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Dois irmãos vão concorrer a cargos majoritários no Paraná na eleição deste ano: o senador Alvaro Dias (Podemos) é pré-candidato à Presidência da República e o ex-senador Osmar Dias (PDT) deve se lançar ao governo do Estado. Apesar da relação de parentesco, os irmãos Dias são conhecidos por não compor alianças nem palanques.

Neste ano não deve ser diferente: apesar de Osmar declarar publicamente que vai apoiar o irmão, mesmo tendo o PDT um pré-candidato à Presidência - Ciro Gomes -, a recíproca não é verdadeira. Em lançamento da pré-candidatura à Presidência, na semana passada, em Curitiba, Alvaro não declarou apoio a nenhum pré-candidato do Paraná e disse que sua campanha no Estado terá uma "união suprapartidária".

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Procurado, Alvaro Dias evitou falar sobre alianças partidárias no Paraná. "Estamos aguardando o momento para definição em relação à eleição estadual. Tenho pedido um tempo para que nós possamos acomodar o nosso projeto nacional em primeiro lugar. Depois, nós vamos proceder em relação à eleição estadual", afirmou em nota enviada por sua assessoria.

Na semana passada, parte dos integrantes do Podemos no Estado, liderados pelo vice-presidente Elizeu Chociai, chegou a declarar apoio a Ratinho Júnior, pré-candidato do PSD ao governo. Em seguida, o presidente da legenda paranaense, o prefeito de Pato Branco, Augustinho Zucchi, desautorizou o vice. "Quem falou aquilo não falou pelo partido", disse à reportagem, afirmando que a posição do Podemos só será formada em convenção da executiva estadual.

O choque de interesses políticos não é novo na família Dias. Historicamente, eles evitam se enfrentar diretamente, seja para vagas em cargos no Executivo ou no Legislativo - quando um é candidato, o outro não é. Em 2010, por exemplo, Osmar só decidiu se lançar ao governo no último dia do prazo, quando o irmão, na época do PSDB, foi preterido para concorrer ao cargo e também para ser vice-presidente na chapa de José Serra.

Alvaro, por sua vez, decidiu manter distância naquele ano da campanha eleitoral do Paraná, já que o irmão formou chapa com PT e PMDB. Osmar chegou a atuar na gestão do irmão, entre 1987 e 1991. O afastamento, afirmam pessoas próximas, ficou evidente quando Osmar se candidatou ao governo em 2006 e em 2010 - foi derrotado nas duas.

À reportagem, Osmar ressaltou sua história política ao lado do irmão, mas admitiu que nem sempre eles pensam igual. "Isso é comum em todos os casos de irmão na política. Temos os mesmos valores, mas não quer dizer que a gente pense igual em tudo." Ele reafirmou o apoio ao irmão e disse que não vai "reclamar" se ele não retribuir. "Se ele achar que o prejudica no projeto nacional, tem meu apoio para tomar a decisão que quiser." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar de ser dono de 26,5% do eleitorado brasileiro, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o desenvolvimento do Nordeste ainda não está entre as propostas já apresentadas pela maioria dos pré-candidatos à Presidência da República. 

A região que, em quantitativo eleitoral, perde apenas para o Sudeste, deve ser um dos focos dos postulantes, mas a pouco mais de dois meses do início da campanha eleitoral, as projeções para os estados nordestinos ainda são mínimas. O LeiaJá fez um levantamento e apenas três dos 16 nomes que se colocam para a disputa já declaram suas intenções.

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Sem grande visibilidade entre os nordestinos, o ex-prefeito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ainda não firmou um programa de governo, mas já declarou, em andanças inclusive por estados da região, que pretende estimular a geração de empregos entre eles. Além disso, o tucano já definiu a questão da água como uma das essenciais e deve apresentar sua experiência na gestão dos recursos hídricos em São Paulo como vitrine. Alckmin já chegou a dizer que pode fazer uma nova transposição. Desta vez, do Rio Tocantins para o Rio São Francisco.

Pré-candidato pelo Podemos, o senador Álvaro Dias também não formalizou ainda seu plano governamental, mas já pontuou que deseja resolver o problema da seca no Nordeste com a mudança da matriz energética e a criação de um programa de dessalinização, como é feito em Israel, onde 65% da água para consumo e irrigação vem do mar. A iniciativa seria feita, segundo ele, a partir de uma parceria público-privado (PPP). 

Nome do MDB para a disputa, o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deve seguir o documento Encontro com o futuro, lançado recentemente, que destaca o fato do Nordeste abriga 28% da população brasileira e deter apenas 14% da renda nacional. 

A proposta de Meirelles é de reforçar o uso da energia eólica e solar, que hoje é concentrada no setor privado, e ampliar a atuação do Estado para novos investimentos no setor tanto na região do semiárido quanto da região costeira. Além disso, eles também propõem a transposição do Rio Tocantins para afluentes do Rio São Francisco, conceder incentivos para o desenvolvimento do agronegócio e criar um programa para dotar as cidades costeiras de infraestrutura turística de primeiro mundo, através de parcerias entre os bancos públicos e investidores internacionais.

Nordeste é essencial na eleição

A ausência de propostas da maioria dos presidenciáveis para a região, na avaliação do cientista político Antônio Alexandre Lucena, pode ser justificada pela necessidade dos postulantes em “se estabelecer e fazer valer as candidaturas” durante este período que antecede as convenções partidárias, marcadas para acontecer de 20 de julho a 5 de agosto. 

Para o estudioso, a expectativa é de que com o início da campanha o recorte direcionado dos projetos fique mais evidente, uma vez que a conquista do eleitorado nordestino, ou ao menos parte dele, é essencial para que o presidenciável obtenha a vitória do pleito.  

“Quando a campanha começar efetivamente eles devem buscar esse eleitorado nordestino porque só consegue se eleger presidente se conseguir o apoio do Sudeste, uma parte do Sul e do Nordeste. Eles realmente precisam desse apoio da região. Quando começar os programas de rádio e TV essas propostas devem ser formuladas”, considerou o cientista político. Mesmo assim, ele ainda ponderou que considera um “atraso” os pré-candidatos não regionalizarem também os planos que fazem para o país. 

Pré-candidato à Presidência pelo Podemos, o senador Alvaro Dias (PR) afirmou nesta segunda-feira, 11, achar difícil a consolidação de uma candidatura única do chamado centro nas eleições presidenciais. Evitando abrir mão de seu nome na disputa, o senador considera que pelo menos duas candidaturas no campo se manterão na corrida pelo Planalto.

"Eu considero difícil. Entendo que é possível reduzir o número de candidaturas, isso sim, são vários os candidatos do centro, é possível reduzir o número talvez a dois", disse o presidenciável ao Estadão/Broadcast.

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Alvaro afirmou que não vê nem o Podemos nem o PSDB, que tem o ex-governador paulista Geraldo Alckmin como presidenciável, desistindo de suas pré-candidaturas ao Planalto. Para o senador, ex-tucano e que diz defender um projeto de "refundação da República e ruptura com o sistema corrupto atual", não há clareza em relação à defesa do mesmo projeto em outras candidaturas.

O presidenciável fez ainda um aceno para a ex-ministra Marina Silva, pré-candidata da Rede ao Planalto, que na pesquisa de intenção de votos do Datafolha divulgada no domingo figura em segundo lugar nos cenários em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é candidato e tem a liderança das intenções de voto para o segundo turno, também com a ausência do petista. "Vencendo ou não as eleições, ela é protagonista e estará na cena política certamente com uma presença sempre exigida."

O pré-candidato adotou um tom de cautela em relação às propostas de privatização de estatais. Alvaro disse que não se pode vender empresas "na bacia das almas", se posicionou contrário a privatizar a Petrobrás e afirmou que é ainda preciso discutir a situação da Eletrobrás.

Lava Jato

O senador empenhou-se em fazer uma defesa enfática da Lava Jato, diante da notícia de que seu suplente no Senado, o empresário Joel Malucelli, tornou-se um dos alvos da operação. Malucelli é suspeito de pagar propina de R$ 500 mil para que o grupo J. Malucelli recebesse aporte de R$ 330 milhões do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS). Ele nega irregularidades.

O empresário é o patriarca da família que controla a companhia - atuante nos setores de construção, energia, comunicação, financeiro e de seguros - e figura entre os principais doadoras de campanha do senador. Questionado sobre o assunto, Alvaro saiu em defesa do rigor das investigações.

"Minha posição é sempre a mesma: rigor absoluto em matéria de investigação; apoio integral, total à Operação Lava Jato, que muda o cenário não só da política nacional, mas da Justiça brasileira e que é prioridade para o nosso povo", disse, citando que tem "um bom conceito, o melhor conceito" sobre Malucelli. "Cabe a ele responder pelos seus atos, não creio que alguém possa transferir a mim a responsabilidade de dar respostas a esses questionamentos. Espero que ele possa dar da melhor maneira possível."

Já sobre o fato de ele próprio já ter sido citado em delações cujas denúncias terminaram arquivadas, Alvaro disse considerar esse mecanismo uma "grande conquista". "Sem dúvida nenhuma, a Operação Lava Jato não teria o êxito que teve se não fosse esse instituto da delação premiada."

Malan

O ex-ministro da Fazenda Pedro Malan se tornou um dos conselheiros do pré-candidato Alvaro Dias. Em encontros recentes para discutir propostas na área de economia, Malan tem dado ideias e sugerido nomes para a equipe de Alvaro.

Por sugestão do ex-ministro, o presidenciável vai contratar o economista Everaldo Maciel - que foi secretário da Receita Federal durante o governo Fernando Henrique Cardoso, quando Malan era o titular da Fazenda. O pré-candidato também já se reuniu, por exemplo, com Bernardo Appy, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e Gabriel Leal, da Instituição Fiscal Independente do Senado. Também conversou com o tributarista Sacha Calmon. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pré-candidato à Presidência da República, Álvaro Dias (Podemos-PR) percorreu 11 Estados em nove meses com passagens pagas pelo Senado Federal. A informação é do jornal Gazeta do Povo. De acordo com um levantamento feito pelo periódico, desde que se colocou como presidenciável em julho, o paranaense gastou R$ 54 mil com as locomoções, o que significa 70% das despesas da “cota para o exercício da atividade parlamentar”.

Em todo o ano de 2017, foram R$ 68,5 mil, de um total de R$ 118 mil gastos com passagens aéreas, para viagens fora do reduto eleitoral do senador. Já no em 2016, quando Álvaro entrou no PV com o objetivo que ser candidato a presidente, gastou mais R$ 76 mil nos deslocamentos além do Paraná. 

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O contraste dos gastos pode ser percebido quando o levantamento apresenta dados de 2015. Ano em que Álvaro Dias gastou apenas R$ 9,43 mil, de um total de R$ 75 mil, para as locomoções para outros estados. Enquanto de 2011 a 2014, de um total de R$ 332 mil reembolsados pelo Senado para custear as passagens aéreas de Álvaro, R$ 88 mil foram para viagens fora da base eleitoral.

Em resposta ao jornal, Álvaro Dias disse que a pré-candidatura dele começou apenas em março deste ano e, a partir disso, o Podemos começou a pagar as despesas das viagens. 

“Não considero correto e não estou fazendo pré-campanha com passagens pagas pelo Senado. Além disso, reitero que deixo de gastar anualmente até metade da verba que me é destinada para gastos com passagens, o que gera economia que ultrapassa R$ 100 mil por ano”, salientou o senador. Ele disse ainda que, desde 2016, vem sendo convocado para palestras pelo país, como membro do Senado. 

O ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pré-candidato do MDB à Presidência, ficou isolado na defesa do governo, nesta quinta-feira, 10, em um debate que reuniu no mesmo palco em Gramado (RS), cinco presidenciáveis: Guilherme Boulos (PSOL), Manuela Dávila (PCdoB), Ciro Gomes (PDT) e Alvaro Dias (Podemos).

O emedebista, que viajou em jato fretado, chegou atrasado ao local do evento e foi acomodado ao lado de Boulos, líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto). Os dois se cumprimentaram, mas não se falaram até o fim do debate.

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Na outra ponta, Manuela e Ciro mostraram afinidade e trocaram olhares cúmplices e comentários no intervalo das falas dos adversários. Quando a deputada do PCdoB pediu água durante sua fala, Ciro prontamente se levantou e levou seu copo até ela. Foi recompensado com um elogio. "É um cavalheiro. Por isso é meu amigo".

Enquanto aguardava sua vez de falar ao microfone sobre os temas do debate, Meirelles ouviu calado os petardos. "As famílias Setúbal e Moreira Sales acabaram de botar no bolso R$ 9 bilhões de dividendo sem pagar um centavo, enquanto a classe média morre com 27% na fonte", disse Ciro citando duas famílias que controlam bancos.

Na saída do evento, Meirelles estava atrás de Ciro, aguardando sua vez falar com a imprensa, quando o pedetista citou seu nome. "A ideologia no Brasil tem passado do limite a ponto de impedir a racionalidade. Veja o Meirelles: é um bom amigo, mas parece que está em outro país. Para ele está tudo bem e tal", disse.

"São coisas malucas que o filtro ideológico não permite ver. Esse 1% que o Brasil teve de crescimento nominal em 2017 foi puxado pelo agronegócio por dois fatores: estação climática perfeita e uma recuperação de preço no estrangeiro", completou.

Meirelles, por sua vez, esforçou-se para defender Temer. "Acredito na educação. Estudei em escola pública. Concordamos que é preciso investimento em educação, mas o discurso vazio não resolve a realidade".

Ex-tucano, Álvaro Dias também mirou o Planalto. "O governo arrecada demais, mas aplica mal". Boulos disse que, se eleito, vai revogar a PEC do teto dos gastos e Manuela criticou o governo por reduzir os gastos para fazer ajuste fiscal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Álvaro Dias (Pode-PR) e o empresário Flávio Rocha (PRB), pré-candidatos à Presidência da República, negociam uma aliança nas eleições de outubro. Os dois visitaram juntos a Apas Show, feira da Associação Paulista de Supermercados, em São Paulo. Ambos defenderam ainda alianças para as eleições de outubro diante de um quadro fragmentado de pré-candidatos. Enquanto Álvaro Dias defendeu uma união de candidatos fora do quadro MDB-PSDB, Flávio Rocha diz ser favorável a uma aliança "de Alckmin a Meirelles". Os dois admitiram ainda a possibilidade de abrir mão da cabeça de chapa em favor de uma união.

"Eu não sei se há possibilidade, há desejo. Gostaria que se estabelecesse convergência", disse à reportagem o senador Álvaro Dias, quando questionado sobre as conversas com Flávio Rocha. Os dois posaram para fotos juntos e andaram por estandes da feira lado a lado. No domingo, o empresário participou de um encontro com lideranças políticas do Podemos e já havia se reunido em outro momento com o senador paranaense.

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Dias, por sua vez, disse que Rocha tem uma "grande experiência empresarial" que pode ser útil na atividade pública. "Se nós pudermos reduzir o número de candidatos, vamos qualificar melhor o debate", disse o senador. Ele reforçou a defesa por uma aliança que "rompa com o sistema atual" e afastou a intenção de ter na negociação o PSDB, que lançou o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como pré-candidato. "O PSDB representa um sustentáculo desse sistema que eu combato", declarou Dias.

O senador revelou que o Podemos já conversava com o PRB antes de Flávio Rocha se apresentar na disputa. Ele ainda falou que é possível agregar outros partidos, sem citar quais. "Certamente até a convenção alguns nomes não serão mais postulantes", citou. Para o senador, o critério de definição da cabeça de chapa deve ser em torno da intenção de voto e do índice de rejeição registrados em sondagens eleitorais. "Abro mão [da cabeça de chapa] se eu alguém tiver bem posicionado e assumindo essa proposta de refundação da República. Se eu admito a hipótese de conversar, eu não posso chegar impondo meu nome."

No mesmo evento, cerca de 15 minutos antes de se encontrar com Álvaro Dias, Flávio Rocha também confirmou a negociação com o Podemos. Ele defende, no entanto, uma aliança "mais ampla possível", citando o DEM, o Podemos, o MDB, o PSDB e o PSC.

"Eu topo essa união do centro", declarou em entrevista a jornalistas, destacando que o cabeça de chapa deve ser escolhido conforme o nome que estiver melhor colocado nas pesquisas durante o período das convenções partidárias, entre final de julho e início de agosto. "Eu estimulo esta solução porque acredito, pelo andar da carruagem, [que] nós temos o maior espaço para crescer. Assumido esse compromisso, eu aceitaria até a remota possibilidade de um resultado adverso que me tirasse da cabeça de chapa."

As declarações de Dias e Rocha ocorrem após o presidente Michel Temer e ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) abrirem um canal de diálogo para uma possível aliança entre MDB e PSDB na corrida presidencial.

Com desempenho aquém do esperado nas pesquisas, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o senador Álvaro Dias (Podemos-PR) começaram a discutir uma possível aliança na disputa presidencial deste ano. O objetivo é construir uma coligação de centro em torno da candidatura de um deles e, dessa forma, tentar isolar PSDB e MDB, que negociam uma possível coligação em torno do ex-governador tucano Geraldo Alckmin.

Os presidenciáveis têm conversado por meio de interlocutores e já se encontraram pelo menos uma vez nas últimas semanas para tratar do assunto. No final de abril, eles almoçaram na residência oficial da Presidência da Câmara. Também participaram do encontro a presidente do Podemos, deputada Renata Abreu (SP), e dos deputados Rodrigo Garcia (DEM-SP) e Mendonça Filho (DEM-PE), coordenadores da pré-campanha do democrata.

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No almoço, Maia e Álvaro concordaram que os partidos de centro precisam se unir, pois, do contrário, nenhum de seus representantes sequer chegará ao segundo turno da disputa presidencial. Os dois, porém, avaliaram que o cabeça dessa chapa de centro não pode ser Alckmin, que, como mostrou o Estadão/Broadcast, começou a negociar nas últimas semanas aliança que pode culminar com o ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) como seu vice.

No DEM, a avaliação é de que Alckmin representa um "produto velho" e trará para sua candidatura todo o desgaste do governo Michel Temer, se tiver um emedebista de vice. A aliados, Maia diz que erra quem aposta que a campanha se concentrará na polarização entre o ex-presidente Lula (PT), que está preso e inelegível, e o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Para ele, o foco acabará sendo o governo Temer. Por isso, é preciso manter um distanciamento.

Já para o grupo de Dias, uma chapa PSDB-MDB poderá favorecer o senador, na medida em que permitirá uma polarização dentro do próprio campo do centro. "Seria o mundo ideal para nós. De um lado, estariam eles com a "chapa Lava Jato". Do outro estaríamos nós", afirmou a presidente nacional do Podemos ao Estadão/Broadcast.

Integrantes da cúpula do DEM e do Podemos já admitem que poderão abrir mão de serem os cabeças de chapa para apoiarem um ao outro. A ideia é que o candidato seja o que esteja melhor posicionado em julho. Para democratas, Dias pode ser enquadrado como "produto novo" e tem potencial para deslanchar; só precisa de apoio partidário. No último Datafolha, o senador oscilou entre 3% e 5%.

A presidente do Podemos também diz que Álvaro pode desistir, caso Maia esteja melhor. "Se houver acordo nesse sentido, topamos. Temos tempo para buscar a convergência", disse Renata Abreu. O presidente da Câmara, contudo, ainda patina nas pesquisas, o que faz com que sua candidatura seja desacreditada até mesmo por correligionários próximos. No Datafolha divulgado em abril, ele apareceu com 1% das intenções de voto.

Maia também tenta atrair para esse grupo outros partidos de centro que já lançaram pré-candidatos ou sinalizaram apoio a outros postulantes. Ele intensificou as conversas com o PTB, partido cujo presidente, o ex-deputado Roberto Jefferson, defende apoio da sigla a Alckmin. Com isso, ele conseguiu, por exemplo, que o PTB não aprovasse indicativo de apoio à candidatura do ex-governador durante sua convenção em abril, como o tucano desejava.

O presidente da Câmara também tem mantido conversas com o PRB, que lançou o empresário Flávio Rocha, dono das lojas Riachuelo, como pré-candidato ao Planalto. As conversas se dão diretamente com o presidente do partido, o ex-ministro Marcos Pereira. Além dessas legendas, o grupo de Maia diz já contar com apoio de outros partidos do centro, entre eles, PP e Solidariedade, que lançou o ex-ministro Aldo Rebelo como presidenciável.

Com a ofensiva sobre esses partidos, Maia busca se tornar o principal fiador das negociações eleitorais no centro, mesmo que não seja em torno de sua candidatura. Mesmo com 1%, o presidente da Câmara já definiu o slogan de sua campanha: "Vamos Recomeçar o Brasil". O "conceito-chave" foi concebido pelo publicitário Fabiano Ribeiro, da Propeg. Ele está atuando na equipe de marketing de pré-campanha de Maia ao lado do jornalista Lula Costa Pinto.

O Presidente Temer acorda todo dia com uma nova dor de cabeça, e pelo visto vai continuar nesse perrengue até o último dia do seu mandato. Agora o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou um novo pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer na tarde de hoje, na Câmara dos Deputados. A denúncia popular sugere "possível prática de crime de responsabilidade" por causa de obra na casa de uma das filhas do presidente, que teria sido paga em dinheiro vivo pela mulher do coronel João Baptista Lima Filho, amigo do emedebista. O senador garante que "Agora tem um fato novo... Para esse pedido de impeachment tem o depoimento do presidente da República, que tem o dever de falar a verdade." Randolfe avalia que a prisão preventiva de parte dos amigos de Temer, no final de março, demonstra que recursos de caixa 2 e de propina foram destinados para a construção de bens pessoais particulares da família do presidente, fatos negados anteriormente por ele. "Isso contradiz flagrantemente depoimento do presidente", considera o senador. "Caberá ao presidente Rodrigo Maia responder se uma mentira por parte de um mais alto mandatário, em depoimento judicial, em uma investigação policial, é ou não crime de responsabilidade. Para mim e para a Rede isso configura crime de responsabilidade explícito por parte do presidente e fere de morte os seus deveres". E agora, será mais uma denúncia que não vai pra frente? Esperemos pelas cenas dos próximos capítulos.

Daniel Coelho pede apoio para que Senado paute projeto contra maus tratos de animais

O deputado federal Daniel Coelho (PPS / Movimento 23) esteve nesta quarta-feira no Senado Federal, em Brasília, a fim de solicitar apoio de senadores para que pressionem a mesa diretora da Casa para colocar em pauta o PLC 39/2015, que torna mais rigorosa a pena para maus tratos de animais.

Pedido em parceria

Acompanhado do vereador do Recife Ricardo Cruz (PPS / Movimento 23), Daniel esteve com o relator do projeto, Álvaro Dias (Podemos-PR), além de Cristovam Buarque (PPS/Movimento 23-DF) e de Armando Monteiro Neto (PTB-PE). Os três se comprometeram a unir esforços para que o projeto, já aprovado na Câmara dos Deputados, seja rapidamente pautado na Câmara Alta.

Pelos animais

“Esse é um movimento não só da nossa parte, mas de vários militantes da causa animal, para que o Senado coloque em pauta o projeto, que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, e que trata das penas para aqueles que fazem tortura, maus tratos aos animais, que matam animais”, afirmou Daniel Coelho.

Ampliando o debate

“A gente precisa, sim, fazer esse debate, a Câmara dos Deputados já se mobilizou, já deliberou sobre o tema, o projeto aqui já foi aprovado e agora é necessário que o plenário do Senado paute. O senador Cristovam Buarque já oficialmente procurou a mesa diretora pedindo a pauta, o relator do projeto naquela Casa, o senador Álvaro Dias, também vai nos ajudar, bem como o senador Armando Monteiro”, destacou.

Domingo tem abertura do Campeonato Igarassuense de Futebol

A partir deste domingo (22), às 14h, a Prefeitura de Igarassu e a Liga Desportiva de Igarassu promovem a abertura do Campeonato Igarassuense de Futebol. Os jogos acontecem sempre aos domingos, a partir das 15h, no estádio Alfredo Bandeira de Melo, mais conhecido como Campo Murado,  serão mais de 30 times divididos nas sérias A e B disputando o primeiro lugar do torneio.

Pelos esportes

Para este ano, o campeonato terá como novidade a homenagem ao jogador Maciel Antônio da Silva, mais conhecido como “Fia”, que atuou no Barcelona, time bastante tradicional da cidade. A narração neste domingo ficará com a responsabilidade do jornalista e radialista Luciano Duarte. A programação segue até o dia 19 de agosto.

Jungmann chama policiais

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse, ontem, que os editais para a contratação de 500 policiais federais e de 500 policiais rodoviários federais, anunciados em fevereiro, estão em elaboração pelos órgãos de segurança e serão lançados ainda neste semestre. Ele foi questionado sobre se haveria tempo hábil para a contratação dos novos agentes ainda neste ano.

Em defesa de Temer

Romero Jucá (MDB-RR), afirmou que o novo pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer é um "factoide". Ele disse que o autor da denúncia por crime de responsabilidade, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), "deveria ter mais o que fazer". "Ele fica entrando com factoides que não levam a nada e só perturbam o ambiente político do País", criticou Jucá. 

O destino de Maluf

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, suspendeu, na noite de ontem, a sessão de julgamento do recurso do deputado Paulo Maluf (PP-SP), que será retomado hoje. Até o fim da sessão, quatro ministros votaram contra o cabimento de embargos infringentes (um tipo de recurso) da defesa de Maluf para contestar decisão da Primeira Turma do STF que o condenou a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime fechado

Família no crime

Frederico Pacheco, primo do senador Aécio Neves (PSDB), vai responder a processo por posse ilegal de arma de fogo na 12ª Vara Criminal de Belo Horizonte (MG). Nas buscas realizadas em maio de 2017 na sua fazenda, em Cláudio, cidade do interior de Minas Gerais, a Polícia Federal encontrou uma carabina e munições. Pacheco não apresentou documento para comprovar a posse regular da arma.

Pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos, o senador Alvaro Dias (PR) afirmou que é "lastimável" ver um ex-presidente ser conduzido à prisão, mas considerou a decisão um "avanço" para o País. O juiz federal Sérgio Moro decretou nesta quinta-feira, 5, a execução da pena do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que condenou Lula a 12 anos e um mês de prisão pelo caso triplex. Moro deu prazo para Lula se apresentar 'voluntariamente' à Polícia Federal em Curitiba, base da Operação Lava Jato, até às 17h de amanhã.

"A impunidade perdeu; o Estado de direito prevaleceu. As leis estão governando os homens nesse momento e estamos caminhando para a inauguração de uma nova Justiça no Brasil. É assim que se constrói uma grande nação", disse Dias em vídeo publicado no Twitter após a decisão.

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O senador Álvaro Dias (Pode-PR) lançou oficialmente, nesta sexta-feira, 23, a sua pré-candidatura à Presidência da República, em Belo Horizonte (MG). O evento ocorreu durante a posse da Executiva estadual do partido em Minas Gerais.

Inicialmente, a ideia era que o lançamento da pré-candidatura de Dias ocorresse em Curitiba, no Estado do senador. Porém, ele mudou de ideia e decidiu realizar o evento em Minas, que considera um "Estado síntese". Em pesquisas recentes de intenção de voto, Dias aparece com 6% no melhor dos cenários. Para viabilizar a sua candidatura, uma de suas estratégias é se fortalecer nos maiores colégios eleitorais do País.

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Durante o evento, ele voltou a defender a "refundação da República". "Precisamos zerar e começar tudo de novo. Acabar com o sistema corrupto do balcão de negócios que foi o responsável pela crise que estamos vivendo no País", disse. Ele também afirmou que vai se candidatar para vencer. "Vamos tentar pra mudar. E nós vamos mudar o Brasil porque podemos mudá-lo. Com a competência do povo e com a inteligência de Minas Gerais."

Presidência do Podemos em Minas

O evento em Minas Gerais também teve a presença do prefeito de Betim, Vittorio Medioli, que assumiu a presidência da legenda no Estado.

Em 2014, Medioli era visto como um "outsider" e foi o candidato do País que usou o maior montante de recursos próprios para se eleger: R$ 4,48 milhões, o que representou 99,94% de sua arrecadação e quase alcançou o teto de R$ 4,52 milhões estabelecido para o município. Desde que se filiou ao Podemos, em fevereiro, ele está comprometido a apoiar Dias no Estado e a atrair outros prefeitos para o partido.

Pré-candidato à Presidência pelo Podemos, o senador Álvaro Dias defendeu nesta quinta-feira, 22, a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Sou favorável ao estado de direito democrático, se é para valer a legislação, tem de ser cumprida; e, se a legislação é cumprida, você sabe qual é o destino: condenação em segunda instância é prisão, condenação de pleno em tribunal é inelegibilidade. Então, não tenho o que dizer, quem diz é a lei", afirmou ele, que se encontrou com empresários em Curitiba (PR).

Questionado se, com uma possível saída de Lula do páreo eleitoral, ele poderia buscar os eleitores do ex-presidente, Dias respondeu que "não temos de ir atrás desse ou daquele eleitor, mas colocar a proposta de ruptura com esse sistema, corrupto e incompetente".

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Presente ao evento em Curitiba, a presidente nacional do partido, deputada Renata Abreu (SP), disse que o pré-candidato do partido ao Senado por São Paulo deverá ser Mario Covas Neto, que deixou o PSDB em fevereiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pré-candidato do Podemos à Presidência, o senador Alvaro Dias (PR) possui mais de quatro décadas de vida pública, mas tem dito ser uma alternativa para "romper com o sistema político vigente". Em pesquisas recentes de intenção de voto, aparece com 6% no melhor dos cenários.

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, ele afirma se encaixar no perfil esperado pela população: um nome com "experiência na gestão pública e que tem passado limpo". O senador chegou a ser citado na delação da Odebrecht, mas a denúncia foi arquivada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin. O caso, segundo o relator da Lava Jato, se tratava de suspeitas já prescritas ocorridas no período em que o político era governador do Paraná, entre 1987 e 1991.

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Como pré-candidato, ele diz que vai focar sua campanha no primeiro turno no Sul, Sudeste e Centro-Oeste e disputar o eleitorado com nomes do centro, como o governador tucano Geraldo Alckmin. "Não sou anti-Alckmin, sou antissistema." Alvaro Dias chama de "surreal" eventual candidatura do presidente Michel Temer.

O que o motivou a se lançar como pré-candidato?

O Brasil vive um momento crucial para seu futuro e as pessoas conscientes devem contribuir na política ou fora dela. A participação agora, o protagonismo, é questão de responsabilidade. O País está mergulhado num oceano de dificuldade e a escolha infeliz pode significar a reedição dessa tragédia.

O que seria a escolha infeliz?

Algo que fuja aos pressupostos básicos: experiência administrativa e passado limpo. A escolha adequada é aquela que possibilite uma ruptura com o sistema atual, que fracassou e levou o País ao caos administrativo. O Estado brasileiro cresceu exageradamente, empobreceu como gestão, porque os partidos passaram a indicar com objetivos escusos, sem critérios de competência, probidade, e se estabeleceu relação de promiscuidade entre os poderes. O Brasil ficou desarrumado e a necessidade de arrumação passa pela refundação da República.

A revista Veja traz informação de que a Polícia Federal obteve cópia de e-mail do empresário Samir Assad para a Odebrecht no qual este afirma que o senhor pediu R$ 5 milhões para não levar adiante a CPI que apurava as atividades do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em 2012. O que o senhor diz sobre essa acusação?

É uma armação descabida porque, para quem acompanhou o meu desempenho nessa CPI, isso soa como uma vingança. Porque na verdade fui eu que criei os problemas todos, encaminhei para a PF, inclusive, um relatório bastante robusto mostrando os caminhos das pedras, de onde saiu o dinheiro, para onde ia, as empresas laranjas, que eram criadas inclusive por esse cidadão, que não me lembro de ter visto. Teve uma matéria da Veja anterior à CPI em que interpelei judicialmente o (empresário Fernando) Cavendish (ex-dono da Delta Construções) porque ele disse de forma totalmente irresponsável que ele comprava senadores e eu pedi que ele dissesse quem eram os senadores.

Por que o senhor poderia representar um ruptura do sistema?

Sempre fui contestador da chamada velha política. Por isso, quase sempre fiquei desconfortável no ambiente partidário, razão das várias mudanças de siglas. Digo que nunca mudei de partido, e sim de sigla, porque partidos não temos, e mudei de sigla à procura de um partido que não encontrei até hoje. Agora me encontro num movimento. Mudei de sigla para não barganhar meus princípios. Em 2010, imaginei que alguém propusesse ruptura; em 2014, também, mas não aconteceu, então me senti no dever de fazer isso.

De que forma isso seria feito?

Nossa proposta é de substituição desse sistema com todas as consequências, redução do tamanho do Estado, do Legislativo e eliminação de privilégios. Também defendo reformas essenciais: a reforma política, do Estado, federativa, tributária e previdenciária. Elas devem estar colocadas para debate e deliberação nos primeiros 100 dias de governo, porque assim você traz o calor das urnas.

Mesmo no PSDB, durante boa parte da gestão do governo FHC o senhor atuou como oposição.

Na verdade, durante os 42 anos de mandato que já exerci só fui governo quando governei o Paraná, obviamente, e depois sete meses no segundo mandato do FHC. De resto, fui oposição justamente por não compactuar com o modelo da barganha permanente. Quando Lula se elegeu, eu estava no PDT, tinha deixado o PSDB em razão de uma trombada com o partido, porque participei de um movimento que pretendia instalar CPI para investigar corrupção, e isso não foi absorvido pelo partido. Acabei indo para o PDT, e assim que Lula se elegeu e o PDT foi para o governo, eu me retirei. É um comportamento bem diferente da maioria dos políticos brasileiros, cuja cultura é do fisiologismo. Nós vemos os políticos sempre como manadas de elefantes correndo para a sombra do poder. Por isso, me sinto autorizado a propor essa ruptura.

E mesmo tendo essa trajetória na política passando por partidos tradicionais, o senhor acha que pode ser visto como alternativa a esse modelo?

A sociedade não está buscando o candidato alternativo, mas o modelo alternativo, e quer identificar quem tem mais condições de dar sustentação ao modelo novo. Creio que a experiência administrativa será da maior valia para o sucesso dessa empreitada.

Como é ser oposição atualmente ao governo Temer? Com o cenário embaralhado é mais difícil?

Sim, é uma postura de complexidade porque, como nós defendemos o impeachment da ex-presidente Dilma (Rousseff), há aqueles que admitem responsabilidade em relação ao sucessor. Eu defendia o impeachment completo, foi a gota d'água, inclusive que transbordou e fez com que eu deixasse o PSDB (pela segunda vez), que tinha posicionamento de aliança com o MDB. Eu advogava pelo impeachment também do presidente (Temer). Por isso, vejo o atual governo como o mesmo governo, o mesmo conjunto de agentes públicos administrando o País, que foram sócios da tragédia.

O senhor acredita na candidatura do presidente Michel Temer?

Seria surreal uma candidatura do presidente Temer com a rejeição. Eu não creio. Acho que é apenas uma encenação, obra do marketing oficial para garantir sobrevivência até o final do mandato.

Em relação aos outros candidatos, o senhor acha que tende para uma radicalização?

A bipolarização fica para o segundo turno. No primeiro turno teremos a pulverização, o debate de ideias. A disputa da extrema esquerda com a extrema direita se esgotou. Os brasileiros exigem dose mais forte de pragmatismo em vez dessa discussão esquizofrênica entre extrema esquerda e extrema direita. Que briguem os extremados, mas a maioria dos brasileiros deseja equilíbrio.

Acha que Geraldo Alckmin pode crescer nas pesquisas mesmo após escândalos de corrupção envolvendo o PSDB?

É essencial a substituição desse sistema. Não se trata de condenar pessoas, mas de substituir um sistema que fracassou, que empurrou o País para essa tragédia. Não é só o caso do Alckmin. Esse sistema foi implantado em Brasília e foi clonado e transplantado para Estados e municípios de um modo geral. Não sou anti-Alckmin, sou antissistema.

Sem Lula, como o sr. vê a esquerda?

A esquerda ficou abalada, vai ter de procurar um plano B. A esquerda inicia o processo fragilizada, acredito que haverá uma pulverização e esses votos poderão migrar para outras candidaturas.

Como viabilizar a candidatura em um partido de menor expressão como o Podemos?

Acho que a imprensa vai oferecer espaço para o debate e nós teremos oportunidade de compensar eventual desigualdade de tempo no horário gratuito da TV e do rádio. Não podemos comprometer nossa proposta com essa ambição de tempo maior para apresentação da mensagem na campanha. Podemos fazer aliança desde que não desvirtue nossa proposta, não traga incoerência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Integrante da base aliada do presidente Michel Temer, o PRB negocia apoio à candidatura do senador Álvaro Dias (Podemos-PR) à Presidência. Para atrair a aliança, o partido de Dias ofereceu ao PRB o direito de indicar o candidato a vice na chapa.

A coligação, se confirmada, trará mais tempo de TV para o presidenciável, que, embora em um partido menor, tem apresentado melhor desempenho nas pesquisas de intenção de voto do que outros nomes cotados para a disputa, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD). No melhor dos cenários, Dias aparece em 5.º lugar, com 5% das intenções de voto, segundo o mais recente levantamento do Datafolha, divulgado em 31 de janeiro.

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A aliança também aproximará Dias dos evangélicos, segmento que representa 22,2% da população brasileira, segundo o censo do IBGE de 2010. O PRB é próximo da Igreja Universal do Reino de Deus, que tem o quarto maior número de fiéis no Brasil, com 1,8 milhão de membros. Integrantes da cúpula da igreja comandam o partido - o presidente da sigla, o ex-ministro Marcos Pereira, por exemplo, é bispo licenciado. Além disso, a Universal é dona da TV Record e de várias afiliadas da emissora nos Estados.

A aliança, no entanto, pode levar o PRB a perder o comando do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, que ocupa desde o início do governo Temer. Isso porque, como mostrou o Estadão/Broadcast, o presidente definiu que os partidos só poderão indicar substitutos de ministros que sairão em março para disputar as eleições caso apoiem o projeto eleitoral do Palácio do Planalto. Por Dias atuar como oposição, um apoio à candidatura dele nunca foi considerado por Temer.

Aval

A negociação para o PRB apoiar o senador está sendo feita por Pereira com a presidente do Podemos, a deputada federal Renata Abreu (Podemos-SP). Com aval de Pereira, o marqueteiro Ricardo Bergamo, que trabalha para o PRB, já atua na pré-campanha de Dias.

O próprio presidenciável também já se reuniu com o presidente do PRB para tratar do assunto e está entusiasmado com a possível aliança. De acordo com integrantes da cúpula do Podemos, na última conversa que os dois tiveram, ficou definido que Pereira iria consultar lideranças da legenda antes de tomar uma decisão final. O senador e o dirigente marcaram de se reunir nas próximas semanas e acertaram fazer um anúncio conjunto da aliança, caso ela seja firmada.

"Estamos ainda conversando, mas não há ainda uma definição da coligação, até em respeito ao PRB temos que agir com a necessária prudência, porque, se eventualmente essa coligação for definida, faremos um anúncio conjunto", afirmou Dias ao Estadão/Broadcast. O senador paranaense disse, porém, que ainda não há negociação sobre a vaga de candidato a vice-presidente, embora integrantes da direção do Podemos confirmem a oferta ao PRB.

Tempo de TV

Além de pontuar mais do que adversários de partidos maiores nas pesquisas, dirigentes da sigla citam o índice de rejeição de Dias para apontar potencial de crescimento da candidatura. Segundo o Datafolha, ele é rejeitado por 13% dos entrevistados, a mais baixa entre os atuais pré-candidatos. Nesse cenário, o Podemos avalia que seu presidenciável precisa de mais tempo de TV para se tornar conhecido e se tornar mais competitivo na disputa.

Sozinho, o Podemos tem 12 segundos na propaganda, enquanto o PRB traz cerca de 27 segundos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ano de 2018 será decisivo para a política brasileira, isto porque no dia 7 de outubro está marcada a primeira eleição presidencial depois da crise que atingiu o setor nos últimos anos, com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e os escândalos de corrupção investigados pela Lava Jato. Apesar de pré-candidaturas já postas, o cenário para a disputa ainda é de incertezas e isso deve acalorar ainda mais o debate até meados de julho, quando acontecem as convenções partidárias.   

Dos mais populares aos menos conhecidos, já existem oficialmente nove nomes postos para concorrer ao pleito. São eles: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), o senador Álvaro Dias (Podemos), o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), a ex-senadora Marina Silva (Rede Sustentabilidade), a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), o empresário João Almoêdo (Novo) e o presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro (PSC). Além deles, o PSOL também deve se incluir na disputa.  

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Apesar de despontar em primeiro lugar nas pesquisas de intenções de votos, Lula pode ser impedido de postular o comando do Palácio do Planalto por questões judiciais. O líder-mor petista foi condenado a cumprir 9 anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção em um dos processos em que é réu na Lava Jato, mas aguarda a decisão da segunda instância, que já tem o julgamento marcado para o dia 24 de janeiro. Caso a sentença seja corroborada ele não poderá concorrer ao pleito e corre o risco, inclusive, de ser preso.

Quem aparece também se destacando nos levantamentos é Jair Bolsonaro. No âmbito mais conservador e com teses que causam polêmicas, ele vem se consolidando como o preferido pelos eleitores depois de Lula, variando entre 18% e 30% das intenções. Bolsonaro já anunciou que deixará o PSC e seguirá para o Patriota visando a disputa, mas ainda não tem uma base de políticos detentores de mandatos para endossar o seu palanque.

Do outro lado, o PSDB tenta se restabelecer de uma crise interna também provocada por denúncias de corrupção que desencadeou no desgaste do nome do senador Aécio Neves (MG) do cenário, até então considerado candidato natural, e no fortalecimento de Geraldo Alckmin, que assumiu recentemente a direção nacional tucana e deve ser o escolhido pelo partido.

Avaliação do cenário

Com tantos presidenciáveis, sob a ótica do cientista político Elton Gomes, a probabilidade é de que esta seja a disputa mais fragmentada dos últimos anos. “Corremos o risco de ter uma eleição mais fragmentada desde a que elegeu Fernando Collor. Serão vários candidatos dividindo a atenção do público e isso exigirá mais dos postulantes”, observou.

Fazendo um panorama dos principais pré-candidatos, o estudioso disse que “a tendência é que Lula seja condenado, fique fora das eleições e fora da prisão”. “Pelo Estatuto do Idoso e outras normas em vigor, nas eleições ele estaria em liberdade e rodando o país. Agora, claro, se ele puder concorrer é um candidato fortíssimo, porém é importante dizer que o Lula de hoje não é o mesmo de 2002”, ressaltou.

Já Bolsonaro, o cientista classificou como um “candidato performático no ponto de vista da popularidade” e que “vem surfando e tomando um volume nesta onda neoconservadora que atinge o país”.  “Ele cresce a partir da crise de representatividade que atingiu PT, PMDB e PSDB. Reaviva o sentimento nacionalista e defende soluções de forças no âmbito da segurança pública. Entretanto, Bolsonaro não tem aquilo que elege um presidente que são alianças, o apoio de governadores e prefeitos importantes, chamados de puxadores de votos”, cravou.

O candidato de Temer

Além dos nove pré-candidatos já mencionados, também existe a expectativa de que o governo, ou seja, o presidente Michel Temer (PMDB) lance um nome para o pleito. Quer seja do próprio PMDB ou não, o político que tiver o apoio do peemedebista terá o peso das reformas trabalhista e da Previdência como um ponto negativo, mas a depender da melhora da economia pode ganhar fôlego. 

Nos bastidores, comenta-se que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), estuda a possibilidade de participar da disputa com o apoio do PMDB. Ele, inclusive, protagonizou a última inserção partidária do PSD, apresentando as chamadas “soluções econômicas” adotadas pela pasta que comanda visando amenizar os efeitos da crise.  

“Esta quase certo que o governo lançará um candidato próprio, provavelmente deverá ser o ministro da Fazenda Henrique Meirelles. Vai ter a máquina e se a economia melhorar pode crescer nas pesquisas e até, quem sabe, surpreender”, observou Elton Gomes. 

Caso o nome venha do seio peemedebista, será a primeira vez que o partido participará efetivamente da eleição desde 1994. “Se isso acontecer traria um componente interessante ao pleito, pois o PMDB teve um papel decisivo nas últimas eleições. Fora do jogo de alianças, concorrendo com um candidato próprio, deixa as máquinas eleitorais do PT e PSDB por sua própria conta pela primeira vez em mais de 20 anos”, declarou o cientista.

O PSD, entretanto, não é o único que pleiteia o apoio da legenda que comanda o país atualmente. O DEM vem apresentando a possibilidade de concorrer ao cargo com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ). Para consolidar o nome, os democratas também anseiam o apoio do PMDB de Temer.

O foco do eleitor na escolha do candidato

O combate à corrupção, o aumento de investimentos na segurança pública e a melhora da economia devem pautar a disputa eleitoral de 2018 e pesar durante a escolha dos eleitores. Na projeção do cientista Elton Gomes, no tocante da corrupção, por exemplo, esta será a “primeira vez que haverá medições como ‘seu candidato roubou mais que o meu, foi arrolado na Lava Jato ou não, é réu de algum processo’”. Ele também acredita que por vivermos em “um ambiente de guerra, sem estar em guerra” a segurança pública será bastante reforçada pelos eleitores.

O senador Álvaro Dias (Pode) pregou, nesta segunda-feira (4), a ruptura do atual sistema que rege a política nacional. Para uma plateia de advogados e ativistas de movimentos políticos pernambucanos, durante um debate no Recife, o pré-candidato a presidente argumentou que “a corrupção lamentavelmente tomou conta do país de forma ampla e sistêmica” e, por isso, é necessário combater o modelo de política que rege o Palácio do Planalto.  

“Nossa principal obrigação é substituir esse sistema que se tornou a fábrica de corrupção e passou [a corrupção] de Brasília para estados e municípios. A corrupção lamentavelmente tomou conta do país de forma ampla e sistêmica. É a causa maior da tragédia que estamos vivendo. Esse sistema é que promoveu o avanço da dívida pública do país”, cravou, dizendo que pediu ao Tribunal de Contas da União uma auditoria sobre o assunto. 

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“Não é demagogicamente que se afirma que aqueles que assaltaram os cofres públicos do país são ladrões e assassinos, pois há os que morrem em consequência da falta do que eles roubaram, seja nos hospitais, nas ruas, por falta de saneamento básico, nas terras semiáridas. O Brasil é um oceano de mazelas”, completou. 

Segundo Álvaro, o seu discurso de “ruptura do sistema” é de coerência. “Não estamos pregando no deserto, porque antes praticamos. Sabiamente a pesquisa Datafolha diz que a população exige experiência administrativa e passado limpo [para os candidatos de 2018]. A população quer uma nova gestão e prática política, não alguém que nunca combateu esse modelo e agora se mostra como tal”, observou e, mesmo dizendo que não faria críticas aos adversários, disparou: “Tem gente que aparece agora com uma valentia incrível, aí você vai no Youtube e não encontra nenhum vídeo dele combatendo a corrupção nos governos Lula e Dilma, mas é o combatente da hora. Agora que o país inteiro está combatendo a corrupção”. Deixando a entender que falava do também presidenciável, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).  

Para o senador, “é possível fazer o presidencialismo sem instalar o balcão de negócios”. “Se nós conseguirmos convencer as pessoas que as mudanças são a favor delas, certamente teremos o apoio do Congresso. É possível contemplar os congressistas sem instalar o balcão de negócios”, salientou.

Sob a ótica dele, uma gestão assim terá êxito nas grandes reformas que o país necessita. “Não ocorre agora, com um governo mergulhado em corrupção. Obviamente não é nesse cenário que vamos fazer a reforma tributária, da previdência, trabalhista. Elas são essenciais para o país, mas com um governo que virou uma quadrilha, não. Há de se eleger alguém que tenha coragem para essas reformas”, ponderou.

Propostas de governo

Durante o debate sobre “as perspectivas e desafios do Brasil e da região Nordeste a partir de 2018”, promovido pelo Movimento Ética e Democracia, Álvaro Dias disse que está começando a organizar sua plataforma de propostas e pontuou a abertura para ideias. 

“Vamos buscar as boas ideias da direita que são muitas, vamos buscar as boas ideias da esquerda. Não é possível que eles se consideram proprietários das ideias. Quem não deseja uma boa distribuição de renda no país, combater as desigualdades sociais, quem não entende que é preciso combater os problemas complementares da renda nacional, que é a sobrevivência das pessoas até que elas possam exercer a cidadania”, salientou, reforçando que “temos que buscar ideias e trabalhar a coesão que dê rumo ao Brasil”. 

Pré-candidato à Presidência da República em 2018, o senador Álvaro Dias (Podemos) afirmou, nesta segunda-feira (4), que a população está "dizendo não" aos partidos tradicionais que, segundo ele, já foram chamados de organização criminosa, como o PT e o PMDB. Em entrevista ao LeiaJá, antes de um debate com o Movimento Democracia e Ética no Recife, o parlamentar também pontuou que na próxima eleição é necessário acabar com a "dicotomia extrema-direita e extrema-esquerda" instalada no país. 

Álvaro Dias aparece variando entre 3% e 6% nas pesquisas de intenções de votos. Indagado sobre como avaliava os pré-candidatos que lideram a preferência para a disputa - o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) - , ele se negou, mas disse que haverá oportunidades durante os debates eleitorais.

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"Minha formação impede que eu atire pelas costas, agora não podemos viver com esta dicotomia extrema-direita e extrema-esquerda. Isso incendeia e não resolve nem constrói o futuro do país. Esse não é o rumo. O Brasil precisar somar e isso não é coesão. Temos que trabalhar contra a dicotomia", frisou. "Brota no inconsciente coletivo um movimento que pode se tornar avassalador. As pessoas querem a solução dos problemas, não este confronto utópico. É uma geleia geral que se estabelece", completou o senador. 

Para Álvaro, "se eles ganharem vai ser a reedição do que vimos em 2014". Ainda sobre as intenções de votos, o senador disse que o que importa é o índice de rejeição. "As manchetes deveriam ser Lula e Bolsonaro estão inviabilizados de ser eleitos. Porque eles têm uma rejeição grande. O voto será construído no caminho da campanha eleitoral", salientou.

Com a exposição dos argumentos, ele foi questionado se concordava com a tese da também pré-candidata Marina Silva (Rede), de um período sabático para o PT, PMDB e PSDB a partir de 2018; o parlamentar destacou que "quem está dizendo isso é a população pelo histórico dos partidos, alguns deles chamados de organização criminosa". 

O senador está na capital pernambucana desde o último domingo (3), quando visitou o Morro da Conceição, almoçou com lideranças políticas como o ex-governador João Lyra Neto (PSDB), o presidente do Podemos no Estado, o deputado federal Ricardo Teobaldo, e o advogado Antônio Campos.

O senador Álvaro Dias (Pode) vem ao Recife para participar de um debate, na próxima segunda-feira (4), sobre “as perspectivas e desafios do Brasil e da região Nordeste a partir de 2018”. O evento, que será às 9h no auditório da Livraria Cultura do Paço Alfândega, é organizado pelo Movimento Ética e Democracia composto por juristas, professores, economistas e estudantes.

O parlamentar é pré-candidato à Presidência da República e desembarca na capital pernambucana neste domingo (3). De acordo com o presidente estadual do Podemos, o deputado federal Ricardo Teobaldo, amanhã Álvaro Dias vai almoçar com aliados e membros do partido, depois visitará o Morro da Conceição, que está em festa homenageando a santa padroeira Nossa Senhora da Conceição, e participa do jogo entre Sport x Corinthians, às 16h, na Ilha do Retiro, no bairro homônimo. 

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Teobaldo também afirmou que a visita não é uma atividade de campanha. O Podemos acredita que Álvaro Dias é o nome ideal para “unir o Brasil” em 2018. “Ele vem justamente com o nosso anseio de experiência administrativa e um passado político limpo, não acreditamos que é negando a política que vai mudar o Brasil, nem com outsiders ou aventureiro”, cravou a presidente nacional da legenda, deputada federal Renata Abreu (SP), em entrevista recente ao LeiaJá

O argumento de que a política brasileira precisa de renovação tem norteado algumas reformulações partidárias, como aconteceu com o Partido Trabalhista Nacional (PTN) que agora é o Podemos (Pode). A mudança, de acordo com a presidente nacional e deputada federal Renata Abreu (SP), foi fruto de um estudo de cerca de dois anos que constatou a necessidade de “devolver a população o que é dela: o poder”.

“Você tem uma crise de representação e as novas tecnologias permitem uma participação cada vez mais ativa da população. O Podemos acredita que a democracia do futuro é representativa e com a prática direta dela, no mundo inteiro partidos com esta bandeira e o Podemos nasce com o objetivo de devolver a população o que é dela: o poder”, frisou Renata Abreu ao LeiaJá. 

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Segundo Renata, isso vai ser a base da participação da legenda nas eleições em 2018 quando disputará o comando da Presidência da República. “O Podemos quer apresentar alternativas para o Brasil. Temos uma candidatura própria, a do senador Álvaro Dias, que vem justamente com o nosso anseio de experiência administrativa e um passado político limpo, não acreditamos que é negando a política que vai mudar o Brasil, nem com outsiders ou aventureiro”, cravou a presidente nacional. 

“Precisamos de pessoas com experiência para conduzir uma nação tão complexa e que una este país. Essa polarização tem gerado tanto desgaste, fica uma guerra e o país não cresce. A polarização e os radicais podem ser prejudiciais para o Brasil”, acrescentou.

Para a deputada, “2018 tem que ser o ano da mudança”. “Não existe mudança sem a participação ativa dos eleitores, tomando cuidado, claro, com o radicalismo, a incoerência de muitos e os outsiders. Sabemos da dificuldade que será, mas estaremos na disputa”, declarou.  

Já sobre a construção de alianças que endossem a candidatura de Álvaro Dias, a dirigente adiantou que não pretendem fazer grandes acordos partidários. “Muitos dos problemas que temos hoje no país são frutos das grandes alianças”, disse, pontuando que já travou conversas com PRB, Rede Sustentabilidade, PSB, PRP, PHS e PTC. 

Além da corrida pelo Palácio do Planalto, o Podemos pretende ainda conquistar uma bancada na Câmara Federal com, no mínimo, 30 deputados. Atualmente eles têm 18 parlamentares na Casa e três senadores.  

“Sonhamos em resgatar a esperança dos brasileiros a partir do momento em que ele é chamado a participar do momento democrático. O Podemos é o único partido que a população pode propor um projeto e com 20 mil apoios os nossos parlamentares são obrigados a apresenta-lo no Congresso. Meu voto, por exemplo, na denúncia contra o presidente Michel Temer foi fruto de uma consulta feita pelo Facebook”, afirmou. 

Planos para Pernambuco

O aumento da bancada nas Casas Legislativas também faz parte dos planos do partido para Pernambuco, que tem um deputado federal - Ricardo Teobaldo, também presidente da legenda no estado, e o deputado estadual Joel da Harpa. De acordo com Renata Abreu, um dos principais objetivos para o estado é conseguir lançar um candidato a senador. 

De acordo com Ricardo Teobaldo, o Podemos marchará no campo de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) em 2018 e como alternativa para a postulação ao Senado eles estão apresentando o nome do advogado Antônio Campos, irmão do ex-governador Eduardo Campos

Ele tem o aval da presidente e do senador Álvaro Dias. A participação na majoritária também visa garantir um palanque pernambucano para Dias. O pré-candidato, inclusive, deve desembarcar no Recife para um evento articulado pelo partido no próximo dia 4. Na ocasião, ele pretende apresentar as principais diretrizes da sua candidatura. 

A vaga do Podemos na chapa, entretanto, vai depender de outras definições, entre elas, se a oposição terá múltiplas candidaturas ao governo estadual ou não. A tendência é de que hajam três palanques distintos, um deles capitaneado pelo senador Armando Monteiro (PTB). Caso isso aconteça, o partido tem mais possibilidades de emplacar a candidatura de Antônio.

“Estamos discutindo com o grupo e oposição. Somos oposição em Pernambuco. Tem algumas candidaturas, mas vamos para o entendimento, a conversa. Entre elas defendemos para essa união o nome do senador Armando. Com uma, duas ou mais candidaturas defendemos a liderança de Armando”, salientou Ricardo Teobaldo.

O advogado Antônio Campos afirmou ter recebido o aval da direção nacional do Podemos para articular e lançar uma candidatura solo ao Senado em 2018, garantindo um palanque em Pernambuco para o senador Álvaro Dias, pré-candidato à presidência pela legenda. No próximo pleito, o Estado tem duas vagas disponíveis na Casa Alta.

Segundo Campos, a sua atuação será no campo de oposição à Frente Popular de Pernambuco e em constante diálogo com o chamado G4, composto pelos senadores Armando Monteiro (PTB), Fernando Bezerra Coelho (PMDB) e os ministros da Educação, Mendonça Filho (DEM), e das Cidades, Bruno Araújo (PSDB).  

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“Inicialmente, como quadro é complexo em Pernambuco, irei fazer uma articulação para campanha solo a senador e vamos dialogando com o G4. Em março decidiremos quem apoiaremos para governador. Há um diálogo mais próximo com Armando Monteiro”, detalhou. Armando é considerado candidato natural ao governo, já quem em 2014 ele esteve na disputa e foi derrotado pelo governador Paulo Câmara (PSB), mas ainda há dúvidas sobre a postulação do petebista. O PTB e o Podemos, antigo PTN, são aliados no Estado.  

Antônio Campos também informou que está sendo criada uma comissão de pré-campanha para Álvaro Dias no Nordeste e em outubro o senador deve vir a Pernambuco. “Faço parte da comissão de Álvaro Dias no Nordeste e irei fazer a agenda dele em Pernambuco. Em meados de outubro estará vindo ao estado. Ele deve ir ao São Francisco, além de fazer visitas estratégias no Recife”, disse.

 

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) cumpre agenda, nesta sexta-feira (31), em Afogados da Ingazeira e Arcoverde, no Sertão do estado. Nessa quinta-feira (30), primeiro dia de atividades do “Pernambuco de Verdade”, o colegiado vistoriou obras e equipamentos públicos em Serra Talhada. No local, o grupo também realizou uma plenária para ouvir lideranças políticas e a população. Sob a ótica da bancada, a cidade está  "abandonada pelo governo estadual". 

As atividades foram comandadas pelo deputado Augusto César (PTB), que tem base política na cidade. O líder da bancada, Silvio Costa Filho (PRB) e os deputados Júlio Cavalcanti (PTB), Socorro Pimentel (PSL), Priscila Krause (DEM), Ossesio Silva (PRB) participaram das vistorias e da plenária. A agenda também contou com a participação do deputado Álvaro Porto que apesar de ser de um partido governista, o PSD, tem apresentado uma postura crítica à gestão de Paulo Câmara (PSB). 

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De acordo com a oposição, entre os principais problemas identificados estão “a paralisação de obras como a sede do Corpo de Bombeiros, anunciada em 2010; as intervenções construção de 300 unidades habitacionais, integrada ao saneamento básico e esgotamento sanitário do bairro Mutirão, iniciada pela Cehab e paralisada há nove anos, e a faculdade de medicina da UPE, que se arrasta desde de 2014”. Também foram identificadas “promessas que sequer começaram a sair do papel”, como a duplicação da BR-232 de São Caetano até Cruzeiro do Nordeste; o distrito industrial de Serra Talhada e a unidade do IML do município. 

“O volume de problemas que encontramos mostra o quanto o Pernambuco de verdade, o da vida real das pessoas, é diferente do que o Governo do Estado mostra na sua propaganda oficial. O que se vê é um Governo que não consegue dar continuidade aos projetos que foram iniciados, enquanto as principais conquistas da população estão ficando para trás”, avaliou Silvio Costa Filho.

Além de obras, os parlamentares também inspecionaram equipamentos públicos, como o Hospital Regional Agamenon Magalhães, responsável pelo atendimento da população de Serra e mais 14 municípios do Sertão do Pajeú. “A infraestrutura do prédio é até boa, mas faltam equipamentos, além da escassez de medicamentos, insumos básicos e profissionais para a população”, avaliou a deputada Socorro Pimentel.

Silvio destacou ainda a subutilização da UPAE do Estado na cidade, que funciona com apenas 35% da sua capacidade. “Segundo a prefeitura, a falta de profissionais no Hospital Agamenon Magalhães, de leitos de UTI e a subutilização da UPAE terminam sobrecarregado a rede municipal de saúde”, relatou.

O deputado Álvaro Porto também reforçou as deficiências da saúde, também verificadas em Serra Talhada e em todo Sertão do Pajeú e as distorções causadas pelo modelo gerido por organizações sociais (OSs). “Apenas em 2015, o Governo gastou com OSs e subvenções cerca de R$ 1 bilhão sem que esses recursos significassem a otimização dos serviços prestados à população. Diferente do Governo, que diz está satisfeito com o modelo, a população não está nada satisfeita com o atendimento recebido na rede estadual de saúde”, criticou.

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