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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) resolveu nesta segunda-feira atender a recurso da Copel Distribuidora e suspendeu a aplicação do reajuste tarifário anual da companhia. Na semana passada, a diretoria da Aneel havia aprovado o aumento médio de 13,44% para os consumidores. Para baixa-tensão, o reajuste médio foi de 14,42%. Para alta-tensão, o aumento médio foi de 14,86%. As novas tarifas entrariam em vigor nesta segunda-feira.

A decisão da Aneel foi publicada no "Diário Oficial" da União (DOU) desta segunda e suspende os efeitos das resoluções homologatórias 1.541 e 1.542, de quinta-feira, 20, que definiram os reajustes da Copel Distribuidora. Em comunicado feito mais cedo ao mercado pela Copel, a empresa afirmou que pediu a suspensão do reajuste à agência e que conclui as análises internas para identificar a melhor forma de aplicação do adiamento, de modo "que não traga prejuízo à saúde financeira da companhia. A Copel anunciou ainda que apresentará, "oportunamente, à Aneel o pleito definitivo relativo ao diferimento". A distribuidora atende 4,1 milhões de unidades consumidoras, em 393 cidades do Paraná.

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O deputado federal e presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara, Eduardo da Fonte (PP-PE), encaminhou ao Procurador-Geral da República Roberto Gurgel representação pela apuração de responsabilidade civil e criminal da diretoria da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O progressista criticou a companhia e avaliou como um dos piores serviços do Brasil.

De acordo com o parlamentar, a concessionária de energia age de forma omissa na manutenção da rede elétrica em Pernambuco, o que resultou na morte de 32 pessoas por choque elétrico entre os anos de 2012 e 2013. Recentemente, um advogado morreu na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife, por tocar num fio de rede elétrica solto.

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Já sobre a ANEEL, Eduardo da Fonte afirmou que a agência não cumpriu com o seu dever de fiscalizar a qualidade dos serviços prestados pela distribuidora. O deputado encaminhou ainda à agência reguladora representação para que seja cassado o contrato de concessão da Celpe.

O progressista alega o descumprimento de vários dispositivos legais pela empresa, que não presta um serviço adequado com condições de regularidade, continuidade, eficiência e segurança, como determina a Lei das Concessões. “A Celpe sempre prestou um dos piores serviços do País. Nos últimos anos, ela conseguiu piorar o que já era ruim e, agora, contribui de forma irresponsável e criminosa para a morte de 32 pessoas”, criticou o parlamentar.

O Ministério de Minas e Energia divulgou, nesta segunda-feira, 17, por meio de portaria, a sistemática que será adotada para a realização do Leilão de Compra de Energia Elétrica Proveniente de Novos Empreendimentos de Geração de 2013, denominado Leilão A-5. O certame ocorrerá em 29 de agosto deste ano, sob a coordenação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O Leilão A-5 de 2013 fará contratações para início do suprimento de energia elétrica em 1º de janeiro de 2018. Pela concorrência, serão negociados Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEAR) em duas modalidades: por disponibilidade e por quantidade.

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De acordo com as regras publicadas, a Aneel deverá publicar no edital do leilão detalhamento de sua sistemática prevendo também, além das duas modalidades de suprimento, a comercialização de energia elétrica proveniente de empreendimentos a biomassa, a gás natural, a carvão e a empreendimentos hidrelétricos. Ainda deve constar do detalhamento a negociação de, no mínimo, 70% da garantia física do empreendimento para a modalidade disponibilidade. A íntegra da portaria com a sistemática do leilão está publicada no Diário Oficial da União (DOU) segunda-feira, 17.

O Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas recomendou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anule o edital de licitação para a construção de linha de transmissão a ser instalada entre Manaus e Boa Vista, com extensão aproximada de 315 quilômetros. O traçado do empreendimento, de acordo com o projeto, cortará a Terra Indígena Waimiri Atroari e o processo licitatório foi iniciado sem a realização de consulta prévia ao povo local, segundo o MPF.

O leilão foi realizado em setembro de 2011, tendo como vencedor do lote A (interligação Manaus-Boa Vista) o Consórcio Boa Vista, composto pelas empresas Eletronorte (49%) e Alupar Investimento (51%). Para esse lote, o Consórcio Boa Vista ofereceu o lance de R$ 121 milhões. A recomendação do MPF foi encaminhada também ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que anule o processo de licenciamento ambiental da construção e suspenda qualquer atividade até que o edital seja invalidado. Conforme o Ministério Público, os dois órgãos têm 20 dias, a partir da data de recebimento, para informar à Procuradoria-Geral da República (PGR) no Amazonas sobre o acatamento da recomendação, encaminhando comprovação do cumprimento das medidas indicadas no documento.

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Investigação do MPF-AM em inquérito civil público aponta que a trajetória da linha de transmissão teria sido definida sem consulta prévia ao povo indígena waimiri atroari e sem a realização de estudos técnicos que indicassem in loco e de forma fundamentada todas as alternativas possíveis para locação do empreendimento.

Na recomendação, o MPF-AM ainda aponta que o traçado indicado para a construção da linha, além de atravessar 123 quilômetros na terra indígena, passa também em área próxima de lugar habitado pelo povo indígena isolado pirititi. "A ausência de consulta prévia aos povos indígenas e populações tradicionais afetados, direta ou indiretamente, por empreendimentos ou atividades potencialmente degradantes macula o processo de licenciamento ambiental e vicia todos os atos administrativos correlacionados, impondo-se a anulação destes", afirma, em nota, o procurador da República Júlio José Araújo Júnior.

De acordo com o Ministério Público, os estudos de impacto ambiental relacionados à adoção da linha de transmissão foram realizados em dezembro de 2011, data posterior à realização do leilão que definiu as empresas responsáveis pelo empreendimento. Na análise do MPF, o licenciamento ambiental é irregular e não pode ser validado com a realização da consulta na fase atual do empreendimento - é necessária a anulação do consentimento. (Colaborou Wellington Bahnemann)

Os empreendedores interessados em propor a inclusão de projetos de geração no Leilão de Energia de Reserva que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promoverá no dia 23 de agosto deste ano têm agora até o dia 6 de junho para requerer o Cadastramento e a Habilitação Técnica dos projetos à Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A prorrogação desse prazo, que terminaria em 27 de maio, está em portaria assinada pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União (DOU).

O pedido de cadastramento e habilitação dos projetos deve ser feito por meio de envio de ficha constante do Sistema de Acompanhamento de Empreendimentos Geradores de Energia (AEGE) da empresa e de outros documentos, conforme orientações disponíveis no site www.epe.gov.br.

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Os contratos decorrentes do Leilão para Contratação de Energia de Reserva de 2013 deverão dar início ao suprimento de energia elétrica a partir de 1º de setembro de 2015. Segundo a portaria que autorizou o leilão, a Aneel irá elaborar os editais dos Contratos de Energia de Reserva (CER) e adotar as medidas necessárias para a realização do certame.

No leilão, serão negociados CER na modalidade por quantidade de energia, com prazo de suprimento de 20 anos, para empreendimentos de geração a partir de fonte eólica. O preço da energia contratada será o valor do lance final do vendedor, expresso em R$/MWh, reajustado anualmente pelo IPCA. Para o resultado final do leilão, será utilizado como critério de classificação o preço do lance, considerando a capacidade de escoamento da Rede Básica e de fronteira.

A Light quer um tratamento diferenciado da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) durante a revisão tarifária deste ano por conta dos investimentos feitos pela concessionária para reduzir o furto de energia na área de concessão. Para isso, buscou apoio até do secretário de Segurança do Estado do Rio, José Mariano Beltrame, que fez uma palestra para diretoria da Aneel mostrando as particularidades da área de concessão da Light, que ainda abriga um grande número de comunidades sob domínio do tráfico e da milícia.

“A Aneel precisa entender a realidade do Rio”, afirmou o presidente da Light, Paulo Roberto Pinto, em evento promovido pela Associação Comercial do Rio de janeiro (ACRJ). Pinto calcula que a Light deixe de arrecadar anualmente cerca de R$ 1,5 bilhão apenas com furto de energia. “Somos um paciente na UTI, não podemos ser tratados como os outros”, completou.

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Ele revelou que, durante a palestra feita por Beltrame, o secretário ressaltou os avanços obtidos pela implementação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em algumas favelas. Entretanto, afirmou, ainda há muito trabalho a fazer para mudar essa realidade. “Esse é um trabalho que demora. Ainda vai levar uns 20 anos”, previu.

No evento, o presidente da Light revelou ainda que a companhia planeja investir um adicional de R$ 525 milhões ao longo dos próximos três anos para atender ao aumento de demanda por energia durante os grandes eventos que o Rio vai sediar até 2016. A cifra engordará o orçamento de R$ 700 milhões já programados para este ano.

Do investimento adicional, R$ 385 milhões serão desembolsados pela própria companhia e serão repassados ao consumidor. Como os investimentos começaram após abril, a quantia não entrará na revisão tarifária deste ano. Os R$ 140 milhões restantes serão arcados pelo governo federal e repassados para a Light por meio de uma conta aberta em nome da prefeitura. De acordo com Pinto, o dinheiro da União será utilizado na construção de subestações para atender regiões que só terão demanda daqui a 10 anos.

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse nesta terça-feira, 7, esperar que o processo de recuperação judicial do Grupo Rede e sua transferência de controle para a Equatorial possa ser concluído o mais rápido possível. "Vamos cobrar uma resposta melhor sobre a qualidade do serviço. Esperamos urgência para a solução dos problemas dessas distribuidoras", afirmou.

As distribuidoras de energia envolvidas no caso já estão sob intervenção da Aneel desde o segundo semestre do ano passado, mas a transferência definitiva do controle para a Equatorial depende da conclusão da recuperação judicial. "A intervenção tem recursos limitados para reverter o quadro em que essas empresas se encontram", completou, referindo-se aos índices de qualidade dessas companhias, que estão muito abaixo das metas estipuladas pelo órgão regulador.

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De acordo com Rufino, caso o processo não seja concluído de forma satisfatória, a Aneel poderá inclusive retomar as concessões. "Se não funcionar, vamos buscar alternativas, que podem ser até mesmo a caducidade dessas concessões", concluiu.

A presidente Dilma Rousseff nomeou, nesta segunda-feira, 06, Romeu Donizete Rufino para exercer o cargo de diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Rufino já exercia o cargo interinamente desde o dia 13 de março deste ano, quando terminou o mandato de Nelson Hübner. O decreto de nomeação publicado no Diário Oficial da União (DOU) informa que o mandato de Rufino no cargo vai até 13 de agosto de 2014.

Foi aprovado na tarde desta terça-feira (23), em audiência pública, o índice final da terceira revisão tarifária periódica da ANEEL, que irá reajustar, a partir da próxima segunda (29), em 0,79% a conta de luz dos pernambucanos. Após o anúncio oficial, o deputado federal e presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara, Eduardo da Fonte (PP-PE), comentou que a redução de 7% para 0,79% foi uma conquista para as pessoas que vivem no estado.

“A ANEEL havia divulgado em audiência pública no mês de março um aumento de 7% para o consumidor residencial. Graças à nossa luta e questionamentos na comissão, a ANEEL voltou atrás e decidiu reajustar em 0,79% a conta de luz. Foi uma conquista. Mas, mesmo assim, irei solicitar uma auditoria ao Tribunal de Contas da União”, alertou o progressista.

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O reajuste de 0,79%, segundo a ANEEL, foi motivado pelo uso, em período de estiagem, das termelétricas. Na audiência, a agência ainda acatou proposta do deputado Eduardo da Fonte de realizar auditoria em relação à qualidade do serviço prestado pela Celpe à população e nos valores que devem ser ressarcidos ao consumidor pela falta de luz. A revisão tarifária da ANEEL ocorre a cada quatro anos.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou nesta terça-feira (23) as novas tarifas de energia para a área de concessão da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) que vão entrar em vigor a partir da próxima segunda-feira (29). O reajuste estabelecido para os consumidores residenciais foi de 0,79%.

O índice médio da revisão foi de 1,32%, sendo o percentual médio de 1,97% para clientes de baixa tensão e variação média de  0,19% para as indústrias e comércio de grande porte.

Com informações da assessoria

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BAHIA -A partir desta segunda-feira (22) os consumidores de energia elétrica da Bahia terão novas reduções nas taxas pagas pelo serviço. As contas da Companhia de Eletricidade da Bahia(Coelba) de consumidores residenciais aos de grande porte serão reduzidas de 9,9% e 4,8 %, respectivamente.

A redução nas tarifas da Coelba foi uma decisão aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). De acordo o site da Aneel, os consumidores residenciais de baixa tensão (B1), terão uma redução de 10,53%. A Revisão Tarifaria Periódica faz parte do contrato de concessão da prestação de serviço da Companhia ao estado e prevê um equilíbrio econômico entre oferta, consumo e demanda. 

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Revisão Tarifária na Bahia

A revisão tarifária da Coelba foi debatida em audiência pública entre 05/02 e 08/03 e contou com uma sessão presencial na cidade de Salvador, no dia 7 de março. Em janeiro deste ano a presidente Dilma Rousself sancionou a Lei 12.783/2012 para redução das tarifas em todo o país. Na Bahia, a primeira redução chegou a 18,96% para residências e 22,56% para o setor da indústira. 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu nesta terça-feira que o chamado "ano-teste" para as bandeiras tarifárias deverá se iniciar em junho, com o dado da situação do custo de geração de energia em todas as contas de luz do País. A partir de 1º de janeiro, os consumidores passarão a pagar mais pela energia sempre que o nível dos reservatórios da região estiver abaixo do considerado ideal.

Quando entrar, de fato, em vigor, em 2014, as bandeiras significarão um acréscimo na cobrança a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Quando os reservatórios estiverem cheios e as condições de geração forem favoráveis, a bandeira para a região ficará verde e não haverá pagamento adicional pelos consumidores.

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Já com a bandeira amarela, cada 100 kWh usados custarão 1,50 real a mais para o usuário. Na bandeira vermelha - situação em que se encontravam todas as regiões do País entre o fim de 2012 e o começo de 2013 -, a cobrança adicional será de 3 reais por 100 kWh. De acordo com a Aneel, a criação das bandeiras tarifárias permitirá aos consumidores acompanharem mais de perto as variações dos custos de geração da eletricidade no País e beneficiará os clientes que saibam economizar energia. Atualmente, o repasse do custo do uso da energia térmica é feito com atraso, apenas nas revisões tarifárias, e vale da mesma maneira para todos os usuários. Com a mudança, os consumidores poderão controlar a quantidade de energia consumida para evitar, assim, o pagamento de um adicional mais alto em períodos de seca.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu aplicar multa no valor de R$ 6,678 milhões à Light após a série de explosões de bueiros, no Rio de Janeiro, em 2011. A penalidade é resultado de uma inspeção do órgão regulador que apontou diversos problemas na manutenção das instalações na rede subterrânea da empresa.

Em sua defesa, a Light argumentou que os gases que invadiam os bueiros vinham de vazamentos da tubulação da Companhia Estadual de Gás do Rio de Janeiro (CEG) e, em menor parte, de infiltrações de esgoto. Em ambos os casos, a empresa alegou que caberia a ela apenas eliminá-los, quando a presença de gases fosse registrada.

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A Aneel, porém, não se convenceu. "Ainda que a presença desses gases explosivos fosse oriunda da concessionária de gás, o expressivo número de ocorrências retira a imprevisibilidade do evento, revelando falhas graves de planejamento de manutenção da rede em galerias subterrâneas da Light", disse o relatório da Aneel.

No processo de inspeção, a Aneel encontrou registros de gases explosivos em 415 bueiros, de um total de 2.439 vistoriados. Entre julho de 2010 e agosto de 2011, houve 58 ocorrências na rede: em 14% delas com presença de fumaça; em 7%, deslocamento de tampa; e em 7%, explosão.

"Pela magnitude da presença desse gás nessas caixas, é responsabilidade da empresa, sim. Ela tinha que ter adotado medidas para atenuar a presença desse gás", afirmou André Pepitone da Nóbrega, diretor da Aneel e relator do processo. Segundo ele, a empresa apresentou um plano de trabalho para isolar essas instalações e impedir o contato com esses gases.

A Light, entretanto, conseguiu reduzir o valor da multa inicial, de R$ 7,438 milhões, aplicada em junho do ano passado, para R$ 6,678 milhões. A Aneel reconheceu que, das oito irregularidades encontradas, três diziam respeito à falta de manutenção adequada das instalações. "Decidimos concentrar esses três temas numa multa só", explicou Pepitone.

A Light não pode mais recorrer na esfera administrativa, mas ainda pode tentar reverter a decisão na Justiça. Pepitone afirmou que, somente neste ano, três bueiros explodiram no Rio. O diretor esclareceu que essas ocorrências podem ser alvo de novas penalidades.

Os atos normativos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) terão agora suas possíveis consequências avaliadas anteriormente às decisões do órgão regulador. Uma medida publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União pela própria agência determina a realização de Análises de Impacto Regulatório (AIR) para todas as mudanças de normas do setor.

As análises, que serão submetidas a consultas públicas, abordarão a necessidade e as consequências dos atos normativos. O objetivo é verificar se os benefícios das medidas propostas para o setor elétrico de fato superam os custos estimados para a sua aplicação. Desta forma, a Aneel precisará definir se as alternativas são realmente as mais benéficas para a sociedade.

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A edição da medida foi comemorada pelo setor, que havia dado nada menos que 78 contribuições favoráveis à norma durante a fase de consulta pública. Para o advogado especialista em questões de energia, Fernando Villela, a obrigatoriedade do AIR trará mais transparência e previsibilidade para o mercado, em um momento no qual as relações entre companhias e governo têm passado por intensas transformações.

Controle

"Sem dúvida se trata de um marco inédito no setor de regulação no Brasil. A medida aumenta o controle por parte da sociedade e dos agentes sobre as motivações de mudanças regulatórias, diminuindo a influência meramente política nessas decisões", destacou Villela.

Segundo ele, como a Aneel precisará expor os problemas identificados e levar à sociedade as alternativas estudadas antes mesmo de fechar uma proposta de alteração regulatória, o setor não será mais "pego de surpresa" com modificações repentinas que comprometiam a percepção de segurança dos investidores. "Com mais debate e discussão pela sociedade, as ações do órgão ganharão mais legitimidade, pois estarão amparadas em estudos e justificativas mais embasadas."

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta sexta-feira o terceiro ciclo de revisão tarifária periódica para a Empresa Energética de Mato Grosso do (Enersul), com redução média de 3,17%. Para a indústria, o reajuste é de 10,4%. Para as residências, a diminuição é de 8,91%. As novas tarifas valem a partir de 8 de abril. A empresa atende 839 mil unidades consumidoras em 72 municípios do Mato Grosso do Sul.

A proposta aprovada pela agência reguladora em janeiro, que passou por consulta pública, colocava uma redução média de 3,67%, sendo uma queda de 1,42% para indústria e de 4,63% para residências. A revisão tarifária, prevista nos contratos de concessão, é feita, em média, a cada quatro anos. O valor pode aumentar ou diminuir. O objetivo, segundo a Aneel, é preservar o equilíbrio econômico financeiro da concessão.

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu nesta terça-feira o cronograma de implantação da Usina Hidrelétrica Bugres, outorgada à Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-GT), localizada em Canela, no Rio Grande do Sul. Pela determinação, o início da operação comercial da unidade geradora ocorrerá até 30 de junho de 2015.

As fases de implantação da usina estão definidas assim: mobilização e início da montagem do canteiro de obras, até 31 de janeiro de 2014; início das obras civis das estruturas, até 28 de fevereiro de 2014; início das obras da subestação e linha de transmissão de interesse restrito, até 31 de outubro de 2014; início da concretagem da casa de força, até 31 de dezembro de 2014; início da montagem eletromecânica da unidade geradora, até 31 de março de 2015; conclusão da montagem eletromecânica, até 31 de maio de 2015; início da operação em teste da unidade geradora, até 31 de maio de 2015; obtenção da licença de operação, até 30 de junho de 2015; e início da operação comercial da unidade geradora, até 30 de junho de 2015. O cronograma foi publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira.

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Em audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira (20), na Comissão de Minas e Energia da Câmara, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) voltou atrás e desistiu de autorizar o aumento de 7% na conta de luz dos consumidores residenciais em Pernambuco. De acordo com o diretor da ANEEL, Julião Silveira Coelho, não haverá mais o aumento, e sim uma diminuição para o consumidor residencial de 1,81%. A indústria terá uma redução de 6,39%. O efeito médio para o consumidor será de menos 3,45%.

Para o presidente da  comissão de Minas e Energia, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), a redução anunciada pela agência reguladora foi mais uma conquista do povo pernambucano. “O trabalho da comissão já está dando um grande resultado. O anúncio da redução de quase 2% é mais uma vitória para o povo pernambucano. Após nossos questionamentos, eles perceberam que havia coisa errada”, afirmou o deputado.

No dia 27 de fevereiro, em audiência pública no Recife, a ANEEL chegou a divulgar um aumento de 7% aos consumidores residenciais e uma redução de 3% para as indústrias. A nova revisão tarifária será aplicada, segundo a ANEEL, no final do mês de abril.

Participaram da audiência o presidente da Celpe, Luiz Antônio Ciarlini, o diretor- geral em exercício da ANEEL, Romeu Rufino; o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE), Nelson Fonseca, e a representante da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (PROTESTE), Flávia Lefèvre.

O diretor-geral interino da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, informou, nesta terça-feira, que o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas do País está se recuperando em velocidade inferior à esperada. Segundo ele, o volume de chuvas está mais baixo do que o normal para o período.

No último dia 15, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revisou para baixo a previsão para o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas que compõem o subsistema Sudeste/Centro-Oeste no mês de março. Isso ocorreu porque o volume de água que chega aos rios que abastecem os reservatórios das hidrelétricas dessas regiões foi "significativamente desfavorável".

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"O que está acontecendo é que o nível dos reservatórios está se recuperando, está chegando mais água nos principais reservatórios, mas não na velocidade que normalmente ocorre, porque o volume de chuvas está menor", afirmou, após participar de reunião da diretoria do órgão regulador.

Em outubro, o governo decidiu acionar todas as usinas térmicas devido ao volume mais baixo de chuvas. A previsão inicial era de que, com o início do período úmido, as mais caras, movidas a óleo diesel e óleo combustível, começassem a ser desligadas em abril. Rufino destacou que uma nova decisão a respeito desse assunto somente será tomada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). A próxima reunião está marcada para 3 de abril.

"O CMSE, certamente, tendo presentes esses dados, vai avaliar permanentemente, como ele faz, e orientar essa questão das térmicas. O que esses dados significam, por enquanto, apenas, é que os reservatórios não estão enchendo na velocidade que gostaríamos", afirmou.

"Várias variáveis são levadas em consideração pelo CMSE, e o que se faz é trabalhar com uma expectativa, com base em um longo histórico que o setor elétrico conhece dessa vazão. À medida que ela não se confirma, tendo uma vazão inferior à estimada, é preciso reavaliar o assunto e essa questão do despacho das térmicas."

Rufino reiterou que, embora mais caras, as térmicas estão no Sistema Interligado Nacional (SIN) justamente para serem usadas em períodos como o atual. "De fato, elas custam mais caro, não temos gosto por despachá-las, mas elas foram instaladas e têm um custo para ficarem disponíveis, que é como um seguro mesmo", afirmou.

"Como não conseguimos regular o nível da água, apenas torcemos para que o regime de chuvas seja bom. Na ausência do volume de chuvas que a gente deseja, as térmicas são despachadas. Vai custar mais caro, mas elas estão aí para isso", acrescentou.

O diretor-geral interino disse ainda que o socorro que o governo dará às distribuidoras com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) ainda será regulamentado pela Aneel. A proposta terá de ser aprovada pela diretoria do órgão regulador.

O período em que Romeu Rufino vai comandar de forma interina a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pode durar até o fim do mandato do diretor, em agosto de 2014. Essa já foi a opção da presidente Dilma Rousseff em outros casos semelhantes envolvendo a gestão de agências reguladoras, sempre alvo de disputas políticas entre os partidos da base aliada.

Quarta-feira (13) é o último dia do mandato do atual diretor-geral, Nelson Hubner, à frente da Aneel. Hubner confirmou que Rufino será nomeado diretor-geral interino ainda nesta semana, por meio de decreto presidencial. Segundo ele, a presidente ainda não decidiu quem deve assumir o cargo de forma definitiva.

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Rufino já ocupou o cargo máximo da Aneel como diretor-geral substituto. Ele está no órgão regulador desde sua criação, em 1998. Até 2006, foi superintendente de Fiscalização. Tornou-se diretor em 2006 e foi reconduzido em 2010.

Rufino foi o único dos diretores do órgão regulador - além de Hubner - que participou ativamente das discussões sobre a elaboração da Medida Provisória 579, que prorrogou a renovação das concessões do setor elétrico e reduziu a conta de luz. Nesse período, conquistou a confiança da presidente.

"Tradicionalmente, os diretores da Aneel, e principalmente o diretor-geral, ficam interinos por tempos curtos, de no máximo três meses", desconversou Rufino. Dentro da agência, porém, as apostas são de que ele deva permanecer à frente do cargo até o fim de seu mandato. "Comigo, esse assunto não foi tratado", afirmou.

O diretor Edvaldo Santana também teve o nome cogitado para a direção-geral, mas, ao contrário de Rufino, que tem a preferência do governo, é o setor privado que apoia seu nome.

Nesse cenário, o indicado para substituir Hubner integraria a direção do órgão regulador, mas não o comandaria. Entre os possíveis nomes, circula o do procurador da Advocacia-Geral da União (AGU), Márcio Pina. Ele já foi procurador da Aneel e atualmente é diretor jurídico da Enersul - companhia que teve a intervenção decretada no ano passado.

Outros nomes que estão entre os possíveis indicados são o do secretário-adjunto de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Rutelly Marques da Silva, o dos superintendentes da Aneel na área de Regulação Econômica, Davi Antunes Lima, e na área de Concessões e Autorizações de Geração, Helvio Neves Guerra, e o da ex-diretora da agência Joísa Dutra, que deixou o cargo em 2010.

Não está descartada, porém, a possibilidade de que a agência permaneça com apenas quatro diretores por um tempo indeterminado - na Aneel, o quórum mínimo para votações é de três. O inconveniente, destacou Rufino, é que não há a figura do voto de Minerva nas discussões, o que pode gerar empate. "O melhor é que a diretoria esteja sempre com o quadro completo, até para não sobrecarregar os relatores", disse.

A indicação de nomes para as agências reguladoras é uma prerrogativa da Presidência da República, mas os diretores devem ser sabatinados pelo Senado para que possam assumir o cargo. Não é o caso dos interinos, que podem assumir a função sem passar pelo escrutínio dos senadores.

No ano passado, uma manobra comandada pelo PMDB impediu a recondução do então diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, que teve o nome rejeitado em votação no plenário. Nome de confiança de Dilma, Figueiredo foi indicado para a presidência da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), estatal criada pela presidente.

Dois dos cinco cargos de diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estão vagos há meses. Na ANTT, três dos cinco diretores são interinos. Desde que Emília Ribeiro deixou o conselho da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o cargo também foi ocupado por um substituto.

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu abrir audiência pública para discutir a sazonalização das garantias físicas feitas por geradores no mês de janeiro. A Aneel suspendeu essas operações a pedido da Eletrobras e, durante a audiência, vai decidir se deve ou não recontabilizar essas operações. A sazonalização da garantia física é a maneira como as geradoras distribuem, ao longo do ano, a energia assegurada de usinas, ou seja, aquilo que podem vender no mercado.

Dependendo da decisão, os ganhos que algumas empresas tiveram com a alocação de lastro de energia em janeiro podem ser anulados. Segundo fontes, as companhias que mais lucraram com essas operações foram Cesp, Cemig, Copel, Furnas e Tractebel. A audiência estará aberta para contribuições a partir desta quarta-feira (13) até o dia 22 de março.

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A suspensão dessas operações foi um pedido da Eletrobras, que questionou as operações de sazonalização realizadas no início do ano. Por meio da sazonalização, as geradoras distribuem, ao longo do ano, a energia assegurada das usinas. O objetivo é reduzir a exposição das empresas ao mercado spot.

Esse processo normalmente é feito em dezembro, mas, neste ano, pôde ser feito até fevereiro, devido aos efeitos do novo marco regulatório do setor elétrico, que redistribuiu as cotas de energia velha das usinas que tiveram a concessão renovada somente em janeiro.

Como choveu menos que o esperado, o preço da energia no mercado de curto prazo disparou, e algumas geradoras optaram por concentrar a alocação de suas garantias em janeiro. Devido a esse processo, a geração hidrelétrica em janeiro foi 27% inferior à garantia física e ao PLD.

A usina de Itaipu, porém, não pode fazer esse processo de sazonalização. Como também integra o Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) - o clube das hidrelétricas - Itaipu perdeu R$ 600 milhões em janeiro, embora tenha sido a única delas que produziu mais energia do que o previsto na garantia física.

Segundo o diretor-geral da Aneel, Nelson Hübner, como Itaipu não opera no prejuízo, no fim do ano, poderia haver um repasse de R$ 1 bilhão para a conta do consumidor.

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