltada para a prevenção de maus-tratos a toda e qualquer espécie animal. Com o objetivo de tornar a causa cada vez mais relevante, o curso de Medicina Veterinária da UNAMA - Universidade da Amazônia, Unidade Parque Shopping, junto com o Núcleo de Estudos Aplicados à Medicina Veterinária (NEAVET), realizou na última sexta-feira (29) uma tarde de palestras com profissionais da área.

Lílian Ximenes, coordenadora do curso e doutora em Ciência Animal pela Universidade Federal do Pará (UFPA), disse que a intenção do evento era alcançar, também, o público externo, com o objetivo de que todos propaguem a campanha. “Pessoas que não fazem parte do eixo que organizou o evento estiveram presentes. Participam e adquirem esse conhecimento e vão ser, a partir daquele momento, porta-vozes daquela boa nova que a gente está trazendo, que é o não à crueldade animal”, afirmou.

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O médico veterinário e coordenador do Programa de Controle Populacional e Castração de Cães e Gatos do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ - Belém/PA), João Bosco, a advogada Camila Teixeira, professora no curso de Direito na UNAMA Parque Shopping, e Igor Normando, deputado estadual (PODEMOS) e autor de mais de 15 projetos em favor da causa animal, participaram da programação.

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De acordo com o Art. 32 da Lei Nº 9.605/98, praticar maus-tratos contra animais é crime. Em 2020, com a repercussão do Caso Sansão (animal que foi torturado por seu tutor), a lei foi atualizada no dia 29 de setembro, aumentando o tempo de reclusão do agressor para 2 a 5 anos, com multa e proibição de guarda. "Hoje existem penas mais severas. É possível ser preso por maus-tratos, é possível você, além de pagar multa, perder a qualidade de tutor, você deixar de ter o direito de guarda daquele animalzinho”, ressalta Camila.

Abordando informações sobre o "Abril Laranja", o médico João Bosco afirmou que o mês foi escolhido para receber uma atenção maior, mas que a luta deve ser mantida durante todo o ano. “Maus-tratos não se restringem a uma agressão física. Ao deixar de dar aquelas medidas básicas para que o animal tenha uma vida saudável, uma vida confortável, uma vida de qualidade mesmo, você está cometendo maus-tratos. Ao não passear com o animal, deixar o animal trancado, sem acesso a uma boa alimentação, a vacinas, vitaminas, você está cometendo uma infração, crime de maus-tratos”, observou.

Camila Teixeira também falou sobre a senciência animal, termo utilizado para definir a capacidade que esses seres possuem de sentir, ter emoções e entender o que acontece ao seu redor, especialmente na relação com os humanos, e como isso afeta a saúde quando o animal não recebe o tratamento adequado. “A gente tem que pensar no bem-estar de uma maneira mais ampla e no próprio conceito de saúde como algo além da não-doença. Não é só não deixar adoecer. Saúde é muito mais do que isso e tudo que abala a saúde desse animal, nas várias direções, importa”, relatou.

No Pará, o programa “Pará Patas”, iniciado no mandato do deputado Igor Normando, busca levar consultas veterinárias gratuitas e vacinação para animais de famílias em estado de vulnerabilidade e conta com o apoio de voluntários, como veterinários formados e em formação e ONGs. “Nós atendemos mais de 10 mil animais ano passado de forma gratuita e, esse ano, para coroar esse trabalho, a gente conseguiu que o Governo do Estado pudesse adotar essa medida com uma política de governo, incluindo, também, as castrações de animais”, afirmou o deputado.

Em termos de bem-estar animal, a castração possui um papel muito importante, visto que é uma ferramenta de controle populacional que pode reduzir os casos de abandono. “A gente precisa, principalmente, educar os mais jovens. É fundamental que a gente eduque desde a infância que animal tem que ser tratado com respeito, com dignidade, com carinho e com atenção. Você não é obrigado a gostar de animal, mas você é obrigado a tratá-lo com o mínimo de respeito”, complementou o deputado.

O evento contou com a colaboração dos alunos do curso que estão envolvidos no NEAVET (Núcleo de Estudos Aplicados à Medicina Veterinária). Ana Bagot, estudante do 3º semestre e membro do núcleo, conta que essa dinâmica de participar da organização e trocar informações com profissionais e alunos é gratificante. “Eu espero que esse conhecimento sobre o 'Abril Laranja', sobre os maus-tratos conta os animais, colabore de alguma forma com a sociedade, que isso fique mais perceptível aos olhos das pessoas”, assinalou.

Lílian Ximenes disse que essas ações de conscientização são lentas e graduais. Logo, devem ser diárias. Para incentivar a denúncia, a advogada Camila Teixeira sugere que casos de sucesso sejam divulgados, já que, dessa forma, a população verá que a lei é eficaz. “Se eu vejo casos reais, a sensação de impunidade diminui e isso me incentiva a olhar pro lado e a denunciar”, afirmou.

Onde denunciar maus-tratos a animais

Ministério Público;

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA (0800 61 8080);

Secretaria de Meio Ambiente;

Delegacias de Polícia;

Conselhos Federal e Regional de Medicina Veterinária (caso o agressor seja médico veterinário);

Disque denúncia (181).

Por Lívia Ximenes, Isabella Cordeiro e Clóvis de Senna (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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O Cine Líbero Luxardo exibiu, na quinta-feira (21 de abril), a sessão de estreia em Belém do longa-metragem “Medida Provisória”, dirigido pelo ator e cineasta Lázaro Ramos. No cenário de um Brasil autoritário, o filme trata de uma realidade distópica em que o governo ordena que todos os afrodescendentes, com nacionalidade brasileira, sejam deportados para o continente africano, com a justificativa de reparar o período histórico da escravidão. A decisão causa desordem, medo e movimentos de resistência ilegais que trazem esperança ao país.

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Graduado e licenciado em História pela Universidade Federal do Pará (UFPA, 2010),  mestre em História Social da Amazônia pela Universidade Federal do Pará (UFPA, 2013)  e doutorando na Universitat de Barcelona, o professor Diego Pereira Santos, coordenador do curso de História da UNAMA - Universidade da Amazônia, tem dedicado suas pesquisas ao tráfico interno de escravos das capitanias e províncias após a criação da Companhia Geral de Comércio do Grão Pará e Maranhão e da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e da Paraíba, destacadamente no último quartel do século XVIII até a primeira metade do século XIX. Em entrevista ao LeiaJá, o historiador falou sobre a relação da temática do filme com a realidade histórica brasileira.

O Brasil é uma nação racista?

Quando a gente pensa essa noção de racismo é importante que a gente entenda de onde ela vem. O intelectual africano Achille Mbembe, em um livro chamado "A crítica da razão negra", vai construindo essa ideia de como o racismo se processou e se processa na contemporaneidade. Ele fala que o racismo nasce de vários processos de efabulação (ato ou efeito de fabular, fantasiar), de criação de visões de negação, até da negação do eu. O racismo é essa negação profunda; você não coloca o outro apenas como inferior, mas você nega a sua própria existência. Nesse ponto, a gente entende, dentro das ciências sociais, sim, o Brasil é um país racista, porque há diversas práticas de negação desses sujeitos ao longo do tempo, especialmente dos negros. O Brasil é um país racista porque esse racismo que vem se constituindo, especialmente a partir do momento em que a Europa começa a se consolidar enquanto continente, se processa como uma ideia de negação, e o tráfico consolida esse processo de inferiorização do negro, que hoje ainda temos como um elemento negativo dentro da sociedade brasileira.

O que é racismo estrutural?

Ele está baseado numa estrutura de poder. Ao longo do tempo, quando a gente entende a formação da sociedade brasileira, ela se dá nesse encadeamento de relações, na qual você passa a pensar o branco positivando e você passa a pensar o negro, seja a partir de questões históricas, culturais, interpessoais, como negação. O racismo estrutural está presente em vários momentos. Não há apenas a ideia de um racismo institucional, na relação direta. Há uma compreensão de grande parte da sociedade, a gente não pode falar do todo, que reconhece privilégio de um grupo social ou, nesse caso, um grupo étnico, ainda que etnia seja um pouco mais profundo da gente pensar, sobre outro. Nesse caso, se privilegiou o branco em detrimento do negro.

O que você pode falar sobre desigualdade racial?

A desigualdade racial é manifesta. Eu poderia falar da sociedade americana como um todo, americana no sentido do continente América, porque essa ideia de descobrimento acaba manifestando uma negação do outro. Quando você descobre, você privilegia o descobridor, não o descoberto, e muito menos aqueles que são arrancados, desterritorializados, desenraizados das suas etnias, reinos, famílias, e seus grupos sociais são colocados dentro de uma outra relação de poder. O Brasil é um exemplo muito claro disso, no Estados Unidos isso acontece muito, não é uma realidade única, ainda que seja uma realidade complexa e diferenciada nesses estados nacionais. Existe sociedade igual? Não. Acho que o termo mais adequado hoje, para nós pensarmos isso, é equidade. Hoje não se fala de igualdade, porque a igualdade é você dar as mesmas oportunidades para os diferentes. Quando você entende que há desigualdade o sentido muda, porque você passa a oportunizar as diferenças para os diferentes. Então é fundamental compreender que não se pensa, hoje, numa sociedade que vá ser igual, porque brancos e negros não são iguais no Brasil. A ideia, quando você pensa as relações étnico-raciais, é você compreender que essas oportunidades têm que se dar compreendendo as diferenças de cada grupo social. 

Existe relação entre o racismo e o descobrimento do Brasil pelos portugueses?

Sim, sem dúvida. Porque quando você pensa a raiz dessa ligação, o sentido do descobrimento é da negação, mas ele não é da negação do outro no sentido de compreender a alteridade. O descobrimento é pautado numa visão ocidental, racista, branca, europeia, então tudo o que era diferente disso passava a ser negado, tudo o que não era europeu, ocidental ou que não casava dentro de uma ideia de civilidade europeia passa a ser visto como inferior. Além disso, é muito interessante a gente pensar antes desse descobrimento, por exemplo, os contatos que houve da Europa com a África, principalmente a partir do século XV. Em 1415, tem a Conquista de Ceuta, onde hoje é o Marrocos. Esse entreposto comercial passa a ser fundamental para que os europeus, em particular os portugueses, passassem a ter um domínio do continente. A partir dali eles vão tentar fazer a circunavegação do continente, vão tentar rodear, porque a ideia era chegar nas Índias, mas esse contato com a África já passava a necessidade de ser um contato econômico. Muito se pensa que o objetivo era já num primeiro momento a escravidão, e não era. No primeiro momento os europeus estavam mais interessados na prata e no ouro, principalmente, mas a partir desse contato com os africanos eles entendem a possibilidade de ter ganhos com a questão da venda desses seres humanos. É dali que começa uma série de negócios que todos ganhavam dentro do que a gente chama de tráfico de escravos. Nessa ideia do descobrimento, o africano é visto como outro, como um sujeito inferior. Não à toa, nas crônicas desse período, do século XVI e do XVII, era muito comum que se falassem dos africanos que usavam rabos, que eram “tão pequenos que sumiam”, porque havia todo um imaginário e ele acabou se condensando dessa negação. O que nós vamos ter posteriormente a isso é um quadro de negações, de inferiorizações e, como Mbembe fala, ‘de objetificações’.

Como as pessoas brancas podem contribuir para a luta antirracista?

A luta antirracista não é de uma cor só. A luta antirracista é de todos, eu acho que isso também é um ponto que a gente precisa entender, para além dos lugares de fala que são muito complexos na sociedade brasileira. É preciso que a gente entenda que essa relação precisa ser compreendida por todos. Quando a gente entende o que é o racismo, quando a gente compreende que muitas vezes as falas presentes no nosso racismo estrutural estão nas brincadeiras menos oportunas, num tratamento ou num olhar preconceituoso, manifesto numa ação discriminatória, aí eu tenho exatamente que compreender que esse não é um problema só dos negros, mas é um problema da sociedade brasileira.

Filmes como “Medida Provisória”, com grande repertório histórico, cultural e artístico, com exibição em um ano de eleições, são importantes para o debate político?

É decisivo, porque muitos desses conceitos estudados pela ciência foram negados. Foi negado o racismo, alguns negaram o fato de haver escravidão. Essa negação de um passado, silenciamento, uma censura, isso é extremamente problemático, diante desse cenário. O fato de vir à tona agora um filme como esse, com uma dimensão que busca problematizar, em essência, situações que acontecem no nosso cotidiano, reforça aquilo que estava sendo negado, especialmente no atual governo, em que há a ideia de naturalizar o racismo, o preconceito, a ditadura, as torturas. Toda a perspectiva histórica é pautada em relações de poder, não tem como nós pensarmos de forma diferente. Injúria racial é crime, racismo é crime. São diferentes? São. Injúria racial é quando você manifesta isso numa ação direta com um indivíduo. O racismo é manifestado em relação à ideia da raça como um todo. Esse questionamento, isso é fundamental em ano de eleição, porque amplia nossas possibilidades de uma escolha democrática. A arte é um palco privilegiado da crítica social no Brasil, e sempre foi assim desde a década de 60, 70, 80. Lembro dos movimentos ligados aos negros, muito fortes, e que vinham, então, tentar buscar soluções ou a repensar a sociedade a partir da arte e da cultura. É fundamental que a gente tenha esse tipo de debate neste ano de 2022.

No filme existe um governo autoritário, que limita a liberdade dos cidadãos. Na sua opinião, quais são os impactos sociais desse tipo de regime?

O impacto social direto é você ter um controle das mentes. Isso faz parte da cultura brasileira. Entre 1964 e 1985, o Brasil viveu uma ditadura, hoje compreendida como uma Ditadura Civil Militar, em que havia esse processo de negação. Analisemos, então, o nosso quadro político contemporâneo. Eu tenho pelo menos dois impeachments, nessa breve, nova República. A nossa primeira eleição é indireta, que eu tenho o Tancredo Neves, depois o Collor, tenho um impeachment, vem o Itamar Franco, que era vice dele, depois vêm os dois governos de Fernando Henrique, depois os dois governos Lula, o governo Dilma impedido, tem um governo e meio, depois vem o Temer, depois vem o Bolsonaro. A nossa República é uma República com traços autoritários. O próprio Jair Bolsonaro, atual presidente da República, disse que o seu voto era em nome de um torturador, quando ele fala do impedimento da Dilma, naquele contexto. Então, o voto dele para um ditador, uma pessoa que foi um torturador, isso mostra que a gente tem aí na nossa República traços autoritários, isso não está distante de nós.

No longa eles mostram um ativismo forte contra um governo opressor. Você pode dar exemplos de situações que retratem essa realidade no Brasil?

Esse ativismo é bem compreendido hoje, os movimentos negros são bem organizados. Aqui, inclusive, na nossa região, tem um órgão que é o CEDENPA (Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará) que tem um papel muito interessante. O movimento negro foi responsável por várias mudanças no âmbito educacional, que é um caminho interessante, ainda que seja a longo prazo. Há duas leis que foram editadas ainda nos idos dos anos 2000, que é a lei 10.639/2003, da obrigatoriedade do ensino de historia e cultura africana e afro-brasileira nas escolas da educação básica, e em 2008 a 11.645/2008, que vai pensar também os grupos indígenas. Você tem de 2010 para 2011 o Estatuto da Igualdade Racial, fundamental para legitimar que eu não tenho essa igualdade, porque ela nunca existiu. A Constituição de 1988 diz que todos são iguais, mas essa igualdade não era de fato. Quando você vai, por exemplo, para a LDB, alguns anos depois da Constituição de 1988, a Lei Diretrizes e Bases da educação, de 1996, ela fala sobre a pluralidade racial. Só que nos anos 2000, aí num momento de grande crescimento dos movimentos sociais, na época do governo do PT, importante que se diga, é que isso vai se tornar uma realidade mais clara. Ainda que hoje não haja um mecanismo de intervenção direta, em relação a se estar ministrando ou não essas aulas nas escolas públicas ou particulares, há, pelo menos, a lei que nos indica esse caminho, e houve diversas produções bibliográficas a partir dessas duas leis e do Estatuto da Igualdade Racial.

Com as novas mídias que surgem, especialmente nas redes sociais, com seus canais abertos a todas as manifestações, você acha que o racismo pode se agravar?

É complexo, porque quando você abre os canais isso não é ruim, naturalmente, você tem liberdade de expressão no Brasil, isso é uma realidade constitucional. Mas a internet abre as portas para a ignorância, para discursos do período colonial, de negação, contra aquilo que já está, de alguma maneira, consolidado dentro de uma visão universitária, científica. Há um caso que foi retratado agora no Big Brother. Uma das participantes, a Natália, fez um comentário falando sobre a questão de que os negros vieram para cá porque eram fortes. A questão aqui não está tanto no comentário dela, mas como essa visão é enraizada na sociedade brasileira, o quanto ainda hoje o olhar da sociedade em geral é esse. Essa visão era a que o traficante de escravo tinha quando ele tirava o escravo da África, quando ele negociava o escravo na África e o colocava na condição de escravizado, é o mesmo discurso. A internet banaliza de certa maneira determinados pontos de vista, porque eles não são alicerçados numa base cientifica, eles são abalizados no ‘eu acho’, no ‘o que eu compreendo’, no ‘o que eu penso’. As fake news são um retrato muito claro disso. Você amplia, dá a vazão para milhões de pessoas compartilharem o mesmo conteúdo. Esses discursos, muitas vezes anacrônicos, fora do seu tempo, vão circular. Em ano de eleição, nem se fala. A ampliação é positiva, os canais são positivos, você ter as suas mídias, construir mídias sociais sem a necessidade de um aparelhamento dessa reflexão, desses aparelhos televisivos, dos programas televisivos, isso é interessante. O que é problemático é quando você tem um desfavor, por determinados canais, por determinados apresentadores.

De que forma o entendimento da política brasileira pode ajudar na luta por direitos?

Eu vejo muito hoje esse movimento político dentro de um quadro que é claramente ocidental, da polarização. A polarização dos olhares, ‘só tem um ou outro’ ou ‘você é de uma cor ou de outra’. A realidade humana não é tão simples. Ela é subjetiva, complexa. Olhar para essa realidade e compreender para além disso, procurar estudar, olhar realmente quais são os programas políticos de cada candidato, ter uma percepção melhor daquilo que foi, que é e que será, eu acho que são pontos fundamentais. A história não se repete, não há historiador que vai dizer que a história vai ser a mesma, isso é muito reproduzido na sociedade, ‘vai acontecer igual’. Não, nunca vai ser igual, mas há ecos, há reverberações desses momentos históricos. É fundamental, especialmente para os jovens, já que a gente está abrindo esse canal, a possibilidade de um questionamento a tudo isso que a gente colocou aqui, ao filme, à sociedade, a toda complexidade desses elementos formativos da sociedade brasileira. A juventude informada precisa dizer não, precisa se informar para que ela possa criar seus próprios olhares. Ela precisa entender o que é essa política, porque entendendo a gente tem também a nossa possibilidade de arbitrar sobre isso, de construir o nosso posicionamento, em direção a uma democracia, consolidação desse estado democrático, que é falho, e muitas vezes abre margem para a corrupção, mas ainda é a melhor opção do que viver em um estado ditatorial, no qual você tenha uma sociedade do controle, no qual se pense a retirada daqueles que são ou que podem ser considerados indesejados, como o filme propõe em relação aos negros. As elites no Brasil se incomodam, sim, com essa presença de negros, pardos, índios, dentro da universidade, porque há uma sociedade construída em bases, e são bases brancas, elitistas, com visões sectárias de separação. É preciso votar. É preciso fazer parte desse movimento de mudança.

Por Giovanna Cunha e Vinicius D. Reis (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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O curso de Relações Internacionais da UNAMA - Universidade da Amazônia promoveu, na última quinta-feira (28), o evento gratuito e aberto “Diálogos sobre Paradiplomacia na Amazônia: A Importância dos Consulados na Amazônia”. A pauta central foi a análise do intercâmbio entre governos da região amazônica e de outras nações do planeta.

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De acordo com o professor Mário Tito, doutor em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UNB) e coordenador do curso, a intenção é fazer com que as estratégias diplomáticas entre a academia e os vários agentes consulares da Região Metropolitana de Belém cresçam ainda mais, além de abrir possibilidades de pesquisas na área. “A ideia do curso de Relações Internacionais com esse evento é priorizar, na formação do futuro internacionalista, não só a abertura de mercado, mas, também, que esses agentes consulares conheçam que existem acadêmicos estudando para trabalhar nessas agências consulares e, de alguma forma, favorecer esse intercâmbio.”, disse.

Para compreender e explicar melhor a paradiplomacia, que surgiu em um cenário de criação de zonas de livre comércio e blocos econômicos, Mário Tito a caracteriza como “a ação de relações internacionais feita por Estados e municípios". "A diplomacia é feita pelo Estado Central, no caso, o Governo Federal. A paradiplomacia é feita pelos Estados subnacionais e os municípios”, assinala.

Na Amazônia, segundo Mário Tito, a paradiplomacia também é conhecida como “Operação Descentralizada”. Possui um foco maior na proteção ambiental e nos serviços e nas ajudas financeiras e técnicas que são direcionados à preservação do ecossistema e ao atendimento da população.

“Qualquer Estado nacional, qualquer município pode fazer relações internacionais nesse nível de cooperação descentralizada. O mais interessante é quando esses Estados e municípios organizam assessorias de relações internacionais ou, então, uma secretaria de relações internacionais que possa fazer com que seja um elemento dinamizador de todas as atividades, seja na relação com organizações internacionais, com outros países, com outras instituições financeiras, com ONGs, inclusive”, acrescenta.

O evento ocorreu no auditório David Mufarrej, da UNAMA Alcindo Cacela, e contou com a presença de cônsules especialistas no assunto. 

Por Lívia Ximenes (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

Quatro alunas do sétimo semestre do curso de Comunicação Social (Jornalismo), da UNAMA - Universidade da Amazônia, estão desenvolvendo um projeto chamado Pará de Pavulagem, podcast em que entrevistam personalidades de Belém e contribuem para uma melhor divulgação da cultura paraense.

"O podcast traz uma linguagem bem informal, mas não tão informal a ponto de não ser levada a sério. Então, a gente encontrou no podcast uma forma de nós quatro, como amigas, conversarmos sobre algo que a gente gosta e, ao mesmo tempo, levar informação para as pessoas", disse Ana Luísa Cintra, uma das acadêmicas.

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Formato digital, o podcast é um conteúdo em áudio, disponibilizado por meio de arquivo ou streaming, que que pode ser ouvido em diversos dispositivos, o que ajudou na sua popularização. Como produto jornalístico, aborda um tema, ou vários, como se fosse um programa, e se apresenta em episódios. 

Em entrevista ao LeiaJá, Ana Luísa Cintra, Maria Rita Araújo, Sabrina Avelar e Yasmin Seraphico falaram mais sobre o projeto.

A primeira entrevistada do podcast foi a professora de redação Cindy Hage, curadora do "Sarau Ver-o-Verso”.  "Por ela estar mais engajada no assunto e, como o tema do nosso podcast era sobre o Dia da Poesia, a gente decidiu entrevistar ela", disse Maria Rita.

Sabrina Avelar agendou a entrevista com a professora. ''Eu peguei alguns contatos relacionados à poesia no local onde eu trabalho, porque eu faço estágio na TV Liberal, e achei a proposta dela muito mais interessante", disse Sabrina.

Para as estudantes, gravar um podcast nesse momento da graduação está sendo boa experiência. "É muito bom, mas é difícil, porque o nosso horário é muito apertado, então a gente tem trabalhos das disciplinas, a gente tem TCC e o podcast, que tem que ir atrás de um entrevistado, tem que fazer o roteiro, gravar, editar. É bem difícil, mas a gente gostou muito da ideia e a se deu muito bem com esse formato", disse Ana Luísa Cintra.

Para Ana Luísa, o podcast é uma forma de conversar. É uma aproximação com o público sobre temas variados, assinala. "Não só com o público, mas também com o próprio entrevistado, que fica mais à vontade", disse Maria Rita. No podcast, o importante é levar informação, conteúdo de qualidade para as pessoas, completa Maria Rita.

"A nossa primeira entrevista foi com Silvestre Neto, sobre o Ecoturismo. A gente fez por WhatsApp, e ele mandou os áudios. O que mais deu trabalho foi na hora da edição, mas na hora que a gente foi montar o roteiro, meio que flui muito naturalmente, pela nossa conexão, que a gente tem uma com a outra (risos). A gente consegue fluir muito bem, uma coisa bem dinâmica", disse Yasmin Seraphico

Embora experimental, o podcast está nas plataformas digitais e pode ganhar uma projeção maior. "A gente pretende trabalhar em cima do podcast. Talvez um dia chegue lá. Eu espero que a gente consiga (risos), apesar das dificuldades do momento", disse Ana Luísa.

A meta, segundo as estudantes, é ajudar a difundir a cultura paraense para o restante do país. "Os projetos culturais que nós temos aqui, as oficinas, tem tanta gente que não conhece. São pouco divulgados, coisas que são importantes. Eu espero que a gente consiga atingir muito mais pessoas", disse Maria Rita

“Até porque a proposta do nome do podcast é a identidade que a gente criou, a letra que a gente pensou é a letra que a galera escreve nos barcos, aquela letra mais elaborada. E o nome pavulagem veio da Maria Rita, que gostava muito do Arraial do Pavulagem e a gente pensou na gíria (ah, lá vem tu com essa pavulagem, para de pavulagem) mas é no Pará, e aí vem Pará de Pavulagem, justamente para trazer a cultura regional", destacou Ana Luísa. Segundo ela, tudo está fundado na regionalidade. "Tem a vinheta, o BG, tudo isso é pensado para trazer uma regionalidade para o podcast, sem tirar a credibilidade. A nossa proposta é valorizar o regional", disse Ana Luísa.

Para ouvir o podcast Pará de Pavulagem, clique aqui.

Entrevista concedida a Igor Oliveira (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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