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O índice de sentimento econômico da zona do euro, que mede a confiança de empresas e consumidores na região, avançou para 91,1 em fevereiro, de 89,5 em janeiro, atingindo seu maior nível desde maio de 2012, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela Comissão Europeia. O resultado veio bem acima do esperado por analistas, que previam avanço do indicador para 89,8.

Considerando-se a série histórica da comissão, no entanto, o índice se mantém fraco, abaixo da média de 100 registrada desde 1990.

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Além disso, embora o índice tenha avançado pelo quarto mês consecutivo em fevereiro, sugerindo que a economia da zona do euro não deve se enfraquecer ainda mais após registrar uma contração de 0,6% nos três meses até dezembro, o otimismo pode não ser suficiente para estimular os gastos do consumidor, que favoreceriam a retomada do crescimento. As informações são da Dow Jones.

A zona do euro teve em dezembro um superávit comercial de 11,7 bilhões de euros, o maior para o mês desde 1999, segundo dados preliminares divulgados nesta sexta-feira no site da Eurostat, a agência oficial de estatísticas da União Europeia. O resultado, no entanto, ficou abaixo do superávit de € 13,5 bilhões previsto por analistas. Em dezembro de 2011, o bloco que compartilha o euro tinha registrado superávit de 8 bilhões de euros. O superávit de novembro de 2012 foi revisado, para 13 bilhões de euros.

Em 2012, a zona do euro acumulou um superávit de 81,8 bilhões de euros na balança comercial, revertendo um déficit de 15,7 bilhões no ano anterior.

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Em dezembro, as exportações da zona do euro caíram 1,8% ante o mês anterior, com ajuste sazonal, enquanto as importações recuaram 3%.

A produção industrial da zona do euro diminuiu em novembro pelo terceiro mês seguido. De acordo com dados da Eurostat, a produção industrial do bloco de 17 países caiu 0,3% na comparação com outubro e 3,7% em relação a novembro de 2011. A queda anual foi a maior desde novembro de 2009, quando houve declínio de 7,0%.

Os resultados foram piores do que as previsões dos economistas ouvidos pela Dow Jones, que esperavam alta mensal de 0,2% e redução anual de 3,2% na produção. Em outubro a produção havia caído 1,0% sobre setembro e 3,3% sobre outubro de 2011. Os dados daquele mês foram revisados, após os cálculos iniciais de recuo mensal de 1,4% e anual de 3,6%.

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Irlanda, Grécia, Espanha, Itália e Portugal tiveram declínio na produção industrial em novembro ante outubro. Na Alemanha a produção cresceu apenas 0,1% e na França houve aumento de 0,5%. As informações são da Dow Jones.

O número de pessoas empregadas na zona do euro diminuiu 0,2% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o segundo, informou a Eurostat. A mesma queda foi verificada nos 27 países da União Europeia. Os dados são ajustados sazonalmente.

Segundo a Eurostat, havia 146 milhões de pessoas empregadas na zona do euro no terceiro trimestre deste ano - o nível mais baixo desde o primeiro trimestre de 2006 - e 222,6 milhões na UE.

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O setor de construção foi o que registrou a maior queda na quantidade de empregados, de 1,5% na zona do euro e de 1,3% na UE.

Na comparação entre o terceiro trimestre deste ano e o mesmo período do ano passado, o número de pessoas com emprego caiu 0,7% na zona do euro e 0,5% na UE.

Mais de 5 mil manifestantes se reuniram na Porta do Sol, no centro de Madri, para protestar contra cortes orçamentários e planos de privatização de parte do serviço de saúde nacional, segundo projeções da polícia. Os organizadores estimam a participação de 75 mil manifestantes, muitos vestidos de azul e branco.

A porta-voz da organização do evento, Fátima Branas, afirmou que os planos de privatização são míopes porque não levaram em conta que economias poderiam ser feitas sem a venda dos serviços.

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O governo sustenta a ideia de que os cortes são necessários para garantir serviços de saúde durante a recessão econômica. As informações são da Dow Jones.

A força do euro não vai impedir uma recuperação baseada em exportações em economias como Espanha, Portugal e Irlanda, disse neste sábado o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Vítor Constâncio, em um seminário com bancos centrais da América Latina.

A zona do euro está alcançando um superávit nas contas devido às atuais reduções nos déficits de diversos países em dificuldade na região. Apesar desse fator ter fortalecido o euro, a competitividade dos países vem aumentando.

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Espanha, Portugal e Irlanda têm registrado crescimento em suas exportações. Segundo Constâncio, isso prova que o euro não tem sido um obstáculo para essas economias. As informações são da Dow Jones.

A zona do euro está pronta para exercer seu papel para que a Grécia supere os seus problemas econômicos, já que o Fundo Monetário Internacional (FMI) progressivamente sai de cena, disse hoje Benoit Coeure, membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE).

Ele afirmou que o FMI exerceu "um papel muito útil" quando a crise na Grécia começou, providenciando assistência financeira ao país. Mas com a continuação da crise, segundo ele, o país precisa encontrar "uma solução europeia". As informações são da Dow Jones.

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Os ministros das finanças da zona do euro estão avaliando um possível desconto dos bônus da dívida (haircut, em inglês) da Grécia em 2015, na tentativa de reduzir a montanha de dívida do país em recessão, segundo reportagem deste domingo do jornal alemão the Welt am Sonntag.

Outros países da zona do euro e instituições, como o Banco Central Europeu (BCE), estão prontos para discutir abater parte da dívida grega que possuem para colocar a dívida daquele país em um patamar mais sustentável. O tema foi discutido em encontro secreto dos ministros e oficiais dos países do bloco em Paris na última segunda-feira, diz o jornal sem citar fontes.

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Tal desconto pode ser usado como incentivo adicional para Grécia levar adiante as reformas requeridas em seu segundo pacote de ajuda, que termina em 2014.

A Alemanha tem sido firmemente contrária a assumir perdas da dívida grega, não desejando pedir aos contribuintes que paguem a conta para que Atenas continue na zona do euro.

O BCE descartou tal medida, dizendo que seria o mesmo que financiar a Grécia diretamente, o que é estritamente proibido pelo tratado estabelecido na sua fundação.

O jornal Spiegel, no entanto, informou neste domingo que tanto o BCE como o Fundo Monetário Internacional (FMI) agora consideram que um desconto da dívida é inevitável.

Ao abater metade de dívida grega que possuem, os governos da zona do euro e instituições poderiam reduzir a dívida da Grécia de 144% para 70% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020.

Os ministros da zona do euro se encontram nesta segunda-feira num esforço para fechar um acordo para liberação de 31,2 bilhões de euros (US$ 40,5 bilhões) da parcela de ajuda da Grécia, que beira a falência. Os dois jornais alemães informaram que o assunto do desconto não deve ser decidido na reunião de amanhã. As informações são da Dow Jones.

A Pesquisa de Previsões Profissionais (SPF, na sigla em inglês) do Banco Central Europeu (BCE) mostra que os economistas reduziram suas projeções de crescimento para a zona do euro este ano e em 2013, e ao mesmo tempo elevaram as estimativas de inflação.

A previsão agora é que a inflação na zona do euro fique em 2,5% este ano e 1,9% em 2013. Essas projeções são 0,2 ponto porcentual maiores do que as estimativas anteriores, refletindo principalmente altas acima do esperado nos preços das commodities e em impostos indiretos. A estimativa de inflação para 2014 ficou inalterada em 1,9%. A meta do BCE é uma inflação perto, mas abaixo de 2%.

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Já as projeções para o PIB da zona do euro são de uma contração de 0,5% este ano e crescimento de 0,3% no ano que vem. Já em 2014 a expansão deve acelerar para 1,3%. "Os cortes nas projeções para 2012 e 2013 refletem a persistência das incertezas, assim como a continuação das medidas de consolidação fiscal associadas com a crise da dívida em alguns países, e o impacto negativo no consumo e nos investimentos", diz a pesquisa realizada pelo BCE.

A pesquisa faz parte do boletim mensal de novembro do banco central. A parte editorial do documento repetiu os comentários feitos recentemente pelo presidente do BCE, Mario Draghi, que disse na semana passada que "o crescimento econômico na zona do euro deve permanecer fraco" e que os riscos para a projeção "continuam a ser de baixa". Já os riscos para a previsão de inflação estariam "basicamente equilibrados".

No boletim o BCE também reafirma que está pronto para ativar seu novo programa de compras de bônus soberanos nos mercados secundários, chamado Transações Monetárias Completas (OMT, na sigla em inglês), e que só entra em vigor se algum país da zona do euro pedir ajuda ao Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês).

"O conselho do BCE está pronto para implementar o OMT, que vai ajudar a evitar cenários extremos, reduzindo assim claramente os receios com a materialização de forças destrutivas", diz o documento. As informações são da Dow Jones.

A atividade industrial recuou pelo 15º mês seguido em outubro, à medida que as exportações enfraqueceram, indicando que a economia da região como um todo se deteriorou no início do quarto trimestre, segundo pesquisa feita pela provedora de dados Markit. O índice de atividade industrial (gerente de compras) da zona do euro, conhecido como PMI, caiu para 45,4 em outubro, de 46,1 em setembro. As previsões dos analistas eram de que o índice recuaria para 45,3.

O relatório da Markit revela a fragilidade das exportações da zona do euro, à medida que a demanda de outros países continua baixa. Isso priva a região de uma fonte essencial de crescimento, enquanto os líderes tentam corrigir suas economias e reduzir a crise da dívida. As informações são da Dow Jones.

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O número de desempregados na zona do euro atingiu um novo recorde em setembro, destacando os danos que a prolongada crise fiscal e de crédito da região está causando na economia real enquanto os governos continuam cortando gastos para tentar controlar as dívidas.

Segundo dados da Eurostat, 18,49 milhões de pessoas estavam sem trabalho na zona do euro em setembro, depois de 146 mil perderem o emprego. O total de desempregados é o maior já registrado na região, com base em dados que vêm desde 1995. Com isso, a taxa de desemprego subiu para 11,6%, de 11,5%. Economistas consultados pela Dow Jones previam taxa de 11,5%.

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Na zona do euro como um todo, a taxa de desemprego entre os jovens subiu para 23,3% em setembro, também um recorde. Mas nos países do sul da região, que estão no centro da crise de dívida, a situação é ainda mais grave. O desemprego entre os jovens na Grécia e na Espanha está acima de 25% da força de trabalho local. As informações são da Dow Jones.

Os bancos da zona do euro reduziram os empréstimos para empresas e famílias em setembro, conforme a região se aprofundou na recessão, forçando as companhias a procurarem outras fontes de financiamento.

O crédito bancário para empresas caiu 21 bilhões de euros (US$ 27,3 bilhões) em setembro, na comparação com agosto, informou o Banco Central Europeu (BCE), indicando que as taxas de juros básicas em mínima recorde e o massivo fornecimento de liquidez feito pela instituição não beneficiaram todos os setores da economia.

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Para pessoas físicas, o crédito diminuiu 1,0 bilhão de euros, depois de uma breve melhora em agosto, quando os empréstimos cresceram 4,0 bilhões de euros. O dado de agosto foi revisado para baixo, dos 7,0 bilhões de euros relatado anteriormente.

No total, os empréstimos do setor bancário recuaram 0,8% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, após caírem 0,6% em agosto.

O crescimento anual da medida de oferta monetária ampla, conhecida como M3, perdeu força para 2,7% em setembro, da alta revisada de 2,8% em agosto, e ficou abaixo da previsão dos economistas de aumento de 3,1%. Em termos mensais, a M3 caiu 0,3%, na primeira queda desde abril.

No período entre julho e setembro a M3 subiu 3,0% em média na comparação com o mesmo período do ano passado, também menor do que a previsão de 3,2%.

A média de três meses permanece bem abaixo do valor de referência do BCE, que é de 4,5%, considerado consistente com o mandato de estabilização dos preços com uma taxa de inflação de 2,0% ou menos no médio prazo. Isso indica que a pressão inflacionária continua controlada na zona do euro. As informações são da Dow Jones.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, voltou a dizer nesta segunda-feira que seu país quer que a Grécia permaneça na zona do euro. Merkel, porém, ressaltou que Atenas "ainda tem muito trabalho a fazer".

Merkel também procurou acalmar temores de que uma saída abrupta da Grécia do bloco do euro cause novas turbulências na economia mundial. "Não haverá eventos fora do controle" na zona do euro, disse a chanceler durante coletiva, após se reunir com o presidente do Panamá, Ricardo Martinelli.

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O comentário de Merkel veio depois de o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, dizer na Cingapura não acreditar que a Grécia vá decretar moratória, gerando especulação de que a Europa está preparada para garantir que o país permaneça na zona do euro e receba todo e qualquer tipo de assistência para cumprir suas obrigações.

No fim de semana, Merkel disse que a Grécia está fazendo progresso nas reformas de sua economia e que a Europa deve continuar exigindo que o país cumpra os termos de seu pacote de ajuda, no valor de 173 bilhões de euros (US$ 224 bilhões). Ela acrescentou, no entanto, que a Grécia merece uma "nova chance" para reestruturar sua economia e atingir suas metas. As informações são da Dow Jones.

Os Estados-membros da zona do euro precisam tomar medidas para aumentar a integridade de suas economias e fiscalizar os orçamentos de outros países da região, afirmou neste sábado (13) o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi. "Está claro que precisamos nos mover em direção a uma integração econômica maior entre os países que dividem o euro", afirmou, em texto prévio de uma mensagem em vídeo a ser apresentada em cerimônia de entrega de prêmios em Veneza, na Itália.

"A supervisão multilateral real" de orçamentos de membros da zona do euro e políticas de reformas é "vital", considerando que "as decisões de política econômica se tornam, em grande parte, decisões coletivas", disse a autoridade.

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O presidente do BCE também elogiou o "progresso significativo" já feito para fortalecer o sistema financeiro da Europa, mas salientou que "ainda resta muito a ser feito, particularmente em relação ao projeto de uma nova estrutura institucional para a zona do euro". "Nenhuma união pode ter como base a avaliação de que cada país pode causar danos externos e econômicos a outro país-membro por ter suas prioridades de política econômica nacional", concluiu.

As informações são da Dow Jones.

O governo grego vai chegar a um acordo com a delegação internacional de inspetores na reunião de 18 de outubro, embora o acordo final deva ser fechado pelos ministros de Finanças da zona do euro em encontro marcado para o fim de outubro, afirmou hoje (13) Yannis Stournaras, ministro de Finanças da Grécia. Segundo ele, esse acordo vai pavimentar o caminho para o aguardado desembolso da parcela de resgate do país no começo de dezembro. "Precisamos concluir o pacote de austeridade, dentro do acordo que temos com os inspetores internacionais para a reunião do dia 18", afirmou. "Estimamos que o acordo final com o Eurogrupo será feito no final de outubro", completou.

A Grécia está em negociações com a delegação de inspetores da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Central Europeu (BCE) - conhecida como Troica - desde o começo de setembro. As discussões se referem ao plano de austeridade de dois anos no valor de €13,5 bilhões. A Troica discorda de alguns pontos do plano de austeridade e quer que o país faça mais cortes de gastos no próximo ano do que o planejado pelo governo grego.

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Um acordo sobre essas medidas, bem como sobre outras reformas estruturais, é a precondição para que a Grécia receba a próxima parcela de ajuda prometida pelos credores europeus e internacionais sob os termos do último resgate no valor de €173 bilhões e para garantir a possibilidade de extensão na redução das metas para o déficit nesse acordo de resgate. "Após o encontro do Eurogrupo, a parcela será desembolsada", afirmou Stournaras.

Enquanto isso, as discussões entre a Grécia e a equipe de inspetores da Troica continuam hoje e devem terminar amanhã. "Estamos próximos de chegar a um acordo, e espero que a reunião na próxima semana resolva a maior parte dos assuntos", informou ontem um funcionário do Ministério das Finanças que preferiu não se identificar.

As medidas incluem cortes em salários do setor público, pensões, pagamento de benefícios e aumento na idade para aposentadoria, que passaria de 65 para 67 anos. A Grécia também será obrigada a implementar 89 ações prioritárias - reformas prometidas que contemplam aumento nas tarifas de eletricidade para centenas de organizações do Estado - que ainda não foram colocadas em prática.

Essas e outras medidas devem ser votadas pelo Parlamento grego após a reunião da União Europeia, afirmou Stournaras. Com a probabilidade de enfrentar falta de caixa no fim de novembro, o governo grego quer garantir que a próxima parcela de ajuda chegue antes desse prazo.

As informações são da Dow Jones.

A zona do euro enfrenta riscos de deflação, e não de inflação, disse nesta sexta-feira Lorenzo Bini Smaghi, ex-membro da diretoria do Banco Central Europeu (BCE). O comentário é semelhante ao feito por Benoit Coeure, que no começo deste ano substituiu Smaghi na diretoria do BCE. Em entrevista publicada na edição de hoje do jornal alemão Die Welt, Coeure disse que "o perigo de deflação é maior que o de inflação" na zona do euro, com a região próxima de uma recessão.

Uma perspectiva econômica relativamente sombria, combinada com políticas fiscais apertadas e uma "forte taxa de câmbio do euro", manterá as pressões inflacionárias sob controle, disse Smaghi, citando a avaliação pessimista do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia mundial.

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Esta semana, o FMI reduziu suas projeções de crescimento para a economia global, dizendo que as "perspectivas se deterioraram ainda mais e que os riscos aumentaram". O presidente do BCE, Mario Draghi, tem dito repetidamente que a perspectiva econômica para a zona do euro é fraca, com o PIB da região encolhendo 0,2% no segundo trimestre depois de ter registrado crescimento nos três primeiros meses do ano.

"Comparada a outras regiões do mundo, a zona do euro é a única que está conduzindo uma política fiscal apertada. É também a única com uma política monetária comparativamente mais apertada, com uma taxa de juro mais alta e um euro forte", disse Smaghi. "Na ausência de riscos inflacionários, a combinação de políticas monetária e fiscal relativamente apertadas pode adicionar certo viés deflacionário." As informações são da Dow Jones.

A taxa de desemprego na zona do euro está no maior nível em mais de 17 anos, segundo relatório do Banco Mundial (Bird, na sigla em inglês) divulgado nesta segunda-feira (1). Segundo a instituição, 18,19 milhões de pessoas estavam sem ocupação em agosto deste ano, o equivalente a uma taxa de 11,4% de desemprego, o patamar mais elevado registrado na região desde que os dados passaram a ser compilados, em janeiro de 1995.

Esse problema, diz o documento, é ainda mais grave para os cidadãos que estão ingressando no mercado de trabalho. "Mais de 620 milhões de jovens não estão trabalhando nem estudando", apontou Martin Rama, diretor do Relatório de Desenvolvimento Mundial 2013, produzido pelo Banco Mundial. "Apenas para manter as taxas de emprego constantes, o número de postos de trabalho (no mundo) terá de aumentar ao redor de 600 milhões num período de 15 anos", estima Rama.

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Para o Banco Mundial, o setor privado é fundamental para viabilizar o crescimento dos países, uma vez que é responsável pela geração de 90% dos empregos no mundo. "Um bom emprego pode mudar a vida de uma pessoa e empregos corretos podem transformar sociedades inteiras. Os governos precisam mover os empregos para o foco central a fim de promover prosperidade e combater a pobreza", recomenda o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.

Para ele, é imprescindível que seja estimulada a expansão de pequenas empresas no setor urbano e o aumento da produção agrícola. "Os governos têm um papel central para fomentar o ambiente de negócios e fortalecer a demanda por trabalho", ressaltou o economista-chefe do Banco Mundial, Kaushik Basu.

O número de pessoas sem emprego na zona do euro totalizou 18,196 milhões em agosto, o equivalente a um aumento de 34 mil em relação a julho, segundo a Agência de Estatísticas da União Europeia (Eurostat). O número marcou o nível mais alto de desempregados, desde que os dados começaram a ser contabilizados em janeiro de 1995.

A leitura deixa a taxa de desemprego na região em 11,4%, inalterada em relação ao mês anterior. O número de desempregados ficou em linha com as previsões dos analistas entrevistados pela Dow Jones.

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A Eurostat revisou a taxa de desemprego em julho para 11,4%, novo patamar recorde, da leitura anterior de 11,3%.

Os dados do desemprego de segunda-feira ilustram o abismo entre os países mais fortes e mais fracos da zona do euro, uma das causas fundamentais da crise da dívida. A taxa de desemprego na Áustria foi de 4,5% em agosto, enquanto a Espanha teve taxa de 25,1%.

Os números também destacaram a diferença entre jovens e idosos.A taxa de desemprego entre as pessoas com idade abaixo de 25 anos recuou levemente, para 22,8%, de 22,9%, mas continuou bem acima da taxa de desemprego dos trabalhadores mais velhos. A taxa de desemprego entre jovens na Espanha foi a mais alta, alcançando 52,9% entre as pessoas com idade abaixo de 25 anos, ante 52,7% em julho.

Nos 27 países da União Europeia, o número de pessoas sem emprego subiu 49 mil, para 25,466 milhões, enquanto a taxa de desemprego ficou inalterada em 10,5%. As informações são da Dow Jones.

A taxa anual de inflação da zona do euro registrou aceleração em setembro, influenciada pela alta dos preços de energia e a elevação de impostos sobre as vendas imposta por governos locais que implementam programas de austeridade.

A alta surpreendeu e deixou a inflação da região ainda mais acima da meta anual do Banco Central Europeu, que é de pouco menos de 2,0%. Isto significa que é menos improvável que o BCE reduza sua taxa básica de juros para ajudar na recuperação da economia da área do euro.

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A agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat, disse hoje que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da região subiu 2,7% no período de 12 meses até setembro, depois de avançar 2,6% nos 12 meses até agosto. Economistas pesquisados pela Dow Jones previam que a taxa anual desaceleraria para 2,4% em setembro

Os preços de energia aumentaram 9,2% nos 12 meses até setembro, após subirem 8,9% nos 12 meses até agosto, segundo a Eurostat. As informações são da Dow Jones.

A presidente Dilma Rousseff está em Nova York para participar da 67ª Assembleia-Geral das Nações Unidas. Nessa segunda-feira (24), ela se reuniu com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso. A conversa tratou sobre a ampliação do comércio entre Brasil e a União Europeia e a crise econômica internacional na zona do euro.

Nesta terça-feira (25), ela fará o discurso de abertura da Assembleia da ONU. Entre as questões que ela pretende destacar estão o fim dos conflitos sem intervenção militar, ações conjuntas para equilibrar o cenário econômico internacional e empenho para cumprir as metas fixadas na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Antes do discurso, ela encontrará o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

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Dilma está acompanhada da filha Paula e de cinco ministros: Antonio Patriota (Relações Exteriores), Aloizio Mercadante (Educação), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Aguinaldo Ribeiro (Cidades) e Helena Chagas (Secretaria de Comunicação Social), além do assessor para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia.

Na agenda, o retorno de Dilma para o Brasil está previsto para esta quarta-feira (25).

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