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Não haverá exceções para resgate de bancos alemães pela União Europeia (UE), afirmou o comissário de mercados internos do bloco Michel Bernier, em entrevista publicada neste domingo pelo jornal Welt am Sonntag. "Se nós aceitarmos pedidos de exceção, cada país fará suas solicitações e, então, não teremos mais um sistema europeu unificado de supervisão", disse.

O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäeuble, havia dito que somente as instituições maiores deviam ser controladas pelo Banco Central Europeu (BCE), pedindo que os bancos menores ficassem sob observação dos órgãos reguladores locais. No entanto, Bernier afirmou que tamanho não é um critério para se decidir sobre a supervisão centralizada. "Nos últimos anos, vimos que bancos pequenos e médios também podem criar problemas", avaliou Bernier.

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Enquanto a centralização do controle dos bancos é a principal prioridade do BCE, países devem chegar a seus próprios esquemas de seguro de depósitos bancários, acrescentou. As informações são da Dow Jones.

A polícia grega decidiu reagir contra os manifestantes reunidos em frente ao Parlamento que protestam contra o pacote multibilionário de austeridade da Grécia exigido pelos credores internacionais em troca da liberação da próxima parcela do segundo pacote de resgate.

Após os manifestantes jogarem coquetéis Molotov, pedras e fogos de artifício contra a polícia, os policiais reagiram com gás lacrimogêneo, granadas e canhões de água. Muitos manifestantes também removeram pedras das calçadas para lançá-las e usaram barras de ferro para quebrar os vidros das lojas localizadas ao redor da praça onde ocorre o protesto.

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Segundo estimativas da polícia, entre 60 e 70 mil trabalhadores, empresários e estudantes se reuniram em torno de uma praça em frente ao Parlamento, onde congressistas debatem o pacote de austeridade no valor de 13,5 bilhões de euros, cuja votação está prevista para às 20h (de Brasília).

As informações são da Dow Jones.

O diretor-gerente do Instituto de Finanças Internacionais (IIF), Charles Dallara, acredita que um pedido de socorro da Espanha à União Europeia não só beneficiaria o país, mas também a Europa.

Em entrevista ao jornal El País, Dallara afirmou que o pedido de socorro da Espanha aumentaria a confiança, acionaria o programa de compra de bônus do Banco Central Europeu (BCE) e reduziria os custos do financiamento do governo espanhol e das companhias do país.

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"Eu acho que, ao invés de olhar para o pedido de socorro como um revés para este governo, o pedido deveria ser visto como um reconhecimento do que foi feito até agora", ressaltou Dallara. Ele disse que não acha que o pedido de socorro viria com condições duras, visto que a Espanha já implementou medidas de austeridade fortes, segundo o jornal.

Além disso, Dallara afirmou que, embora apoie a iniciativa de criar um "banco ruim", não estava claro para ele qual o papel que o bancos assumirão na nova instituição e se farão parte do capital do banco formado por investidores privados. "É importante proteger a integridade do sistema financeiro como um todo sem infectar bancos saudáveis com a fraqueza de alguns bancos de poupança", declarou o diretor do IIF. As informações são da Dow Jones.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse hoje que a competitividade da União Europeia será uma questão central a ser discutida por líderes europeus na cúpula de dois dias que começará na quinta-feira, em Bruxelas.

Falando durante a conferência anual da principal associação empresarial alemã, a BDA, Merkel reiterou sua visão de que a falta de competitividade da zona do euro foi um dos principais fatores por trás do aumento do endividamento dos países da região. A solução da crise local, disse ela, exige que cada país do bloco reforme sua economia e restaure sua competitividade.

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Merkel defendeu ainda a "harmonização da competitividade" na zona do euro como uma garantia para erradicar as principais causas da crise.

O comentário da chanceler veio depois de seu ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, pedir ações de longo alcance para estimular a integração da zona do euro. Em Abu Dabi, Schäuble afirmou que a Europa precisa agora "dar passos maiores na direção da união fiscal". Maior integração fiscal e de políticas econômicas é o que a Alemanha vem pregando para solucionar a crise da zona do euro.

Merkel disse também que as reformas econômicas que estão sendo introduzidas na Grécia, epicentro da crise, estão gradualmente começando a ter resultados. Segundo a chanceler, ainda há muito trabalho a fazer, mas Atenas tem mostrado uma nova forma de encarar seus problemas. As informações são da Dow Jones.

Os ministros de Relações Exteriores da União Europeia aprovaram formalmente nesta segunda-feira a imposição de novas e abrangentes sanções contra o Irã. Em declaração conjunta, o bloco afirmou que a República Islâmica urgentemente deve acatar as obrigações internacionais em relação a seu polêmico programa nuclear.

As sanções afetam instituições financeiras, comércio, energia e o setor naval do Irã. Elas são as medidas mais duras desde o embargo contra o petróleo iraniano imposto em julho.

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Os ministros expressaram "sérias e crescentes" preocupações com a expansão da capacidade do Irã de enriquecer urânio e pediram que o país coopere com os inspetores internacionais. Teerã insiste que suas atividades nucleares têm fins pacíficos.

Um dos pontos centrais é a proibição de transações entre bancos europeus e iranianos, a não ser que estejam relacionadas com ajuda humanitária. O Banco Central do Irã enfrentará novas restrições e serão proibidas exportações de materiais que possam ser usados para fins industriais ou militares. Novas regras também dificultarão o movimento de petroleiros e cargueiros iranianos e afetarão a capacidade de construção de navios do país.

"As sanções... São parte de uma abordagem dupla", afirmou o Ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius. "Nós vamos continuar negociando e vamos manter a pressão". As informações são da Dow Jones.

Batendo panelas, frigideiras e tampas para se fazer ouvir pelos poderes públicos, cerca de dois mil espanhóis marcharam neste sábado (13), no centro de Madri, para protestar que os efeitos da crise recaiam na população, enquanto os bancos são resgatados.

Convocados pelos 'indignados', sob o lema "Não devemos, não pagamos", homens e mulheres de todas as idades, alguns com crianças, partiram em um clima de festa da sede da União Europeia, na capital espanhola, até a emblemática praça Porta do Sol.

"É mentira tudo o que nos estão dizendo, que a causa desta crise é o gasto dos serviços públicos, da saúde, da educação, quando sabemos que os governos estão financiando os bancos", disse Marita Casa, professora aposentada que exibia na cabeça uma panela enfeitada com uma flor.

Ao seu redor, centenas de pessoas gritavam, "Não é uma crise, é uma fraude!" e "Não pagamos esta dívida!".

Ainda que em menor número do que em outros protestos, os manifestantes conseguiram causar grande barulho, usando o que tivessem a mão, como tambores, conchas de cozinha, pedaços de pau ou buzinas de bicicleta.

"A ideia é fazer muito barulho para que nos ouçam, embora já sabemos que estes dirigentes não têm ouvidos para nós", dizia Marita, enquanto pedia "um sistema econômico diferente, que não se baseie no crescimento, mas nas pessoas".

Enquanto isso, um idoso distribuía para a multidão cartazes onde se podia ler "Ditadura dos bancos NÃO", "Privatizam para roubar mais" e "Euro-roubo".

"Parece patético que tenham dado o prêmio Nobel da Paz à União Europeia", revoltou-se Olga Díez, administradora de 45 anos, considerando que Bruxelas também é responsável de que o cidadão comum pague por uma crise que não provocou.

A imprensa europeia considerou este sábado (12) que a atribuição do Prêmio Nobel da Paz para a União Europeia (UE) fez justiça a uma história "que rendeu 67 anos sem conflitos ao continente", mas estava dividida sobre sua pertinência em um momento em que esta instituição sofre sua pior crise.

Para alguns, a lembrança da importância do projeto comum deve dar aos europeus razões para acreditar e incentivá-los a continuar os esforços. Outros, principalmente na Grã-Bretanha e Alemanha, veem este Nobel como uma ironia pouco pertinente, em um momento em que a Europa não é mais que uma "combinação de Estados em falência".

Este prêmio "deve ser visto (...) como um chamado a prosseguir os esforços. Porque a paz se alimenta da coesão social, objetivo pulverizado pela crise", reportou o jornal La Libre Belgique. "Seria um erro acreditar que a paz foi conquistada definitivamente. O crescente nacionalismo e extremismo na Europa reflete o risco, que não deve ser submestimado, de um contragolpe", acrescentou.

O jornal Le Soir (Bélgica) considera, por sua vez, que "os cidadãos europeus, muitos dos quais têm motivos para se angustiar, devem tomar este prêmio como um lembrete do que a Europa foi até agora, um ator primordial da democracia e do progresso".

Esta também é a opinião do jornal de centro-direita La Stampa: "o prêmio chegou de surpresa em um dos momentos mais difíceis do processo de integração do continente, já que a crise continua afetando muitas famílias, que estão à beira de uma possível revolta social (...) Trata-se de um reconhecimento concreto em um caminho que rendeu 67 anos sem conflitos ao continente".

Na França, o jornal Libération (esquerda) considerou que "se requer uma desfaçatez colossal para conceder o prêmio Nobel da Paz à União Europeia em um momento em que, diante de uma crise que a supera (...), esta última parece se deixar absorver pelo declínio".

Para o jornal conservador francês, o Le Figaro considerou que esta recompensa é "um estímulo para uma Europa sacudida pela crise" e destacou que "o comitê norueguês premiou uma construção que pacificou de forma duradoura o continente".

Avaliação similar fez o alemão Die Welt: "o prêmio Nobel da paz recompensa um milagre e estimula continuar acreditando em milagres".

O Frankfurter Allgemeine Zeitung considerou o projeto europeu não como "um projeto do passado, mas uma missão para o futuro". O prêmio Nobel da Paz dará aos europeus a coragem de seguir trabalhando em sua obra comum".

No entanto, estas apreciações não são unânimes na Alemanha.

"Boa ideia, mal vencedor", avaliou a revista influente Der Spiegel: "ninguém pode criticar seriamente que o prêmio Nobel da Paz tenha sido concedido à União Europeia. Este é justamente o problema, é uma decisão mais fácil. Teria sido mais corajoso premiar um homem que encarna o que falta hoje em dia nas políticas europeias: Jacques Delors", ex-presidente francês da Comissão Europeia.

Como era de se esperar, a imprensa britânica também se mostra crítica, salvo o Financial Times, que considerou que o Nobel "reconhece, com razão, uma proeza histórica".

"O prêmio Nobel da Paz vai para a idiotice", exclamou o popular jornal Daily Mail (conservador), debaixo de uma foto de manifestantes gregos vestidos de nazistas durante a visita a Atenas da chanceler alemã Angela Merkel.

Os países da zona do euro devem considerar Orçamento e Tesouro únicos, bem como contratos para unir os países nas reformas econômicas em troca de incentivos financeiros, afirmou o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, em um relatório provisório publicado nesta sexta-feira e que será apresentado na reunião da União Europeia em Bruxelas no dia 18 de outubro e uma versão final na reunião dos líderes em dezembro.

Na versão liberada nesta sexta, o relatório insiste na ideia de que os países da zona do euro devem desenvolver uma "capacidade fiscal" comum - um Orçamento - para "absorver choques assimétricos".

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Van Rompuy avançou na proposta ao sugerir que um orçamento comum "poderia requerer o estabelecimento da função de um Tesouro com responsabilidades fiscais claras", tornando mais claro o pedido de um ministro de Finanças para a zona do euro.

Contratos poderiam ser usados para fazer com que os estados-membros se comprometam com reformas econômicas, acrescentou ele, sugerindo que essas ideias para a tendência de ajuste econômico poderiam ser premiadas com "flexibilidade temporária e limitada e incentivos para metas fiscais". Van Rompuy disse que esses incentivos podem também serem oferecidos para os países que não pertencem ao euro. As informações são da Dow Jones.

Os interessados em fazer viagens curtas, de até três meses, para os países da União Europeia continuarão livres da necessidade de visto. O acordo de reciprocidade do Brasil com a UE foi renovado na segunda-feira (08) conforme decreto da presidenta Dilma Rousseff. A novidade é que foram incluídos Letônia, Malta, Chipre e Estônia, países que passaram a fazer parte da União Europeia.

Dos 27 países que integram atualmente a UE, o acordo só tem como exceções o Reino Unido e a Irlanda. No entanto, unilateralmente, cada país poderá romper o acordo. As negociações já existentes permanecem em vigência.

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A isenção é válida para passaportes comuns. Mas o texto permite a prorrogação desse período, desde que negociado com as autoridades de cada país. O fim do visto vale para quem viajar a turismo, visitar parentes e participar de conferências, reuniões e congressos - exceto quando a pessoa recebe recursos públicos. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A Comissão Europeia aprovou as medidas alternativas de reforma que o governo de Portugal apresentou. As medidas seguirão agora para a próxima reunião dos ministros das Finanças da zona do euro para serem aprovadas formalmente, afirmou Simon O' Connor, porta-voz do braço executivo da União Europeu.

Segundo O' Connor, a comissão chegou a um acordo "em níveis técnicos" sobre as medidas revisadas. "Agora o Eurogrupo...vai discutir e eventualmente aprovar formalmente as decisões", disse ele. O porta-voz não quis comentar mais detalhes sobre as novas medidas.

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O primeiro-ministro de Portugal, Passos Coelho, se reuniu com sindicatos e associações empresariais na semana passada para discutir alternativas à medida polêmica de cortar custos trabalhistas para as companhias por meio do aumento dos pagamentos de seguridade social dos empregados.

O' Connor não quis responder a uma pergunta sobre a notícia de que a Espanha estava pronta para pedir um pacote de socorro mais amplo, mas afirmou que a Comissão "está pronta para agir em concordância com o papel que está previsto para nós", se um pedido de assistência financeira for feito.

Sobre a Grécia, O' Connor disse que a troica de inspetores voltou à Atenas e está trabalhando para aprovar os cortes orçamentários "o mais rápido possível". Segundo ele, este trabalho está "em andamento". As informações são da Dow Jones.

Manifestantes e policiais entraram em confronto na Grécia nesta quarta-feira, dia de greve geral no país. Milhares de gregos deixaram o trabalho para participar da paralisação geral convocada pelos dois principais sindicatos do país, o GSEE e o ADEDY, em protesto contra a nova rodada de cortes de gastos que o governo anunciará nos próximos dias. Na quinta-feira, o primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, se reunirá com os líderes do partidos que formam o governo e eles tentarão chegar a um acordo sobre os cortes de 12 bilhões de euros exigidos pelos inspetores do Banco Central Europeu (BCE), Comissão Europeia (CE) e Fundo Monetário Internacional (FMI), a chamada troica. Os cortes no orçamento de 2013 são uma exigência para que a Grécia continue a receber dinheiro dos credores e evite a insolvência.

Pelo menos oito policiais e dois manifestantes ficaram feridos em Atenas, onde a polícia deteve 21 pessoas. A manifestação, que reuniu 60 mil pessoas em Atenas, foi pacífica até que desordeiros lançaram bombas caseiras e garrafas contra as forças de segurança. "Pessoas, lutem, eles estão bebendo nosso sangue", cantavam as pessoas presentes. A greve de 24 horas é a primeira desde que o governo de coalizão formado por três partidos e liderado por Samaras foi empossado, em junho, e representa o primeiro teste real sobre a oposição pública aos cortes. Também ocorreram manifestações que reuniram milhares de pessoas em Salonica, Patras e nas maiores cidades do país.

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Em Atenas, tropas de choque utilizaram gás lacrimogêneo e spray de pimenta contra centenas de manifestantes, após a violência ter irrompido perto do Parlamento. Indignados com a situação econômica do país, os queixosos colocaram fogo em árvores e utilizaram martelos para quebrar pavimento e painéis de mármore e atirar os destroços nos policiais.

"Agora a palavra está com a sociedade grega porque o governo de coalizão, liderado por Samaras, é incapaz de defender os interesses mais elementares da sociedade grega", disse o líder do partido de oposição Syriza, Alexis Tsipras, à agência italiana Ansa. Segundo ele, Samaras e a troica estão transformando a Grécia em um "cemitério social".

As informações são da Associated Press, Dow Jones e Ansa.

Uma coalizão incluindo os Estados Unidos, a União Europeia (UE) e a Liga Árabe se encontrou nesta quinta-feira para planejar novas maneiras de isolar o governo do presidente sírio Bashar Assad. Um líder da oposição síria, Ibrahim Miro, que compareceu à reunião na Holanda, disse que apenas as atuais sanções econômicas não derrubarão Assad.

O grupo chamado Amigos da Síria foi montado em fevereiro deste ano após o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) não conseguir chegar a um acordo para uma resolução que condenasse a violência na repressão à oposição síria, devido ao desacordo da Rússia e da China.

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Nesta quinta-feira, o grupo recebeu o auxílio de especialistas financeiros em Scheveningen, subúrbio costeiro de Haia, para ajudar os países a compreenderem como o regime sírio sobrevive com as atuais sanções econômicas ao país, que incluem embargos ao petróleo e à venda de armas. Cerca de mais 20 países se juntaram ao grupo Amigos da Síria, formado por 60 países, que tem como objetivo bloquear as transações financeiras do governo sírio e impedir que os líderes do governo façam viagens ao exterior.

O ministro das Relações Exteriores da Holanda, Uri Rosenthal, disse que as sanções estão funcionando apesar da não participação da Rússia, China e Irã. "As sanções econômicas têm efeitos. A UE comprava 90% do petróleo sírio e ficou difícil para Assad vender o petróleo em outros lugares", disse Rosenthal.

Ativistas estimam que mais de 23 mil pessoas foram mortas desde que começou a revolta contra Assad em março de 2011 e 1,5 milhão de sírios foram deslocados dentro do país. Pelo menos 250 mil fugiram e estão registrados como refugiados nos países vizinhos.

O político opositor sírio Ibrahim Miro, membro do Conselho de Governo da Síria, que reúne vários grupos da insurgência, disse que apenas as sanções econômicas atuais não derrubarão Assad. Ele espera que um embargo econômico ainda maior, aliado ao aumento dos ataques do Exército Livre da Síria (ELS) levará ao "ataque cardíaco econômico e militar do governo" de Assad. Miro disse que o comércio da Síria com o Iraque e o Irã continua a ser um entrave ao colapso do regime de Damasco. Além disso, Assad ainda continua a realizar operações financeiras na Rússia, Irã, Iraque, Líbano e Venezuela, disse Abdo Hussameldin, ex-funcionário do Ministério do Petróleo da Síria.

As informações são da Associated Press.

O plano europeu para a montagem de um supervisor único do sistema bancário da zona do euro encontrou um forte obstáculo neste sábado (15), com alguns países declarando que a data proposta para o lançamento dessa entidade, 1º de janeiro de 2013, é muito próxima para resolver questões importantes que foram levantadas pelos ministros de finanças. Pelo menos quatro ministros - da Alemanha, Suécia, Holanda e Dinamarca - se opuseram à criação do supervisor comum em janeiro do próximo ano, disseram duas fontes familiarizadas com o assunto. França e Espanha apoiaram abertamente a rápida criação de um supervisor comum.

Também existem amplas dúvidas sobre outros aspectos do plano, como se o supervisor vigiará todos os bancos da zona do euro e também como garantirá que os bancos dos países europeus que não adotaram o euro como moeda serão supervisionados. A proposta de encarregar o Banco Central Europeu (BCE) de supervisionar mais de 6 mil bancos na zona do euro é o começo de um esforço para padronizar as regulamentações sob uma regra comum de uma "união banqueira" a qual os funcionários dos governos afirmam ser necessária para restaurar o euro, a moeda comum atingida pela crise.

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Mas apenas alguns dias após a proposta ter sido publicada, emergiram os desacordos sobre a velocidade para ela ser implementada, bem como sobre o papel que o BCE terá nesse processo. A data para o começo da supervisão conjunta é crucial para a zona do euro. O ministro de Finanças da Suécia, Anders Borg, disse acreditar que exista "um grande número de países" que têm preocupações a respeito dos planos da União Europeia para supervisão comum dos bancos.

Mais cedo, o ministro de Finanças da Holanda, Jan Kees de Jager, disse que chegar a um acordo sobre uma nova supervisão é algo que "provavelmente levará um bom tempo". Ele disse que a data de janeiro é "muito ambiciosa" para ter um mecanismo em funcionamento.

Já o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, disse ter "consideráveis" objeções a ver o Conselho do BCE, cujo papel principal é fixar a taxa de juros, agir também como autoridade suprema na supervisão bancária europeia. Segundo ele, é preciso haver uma separação estrita nas questões de decisão monetária e supervisão dos bancos. "O BCE precisa estar fortemente envolvido" na supervisão aos bancos, disse Schaueble, mas a supervisão "não pode se envolver na política monetária e não pode afetar a independência do BCE".

Na sexta-feira, Schaueble disse não esperar que o fundo permanente de crédito da região esteja pronto para realizar capitalizações diretas até janeiro. Isso levou a uma objeção do ministro de Finanças da França, Pierre Moscovici, o qual afirmou que "não agir rapidamente seria um erro, dada a atual situação europeia". O ministro francês disse neste sábado ainda acreditar que o prazo para montar a supervisão conjunta, 31 de dezembro deste ano, será cumprido. "Não existe oposição entre nós. Um compromisso até 31 de dezembro parece algo totalmente razoável", afirmou.

As informações são da Dow Jones.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, pediu mudanças fundamentais nos tratados da União Europeia neste sábado, afirmando que o bloco precisa de um "salto de qualidade" em termos de integração.

Em um discurso em uma conferência da Escola de Direito de Yale em Haia, na Holanda, Barroso disse que a UE enfrenta um momento decisivo, em função da crise econômica, "que mostrou os limites das decisões individuais dos países".

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"A Europa e os princípios dos tratados precisam ser renovados. Nós precisamos de mais integração, e o corolário de mais integração precisa ser mais democracia. Essa renovação europeia precisa representar um salto de qualidade e permitir que a Europa enfrente os desafios do mundo de hoje", afirmou Barroso.

Juntamente com o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e o presidente do grupo de ministros de Finanças da zona do euro (Eurogrupo), Jean-Claude Juncker, Barroso foi encarregado de desenvolver um projeto para a maior integração regional da UE até o fim deste ano.

Entretanto, até agora muitas autoridades europeias estão relutantes em entrar no polêmico debate de alterar os tratados básicos da UE. Tentativas anteriores de mudanças, que exigem a aprovação dos 27 países do bloco, levaram anos para serem aprovadas e tiraram o foco dos esforços para melhorar a economia da região.

Neste sábado, Barroso disse que está claro que a união monetária só pode ser protegida se os membros do bloco concordarem em ceder parte de sua soberania. "A crise deixou claro que nós precisamos não só completar a união econômica e monetária, mas também buscar uma maior integração econômica e uma união política e democrática mais profunda, com os mecanismos apropriados de responsabilidades". As informações são da Dow Jones.

A eventual saída da Grécia da zona do euro representaria "riscos consideráveis" e o país não deve ser expulso da região, disse o comissário europeu de Energia, Günther Oettinger, à revista Focus, segundo trechos de uma entrevista a ser publicada neste domingo.

Oettinger, que é alemão, disse à publicação que seu país precisa se opor a movimentos para a expulsão da Grécia e que comentários antieuropeus não deveriam ser feitos durante as campanhas eleitorais da Alemanha.

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O comissário também defendeu que é preciso paciência para solucionar a crise do euro que, segundo ele, demorou mais de duas décadas para ocorrer e provavelmente exigirá mais de dez anos para ser superada.

Também na entrevista, Oettinger chamou de "justificável" a compra de títulos de governos periféricos da zona do euro pelo Banco Central Europeu (BCE). As informações são da Dow Jones.

A Espanha não está com pressa para pedir um novo resgate para a União Europeia (UE) e pode esperar até que mais detalhes sejam divulgados sobre as condições ligadas ao pacote, afirmou o ministro de Finanças Luis de Guindos. O governo espanhol cobriu 70% de suas necessidades financeiras de 2012 e espera aguardar até que o Banco Central Europeu (BCE) esboce seu novo programa para ajudar a reduzir os custos de financiamento para países europeus periféricos antes de pedir ajuda, disse De Guindos, em entrevista publicada neste domingo no jornal espanhol ABC.

"Quando nós soubermos os detalhes (do programa), teremos um calendário mais preciso", afirmou De Guindos, segundo o diário. Uma porta-voz do ministério confirmou as declarações. Os comentários de De Guindos foram feitos depois de o primeiro-ministro Mariano Rajoy ter aberto o caminho, na sexta-feira, para a solicitação de ajuda do fundo de resgate da zona do euro para ajudar a aliviar a crise financeira espanhola.

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A posição da Espanha em relação ao pedido de socorro representa uma reversão para o governo conservador de Rajoy. Em razão das condições e do estigma político que se seguem ao pedido de ajuda, anteriormente ele havia rejeitado a possibilidade de pedir socorro, na expectativa de uma medida unilateral do BCE.

Nos últimos dias, porém, autoridades espanholas começaram a reconhecer, privadamente, que na falta de uma medida do BCE o governo seria forçado a pedir ajuda ao fundo. O governo tem uma posição de caixa confortável, mas precisa de dinheiro para pagar grandes vencimentos de dívida em outubro e para ajudar as regiões que sofrem com falta de liquidez.

Na entrevista publicada neste domingo, De Guindos disse que o governo espanhol vai relevar um conjunto de medidas relacionadas ao setor financeiro no dia 24 de agosto. Entre elas estão a aprovação de ações detalhadas que o governo pretende implementar para aceitar o resgate do setor bancário e explicações sobre a criação do chamado "banco ruim", para os ativos ruins do setor imobiliário.

O governo também vai alterar a forma como o próprio fundo de resgate aos bancos espanhóis vai funcionar e emitir novas regulações relativas à venda de produtos financeiros complexos. De Guindos disse que a Espanha está realizando as reformas exigidas pela UE e espera que o bloco, em troca, reduza as dúvidas sobre o euro e ajude a diminuir os custos de financiamento do país.

"Se toda a máquina a UE for colocada em ação e dissipar as dúvidas sobre o euro", a Espanha pode economizar cerca de 12 bilhões de euros em pagamento de juros sobre sua dívida nos próximos dois anos, disse. "Não podemos permitir que parte das economias que estamos fazendo com os planos de austeridade do governo e os sacrifícios que pedimos aos nossos cidadãos sejam absorvidos em pagamento de juros de nossa dívida." as informações são da Dow Jones.

O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, apoia a ideia de criar um presidente da União Europeia, segundo cópia de um artigo que será publicado na revista alemã Der Spiegel. "Eu seria a favor de criar a posição de presidente europeu que seria eleito diretamente pelos cidadãos da União Europeia", disse Juncker, de acordo com a publicação.

Como um caminho precursor, Juncker sugeriu que fossem combinados os gabinetes do presidente do Conselho da União Europeia e do presidente da Comissão Europeia, segundo a revista.

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Juncker também dá suporte para a ideia de um ministro das Finanças da União Europeia, e, segundo a Der Spiegel, sugeriu que sejam combinadas as tarefas do comissário da UE para relações monetárias e do chefe do Eurogrupo.

Juncker disse à revista que apoiaria o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, como o próximo chefe do Eurogrupo. As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, disse neste domingo (8) que a integração da Europa não deveria se apoiar somente na zona do euro. "Estamos totalmente interessados em trabalhar com a Alemanha e a França, mas consideramos vital a preparação para um trabalho harmonioso com os 27 (países da União Europeia)", disse na conferência Reencontros Econômicos, no sul da França.

"Tenho algumas dúvidas se deveríamos procurar a coesão apenas na zona do euro", disse Monti, acrescentando que países como o Reino Unido e a Polônia, que não fazem parte da moeda única, têm muito a contribuir para a União Europeia.

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As informações são da Dow Jones (Equipe AE).

A economia espanhola deve deteriorar-se no segundo trimestre, mas o governo tomará todas as medidas necessárias para garantir que atinja as metas orçamentárias deste anos, disse o ministro das Finanças, Luis de Guindos.

"Os indicadores disponíveis do segundo trimestre mostram uma contração econômica levemente maior" do que a do primeiro trimestre, afirmou em comentários feitos paralelamente durante conferência.

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O PIB espanhol caiu 0,3% no primeiro trimestre em relação ao quatro trimestre do ano passado. Na semana passada, o banco central espanhol disse que a contração é maior no segundo trimestre, citando piora nas condições do crédito e na confiança causados pela crise de dívida soberana do país.

No começo do mês, o governo espanhol teve de pedir até 100 bilhões de euros à União Europeia para ajudar a recapitalizar os bancos, um movimento que elevou o custo dos empréstimos ao governo para níveis nunca vistos desde que o país ingressou no euro.

Guindos buscou, no entanto, dar um tom otimista à sua projeção, dizendo que o acordo recentemente firmado entre os líderes da União Europeia devem aumentar a confiança no sistema bancário da região. "Nos próximos trimestre veremos uma estabilização" na situação econômica da Espanha, acrescentou.

Em relação ao orçamento, o ministro das finanças disse que o governo tomará todas as medidas para garantir a meta de déficit do orçamento igual a 5,3% do PIB, uma redução significante do nível de 8,9% no final do ano passado. Os números sobre o orçamento divulgados na semana passada colocam em dúvida essa meta, uma vez que as receitas com impostos caíram pela primeira vez em cinco meses como resultado do enfraquecimento da atividade econômica. As informações são da Dow Jones.

Num esforço de mostrar que estão agindo e equilibrando o receituário de austeridade, as quatro maiores economias da zona do euro relançam um pacote de estímulo para promover o crescimento da economia europeia de 130 bilhões de euros. Mas não conseguem esconder as divisões profundas em relação à forma de lidar com a crise, estabilizar o euro e promover medidas para socorrer os bancos espanhóis.

Nesta sexta-feira, os líderes de Alemanha, Itália, Espanha e França se reuniram em Roma, na esperança de aproximar posições antes da cúpula da União Europeia (UE) na próxima semana e dar um sinal aos mercados de que existe um plano.

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A opção foi demonstrar consenso promovendo a ideia francesa de dedicar 1% do Produto Interno Bruto (PIB) para estimular a economia da zona do euro. Pressionada, a chanceler alemã, Angela Merkel, tenta aparentar disposição para incorporar medidas de crescimento na Europa, depois de dois anos de austeridade que fez o desemprego explodir e a recessão atingir o continente.

O acordo era de que as quatro economias lançariam na cúpula no dia 28 o plano de estímulo, revertendo meses de ordens de apenas cortar gastos. A reunião foi seguida por coletiva onde Merkel não hesitou em usar a bandeira do estímulo. "O crescimento e o emprego precisam ser abordados de forma mais enérgica depois que já lidamos com o pacto fiscal", admitiu.

Só não falaram que as medidas já eram previstas e vinham sendo negociadas há um ano.

Parte do dinheiro viria de parcerias público-privadas com o Banco de Investimentos da Europa. Mas a parcela de dinheiro público nesse acordo seria de apenas 10 bilhões de euros e o restante viria do mercado de créditos.

Uma outra opção que começou a ser desenhada é a criação de uma taxa sobre transações financeiras que alimentaria um fundo. Mas, ainda assim, essa alternativa somente seria factível a médio prazo. O dinheiro que já está nos cofres da Comissão Europeia, e que deveria ser usado para a regiões mais pobres, poderia também ser acionado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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