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O anúncio da adesão do Brasil à Opep+, grupo expandido que agrega os 13 membros da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) e mais dez países, provocou críticas de organizações não governamentais ambientais. Representantes de ONGs apontam que a iniciativa "contradiz" o discurso do governo brasileiro de limitar as emissões de combustíveis fósseis.

"O Brasil diz uma coisa, mas faz outra na COP-28. É inaceitável que o mesmo país que afirma defender o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5°C anuncie agora sua aliança com o grupo dos maiores produtores de petróleo do mundo", afirmou Leandro Ramos, diretor de programas do Greenpeace Brasil.

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Peri Dias, representante da 450.org na América Latina, questionou: "O Brasil quer ser um líder climático ou um Estado dependente de combustíveis fósseis? Não pode ser ambos ao mesmo tempo." Segundo ele, o País "precisa ser mais claro em seus compromissos e defesa para eliminar progressivamente os combustíveis fósseis e expandir as energias renováveis se quiser ser o líder que pretende ser para a COP-30", que será realizada em Belém, no Pará, em 2025. "O Brasil precisa pressionar firmemente pelo completo abandono do petróleo, gás e carvão no texto final da COP-28", afirmou.

Para Ramos, do Greenpeace, entrar na Opep+ é uma decisão "completamente equivocada e perigosa", que ocorre em um momento em que o País deveria se preocupar em acelerar a transição energética e criar planos para eliminar progressivamente os combustíveis fósseis. "Não basta se comprometer com a desmatamento zero, o governo brasileiro deve adotar uma postura contra os combustíveis fósseis se quiser assumir um papel de liderança climática mundial", disse.

A Opep+ anunciou a adesão do Brasil, a partir de janeiro de 2024, em sua última reunião realizada em Viena na quinta-feira passada. No sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28), em Dubai, que o Brasil vai entrar no grupo, mas não vai "apitar nada" nas decisões do bloco. Ele argumentou que a participação brasileira é importante para convencer países produtores de petróleo a reduzirem a exploração de combustíveis fósseis.

Neste domingo, 3, antes de embarcar para Berlim, na Alemanha, o presidente voltou a falar do assunto. "O Brasil não será membro efetivo da Opep nunca porque nós não queremos. Agora, o que nós queremos é influenciar", afirmou.

Segundo informações do Ministério de Minas e Energia, a adesão à Opep+ não vai impor ao País nenhuma cota máxima de produção de petróleo.

O Brasil, atualmente o maior produtor de petróleo da América Latina, se tornará o vigésimo quarto membro da Opep+ e o terceiro da região, ao lado do México e Venezuela, este último, um dos cinco países fundadores do cartel da Opep em 1960 e que hoje conta com as maiores reservas de petróleo do mundo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Policiais civis da 67ª DP (Guapimirim), no Rio de Janeiro, prenderam, neste sábado (2), uma mulher que marcava encontros por meio das redes sociais para furtar as vítimas. Ela foi capturada, na Rodovia Rio-Teresópolis, após trabalho de inteligência e monitoramento.

Uma das vítimas foi um homem que mora em Guapimirim, na Baixada Fluminense. Após encontrá-lo, ela aproveitou um momento de distração, pegou toda a quantia em dinheiro dele e um cartão de crédito, com o qual realizou transações bancárias.

Segundo a 67ª DP, em outra ocasião, ela marcou encontro com um homem pelas redes sociais, acessou o celular dele e realizou transferências bancárias.

De acordo com as investigações, a mulher saiu da cadeia em setembro deste ano e possui 18 anotações criminais por estelionato e furtos mediante fraude. Contra ela foi cumprido um mandado de prisão preventiva.

Da assessoria

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Mutange, Bebedouro, Pinheiro, Bom Parto e Farol. Esses são os bairros “fantasmas” no entorno da lagoa do Mundaú, em Maceió, que foram evacuados pelo risco de desabamento recorrente da exploração mineral de sal-gema pela empresa petroquímica Braskem.

Desde 2019, quase 60 mil pessoas tiveram que deixar suas casas pelo medo dos tremores de terra que criaram rachaduras nos imóveis da região. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a exploração de 35 minas de sal-gema pela Braskem foi a responsável por deixar milhares de pessoas desabrigadas e transformar bairros antes movimentados e populosos em lugares praticamente desertos.

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Desde última quarta-feira (29), os moradores da parte dos bairros que não foram evacuados estão em alerta. Uma decisão judicial levou a retirada de 23 famílias que ainda resistiam ao despejo no bairro do Pinheiro. Segunda a Defesa Civil, a área da mina número 18 ameaça desabar a qualquer momento, com potencial de criar uma cratera maior que o estádio do Maracanã.

Mas em algumas ruas desses bairros o trânsito ainda é liberado. Seguranças particulares, contratados pela Braskem, vigiam os mais de 15 mil imóveis, hoje totalmente abandonados. Os locais passaram a ser propriedades da empresa após paga a indenização, que ainda é contestada por parte dos moradores.

Bairro "desapareceu"

Nessas ruas, casas, lojas e até prédios inteiros tiveram as portas e janelas substituídas por tijolo e cimento, criando muros que impedem a entrada de quem possa buscar algo de valor que os moradores tivessem deixado para trás. Em muitos casos, os imóveis foram cercados com placas de alumínio que cobrem as fachadas.

O mato cresce fora e dentro das casas, que apresentam sinais de desgaste e depredação. Os muros são marcados por uma série de números pintados em vermelho, que indicam os registros de desocupação. Em algumas fachadas, há também pichações; um protesto contra a Braskem e o poder público, ou mesmo desabafos, lamentos pela dor de quem teve que seguir a vida longe do lugar que amava.

A Rua Professor José da Silveira Camerino, que corta o bairro do Pinheiro e está na região da área da mina 18, é um retrato de desocupação e ao mesmo tempo de resistência. De um lado da rua, sem aviso de interdição, parte do comércio local ainda resiste, como um posto de gasolina e uma praça com ambulantes. Do outro do lado, o cenário é o inverso: tudo fechado. Nesta quinta-feira (30), até o Hospital do Sanatório, que fica também nessa rua, transferiu pacientes para outras unidades de saúde às pressas, diante da possibilidade de desabamento da mina 18.

O comerciante Mateus Costa tem uma loja de autopeças de um lado da Rua Professor José da Silveira Camerino e uma oficina mecânica do outro, uma na frente da outra. A oficina amanheceu, nesta sexta-feira (1), isolada, com aviso de interdição pela Defesa Civil. Seu sentimento é de desalento.

“Você imagina estar situado num bairro e o bairro todo desaparecer? Não existe mais o bairro, não tem mais nada. O comércio caiu 80%. A partir do momento que o seu faturamento cai, você já não consegue manter o mesmo padrão que você tinha. Isso mexe com você de todo jeito. Psicologicamente, eu estou arrasado. Falam que homem não chora, mas tem que chorar um pouquinho”, desabafa.

Mateus foi despejado de sua casa logo em 2019, mas conseguiu adquirir um imóvel com a indenização da Braskem no mesmo bairro, o que segundo ele hoje é tarefa bem difícil. O mercado imobiliário da cidade ficou inflacionado com o deslocamento forçado de tanta gente.

Manuela Rodrigues, de 79 anos, nascida e criada no Pinheiro, mora perto das lojas de Mateus. Enquanto os fundos do imóvel servem como casa, a frente abriga uma pequena mercearia, hoje bastante esvaziada. Não há clientes para movimentar o comércio.

“É triste para quem nasceu, viveu e ainda está vivendo aqui. O que está se tornando é uma tristeza. Eles estão dizendo que aqui, essa parte nossa, não tem área de risco. Fica uma interrogação, será que não vai acontecer nada aqui? Porque tem do outro lado da rua e no meu lado não tem? Aí eu fico pensando nisso”, questiona.

Manuela diz que a única alegria que ainda restou no lugar é a vista no bairro do Pinheiro. “Nosso pôr do sol ainda é muito lindo, você vê a lagoa [do Mundaú] e o pôr do sol”.

Cleber Bezerra também morou no bairro a vida toda e teve que sair quando os tremores começaram. Conseguiu comprar uma casa em uma região mais distante do Centro da cidade, o bairro do Tabuleiro dos Martins, depois de mais de um ano vivendo do aluguel pago pela Braskem. Aposentado, com 62 anos, visita os amigos com frequência no Pinheiro. Ele relata ter dificuldades para socializar no novo bairro.

“Para mim não foi bom não. Antes era 10 minutos até o centro [de Maceió]. Agora, onde eu moro é a 40 minutos. Tinha amizades, conhecimento, aqui era tudo perto. A gente foi obrigado a sair, né? Você nasce no bairro, cresce no bairro, faz as amizades. Quando você vai para outro bairro, começa tudo de novo, começa do zero, não é mais a mesma coisa”, lamenta.

Cena de guerra

Em frente ao Hospital do Sanatório, Mário dos Santos tem sua barraca de acarajé há 30 anos. Vendia até 200 unidades do quitute por dia antes do “pesadelo” da Braskem. Hoje, comemora quando consegue vender 50.

“Não tem mais movimento, fechou o hospital. Fica difícil a vida da gente. Já me pediram para sair daqui, a prefeitura avisou que aqui agora é da Braskem. É uma revolta, agora penso até sair daqui, já que vai fechar tudo e não vai ter ninguém. Parece uma cena de guerra aqui. A galera toda está com medo, medo de afundar e morrer todo mundo. No risco, a gente tem que ficar porque é o ganha-pão do dia a dia”.

A história se repete com o feirante Givanildo Costa. Ele teve que deixar sua casa no bairro do Bebedouro, vizinho ao Pinheiro. Ele diz que a situação abalou seu irmão, que tinha uma mecânica no Pinheiro. Com fechamento da loja, veio a tristeza e a depressão, o que piorou a situação da diabetes, que o levou à perda da visão.

“O meu irmão ficou em depressão porque ele tinha uma oficina que aqui no Bebedouro, ele tinha uma renda uns seis mil por mês, e [depois da mudança] chegou a ganhar nem um salário mínimo por mês, tudo por causa da Braskem. Está com depressão, diabetes, derrame, cego, só vê o vulto”.

Os dados da Defesa Civil apontam o afundamento da mina 18 em quase 2 metros de afundamento só nesta semana.

A Braskem confirma que pode ocorrer um grande desabamento da área, mas a mina também pode se acomodar. A Defesa Civil da prefeitura de Maceió pede que a população não circule pelas áreas de risco. A petroquímica diz que já foi pago R$ 3,7 bilhões em indenizações e auxílios financeiros para moradores e comerciantes desses bairros. Mas a única certeza, até o momento, é que parte da região continuará fantasma no meio da capital alagoana.

Duas listas divulgadas pelo guia gastronômico TasteAtlas, com base em uma votação on-line, apontaram que catuaba e cuscuz paulista são, respectivamente, a pior bebida e o pior prato do Brasil. A apuração contou mais de 5 mil votos válidos, dando maior peso às escolhas dos usuários que conhecem as iguarias.

Além da catuaba, considerada afrodisíaca, outras bebidas figuram na lista, como a cachaça e cajuína. Já em relação às comidas, outros pratos típicos foram considerados os piores da culinária brasileira, como o arroz com pequi, tareco e maria-mole. As notas são dadas em uma escala de até cinco estrelas.

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Confira as listas e as notas dadas pela votação. No site oficial, houve uma atualização na última sexta-feira (1º), incluindo cortes de carnes na lista de comidas. A lista abaixo mostra a ordem dos pratos típicos, mas sem considerar a posição no ranking completo.

Piores bebidas do Brasil, segundo usuários do TasteAtlas:

1. Catuaba - 3.1

2. Cachaça - 3.7

3. Cajuína - 3.8

4. Tucupi - 3.8

5. Caju amigo - 3.8

6. Caipiroska - 3.9

7. Quentão - 3.9

Piores pratos do Brasil, segundo usuários do TasteAtlas:

1. Cuscuz Paulista – 2,9

2. Arroz com pequi - 3,3

3. Tareco - 3,3

4. Maria-mole - 3,4

5. Sequilhos - 3,5

6. Sagu - 3,5

7. Salpicão de frango - 3,5

8. Quibebe - 3,5

9. Ostra ao bafo - 3,5

10. Pé-de-moleque - 3,6

 

 

O Brasil e o Reino Unido firmaram, neste sábado (2/12), um acordo de cooperação em projetos de apoio à descarbonização do setor industrial. O documento foi assinado no Brasil pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin e entregue neste sábado para a ministra de Segurança Energética e Net Zero do Reino Unido, Claire Coutinho, em cerimônia de assinatura que ocorreu em Dubai, nos Emirados Árabes, durante a programação da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, COP 28. No ato da assinatura em Dubai, o MDIC foi representado pelo secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, Rodrigo Rollemberg.

O memorando tem o objetivo de aumentar a capacidade do MDIC de identificar, alinhar e combinar fontes de assistência internacional com projetos para apoiar a descarbonização do setor industrial brasileiro. Nesse sentido, busca promover o desenvolvimento e a implantação de novas tecnologias limpas.

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A estrutura de cooperação recebeu no memorando a denominação de Hub de Descarbonização Industrial no Brasil (HDIB). Vai funcionar como um centro de articulação de parcerias internacionais com interesse na descarbonização do setor industrial, incluindo provedores de assistência técnica, doadores internacionais de financiamento climático, investidores privados e outras iniciativas industriais com a finalidade de facilitar a identificação, o alinhamento e a correspondência das medidas propostas.

Para a representante britânica, Claire Coutinho, os esforços do hub fazem parte de um processo de fortalecimento de laços entre os dois países em áreas como mercados de carbono, governança climática, instituições de pesquisa, empresas e investidores em áreas como energia, bioeconomia e agricultura. "Espero que nossa parceria continue a dar resultados e a crescer, com base no respeito, no diálogo, no equilíbrio e nos interesses comuns, ao mesmo tempo em que proporciona benefícios para nossos povos e nos faz avançar rumo à economia do futuro", completou.

O presidente francês Emmanuel Macron visitará o Brasil no dia 27 de março de 2024. A confirmação foi feita por ele neste sábado, 2, durante almoço bilateral com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a COP-28, em Dubai.

Durante o encontro, os presidentes conversaram sobre o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O Brasil atua para destravar a parceria entre os blocos. Na sexta-feira, Lula abordou o mesmo tema durante reuniões bilaterais com representante da União Europeia, Ursula von der Leyen, e com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.

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Na reunião com Macron, o presidente Lula também abordou aprofundamento da relação entre os países, sobretudo na questão climática e nas áreas de Defesa e Cultura.

Lula e Macron já tinham se encontrado rapidamente durante a COP-28, quando se cumprimentaram. O país tenta retomar a boa relação com a França, após as rusgas entre os dois países durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

*A jornalista viaja a convite do Instituto Clima e Sociedade

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos anunciou que o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) será aplicado em 180 cidades, sendo 54 do Nordeste, a região com maior número de municípios com pontos de aplicação da CPNU. A seleção irá contratar 6.640 novos funcionários públicos em 21 órgãos federais diferentes. 

“A escolha de abranger uma extensa gama de cidades não apenas amplia as possibilidades de acesso aos cargos públicos, mas também desempenha um papel crucial na redução das desigualdades regionais. O Nordeste, marcado por uma rica diversidade cultural e histórica, apresenta um vasto contingente de talentos que, por vezes, enfrentam desafios socioeconômicos diversos”, defende José Celso Cardoso, secretário de Gestão de Pessoas do MGI. 

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Os municípios foram escolhidos com base em critérios como densidade populacional, raio de influência microrregional e facilidade de acesso. Serão incluídas duas cidades em Alagoas, dezesseis na Bahia, três no Rio Grande do Norte, duas em Sergipe, seis no Ceará, cinco de Pernambuco, sete do Piauí, nove no Maranhão e quatro na Paraíba. 

As cidades são Arapiraca (AL), Maceió (AL), Barreiras (BA), Bom Jesus da Lapa (BA), Brumado (BA), Eunápolis (BA), Feira de Santana (BA), Guanambi (BA), Ilhéus (BA), Irecê (BA), Itaberaba (BA), Jacobina (BA), Jequié (BA), Paulo Afonso (BA), Ribeira do Pombal (BA), Salvador (BA), Teixeira de Freitas (BA), Vitória da Conquista (BA), Crateús (CE), Fortaleza (CE), Iguatu (CE), Juazeiro do Norte (CE), Quixadá (CE) e Sobral (CE).

Também terá aplicações em Bacabal (MA), Balsas (MA), Caxias (MA), Chapadinha (MA), Imperatriz (MA), Pinheiro (MA), Presidente Dutra (MA), Santa Inês (MA), São Luís (MA), Campina Grande (PB), João Pessoa (PB), Patos (PB), Sousa (PB), Caruaru (PE), Garanhuns (PE), Petrolina (PE), Recife (PE), Serra Talhada (PE), Bom Jesus (PI), Corrente (PI), Floriano (PI), Parnaíba (PI), Picos (PI), São Raimundo Nonato (PI), Teresina (PI), Caicó (RN), Mossoró (RN), Natal (PI), Aracaju (SE) e Itabaiana (SE).

Mesmo com locais de aplicação em diversas cidades do país, as vagas não serão regionalizadas. O Concurso Unificado promoverá, apenas, vagas de nível nacional. 

O Brasil assume hoje (1º), pela primeira vez, a presidência do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia e a União Africana. O mandato tem duração de um ano, encerrando-se em 30 de novembro de 2024. 

Formado em 1999, com o objetivo de buscar soluções após uma grave crise financeira internacional, o G20 corresponde hoje a cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e 2/3 da população mundial. 

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O Brasil integra o grupo desde o início, quando o foco principal ainda era a chamada Trilha das Finanças, que reúne os ministros de finanças e presidentes de bancos centrais. A partir de 2008, quando uma nova crise financeira abalou o mundo, o grupo passou a ter o formato atual, congregando também chefes de Estado e de governo. 

Enquanto o país estiver na presidência, o governo do Brasil será responsável por decidir e implementar a agenda de atuação do G20, com apoio direto da Índia, última ocupante da presidência, e da África do Sul, país que exercerá o mandato em 2025. Esse sistema é conhecido como troika e é um dos diferenciais do grupo em relação a outros organismos internacionais.

A partir desta sexta-feira (1º), o site oficial e as redes sociais do G20 também passarão a ser administradas pelo governo brasileiro. A página estará disponível em três idiomas (português, inglês e espanhol) e vai conter, além de informações sobre o grupo e sua história, detalhes sobre os grupos de trabalho, grupos técnicos, forças-tarefa, reuniões e demais iniciativas da Presidência brasileira do G20.

Para marcar a data, o governo organizou ainda uma campanha de mídia nos aeroportos de Guarulhos (São Paulo), Galeão (Rio de Janeiro) e Juscelino Kubitschek (Brasília). Além disso, no fim da tarde de sexta-feira, uma projeção será feita no Museu da República, em Brasília, com as principais mensagens da Presidência brasileira do G20.

Foi lançado também o e-book Brasil na presidência do G20, que explica o que é o G20 e quais a responsabilidades do país à frente do grupo.

Três eixos prioritários

Desde o primeiro momento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva colocou como prioridade da presidência do Brasil a atuação em três eixos: a inclusão social e a luta contra a desigualdade, a fome e a pobreza; o enfrentamento das mudanças climáticas e a promoção do desenvolvimento sustentável em suas dimensões econômica, social e ambiental; e a defesa da reforma das instituições de governança global, que reflita a geopolítica do presente.

Em vídeo publicado nas redes sociais do G20, Lula reforçou essas prioridades. “Não é possível que tanto dinheiro continue na mão de tão poucas pessoas e tantas pessoas não tenham dinheiro para comer o mínimo necessário”, disse o presidente, sobre a fome. 

“Compromisso de convencer os países ricos que não existem dois planetas Terra, que é urgente enfrentar com determinação a crise climática”, acrescentou Lula. Ele voltou a defender a compensação financeira para os países mais pobres, que poluem menos.  

“Nosso terceiro compromisso é engajar o G20 na luta do Brasil por uma nova governança global”, afirmou. “Não é possível que organizações financeiras criadas há quase 80 anos continuem funcionando com os mesmos paradigmas, sem levar em conta as alterações estruturais do século 21”.

Em discursos anteriores, Lula vem cobrando a repaginação de outros organismos multilaterais, com mais participação de países emergentes nas decisões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, por exemplo. O presidente também já mencionou a Organização Mundial de Comércio (OMC) e a própria Organização das Nações Unidas (ONU).  

Trilhas

À frente do G20, o Brasil terá desafios de ordem política e logística. Entre dezembro de 2023 e novembro de 2024, o país deverá organizar mais de 100 reuniões oficiais em várias cidades, que incluem cerca de 20 reuniões ministeriais, 50 reuniões de alto nível e eventos paralelos. O ponto alto será a 19ª Cúpula de chefes de Estado e governo do G20, nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.

Lula orientou a diplomacia a aproximar as duas trilhas que norteiam os trabalhos do G20 -  a Trilha dos Sherpas, que reúne emissários dos executivos de cada país e tem o papel de elaborar políticas, e a Trilha das Finanças, com representantes das equipes econômicas e na qual se discute o financiamento a essas políticas e temas macroeconômicos mundiais. 

Para liderar a trilha dos sherpa, o indicado pelo governo brasileiro é o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty. Já a Trilha das Finanças será coordenada pela economista e diplomata Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda.

Uma primeira reunião entre representantes de cada trilha deve ocorrer em 11 de dezembro.

 

A feira gamescom e o Big Festival anunciaram que vão fundir as duas marcas num evento único em 2024. A partir de agora, o Big Festival será chamado de “gamescom latam”, em referência a América Latina. A primeira edição já está marcada e acontecerá de 26 a 30 de junho, na São Paulo Expo.

A gamescom é o festival da empresa “game” , a Associação Alemã da Indústria de Jogos - que reúne um ecossistema de videogames, desde estúdios de desenvolvimento e publishers, até eventos organizadores de esports, instituições de educação, entre outros. Também ocorre na cidade alemã Colônia e no continente asiático, em Cingapura. Já o Big Festival, acontece desde 2012 e é considerado o maior do continente latino-americano. A competição de jogos independentes continuará na programação da gamescom latam. 

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Ainda se juntam a colaboração a Koelnmesse, que organiza a gamescom na Europa e na Ásia; e a Omelete Company, responsável por pela Comic Con Experience e a Game XP no Brasil. Além disso, o evento terá o apoio do Governo Estadual e Municipal de São Paulo.

A criação da gamescom latam corresponde ao reconhecimento do Brasil e da América Latina como territórios centrais por parte das grandes empresas de games do mundo. É também um alinhamento importante entre dois eventos que já tinham a mesma índole: tanto a gamescom quanto o BIG Festival celebram o mundo dos jogos e as comunidades de jogadores, mostrando os mais novos lançamentos, os melhores jogos e muito mais aos fãs. É por esse motivo que o BIG Festival continuará existindo como uma das áreas dentro da gamescom latam, atraindo os melhores jogos independentes do mundo inteiro como temos feito desde 2012, mas agora dentro de uma plataforma com visibilidade muito ampliada", afirma o CEO do BIG Festival e da gamescom latam, Gustavo Steinberg.

 

Na última quarta-feira (29), os fãs de Blink-182 foram à loucura com a possibilidade da banda ter cancelado o show que vai fazer no Brasil em 2024. Contudo, o Lollapalooza confirmou que o trio segue firme e forte na programação.

Isso porque o norte-americano Travis Barker, o baterista do grupo, se envolveu em uma polêmica com Diego Miranda, integrante da banda brasileira Scracho, e ameaçou cancelar a apresentação do Blink-182 em São Paulo.

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Tudo começou quando o marido de Kourtney Kardashian publicou no Twitter a palavra Tomorrow, que significa amanhã em português, dando a entender que anunciaria alguma novidade. Diego, então, brincou que a tal novidade de Travis seria que ele ia cancelar o show no Brasil, já que os internautas adoram dizer que ele vive fazendo de tudo para não vir ao país.

Irritado, o baterista não gostou da brincadeira e respondeu: "F***-se, vou cancelar então".

Na mesma hora, os fãs ficaram alvoroçados, já que não seria a primeira vez que a banda cancela o show no Brasil - e vale lembrar que o trio nunca pisou em solo brasileiro antes. Porém, o festival confirmou que eles seguem na programação e vão subir ao palco em 22 de março de 2024.

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, afirmou nesta quarta-feira, 29, que vai manter o peronista Daniel Scioli como embaixador no Brasil. A confirmação é mais um sinal de moderação de Milei e indica disposição para manter boas relações diplomáticas com o governo Lula, após uma série de críticas ao presidente brasileiro durante a campanha eleitoral.

Scioli assumiu o cargo indicado pelo presidente Alberto Fernández em 2020, durante o mandato de Jair Bolsonaro.

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A manutenção do peronista era especulada na imprensa argentina desde o encontro do chanceler do Brasil, Mauro Vieira, com Diana Mondino, que assumirá a chefia da diplomacia na gestão Milei, no domingo, 26. Em entrevista à rádio argentina La Red, Milei confirmou a permanência do peronista. "A ideia é que por enquanto ele continue nessa tarefa", disse.

Na mesma entrevista, Milei anunciou o nome do economista e ex-diretor do Banco Central da República da Argentina, Luis Caputo, para o cargo de ministro da Economia e Gerardo Werthein para a embaixada argentina nos Estados Unidos.

Scioli é descrito como um político habilidoso e se tornou embaixador no Brasil com o desafio de manter as relações entre os dois países estáveis em meio às diferenças ideológicas entre Fernandez e Bolsonaro, que se criticavam mutuamente. O Brasil é o principal parceiro comercial da Argentina, seguido por China e Estados Unidos, e a manutenção de boas relações com Brasília é considerada crucial por Buenos Aires.

A imprensa argentina descreve a atuação do embaixador no Brasil como "uma das melhores entre os embaixadores do atual mandatário (Alberto Fernández)". "Basicamente porque sua gestão foi quem manteve o vínculo político e comercial com o mais importante sócio e vizinho do Mercosul nos piores momentos da relação entre Fernandez e Bolsonaro", escreveu o jornal Clarín no domingo, 26.

A tarefa do embaixador durante o governo Milei deve ser semelhante, dada às críticas feitas pelo presidente eleito ao governante brasileiro durante a campanha eleitoral. Milei chegou a ameaçar cortar relações com o Brasil e chamou Lula de "socialista corrupto" e "comunista". Uma vez eleito, o argentino passou a ter uma postura mais moderada e trabalha para reconstruir os laços.

O primeiro sinal positivo com o governo Lula foi dado no domingo, com o convite de Mondino a Lula para a posse de Milei.

Scioli foi vice-presidente entre 2003 e 2007 e governou a província de Buenos Aires. Em 2015, perdeu a eleição presidencial para Mauricio Macri. Ele chegou a ser cogitado para ser o nome da chapa governista nas eleições até a escolha de Sergio Massa.

Policiais de Sergipe mataram sete pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado, os mortos estavam entre os alvos de uma operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (29), na cidade de Cristinápolis, no extremo sul de Sergipe.

Em nota, a pasta informou que os sete homens mortos pertenciam a uma facção criminosa e trocaram tiros com os policiais que participam da Operação Cristinápolis Segura. Na mesma ação policial, outros dois investigados foram presos.

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Foram cumpridos 23 mandados judiciais de busca e apreensão logo nas primeiras horas da manhã, sendo um deles no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan), no município de São Cristovão, distante cerca de 100 quilômetros de Cristinápolis.

De acordo com a Secretaria de Segurança, as investigações, iniciadas a partir de uma denúncia anônima, apontam para o envolvimento dos investigados em uma série de crimes como homicídios, tráfico de drogas e assaltos cometidos em Cristinápolis, na cidade vizinha, Tomar do Geru, e também em Barra dos Coqueiros, a cerca de 120 quilômetros ao norte do estado.

Ainda segundo a pasta, ao longo da apuração os investigadores encontraram indícios de que um dos investigados, Michel Silva Pena, comanda o grupo criminoso de dentro do Copemcan, onde já cumpre pena por ter matado a tiros o sargento da Polícia Militar Nabal Gomes Menezes, de 48 anos de idade. O crime ocorreu em 2015, na zona rural de Tomar do Geru, enquanto o militar acompanhava o funcionário de uma granja que recebia de seus clientes o pagamento pelos produtos vendidos.

Na cela de Pena, os policiais encontraram celulares e uma faca. Já os mortos, segundo a Secretaria de Segurança, portavam armas de fogo, munição, facas e entorpecentes.

Os investigadores também informaram ter encontrado indícios de que um homicídio e ao menos cinco tentativas de homicídios ocorridos nos últimos 4 meses, em Cristinápolis, têm relação com uma disputa interna pelo comando do grupo e pelo controle de pontos de vendas de drogas.

“O atrito tem gerado acirrada rivalidade entre os subgrupos criados dentro do crime, causando conflitos armados e violentos, inclusive no sul do estado”, informa a Secretaria de Segurança.

A Agência Brasil entrou em contato com o Ministério Público de Sergipe (MP-SE) e aguarda a manifestação do órgão.

A expectativa de vida ao nascer no Brasil, em 2022, ficou em 75,5 anos, segundo dados das Tábuas da Mortalidade, divulgados nesta quarta-feira (29), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  

O estudo foi construído com base no Censo Demográfico de 2022, diferentemente dos anos anteriores, em que a expectativa de vida era calculada a partir de projeções populacionais revisadas em 2018, que eram baseadas no Censo de 2010. 

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A informação mostra também, pela primeira vez, os impactos da pandemia de covid-19 na expectativa de vida do brasileiro, uma vez que os números de 2020 (76,8 anos) e 2021 (77 anos) ainda não levavam em conta os óbitos provocados pela doença. “A gente fez uma estimativa não prevendo uma crise sanitária que afetasse os óbitos”, diz Izabel Marri, pesquisadora do IBGE. 

Neste ano, o IBGE também está revisando os números de anos anteriores. Os números preliminares apontam que a esperança de vida no país em 2020 foi de 74,8 anos, portanto, dois anos a menos do que o estimado anteriormente. Em 2021, ano da pandemia com mais mortes, foi de 72,8 anos (ou seja, 4,2 anos a menos). 

Esperança recuperada

“A esperança de vida de 2022 é como se a gente recuperasse um pouco a esperança de vida em relação ao pior ano da pandemia. Passado o pior ano, com o maior aumento de óbitos do mundo, a gente consegue recuperar um cálculo de esperança de vida ao nascer", afirma Marri. 

Em relação aos anos pré-pandemia, a revisão do IBGE aponta para as seguintes expectativas de vida: 2019 (76,2 anos), 2018 (76,1 anos), 2017 (75,6 anos) e 2016 (75,3 anos). Portanto, com a revisão do IBGE, a esperança de vida ao nascer em 2022 é a menor desde 2017. 

Marri acredita que, em 2023, cujos dados sairão apenas em 2024, a expectativa de vida continuará crescendo, recuperando as perdas ocorridas durante a pandemia. “A gente já recuperou um pouco o nível de esperança de vida ao nascer e a gente tende a recuperar um pouco mais no próximo ano”, argumenta a pesquisadora. 

Sexo

Em relação aos sexos, a expectativa de vida das mulheres ficou em 79 anos, abaixo dos 80,1 anos de 2019, enquanto a dos homens ficou em 72 anos, taxa também inferior aos 73,1 anos de 2019. 

A probabilidade de morte do recém-nascido - registrada em 2022 - ficou em 12,84 por mil nascidos vivos, acima dos 11,94 por mil de 2019. Entre os homens, a taxa foi de 13,94 (superior aos 12,85 de 2019), enquanto entre as mulheres foi 11,69 (maior que os 10,98 de 2019).

A Polícia Federal, no Aeroporto Internacional de São Paulo, prendeu na manhã desta terça-feira (28) um passageiro que pretendia embarcar para o Amazonas. A prisão ocorreu em razão de ofensa proferida contra uma passageira de origem estrangeira.

Policiais federais foram acionados pela companhia aérea que embarcava passageiros em voo de Guarulhos/SP para Manaus/AM, em razão da denúncia de que um homem havia empurrado e agredido verbalmente uma mulher, no momento em que ela se acomodava em seu assento.

A situação foi presenciada por diversos passageiros, dois dos quais se propuseram a depor como testemunhas. O voo foi cancelado, e os envolvidos e testemunhas conduzidos à delegacia da PF para prestarem depoimento.

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Após todos serem ouvidos, foi instaurado inquérito policial contra o acusado, com base na Lei do Racismo, em razão da ofensa proferida contra a mulher, nacional da China, na qual teria proferido as palavras: “chinesa dos infernos”, após tê-la empurrado.

Da assessoria

Um agente da Força Nacional de Segurança morreu na noite dessa terça-feira (28), depois de ser baleado na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Militar (PM), Edmar Felipe Alves dos Santos foi atingido por um tiro ao tentar intervir na briga entre duas pessoas, no bairro de Vila Valqueire.

Ele chegou a ser socorrido e levado para o Hospital da Aeronáutica, em Campos dos Afonsos, mas não resistiu. De acordo com a PM, uma das pessoas envolvidas na briga também foi baleada e encaminhada para o Hospital Estadual Carlos Chagas.

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O autor dos disparos não foi localizado. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso. “Diligências estão em andamento para esclarecer todos os fatos”, informa nota da Polícia Civil. 

A Força Nacional de Segurança atua no Rio desde 17 de outubro, em apoio às polícias fluminenses, por meio de acordo entre o governo estadual e o Ministério da Justiça. 

A senadora Teresa Leitão (PT-PE) defendeu, em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (28), a implementação de políticas públicas de saúde no Brasil com base em estudos científicos sobre os benefícios do uso medicinal da cannabis. Ela destacou que a Fiocruz, também respaldada em pesquisas, reconhece os benefícios terapêuticos dos canabinoides, como o CBD e o THC, no tratamento de uma variedade de condições médicas, desde dor crônica até transtornos neuropsiquiátricos, como a doença de Parkinson.

"Precisamos produzir políticas públicas baseadas em evidências científicas. Se a ciência aponta a segurança e os benefícios do uso de canabinoides para o tratamento de determinadas doenças, talvez seja preciso encarar o fato de que a substância não é um problema moral, mas sim pode ser a agenda e a legislação atuais, como muitos estados estão fazendo", avaliou a senadora.

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Teresa ressaltou a importância de projetos de lei em andamento no Congresso, como o PL 4.776/2019 que trata do uso medicinal da planta, e fez um apelo para a aprovação das matérias. A senadora enfatizou que o tema, tratado com “preconceito e desinformação”, necessita de uma abordagem cautelosa e de profissionais de saúde preparados para auxiliar nos tratamentos. Teresa reforçou que o país precisa regular a produção nacional de medicamentos à base de cannabis e garantir o acesso gratuito à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

"É preciso ampliar a capacitação de médicos e de outros profissionais de saúde para que possam ter o conhecimento atualizado, prescrever e tratar com mais confiança essa medicação [...]. Para que possamos produzir esses medicamentos no nosso território, como faz o Uruguai, é preciso antes regular essa possibilidade. Não pode ser uma coisa aleatória, tem que ser regulada com a finalidade de uso medicinal, porque isso só vem sendo viabilizado por decisões judiciais", concluiu a senadora.

*Da Agência Senado

O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), instituiu a poupança de incentivo à permanência e conclusão escolar para estudantes do ensino médio, nesta terça-feira (28). O projeto visa ajudar jovens de baixa renda para evitar a evasão escolar dos anos finais. 

O jovem que fizer parte do programa irá receber uma parte da poupança todo mês, e a outra parte será para o fim de cada etapa letiva. As famílias inscritas no Cadastro Único para programas sociais terão direito ao fundo de incentivo.

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Os ministérios da Educação e da Fazenda irão trabalhar juntos para definir valores, formas de pagamento, critérios de operacionalização e uso da poupança de incentivo à permanência e conclusão escolar. Os estudantes receberão o benefício em uma conta que será aberta no seu nome.

A medida provisória foi publicada no Diário Oficial da União e terá parceria da Caixa Econômica Federal na administração da poupança de até R$ 20 bilhões, que pode contar com recursos públicos e privados. Os estados, municípios e o Distrito Federal poderão se articular para aumentar os esforços no combate à evasão dos beneficiários.

Para ter direito à poupança, é preciso ter frequência mínima, garantir a aprovação ao fim do ano letivo e fazer a matrícula no ano seguinte (quando for o caso), garantir a participação em exames como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

O valor da poupança não será considerado em cálculos da renda familiar para a concessão ou recebimento de outros tipos de benefícios do governo. 

A MP ainda afirma que o programa poderá contar com receitas federais da exploração de óleo e gás, de acordo com a legislação atual que prevê o uso prioritário dos recursos do pré-sal em educação pública e na redução das desigualdades.

Segundo o ministro da Educação, o primeiro ano do ensino médio é o que registra maior número de evasão, abandono e reprovação. “Nós perdemos hoje milhares de jovens no ensino médio que abandonam a escola, às vezes por necessidade de trabalhar desde cedo. Não tenho dúvidas de que essa vai ser uma das principais políticas desse governo para não perdermos esses jovens", declara Camilo Santana.

A companhia Flora está com mais de 150 vagas abertas de emprego para atuação em customer service, produção, financeiro, vendas, logística, fiscal, marketing, trade marketing e mais. As oportunidades são em 38 cidades brasileiras diferentes.

Para participar, é necessário ter disponibilidade de atuação nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Alagoas, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Paraíba e Rondônia. 

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Os interessados devem se inscrever até o dia 10 de dezembro, pela página da Gupy na internet. Os contratados terão direito a salário compatível com mercado e benefícios como seguro de vida, vale transporte, vale refeição ou refeitório local e programa de treinamentos.

Da guerra entre Hamas e Israel ao ataque dos bolsonaristas em Brasília, aqui estão 10 grandes acontecimentos que marcaram o ano de 2023.

- Guerra Israel-Hamas -

Em 7 de outubro, comandos do Hamas se infiltraram no sul de Israel a partir da Faixa de Gaza e executara um massacre em cidades fronteiriças e em um festival de música ao ar livre.

Quase 1.200 pessoas, a maioria civis de todas as idades, morreram do lado israelense, segundo os números oficiais, neste ataque de magnitude sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948. Também há investigações sobre denúncias de estupros e mutilações de mulheres.

Os milicianos islamistas também sequestram 240 pessoas, incluindo dezenas de crianças e idosos, que foram levados para Gaza.

Determinado a "aniquilar" o Hamas, organização considerada "terrorista" por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia, o Exército israelense responde com bombardeios em larga escala em Gaza e ordena aos civis que fujam para o sul do território. Em 27 de outubro, as suas tropas iniciam uma operação terrestre no norte da Faixa de Gaza.

A intensidade dos bombardeios e a extensão da destruição provocam críticas internacionais e preocupação com a população civil de Gaza, também privada de água, eletricidade, alimentos e medicamentos devido ao cerco total imposto por Israel.

Em sete semanas de conflito, os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza deixaram quase 15 mil mortos, segundo o Ministério da Saúde do Hamas. Mais de dois terços dos 2,4 milhões de habitantes foram deslocados, segundo a ONU.

A ajuda humanitária aumentou em 24 de novembro, com a aplicação de uma trégua de quatro dias, prorrogada por 48 horas segundo o Hamas e o Catar, embora ainda seja insuficiente segundo as agências da ONU.

O acordo permitiu a libertação de 50 reféns e 150 palestinos presos em Israel. Além deste acordo, outros 19 reféns, a maioria trabalhadores estrangeiros, foram libertados pelo Hamas.

- O retorno de Lula -

O veterano Luiz Inácio Lula da Silva voltou ao poder em 1º de janeiro de 2023, prometendo colocar o "Brasil de volta" no cenário internacional e unir seus mais de 200 milhões de habitantes em seu terceiro mandato como presidente, depois de derrotar Jair Bolsonaro (2019-2022) nas urnas.

Mas a tarefa de "reconstruir" a maior nação sul-americana após quatro anos de crises institucionais e retrocessos nas políticas ambientais foi rapidamente abalada no dia 8 de janeiro, quando milhares de apoiadores de Bolsonaro invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal, destruindo móveis e obras de arte e clamando, em vão, por uma intervenção militar para destituir Lula do cargo.

O Supremo Tribunal Federal respondeu com firmeza ao motim, pelo qual cerca de 100 das mais de mil pessoas que foram detidas ainda permanecem presas.

A tentativa de golpe colocou Bolsonaro, que estava nos Estados Unidos no dia dos ataques, na mira. O ex-presidente, que questionou, sem provas, a transparência do processo eleitoral em que foi derrotado por Lula, está sendo investigado pela Justiça como suposto instigador dos atos.

Em junho, Bolsonaro recebeu uma condenação administrativa por abuso de poder político que o deixou impossibilitado de participar das eleições durante oito anos, ou seja, está automaticamente fora das próximas eleições presidenciais de 2026.

- Difícil contraofensiva da Ucrânia -

Em janeiro, o Exército russo, reforçado por 300.000 reservistas e apoiado pelos paramilitares do grupo Wagner, passa ao ataque, particularmente na área do Donbass, no leste da Ucrânia.

Em maio, Moscou reivindicou a captura da cidade de Bakhmut, ao final da batalha mais longa e sangrenta desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022.

No início de junho, Kiev lançou uma contraofensiva há muito tempo aguardada pelos seus aliados ocidentais, para tentar recuperar os territórios ocupados por Moscou, mas esbarrou em uma sólida defesa russa. Apesar dos bilhões em ajuda militar ocidental, o Exército ucraniano só conseguiu recuperar algumas cidades no sul e no leste.

Em 24 de junho, combatentes do grupo Wagner se rebelaram e marcharam em direção a Moscou. O presidente russo, Vladimir Putin, denunciou a "traição" do chefe paramilitar, Yevgueni Prigozhin, que ordenou aos seus homens que voltassem às suas bases.

Dois meses depois, Prigozhin morreu em um acidente de avião, que ainda gera dúvidas. Os países ocidentais e a Ucrânia suspeitam do envolvimento do Kremlin.

Depois de meses de uma contraofensiva infrutífera, Kiev afirmou, em meados de novembro, que fez o Exército russo recuar vários quilômetros na margem esquerda do rio Dnieper, na região sul de Kherson.

Em 21 de novembro, os líderes europeus foram a Kiev para reiterar o seu apoio à Ucrânia, que teme um compromisso menor por parte dos seus aliados quando a atenção internacional se concentra na guerra em Gaza.

- O ultraliberal Milei ganha na Argentina -

O economista ultraliberal Javier Milei, de 53 anos, tomará posse em 10 de dezembro como presidente da Argentina, após sua ampla vitória em 19 de novembro contra o centrista peronista Sergio Massa.

Este "antissistema", crítico dos peronistas e liberais que se alternam no poder há 20 anos, promete uma terapia de choque para a terceira maior economia da América Latina, que sofre com uma inflação recorde: privatizações, cortes com "motosserra" nas despesas públicas, dolarização e a supressão do Banco Central.

Ele também levanta ideias muito controversas, como a desregulamentação da venda de armas ou uma "solução de mercado" para a doação de órgãos.

Seu jovem partido, A Liberdade Avança, é apenas a terceira força na Câmara Baixa do Congresso argentino, com 38 deputados de 257, e por isso Milei terá que fazer alianças para avançar com seus projetos.

- Terremotos mortais -

Na madrugada de 6 de fevereiro, o sudeste da Turquia e parte da Síria foram devastados por um dos terremotos mais mortais dos últimos 100 anos.

O tremor, de magnitude 7,8, seguido por outro nove horas depois, deixou pelo menos 56 mil mortos, quase 6 mil deles no lado sírio.

As imagens da catástrofe correram o mundo: um pai segurando a mão da filha de 15 anos, soterrada nos escombros na Turquia, ou um recém-nascido salvo milagrosamente na Síria, com o cordão umbilical ainda ligado à falecida mãe.

Os danos materiais são avaliados em mais de 100 bilhões de euros (quase 110 bilhões de dólares ou 538 bilhões de reais, na cotação atual).

Em 8 de setembro, outro terremoto mortal foi registrado no Marrocos. Às 23h11 (19h11 no horário de Brasília), um violento terremoto sacudiu a região de Marrakech.

Com uma magnitude estimada entre 6,8 e 7, o tremor foi o mais forte já registrado neste país e deixou quase 3.000 mortos e mais de 5.600 feridos.

O choque danificou cerca de 60 mil casas em quase 3 mil aldeias do Alto Atlas e arredores, algumas das quais são de acesso muito difícil.

- Hollywood paralisada por greves -

Em maio, os roteiristas americanos iniciaram uma greve, à qual os atores aderiram em meados de julho, para exigir melhores remunerações e a regulamentação do uso da inteligência artificial (IA).

Este protesto, sem precedentes em Hollywood desde 1960, terminou em setembro para os roteiristas, que conseguiram um acordo salarial e proteções contra o uso de IA.

Os atores, preocupados com a possibilidade de os estúdios usarem essa tecnologia para clonar suas vozes e imagens e reutilizá-las perpetuamente sem compensação ou consentimento, só retornaram às gravações em novembro.

Além de salários melhores, a greve permitiu a introdução de novas restrições ao uso da IA.

A produção de filmes e séries americanas ficou paralisada durante quase seis meses pelo movimento, que custou à economia do país pelo menos 6 bilhões de dólares (29,3 bilhões de reais).

Muitas grandes produções, como a série "Stranger Things", foram adiadas.

- Calor e incêndios -

De junho a outubro, o mundo bate recordes mensais de temperatura para esse período do ano, segundo o observatório europeu Copernicus, que prevê que 2023 superará "quase certamente" o recorde anual de 2016, o ano "mais quente" já registrado.

As temperaturas elevadas são acompanhadas por secas que provocam fome, incêndios devastadores e furacões de intensidade incomum.

O Canadá viveu uma temporada histórica de incêndios este ano, com mais de 18 milhões de hectares queimados e 200 mil pessoas deslocadas.

Em agosto, um incêndio no Havaí destruiu quase completamente a cidade turística de Lahaina, no Maui, deixando 97 mortos.

A Grécia foi gravemente atingida por incêndios florestais durante o verão (com pelo menos 26 mortos), incluindo o maior já registrado na União Europeia, em Evros (nordeste). Depois, em setembro, graves inundações mataram 17 pessoas na região da Tessália.

As chamas, alimentadas por uma onda de calor, devastaram as ilhas turísticas gregas de Rodes e Corfu, e outras áreas da bacia do Mediterrâneo, como a Argélia ou a ilha italiana da Sicília.

- Objetivo: a Lua -

A Lua está mais uma vez no centro da corrida espacial. Em 23 de agosto, a Índia conseguiu colocar uma nave não tripulada, a Chandrayaan-3, em uma área inexplorada próxima ao polo sul do satélite.

Poucos dias antes, a sonda russa Luna-25, a primeira missão lunar de Moscou desde 1976, caiu na mesma região, alvo de muito interesse por conter água congelada.

Antes da Índia, apenas os Estados Unidos, a União Soviética e a China conseguiram realizar pousos controlados na Lua.

A Nasa conta com o foguete Starship, desenvolvido pela SpaceX de Elon Musk, para as suas missões Artemis, que querem levar astronautas à Lua em 2025, pela primeira vez desde 1972.

Em 20 de abril, a Starship decolou pela primeira vez em sua configuração completa, mas vários motores falharam e a SpaceX fez o foguete explodir intencionalmente quatro minutos depois.

Em um segundo teste em novembro, o módulo superior do foguete chegou ao espaço, antes que uma "anomalia" provocasse uma explosão.

A empresa emergente privada japonesa "ispace" falhou em sua tentativa de fazer o módulo Hakuto-R pousar na Lua em abril, mas a agência espacial japonesa Jaxa lançou uma nova missão lunar em setembro.

- Campeãs do mundo e beijo forçado -

A Espanha conquista a Copa do Mundo Feminina em Sydney, mas a comemoração é prejudicada pelo presidente da federação do país, Luis Rubiales, que durante as celebrações beija a atacante Jenni Hermoso na boca, causando indignação internacional.

A jogadora de futebol denuncia um ato "machista, inadequado e sem qualquer tipo de consentimento", mas Rubiales o descreve como um beijo "consensual", antes de renunciar ao cargo em 10 de setembro.

Acusado de "agressão sexual" pela Justiça, Rubiales está suspenso por três anos pela Fifa de todas as atividades ligadas ao futebol.

O escândalo teve impacto global em um momento em que o futebol feminino, como se viu na nona edição da Copa do Mundo, desperta cada vez mais interesse.

- Ofensiva relâmpago em Nagorno-Karabakh -

Em 19 de setembro, o Azerbaijão atacou a região de Nagorno-Karabakh, um território separatista de maioria armênia que Baku e Yerevan disputam há mais de três décadas.

Este enclave montanhoso, que, apoiado pela Armênia, proclamou unilateralmente a sua independência em 1991, após a queda da União Soviética, foi palco de duas guerras entre estas ex-repúblicas soviéticas no Cáucaso (1988-1994 e 2020).

Em 24 horas, as autoridades do território, abandonadas por Yerevan, se renderam e um cessar-fogo foi estabelecido.

Depois desta ofensiva relâmpago que deixou quase 600 mortos, a maioria dos 120 mil habitantes do enclave fugiu para a Armênia e as autoridades da autoproclamada república anunciaram a sua dissolução para 1º de janeiro de 2024.

Em meados de novembro, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ordenou, a pedido da Armênia, que o Azerbaijão permita o retorno "seguro" dos habitantes de Nagorno-Karabakh.

As negociações sob mediação internacional para um acordo de paz ainda não terminaram.

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (28) a operação Não Seja um Laranja 3. O objetivo é desarticular esquemas criminosos voltados à prática de fraudes bancárias eletrônicas. A operação conta a colaboração da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

De acordo com os investigadores, 19 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em dez estados, por meio das Delegacias de Repressão a Crimes Cibernéticos. Entre os alvos estão “pessoas que cederam contas pessoais para receber recursos oriundos de golpes e fraudes contra clientes bancários”.

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Seis mandados são cumpridos na Paraíba; dois nos estados de Alagoas, Goiás, Maranhão e Piaui; e um no Acre, Amapá, Minas Gerais, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

“Nos últimos anos, a PF detectou um aumento considerável da participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos, para os quais ‘emprestam’ suas contas bancárias, mediante pagamento. Este ‘lucro fácil’, com a cessão das contas para receber transações fraudulentas, possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que vitimam inúmeros cidadãos”, informou, em nota, a Polícia Federal, referindo-se aos laranjas utilizados nessas operações.

Alerta

Diante da série de fraudes bancárias eletrônicas que têm sido observadas no país, as instituições bancárias alertam que “emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime, além de provocar um dano considerável aos cidadãos”.

Se comprovadas as práticas criminosas, os suspeitos poderão responder pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Somadas, as penas podem ser superiores a 20 anos de prisão.

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