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O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, apelou às redes sociais para se defender das críticas que tem recebido depois que uma entrevista sua, em que elogia o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, viralizou. "Estão me atacando usando uma fala minha sobre o Lula que está fora de contexto", alega o dirigente partidário da legenda que abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro.

No vídeo, retirado de uma entrevista dada por ele ao jornal regional O Diário, da região de Mogi das Cruzes e do Alto Tietê, o presidente do PL disse que Lula tem "prestígio" e Bolsonaro, "carisma", e acrescentou que não há comparação" entre o petista e o ex-presidente.

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Segundo ele, Bolsonaro é "mil vezes" mais difícil de lidar porque ele "não é uma pessoa igual a nós".

Em sua postagem, realizada no sábado, 13, Valdemar declarou ser leal a Bolsonaro e fiel aos seus princípios. "Quem não tem lealdade e fidelidade, tem vida curta na política", acrescentou.

Procurado pelo Estadão na última sexta-feira, 12, Valdemar reclamou que a parte em que elogia Bolsonaro não consta no trecho da entrevista, e reiterou que disse a verdade sobre Lula. "Eu não ia falar uma mentira sobre o Lula, senão eu perco a credibilidade. É uma verdade: ele foi tão bem no governo que elegeu a Dilma. Tem gente da direita que não se conforma com isso, mas eu não posso falar mal de um presidente do qual participamos do governo", disse Valdemar.

De 2003 a 2010, o vice-presidente de Lula foi José Alencar, então no PL. O Partido Liberal incorporou, em 2006, o Partido de Reedificação da Ordem Nacional, o Prona, e passou a se chamar Partido da República (PR). A legenda permaneceu com esse nome até 2019, quando voltou a se chamar Partido Liberal.

Elogios a Lula, críticas a Moro

A entrevista que viralizou foi concedida ao jornalista Darwin Valente em 15 de dezembro de 2023 e o trecho no qual Valdemar elogia o presidente repercutiu nas redes sociais na última sexta-feira, 12.

Na ocasião, ele também critica o ex-juiz Sérgio Moro, hoje senador do Paraná pelo União Brasil.

"Se ele (Lula) errou em alguma coisa, tinha que ser julgado dentro da lei. O Moro errou, pois superou os limites da lei", afirmou Costa Neto, acrescentando que o ex-juiz da Operação Lava Jato buscava projeção política para um projeto pessoal de se candidatar à Presidência. "Ninguém imaginava que o Moro queria ser presidente da República", disse o dirigente do PL.

Procurado pelo Estadão, Moro disse que não comentaria as declarações.

"Quer dizer: ele (Moro) fez tudo aquilo pensando em ser presidente da República", afirma Valdemar no vídeo que viralizou. Ele avalia que, agora, o preço a se pagar é ter o mandato cassado.

O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro é investigado por abuso de poder econômico nas eleições de 2022 , se a cassação foi confirmada, haverá nova eleição para senador no Estado.

O Ministério do Interior da Rússia preparou um esboço de projeto de lei que forçará estrangeiros a assinar um "acordo de lealdade" que os proibiria de criticar a política oficial do governo, desacreditar a história militar soviética ou violar os valores familiares tradicionais.

Desde que o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Rússia aprovou uma série de leis rígidas que restringem as críticas aos militares, e os tribunais têm aplicado longas sentenças de prisão a ativistas da oposição.

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Com a aproximação da eleição presidencial de 2024, Putin tem vendido cada vez mais a guerra na Ucrânia como parte de uma batalha existencial contra o Ocidente, dizendo que defenderá a civilização "sagrada" da Rússia do que ele retrata como a decadência ocidental.

Restrições

A agência de notícias estatal Tass informou ontem que o projeto preparado pelo Ministério do Interior obrigaria todos os estrangeiros que entrassem na Rússia a assinar um acordo que restringe o que eles podem dizer em público. Só quem aceitasse firmar o documento seria autorizado a entrar no país.

Se aprovada a lei, um estrangeiro que entrar na Rússia será proibido de "interferir nas atividades das autoridades russas, desacreditando a política externa e interna", disse a Tass.

As novas regras incluem proibições de críticas ao Estado russo e a altos funcionários, incluindo Putin, além de vetos a questionamentos sobre a invasão da Ucrânia, a discussão de questões LGBTQ+ e ao apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Valores tradicionais

Todas esses temas se tornaram cruciais na política social conservadora de Putin, que se diz um "defensor dos valores tradicionais". No início da semana, o presidente pediu queas famílias russas se esforçassem para ter de sete a oito filhos, dizendo que a Rússia enfrenta uma grave crise demográfica que pode ser vantajosa para seus maiores inimigos. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Bruna Biancardi chamou atenção dos seus milhões de seguidores ao postar uma frase enigmática em suas redes sociais. A modelo e influenciadora está esperando a sua primeira filha com o jogador Neymar Jr.

Nos stories, Bruna compartilhou a imagem de uma frase sobre lealdade e a importância de ser leal a quem está ao seu lado.

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"Se você não é leal a quem tá todo dia do teu lado, você não é leal a ninguém", dizia a mensagem, que foi apagada logo em seguida.

Claro que a publicação chamou atenção de todos, que rapidamente passaram a questionar se seria uma indireta para o craque brasileiro, já que eles passaram por algumas polêmicas, incluindo uma traição do jogador.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que confia "100%" na lealdade do advogado Frederick Wassef. O criminalista é investigado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de recomprar um relógio Rolex que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ganhou de presente da Arábia Saudita e foi vendido por auxiliares dele no exterior.

"Eu confio 100% na capacidade e na lealdade do Wassef e não tenho absolutamente nada, nenhuma razão, para me preocupar com ele. Muito pelo contrário. Sempre deu demonstrações e provas da sua competência e da sua lealdade", disse o senador, nesta segunda-feira, 28, em vídeo publicado no Instagram.

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Wassef faz parte do círculo mais íntimo dos Bolsonaro. Já atuou como advogado da família, além de ter agido ativamente ao esconder em seu sítio em Atibaia (SP) o ex-assessor Fabrício Queiroz durante as investigações de um suposto esquema de "rachadinha" no gabinete de Flávio - quando era deputado estadual. Na época, o advogado era responsável pela defesa do senador, mas deixou a posição após a descoberta do esconderijo de Queiroz vir à tona.

Segundo a investigação da PF, Wassef recomprou, nos Estados Unidos, o relógio da marca Rolex recebido pelo ex-presidente em viagem oficial. O objeto foi vendido pelo tenente-coronel Mauro Cid, braço direito do ex-chefe do Executivo, e pelo pai dele, general Mauro César Lourena Cid, e recuperado para ser entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Após a operação da PF, Wassef admitiu ter comprado o relógio Rolex em junho do ano passado. "Eu comprei o relógio. A decisão foi minha. Usei meus recursos. Eu tenho a origem lícita e legal dos meus recursos. Eu tenho conta aberta nos Estados Unidos em um banco em Miami e eu usei o meu dinheiro para pagar o relógio. Então, o meu objetivo quando eu comprei esse relógio era exatamente para devolvê-lo à União, ao governo federal do Brasil, à Presidência da República", afirmou.

Como mostrou o Estadão, o advogado acumula R$ 66 mil em dívidas, que envolvem condomínio, impostos e multa de trânsito, mas, mesmo nessa situação, conseguiu recomprar o relógio que pode ter custado mais R$ 346 mil, segundo a investigação da PF. Diante dos novos fatos, congressistas da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos de 8 de janeiro afirmaram querer ouvir as explicações de Wassef.

No último dia 16, a PF apreendeu quatro aparelhos celulares do advogado. Ele estava em um restaurante no shopping Morumbi, em São Paulo, quando foi abordado pelos policiais. O carro de Wassef, que estava estacionado em uma vaga reservada para pessoas com deficiência, também foi revistado.

Wassef deve prestar depoimento na quinta-feira, 31, à Polícia Federal. Além dele, outros sete envolvidos no caso das joias serão ouvidos simultaneamente, como o ex-presidente Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid.

Após desavenças com o presidente Jair Bolsonaro e a eminente saída do governo, o ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, publicou um texto sobre "lealdade" nas redes sociais na madrugada deste sábado (16). "Quando perdemos por ser leal, mantemos viva a honra. Saímos de qualquer lugar com a cabeça erguida ao carregar no coração a lealdade", diz um trecho.

O texto, atribuído ao escritor brasileiro Edgard Abbehusen, também diz que "a lealdade é um gesto bonito das boas amizades" e "só consegue ser amigo, quem aprende a ser leal".

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Bebianno compartilhou o texto no Instagram. Na rede social, ele possui uma foto ao lado de Bolsonaro como imagem de perfil. O ministro é conhecido por ter sido um dos primeiros a atuar pela pré-candidatura de Bolsonaro à Presidência e foi seu braço-direito na campanha.

No ano passado, assumiu interinamente a presidência do PSL para ajudar Bolsonaro. Agora, é acusado de ter participação no uso de candidaturas laranjas no PSL em Pernambuco. Ele nega.

Na sexta, depois de dois dias na "geladeira", o ministro foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro, mas sua permanência no cargo ainda é incerta e a expectativa é de que ele deixe o cargo até segunda-feira. A reunião foi descrita como "ríspida". Bolsonaro acusa Bebianno de atuar por interesses próprios e contra o governo.

Na sexta, horas antes do encontro com o presidente, Bebianno se reuniu com os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Santos Cruz (Secretaria de Governo), quando foi avisado de que seria mantido no cargo. Bolsonaro havia cedido às pressões de civis e militares de dentro e fora do governo.

A reviravolta ocorreu, segundo revelou a TV Record, quando o presidente tomou ciência de que Bebianno teria vazado áudios de duas conversas entre eles pelo WhatsApp com orientações de trabalho. O jornal O Estado de S. Paulo confirmou a versão com um auxiliar do ministro. Seria o troco no vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, por ele ter publicado no Twitter mensagem de voz com o presidente negando uma afirmação do ministro.

O deputado federal Silvio Costa (Avante) também tentou sem sucesso uma vaga no Senado Federal na eleição deste ano. Após o resultado, o parlamentar agradeceu aos mais de 650 milhões de votos que recebeu, mas que não foram suficientes para elegê-lo. “Um voto que me orgulha muito. Tenho certeza que foi um voto do coração e da alma”, ressaltou. 

Apesar da derrota, Silvio disse que vai continuar tentando construir um Brasil decente. “Um voto de quem acredita que é possível fazer política com lealdade, ética e coragem. Muito obrigado e vamos juntos continuar tentando construir um Brasil decente". 

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Durante a campanha, o deputado tentou associar a sua imagem ao do ex-presidente Lula. Recentemente, ele chegou a dizer que “o povo sabe que eu sou o candidato de Lula e de Haddad”. Silvio Costa também tentou utilizar o argumento de que lutou contra o impeachment da então presidente Dilma Rousseff e que votou contra a reforma trabalhista. 

Ainda assim, ele tem o que comemorar. Na disputa deste ano, dois filhos do parlamentar saíram vitoriosos: João Paulo Costa foi eleito deputado estadual por Pernambuco. Já Silvio Costa Filho, que é deputado estadual, conquistou uma vaga na Câmara dos Deputados.

De estilo explosivo mas verdadeiro, de uma lealdade canina aos seus aliados, o atual deputado federal Silvio costa que disputa uma vaga para o Senado Federal, pode e de ser a grande surpresa nestas eleições. Silvio tem todas as chances de ser eleito e vem arregimentando apoios por onde passa, tem sido apoiado por prefeitos de todas as bandeiras partidárias, presidentes de câmaras, e tem recebido forte apoio da população. Silvio é de extrema fidelidade  aos princípios e propostas que defende para o Estado. Tem se mostrado ao longo de todos estes anos de uma lealdade gigante ao ex-presidente Lula e a ex-presidente Dilma. Em todo esse processo envolvendo o PT , mesmo sendo de outra legenda foi mais petista que muitos do Partido dos Trabalhadores. Silvio passa de maneira incólume por todas essas operações realizadas no Brasil nos últimos anos, é um homem probo e como está na moda dizer, de ficha limpa. Nada, absolutamente nada desabona a conduta de Silvio no parlamento ao longo destes  anos como deputado. Silvio diferente de muitos, tem todas as credenciais para ser eleito e quem ganha com isso é Pernambuco. Sabidamente tem uma missão árdua pela frente, não faz parte de uma boa chapa ao lado de Maurício Rands mas tem brilho próprio e como este ano definitivamente acabou aquela máxima de eleição casada , Silvio Costa deve ocupar umas das duas vagas destinadas ao Senado. Disposição ele tem, serviços prestados também, coragem é uma marca dele, transparência e honestidade são suas maiores qualidades. Resta, ao eleitor entender que Silvio Costa será um grande nome no Senado ocupando uma vaga que poderá render bons frutos para os Pernambucanos.

Justiça

O Centro de Estudos Judiciários (CEJ) do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) promove o I Ciclo de Palestras com o tema “A composição política dos tribunais”. O evento, gratuito e com vagas limitadas, acontece no dia 28 de agosto, às 10h, no Auditório Desembargador Nildo Nery dos Santos, na Escola Judicial de Pernambuco (Esmape), localizada ao lado do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no Recife. Para debater o assunto, o CEJ TJPE convidou dois juristas: José Paulo Cavalcanti Filho e André Vicente Pires Rosa. A unidade tem como diretor e vice, respectivamente, os desembargadores José Fernandes de Lemos e Carlos Moraes.

Palestrante

José Paulo Cavalcanti Filho é advogado, consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e do Banco Mundial, membro da Comissão Nacional da Verdade e integrante da Academia Pernambucana de Letras, tendo ocupado os cargos de secretário-geral e ministro interino da Justiça no Governo Sarney. André Vicente Pires Rosa é juiz do TJ pernambucano, onde também ocupou o cargo de assessor especial da Presidência, doutor em Direito e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Esmape.

Paulo Câmara e Manuela D’ávila lideram ato em defesa de Lula no Recife

Um grande ato em defesa da candidatura do presidente Lula foi realizado na noite desta quinta-feira (23) pela Frente Popular de Pernambuco. Com a presença da deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB), o governador Paulo Câmara (PSB) destacou que Pernambuco tem como compromisso ser um campo de resistência do que acontece no Brasil. O líder socialista também frisou a importância que foi a reunificação da esquerda em Pernambuco para mudar a realidade do que aconteceu no País, elegendo mais uma vez o melhor presidente da história, o pernambucano Luiz Inácio Lula da Silva.

Fala de Paulo

Paulo Câmara, que lembrou a defesa por temas importantes para Pernambuco e para o Nordeste, como a luta contra a privatização da Chesf, disse ainda que o Brasil só vai mudar se eleger Lula presidente. “O Brasil sabe o que quer e o que não quer. E o Brasil não quer o que está aí: esse presidente e seus ministros. Não podemos deixar essa oposição que está aí e representa o presidente Temer queiram trazer essa agenda para Pernambuco”, cravou o socialista.

Manuela falou

A deputada Manuela D’avila, que junto com o candidato a vice-presidente Fernando Haddad (PT) tem percorrido o Brasil em defesa de Lula, falou da importância que a reunificação do campo de esquerda em Pernambuco representa para todo o País. “Nessa eleição deve ser muito bom ser pernambucano ou pernambucana. Porque vocês vão devolver seu filho ao Brasil, ele que transformou esse Brasil, que é Lula. E ainda Paulo como governador e Luciana como vice”, destacou a representante do PCdoB, que também frisou o peso político da chapa da Frente Popular de Pernambuco.

Mais desafios

Manuela lembrou que está cumprindo um desafio solicitado por Lula, que é o de levar a defesa da candidatura do líder petista para todos os lugares do Brasil. “Estou nessa empreitada junto com Haddad para falar de uma pessoa que nenhum de nós tem o tamanho, a força, a história e o currículo de Lula. Lula disse: 'podem prender meu corpo, mas não minhas ideias e meu sonho de País'”, ressaltou a deputada estadual.

PTB lamenta morte de Nilton de Branca

O presidente estadual do PTB, deputado José Humberto Cavalcanti, lamentou nesta quinta-feira (23) o falecimento de Anílton Alves de Carvalho, conhecido como Nilton de Branca, 64, empresário e presidente do diretório do partido em Ipojuca, Região Metropolitana do Recife, desde 2012. A Prefeitura de Ipojuca decretou luto oficial por três dias.“Nilton era uma liderança política e empresarial de grande valor, um empreendedor que gerava muitos empregos e sempre atento às necessidades da população”, afirma José Humberto. “Em nome do nosso partido e do senador Armando Monteiro, queremos prestar nossa solidariedade à toda sua família e à comunidade. É uma grande perda para todos nós”, salienta.

Lula chamado

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) intimou, hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – candidato do PT à Presidência – a apresentar defesa de sua candidatura em até 7 dias corridos, prazo que termina em 30 de agosto.Por meio de seus advogados, o petista deverá contestar todas as 16 impugnações e notícias de inelegibilidade apresentadas por outros partidos, candidatos e cidadãos ao seu registro de candidatura. Lula está inelegível com base na Lei da Ficha Limpa por ter sido condenado criminalmente por tribunal de segunda instância.

Não é normal encontrar salas de aula equipadas com tanques, simuladores de caça e lança-granadas. Mas a Escola Revolucionária para Jovens de Mangyongdae, perto da capital Pyongyang, não é um estabelecimento de ensino qualquer.

Foi criada inicialmente pelo fundador da Coreia do Norte, Kim Il Sung, para educar os órfãos de pais mortos na resistência contra o colonizador japonês. Atualmente, é a melhor escola do país, uma instituição que tece os vínculos sólidos da elite do país.

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Uma estátua de bronze de Kim Il Sung e de seu filho e sucessor, Kim Jong Il, vigia a quadra esportiva. Cartazes que identificam os tipos de armas decoram os corredores.

Há uma sala repleta de armas curtas e outra com um tanque. O tiro é disciplina essencial e existe um local com alvos eletrônicos.

O estabelecimento tem mil alunos que fazem uma formação de nove anos, que costumam concluir aos 18.

As crianças têm a cabeça raspada e vestem uniforme ao estilo militar, conhecido por ter sido concebido pela esposa do primeiro Kim, Kang Pan Sok. A linha vermelha na lateral da calça simboliza sua devoção revolucionária.

Ao deixar a escola, vão entrar nas forças armadas, uma instituição fundamental neste país dotado da bomba atômica.

- "O verdadeiro pai" -

Kim Jong Il implementava uma política de "o exército primeiro". O atual dirigente, Kim Jong Un, terceiro na dinastia no poder, aparece regularmente ao lado de oficiais do exército, de um lado, e dirigentes civis, do outro.

Diariamente, os alunos da escola têm seis aulas de 45 minutos. A metade do programa é dedicado à política e à ideologia, quase um quarto a questões militares e o restante a disciplinas clássicas.

As tardes são reservadas a atividades físicas. A sala de musculação retumba com os gritos de incentivo dos alunos, enquanto os outros executam impressionantes movimentos de taekwondo.

Os meninos também são encarregados da manutenção da casa onde nasceu Kim Il Sung, próxima ao estabelecimento.

Também foi construída uma escola para meninas na periferia de Pyongyang, que leva o nome de Kang Pan Sok.

Estas escolas são a menina dos olhos da família Kim. O fundador da Coreia do Norte as visitou 118 vezes; sua esposa, 62; seu filho, 94; e o atual líder norte-coreano até agora fez seis visitas.

"O dirigente supremo, o camarada Kim Jong Un, é o verdadeiro pai de todos os nossos alunos revolucionários", explica a tenente Choe Su Gyong, guia no museu da escola.

- "Flores da revolução" -

Também está exposto um fuzil que Kim Il Sung exibiu durante uma viagem. "Os filhos e filhas dos revolucionários devem se tornar flores da revolução, seguindo os passos de seus pais", diz a tenente Choe.

A ocupação japonesa terminou em 1945 e desde então o acesso a esta escola foi estendido a quem tem pelo menos um pai ou um avô considerado fiel servidor do Estado.

"Elegemos os filhos e filhas dos patriotas que lutaram pelo partido, o governo, o país, a mãe pátria e o povo", declara o coronel Kim Yong Ho, diretor-adjunto do departamento de Educação da Escola.

Aqui, as crianças constroem uma rede de amizades e influências que pode durar por toda a vida. Entre os ex-alunos está, além de Kim Jong Il, Yon Hyong Muk, primeiro-ministro entre 1988 e 1992.

"A elite norte-coreana é surpreendentemente fechada a pessoas de fora. É hereditária a um nível inimaginável em outro país comunista", destaca Andrei Lankov, especialista do Korea Risk Group.

O Norte proclama que todos os cidadãos são iguais, mas na verdade, as pessoas são classificadas em função de suas origens sócio-políticas, segundo um sistema preciso e hereditário chamado "songbun". A fidelidade absoluta às autoridades é um fator crucial e estas pessoas, cujos antepassados colaboraram com o inimigo japonês ou foram capitalistas estão na base da escala.

- Prefeririam línguas estrangeiras -

Só quem tem um "songbun" positivo pode esperar um lugar em uma universidade da elite ou morar em Pyongyang. A chegada a uma certa forma de economia de mercado começa, no entanto, a abrir as portas aos demais.

Quando foi inaugurada, nos primórdios da República Popular Democrática da Coreia, a Escola Revolucionária usou como modelo as escolas militares Suvorov da antiga União Soviética, destinadas aos filhos dos veteranos falecidos.

Havia, então, quatro facções principais no âmbito do Partido dos Trabalhadores no poder: os partidários que tinham lutado ao lado de Kim Il Sung, os comunistas coreanos, aqueles que foram exilados na China, e os coreanos soviéticos.

À base de expurgos, os fiéis companheiros de armas de Kim Il Sung se tornaram a nata da sociedade.

"Então, a função da escola mudou", acrescentou Lankov. Deve sua importância à "militarização da sociedade norte-coreana nos anos 1960 e à emergência de um culto quase religioso pelos guerrilheiros, apresentados como apóstolos de Kim, o Grande".

Mas pode que não seja tão atraente para as gerações mais jovens: "os bisnetos dos tenazes combatentes foram malcriados e não conhecem mais os valores da simplicidade e da resistência de seus antepassados".

"Prefeririam estudar línguas estrangeiras e programação informática a armas e como matar alguém com uma faca pequena".

O pré-candidato a senador do grupo “Pernambuco Vai Mudar” Mendonça Filho, durante mais um ato da oposição ao governo Paulo Câmara, neste sábado (28), afirmou que vai “jogar com lealdade” durante o pleito eleitoral. O evento aconteceu na sede estadual do PSDB, no Derby, área central do Recife. 

Durante seu discurso, Mendonça garantiu que não existe disputa sobre quem é o mais inteligente. “Vamos jogar como eu sempre joguei na vida pública: com lealdade. Aqui não há disputa de um senador querendo ultrapassar outro. Aqui não há disputa no sentido de um ser mais inteligente do que o outro. Meu jogo, quem me conhece, sabe que sempre foi o jogo do conjunto”, declarou ressaltando também que quem planta lealdade, colhe lealdade. 

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O ex-ministro da Educação também falou que o segredo da vitória é, indiscutivelmente, a unidade política para alcançar o objetivo. “Quero dizer da minha satisfação em poder cumprir essa etapa na definição da nossa chapa, a caminhada será longa e difícil até porque os adversários usarão da política dentro daquele limite do tradicional, que eu tenho convicção que infelizmente essa política também vai derivar em alguns momentos para ataques e um jogo nem sempre muito republicano". 

O deputado reafirmou as críticas ao atual governo. “Há claramente um sentimento pela população de saturação com relação ao governo. O atual governo não mais representa a população pernambucana, não renova as esperanças, não atende os serviços básicos de saúde, educação e segurança pública”, criticou. 

Ele também fez diversos elogios ao deputado Bruno Araújo, que foi oficializado como pré-candidato ao Senado Federal. “Bruno entendeu e compreendeu o chamamento do povo e hoje se apresenta como pré-candidato ao Senado. Quero dizer que aonde quer que eu ande em Pernambuco, aonde quer que eu vá, estarei muito feliz em poder pedir voto para Armando como candidato a governador, para mim como candidato a senador e voto para Bruno como candidato a senador”. Mendonça ainda chamou o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) de “animal político”. 

 

 

A fidelidade do voto dos pernambucanos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é algo inegável. Sabendo disso, o senador Armando Monteiro (PTB), que disputará o Governo do Estado na chapa que está sendo formada pela frente ‘Pernambuco Quer Mudar’, enalteceu a influência política do líder-mor petista e criticou o PSB por, segundo ele, ter descartado até pouco tempo uma aliança com Lula e agora buscar seu apoio. 

Apesar de estar no palanque ao lado de nomes como o do deputado Mendonça Filho (DEM), que é opositor ao ex-presidente, e salientar que o foco deles é “dar novo rumo a Pernambuco”, Armando disse que continuará “homenageando a figura de Lula” e não haverá constrangimento em defender o petista. O pré-candidato ponderou que, ao contrário do governador Paulo Câmara (PSB), ele esteve com Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff “até a última hora”.  

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“Sempre entendemos que Lula é alguém que tem grande prestígio em Pernambuco, não nesta eleição, mas em todas mais recentes. O povo pernambucano reconhece que ele fez muito por Pernambuco, não há como desconhecer esta realidade. [...] E aí lembrar sempre que tem algumas forças que agora procuram o presidente e há pouco tempo descartaram alianças com o presidente e o PT”, argumentou, em conversa com a imprensa depois de ser oficializado como líder da chapa, nessa segunda-feira (11).

“Não fazemos alianças ocasionais, não fazemos alianças oportunistas, portanto o povo vai entender quais são os palanques que tem mais coerência no ponto de vista político. Eu sempre reconheci, sempre fiz homenagens e sempre vou continuar homenageando a figura do ex-presidente Lula”, completou Armando.

O senador, que foi ministro do governo Dilma, também sublinhou que mesmo estando ao lado de partidos que são oposição a Lula, como DEM e PSDB, já deixou claro aos aliados sua postura de “lealdade”.

“Não cria constrangimento [estar neste palanque], nós sublinhamos aqui que o que nos une é Pernambuco. Foi dito, de forma clara, temos trajetórias e origens políticas distintas. Eu estive com o presidente Lula e a presidente Dilma até a última hora. Nós temos um traço em comum, eu e Mendonça, é a lealdade. Ele entende a minha circunstância e eu entendi a dele. O importante é que possamos agora olhar para o futuro. O que nos reúne é Pernambuco”, salientou o petebista.

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) não tem sido leal sequer com seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira, 10, o ex-prefeito da cidade, Fernando Haddad (PT).

Considerado um possível plano B do PT, caso o ex-presidente Lula não possa concorrer no ano que vem, o petista está na sede do Twitter Brasil esta manhã para uma sessão de perguntas em respostas com usuários da rede social. A declaração foi dada quando ele respondia a uma pergunta sobre um possível rombo de R$ 7 bilhões deixado por sua gestão para seu sucessor.

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"Infelizmente o Doria não tem sido muito leal comigo - o que também não é novidade, porque não tem sido leal sequer com Alckmin. Acho que lealdade é uma coisa que ele deveria aprender", disse o petista. "Tem o Tribunal de Contas que já aprovou as minhas contas e a demonstração do superávit está no relatório final aprovado. Deixei R$ 5,5 bilhões em caixa. Desses R$ 5,5 bilhões, R$ 2,2 bilhões comprometidos e R$ 2,3 bilhões de superávit, sendo R$ 300 milhões livre para ele fazer o que quisesse no dia 2 de janeiro de 2017. Então consulte o Tribunal de Contas e aí você vai julgar quem está mentindo e quem está falando a verdade."

Pouco antes, incitado por outro usuário a comentar sobre a gestão do tucano, Haddad disse que era "deselegante" falar sobre o trabalho de seu sucessor, mas que fez a melhor transição de governo que pôde. O petista salientou, no entanto, que os dois têm "visões diferentes" de mundo e que esperava que os cidadãos paulistanos possam enxergar suas decisões à frente da prefeitura "com ânimos menos aflorados".

Candidato à reeleição em 2016, Haddad ficou em segundo lugar com 16,70% dos votos, enquanto Doria, navegando no antipetismo e no clima pós-impeachment da presidente Dilma Roussef, se elegeu em primeiro turno com 53,29%. Foi a primeira vez que São Paulo não teve segundo turno desde a redemocratização.

Questionado se pretende concorrer a outro cargo em 2018, Haddad comentou apenas que tirou o ano de 2017 para estudar porque o "desafio de 2018 precisa de reflexão aprofundada" sobre o que está acontecendo no mundo e no Brasil. "Vamos ver o que 2018 nos reserva", disse.

O ex-prefeito também minimizou as chances de sair como vice na chapa de Ciro Gomes (PDT). "Meu partido trabalha com a possibilidade concreta da candidatura Lula e não está discutindo nenhuma alternativa a isso nesse momento. Tenho muito apreço pelo Ciro, mas o PT está em outra direção nesse momento."

Haddad também respondeu a quem mandaria um "recadinho", uma referência ao vídeo do final de semana em que Doria rebateu as críticas do vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman. "Meu recadinho vai para o Alberto Goldman. Depois de amanhã, ele faz 80 anos, uma bela idade. Parabéns, governador."

A decisão de Doria de publicar vídeo nas redes sociais em resposta a Goldman, no fim de semana, foi considerada um erro por auxiliares e aliados do tucano. Na gravação, o ex-governador é chamado de "fracassado" e "improdutivo". "Hoje meu recadinho vai para você, Alberto Goldman, que viveu sua vida inteira na sombra de Orestes Quércia e do José Serra. Você coleciona fracassos na sua vida e agora vive de pijamas na sua casa", disse o tucano.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reforçou sua lealdade ao presidente Michel Temer e revelou que é cobrado pela mãe para não conspirar contra o peemedebista. Em entrevista ao programa Roberto D'Avila, da Globonews, ele disse que foi procurado por parlamentares e empresários para debater um eventual papel de presidente da República, mas afirmou que respondeu que não é essa sua função.

"Digo (a quem me procura) que meu papel é presidir a Câmara e de minha parte não haverá nenhum movimento que prejudique o presidente. O árbitro nem votar vota, ele preside a sessão. Eu não posso me movimentar nem numa posição nem noutra. Dentro de casa sou cobrado para ser leal, como aprendi com meu pai e minha mãe", afirmou Maia no programa veiculado na noite desta segunda-feira, 17.

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Maia é o primeiro na linha sucessória e assumirá o cargo de Temer provisoriamente por 180 dias se a Câmara admitir o processo contra o peemedebista e o STF aceitar a denúncia. A votação está prevista para 2 de agosto e são necessários 342 votos para que o processo prossiga.

"Sou cobrado todo dia pela minha mãe. Ela me mandou uma mensagem de texto e eu até assustei: 'Você não vai conspirar, né?' (Respondi:) 'Você me ensinou que eu tenho de ser leal e assim eu sou'. Mostrei (a mensagem da mãe) para o presidente (Temer)", afirmou Maia. A mãe do deputado é a chilena Mariangeles Ibarra Maia e seu pai é o ex-prefeito e vereador no Rio César Maia (DEM).

Sobre o resultado da votação para autorizar ou não a abertura do processo contra Temer, Maia disse que "os deputados é que vão julgar". "Meu papel como presidente da Câmara é não ter posição sobre esse assunto. Além de presidir a sessão que vai decidir pela abertura ou não da denúncia, no momento seguinte ainda tenho vários (pedidos de) processos de impeachment para ser decididos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Durante o julgamento da ação apresentada pelo PSDB, que pede a cassação da chapa Dilma-Temer na campanha de 2014, nesta sexta-feira (9), o presidente do Tribunal Eleitoral Superior (TSE), Gilmar Mendes, disse que as instituições são baseadas em princípios de lealdade constitucional. “Reconhecemos a integridade de todos os colegas”, afirmou.

Gilmar também declarou que “as instituições têm que se conter”. “Elas não podem usar os poderes do estado como se fossem selvagens. O Estado de Direito não comporta soberanos”, completou.

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O presidente criticou a mistura entre delatores e infratores. “Suspeito que essa mistura de delatores, infratores com o Ministério Público, esteja contaminando esse ambiente de maneira negativa, fazendo uma osmose que não condiz com a boa institucional idade”, cravou. Gilmar ainda disse que, onde estiver, vai “repudiar veemente” esse tipo de situação.

Os ministros continuam proferindo seus votos na noite desta sexta-feira. Até agora, o relator Herman votou a favor da cassação e três ministros votaram contra. Mesmo que o presidente Michel Temer (PMDB) seja absolvido pelo TSE, a expectativa é que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresente uma denúncia contra o presidente baseada na delação do dono da JBS, Joesley Batista. Temer vai precisar de 172 votos na Câmara para barrar o processo.

Depois de ceder às pressões do PR e aceitar tirar César Borges do Ministério dos Transportes, a presidente Dilma Rousseff disse ao Broadcast Político que não faltou lealdade da sigla.

Borges foi minado pela própria cúpula do PR e deslocado para a Secretaria de Portos, até então ocupada por Antonio Henrique Silveira. A cúpula do PR reclamava que Borges não representava os interesses do partido. Questionada após a convenção nacional do PSD se havia faltado lealdade do PR, Dilma disse: "Óbvio que não."

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Assediada por militantes do PSD, a presidente evitou comentar a troca no comando do Ministério dos Transportes. "Você acredita, querido, com essa situação aqui eu vou te dar entrevista? Eu vou beijar eles primeiro", respondeu, enquanto dava autógrafos e posava para fotos com populares presentes à convenção.

A cúpula da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) tem questionado a falta de lealdade do PMDB em alguns estados, principalmente em Pernambuco, onde a sigla é aliada a um dos principais rivais políticos da petista hoje, o governador e pré-candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB). Não é de hoje que o PMDB, do vice-presidente Michel Temer, tem feito oposição a Dilma no Estado. Tanto é que no Congresso Nacional figuras como o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o deputado federal Raul Henry (PMDB) não poupam críticas ao Governo Federal. 

Para o PT, segundo a jornalista Vera Magalhães, Pernambuco será um Estado-chave para a eleição deste ano. O PMDB ocupa a chapa majoritária da Frente Popular em Pernambuco, comandada pelo PSB. Henry disputará a vaga de vice-governador ao lado do socialista Paulo Câmara, que pleiteará o Governo de Pernambuco. Na última segunda-feira (24), no ato de lançamento da chapa, Henry deixou clara a insatisfação da bancada federal do PMDB com o PT. Segundo ele, nas reuniões internas "dizem que o partido (PMDB) é um mero subescritor de decisões do PT". 

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O senador Humberto Costa foi eleito líder da bancada do PT no Senado. Três anos após a primeira liderança ele é reconduzido, a partir da insistência da presidente Dilma Rousseff (PT), já prevendo o apoio do articulista no Congresso Nacional, durante o período que antecede as eleições. O pernambucano, eleito por unanimidade, é caracterizado por deputados e senadores como aquele que tem o trânsito livre no legislativo o que poderá atrair bons fluídos para Dilma. 

“Foi importante esse aval da presidente. É sinal que conhece não só a minha lealdade, mas também a defesa e relacionamento dentro do Congresso Nacional”,frisou. Lealdade esta que fez o petista aceitar dar a “cara à tapa” e disputar, representando um “PT em destroços”, o processo eleitoral em 2012, como candidato a prefeito do Recife. 

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Questionado sobre o desafio de encabeçar a bancada no ano eleitoral, Humberto não negou que em Brasília a prioridade dele será a reeleição de Dilma. “Acredito que o maior desafio é o político, lógico que nós temos uma agenda legislativa e temas importantes para tratar, mas o centro será a sucessão presidencial que é o maior desafio da nossa bancada. Vamos fazer a defesa do nosso governo, enfrentar a oposição e reforçar as propostas que o governo vai enviar para o Congresso Nacional”, pontuou o líder.

Quando a polêmica no Senado envolve o Executivo Nacional, Humberto sempre intercede junto aos parlamentares, mesmo antes da liderança, atitude que o fez adquirir forças diante das lideranças nacionais do PT. “Vamos traçar (no Congresso) uma pauta prioritária, vamos começar isso na semana que vem e tudo o que for de iniciativa do Executivo vamos dar uma atenção especial”, assegurou. No último ano, não à toa, ele defendeu, entre diversos pontos, a aprovação do programa Mais Médico e o bom andamento da Transposição do Rio São Francisco. Pontos que prometem ser os carros chefes da campanha para reeleição de Dilma. Assim como o SAMU e a Farmácia Popular, criados quando o senador foi ministro da Saúde, estiveram nas de Lula. 

Humberto Costa já garantiu, anteriormente, que este ano não pretende pleitear nenhum cargo e agora, na liderança, tem o papel fundamental mediar o diálogo entre o Executivo e o Legislativo. Se tal recondução é coincidência ou estratégia política, os petistas não responderão. No entanto, a força política de Costa e o poder de intervenção no Congresso já dizem que os petistas não estão dando passos em falso, neste campo minado que está o processo eleitoral deste ano. 

Eleitores fazem escolhas, as quais não são estáticas. Os eleitores estão numa trajetória. Nesta, eles recebem influências diversas. Eleitores interagem com outros eleitores e podem consolidar ou mudar as suas escolhas. Informações e fatos emocionais influenciam as escolhas dos eleitores.

O comportamento do eleitor reflete um trem nos trilhos. O eleitor e o trem estão numa trajetória em busca do destino. O destino do trem é a estação. O destino do eleitor é a urna. No decorrer da trajetória, o trem poderá escolher por parar em variadas estações. O eleitor na trajetória, em razão de variados vetores que influenciam as suas escolhas, poderá fazer diversas escolhas. Ou consolidar as escolhas já realizadas.

É comum, como por diversas vezes já abordei neste espaço, analistas de pesquisas e candidatos se preocuparem diante de uma pesquisa quantitativa com a posição dos competidores. Na análise, a qual aparenta ser superficial, o vencedor é o candidato que tem o maior percentual. Em nenhum momento, os analistas e competidores consideram que o eleitor está numa trajetória e, portanto, vulnerável a mudanças.

Estratégias eleitorais importam. Sábios são os competidores que reconhecem que estão numa trajetória e precisam conquistar eleitores ou evitar a saída deles. Estratégias eleitorais construídas com base em pesquisas possibilitam a conquista dos eleitores e evitam a saída destes.

Albert Hirschaman em seu livro Saída, Voz e Lealdade mostra como os consumidores deixam de comprar um dado produto. Revela que consumidores utilizam a voz para reclamarem de certo produto. E que consumidores são leais a dados produtos. As premissas de Hirschaman servem para o mercado político. Ou seja: eleitores deixam de votar em dado candidato, reclamam de candidatos e são leais aos candidatos.

Com base em Albert Hirschaman, constato que os eleitores na trajetória fazem escolhas. Portanto, eles podem abandonar o candidato, reclamar dele ou consolidar a sua lealdade a ele. As estratégias eleitorais são um dos vetores que possibilitam esta dinâmica.

Portanto, as escolhas dos eleitores não são estáticas. Elas mudam. Os que hoje são fortes eleitoralmente podem não ser amanhã.

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