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Um dia antes de a presidente Dilma Rousseff (PT) voltar a Pernambuco, o governador Paulo Câmara (PSB) cumpre agenda em Brasília. Na capital federal, nesta quarta-feira (13), o socialista se reúne com os ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa; e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo. 

Para os ministros, o governador levará pleitos pendentes para o Estado a curto e longo prazos. Entre as discussões com o ministro de Planejamento, por exemplo, deve estar o andamento do processo de licitação do Arco Metropolitano, prometido por Dilma para começar este mês. Os encontros acontecem a partir das 14h30.

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Como estará em Brasília, a expectativa é de que Paulo Câmara só retorne a Pernambuco nesta quinta (14), acompanhando Dilma Rousseff no avião presidencial. Ela vem ao Estado para a cerimônia delançamento ao mar do navio André Rebouças e o batismo do navio Marcílo Dias

Após o governo admitir que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) teve seus repasses reduzidos em tempos de ajuste fiscal, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo (PCdoB), conseguiu incluir dois projetos de sua pasta no orçamento do PAC de 2015.

Após reunião com a presidente Dilma Rousseff, na semana passada, Rebelo convenceu a presidente a destinar R$ 3 bilhões para dois projetos que considera prioritários para o País: o Projeto Sirius e o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), cada um deles receberá no âmbito do PAC R$ 1,5 bilhão.

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O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, reconheceu que o governo reduziu os repasses para obras do PAC e disse que "estamos vivendo uma restrição fiscal e contingenciando vários programas, o PAC inclusive". "Foram R$ 15 bilhões para o PAC no primeiro quadrimestre do ano, ante R$ 20 bilhões no mesmo período de 2014", informou o ministro.

Barbosa ponderou que, ainda assim, os recursos para o PAC ainda são "vultosos". "Nosso desafio é compatibilizar as demandas com capacidade de governo de executá-las. Estamos procurando pagar tudo que é devido e iniciar coisas novas. Os recursos do PAC estão menores, mas ainda assim são vultosos", disse ontem em audiência na Comissão de Finanças e Tributação na Câmara.

Projetos

O Sirius é considerado um dos maiores projetos da ciência brasileira e abrange uma infraestrutura de geração de luz, chamada de luz síncrotron, que é uma radiação eletromagnética de amplo espectro, abrangendo diferentes tipos de energia, desde o infravermelho até os raios X. Os cientistas podem utilizar a radiação para uma série de aplicações - principalmente, para investigar as propriedades atômicas de materiais, tanto orgânicos (como uma célula, ou uma proteína) quanto inorgânicos (como uma liga de metal ou algum tipo de cerâmica industrial).

Há várias fontes de luz síncrotron em operação no mundo e o Sirius, segundo os responsáveis pelo projeto, será o mais avançado da sua categoria. Ele vai substituir o acelerador atual, chamado UVX, que foi inaugurado em 1997 e funciona bem até hoje, mas é pequeno demais para atender às demandas científicas da atualidade.

"O Sirius será construído para disponibilizar para as comunidades acadêmica e industrial brasileiras o melhor que esse tipo de equipamento tem a oferecer", explica o ministério. Segundo a pasta, o Sirius já está em construção e tem previsão para ser concluído em 2018. O projeto será abrigado em um prédio, de 68.000 m2, localizado em Campinas (SP).

Já o Reator Multipropósito Brasileiro de grande porte é uma infraestrutura que abrange um complexo de pesquisa nuclear. Uma de suas finalidades é a produção de radioisótopos, base para radiofármacos utilizados na medicina nuclear e para produção de fontes radioativas usadas em aplicações na indústria, na agricultura e no meio ambiente. De acordo com o ministério, o RMB vai ocupar uma área de 2 milhões de m² junto ao complexo tecnológico Aramar, da Marinha do Brasil, em Iperó-SP, localizada a 125 quilômetros da capital paulista.

De acordo com o MCTI, com o RMB, o Brasil "está a caminho de se tornar autossuficiente na produção de radioisótopos e radiofármacos, substâncias essenciais na Medicina Nuclear".

Em visita ao Instituto Butantã (IB) nesta sexta-feira, 17, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo (PCdoB), afirmou que pedirá ao Ministério da Saúde e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) agilidade na aprovação do início da fase 3 dos testes clínicos para a vacina contra a dengue, que está sendo desenvolvida pelo instituto.

No dia 10 de abril, o IB fez o pedido formal para o início dessa fase dos ensaios clínicos, que envolve testes humanos em grande escala, com cerca de 17 mil voluntários. De acordo com o instituto - que afirma já ter as doses prontas para os testes - a rapidez na autorização para a próxima fase poderia antecipar em até dois anos o final dos estudos, permitindo a distribuição da vacina pelo SUS já em 2016.

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"O Butantã pediu a liberação dos testes para essa vacina que será importantíssima para a população brasileira. Mas muitas vezes a Anvisa faz exigências que tornam o processo difícil", disse Rebelo. Ele citou o caso das pesquisas do IB para desenvolvimento de uma vacina contra a chikungunya, em que a Anvisa exigiu um laboratório de nível de biossegurança classe 3, enquanto o Butantã solicitava a realização de estudos em um laboratório de classe 2. "Segundo os cientistas, não se trata de uma doença letal e não era preciso um laboratório de classe 3. A Anvisa precisa ter uma colaboração maior com o setor de pesquisa. Vou pedir explicações ao Ministro da Saúde. É preciso agilidade", declarou.

Rebelo afirmou ainda que a presidente Dilma Rousseff pediu ao MCTI a preparação de um inventário completo identificando os obstáculos burocráticos e institucionais às atividades de pesquisa no Brasil. "O ministério está formando uma rede que envolve todas as secretarias e a comunidade científica. Com isso, vamos buscar na fonte o conteúdo dos obstáculos que prejudicam o desenvolvimento da ciência no Brasil. Vamos precisar de 60 a 90 dias para reunir todo o material necessário para produzir um relatório. Onde houver necessidade de alterações constitucionais, vamos negociar", afirmou Rebelo.

O ministro citou, entre os principais obstáculos, problemas de regulação, burocratização para autorizações de pesquisas e patentes, além da excessiva complexidade do processo legislativo, que descaracteriza o conteúdo final das novas leis relacionadas à área científica. "O inventário não deverá demorar, porque já percebemos que os problemas identificados pela comunidade científica são muito recorrentes", disse ele.

De acordo com o diretor do Instituto Butantã, Jorge Kalil, ainda não há previsão para a aprovação dos testes. "Não tenho ideia de quando será aprovado. A dengue é nossa maior batalha, a epidemia está crescendo e nossa vacina é a melhor candidata. Temos toda a documentação para iniciar a fase 3 dos testes. Mas a Anvisa tem mesmo que tomar todas as precauções", disse Kalil. Segundo ele, porém, entraves à produção científica são um problema generalizado no Brasil. "A área burocrática acha que sabe mais que todo mundo. O Brasil está cada vez mais restringindo a liberdade de ação de seus gestores. Nós só fazemos propostas sérias, com todas as precauções. Mas nem sempre as coisas têm o ritmo de prioridade que deveriam ter. O excesso de amarras burocráticas tiram a iniciativa e o empreendedorismo do gestor."

Enquanto o IB aguarda a aprovação dos testes com a vacina contra a dengue, todas as áreas do instituto continuam refinando o trabalho já realizado, a fim de ter o produto mais avançado possível quando a Anvisa der o sinal verde. "Estamos prontos para começar. Enquanto isso, estamos estudando formas de aumentar a capacidade produtiva, porque não adianta ter uma vacina pronta e uma licença na gaveta: é preciso produzir em escala", afirmou Kalil.

Integrante do núcleo político criado pela presidente Dilma Rousseff para ajudá-la a gerenciar a crise na articulação do governo com Congresso, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Aldo Rebelo, afirmou nesta terça-feira, 07, que o diálogo com a base governista na Câmara e no Senado está sendo restabelecido - especialmente com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). "Acho que as coisas estão melhorando. Está se restabelecendo o ambiente de diálogo com o Congresso, com os presidentes das duas Casas, com as lideranças partidárias tanto da Câmara como no Senado", disse.

Rabelo, que foi deputado por duas décadas e presidiu a Câmara entre 2005 e 2007, disse que a retomada do diálogo "é o caminho não apenas possível, mas necessário" para a convivência entre os poderes Executivo e Legislativo. "A corresponsabilidade com os destinos do País é partilhada por Executivo, Legislativo e Judiciário. Todos têm responsabilidade e essa responsabilidade tem de ser conduzida pelo método democrático, que é o diálogo e a negociação".

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O ministro ressaltou que a independência dos Poderes não elimina a boa convivência entre eles e que isso é parte da "necessidade de boa relação" necessária à "cooperação". "Sei disso porque passei mais de 20 anos como deputado e sei da importância da convivência democrática entre o Legislativo e o Executivo. São relações de independência, mas também de cooperação", disse.

Rebelo participou ontem da reunião semanal do grupo de articulação política organizado por Dilma. Mas o ministro disse que não foi discutida a indicação do atual titular da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), num rearranjo para acomodar o PMDB mais próximo das decisões do Palácio do Planalto. "Não soube dessa consulta (de Dilma a Padilha sobre a SRI). Participei ontem de uma reunião com a presidente, da qual estava presente também o ministro Eliseu Padilha, mas não tomei conhecimento desta consulta", disse.

O ministro evitou comentar sobre resistências internas do PMDB à chegada de Padilha à SRI, como a do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que disse ontem que ascensão do ministro não vai "melhorar ou piorar" a relação do partido com o Planalto. "Julgo que o ministro Eliseu Padilha é um quadro político experiente, muito capaz, mas não fiquei sabendo nem da consulta, nem da resposta, nem da reação do PMDB", afirmou Rebelo.

Orçamento

O titular da Ciência e Inovação participou pela manhã de audiência pública no Senado, da qual saiu comentando que, após o contingenciamento orçamentário feito pelo governo, irá promover um "descontingenciamento" nos recursos da sua pasta. "Tenho conversado com o ministro Joaquim Levy (da Fazenda) e o Ministério do Planejamento, mas sobre isso nós só podemos nos manifestar após o corte ou contingenciamento, que tem sido realizado todo ano", disse.

O ministério tem orçamento previsto para 2015 em R$ 9,7 bilhões, mas deve sofrer contingenciamento como parte do corte de gastos do ajuste fiscal. Há uma expectativa de entidades ligadas ao ministério de que o corte atinja R$ 1,5 bilhão da previsão orçamentária do MCTI para este ano. "Quando ele for anunciado (o corte), vamos iniciar a agenda de descontigenciamento com o governo", disse o ministro.

A presidente Dilma Rousseff nomeou o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, para exercer a função de membro do Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O decreto de nomeação de Rebelo está publicado no Diário Oficial da União. A edição do documento também traz a exoneração "a pedido" do ex-ministro Clélio Campolina Diniz da mesma função exercida no banco de fomento, com data retroativa a 3 de fevereiro de 2015.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, afirmou nesta segunda-feira, 23, que vai trabalhar para "superar todos os obstáculos na inovação" e ampliar a competitividade da indústria. "O Brasil não pode permanecer no 60º lugar em inovação, isso compromete a inovação industrial, a nossa pauta de exportações, as nossas contas externas, o déficit em transações correntes, que foi o maior da história no ano passado, por conta da perda de competitividade, principalmente da nossa indústria", afirmou, após encontro com empresários em São Paulo.

Aldo reuniu-se por cerca de duas horas com a diretoria da Fiesp, Senai, Sesi e Ciesp e ouviu as demandas do empresariado, entre elas, o pedido de desoneração para a contratação de doutores e mestres para a área de pesquisa e desenvolvimento. "De fato, nós temos essa deformação no Brasil", reconheceu o ministro. "Nós precisamos fazer um esforço para ampliar a presença de pesquisadores no setor privado. E uma das formas de incentivar é desonerar a contratação desse profissional", afirmou.

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Questionado se encontraria espaço dentro do governo para desonerações, em um momento em que a equipe econômica promove ajustes nas contas, o ministro afirmou que "tudo que tenha como objetivo o desenvolvimento você tem que ler como uma possibilidade". "O ajuste não é uma agenda econômica, a agenda econômica é a agenda do desenvolvimento, o ajuste é uma contingência pela qual você tem que passar para buscar o desenvolvimento", completou.

Segundo o ministro, será preciso avaliar dentro da sua pasta a proposta com cautela e os ganhos "que a sociedade e que a produção terão caso a medida seja adotada". "E naturalmente (vamos calcular) o provável impacto que possa ter na arrecadação. Eu acredito que o impacto é muito pequeno e que o resultado é muito promissor", afirmou.

Os empresários que participaram da reunião também fizeram demandas em relação à ampliação da Lei do Bem e uma estabilidade no orçamento da Finep. O ministro, entretanto, minimizou os pedidos e disse que na reunião de hoje "não havia sido inaugurada nenhuma pauta". "Todas as reivindicações já existem. Aqui não foi inaugurada uma pauta, foi uma reunião de trabalho", afirmou.

Em seu discurso de posse como novo ministro de Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo (PCdoB) disse que contingenciamentos em início de governo são naturais e que ainda vai discutir com a equipe econômica eventuais cortes na pasta. "Nós temos habitualmente, no início das gestões, contingenciamento de Orçamento. Esse é um tema que vou tratar diretamente com a presidente da República e com os ministros do Planejamento e da Fazenda", afirmou o ministro.

Em seu discurso de posse na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília, Rebelo disse que é preciso fortalecer a agenda da inovação no País, dar maior peso político à área junto ao Congresso e ao governo e valorizar a mentalidade científica como um todo. "A agenda da valorização precisa ocupar um espaço que dote a sociedade da valorização do espírito científico", enfatizou o ministro, que substitui Clélio Campolina, ex-reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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O novo titular do ministério pregou a integração da atuação do ministério com Estados, municípios, empresas e entidades do setor e lamentou que a maioria das cidades não tenha uma secretaria voltada para a área da inovação. "A ciência e a tecnologia não pode existir apenas em Brasília ou nos institutos", afirmou.

Apesar da iminência de cortes no orçamento da pasta, ele defendeu a recomposição dos recursos Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e o fortalecimento do Fundo de Financiamento de Estudos de Projetos e Programas (Finep) e CNPq. Recém-saído do Ministério do Esporte, Rebelo sugeriu uma maior interação entre as duas pastas e lembrou que existe no País uma indústria incipiente que concilia esporte e inovação, como a área da saúde esportiva.

O ministro lembrou que a pasta está associada ao desenvolvimento do País e que é um tema que deve ser tratados com visão política. "A melhor forma de proteger o País e o interesse nacional é fortalecendo e desenvolvendo cientificamente, tecnologicamente, e ampliando as possibilidades de inovação no País. É isso que temos de fazer. Não podemos deixar que o País se transforme em uma colônia tecnológica", enfatizou.

O ex-ministro do Esporte Aldo Rebelo, que vai assumir agora o Ministério de Ciência e Tecnologia, disse nesta quinta-feira (1°) que não está preocupado com os eventuais cortes que a sua nova pasta vai sofrer, já que o governo deverá fazer ajustes para conter a crise econômica. "O contingenciamento de Orçamento acontece todo ano e em todo governo", afirmou, dizendo que ainda vai ter de estudar a situação do novo ministério.

Rebelo, que está no Congresso para acompanhar a posse da presidente Dilma Rousseff, disse ainda que há muito "pessimismo" em relação à situação econômica do País e defendeu que o papel dos dirigentes públicos é transmitir "otimismo".

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Questionado se preferia ter continuado como ministro do Esporte, ele endossou a decisão da presidente. "Ministério não é emprego. Você é convocado para cumprir uma missão. Procurei cumprir no Esporte, nos limites da minha capacidade, e vou procurar cumprir na Ciência, Tecnologia e Inovação."

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, desconversou nesta sexta-feira quando foi questionado por jornalistas se permanecerá no cargo durante o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Ele participou, no Rio, da cerimônia de lançamento das moedas comemorativas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.

"Todo ministro, quando entra, já deixa o cargo à disposição", disse Aldo Rebelo, em entrevista após a cerimônia. "Ninguém coloca à disposição o que não lhe pertence", emendou.

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Aldo Rebelo é o titular da pasta desde outubro de 2011, quando substituiu Orlando Silva. Membro do PCdoB, ele chegou a dizer, no início de outubro deste ano, que sua "missão está cumprida", mas negou conversas com Dilma sobre o assunto.

Questionado se havia enviado à presidente uma carta para entregar o cargo, a exemplo do que fizeram outros ministros neste mês, Aldo Rebelo disse desconhecer tal iniciativa. "Não sei. Eu nem sabia que tinha essa carta", declarou o ministro.

O governo brasileiro quer que a Fifa aplique seu fundo para o desenvolvimento do futebol brasileiro justamente nos locais onde o Ministério do Esporte já iniciou programas pelo País. Esse foi o recado passado à Fifa nesta terça-feira pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que esteve em Zurique para a última reunião do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014.

O encontro foi marcado pela assinatura de um acordo que garante o envio de US$ 100 milhões ao Brasil para projetos na área de futebol. O dinheiro faz parte da renda que a Fifa obteve com a Copa. Mas representa apenas 2% da receita total que o Mundial gerou para a entidade.

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Pelo acordo, é a Fifa e a CBF que vão decidir quais são os projetos que receberão os recursos. A prioridade será para os estados que não abrigaram jogos da Copa. Mas Rebelo estima que quem for tomar as decisões sobre o destino do dinheiro terá de avaliar o que já foi feito pelo governo federal em projetos similares. "Nosso pedido foi para que os recursos possam ser usados em coordenação com o que já começou a ser feito", disse Rebelo à reportagem, por telefone, de Zurique.

Segundo o ministro, o governo gastou R$ 130 milhões em programas de construção de infraestrutura para o desenvolvimento do futebol em centros de treinamento pelo Brasil.

A reunião entre Rebelo, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, a CBF e os dirigentes foi a última do COL, em sete anos de preparação para o Mundial mais rentável da história das Copas e que gerou para a Fifa uma receita de mais de R$ 10 bilhões.

Mesmo com uma eventual vitória da candidata Dilma Rousseff à reeleição, no segundo turno do pleito presidencial, Aldo Rebelo não deve seguir no comando do Ministério do Esporte. Em entrevista à TV Estadão, o ex-deputado federal pelo PC do B diz sentir que teve sua missão cumprida à frente do ministério e que deve deixá-lo ao fim do atual governo.

"Acredito que Dilma será reeleita, mas creio que minha missão está cumprida. Ela me pediu para eu ficar até a Copa, e eu fiquei. Mas acredito que, a dois anos da Olimpíada, outra pessoa pode tocar esta tarefa. Até porque também não houve um convite da presidente", afirmou o ministro, que também garantiu que não antecipou nenhuma conversa sobre manter o PC do B à frente do Ministério.

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Rebelo, que está à frente do ministério desde 2011, lembrou seu maior desafio no comando do ministério: a realização da Copa do Mundo. E disse que nunca acreditou que os protestos que tiveram início em junho do ano passado tinham como alvo o Mundial. "Sempre achei que ia dar certo. Como País, já fizemos coisas mais importantes e difíceis do que a Copa. Sempre soubemos que os aeroportos e a segurança funcionariam, como funcionaram. E também sabíamos que a Copa, em si, nunca elegeria um ou outro candidato".

O atual ministro também deu pistas sobre o que pretende fazer quando deixar o cargo e brincou: "Sou jornalista profissional, posso aumentar a concorrência". Porém, Rebelo garantiu que não deixará a política.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (14) que o governo brasileiro conseguiu vencer "o imenso desafio" de organizar a Copa do Mundo. Em evento no qual foi apresentado um balanço institucional do Mundial, a presidente destacou a hospitalidade do brasileiro em receber turistas estrangeiros. "O brasileiro mostrou toda a sua capacidade de bem receber", disse. "O povo provou que era capaz de não só fazer a Copa das Copas, mas também de enfrentar esse desafio que é perder (para a Alemanha)", disse.

A presidente também aproveitou o momento para rebater os críticos que apontavam um cenário negativo para o evento, apesar da derrota da seleção brasileira para a campeã Alemanha. "A gente dizia que ia ter a Copa da Copas. Pois bem, tivemos a Copa da Copas, sem tergiversar um problema que foi o nosso jogo contra a Alemanha", disse.

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O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou que os prognósticos de que os estádios não ficariam prontos a tempo para a Copa do Mundo não se concretizaram e apresentou uma série de dados sobre o evento. Ele começou sua fala criticando manchetes de jornais e revistas que apontavam para falhas e atrasos na organização do evento. De acordo com Mercadante, mais de 1 milhão de turistas estrangeiros vindos de 202 países visitaram o Brasil.

'Volta por cima'

Mercadante também ressaltou que o evento esportivo mobilizou 177 mil profissionais de segurança pública, defesa e inteligência e não houve nenhuma falha na rede de fornecimento de energia para os jogos. "Nós perdemos a taça, mas o Brasil ganhou a Copa", resumiu, destacando que o povo brasileiro soube tratar os visitantes e festejar "num clima receptivo".

Por último, Mercadante afirmou que houve ampliação de cerca de 350 mil metros quadrados em terminais de passageiros. Até 30 de maio, os investimentos realizados em aeroportos chegaram a R$ 8,78 bilhões. Na área de mobilidade, o ministro ressaltou que foram construídos 130,9 quilômetros de corredores de ônibus e de BRTs (sigla em inglês para Bus Rapid Transit).

Dilma voltou a citar um samba ao comentar a derrota brasileira na Copa. "Eu acredito que tudo na vida é superação e acho que aquela frase do Paulo Vanzolini, 'levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima', que eu coloquei no meu Twitter, é um exemplo de que temos de ter presente diante do que aconteceu. Acho que nesses tempos de reunião dos Brics (em Fortaleza), lembro aquele provérbio chinês de que a derrota é a mãe de todas as vitórias", afirmou.

Cobras

Já o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, disse que o evento foi bom, entre outros motivos, porque nenhum turista ou jornalista estrangeiro "foi mordido por cobra" durante sua estadia no País. "Eu disse hoje, lá na Fifa, que nenhum turista e nenhum jornalista foi mordido", ironizou.

Rebelo lamentou também as mortes de operários que trabalhavam na construção dos estádios da Copa do Mundo e os acidentes de trânsito que terminaram com a morte de dois jornalistas argentinos durante o Mundial. "Há no meio dessa festa, que encanta e encantou o mundo inteiro, duas notas tristes que quero registrar, que foram a morte de operários nas obras e, agora, durante a copa, a morte de dois jornalistas", disse.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, perdeu a paciência nesta segunda-feira (9) com um jornalista alemão que questionou os altos custos dos estádios brasileiros construídos para a Copa do Mundo. Ao ser indagado se os valores não estavam superfaturados, ele respondeu que as arenas do País "são mais baratas que na Alemanha" e destacou ainda "a carga tributária alta" do Brasil.

"Não vá atrás desses números, porque os números nem sempre correspondem àquilo que atribuem a eles. Os estádios do Brasil são, na média, mais baratos que os estádios da Alemanha quando você calcula o preço total dos estádios dividindo pelo número de assentos", disse o ministro, quase ao final da entrevista coletiva concedida por autoridades após a inauguração oficial do Centro Aberto de Mídia, no Forte de Copacabana, no Rio.

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Rebelo, que em seu discurso e durante a maior parte da entrevista demonstrou bom humor, ficou visivelmente incomodado com a pergunta do jornalista alemão, mas defendeu os valores gastos. "O estádio de Brasília teve vários orçamentos. O primeiro era o orçamento preparado sem qualquer projeto para servir de base da inscrição do Brasil para concorrer à sede da Copa. Depois apareceu um orçamento com a estrutura externa do estádio. Depois veio outro orçamento com as obras da infraestrutura do entorno do estádio. E todos esses orçamentos foram reunidos como se isso fosse o custo do estádio", alegou.

"No caso do Corinthians, o orçamento era de R$ 400 milhões porque era o estádio que o Corinthians precisava, um estádio privado para os seus jogos. Quando ele foi convertido como estádio para abertura da Copa, ele mais do que dobrou o orçamento, primeiro porque teve que acrescentar ao número de quarenta e poucos mil lugares mais 20 mil lugares provisórios", afirmou o ministro. "Vinte mil lugares, qualquer um aqui sabe, faz um outro estádio. É quase um novo estádio."

Outra razão para o alto custo do Itaquerão, na visão do ministro, são os impostos praticados no Brasil. "Os senhores sabem, o Brasil é um País caro, tem uma carga tributária alta. O preço do cimento há oito, dez anos, era um e hoje é outro. Isso tudo, naturalmente, vai deixando que seus custos sejam diferenciados", explicou.

Rebelo contou ainda que a questão de acessibilidade do Itaquerão teve que ser mudada - inclusive com a instalação de um número muito maior de elevadores -, "para receber as senhoras e senhores jornalistas no estádio de abertura da Copa, para receber os chefes de Estado com suas equipes de segurança".

A presidente Dilma Rousseff ficou "chateada" e "surpresa" com as críticas do ex-jogador Ronaldo Fenômeno aos atrasos das obras para a Copa do Mundo que se inicia no próximo dia 12 de junho.

 

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O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, admitiu, nesta quinta-feira, 15, que a segurança pública no País "não é a ideal a qualquer momento, não só na Copa do Mundo". "Nós temos problemas de segurança pública no Brasil. Esse é um dos problemas do País e todos os órgãos do governo, todas as esferas têm realizado um esforço grande para enfrentar esse desafio", destacou o ministro após participar de uma audiência pública na Comissão de Educação do Senado nesta manhã.

Apesar de reconhecer a deficiência no setor, o ministro destacou ações que foram adotadas para garantir segurança às delegações, torcedores e jornalistas. "Já adotamos medidas para a aquisição de equipamentos, para o treinamento e a integração das forças de segurança - Forças Armadas, Polícias Militares, Polícia Civil, Polícia Federal, Força Nacional - para que a população e os visitantes tenham o maior nível de segurança possível no nosso país", disse.

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Aldo Rebelo negou que haja preocupação em relação às manifestações programadas para hoje e que devem se estender até a Copa do Mundo. "Não constituem ameaça", declarou. Estão programados para hoje protestos simultâneos em pelo menos 50 cidades do País. O ministro minimizou as manifestações contra o Mundial. "Não vejo como caracterizar essas manifestações como contra a Copa. Não sei por que transformar manifestações, que são de reivindicações, em manifestações contra a Copa ou contra o governo".

Preparação

Aldo disse crer que "todos os estádios estarão prontos no momento em que a Copa começar". "(Seis) Estádios ficaram prontos (para a Copa das Confederações). O teste no Paraná foi realizado ontem, o do Corinthians será no próximo domingo. Alguns desses estádios são privados, outros são PPPs (Parcerias Público-Privadas), e outros são públicos". O ministro reconheceu que a utilidade dos estádios "é um tema controverso". "Mas eu defendo a tese de que eles são importantes e terão destino importante em cada uma dessas regiões", afirmou durante a audiência.

Ao longo de sua fala aos senadores, o ministro declarou ainda achar estranho que o País seja lembrado apenas por seus problemas. "Não considero normal, nem natural a exacerbação da difusão de aspectos críticos no País no momento em que o Brasil vai ser alvo de uma superexposição em todo o mundo". Questionado sobre o que quis dizer com a declaração, Aldo explicou: "Acho que Brasil, naturalmente, como sétima economia do planeta, no mundo que vive dificuldades econômicas, incomoda. E, às vezes, eu acho que isso exacerba os humores em relação ao País".

Aldo se negou a comentar as recorrentes críticas da Fifa ao Brasil. Tem sido comum que nomes da entidade, como o presidente Joseph Blatter, revelem preocupação à imprensa internacional, mas baixem o tom quando chegam ao País. "Essas manifestações da Fifa são logo seguidas de notas de esclarecimento, de retificações. Não posso responder a uma manifestação que logo em seguida será corrigida. Tenho que cuidar do meu trabalho, concluir obras que são necessárias para a Copa e terminar a preparação do País para a grande festa do futebol mundial".

O senador Humberto Costa (PT) conversou, nesta terça-feira (6), com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, para articular uma reunião em Pernambuco com a finalidade de discutir a questão da violência nos estádios e como melhorar a segurança para a realização das partidas. A ideia é de que também participem do encontro os presidentes dos clubes locais, representantes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Federação Pernambucana de Futebol (FPF).

No discurso da tribuna do Senado, o petista lamentou a morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, atingido por um vaso sanitário lançado do estádio do Arruda por integrantes da Inferno Coral, após um jogo entre Santa Cruz e Paraná Clube, no último dia 2, pela série B do Campeonato Brasileiro.

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Segundo o parlamentar, é necessário discutir regras que punam severamente os responsáveis, mas que a penalidade não possa inviabilizar a já dramática situação financeira dos clubes.

"Precisamos encontrar um meio termo entre responsabilizar severamente os envolvidos e evitar que a punição torne-se uma revanche e uma humilhação, que inviabilizem os times”, declarou o senador.

Ele classificou o crime ocorrido no Recife como um "ato de barbárie, de extrema crueldade" e propôs um voto de pesar do Senado em memória do jovem morto.

Para o líder do PT, muitos criminosos agem em torcidas organizadas para formarem verdadeiras quadrilhas em todo o país ao ajudarem uns aos outros a cometer crimes e vandalizar em dias de jogos.

"É preciso combater essas quadrilhas. Não podemos aceitar mais esse tipo de comportamento." O líder do PT avalia que um sujeito que vai a um estádio disposto a agredir outro não é um torcedor, e sim um "criminoso que prejudica o próprio time", frisou. 

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou nesta segunda-feira que não precisa de autorização da Fifa para realizar obras para a Copa do Mundo no Brasil. "O Brasil não precisa de autorização da Fifa para nada. Vamos ter uma capacidade de recepção aeroportuária compatível com a Copa e pronto", disse Rebelo, ao ser questionado sobre se a Fifa aceitará as estruturas provisórias que estão sendo montadas nos aeroportos para receber os torcedores.

Em Fortaleza, onde participará de reunião operacional de preparação para o Mundial, o ministro confirmou que espera que o Itaquerão esteja pronto até final de maio para abrir a Copa do Mundo. "Vai dar tempo. Infelizmente acidentes acontecem, mas tudo vai dar certo", declarou.

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Aldo Rebelo aposta que a Copa e os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, "serão momentos de festa não só para o Brasil, mas para toda humanidade". Foi desta perspectiva que ele enumerou todas ações que estão sendo tomadas pelo Governo Federal para sediar os dois maiores eventos esportivos do Mundo.

Nesta terça-feira, o ministro preside a última reunião preparativa de Fortaleza para receber jogos da Copa. "Será uma reunião de ajuste com os entes federais, estaduais e municipais para que possamos trabalhar em conjunto na operação da Copa. E para que possamos chamar a todos envolvidos pelo nome", salientou.

Aldo Rebelo esteve nesta tarde em Fortaleza para visitar as obras do Centro Olímpico do Nordeste e lançar a ampliação do programa Segundo Tempo e do Programa Esporte e Lazer da Cidade.

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, lamentaram a terceira morte registrada nas obras do Itaquerão, sede da abertura da Copa do Mundo. O operário Fabio Hamilton da Cruz morreu neste sábado ao sofrer uma queda enquanto trabalhava na instalação das arquibancadas provisórias do novo estádio do Corinthians.

"Muito triste com a morte trágica do operário hoje na Arena de São Paulo. Meus sentimentos à família e aos amigos", disse Valcke, em sua conta no Twitter. O secretário estava no Brasil até esta quinta-feira (27) para resolver a pendência das estruturas temporárias no entorno dos estádios da Copa.

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Assim como Valcke, Rebelo lamentou o episódio trágico. "O Ministério do Esporte registra seu profundo pesar pela morte do operário Fabio Hamilton da Cruz, em decorrência do acidente ocorrido neste sábado na Arena Corinthians, e expressa toda solidariedade a seus familiares e amigos. Aguarda a apuração das circunstâncias e a determinação das responsabilidades pelo acidente", disse Rebelo, em nota.

O operário sofreu a queda por volta das 10h30 deste sábado (29), quando tentava fixar o equipamento de segurança num cabo de aço. Ele atirou o gancho, que não prendeu, e acabou se desequilibrando com o movimento do corpo. De acordo com a Fast Engenharia, responsável pela colocação da arquibancada móvel, ele caiu de uma altura de oito metros. Para o Corpo de Bombeiros, a queda foi de 15 metros.

Foi o segundo acidente e o terceiro óbito registrados nas obras do Itaquerão. Em novembro do ano passado, Fábio Luiz Pereira, de 42 anos, e Ronaldo Oliveira dos Santos, de 44 anos, morreram após o desabamento de um guindaste durante a instalação de parte da cobertura do estádio. O acidente atrasou as obras, que agora só devem ser finalizadas entre o fim de abril e o início de maio.

No total, trata-se da oitava morte de funcionário ligado às obras levantadas para a Copa do Mundo. Em Manaus houve quatro óbitos e, em Brasília, um operário morto em ação, desde 2012.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, comentou nesta sexta-feira (14), durante visita a Santos, sobre a crise que afeta a administração da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), com denúncias de supostas irregularidades nos contratos de patrocínio com o Banco do Brasil. Ele preferiu, no entanto, "não se precipitar em julgamentos" sobre o caso.

Em denúncia divulgada pela ESPN Brasil, a empresa pertencente a Marcos Pina, então superintendente da entidade - ele deixou o cargo depois da publicação da notícia -, receberia R$ 10 milhões a título de "remuneração relativa aos contratos de patrocínios firmados entre a CBV e o Banco do Brasil" para o período de cinco anos, entre 2012 e 2017.

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Depois, a ESPN Brasil divulgou outra denúncia, de que a empresa pertencente a Fábio André Dias Azevedo, que já foi superintendente da CBV e hoje trabalha como diretor geral da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), também teria recebido R$ 10 milhões de comissão pelo mesmo patrocínio do Banco do Brasil à entidade.

Enquanto Marcos Pina entregou seu cargo após as denúncias, Ary Graça renunciou nesta sexta-feira à presidência da CBV - ele estava licenciado do posto desde que foi eleito presidente da FIVB em dezembro de 2012. Com isso, Walter Pitombo Laranjeiras, que vinha atuando como presidente em exercício, foi efetivado.

"A confederação era tida como paradigma de modelo de administração desde 1992, quando começou sua trajetória de sucesso com a conquista do ouro na Olimpíada de Barcelona. Agora, surgem denúncias de irregularidades. Quando isso acontece, é preciso não se precipitar em julgamentos e esperar que tudo seja devidamente esclarecido, principalmente no caso do Banco do Brasil", disse Aldo Rebelo.

VISTORIA - Em mais um estágio das visitas que tem feito por todos os centros de treinamento do Brasil que receberão seleções durante a Copa do Mundo, Aldo Rebelo esteve nesta sexta-feira no Guarujá, base da Bósnia-Herzegovina, e em Santos, que será sede da Costa Rica e do México.

No Guarujá, o ministro recebeu a promessa da prefeita Maria Antonieta de Brito de que a reforma do Estádio Municipal Antônio Fernandes, onde a Bósnia treinará, estará pronta até o dia 30 de março - ficaria faltando apenas a instalação das torres de iluminação, o que deve acontecer em abril.

Em Santos, Aldo Rebelo passou pela Vila Belmiro, onde a Costa Rica fará seus treinos, e esteve ainda no Complexo Modesto Roma, também pertencente ao Santos - engloba o CT Rei Pelé, o Centro de Recuperação Física (Cepraf) e o Hotel Recanto dos Alvinegros -, que receberá o México.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, veio a público, nesta sexta-feira (7), para criticar novamente manifestações racistas no futebol e pedir punição às autoridades de São Paulo e do Rio Grande do Sul, onde foram constatados os novos casos de discriminação na quarta e na quinta-feira desta semana. "A agressão racista não atinge apenas aquele a quem é dirigida. Fere toda a população brasileira e a sua identidade de povo miscigenado", afirmou em nota oficial, ao repetir as críticas que fez quando o volante Tinga, do Cruzeiro, recebeu ofensas raciais em partida da Copa Libertadores, no Peru.

Desta vez, as vítimas foram o também volante Arouca, do Cruzeiro, e o árbitro Márcio Chagas da Silva. O primeiro foi xingado de "macaco" por alguns torcedores do Mogi Mirim ao fim da goleada do Santos por 5x2, fora de casa, na noite passada, em rodada do Paulistão.

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O juiz gaúcho recebeu as mesmas ofensas enquanto apitava o jogo entre Esportivo e Veranópolis, em Bento Gonçalves. Depois, teve o carro depredado por torcedores, que deixaram bananas em cima do veículo e dentro do escapamento.

Nesta sexta, Aldo Rebelo disse que entrou em contato com o secretário de Segurança do Rio Grande do Sul, Airton Michels, para cobrar punições aos torcedores envolvidos no caso de racismo. "O secretário me informou que a Polícia Civil gaúcha já adotou providências para identificar os agressores do árbitro", informou o ministro.

Em seguida, ele pediu punição aos torcedores do Mogi Mirim em conversa com o promotor paulista Paulo Castilho, ex-diretor de Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte. "A Justiça deve punir exemplarmente esse comportamento inaceitável. Não são torcedores, são criminosos", criticou o ministro.

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