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A ministra de Orçamento da França, Valerie Pecresse, afirmou hoje que o país está trabalhando para mudar os tratados da União Europeia, em um esforço para consolidar a zona do euro. "A ideia é consolidar a zona do euro", disse ela durante uma entrevista à emissora de TV Canal Plus. "Haverá mais integração."

Os comentários da ministra francesa surgem após notícias de que os países da zona do euro estão avaliando um novo plano para acelerar a integração de suas políticas fiscais, enquanto os líderes europeus tentam convencer os investidores de que podem solucionar a crise de dívida e impedir um colapso da moeda. Ela não forneceu mais detalhes sobre o plano que está sendo desenvolvido, mas disse que atuará como uma "prova de solidariedade". As informações são da Dow Jones.

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As encomendas à indústria na zona do euro caíram em setembro no ritmo mais rápido desde dezembro de 2008, indicando que a atividade manufatureira deve enfraquecer nos 17 países do bloco.

A Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, informou hoje que as novas encomendas registradas pelas indústrias recuaram 6,4% em setembro ante agosto. Na comparação com setembro de 2010, entretanto, houve alta de 1,6%.

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O resultado mensal foi muito pior do que o previsto. Os economistas esperavam queda de 2,7% ante agosto e aumento de 7,8% na comparação com setembro do ano passado.

A Eurostat também reviu a leitura para as novas encomendas em agosto, e agora calcula que houve aumento mensal de 1,4% e elevação anual de 5,9%. O resultado original era de expansão mensal de 1,9% e anual de 6,2%.

A queda mensal das encomendas em setembro foi a retração mais acentuada desde dezembro de 2008, quando as encomendas caíram 10,2%, com as empresas em todo o mundo reduzindo o planejamento de produção, em resposta à incerteza criada pelo colapso do Lehman Brothers.

Os dados sobre as novas encomendas à indústria são muito voláteis, e quedas em um mês podem ser compensadas por aumentos no mês seguinte. Entretanto, dado a proporção da retração em setembro, as carteiras de encomendas não devem ser preenchidas novamente com rapidez. As informações são da Dow Jones.

A Comissão Europeia publica hoje um novo e polêmico projeto de reforma da regulação fiscal e da governança no interior da zona do euro. O arsenal de medidas vai desde a futura adoção de eurobônus - títulos da dívida soberana do bloco - até o maior controle das finanças nacionais.

Entre outras medidas, Bruxelas passaria a aprovar ou vetar as leis de orçamento antes mesmo dos parlamentos, além de enviar inspetores fiscais para intervir em caso de crise grave, oficializando o que ocorre hoje de maneira informal na Grécia, na Irlanda e em Portugal.

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O texto do projeto foi obtido pelo jornal Financial Times. Ontem, minutos após a primeira reunião com o novo primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, defendeu as linhas gerais do programa, que ainda precisará ser aprovado por unanimidade pelos 17 chefes de Estado e de governo da zona do euro.

Em tom diplomático, o executivo português afirmou que os parlamentos nacionais permanecerão com a palavra final sobre o orçamento, mas que os documentos precisarão ser aprovados pelos técnicos de Bruxelas para evitar desvios que prejudiquem os parceiros da moeda única. "Os parlamentos nacionais devem saber que, quando eles tomam uma decisão, têm também de ser responsáveis sobre as consequências dessas decisões sobre os outros", reclamou Barroso, justificando: "Em uma união monetária, nós precisamos reconhecer tal grau de interdependência", afirmou.

O projeto da Comissão Europeia também prevê que uma lei de orçamento que seja considerada em conflito com os interesses comunitários será devolvida ao governo para ser revisada. Além dessas propostas, Barroso defendeu a adoção dos eurobônus, as obrigações de um Tesouro unificado e composto pelos integrantes da zona do euro. Atualmente, cada país emite os títulos de sua dívida soberana - e é o descontrole sobre a emissão desses títulos que causa ataques especulativos nos mercados financeiros da Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Itália.

Apesar de pregar a adoção dos eurobônus, o presidente da Comissão Europeia não bate de frente com a Alemanha, e defende a adoção dos bônus em médio e longo prazo, após a realização de reformas na governança que resultem em mais integração da economias nacionais.

Ontem, a chanceler alemã, Angela Merkel, voltou a insistir na emergência das reformas. "Mudanças nos tratados são na minha opinião parte imediata da solução da crise, uma resposta política para uma crise de confiança nascida da deriva política", afirmou, fechando com uma frase forte: "Nós temos de mudar a construção da zona do euro".

As declarações de Merkel também podem ser vistas como um recado indireto à França, cujo presidente, Nicolas Sarkozy, defende reformas, mas prefere medidas de eficácia em curto termo, como a compra de obrigações dos países em crise pelo Banco Central Europeu (BCE).

Bolsas. As propostas de reformas, que começam a ganhar corpo em Bruxelas, Paris e Berlim, vêm à tona em um momento de grande turbulência nas bolsas europeias. Ontem os mercados sofreram mais baixas, no dia seguinte de outra sessão de pânico. Mesmo sem que nenhuma grande medida ou notícia positiva tenha sido divulgada, os investidores chegaram a inverter a tendência de queda no fim da manhã. Ao término dos pregões, porém, o pessimismo voltou a prevalecer, impulsionado pelo fracasso do acordo sobre a redução do déficit nos EUA. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A zona do euro teve superávit em conta corrente em setembro, no primeiro resultado positivo em quase dois anos, gerado pela forte queda do valor dos produtos importados. Segundo dados divulgados hoje do Banco Central Europeu (BCE), o bloco monetário teve superávit em conta corrente de 500 milhões de euros em setembro, o primeiro desde janeiro de 2010, depois de um déficit de 5,9 bilhões de euros em agosto. O resultado de agosto havia sido calculado inicialmente em 5 bilhões de euros. Os dados são ajustados pelos efeitos sazonais e levam em conta o número de dias úteis de cada mês.

A zona do euro registrou superávit de 1,9 bilhão de euros em bens em setembro, depois do déficit de 900 milhões de euros em agosto, à medida que o valor dos bens importados despencou 4 bilhões de euros em comparação com agosto, para 144,9 bilhões de euros. As exportações caíram 1,1 bilhão de euros, para 146,8 bilhões de euros.

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O bloco teve superávit de 5 bilhões de euros em serviços e de 900 milhões de euros em renda. Por outro lado, houve déficit de 7,3 bilhões de euros em transferências correntes.

Os investimentos diretos e em carteira combinados tiveram fluxo de entrada de 14 bilhões de euros em termos não ajustados sazonalmente. As informações são da Dow Jones.

Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam em queda diante de uma confluência de fatores negativos, entre eles a preocupação com a possibilidade de um agravamento da crise das dívidas soberanas da Europa e com os receios com a aparente falta de progresso nas negociações sobre cortes nos gastos do governo norte-americano.

O declínio das bolsas aconteceu mesmo depois de dados do governo dos EUA mostrarem que o número de norte-americanos que entraram com pedido de auxílio-desemprego na semana passada encolheu 5 mil em relação à semana anterior, atingindo o menor nível desde o início de abril. "Existe uma batalha constante dia após dia, para não dizer hora após hora, nos nossos mercados", afirmou Randy Frederick, diretor de negócios e derivativos da Charles Schwab. "As ações querem subir, mas cada vez que surge um sinal de otimismo doméstico, temos notícias ruins na Europa."

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Mais cedo, o juro projetado pelos títulos soberanos da Espanha no mercado secundário subiu e atingiu o maior nível desde a introdução do euro, forçando o país a tomar empréstimos a um custo relativamente elevado e trazendo à tona receios com a possibilidade de uma piora na crise europeia.

A preocupação aumentou depois de a presidente do Federal Reserve de Cleveland, Sandra Pianalto, afirmar que a Europa "pode estar rumando para uma recessão" e que isso poderia reduzir o crescimento da economia dos EUA em 0,5 ponto porcentual. "Não é preciso muita coisa para assustar esse mercado", disse Uri Landesman, presidente da Platinum Partners. "Há pouquíssima convicção em ambas as pontas do negócio."

O Dow Jones caiu 134,86 pontos, ou 1,13%, para 11.770,73 pontos, enquanto o Nasdaq perdeu 51,62 pontos, ou 1,96%, para 2.587,99 pontos. O S&P 500 fechou em baixa de 20,78 pontos, ou 1,68%, a 1.216,13 pontos.

Alguns analistas também citaram como motivo para a queda das bolsas a falta de uma proposta consolidada do supercomitê de déficit do Congresso para cortar os gastos públicos. Se o comitê, composto por congressistas da situação e da oposição, não chegar a um consenso até quarta-feira, passarão a vigorar cortes automáticos nas despesas.

Apesar disso, Alan Valdes, diretor da DME Securities para negócios no pregão, ressaltou que "não há volume e, quando isso acontece, os operadores podem mover o mercado na direção que quiserem."

No mercado de Treasuries, os preços subiram, com respectivo movimento inverso dos juros, acompanhando o movimento de aversão ao risco do mercado de ações. No final da tarde em Nova York, o juro projetado pelos T-bonds de 30 anos estava em 2,988%, de 3,035% na quarta-feira; o juro das T-notes de 10 anos estava em 1,968%, de 2,015%; o juro das T-notes de 2 anos estava em 0,270%, de 0,262%. As informações são da Dow Jones.

A taxa anual de inflação na zona do euro ficou em 3,0% em outubro, inalterada ante a máxima de três anos registrada no mês passado, segundo dados divulgados hoje pela Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia. Na comparação com setembro, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 0,3%. Os números estão em linha com as previsões dos analistas.

Segundo os dados da Eurostat, a taxa anual de inflação dos preços no setor de energia ficou em 12,4% em outubro, estável ante setembro. O núcleo do CPI, que exclui preços voláteis, como de energia, alimentos, álcool e tabaco, ficou em 1,6% em outubro, estável ante setembro. As informações são da Dow Jones.

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A economia da zona do euro continuou crescendo em um ritmo modesto nos três meses encerrados em setembro, conduzida por gastos com consumo na Alemanha e na França.

Outras áreas, porém, registraram retração ou estagnação no terceiro trimestre e pesquisas recentes sobre atividade e confiança das corporações sugerem que a economia pode se contrair nos três meses finais do ano.

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A Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, disse que o PIB combinado das 17 nações que utilizam o euro subiu 0,2% no terceiro trimestre, ante o trimestre anterior, e avançou 1,4% no terceiro trimestre deste ano ante o mesmo período em 2010, ficando em linha com as expectativas. As informações são da Dow Jones.

A produção nas indústrias da zona do euro caiu em setembro em seu ritmo mais rápido em dois anos e meio, colocando em evidência a ameaça da recessão no bloco dos 17 países que usam a moeda única.

A produção industrial da zona do euro caiu 2% em setembro em relação a agosto, segundo informou hoje a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat. O resultado reverte o ganho de 1,4% no mês anterior e marca a maior queda desde fevereiro de 2009. Economistas, porém, previam declínio ainda maior, de 2,5%.

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A produção foi notavelmente fraca nas três grandes economias da região. A produção na Alemanha caiu 2,9%, e na França, recuou 1,9%. Na Itália, a queda foi de 4,8%.

Em termos anuais, a produção industrial cresceu 2,2% em setembro, o menor aumento desde dezembro de 2009, segundo o Eurostat. As informações são da Dow Jones.

A solução para a crise da zona do euro não está mais nas mãos dos governos em Berlim ou Paris, mas unicamente em Frankfurt, sede do Banco Central Europeu (BCE), segundo Paul De Grauwe, de 65 anos, professor de economia da Universidade de Leuven, na Bélgica, e analista do Centre for European Policy Studies. De Grauwe afirma estar bastante pessimista em relação à sobrevivência da zona do euro no longo prazo.

Segundo ele, a zona do euro entrou num ciclo vicioso, refletido na disparada dos juros dos títulos do governo italiano mesmo após o anúncio da renúncia do primeiro-ministro Sílvio Berlusconi, e apenas a intervenção do BCE pode interromper a escalada generalizada dos juros pagos pelos governos europeus em apuros. No longo prazo, apenas uma maior união política e de ações orçamentárias poderá reduzir a fragilidade institucional da zona do euro.

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Para ele, a renúncia do primeiro-ministro Sílvio Berlusconi não resolverá os problemas políticos da Itália. "O problema da Itália é mais profundo do que Berlusconi. É positivo que o homem deixe o cargo porque ele prejudicou bastante a reputação da Itália, mas o novo governo, seja ele qual for, terá que provar que poderá fazer uma boa administração, pois o mercado ainda está muito cético quanto a isso", segundo ele, a prova dessa desconfiança foi a disparada ontem dos juros pagos pelos títulos do governo italiano, após o anúncio da renúncia do Berlusconi.

Para avaliar se os políticos italianos terão mais vontade política do que Berlusconi na implementação das ações necessárias para reconquistar a confiança dos investidores, De Grauwe lembra que tais medidas de austeridade não têm levado a uma maior confiança do mercado. "Vimos isso com outros países. Quando você adota medidas de austeridade num ambiente de recessão, você não consegue reduzir o déficit orçamentário. Estamos, na realidade, num ciclo vicioso. Essa receita não funcionou com a Grécia nem com Portugal e não funcionará provavelmente com a Itália. Então, temos que lançar mão de outra estratégia. E aqui é crucial uma intervenção do Banco Central Europeu (BCE) para interromper essa escalada nas taxas de juros que alimenta esse ciclo vicioso", explicou.

Solução em Frankfurt - Na opinião do professor, a solução da crise da zona do euro está em Frankfurt e não mais em Berlim ou Paris, porque estamos no meio de uma crise que está saindo do controle e porque os mercados estão entrando em pânico. "Desse modo, você acaba vendo uma profecia autorrealizável: o mercado acha que haverá um problema com a dívida italiana, então todo mundo começa a vender os papéis italianos e daí o resultado é um problema com a dívida italiana. É preciso parar isso. Lógico que no longo prazo esses países com problemas precisam reduzir seu nível de endividamento, mas as medidas de austeridade vão agravar a recessão", disse.

De Grauwe vê um cenário de colapso da zona do euro como "cada vez mais provável do que no passado". "Não porque não temos condições de atacar o problema, mas porque os líderes estão relutantes em fazê-lo", comenta. "Primeiro, é preciso estancar a crise e só o BCE tem condições de fazer isso. Depois, no longo prazo, é preciso reduzir a fragilidade por meio de uma maior união política e orçamentária, mas isso será um processo muito difícil, porque poucos países estão dispostos em seguir essa direção, o que me faz bastante pessimista em relação à sobrevivência de longo prazo da zona do euro."

A solução de longo prazo envolveria, provavelmente, medidas como mudanças de tratados. De Grauwe acredita que teria de haver mudanças como, por exemplo, países transferindo soberania em áreas como o orçamento e emissão comum de títulos públicos. "Mas isso ainda é algo muito difícil", estima.

De Grauwe acredita que a recessão terá um efeito devastador na zona do euro porque elevará o déficit fiscal e o nível de endividamento, o que resultará em maior pressão pelos mercados. "A Comissão Europeia, que se tornou o agente dos mercados financeiros, então colocará mais pressão sobre os países, levando ao ciclo vicioso de que falei, e até deflação. É uma situação dramática. É o fracasso total das políticas econômicas da União Europeia", avaliou.

Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam em queda acentuada, pressionados por receios com a possibilidade de a Itália ser o próximo país tragado pela crise das dívidas soberanas da zona do euro, principalmente depois de o juro cobrado pelos investidores para conceder empréstimos ao governo italiano ter atingido o maior nível desde que o país ingressou no bloco monetário.

Hoje, o juro projetado pelos títulos soberanos da Itália no mercado secundário superou 7% (mesmo nível registrado pelos bônus da Grécia, da Irlanda e de Portugal antes de esses países precisarem ser resgatados. O aumento no juro ocorreu depois de a câmara de compensação LCH.Clearnet ter elevado a margem exigida para operar títulos do governo italiano.

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"A Itália deu o pontapé (para a queda), mas a sequência disso será a dúvida sobre se a zona do euro vai se sustentar", disse Rick Bensignor, estrategista-chefe de mercado da Merlin Securities. "Você pode mudar os políticos, como vimos com Papandreou e Berlusconi, mas se alguém efetivamente sair do bloco, será algo diferente. Seria modificado tudo o que está em vigor desde 1999", acrescentou.

A aversão ao risco fez os preços dos Treasuries subirem, com respectivo movimento inverso dos juros. No final da tarde em Nova York, o juro projetado pelos T-bonds de 30 anos estava em 3,023%, de 3,139% na terça-feira; o juro das T-notes de 10 anos estava em 1,964%, de 2,080%; o juro das T-notes de 2 anos estava em 0,234%, de 0,246%.

Entre as ações, o índice Dow Jones caiu 389,24 pontos, ou 3,20%, para 11.780,94 pontos. O Nasdaq perdeu 105,84 pontos, ou 3,88%, para 2.621,65 pontos. O S&P 500 teve declínio de 46,82 pontos, ou 3,67%, para 1.229,10 pontos.

Os setores financeiro e de matérias-primas registraram as quedas mais agudas da sessão. Os papéis do JPMorgan Chase caíram 7,08%, enquanto os do Bank of America recuaram 5,67%. A Alcoa também fechou em baixa, de 5,38%. O Morgan Stanley caiu 9,01% depois de anunciar que possui uma exposição líquida de US$ 1,79 bilhão a dívidas soberanas, corporativas e de bancos da Itália.

"Hoje é um daqueles dias de choque de realidade. A Itália é grande demais para falir e para ser resgatada e não é a única", disse Scott Redler, executivo-chefe de estratégia do T3 Trading Group. "A realidade está surgindo e os mercados estão tentando ignorá-la, mas o volume de notícias e a natureza sistêmica disso estão deixando as coisas piores."

Entre outros destaques da sessão, a General Motors caiu 10,90% depois de fazer previsões pessimistas citando a deterioração das condições da economia. A Adobe Systems perdeu 7,69% depois de a companhia anunciar que demitirá 750 funcionários e divulgar uma estimativa de receita menor do que a esperada.

A Ralph Lauren fechou em baixa de 5,73% depois de divulgar resultados que ficaram aquém do esperado. A Macy's perdeu 5,32% mesmo depois de divulgar crescimento no lucro do terceiro trimestre, pressionada pelo fato de a margem de lucro ter encolhido mais do que o previsto.

A Cisco Systems, que fechou em baixa de 3,82%, subia 1,19% no after hours depois de divulgar que seu lucro do primeiro trimestre fiscal encolheu 7,9% em relação a igual período do ano anterior. As informações são da Dow Jones.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, disse que uma Europa dividida entre países do núcleo e países da periferia não teria como durar. Barroso, que deverá apresentar propostas de mudanças no tratado da União Europeia nas próximas semanas, para aprofundar a integração fiscal entre os países membros, afirmou que a UE "não tem como avançar nessa direção nos termos do tratado atual.

A declaração de Barroso foi feita depois de informes de que funcionários dos governos da Alemanha e da França teriam discutido a tese de reformar a UE de modo a ter uma zona do euro mais integrada e, possivelmente, com um número menor de países.

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As informações são da Dow Jones.

As vendas no varejo da zona do euro caíram fortemente em setembro, puxadas por recuos na França, na Espanha e em Portugal, segundo dados divulgados hoje pela Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia (UE). As vendas no varejo recuaram 0,7% em setembro ante agosto, muito acima da retração de 0,1% prevista por analistas. O resultado representa a primeira queda mensal desde maio. Na comparação com setembro do ano passado, o recuo é de 1,5%, ante previsão de queda de 0,5%.

Segundo a Eurostat, as maiores quedas mensais foram registradas em Portugal (-3,7%) e Espanha (-1,7%). Na França, segunda maior economia do bloco, as vendas recuaram 0,6%. Na Alemanha as vendas subiram 0,4%, após uma queda acentuada em agosto. As informações são da Dow Jones.

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A taxa anual de inflação nos 17 países que adotam o euro como moeda ficou inalterada em outubro, no nível mais alto em três anos. Segundo dados preliminares divulgados hoje pela Eurostat, agência de estatísticas do bloco, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 3,0%, mesma alta verificada em setembro e bem acima da meta de menos de 2% do Banco Central Europeu (BCE).

Economistas previam aumento de 2,9% no CPI. A última vez que a taxa de inflação esteve tão alta foi em outubro de 2008, quando os preços subiram 3,2%. As informações são da Dow Jones.

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As encomendas à indústria da zona do euro aumentaram 1,9% em agosto ante julho, e 6,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, informou hoje a Eurostat, agência de estatísticas do bloco. Os resultados ficaram acima das estimativas dos economistas, que esperavam alta mensal de 0,5% e anual de 5,8%.

A alta anual foi a menor desde a queda de 2,8% registrada em novembro de 2009. O aumento mensal foi o primeiro desde maio deste ano. As informações são da Dow Jones.

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A zona do euro está trabalhando em uma reestruturação mais profunda da dívida da Grécia do que a determinada pelo acordo fechado em 21 de julho e pretende nomear uma autoridade para negociar com os detentores privados de bônus gregos, segundo informações de ministros de Finanças do bloco.

"Nós estamos trabalhando em um '21 de julho ampliado'" para a Grécia, afirmou o ministro de Finanças grego, Evangelos Venizelos, a caminho da reunião de ministros da União Europeia que acontece nesta manhã em Bruxelas. Na reunião de 21 de julho, os credores da Grécia decidiram fazer uma proposta que exigiria perdas (haircut) de 21% no valor líquido de ativo dos bônus gregos detidos pelo setor privado como parte de um pacote de ajuda financeira de 109 bilhões de euros.

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No entanto, agora as discussões giram em torno de um haircut de cerca de 60%. Os ministros de Finanças europeus também pretendem chegar a um acordo hoje sobre meios de recapitalizar os bancos do continente para que eles possam suportar prejuízos maiores. É preciso haver um "haircut substancial" para os credores privados da Grécia, declarou o ministro de Finanças da Suécia, Anders Borg.

A ministra de Finanças da Áustria, Maria Fekter, por sua vez, informou que a zona do euro está em processo para fechar um acordo sobre um mandato concreto para uma autoridade negociar com os credores privados da Grécia uma contribuição maior deles para o segundo pacote de resgate grego. A Grécia já havia recebido ajuda financeira internacional em maio do ano passado. As informações são da Dow Jones.

O Banco Central Europeu (BCE) afirmou hoje, em seu relatório mensal, que ainda existem riscos de baixa para a previsão econômica da zona do euro, em meio a uma "incerteza particularmente alta". Segundo o BCE, as tensões nos mercados financeiros, tanto na Europa como no restante do mundo, em função da crise da dívida soberana, além do potencial contágio dessas tensões na economia real da zona do euro, são os principais riscos de baixa para a previsão econômica.

"As atuais tensões nos mercados financeiros e os efeitos desfavoráveis nas condições de financiamento devem, provavelmente, desacelerar o ritmo do crescimento econômico na área do euro na segunda metade deste ano", afirma o relatório.

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Os riscos para a previsão de inflação, entretanto, permanecem "amplamente equilibrados", diz o BCE. A inflação deve continuar acima da meta de 2% nos próximos meses, mas posteriormente vai desacelerar. O principal risco de baixa para a inflação é um crescimento menor do que o esperado na zona do euro. Já os maiores riscos de alta são o aumento de impostos indiretos e preços controlados, devido a uma necessidade de consolidação fiscal. As informações são da Dow Jones.

Os líderes da Alemanha e da França, as duas maiores economias da zona do euro, estão em reunião hoje (9) para discutir novas medidas para conter a crise de dívida do bloco e buscar maneiras de fortalecer o setor bancário europeu.

A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy estão negociando na chancelaria de Berlim para moldar um acordo antes de uma cúpula dos 27 líderes da União Europeia neste mês.

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Um ponto importante das discussões deve ser a necessidade de um plano coordenado para que os bancos europeus possam lidar com um possível default da Grécia e para impedir o contágio que poderia ameaçar outros países endividados da zona do euro.

Merkel e Sakozy devem dar uma entrevista à imprensa após a primeira hora de negociações, e um jantar de trabalho foi marcado para ocorrer em seguida. As informações são da Associated Press.

A vice-presidente da Comissão Europeia, Viviane Reding, afirmou hoje que a França e a Alemanha devem começar a emitir bônus da zona do euro (eurobônus) imediatamente. Segundo ela, as principais economias do bloco deveriam criar um mercado de bônus triplo A grande, para competir em tamanho e liquidez com os Treasuries dos EUA.

"Eu fiz uma proposta, para que a França e a Alemanha fundam suas emissões de bônus. Elas seriam acompanhadas por outros países com rating triplo A", disse Reding em uma entrevista para a rádio francesa France Info. "Nós finalmente poderíamos competir com o mercado de bônus dos EUA, que não é fragmentado, é um mercado único, com um alto nível de liquidez".

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Segundo Reding, França e Alemanha seriam acompanhadas posteriormente por Áustria, Finlândia, Luxemburgo e Holanda, os outros quatro países do bloco com rating triplo A. Mas a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, já afirmou várias vezes que é contra eurobônus. Ontem ela disse que a criação desses títulos seria "absolutamente errada". Na França, a ministra de Orçamento, Valerie Pecresse, disse essa semana que para a emissão de um eurobônus é necessário antes que todos os membros do bloco reequilibrem suas finanças públicas e adotem legislações que obriguem um alto nível de responsabilidade fiscal.

Mais cedo hoje, o ministro de Finanças da Bélgica, Didier Reynders, afirmou que a questão dos eurobônus provavelmente será discutida neste fim de semana. Os ministros de Finanças da União Europeia estão reunidos em Wroclaw, na Polônia. As informações são da Dow Jones.

As principais economias globais precisam agir rápida, vigorosa e decisivamente para evitar outra crise financeira e econômica mundial, advertiu hoje a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde. A recomendação é feita dias antes de uma reunião do G-20, na próxima semana. Lagarde disse que a economia global está entrando em uma nova fase perigosa de crise, portanto o caminho para uma recuperação sustentada está "muito mais estreito que antes".

O crescimento fraco e balanços orçamentários ruins na Europa e nos Estados Unidos, combinados com um sistema financeiro apenas em parte consertado e a falta de uma resposta política concertada estão "alimentando uma crise de confiança e retendo a demanda, investimentos e a criação de empregos", segundo ela.

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"Este ciclo vicioso está ganhando força e, francamente, tem sido exacerbado pela indecisão política e pela disfunção política", disse Lagarde durante discurso no Woodrow Wilson Center, em Washington.

Para ajudar a economia global a voltar para o caminho da recuperação, os bancos europeus precisam aumentar seus colchões de capital, os governos da zona do euro e dos EUA devem delinear rotas dignas de crédito para reduzir suas grandes dívidas, as principais economias precisam reparar adequadamente o sistema financeiro e os principais mercados emergentes precisam fortalecer sua demanda, apontou a diretora-gerente do FMI. As informações são da Dow Jones.

Parlamentares da França aprovaram hoje a contribuição do país com o mais novo pacote de resgate à Grécia, tornando-a a primeira nação europeia a fazê-lo. O Senado aprovou a contribuição junto com o plano de austeridade fiscal apresentado pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, para reequilibrar a economia do país.

A decisão ocorre em um momento no qual a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) adverte que os países desenvolvidos correm o risco de voltar à recessão. O resgate de 160 bilhões de euros à Grécia foi aprovado por líderes da zona do euro em 21 de julho, mas sofreu uma série de reveses políticos pelo continente e alguns especialistas já advertem que ele pode não ser suficiente para conter a crise da dívida.

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A participação francesa no resgate financeiro à Grécia é de 15 bilhões de euros. A França é a segunda maior economia da zona do euro. Os senadores da governista UMP, de centro-direita, votaram a favor, os socialistas se abstiveram e os comunistas votaram contra.

Hoje, a Grécia divulgou que sua economia encolheu mais 7% no segundo trimestre e a OCDE advertiu que o crescimento está se desacelerando nos países desenvolvidos. A OCDE recomendou que o pacote seja implementado rapidamente e defendeu medidas capazes de recapitalizar os bancos europeus, muitos dos quais são vistos como superexpostos a dívidas soberanas.

A aprovação de hoje fez da França o primeiro país europeu a aprovar o resgate à Grécia, que só deve ser implementado em 2012. Diversos governos europeus têm pressionado Atenas a atender às condições impostas pelos credores em troca da ajuda. As informações são da Dow Jones.

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