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O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) apresentou nesta segunda-feira, 14, uma proposta para estabelecer mecanismos de fiscalização dos gastos com o futebol. O projeto de lei propõe ainda a punição de cambistas, com pena de até cinco anos de prisão.

A proposta surge uma semana após o governo partir para o confronto com a Confederação Brasileira do Futebol (CBF) e sugerir uma "intervenção indireta" na entidade, sugestão que partiu do ministro dos Esportes, Aldo Rebelo. A afirmação foi alvo de críticas da oposição, especialmente do candidato tucano à Presidência, Aécio Neves, que acusou o governo que querer criar a "Futebrás". Em seguida, Aldo recuou de sua fala.

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Um texto postado também semana passada no site de campanha da presidente Dilma Rousseff atribui à CBF a "desorganização" do futebol brasileiro, com críticas ao presidente da entidade, José Maria Marin, e ataques, também, ao ex-presidente Ricardo Teixeira.

Segundo o autor da proposta, o conteúdo não foi discutido com integrantes do PSDB, nem mesmo com o candidato tucano à Presidência, Aécio Neves. "Elaborei a proposta no fim de semana, depois de saber que os jogadores teriam milhões divididos entre si como recompensa pelo quarto lugar. A maior recompensa deveria ser a convocação para integrar a seleção, não valores em dinheiro", afirmou Alvaro Dias.

Além da CBF, a proposta abrange as federações estaduais de futebol, que passam a ser obrigadas a dar publicidade aos contratos. Além disso, o texto do senador tucano propõe que as entidades encaminhem anualmente suas contas para o Tribunal de Contas da União (TCU), informem à autoridade monetária operações financeiras no exterior, e ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras trimestralmente transações acima de R$ 5 mil.

Quem descumprir as exigências ficaria sujeito à suspensão de benefícios que a CBF e filiados recebem dos governo federal ou estaduais, e poderia ter também as transferências dos recursos de loterias federais bloqueados. Da forma como está, o texto também veda a participação de parentes de até terceiro grau de dirigentes ou funcionários da CBF ou federações em empresas com negócios com as entidades.

Protocolado hoje na mesa do Senado, o texto ainda precisa começar a tramitar - o presidente da Casa estabelece comissões de mérito pelas quais o texto deve passar antes de seguir para a análise dos deputados. Com o recesso parlamentar que tem início na sexta-feira, 18, sequer haverá tempo hábil para o início da primeira etapa. Com a campanha eleitoral que se segue à folga dos parlamentares, a apreciação fica adiada para depois das eleições. Além disso, a proposta ainda deve contar com a resistência da chamada "bancada da bola", que marca presença especialmente na Câmara dos Deputados.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) reclamou na tarde desta quinta-feira da demora no processo de instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras. Ontem, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu que os líderes partidários indiquem os nomes para a CPMI, mas não sinalizou quando a comissão mista começará seus trabalhos efetivamente. "Um mês e oito dias de encenação, de protelatório. Agora perderemos mais alguns dias até a indicação dos nomes", criticou o tucano.

Na sessão do Congresso da noite de ontem, Renan avisou que os partidos terão cinco sessões ordinárias da Câmara dos Deputados para apresentarem os nomes da CPMI, caso contrário, ele próprio fará as indicações. Tecnicamente, os partidos têm até a próxima quarta-feira (14) para compor a comissão, que terá 32 parlamentares da Câmara e do Senado. A base governista trabalha para que a CPI da Petrobras, exclusiva do Senado, prevaleça. Hoje vence o prazo para que DEM e PSDB indiquem os três senadores para integrar os trabalhos, mas as siglas anunciaram que priorizarão a CPMI e por isso não apresentarão os nomes.

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Em reação à CPMI da Petrobras, a base aliada conseguiu apresentar ontem o pedido de instalação da CPMI do cartel de trens de São Paulo, que já foi lido na sessão do Congresso. O requerimento foi entregue com as assinaturas de 197 deputados e 32 senadores. "A maioria (governista) não deseja CPI alguma. A proposta de CPI do Metrô é uma falácia. Se fosse para valer, não seria apenas sobre o Metrô de São Paulo", afirmou Dias.

O senador disse que a oposição está consciente de que a base governista trabalha com o calendário mais curto em razão da Copa do Mundo, do recesso parlamentar e da campanha eleitoral. "Estão jogando exatamente com esse calendário, ganhando tempo o máximo possível para inviabilizar qualquer investigação eficiente", concluiu o tucano.

Os aliados argumentam que conduzir qualquer comissão parlamentar em ano eleitoral é inviável, que a partir de junho será difícil garantir o quórum no Congresso e que o objetivo da oposição é criar "palco" para discurso político. "Em ano eleitoral, há um debate político e haverá embate político. Não tenho a menor dúvida de que (a comissão) será politizada", afirmou o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). O partido, maior em número de senadores, deve indicar cinco nomes para a CPMI da Petrobras. Há a possibilidade da sigla ficar com a relatoria da comissão mista.

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) deve analisar projeto de autoria do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) que regulamenta a assistência jurídica integral e gratuita. A proposição (PLS 364/2004) atualiza a Lei 1.060/1950, que trata do assunto, estabelecendo novos requisitos a serem atendidos por aqueles que pleitearem o recebimento do benefício. A assistência abrange gastos como custas judiciais, emolumentos e honorários.

Na justificativa do projeto, o tucano esclarece que, a partir de 1986, com a entrada em vigor da Lei 7.510 – que modificou a Lei 1.060/1950, facilitando o acesso à assistência judiciária gratuita - inúmeras pessoas com elevado patrimônio usufruíram injustamente dessa vantagem assistencial por meio de declarações fraudulentas, alegando hipossuficiência de recursos.

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A inovação contida no texto do parlamentar, para facultar a pessoas realmente necessitadas a assistência, refere-se à necessidade de comprovação do preenchimento de pelo menos duas das seguintes condições: percepção de salário não superior a cinco vezes o salário mínimo; isenção do pagamento do Imposto de Renda; propriedade de, no máximo, um imóvel urbano, ou rural, utilizado para moradia; participação em, pelo menos, um programa social mantido por qualquer ente governamental.

A proposta prevê também a possibilidade de acesso à assistência gratuita não apenas a pessoas físicas, mas também a pessoas jurídicas, desde que sejam consideradas economicamente hipossuficientes.

Em seu relatório favorável à aprovação da matéria, o senador Cícero Lucena (PSDB-PB) destaca vários dispositivos da Lei 1.060/1950 que se encontram totalmente obsoletos e recomenda sua integral substituição.

“Percebe-se que não se trata apenas de desatualização vernácula da Lei 1.060/1950. Na verdade, seus preceitos já não se coadunam com a ordem jurídica vigente”, diz.

O projeto será votado em caráter terminativo pela CCJ. Se aprovado e não houver recurso para deliberação pelo Plenário do Senado, seguirá direto para análise da Câmara dos Deputados.







Senadores querem cobrar da equipe econômica do governo medidas que permitam a redução da inflação e da taxa de juros. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), os diretores do Banco Central avisaram que vão continuar aumentando os juros para conter a alta da inflação. No ano passado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em 5,91%, próximo ao teto da meta do governo de 6,5%. Desde abril do ano passado, o Copom tem elevado a chamada taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano, para conter a disparada dos preços.

O vice-líder do PSDB, senador Alvaro Dias, afirmou que a equipe econômica manipulou números para fechar as contas do ano passado, mas o consumidor já sente no bolso a alta da inflação. “A inflação real é maior do que a inflação oficial divulgada pelo governo atualmente. O Brasil vai viver momentos difíceis. Especialistas vêm afirmando isso. O governo é que tenta iludir”, disse o tucano.

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De acordo com o líder do PDT, Acir Gurgacz, deveria existir outra maneira de controlar a inflação que não fosse o aumento de juros para a população. “Vamos travar esse debate nos primeiros dias de fevereiro para que possamos diminuir esses juros. Não podemos penalizar a população brasileira com juros tão altos”, declarou.

Ao fazer um balanço dos principais acontecimentos de 2013, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), ressaltou dois fatos que considera os mais marcantes: o retorno da população às ruas para protestar por um país melhor e a recuperação da credibilidade do Poder Judiciário, com o julgamento da Ação 470, relacionada ao escândalo do mensalão, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

"Com a decretação das prisões, a justiça recuperou a credibilidade e o Poder Judiciário passou a ser visto com outros olhos pela retina popular. Até então, o cárcere era privativo dos pobres e desvalidos. Poucas autoridades haviam sido sentenciadas à prisão e a impunidade seguia como regra", frisou.

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Antes do fim do julgamento, como lembrou o senador paranaense, a população tomou conta das ruas para reivindicar um país mais justo e com menos corrupção. A sociedade, segundo Alvaro Dias, também reclamou dos gastos com os estádios da Copa do Mundo, enquanto “os hospitais estão sucateados, as escolas em situação precária e assaltos cada vez mais frequentes”.

"O povo rompeu uma aparente anestesia mesclada por um silêncio enigmático e ocupou ruas e praças para denunciar a negligência pública no atendimento à população, a precariedade dos serviços oferecidos e para clamar por um atendimento digno de cidadãos que pagam impostos", pontuou o tucano.

Dias também fez críticas à atuação do Poder Executivo. Disse que o governo federal não promoveu as reformas estruturais necessárias para o país se desenvolver. Avaliou que há um apagão logístico se aproximando em velocidade. Além disso, segundo ele, a economia saiu dos trilhos e o crescimento do Produto Interno Bruto foi “pífio”.

"Permanecemos na retaguarda remendando aeroportos e tapando buracos num asfalto carcomido. Os portos sitiados. Os armazéns em colapso sem estocar nossa produção fantástica de grãos. O apagão logístico se aproxima em velocidade vertiginosa", sentenciou.

*Com informações da Agência Senado

Após a polêmica dos embargos infringentes, que garantiu a reabertura da Ação 470 - do Caso Mensalão - na última semana, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) comunicou ao Plenário, nesta segunda-feira (23), a apresentação de um projeto de lei com o objetivo de extinguir embargos infringentes em decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Imagino que todos entendem a importância desse projeto para eliminar dúvidas que foram suscitadas durante a última semana, quando votou o ministro Celso de Mello", disse o senador.

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Dias afirmou ainda que o STF tem mais de 300 ações para serem apreciadas ou julgadas e sem os embargos as atividades da Corte ficarão mais céleres. "É hora de promover a celeridade processual, sem prejuízo da ampla defesa, que já é assegurada aos acusados ao serem julgados, num juízo de cognição plena e exauriente pelos 11 ministros que compõem o STF. É o momento de extinguir os embargos infringentes, ao menos quanto às decisões do pleno do Supremo Tribunal Federal em ações penais originárias", defendeu o tucano.

*Com informações da Agência Senado

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) apresentou nesta segunda-feira, 23, um projeto de lei para proibir os embargos infringentes em ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao justificar a proposta, Dias tomou o voto do ministro Celso de Mello que, na última quarta-feira, 18, desempatou a votação no STF e confirmou a chance de um novo julgamento para 12 condenados no caso do mensalão. "A Suprema corte se dividiu e o desempate do ministro dá origem a essa dúvida de interpretação e estamos com esse projeto acabando com as dúvidas", explicou.

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O senador disse saber das dificuldades de encampar um projeto dessa proporção no Congresso. Neste domigo, 22, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que a chance de um novo julgamento pode adiar sentenças de mais de 306 ações penais. Entre elas, estão de diversos parlamentares. Álvaro Dias, contudo, diz que vai lutar para acelerar a tramitação da matéria.

"Se a lógica dos infringentes é possibilitar à defesa um novo julgamento por um órgão colegiado maior do que aquele que originalmente apreciou a matéria, qual o sentido de se permitir embargar a decisão para que seja reapreciada pelo mesmo órgão que prolatou o acórdão, como acontece quando se trata do STF? É hora de se promover a celeridade processual, sem prejuízo da ampla defesa que já é assegurada aos acusados, ao serem julgados pelos onze ministros que compõem o STF", concluiu Dias.

O projeto para a Reforma Política será a debatido em encontro, nesta terça-feira (9), entre o coordenador do Movimento de Combate à Corrupção (MCCE), Márlon Reis; o diretor do Instituto Atuação, Ramon Bentivenha e o senador Álvaro Dias (PSDB).

Os movimentos já se reuniram para tratar do mesmo assunto com a presidente Dilma Rousseff (PT), o vice-presidente Michel Temer (PMDB), o senador Aécio Neves (PSDB) e o líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado.

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Há duas semanas o MCCE e o Instituto Atuação apresentaram uma proposta de iniciativa popular, chamada de “Eleições Limpas”. Em contrapartida o governo reagiu propondo o plebiscito sobre o tema, tendo como reposta da oposição à proposta de referendo.

“O MCCE apresenta a terceira via de democracia direta prevista na Constituição como melhor alternativa para aperfeiçoarmos nosso sistema eleitoral já para 2014”, diz Reis.

O senador tucano Álvares Dias (PR) passou há pouco pela convenção do PSDB, em Brasília. Ficou apenas meia hora e foi embora sem aguardar a chegada do senador Aécio Neves (MG), que deve ser eleito presidente do partido. Dias alegou que estava gripado e sofria com rinite. Ele, no entanto, demonstrou seu descontentamento com o processo de escolha da presidência do partido.

Segundo o senador, o procedimento "não muito democrático" de escolha da liderança do partido gerou ressentimento. "É claro que há mágoas. O partido possui lideranças expressivas que certamente possuem legítimas aspirações e nem sempre são consideradas em razão do modelo que se adota para a escolha", afirmou.

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Segundo ele, falar apenas em Aécio e no ex-governador José Serra (SP) apequena o partido. "Temos lideranças expressivas que devem ser respeitadas", afirmou. O presidente do PPS, Roberto Freire (PE), apareceu à convenção para prestar apoio a Aécio e destacou que, para derrotar o atual governo do PT, o PPS ajuda sempre onde for preciso.

O PPS se juntou ao PMN para criar uma nova sigla, intitulada Mobilização Democrática. A tendência é que a MD apoie a eventual candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ao Planalto.

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) fez uma série de provocações ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. "Pelos números do PIB dos últimos dois anos, percebemos que a bola de cristal de vossa excelência continua quebrada", disse. Como exemplo, ele citou que as projeções de Mantega para a expansão de 2012 iam de 4,5% a 5%, mas que, de fato, o crescimento foi de 0,87%.

"Não sabemos se é pior a incompetência ou a mentira deliberada e estamos preocupado com as consequências", afirmou. O representante da oposição continuou dizendo que, no ano em que o governo prometeu um "espetáculo do crescimento", o Brasil cresceu apenas acima do Haiti. "O que quero dizer é que os R$ 478 bilhões (anunciados por Mantega durante apresentação para investimentos em logística), é, mais uma vez, tentativa de vender ilusões, de gerar falsa expectativa", disse. "Isso não é honesto e o governo tem que ser, em primeiro lugar, honesto", acrescentou.

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O senador salientou que as previsões equivocadas do ministro da Fazenda, consideradas por ele otimistas em excesso, não contribuem para a credibilidade internacional do País. "O governo promove anúncios espetaculosos que não se concretizam e frustram em sequência."

Dias começou seu pronunciamento dizendo que a percepção que o governo passa é de que "está tudo dominado", mas que faria alguns questionamentos ao ministro "sem nenhuma falta de respeito". O representante da oposição continuou ainda citando que o governo usou de "ilusionismo estatístico", "kit de maquiagem", um total de cinco truques contábeis para poder cumprir a sua meta fiscal. Ele citou a antecipação de recebimento de dividendos, a venda de receita futura de estatais para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a capitalização de estatais rendendo mais dividendos, o abatimento dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a postergação de despesa de R$ 40 bilhões de restos a pagar. Para ele, o governo só precisou usar esses "truques" porque não tinha como cumprir a meta.

Dias não parou. Continuou dizendo que o governo fazia, ao final, "contabilidade criativa". "O senhor fala com certo entusiasmo sobre dívida pública e estamos preocupados com o crescimento exorbitante da dívida do País e com o festival de empréstimo que estamos aprovando semanalmente no Congresso a pedido do governo", disse.

"A pergunta é: quando conseguiremos chegar a uma dívida bruta de menos de 45% do PIB como em países vizinhos?" O senador salientou também que o governo tem prometido uma forte desoneração do setor produtivo para este e os próximos anos. "O que vemos é reforma às avessas, aumentando despesas correntes." Ele argumentou ainda que há um "caos na saúde pública" e que o governo não cumpre, sequer, o compromisso constitucional.

Sobre inflação, o opositor perguntou até quando o governo estaria disposto a tolerar uma taxa de inflação acima da meta de 4,5%. "Estamos preocupados com o governo sempre vendendo ilusões. É necessário mais verdade e menos fantasia. Temos que acreditar nas medidas do governo. É preciso recuperar a crença de que ações do governo são verdadeiras. Anúncios espetaculosos não guardam relação com a realidade."

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) afirmou nesta terça que a eventual condenação de réus no processo que ficou conhecido como mensalão poderá ser um dos motes que a oposição usará para suprir a falta de discurso contra o governo petista. Dias defende que as provas apresentadas pelo procurador geral da república, Roberto Gurgel, no processo que está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), são suficientes para condenar os réus. Ele critica a defesa de alguns dos advogados dos réus que dizem não haver provas suficientes para condenação. "Querem que a prova seja um documento escrito e assinado pelo criminoso dizendo: 'eu desviei dos cofres públicos tantos reais'", criticou o senador, em entrevista exclusiva à Agência Estado.

Dias defendeu um julgamento técnico, sem influência partidária ou das eleições deste ano. Com postura crítica em relação ao estilo adotado por alguns dos defensores dos réus, que definiram o mensalão como caixa 2, um crime eleitoral, Dias cravou: "Estão usando as costas largas das campanhas eleitorais para (explicar) os desvios dos recursos. Sabemos que elas foram destinadas também para o enriquecimento ilícito de pessoas".

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O senador qualificou o julgamento como um momento histórico, que pode mudar os rumos do País. "Espero que o julgamento do mensalão, que é histórico, possa ser o marco de um novo rumo para o Brasil", pregou.

O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), afirmou neste domingo que o julgamento dos réus do mensalão, previsto para iniciar no dia 1º de agosto, deve interferir no resultado das eleições municipais, em razão da "importância nacional" de São Paulo e da presença recorrente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "epicentro do mensalão", no pleito local.

"Certamente, a influência não ocorrerá em municípios menores, onde se discutem programas locais. Mas essa é uma eleição nacionalizada pela sua importância. Pela presença aqui do ex-presidente, que está no epicentro do mensalão, não há como não verificar a hipótese de influência eleitoral", afirmou o senador, durante evento que oficializou a candidatura de José Serra à Prefeitura da capital paulista.

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Segundo Dias, a presença de Lula na campanha é "legítima", desde que respeitando as leis eleitorais. "Uma participação como militante político é legitima desde que guarde relação com os limites impostos pela legislação", disse.

Dias alfinetou a aliança entre o PT e o PP, do deputado federal Paulo Maluf, para a Prefeitura de São Paulo. Para ele, a foto do aperto de mão entre Lula e Maluf no jardim da casa do deputado reflete a inexistência de partidos programáticos no País. "Essas coligações revelam a inexistência de partidos programáticos no País, os partidos são siglas para registro de candidatura. Essa foto do Maluf com o Lula é o melhor reflexo dessa identidade nacional", queixou-se o senador.

O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), afirmou nesta sexta-feira ser "evidente" que o partido está sangrando com as denúncias que envolvem o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo. Dias se referia à revelação de hoje do jornal O Estado de S.Paulo, segundo o qual um assessor pessoal de Marconi pagou uma dívida da campanha de 2010 com recursos de uma empresa de fachada do esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Em entrevista ao jornal, o jornalista Luiz Carlos Bordoni disse que a Alberto e Pantoja, empresa fantasma que segundo a Polícia Federal era controlada por Cachoeira, foi usada para pagar serviços de publicidade que ele prestou para a campanha do governador de Goiás. O pagamento de dívida, de R$ 45 mil, foi depositada na conta de sua filha, Bruna, numa negociação comandada por Lúcio Fiúza Gouthier, assessor especial de Perillo.

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"É evidente que (o PSDB) fica (sangrando). Isso sangra qualquer agremiação partidária. Nós temos que agir suprapartidariamente, especialmente quando se trata de questão ética. Portanto, não se avaliza a impunidade. Que se ofereça o direito à defesa, que o governador se explique para que nós possamos julgar", afirmou.

O tucano admite que a situação de Perillo "não é fácil". Por isso, Alvaro Dias defende que se antecipe o depoimento do governador de Goiás à CPI do Cachoeira para a próxima terça-feira, dia 5. A comissão havia agendado a vinda dele para o dia 12, uma semana depois. O líder disse que, mesmo sendo do PSDB, "o comportamento tem que ser implacável em relação a eventuais delitos praticados".

Questionado se o PSDB mantém confiança em Perillo, Dias disse que essa é uma decisão pessoal. "Há no partido os que mantêm confiança e os que não mantêm. Da nossa parte, defendemos a prudência de ouvir o governador, oferecer a ele espaço para as explicações, para que seja duramente questionado e possa responder a todas as questões", ponderou.

O líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), voltou ontem (28) a cobrar da tribuna a demissão do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, exibindo três termos de compromisso de doação que, segundo ele, comprovam as denúncias de corrupção existentes contra Lupi. Os documentos registrados em cartório, em agosto de 2007, mostram o acordo do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Bares e Restaurantes da Baixada Santista, Litoral Sul e Vale da Ribeira, João Carlos Cortez, para obter a certidão sindical expedida pelo Ministério do Trabalho.

Um dos termos especifica que o sindicato repassará "diretamente" à Força Sindical até o mês de agosto do mesmo ano, "a título de doação, para realização de atividades de formação sindical, 30% do imposto sindical referente ao exercício de 2008. O outro documento repete o compromisso e a promessa de repassar para a Força Sindical 20% do imposto sindical, referente ao exercício de 2009.

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No terceiro termo de compromisso, o sindicato compromete-se a efetuar à entidade, também à título de doação, 10% do imposto sindical referente ao exercício deste ano, 2010. O acerto fixa ainda que o repasse do dinheiro ocorrerá logo que a certidão sindical for publicada no Diário Oficial da União (DOU).

É o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, quem encabeça o movimento de defesa e da permanência de Carlos Lupi no Ministério do Trabalho. No entender do líder tucano, "trata-se da prática ilícita documentada". "Isso é um acinte, é uma afronta, é a documentação da corrupção, o tráfico de influência, o benefício concedido em troca de determinado favor", atacou. "E o favor, nesse caso, é a certidão, é a carta sindical publicada no Diário Oficial da União", protestou o senador.

Ele acredita que o esquema, já denunciado pela imprensa, mostra por que o Ministério do Trabalho "se transformou numa fábrica de sindicatos". Dias disse que foram expedidas 1.457 cartas sindicais em três anos e que existem mais de 2 mil em curso, tramitando para obter o registro definitivo. "O que não se entende é como o ministro continua ministro", afirmou. "O que não se compreende é como a presidente Dilma não toma nenhuma providência".

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