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Neste domingo (7), dia das eleições municipais, que acontece das 08hs ás 17hs em todo o Brasil. Os documentos aceitos para votar são os oficiais com foto, tais como: carteira de identidade, carteira de habilitação, carteira de trabalho, carteira ou certificado de reservista, passaporte, carteira de categoria profissional reconhecida por lei ou título de eleitor. Caso o eleitor não leve o título ao local de votação, ele deve ter anotado o número do seu documento e de sua seção.

Não são aceitos para a votação: certidão de nascimento e de casamento, carteira de estudante, crachá funcional, CPF e nenhuma Xerox de documento, mesmo mediante a apresentação do boletim de ocorrência. 

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Saiba o que é permitido na hora da votação:

- Levar “cola”, folhetos ou similar;

- Eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida, ao votar, poderá ser auxiliado por pessoa de sua confiança, ainda que não tenha requerido antecipadamente ao juiz eleitoral;

- Eleitor com deficiência visual pode utilizar alfabeto comum/braile ou usar sistema de áudio, quando disponível;

Observações: a pessoa que auxiliar o eleitor não pode ser servidor da justiça eleitoral, de partido político ou coligação; a assistência ao eleitor na cabine deverá ser consignada em ata, assim como seu documento de identificação.

 

O que não é permitido:

- Eleitor se comunicar com qualquer pessoa, exceto mesário para externar sua vontade em suspender a votação (esquecimento de números etc...)

- O cidadão não poderá portar aparelho de telefonia celular, máquina fotográfica, filmadoras, equipamentos de radiocomunicação, ou qualquer instrumento que possa comprometer o sigilo do voto.

- Manifestar seu voto.

Outras dúvidas podem ser esclarecidas através do Disque Eleitor: (81) 4009-9400

*Com Informações do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco.

Todos os eleitores registrados no exterior não votarão no próximo dia 7 de outubro, no pleito para prefeito e vereadores dos municípios brasileiros.  Segundo o Tribunal Regional Eleitoral, mais de 250 mil pessoas encontram-se nesta situação e só decidem por governantes no país.

Nos casos dos brasileiros residentes no exterior, mas que não são cadastrados para votar no Brasil, e também os que estiverem fora do País no dia do pleito municipal, devem justificar a ausência às eleições, no prazo máximo de 30 dias, após a volta a nação.

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Outra opção é justificar o voto através dos correios, por meio do preenchimento do requerimento de justificativa eleitoral e enviá-lo com cópia do documento válido de identificação brasileira e comprovação do motivo declarado, para o Cartório do município que reside.

 

 

 

 

 

Em mais uma atividade de campanha no bairro do Prado, o prefeiturável Mendonça Filho (DEM), caminhou ao lado de alguns candidatos a vereadores do PMN e do DEM nesta terça-feira (18). O democrata cumprimentou comerciantes, eleitores, falou sobre sua queda nas pesquisas e criticou seus oponentes.

Na ocasião, Mendonça afirmou que sua gestão é diferente do PT e do PSB, partidos que há 12 anos administram a cidade. “Conversei com uma professora que criticou a gestão de João da Costa, ela me falou que não quer saber do PT na prefeitura. Quem quer diferença vota em mim, tenho nome e história”, disse o candidato.

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Em relação a fatores que podem ter influenciado na queda que o democrata vem enfrentando nas últimas pesquisas eleitorais, Mendonça afirmou que não quer ter voto por eliminatória. “Eu quero que as pessoas esqueçam da mídia, TV, pesquisas e quero um voto tranquilo e consciente. O primeiro turno é para escolher o melhor, no segundo turno é para reforçar o melhor”, disparou. O prefeiturável atribuiu a queda de 20 para 8% nas pesquisas ao fato de ter pouco tempo na TV. “A quantidade de comerciais que preciso repetir e a dificuldade material me atrapalham”.

Estratégia - O candidato do DEM comentou que continuará fazendo o corpo a corpo com o eleitor e realizará uma avaliação da migração de voto. “Passarei a mensagem nas inserções, tenho a política da experiência, mesmo que a nossa campanha seja a mais pobre das quatro.”

Pesquisa de intenção de voto para prefeito de João Pessoa, realizada pelo instituto Consult Pesquisa, de Natal (RN) para o jornal Correio, traz o ex-governador José Maranhão, pré-candidato do PMDB, na frente com 27,6%.

O segundo colocado é o senador Cícero Lucena, pré-candidato do PSDB, com 20,4% das intenções de voto dos pessoenses. Em terceiro lugar aparece o deputado Luciano Cartaxo, pré-candidato do PT, com 10,4% de preferência.

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A pré-candidata do PSB, Estelizabel Bezerra, aparece em quarto lugar na pesquisa, com 7,7% de intenção de voto na Capital. O quinto colocado é o jornalista Nonato Bandeira, pré-candidato pelo PPS, com 2,4%.

O médico Ítalo Kumamoto, pré-candidato do PSC, é o sexto colocado, com 1,7% das intenções de voto; o vereador Geraldo Amorin, pré-candidato do PDT, é o sétimo colocado com 1%, e o pré-candidato do PSOL, Renan Palmeira, é o último, no cenário pesquisado, com 0,2%.

Ainda de acordo com a pesquisa, 18,3% disseram que não votam em nenhum dos pré-candidatos apresentados e 10,3% não sabem em que vão votar. A pesquisa foi aplicada nos dias 10 e 11 deste mês em 24 bairros, tem margem de erro de 3% e foi devidamente registrada na Justiça Eleitoral.


Brasília – A conquista do direito ao voto feminino ocorreu em etapas e períodos distintos no mundo. Da Europa às Américas, passando pela África e Ásia, as mulheres obtiveram o direito de escolher seus candidatos. Mas é necessário ampliar essas conquistas, segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil. Ao visitar o Canadá, que faz parte do G20 (grupo dos países mais ricos do mundo), o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral Walter Costa Porto disse ter se surpreendido com a conquista das eleitoras canadenses.

“Estive no Canadá e me surpreendi com a participação da mulher. Liberdade absurda. A não dependência do marido e de um casamento [por exemplo]. Evidentemente conquistaram seu papel na sociedade”, ressaltou o ex-ministro.

No Canadá, a mulher obteve o direito de votar em 1918. Onze anos depois, as mulheres lutaram contra uma decisão judicial que as impedia de assumir cargos no Senado. A história mostra que, desde então, as mudanças sociais em relação às mulheres foram se fortalecendo. Na vida familiar, as mudanças levaram à ampliação da inclusão feminina no mercado de trabalho - em 1991, 60% já faziam parte da mão de obra assalariada.

O ex-ministro lembrou também a trajetória das mulheres no Reino Unido, cuja  participação feminina na política também foi tardia. Na década de 1910, havia protestos estimulados pelos defensores do direito ao voto, que conseguiram a conquista apenas em 1918 por meio do Representation of the People Act – ato do Parlamento britânico que levou à reforma da legislação eleitoral.

Segundo Costa Porto, as mulheres britânicas começaram a ocupar os espaços dos homens no mercado de trabalho e era impossível ignorar que a participação feminina havia se fortalecido. Ele explica que:  “[Após fortes manifestações] os homens chegaram a um ponto que não tinham como negar o voto à mulher”.
 
Na França, o processo de participação feminina na política foi desencadeado pela Revolução Francesa (1789-1799). Apesar disso, no século 18,  as vozes feministas que reivindicavam o direito ao voto e ao espaço no cenário político foram abafadas. Na época, os homens eram intolerantes com suas mulheres e seus filhos. Esse tratamento preocupava as mulheres que lutavam pelo sufrágio.

De acordo com a professora da Universidade de Brasília (UnB) Liliane Machado, especialista em feminismo, o movimento sufragista feminino no Brasil teve influência dos movimentos feministas da Europa e dos Estados Unidos. “Esses movimentos já tem uma longa data e tem uma experiência de vários departamentos que trabalham com isso [luta pelos direitos das mulheres]”.

Para a representante da Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres Brasil e Cone Sul, Rebecca Tavares, a eleição de presidentas no Chile (ex-presidenta Michelle Bachelet) , na Argentina (a atual presidenta Cristina Kirchner) e no Brasil (Dilma Rousseff) não significa que as mulheres têm pleno acesso às esferas de representação política.

“As mulheres como presidentas têm [uma grande] popularidade, mas as mulheres como parlamentares não têm esse sucesso. Na América Latina, 22% dos parlamentares são mulheres. Não diria que o sucesso das mulheres como presidentas é um indicador de que elas o têm pelo acesso à participação política”, disse Rebecca Tavares.

A representante da ONU acrescentou ainda que o desenvolvimento econômico e a participação política não estão ligados. Como exemplo, ela citou uma das nações mais importantes do mundo, os Estados Unidos, que até hoje não elegeram uma presidenta. “A desigualdade de gênero e a discriminação existem em todo o mundo, independentemente de nível de desenvolvimento econômico. Nos Estados Unidos, a participação de mulheres no Parlamento está muito abaixo da média”, disse ela.

De acordo com Costa Porto, em alguns estados norte-americanos, as mulheres já votavam no século 19. Nessa época, elas se envolveram na abolição da escravatura.  Susan Brownell Anthony,  uma das engajadas nessa luta, também levou a proposta para a aprovação da emenda de concessão o direito ao voto para as mulheres. Nos Estados Unidos, três mulheres chegaram a ocupar o cargo de secretário de Estado, o equivalente a ministro de Relações Exteriores – Madeleine Albright, Condolezza Rice e Hillary Clinton.
 

Este ano, as mulheres comemoram os 80 anos da conquista do direito ao voto no Brasil. Quem viveu esse momento, de alguma forma, tem na memória a lembrança do sentimento que deu um novo brilho ao execício da cidadania no País. A dona de casa Celeste Colares Maia, 90 anos, sente orgulho dos bons tempos da busca consolidada.  “Lembro que me penteei, me arrumei e me maquiei. Fui com os meus pais, minha irmã Maria, meus irmãos João e Raimundo. Guiomar como era a mais nova dos irmãos só foi para nos acompanhar. Não esqueço jamais desse dia em que votei pela primeira vez. Era um papelzinho com os nomes dos candidatos e a gente marcava um "X" no nome do candidato escolhido. Hoje não voto mais porque não consigo sair de casa sozinha, mas quando votava sempre me arrumava toda ” afirma. 

Getúlio Vargas era o presidente que, em 24 de fevereiro de 1932, através do Decreto nº 21.076,  instituiu o Código Eleitoral Brasileiro. Segundo o texto, podiam votar livremente as casadas e as viúvas. As solteiras, apenas aquelas com renda própria - dois anos mais tarde tais restrições foram eliminadas.  Apesar da liberação do voto, até 1998 as mulheres ainda eram minoria no eleitorado brasileiro e somente em 2000 elas passaram a representar a maioria desse universo.  Já nas últimas eleições, em 2010, o número de mulheres aptas a votar superava o de homens em cinco milhões.

Em  2011 um novo marco histórico nas conquistas femininas foi registrado no país, com a eleição da  Dilma Rousselff à presidência da República, sendo a primeira mulher brasileira a assumir a presidência do Brasil. Sua vitória ocorreu no segundo turno contra José Serra (PSDB), com 56% dos votos válidos.  “A igualdade de oportunidades para homens e mulheres é um princípio essencial da democracia. Gostaria muito que os pais e as mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas e lhes dissessem: Sim, a mulher pode!”, disse Dilma após confirmada sua eleição. Este “Sim, a mulher pode!” Dilma ecoou em sua gestão ao nomear para cargos públicos estratégicos outras mulheres, especialmente em alguns dos ministérios. 

Para a PHD em Ciências Políticas e professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alexandrina Sobreira, apesar das mulheres terem o que comemorar em 80 anos de voto, ainda há muito a ser conquistado. “Nosso espaço apesar de ter sido ampliado, especialmente dos anos 80 para cá, não fez crescer nossa representação nos poderes executivo, legislativo e judiciário, sendo um número ainda pequeno. Você vai às instituições do governo e encontra poucas mulheres ocupando cargos políticos”.

Dos congressistas, apenas 8,9% são mulheres. Nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais o percentual médio é de 12%. De acordo com Alexandrina Sobreira, o ideal seria que a representação feminina correspondesse a metade. “Assim como nos Estados Unidos a representação das mulheres deveria ser fifty fifty (cinquenta por cinquenta), meio a meio. Assim seria mais equilibrado”. Contudo, a Lei de Cotas brasileira determina  a participação mínima de 30%.



Presidentes na América Latina - Nos 33 países da América Latina, eleger uma mulher como presidente do país não é nenhuma novidade. Em 1974, a argentina María Estela Martínez de Perón, mais conhecida como “Isabelita” Perón, foi a primeira mulher a assumir o governo de um país, na região. Ela era vice-presidente na chapa do marido, Juan Domingo Perón, e com  a morte dele passou a ser presidente da Argentina.

Além da Argentina, que já teve duas mulheres no poder, e também do Brasil, agora com Dilma Rousseff, países como a Bolívia, Haiti, Nicarágua, Equador, Guiana, Panamá, Chile e Costa Rica também já elegeram mulheres para a presidência.  Hoje, na região ainda pode se ressaltar a Cristina Kirchner, eleita em 2007 e reeleita em 2011 na Argentina e a costarriquenha Laura Chinchilla, eleita em fevereiro de 2010.

“A presença de mulheres ocupando a presidência de países da América Latina significa que as pessoas desejam renovação. As mulheres têm a característica de serem mais agregadoras e conciliadoras, além de conseguirem executar várias tarefas ao mesmo tempo. Já os homens são monofocais, realizam uma ação por vez. A administração feminina também costuma ter uma característica importante porque as mulheres costumam fazer o monitoramento das ações, enquanto os homens preferem conferir apenas o resultado final”, observou a cientista política.

Mas Alexandrina faz ressalvas em relação a gestão feminina e afirma que a mulher deve ser firme nos seus propósitos de luta." Apelar para a fragilidade e apelo estético não são boas estratégias para líderes políticas. Outra prática que deve ser combatida é uma mulher ocupar um cargo político sem ter currículo para isso. Por exemplo, uma primeira dama de um município ocupar o cargo de secretária de ação social apenas por ser a mulher do prefeito”, avaliou.

Segundo ela, o voto é canal garantido de expressão silenciosa mais importante na vida de uma mulher, especialmente há 80 anos, quando ela ainda era sustentada por seu pai ou marido. Apesar de não usar a mesma frase da presidente do Brasil, “Sim, a mulher pode!”, a aposta da cientista para os próximos 80 anos de voto feminino, se afina com a de Dilma. “Foi através desse instrumento democrático que pudemos mudar parte de nossa trajetória política e minha aposta para os próximos 80 anos é que conseguiremos conquistar um espaço ainda maior na política e em outras áreas. O espaço que é justo: fifty fifty. Ou seja, espaços iguais ”, salientou.

A eleição presidencial de 2014 não deverá ter mais voto impresso. O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu um dispositivo que obrigava a impressão do voto após o eleitor confirmar na urna eletrônica a sua escolha. Os votos impressos ficariam depositados numa urna lacrada e posteriormente poderiam ser contados para confirmar o resultado.

Relatora da ação, a ministra Cármen Lúcia sustentou que a novidade violava o sigilo do voto. Ela disse que a inviolabilidade da urna eletrônica já foi comprovada e que o custo do voto impresso poderia chegar a R$ 1 bilhão. Por unanimidade, os ministros do STF seguiram a relatora e concederam uma liminar para suspender o artigo da lei que estabelecia o voto impresso. A suspensão foi pedida pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

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A Frente Parlamentar em Defesa do Voto Aberto será lançada na próxima terça-feira (20), às 16 horas, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados. A iniciativa já conta com a adesão de 191 deputados e objetiva pressionar a Presidência da Câmara para que entre na pauta a Proposta de Emenda à Constituição que institui o voto aberto no Parlamento.

A PEC aguarda para ser votada na Câmara desde setembro de 2006, quando foi aprovada em primeiro turno por unanimidade. "A população tem o direito de saber como vota o seu parlamentar em relação a todas as matérias. Em nome do interesse público, da democracia, da transparência e do respeito à cidadania brasileira, não dá mais para prorrogar essa votação", destaca o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), organizador da Frente.

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Entre os convidados para o lançamento da iniciativa estão representantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre outros. As informações são da Agência Brasil e da Agência Câmara de Notícias. (Aline Bronzati)

O vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou, em entrevista exclusiva à rádio Estadão/ESPN, que o voto aberto de parlamentares é hoje "muito mais compatível" com a democracia do País. A declaração foi feita ao ser questionado a respeito da absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) no plenário da Câmara após votação secreta, enquanto anteriormente, na Comissão de Ética e com voto aberto, ela teve a cassação aprovada.

"O voto secreto foi uma conquista da democracia quando existia a figura do soberano. Mas as coisas vão mudando. Hoje, o voto aberto é muito mais compatível com a democracia consolidada vigente no País", afirmou. O vice-presidente disse ainda que vê com naturalidade as conversas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua sucessora, Dilma Rousseff.

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Segundo ele, não há "sobreposição" da figura de um sobre o outro. "Vejo com muita naturalidade a troca de ideias entre a Dilma e o Lula. Afinal, ele governou o País por oito anos", disse. "Isto, ao invés de ser um fator negativo, deveria ser considerado um fator positivo", completou.

Eleitores escolhem com base em benefícios de curto prazo. Deste modo, eleitores não consideram o que virá em longo prazo. Eleitores avaliam o presente, e a partir deste, vislumbra um futuro curto. No caso, a visão dos eleitores não considera o longo prazo. Mas o curto prazo e, no máximo, o médio prazo.

As assertivas mostradas acima devem ser consideradas como hipóteses. Ressalto, entretanto, que a literatura sobre comportamento eleitoral afirma que o bem-estar econômico possibilita a boa avaliação dos governantes. Por conseqüência, eles adquirem condições de ser reeleitos. Portanto, o bem-estar econômico explica fortemente a reeleição de presidentes.

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Se o bem-estar econômico explica fortemente a reeleição de presidentes, qual é a importância de outras variáveis? Por muito tempo, ideologia e preferência partidária foram variáveis utilizadas por politólogos para explicar a escolha do eleitor. Recentemente, variados cientistas políticos mostraram, através de trabalhos empíricos, o desuso destas variáveis.

Existe na literatura sobre comportamento eleitoral, a predominância das seguintes variáveis para explicar a escolha dos eleitores: bem-estar econômico, avaliação da administração, imagem e emoções. Reconheço a importância destas variáveis. E considero que elas estão interligadas.

Eleitores aprovam a gestão do presidente em razão do bem-estar econômico. Diante deste contexto, os estrategistas adquirem condições de construir estratégias de comunicação utilizando os determinantes imagem e emoções.

De que modo o candidato deve se dirigir aos eleitores e contagiá-los em razão do bem-estar econômico? Esta é a principal indagação do estrategista antes de construir as estratégias eleitorais.

Estratégias eleitorais precisam explorar a imagem dos candidatos. Se os eleitores estão felizes com a sua situação econômica, o competidor deve associar a sua imagem qualificativos como “preparo” e “competência”. No caso, “preparo para manter o bem-estar econômico dos brasileiros”; “Competência para enfrentar as conseqüências da crise econômica presente em outros países”.

Candidatos também precisam emocionar. Deste modo, pesquisas qualitativas e quantitativas identificam termos ou gestos que emocionam os eleitores. Com isto, o discurso do candidato conterá termos e gestos que emocionam os eleitores.

A predominância das variáveis bem-estar econômico, avaliação da administração, imagem e emoções nas explicações das escolhas do eleitor comprovam a minha hipótese sugerida no início deste artigo: eleitores fazem escolhas considerando o presente e o curto prazo. Portanto, não adianta, infelizmente, candidatos explorarem “fortemente” em suas estratégias um projeto para o país em longo prazo.

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