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O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, se reúne nesta segunda-feira, 29, com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) para indicar Ricardo Nascimento de Mello Araújo, coronel da reserva da Polícia Militar, como vice na chapa pela disputa da capital paulista. O militar é uma escolha de Jair Bolsonaro (PL) para a vaga, e o aceite do nome dele por Nunes vai selar a aliança entre o prefeito e o ex-presidente.

Fiel seguidor de Bolsonaro, Mello Araújo seria uma espécie de preposto de Bolsonaro numa eventual nova gestão de Nunes. O prefeito, por sua vez, ganharia um reforço na pauta da segurança pública durante a campanha, com atração, sobretudo, do eleitor bolsonarista.

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O coronel foi diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), empresa pública federal, na gestão do ex-presidente desde outubro de 2020. Em janeiro de 2023, já no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi exonerado do cargo. Antes, comandou a Rota, batalhão especial da Polícia Militar de São Paulo, entre 2017 e 2019.

Ao Estadão, Valdemar confirmou neste domingo, 28, que o nome do coronel será colocado na mesa de Nunes na reunião marcada para as 8h30. Segundo ele, a segurança pública será o assunto prioritário do encontro.

A sugestão de Mello Araújo para composição da chapa será analisada pelos partidos que já firmaram aliança pela reeleição de Nunes, de acordo com o prefeito. A pré-campanha do emedebista tem, até o momento, o apoio do Republicamos, sigla do governador Tarcísio de Freitas, do Solidariedade e do PP.

"Está meio cedo ainda (para definição do vice), a eleição está longe, estão antecipando. Mas a gente aguarda amanhã o que o Valdemar vai trazer para depois colocar para os partidos que são da coligação", disse Ricardo Nunes neste domingo, antes de participar de ato em memória às vítimas do holocausto, promovido por Confederação Israelita do Brasil, Federação Israelita do Estado de São Paulo e Congregação Israelita Paulista.

Bolsonaro e Nunes alternaram momentos de proximidade e distanciamento durante o ano passado. Em dezembro, o ex-presidente chegou a dizer que apoiaria o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), ministro do Meio Ambiente de seu governo, na eleição municipal.

No plano político, a operação da Polícia Federal que atingiu o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) representou um forte desgaste para os planos do PL e da família Bolsonaro na eleição para a prefeitura do Rio. O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é a principal aposta do grupo ligado ao ex-presidente para a disputa na capital fluminense. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), trocaram palavras duras sobre a ação policial.

Valdemar criticou a operação da PF afirmando que ela tinha como objetivo atingir Bolsonaro e que só seria possível por Pacheco ser "frouxo" e "omisso" ao permitir diligências no Parlamento e por não "agir" para dar seguimento a um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

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'Iludir'

O presidente do Senado reagiu de forma enfática. Disse ser "difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o recurso eleitoral" e sugeriu que as críticas de Valdemar a Moraes são feitas apenas para "iludir seus adeptos".

"Difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral e não é capaz de organizar minimamente a oposição para aprovar sequer a limitação de decisões monocráticas do STF. E ainda defende publicamente impeachment de ministro do Supremo para iludir seus adeptos, mas, nos bastidores, passa pano quando trata do tema", afirmou Pacheco no X (antigo Twitter).

Nas redes sociais, Bolsonaro publicou vídeo de março do ano passado no qual o seu ex-diretor da Abin defende o uso do sistema de inteligência.

'Falsas narrativas'

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-presidente, respondeu às suspeitas levantadas pela PF, alegando ser "mais uma tentativa de criar falsas narrativas para atacar o sobrenome Bolsonaro". "É mentira que a Abin tenha me favorecido de alguma forma, em qualquer situação. Isso é um completo absurdo", disse. "Minha vida foi virada do avesso por quase cinco anos e nada foi encontrado, sendo a investigação arquivada pelos tribunais superiores com teses tão somente jurídicas."

Embora reconheçam o desgaste, líderes do PL e até opositores acreditam que o fato não tem forças para lhe tirar da corrida eleitoral no Rio.

Antes de Ramagem, outro pré-candidato do PL à prefeitura do Rio também já havia sido atingido por uma operação da PF. Em setembro do ano passado, a polícia realizou uma investigação contra desvios de R$ 4,6 milhões na intervenção federal no Rio, sob o comando do general Walter Braga Netto, que foi ministro e candidato a vice de Bolsonaro em 2022. Um mês depois, ele foi definitivamente tirado da disputa ao ser tornado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por usar eventos do 7 de Setembro para difundir sua campanha eleitoral.

'Atores exógenos'

Procurada, a Abin não havia se manifestado até a noite de ontem. A diretoria da União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis) divulgou nota cobrando a valorização dos funcionários de carreira do órgão e a preservação da independência da agência.

"Se confirmados os ilícitos apurados, a problemática gestão da Abin por Alexandre Ramagem e seus assessores reforça a importância de a agência ser gerida por seu próprio corpo funcional, e não por atores exógenos politicamente condicionados, como no governo anterior", diz o comunicado. "A Inteligência de Estado tem que ser preservada do debate político-partidário."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), publicou, na noite desta terça-feira (23), um vídeo em que se desvincula dos elogios que havia conferido às gestões anteriores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Me criticaram porque eu disse que o atual mandatário era popular no passado. Mas ele não chega aos pés do que Bolsonaro representa", disse Costa Neto, dirigente da sigla que abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro. Na semana passada, o trecho de uma entrevista em que Valdemar elogia o "prestígio" de Lula repercutiu nas redes sociais e gerou mal-estar dentro do PL.

"Lula não tem comparação com Bolsonaro, completamente diferente", afirmou Valdemar ao jornal regional O Diário. A entrevista foi concedida ao jornalista Darwin Valente em 15 de dezembro de 2023, mas o trecho só repercutiu semanas depois. Além de dizer que não havia comparação entre os mandatários, Valdemar disse que Lula "foi bem no governo" e que havia sido julgado por um juiz que "superou os limites da lei", aludindo ao senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

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O trecho foi mal recebido por setores no PL ligados ao ex-presidente. Jair Bolsonaro ficou indignado com os elogios a Lula e falou em "implosão" do partido diante das "declarações absurdas". "Essa semana tive um problema sério, não vou falar com quem... 'Ó, se continuar assim, você vai implodir o partido'. Pessoa do partido dando declaração absurda. Como 'o Lula é extremamente popular'. Manda ele vir tomar um 51 ali na esquina. Não vem", disse Bolsonaro em conversa com apoiadores em Angra do Reis, na região dos Lagos do Rio de Janeiro.

No vídeo publicado na noite desta terça-feira, Valdemar buscou abafar quaisquer rumores de "implosão". "O PL escolheu o presidente Bolsonaro, e isso é irreversível", disse o presidente da sigla.

Procurado na manhã em que o trecho da entrevista repercutiu, Valdemar alegou que a montagem do vídeo desfavorecia os elogios que ele havia feito a Bolsonaro. Ao dizer que não havia comparação entre os dois, explicou Costa Neto, ele apenas contrapunha dois tipos de "prestígio": o de Lula, com "popularidade", e o de Bolsonaro, líder de "carisma".

Quanto à declaração de que Lula havia feito uma boa gestão, afirmou que não poderia faltar com a verdade. "Eu não ia falar uma mentira sobre o Lula, senão eu perco a credibilidade", disse Valdemar Costa Neto ao Estadão. "Tem gente da direita que não se conforma com isso, mas eu não posso falar mal de um presidente do qual participamos do governo."

De 2003 a 2010, o vice-presidente de Lula foi José Alencar, que integrava o partido de Valdemar, o PL. Entre 2006 e 2019, vale lembrar, o grupo mudou de nome para "Partido da República" e adotou a sigla PR. No vídeo em que se retrata sobre o elogio ao atual presidente, Costa Neto argumenta que os conchavos políticos de outrora não correspondiam às amarras ideológicas atuais.

"O José Alencar, um político mais liberal, se aliou ao Lula para se contrapor ao FHC. Antes, era assim", disse Valdemar. "Antes do Bolsonaro, a política era diferente", afirmou.

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, apelou às redes sociais para se defender das críticas que tem recebido depois que uma entrevista sua, em que elogia o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, viralizou. "Estão me atacando usando uma fala minha sobre o Lula que está fora de contexto", alega o dirigente partidário da legenda que abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro.

No vídeo, retirado de uma entrevista dada por ele ao jornal regional O Diário, da região de Mogi das Cruzes e do Alto Tietê, o presidente do PL disse que Lula tem "prestígio" e Bolsonaro, "carisma", e acrescentou que não há comparação" entre o petista e o ex-presidente.

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Segundo ele, Bolsonaro é "mil vezes" mais difícil de lidar porque ele "não é uma pessoa igual a nós".

Em sua postagem, realizada no sábado, 13, Valdemar declarou ser leal a Bolsonaro e fiel aos seus princípios. "Quem não tem lealdade e fidelidade, tem vida curta na política", acrescentou.

Procurado pelo Estadão na última sexta-feira, 12, Valdemar reclamou que a parte em que elogia Bolsonaro não consta no trecho da entrevista, e reiterou que disse a verdade sobre Lula. "Eu não ia falar uma mentira sobre o Lula, senão eu perco a credibilidade. É uma verdade: ele foi tão bem no governo que elegeu a Dilma. Tem gente da direita que não se conforma com isso, mas eu não posso falar mal de um presidente do qual participamos do governo", disse Valdemar.

De 2003 a 2010, o vice-presidente de Lula foi José Alencar, então no PL. O Partido Liberal incorporou, em 2006, o Partido de Reedificação da Ordem Nacional, o Prona, e passou a se chamar Partido da República (PR). A legenda permaneceu com esse nome até 2019, quando voltou a se chamar Partido Liberal.

Elogios a Lula, críticas a Moro

A entrevista que viralizou foi concedida ao jornalista Darwin Valente em 15 de dezembro de 2023 e o trecho no qual Valdemar elogia o presidente repercutiu nas redes sociais na última sexta-feira, 12.

Na ocasião, ele também critica o ex-juiz Sérgio Moro, hoje senador do Paraná pelo União Brasil.

"Se ele (Lula) errou em alguma coisa, tinha que ser julgado dentro da lei. O Moro errou, pois superou os limites da lei", afirmou Costa Neto, acrescentando que o ex-juiz da Operação Lava Jato buscava projeção política para um projeto pessoal de se candidatar à Presidência. "Ninguém imaginava que o Moro queria ser presidente da República", disse o dirigente do PL.

Procurado pelo Estadão, Moro disse que não comentaria as declarações.

"Quer dizer: ele (Moro) fez tudo aquilo pensando em ser presidente da República", afirma Valdemar no vídeo que viralizou. Ele avalia que, agora, o preço a se pagar é ter o mandato cassado.

O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro é investigado por abuso de poder econômico nas eleições de 2022 , se a cassação foi confirmada, haverá nova eleição para senador no Estado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentará formar uma "aliança ampla" em São Paulo em torno do nome de Ricardo Nunes (MDB), que disputará a reeleição para prefeito da capital paulista no ano que vem. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o martelo já foi batido, segundo o jornal O Globo. A informação foi confirmada pelo Estadão com a assessoria do PL nesta quinta-feira (21).

Na visão de aliados, várias candidaturas à direita deixariam Guilherme Boulos (PSOL) forte por ser o único nome ligado aos movimentos esquerdistas que reúnem PSOL e PT. Hoje, Nunes teria ainda como adversários Ricardo Salles (PL) e Kim Kataguri (União), o que pulverizaria votos. O vice na chapa de Nunes será escolhido por Bolsonaro em fevereiro do ano que vem, segundo o porta-voz do ex-presidente Fabio Wajngarten. Bolsonaro sai nesta sexta-feira (22) para período de descanso até o fim de janeiro.

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Com a decisão de Bolsonaro chancelada por Valdemar Costa Neto, Ricardo Salles (PL-SP) não será mais candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PL. Questionado pelo Estadão, Salles disse aguardar pronunciamento de Bolsonaro. "Vamos aguardar o Bolsonaro falar por si. Até lá, desconfio da veracidade das afirmações", disse o deputado federal.

Em um vídeo publicado nas redes sociais de Nunes, o atual prefeito paulistano cobrou publicamente apoio de Bolsonaro. Na gravação, Nunes diz que o ex-presidente sabe da responsabilidade que tem na união contra o que chamou de "extrema-esquerda". A declaração foi feita à rádio Guardiã da Notícia, de Santo André, no ABC Paulista, e republicada nas redes sociais do prefeito da capital paulista.

Na publicação feita com um sinal de positivo e a bandeira do Brasil na legenda, Nunes disse que o apoio de Bolsonaro pode ser crucial para os rumos eleitorais da capital. "Estive com ele na prefeitura, estive com ele em vários eventos. Agora, é no tempo dele. Natural que ele escolha o melhor tempo para poder declarar [apoio]. Eu quero, é importante que tenha o apoio do presidente Bolsonaro, é fundamental o apoio do presidente Bolsonaro. E tenho certeza de que ele tem consciência da responsabilidade dele do que nós estamos falando em São Paulo em combater o que tem de pior da extrema-esquerda", afirmou o atual chefe do Poder Executivo.

No dia 12 deste mês, o ex-presidente Bolsonaro disse em evento preferir Ricardo Salles como candidato à Prefeitura de São Paulo. Bolsonaro pediu "Salles prefeito" em conversa com jornalistas na saída de um evento do PL em Brasília.

O momento foi registrado em vídeo e publicado depois nas redes sociais do deputado. "Seria uma oportunidade de recompensá-lo", disse o ex-presidente, elogiando o trabalho de Salles como ministro do Meio Ambiente. "São Paulo merece realmente um nome que vá fazer pelo município e não fazer por partido", afirmou Bolsonaro na ocasião. Salles se demitiu do Ministério do Meio Ambiente em 2021, depois de se tornar alvo de investigação sobre um esquema ilegal de retirada e venda de madeira. Neste ano, virou réu em ação sobre propinas do contrabando.

"Não desejo o mal para ele, mas não tem saída". A declaração é de Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), a respeito da cassação do senador do Paraná Sergio Moro (União Brasil). Ao blog da jornalista Andreia Sadi, no g1, Valdemar afirmou não ter dúvidas da cassação de Moro. O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro é investigado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) por abuso de poder econômico nas eleições de 2022.

A acusação no TRE-PR é protocolada pelo próprio Partido Liberal e pela Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV). Os partidos alegam que Moro teria causado um desequilíbrio eleitoral com gastos excessivos de pré-campanha. Em parecer protocolado na noite da última quinta-feira, 14, a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná (PRE) se manifestou pela procedência dos pedidos formulados nas ações.

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Gastos de Moro excederam o razoável

De acordo com os requerentes, as irregularidades começaram quando Sergio Moro ainda era pré-candidato à presidência da República. A candidatura do ex-ministro à presidência foi descartada em maio de 2022. Para se candidatar ao Legislativo, Moro saiu do Podemos rumo ao União Brasil. Apenas os gastos na pré-campanha ao Senado alcançaram a marca de R$ 2 milhões.

O parecer assinado pelos procuradores eleitorais Marcelo Godoy e Eloísa Helena Machado sustenta que esse volume de gastos excede o limite razoável. De acordo com a acusação, em todo o processo de campanha, Moro teria gasto R$ 7 milhões, quando o teto permitido pela lei seria de R$ 4,4 milhões.

"O que torna a pré-campanha dos investigados abusiva, in casu, é o investimento vultoso de recursos financeiros realizado para a promoção pessoal, gerando grande visibilidade da pré-campanha, em detrimento dos demais candidatos ao Senado do Paraná", diz o documento.

O parecer lista despesas com viagens, coletivas de imprensa, assessoria de comunicação, serviços de advocacia e locação de veículos, entre outros. O uso "excessivo" desses recursos, segundo os procuradores, comprometeu a "lisura" e a "legitimidade" da eleição.

Michelle é cotada, mas não quer ser candidata

Ao blog da Andreia Sadi, Valdemar afirmou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), cotada para a vaga ao senado que eventualmente seria aberta pela cassação de Moro, não tem interesse em disputar uma iminente eleição suplementar. O domicílio eleitoral de Michelle, atualmente, está sitiado no Distrito Federal. "Haveria tempo para transferir, mas ela não quer", disse Costa Neto ao blog da jornalista.

Michelle Bolsonaro é a mais cotada no PL, partido de Valdemar, para a disputa ao senado. O PT, o outro requerente da ação que pede a cassação do ex-ministro, também está interessado na vaga. A Coluna do Estadão apurou que os deputados federais do PT Zeca Dirceu e Gleisi Hoffmann pretendem disputar a possível vaga, além do ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara Ricardo Barros (PP).

No PL, além de Michelle, o ex-deputado Paulo Martins também é cotado para uma possível eleição suplementar. Martins ficou em segundo lugar na disputa pelo Senado, perdendo para o ex-juiz por 250 mil votos. O caso de Moro pode ser julgado pelo TRE-PR já em janeiro do ano que vem.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gravou um áudio para explicar aos apoiadores a declaração do presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, sobre o PL apoiar uma eventual indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, ao Supremo Tribunal Federal (STF). A escolha do nome para a cadeira na Corte será feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A gravação do ex-chefe do Executivo foi divulgada após repercussão negativa da fala do dirigente no partido. A informação é da coluna Lauro Jardim, do jornal O Globo.

"A indicação é do presidente da República, mas a aprovação é outra história. E, segundo ele, foram além do que ele respondeu e falaram que o PL votaria favorável. Dos senadores que eu obtive resposta, de jeito algum votariam em Flávio Dino numa possível sabatina no Senado. Não só pelo passado lá de trás, fazendo aqui um pleonasmo, mas também como o presente no Ministério da Justiça, pelo que ele mais faz que é perseguir opositores políticos e sabotar as investigações do 8 de janeiro", afirma Bolsonaro no áudio.

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Na semana passada, Valdemar Costa Neto afirmou que o PL não deveria votar contra uma possível indicação de Dino ao STF. "Se for um cidadão preparado, que é o caso, devemos votar a favor", afirmou em entrevista à CNN Brasil.

Para conquistar a cadeira na Suprema Corte, o candidato deve ser indicado pelo presidente da República. Em seguida, é submetido a uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Os integrantes do colegiado aprovam um parecer, que, depois, é submetido ao plenário da Casa.

A declaração de Valdemar foi rebatida por parlamentares do PL. O filho "01" do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), afirmou que Dino não teria seu apoio caso fosse indicado para a Corte. "Minha posição pessoal é que jamais votaria a favor de uma pessoa arrogante, prepotente, que defende aborto, não combate o tráfico de drogas e armas, debocha do Senado e usa 'sua' polícia para perseguir políticos até do governo que integra, quem dirá opositores. Não passaria!", publicou Flávio em uma rede social.

Dino é um dos cotados para ocupar a vaga deixada na Corte pela ministra Rosa Weber. Na lista de Lula, também estão entre os possíveis indicados o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e o advogado-geral da União, Jorge Messias. O petista deve escolher o nome até o final de outubro.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou nesta segunda-feira, 4, que não existe qualquer hipótese de o PL, partido do qual é presidente e que tem Jair Bolsonaro como presidente de honra, se coligar com o PT nas eleições de 2024. Nas redes sociais, ele exaltou pautas conservadoras defendidas pela sigla para rechaçar qualquer aliança. O PT vetou coligações com bolsonaristas na próxima disputa, mas sem veto explícito ao PL, em meio a negociações para que antigos aliados do ex-presidente componham a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Que fique bem claro: não existe nenhuma hipótese de coligação com o PT. Somos oposição e assim seguiremos", afirmou Valdemar Costa Neto na rede social X, o antigo Twitter.

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O presidente do PL, um antigo aliado de Lula, vinha sendo pressionado por aliados nos últimos dias, após rumores de que a sigla poderia negociar apoio aos petistas em Estados do Nordeste, onde a força da esquerda é mais proeminente.

"O Partido Liberal valoriza a família, a liberdade de expressão e sentimos orgulho do nosso país quando ouvimos o hino nacional. É por isso que o povo brasileiro fez do PL o maior partido do país", afirmou ele.

No último dia 30, o PT publicou resolução para as eleições de 2024 vetando apoios a candidatos "identificados ao projeto bolsonarista", mas sem vetos diretos ao PL. Segundo a legenda, um dos objetivos da corrida eleitoral do ano que vem é preparar as bases para uma nova vitória de Lula dois anos depois, o que passaria por alinhar apoios em diversos setores da sociedade.

"O PT nesse terceiro governo Lula prepara as bases não apenas para um quarto governo Lula, cuja eleição de 2024 é um momento essencial, mas deve buscar consolidar um amplo bloco de alianças na sociedade", afirma um dos tópicos do documento petista.

Ex-aliados de Bolsonaro se aproximam de Lula

A posição do PL de manter distância do PT se dá no momento em que outros aliados do bolsonarismo no Congresso se aproximam de Lula em meio às negociações para uma reforma ministerial. Embora tanto o comando do PP quanto do Republicanos rejeitem qualquer aliança formal com o governo, integrantes dos dois partidos estão em processo de embarque na gestão petista. Os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) inclusive já foram confirmados como futuros ministros pelo titular das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, faltando apenas a confirmação de quais pastas vão ocupar.

Depois de uma briga ferrenha no WhatsApp entre bolsonaristas e deputados que votaram com o governo, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, distribuiu um comunicado nesta terça-feira, 11, em que tenta pacificar os ânimos desses grupos rivais na bancada do partido na Câmara dos Deputados.

Em um recado aos bolsonaristas que insinuaram que houve recompensa financeira em emendas parlamentares aos deputados que votaram com o governo pela aprovação da reforma tributária, apesar do pedido em contrário do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Valdemar disse que "é correto negociar emendas" com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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"Se o atual governo apresentar uma pauta boa para o país, esse presidente que está aí não precisa gastar orçamento pra ter o nosso voto, pois todos seremos a favor. Da mesma forma que, se uma determinada região precisar de uma emenda parlamentar, de uma obra, de um programa social, é correto que esse parlamentar cuide do seu povo e melhore a qualidade de vida de quem o elegeu", diz Valdemar no comunicado distribuído aos deputados do PL.

"Muitos parlamentares foram eleitos com apoio de prefeitos e vereadores e precisam levar benefícios para suas regiões e seu povo. E se, para isso, precisarem votar com o governo em pautas específicas, que façam", acrescentou o presidente do partido de Bolsonaro.

O presidente da sigla alegou que, mesmo se deputados votarem com o governo, o partido continuará na oposição. Mas indicou que não apoiará represálias ou assédio contra deputados do PL que votarem alinhados ao governo em pautas econômicas. Valdemar cobra e fala em união apenas ao votar em projetos que tratem costumes, que ataquem os valores "da família, da fé cristã, do agro, das crianças".

"E, para que não fique dúvida, somos um partido de oposição. E ficaremos unidos nas pautas conservadoras que a direita sempre defende", disse o presidente do PL.

Em referência à reforma tributária, na qual 20 deputados do PL apoiaram o governo, o que motivou ataques de bolsonaristas no grupo de WhatsApp, Valdemar disse que cada deputado terá seu apoio para votar pautas econômicas como preferir.

"Por outro lado, se entrarem pautas boas para a economia, de gestão governamental como arcabouços, reforma tributária e que refletem em questões regionais, cada um precisa votar no que for melhor para o povo o elegeu", afirmou o presidente do PL.

Deputados atacados por bolsonaristas esperavam uma defesa mais enfática de Valdemar, ou uma repreensão mais severa ao grupo fiel ao ex-presidente que fez ataques pessoais. Mas Valdemar acenou para os dois lados no comunicado e disse que "é preciso respeitar a liberdade de opinião" tanto nas redes sociais como nos discursos.

"É preciso, também, respeitar a liberdade de opinião de nossos parlamentares nas redes sociais e em seus discursos", afirmou o presidente do PL.

Por fim, Valdemar fez no comunicado um agrado a Bolsonaro, depois que deputados do PL falaram publicamente em divergências com as pautas do ex-presidente.

"Sempre estaremos unidos na defesa incondicional dos valores que nosso presidente Bolsonaro fez renascer em nossos corações. O orgulho da nossa pátria, de nossa família, das crianças, da fé cristã, do agro, da Liberdade e os valores gerais do conservadorismo", afirmou Valdemar.

Parlamentares próximos a Bolsonaro elogiaram o comunicado de Valdemar. O deputado Domingos Sávio (PL-MG) disse concordar integralmente com a nota. Mesma posição do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que viu "equilíbrio" no comunicado.

"Uma nota equilibrada e perfeita para um partido que está tomando um novo rumo com a finalidade de permanecer o maior partido de direita do Brasil", afirmou ao Estadão o deputado Sostenes Cavalcante (PL-RJ).

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira, 2, e negou ter participado da elaboração da minuta golpista apreendida na casa do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro Anderson Torres. Ele também concordou em entregar o celular para perícia.

O político afirmou que não tem conhecimento das 'circunstâncias' da elaboração do documento e não soube dizer se houve uma reunião para tratar da proposta de intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para anular o resultado da eleição.

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Valdemar foi intimado pela PF após tentar minimizar a apreensão da minuta ao declarar em entrevistas que recebeu e descartou propostas de golpe. Em depoimento, ele afirmou que usou uma 'metáfora' ao dizer que 'todo mundo' tinha minutas golpistas em casa.

O presidente do PL disse que esses documentos chegavam até ele sem identificação e pareciam 'mal elaborados', produzidos por pessoas sem 'conhecimento' ou 'experiência'.

O termo de depoimento cita 'três ou quatro' propostas diferentes. Duas delas teriam sido recebidas em 'eventos políticos' e uma entregue em um aeroporto por uma mulher que teria se identificado como advogada.

Ao delegado Jacob Guilherme da Silveira Farias de Melo, Valdemar disse ainda que nunca levou essas propostas a sério e que triturou todas elas para não dar margem a narrativas de que seria a favor de ideias golpistas. Ele também alegou que não se sentia 'à vontade' em manter essas cópias em casa para que ninguém, inclusive familiares, pensassem que ele 'estava tramando alguma coisa'. O político admitiu que não chegou a alertar nenhuma autoridade ou membros do PL sobre o teor das propostas.

Valdemar afirmou ainda que era abordado com frequência por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que pediam 'providências' sobre a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PL). Ele disse que os bolsonaristas 'radicais' não tem contato com o PL e não participam dos eventos do partido.

O presidente do PL também afirmou que 'nunca duvidou' da segurança das urnas eletrônicas e que só contratou uma empresa para fiscalizar o resultado das eleições por 'insistência' do governo Bolsonaro. O TSE chegou a multar o partido em R$ 22,9 milhões depois que a legenda pediu a anulação dos votos de 279,3 mil urnas eletrônicas alegando que houve 'mau funcionamento' do sistema.

A Polícia Federal (PF) pediu nesta terça-feira, 31, para tomar o depoimento o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, sobre a minuta para decretar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O documento foi apreendido na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, no inquérito sobre os atos golpistas que ocorreram no dia 8 de janeiro na Praça das Três Poderes. A autoria ainda é desconhecida. Torres nega ter escrito o rascunho de decreto.

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O texto previa a intervenção de uma comissão formada majoritariamente por representantes do Ministério da Defesa, além do então presidente Jair Bolsonaro (PL), no TSE. O objetivo seria anular a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O delegado Raphael Soares Astini pediu autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para marcar o depoimento de Valdemar. O ofício cita entrevistas em que o político admitiu ter recebido e descartado propostas golpistas.

"Em recente entrevista a veículos jornalísticos, o Sr.Valdemar Costa Neto, presidente do partido político PL, disse que chegou a receber várias propostas, documentos que supostamente poderiam questionar/alterar no TSE o resultado eleitoral e que teve o cuidado de triturar tais documentos", justificou o delegado.

O TSE chegou a multar o PL, partido de Bolsonaro, em R$ 22,9 milhões depois que a legenda pediu a anulação dos votos de 279,3 mil urnas eletrônicas alegando que houve 'mau funcionamento' do sistema.

As investidas de Valdemar Costa Neto também levaram Moraes, que preside do TSE, a abrir uma investigação na Corregedoria-Geral Eleitoral para verificar se o político usou indevidamente a estrutura do partido para atacar 'tumultuar o regime democrático brasileiro'.

O presidente do PL também foi incluído como investigado no chamado inquérito das milícias digitais, que tramita no Supremo Tribunal Federal e mira a atuação de grupos organizados na internet para espalhar notícias falsas e ataques antidemocráticos.

Após o ministro Alexandre de Moraes aplicar uma multa de R$ 22,9 milhões contra o PL, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) só encontrou R$ 13.599.298,26 na conta do partido. O valor foi bloqueado na última sexta-feira (25), de forma preventiva.

O restante do valor devido pelo partido do presidente Jair Bolsonaro será descontado da conta da legenda na medida que os duodécimos do fundo partidário forem depositados. 

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Na quarta-feira (23), Alexandre de Moraes, que preside o TSE, negou o pedido do PL para anular o segundo turno das eleições deste ano. A legenda apresentou um relatório apontando as supostas inconsistências em seis modelos de urna que foram usados.

Por sua vez, Moraes pediu que o partido incluísse no relatório dados sobre o primeiro turno das eleições, uma vez que as urnas usadas nas duas etapas são as mesmas. O PL não apresentou os dados. 

A legenda foi multada por litigância de má-fé. Na ocasião, a coligação de Bolsonaro que foi formada por PL, PP e Republicanos teriam as contas bloqueadas até o pagamento da multa milionária. No entanto, após Republicanos e PP alegarem não terem participado da ação, a punição foi concentrada apenas no PL.

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, gravou um vídeo convidando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus filhos para filiação na legenda. As imagens foram publicadas nesta segunda (25), nas redes sociais do partido.

“É chegada a hora em que nosso partido exercerá um papel de mais protagonismo no contexto nacional”, declara Costa Neto, no vídeo. De acordo com o ex-deputado, o PL contará com candidaturas para o Senado, assembleias legislativas, Câmara dos Deputados e governos estaduais.

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Bolsonaro está sem partido desde que se desfiliou do PSL, em novembro de 2019. Ele chegou a tentar criar uma nova sigla, sem obter apoio suficiente. Agora, o presidente avalia filiação no PL, PP ou PTB. “Estamos reiterando o convite de filiação partidária dirigido ao presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e fiéis seguidores da causa brasileira sob sua liderança”, acrescentou Costa Neto.

O relator do processo do mensalão e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, chamou de "absurdo dos absurdos" a pena de 2 anos e 6 meses aplicada pelo tribunal ao deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) pelo crime de corrupção passiva. Com pena final de 7 anos e 10 meses, o parlamentar escapou por apenas dois meses de iniciar o cumprimento de pena em regime fechado. Valdemar foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Após a manifestação do relator, os ministros ficaram de voltar ao tema após concluir a dosimetria dos outros réus.

O protesto de Barbosa foi pela decisão do tribunal de aplicar a lei antiga para os crimes de corrupção passiva que tenham se iniciado antes de 12 de novembro de 2003. A lei que trata da prática foi alterada aumentando de um para dois anos a pena mínima e de oito para 12 anos a pena máxima. No julgamento de Valdemar e outros parlamentares, porém, a maioria dos ministros entendeu que deveria ser aplicada a regra mais benéfica ao réu.

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Para Barbosa, a escolha foi errada porque os recebimentos realizados já na vigência da nova lei também fazem parte do crime e isso deveria levar a pena mais alta. Citando diretamente Valdemar, ele defendeu a aplicação de uma pena mais alta. "Se considerarmos que a pena é aquela da solicitação e não do recebimento, teríamos que afirmar que, quando o réu Valdemar Costa Neto recebeu propina de R$ 1,5 milhão por meio de Delúbio Soares em agosto de 2004 desconhecia que a pena era aquela estabelecida quase um ano antes pelo Congresso", disse. "É um absurdo dos absurdos", concluiu Barbosa citando a pena de 2 anos e 6 meses.

A manifestação do relator fez com que um debate sobre o tema se iniciasse no plenário. A ministra Rosa Weber afirmou que o tribunal deveria debater o tema. Outros magistrados manifestaram-se nessa mesma direção. O revisor, Ricardo Lewandowski, chegou a dizer que a matéria estava vencida e que uma nova discussão teria de abrir espaço para manutenção do Ministério Público e da defesa dos réus. O ministro Gilmar Mendes interrompeu: "Nós já dissemos que podemos fazer correção até o final". Barbosa suspendeu o debate, que deverá ser retomada apenas ao final da dosimetria de todos os condenados.

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