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A Anistia Internacional lançou a campanha Escreva por Direitos (Write for Rights) no mundo. Nove mulheres e uma comunidade do Quênia foram escolhidas para simbolizar os direitos humanos. Entre as escolhidas, está Marielle Franco, vereadora morta em março deste ano.

Este ano, o foco do projeto são mulheres, gênero e defensoras dos direitos humanos. Segundo a Anistia, com exceção de Marielle, todas as mulheres escolhidas "seguem atuando em seus países, muitas em situação de risco".

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A nota também afirma que "a campanha irá mobilizar pessoas no mundo todo em apoio a estas ativistas, dando visibilidade aos casos e celebrando o papel destas mulheres que levantam suas vozes contra as injustiças e lideram processos de transformação em seus países”.

A campanha terminará no dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres. O site do projeto explica como é possível participar e oferece acesso para assistir aos seminários. 

O relator do projeto de lei que regulamenta o transporte de cargas, deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), retirou do texto o artigo que anistia os caminhoneiros das multas aplicadas durante a paralisação que ocorreu nas últimas duas semanas de maio deste ano.

 Após se reunir com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com líderes partidários, Marquezelli afirmou que ficou definido que as multas poderão ser incluídas na medida provisória que trata sobre o preço mínimo de fretes.

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Segundo o deputado, a anistia das multas ou a conversão das penalidades financeiras em advertências não aparecerá mais no texto. As transportadores e os motoristas autônomos deverão ser “perdoados” de maneira diferente.

Marquezelli destacou que caso não seja possível apresentar a emenda da anistia, haverá possiblidade de realizar um acordo com o governo para editar uma medida exclusiva sobre o tema. 

A ONG Anistia Internacional divulgou um comunicado criticando o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, pelas declarações feitas na véspera do julgamento do habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acontece nesta quarta-feira (4).

No texto, divulgado no Facebook, a entidade afirma que a postura do militar é uma "grave afronta à independência dos poderes e ao devido processo legal e uma ameaça ao Estado Democrático de Direito".

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Além disso, a mensagem diz que as declarações "sinalizam um "desvio do papel das Forças Armadas no Brasil.

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Da Ansa

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou a anistia das dívidas de IPTU das igrejas da cidade. Com apenas um voto contrário à proposta, a gestão João Doria incluiu no projeto de lei do Programa de Parcelamento Incentivado o perdão dos débitos de até R$ 120 mil por templo religioso. A medida atinge, por exemplo, multas contraídas pelas igrejas por desrespeito ao Programa de Silêncio Urbano (PSIU) até a entrada da lei em vigor.

"Nosso intuito é fazer justiça a uma entidade que auxilia o Estado, que não visa o lucro e recupera a sociedade, como no caso dos dependentes químicos", argumentou o vereador Eduardo Tuma (PSDB), um dos autores do projeto. Com a alegação de que a proposta teria sido aprovada por pressão dos aliados do governo que pertencem a chamada “bancada evangélica”, o líder do governo na Câmara, vereador Milton Leite (DEM), rebateu dizendo que a medida foi elaborada em conjunto e visa beneficiar as “igrejas de bairro”.

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O único parlamentar que votou contra, vereador Cláudio Fonseca (PPS), argumentou que a medida é desnecessária, visto que os líderes desses cultos têm imóveis de alto valor espalhados pela cidade e que a isenção pode ser vista com maus olhos pela sociedade.

Em sessão no dia 20 deste mês, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou com ressalvas as contas referentes ao exercício de 2011 do PP. A decisão não traria surpresas não fosse um questionamento da ministra Rosa Weber sobre o critério usado para a aprovação, uma jurisprudência do TSE que impede a desaprovação de contas partidárias quando o valor dos gastos irregulares envolvendo verbas do Fundo Partidário é inferior a 10% do montante recebido, seja qual for a natureza da irregularidade.

O PP, um dos partidos com o maior número de políticos envolvidos na Lava Jato, recebeu, em 2011, R$ 22,6 milhões do Fundo Partidário, mas as irregularidades alcançaram R$ 1,7 milhão - ou 7,5% do total, menos de 10%, e, portanto, as contas não deveriam ser desaprovadas. Entre as irregularidades apontadas pela assessoria técnica do TSE está o uso de R$ 255 mil para o pagamento de honorários a advogados que fizeram a defesa pessoal de integrantes do partido, até mesmo em processos por corrupção.

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Segundo a assessoria do TSE, a regra dos 10% vale há pelo menos cinco anos. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada pelo Congresso no ano passado reserva R$ 819 milhões para o Fundo Partidário no Orçamento de 2017. Isso significa que os partidos poderão fazer o que bem entenderem com R$ 81,9 milhões, desde que não ultrapassem o limite de 10% em gastos irregulares. Em proposta apresentada no início do mês, o relator da comissão da Câmara para a reforma política, deputado Vicente Cândido, defende a criação de um novo fundo com dinheiro público, que seria destinado a campanhas eleitorais, no valor de R$ 1,9 bilhão.

Na sessão do dia 20, o TSE deu os primeiros sinais de que esta jurisprudência pode cair. Rosa Weber foi a primeira ministra a votar contra a regra dos 10% desde que o critério foi adotado. "Como não participei da formação dessa jurisprudência, não me sinto confortável para acompanhar o voto da relatora diante da gravidade da irregularidade que chegou a quase R$ 2 milhões. Estamos tratando de dinheiro público", disse ela.

A ministra levantou ainda a questão de que o critério puramente aritmético cria distorções. "Na minha compreensão, essa utilização de porcentual leva a que se trate desigualmente partidos que tenham cometido a mesma irregularidade mas que tenham sido destinatários de valores diferentes", argumentou Rosa Weber, ao pedir a desaprovação das contas.

Mudança

O voto de Rosa foi acompanhado pelos ministros Edson Fachin e Herman Benjamin, mas foi derrotado por quatro a três. Admar Gonzaga, Napoleão Nunes, Luiz Fux, que presidiu a sessão, e a relatora, Luciana Lóssio, votaram pela aprovação com ressalvas. Gonzaga deu indícios de que a regra está com os dias contados.

"Para 2011, vou acolher a regra assentada pelo tribunal de 10%, mas, a partir (das prestações de contas) de 2012, acho que a irregularidade tem de ser vista para saber se há aprovação com ressalva ou desaprovação", disse.

O procurador-geral eleitoral, Nicolau Dino, disse ao Estado que o fato de a jurisprudência ter sido alvo de debates é um indício de que o TSE pode mudar de entendimento. "Há tendência de reversão", afirmou.

A possibilidade de mudança, no entanto, enfrenta resistências no TSE. Para o ministro Napoleão Nunes, o critério de 10% é uma "variação tolerável". "Se não for isso, vai ser um rigor danado, demonstrando até os centavos. Não tem quem demonstre. Nem na sua conta pessoal você demonstra", disse.

Segundo Dino, o aumento dos valores discutidos na comissão da Câmara exige mudança de critérios. "Se a tendência for essa, não se pode trabalhar com um valor aritmético", afirmou o procurador-geral eleitoral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após tentar aprovar a anistia ao caixa 2 em campanhas, a Câmara dos Deputados vai tentar agora emplacar uma anistia financeira aos partidos com débitos pendentes no Tribunal Superior Eleitoral. Com o fim da doação de empresas, que aumentou a dependência das siglas em relação ao Fundo Partidário, a Comissão da Reforma Política vai colocar em pauta um projeto para perdoar as multas impostas pela Justiça Eleitoral às legendas.

O projeto será uma das prioridades da comissão, que retomará os trabalhos nesta terça-feira (14). "Como não tem mais doação privada, é razoável a anistia destas multas", afirmou o relator da comissão, Vicente Cândido (PT-SP). Ele defende o perdão ao que chama de "exageros" da legislação e lembra que a fonte de recursos das legendas hoje é, majoritariamente, composta pelo Fundo Partidário, e não por doações de pessoas físicas. Entretanto, recursos do fundo não podem ser usados para sanar os valores devidos ao TSE.

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Cândido vai sugerir a criação de uma sub-relatoria para tratar do assunto e deve indicar o deputado Édio Lopes (PR-RR) para apresentar um parecer sobre o tema. "Isso tem incidência sobre os partidos, sob pena de cassação do registro", disse.

Atualmente, partidos e candidatos são multados, por exemplo, por fazer campanha antecipada, propaganda irregular, conduta vedada, divulgação de pesquisa irregular, compra de votos e gasto acima do permitido. As penalidades variam de R$ 5 mil a R$ 105 mil. As legendas também estão sujeitas a multa se for verificada irregularidade na prestação de contas e, neste caso, podem pagar 20% do valor apontado como irregular pela Justiça Eleitoral.

Também custa alto para os partidos a punição para doação acima do limite de 10% do valor da renda do doador. Neste caso, as siglas podem ter de desembolsar de 5 a 10 vezes o valor extrapolado. As multas normalmente são pagas com os recursos da própria campanha e depois são assumidas pelos partidos.

‘Lógica’. O presidente da comissão, Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), disse que a anistia às multas é necessária diante das dificuldades financeiras vividas pelos partidos. "É um problema posto e a proposta tem lógica. Como não pode usar o recurso (do fundo para pagar multa), como o partido vai fazer?"

Só no ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aplicou R$ 81 milhões em multas. O valor arrecadado ajuda a compor o Fundo Partidário, que por sua vez é distribuído aos partidos. A sigla que pagou a multa não participa do rateio do valor pago à Justiça eleitoral, mas participa da divisão da multa de outras legendas.

Cândido vai apresentar amanhã um novo cronograma de trabalho com as prioridades que serão discutidas na comissão até 2018. O financiamento de campanha deve ser o centro dos debates nos próximos meses, além das mudanças na pré-campanha, a criação de um pré-registro de candidatura (com prazo para análise de inelegibilidade pela Justiça e concessão do registro definitivo de candidato) e a unificação do prazo de desincompatibilização de cargos públicos. O petista deve incluir propostas para entrar em vigor nos próximos dez anos.

2018. Vieira Lima ressalta que, para valer para as eleições de 2018, as mudanças precisam ser aprovadas no Congresso um ano antes do pleito. Por isso, ele tem pressa para aprovar as principais propostas até maio deste ano. À medida que os temas forem aprovados na comissão, os projetos serão levados ao plenário da Casa. "Temos de nos debruçar no que efetivamente tem de vigorar para 2018", afirmou o peemedebista.

O deputado lembra que a anistia ao caixa 2 pode, eventualmente, reaparecer em forma de emenda parlamentar na reforma. Porém, afirma que o tema já se exauriu. "Não acredito que esse debate venha à discussão por causa da forma como foi colocado. O tema já está contaminado", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Líderes da base aliada e da oposição saíram nesta quinta-feira, 9, em defesa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), após a Polícia Federal apontar na conclusão de um inquérito indícios de crime de corrupção por supostamente ter beneficiado a empreiteira OAS em troca de doação eleitoral. Parlamentares de vários partidos, alguns citados na Operação Lava Jato, criticaram o "vazamento" do relatório e disseram que é cedo para julgar Maia.

Em reação, deputados articulam um novo projeto de lei para garantir anistia ao crime de caixa 2. O tema chegou a ser proposto no pacote anticorrupção aprovado na Câmara, mas acabou retirado por causa da repercussão negativa. O pacote foi aprovado em 2016 e está parado no Senado, mesmo após decisão do Supremo Tribunal Federal que obriga os deputados a analisar novamente a matéria.

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Da forma como foi aprovado na Câmara, o pacote prevê a tipificação do crime de caixa 2. Na avaliação de alguns deputados, isso já garante a anistia, sob o argumento constitucional de que uma nova lei não pode retroagir para prejudicar ninguém. Mesmo assim, para evitar ficarem sujeitos à interpretação da lei pela Justiça e com a homologação das delações de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht, parlamentares querem um texto que trate especificamente da anistia.

Além dessa proposta, líderes planejam uma reação para atingir diretamente o Judiciário: a instalação na Câmara da comissão especial dos supersalários.

O colegiado debaterá projetos aprovados pelo Senado no fim do ano passado e que preveem corte de penduricalhos que inflam os contracheques de servidores públicos, aposentados e pensionistas da administração direita e indireta tanto da União quanto de Estados, Distrito Federal e municípios.

Maia, porém, disse a interlocutores que não pretende autorizar a comissão e a votação do projeto de anistia rapidamente. Quer evitar que as propostas pareçam uma retaliação direta ao Judiciário e ao Ministério Público. O confronto era uma prática frequentemente usada por seu antecessor na presidência da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje deputado cassado e preso na Lava Jato.

Relatório

Segundo revelou o "Jornal Nacional", da TV Globo, um relatório da PF apontou indícios de que Maia apresentou emenda a uma medida provisória sobre desenvolvimento da aviação regional para favorecer a OAS, em troca de doações eleitorais para a campanha ao Senado do pai dele, o ex-prefeito do Rio César Maia (DEM), em 2014. A emenda, porém, acabou não sendo votada, pois a MP perdeu a validade. A informação foi confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Maia reconheceu a autoria da emenda, mas negou ter apresentado a proposta para favorecer alguma empresa, em troca de propina. "Ela apenas gerava uma isonomia na hipótese de (a construção de) um aeroporto privado ser autorizado em cima de aeroportos concessionados", afirmou. Em pronunciamento à imprensa na Câmara, o parlamentar disse que foi alvo de um "vazamento ilegal" e classificou as conclusões do relatório da PF como "absurdas".

Reservadamente, deputados afirmaram que, até as eleições de 2014, a atuação de deputados a favor de empresas ou setores em troca de doações eleitorais era o "modus operandi" do sistema de doação empresarial, que foi proibida a partir de 2016. Eles acusam a Lava Jato de criminalizar essa prática. Para um influente parlamentar da base, se for condenar Maia, "vai ter que condenar todo mundo".

Publicamente, líderes da base aliada dizem não ver motivos para pedir investigação e punição do presidente da Casa. Até a oposição aliviou para Maia. "A bancada ainda não apreciou essa questão. No entanto, é como se diz: citação está chovendo por aí. Outra coisa é ser réu", afirmou a deputada Alice Portugal (BA), líder do PC do B. "Acusar sem provas não concordamos, seja político do PT ou de qualquer lugar", disse o líder do PT, Carlos Zarattini (SP).

A única sigla da oposição que criticou publicamente o presidente da Câmara até agora foi o PSOL, que pediu o afastamento de Maia do comando da Câmara e disse que estuda entrar com uma representação no Conselho de Ética da Casa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As autoridades sírias mataram 17 mil pessoas desde o início da revolta em 2011 até 2015 em enforcamentos em massa numa prisão ao norte de Damasco, conhecida pelos prisioneiros como "o matadouro", disse a Anistia Internacional nesta terça-feira. Na cidade de Aleppo, 21 mil morreram no período.

Em um novo relatório que abrange o período de 2011 a 2015, a Anistia disse que de 20 a 50 pessoas foram enforcadas a cada semana na prisão de Saydnaya em homicídios autorizados por autoridades sírias, incluindo deputados do presidente Bashar al-Assad e levados a cabo pela polícia militar.

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A Anistia registrou pelo menos 35 métodos diferentes de tortura na Síria desde o final da década de 1980, práticas que aumentaram desde 2011, disse Lynn Maalouf, vice-diretor de pesquisa do escritório regional da Anistia em Beirute.

Outros grupos de direitos humanos encontraram provas de tortura generalizada que levaram à morte pessoas em instalações de detenção sírias. Em um relatório do ano passado, a Anistia descobriu que mais de 17 mil pessoas haviam morrido de tortura e tratamento precário em toda a Síria desde 2011, uma taxa média de mais de 300 por mês.

Esses números são comparáveis às mortes no campo de batalha em Aleppo, uma das zonas de guerra mais ferozes na Síria, onde 21 mil pessoas foram mortas em toda a província desde 2011.

"Os horrores descritos neste relatório revelam uma campanha oculta e monstruosa, autorizada nos mais altos níveis do governo sírio, visando esmagar qualquer forma de dissidência dentro da população síria", disse Maalouf.

Os números deste relatório vieram das entrevistas com 31 ex-detentos e mais de 50 outros oficiais e peritos, incluindo promotores e juízes anteriores. Fonte: Dow Jones Newswires.

Para impulsionar o novo programa de sócios, o 'Santa Forte', a diretoria coral decidiu conceder anistia aos torcedores associados que não estão em dia com as mensalidades. O sócio que se cadastrar no projeto até o dia 10 de fevereiro terá as dívidas com o clube perdoadas. Tal prática não é novidade no arruda, porém a diretoria de marketing garante que o planejamento está mais focado nas necessidades dos fiéis seguidores corais.

"O Santa Forte surge baseado em conversas com grupos de torcedores, para saber o que necessitavam os tricolores, nasceu o Santa Forte. É muito semelhante à programas de grandes clubes do mundo", conta o diretor de marketing e negócios do clube, Dênis Victor Neves.

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Entre as vantagens apresentadas, haverá promoções nas quais o associado chega ao Arruda no ônibus do clube, além de momentos em que poderá assistir ao jogo na tribuna de honra com o presidente e até um dia de treino com o elenco profissional. Dessa vez, o programa tem mais opções de planos. Desde o contribuinte que paga apenas R$ 5 (Ninho Tricolor), até quem paga R$110 para ter entrar de graça em diversos setores do Arruda. Confira os níveis e os descontos:

"Torcedores tinham a necessidade de vir ao jogo e nem sempre estar no mesmo local do estádio. O sócio agora pode assistir cada jogo em um local diferente, o projeto contempla essas mudanças. Acredito que a torcida vai voltar a lotar o estádio, por isso damos prioridade de compra ao torcedor que mais vai. Quem não é sócio, só compra os ingressos que restarem dos sócios", revelou Dênis.

Mais informações sobre os planos para a torcida, além de telefones para esclarecer dúvidas podem ser encontrados em www.santaforte.com.br.

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O presidente Michel Temer e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Renan Calheiros, anunciam logo mais um acordo para evitar que o Congresso aprove anistia explícita ao caixa 2 em campanhas eleitorais. A iniciativa visa dar uma mensagem de compromisso com o combate à corrupção num momento em que o próprio presidente da República enfrenta questionamentos éticos.

Temer, Maia e Renan marcaram para o meio-dia deste domingo uma entrevista para a imprensa no Palácio do Planalto. Conforme auxiliares do presidente, os três vão oficializar o pacto para que a anistia não seja incluída no projeto que trata das dez medidas contra a corrupção, iniciativa do Ministério Público que foi apoiada por mais de dois milhões de pessoas.

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A expectativa é de que o texto seja votado na terça-feira pela Câmara. A proposta do MPF é que o caixa 2, termo popular dado à prática de não contabilizar despesas de campanha, seja tipificado como crime. Mas, nos bastidores, líderes partidários vêm articulando mudanças na proposta para que o procedimento deixe de ser punido.

Após tratativas com Temer, Maia e Renan se comprometeram a conversar com os representantes das bancadas no Congresso e desmobilizá-los. O objetivo é que o assunto seja resolvido no Legislativo, para evitar que o presidente tenha de tratar do assunto ao sancionar o texto eventualmente aprovado pelo Congresso.

Inicialmente, Temer sinalizava que respeitaria a decisão do Legislativo a respeito do projeto. Agora, porém, o entendimento é que o cenário é outro, pois o presidente ficou politicamente fragilizado após ser acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de "enquadrá-lo" para ver atendidos interesses pessoais do então chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, que deixou o cargo na sexta-feira, em meio ao escândalo sobre o caso.

"O Senado não vai votar qualquer projeto que envolva eventuais anistias de campanhas eleitorais, poupando o senhor presidente da República de veto ou sanção sobre matérias dessa natureza", avisou Renan em nota distribuída à imprensa no sábado, 26.

Maia e o secretário do Programa de Parceria de Investimentos, Moreira Franco, se reuniram no sábado por mais de três horas com Temer no Palácio do Jaburu. "Na Câmara, vamos organizar essa votação das dez medidas, com a clareza de que ninguém vai votar nenhuma forma de anistia", disse Maia na saída do encontro, acrescentando que, se há posição nesse sentido na Casa, ela não é "majoritária".

O presidente da Câmara assegurou compromisso de que "não haverá nada" que venha a isentar políticos de "nenhum tipo de crime". "Não haverá nenhum texto que vá anistiar ninguém de corrupção ativa ou passiva ou peculato ou lavagem", acrescentou.

Ele disse que, caso seja apresentada emenda, terá de ser votada a proposta que prevê sanções a juízes e integrantes do Ministério Público por abuso de autoridades. Mas ponderou que a votação das dez medidas não é "o ambiente adequado". "Talvez seja até inconstitucional esse encaminhamento por projeto de lei."

Maia disse também que, entre as prioridades, estão a reforma da Previdência e o projeto que trata do pente-fino no INSS. Este último, segundo ele, "é importante porque no ano que vem vai gerar uma economia da ordem de R$ 7 bilhões"

Absurdo

Maia afirmou ser "um absurdo" a possibilidade de Calero ter gravado conversas com Temer e afirmou que o ex-ministro da Cultura deve ter cometido "várias infrações". "É um absurdo você gravar um presidente da República. Não faz nenhum sentido o que o ex-ministro fez. Ele não teria nenhuma obrigação de acatar nenhum pedido do outro ministro. Poderia desde o início ter cortado esse negócio", declarou. Questionado se Temer sabia dos interesses de Geddel no prédio, reagiu: "Não sou porta-voz do governo".

Calero pediu demissão acusando o então ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, que deixou o cargo na sexta-feira, de pressioná-lo para ver atendidos interesses pessoais. Geddel queria que o Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan), órgão subordinado à Cultura, retirasse o embargo à obra de uma torre de apartamentos em Salvador, no qual comprou apartamento.

Em depoimento à Polícia Federal, o ex-ministro da Cultura afirmou que levou o caso a Temer e o presidente o pressionou a encontrar uma solução para o projeto imobiliário. Calero gravou conversas com integrantes do governo, mas ainda não confirmou publicamente se há áudios do presidente.

Após a repercussão negativa da discussão da anistia para o caixa 2 na Câmara e do agravamento da crise política, o presidente Michel Temer disse a pelo menos dois ministros que "vai vetar" qualquer proposta desse tipo que chegue ao Palácio do Planalto. Esse seria o primeiro sinal de mudança do presidente em relação ao Congresso, já que sempre defendeu o que chama de "independência do Legislativo".

A Câmara deve voltar a discutir na próxima terça-feira o pacote anticorrupção encaminhado ao Congresso pelo Ministério Público, com a assinatura de 2 milhões de pessoas. O texto apresentado pelo relator Onyx Lorenzoni (DEM-RS) foi aprovado na comissão especial, mas deve ser derrubado no plenário. Para chegar a Temer, é preciso aprovação no plenário da Câmara e depois passar pelo Senado.

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"O presidente Temer considera inaceitável e não sancionaria uma lei com anistia ampla, geral e irrestrita ao caixa 2 porque ele acha que seria esbulhar a vontade expressa por milhões de brasileiros", disse ao Estado o ministro da Defesa, Raul Jungmann, um dos que ouviram de Temer a disposição de veto à proposta. "Por mim, não passará", afirmou Temer, conforme revelou Jungmann.

Até então, o presidente vinha dizendo que respeita decisões do Congresso e chegou a sinalizar, em entrevista, que sancionaria o texto. Foi quando disse que, se o caixa 2 for considerado crime, "como a lei penal não retroage, se houver uma regração que diga que caixa 2 é crime a partir de agora, o passado estaria, ou pelo menos se sustentaria, que o costume era outro". Temer ressalvou ainda que tinha "uma longa discussão jurídica pela frente" e, ao ser questionado se estava defendendo uma autoanistia, desconversou afirmando que não estava dando esta interpretação, mas que muitos criminalistas diziam isso. Ressaltou, em seguida, que "esta é uma decisão do Congresso" e que, como tal, "não pode interferir nisso" porque, qualquer observação que faça, "vão dizer que eu estou defendendo".

Apesar das ponderações, Temer já havia informado a auxiliares que apesar de respeitar os parlamentares e decisões do Congresso, a pressão das ruas poderia balizar a sua decisão neste caso. Agora, Temer teria decidido vetar a proposta, por conta da nova crise envolvendo questão ética instalada no governo, por conta das acusações do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, de que teria endossado a pressão que o ex-secretário de Governo Geddel Vieira Lima fazia sobre ele para liberar um empreendimento imobiliário em Salvador, onde o ex-ministro diz ter comprado um apartamento. Se mostrasse disposição de permitir uma anistia ao caixa 2, que está sendo defendida no Congresso, Temer poderia macular imagem de defesa da ética. Poderia também ser acusado de estar trabalhando contra a Operação Lava Jato.

Temer não comentou sobre a disposição dos parlamentares de que juízes e integrantes do Ministério Público possam responder por crime de responsabilidade. A sugestão chegou a ser incluída no texto do pacote anticorrupção, mas depois foi retirada. De acordo com Jungmann, Temer apoia o pacote. "O presidente não tem discordância em relação à lei que aprova as dez medidas (anticorrupção) e respeita a autonomia do Congresso."

"O presidente Temer considera inaceitável e não sancionaria uma lei com anistia ampla, geral e irrestrita ao caixa 2." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A advogada e professora de direito penal Janaina Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, afirma que a proposta costurada na Câmara dos Deputados para anistiar o crime de caixa dois funcionaria também para proteger políticos de acusações de falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Ainda segundo a advogada, a movimentação na Câmara representa "perigos concretos à Operação Lava Jato e a muitas outras". Ontem, deputados tentaram inserir uma emenda que trata da anistia no pacote anticorrupção que tramita na Câmara, projeto originalmente proposto pelo Ministério Público Federal e levado ao Congresso na forma de um projeto de iniciativa popular que reuniu dois milhões de assinaturas.

Com a falta de consenso e a polêmica, a votação que ocorreria no plenário sobre o tema foi adiada. A emenda elaborada pelos deputados falava "em eximir de punições criminais, eleitorais ou cíveis todo aquele que recebeu doação, declarada à Justiça ou não (caixa dois), para fins eleitorais e partidários até a publicação da lei". A redação discutida também menciona doação "omitida ou ocultada de bens, valores ou serviços".

"Essa redação é bastante ampla", critica Paschoal. "Note que ela não trata apenas do recebimento de valores. Ela abrange a contabilização, a declaração e a omissão dos valores recebidos. Isso impacta diretamente no crime de falsidade ideológica do Código Eleitoral", afirmou. "Além de falar na contabilização dos valores, a cláusula trata da ocultação de bens. A ocultação está diretamente relacionada ao crime de lavagem", acrescenta.

Deputados pretendem, com a inclusão da emenda, dar argumento jurídico de defesa aos alvos da Lava Jato, já que a maioria dos políticos acusados de receber recursos desviados da Petrobras, via empreiteiras, afirmam ter usado o dinheiro em campanhas ou atividades partidárias. Ou seja, eles argumentariam judicialmente que em vez de serem processados por crimes já existentes, como corrupção e lavagem de dinheiro, eles têm que ser enquadrados na nova tipificação do caixa dois.

CRIME E ANISTIA– Do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre o projeto de anistia do caixa 2: "A nossa obrigação é, de cabeça erguida, discutir essa matéria, que eu disse, desde o início, que, votada na comissão, estaria pronta para ser votada no plenário em seguida. E vamos acabar com essa discussão de anistia. Não há anistia de um crime que não existe. Isso é só um jogo de palavras para desmoralizar e enfraquecer o parlamento brasileiro. Temos a nossa responsabilidade e de hoje até terça-feira, ouvindo todos os líderes, todos os parlamentares que quiserem participar, e ouvindo os presidentes de partido, nós vamos tomar uma decisão sobre essa matéria".

Risco de nova eleição – O Tribunal Superior Eleitoral agendou para a próxima terça-feira o julgamento da pendenga judicial sobre o resultado da eleição em Água Preta, na Mata Sul do Estado. Ali, o mais votado, o ex-prefeito Eduardo Coutinho (PSB), que

venceu o prefeito Armando Souto (PDT) por uma diferença de 513 votos, é acusado de improbidade administrativa em processos relacionados à rejeição de suas contas pela Câmara Municipal. A tendência, segundo um advogado que acompanha o caso, é que o TSE decida por uma nova eleição.

TSE limpa a pauta- O TSE julgou, ontem, mais dois casos pernambucanos relacionados ao pleito municipal deste ano: Cabrobó, no Sertão, e Riacho das Almas, no Agreste. Na primeira, validou a vitória do candidato da oposição, Marcílio Cavalcanti, do PMDB, o mais votado, mas não reconhecido por um recurso questionando prazo de filiação. Em Riacho, o prefeito Mário da Mota (PSB), reeleito por uma diferença de apenas cinco votos, foi absolvido, por unanimidade, de uma acusação relacionada a uma conta rejeitada em sua gestão.

Fim das coligações– Na avaliação do senador Armando Monteiro (PTB), a proposta do Senado, já aprovada, que acaba com as coligações partidárias nas eleições de 2018, ataca frontalmente a origem das distorções do atual sistema político e contribui para minimizar a questão da fragmentação partidária no Brasil. “A PEC 36 representa um avanço importante para o aperfeiçoamento do sistema político e de representação do País", analisa. A formação de coligações, segundo ele, permite, em alguns casos, eleger candidatos sem voto ou que não têm identidade do ponto de vista programático com as legendas coligadas.

Gari destacado em TV – Um dos principais personagens da série “Fenômenos eleitorais”, o vereador Jacky Leoni (PSDB), campeão de votos para a Câmara de São Caetano, no Agreste, que este blogueiro está levantando no Nordeste como grandes surpresas nas eleições deste ano, ganhou destaque na TV-Jornal-SBT. A reportagem, muito bem produzida e editada, ocupou 7 minutos em rede estadual e deve ganhar espaço em um programa de rede nacional.

CURTAS

DESEMPREGO– De acordo com informações do Ministério do Trabalho, no mês passado houve 74.748 demissões a mais do que contratações. Apesar de negativo, o resultado do mês passado foi melhor que o de outubro de 2015, quando foram fechados 169.131 postos de trabalho, o pior resultado para esse mês desde o início da série histórica do Ministério do Trabalho, em 1992.

EDUCAÇÃO– Sub-relator para a área de Educação da proposta de orçamento para 2017, o deputado estadual Romário Dias (PSD) apresentou seu parecer com mais de R$ 5 milhões em emendas aprovadas. No total, o orçamento para o setor é o mesmo deste ano: R$ 3,7 bilhões. “É justamente por meio da Educação que temos um País mais desenvolvido, por isso, não poderia me furtar de incorporar essas emendas que fortalecem ainda mais esta área”, diz.

Perguntar não ofende: Os ônibus também vão aderir à paralisação de hoje no Grande Recife?

A ex-ministra do Meio Ambiente e candidata à vice-presidência da República Marina Silva também se posicionou, nesta quinta (24), sobre o Projeto de Lei 4850/2016, que estabelece medidas contra a corrupção e que tem como possibilidade não acarretar em punições para quem cometeu crime eleitoral de caixa dois antes da aprovação da lei. A líder do partido Rede Sustentabilidade definiu a situação como “abuso de poder e de autoridade”.

Em texto de sua autoria, publicado nas redes sociais, Marina Silva diz que a situação política do Brasil tornou-se absurda. “Que parece não existir mais poder ou autoridade, somente o abuso (....). Como se pode pretender varrer para debaixo dos tapetes verde e azul do Congresso o Petrolão, as fraudes nos fundos de pensão, dos empréstimos consignados, dos propinodutos, de Belo Monte, das suspeitas envolvendo dois ex-governadores do Rio de Janeiro, dos crimes de corrupção confessados por empreiteiros, diretores, doleiros e marqueteiros, do crime de caixa dois, de todo esse resíduo tóxico do abuso de poder e autoridade que escorre a céu aberto pelo Brasil?”, indagou.

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A ex-senadora não poupou críticas. “Um grupo de parlamentares tem a ousadia de querer introduzir, num projeto de iniciativa popular que institucionaliza o combate à corrupção, uma emenda que dá anistia ao crime eleitoral de caixa dois. O presidente do Senado [Renan Calheiros], investigado pela polícia, mobiliza o Poder Legislativo para tolher os poderes da Justiça. O constitucionalista presidente da República procura justificativas para apoiar, no Congresso, tais ações que visam salvar a si mesmo e aos seus”, disparou.

Ela ainda disse que se pretende desmontar e desmoralizar a Operação Lava Jato. “Forma-se uma força tarefa, com partidos e partidários da oposição e da situação, uns operando diretamente, outros por omissão, para desmoralizar, enfraquecer e, por fim, desmontar a Lava-Jato. Abuso de poder e de autoridade é um assunto muito sério para ser usado como uma tentativa de safar-se”.

 

Querendo aproveitar a boa fase dentro de campo, o Náutico tem buscado aumentar seu quadro de sócios, que hoje somam pouco mais de cinco mil em dia. O presidente em exercício Ivan Brondi anunciou nesta quinta-feira (3), como medida para aumentar esse número, que o alvirrubro irá conceder anistia neste mês de novembro para aqueles torcedores que estão em débito nos últimos meses.

Em comunicado no site oficial, o mandatário alvirrubro ressalta que busca com o aumento de associados garantir uma boa receita para a próxima temporada. “O Timbu, este ano, luta para reviver os momentos de glória, tanto dentro quanto fora dos gramados. O Náutico tem hoje pouco mais de 5.000 associados em dia, um número que nem de longe representa a grandeza do clube. Para manter o fôlego até o final da temporada e começar bem 2017, o aumento do quadro social é imprescindível”, argumenta Ivan Brondi.

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Em 4º lugar na Série B, e com mais duas partidas pela frente em casa, contra Goiás e Oeste, os novos associados ainda poderão adquirir ingressos para essas partidas com desconto para o restante da competição.

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A Anistia Internacional acusou as forças do governo sudanês de realizar vários ataques com armas químicas contra uma zona montanhosa de Darfur, matando vários civis. Em um relatório divulgado nesta quinta-feira (29), a ONG afirma que ao menos 30 ataques com armas químicas foram realizados entre janeiro e setembro nos povoados da região de Djebel Marra, em meio a uma vasta campanha militar contra os rebeldes.

O relatório compreende imagens de crianças com queimaduras químicas, de povoados destruídos e de pessoas deslocadas, além de trechos de entrevistas de mais de 200 sobreviventes e de especialistas em armas químicas.

O documento "reúne provas da utilização repetida, nos últimos oito meses, do que parecem ser armas químicas contra civis (...) pelas forças sudanesas em uma das regiões mais isoladas de Darfur". A Anistia estima que "entre 200 e 250 pessoas podem ter morrido de exposição a agentes químicos, incluindo muitas crianças, talvez a maioria".

A ONG garante que as forças do governo também realizaram "bombardeios contra civis", "assassinatos ilegais de homens, mulheres e crianças"; e "sequestros e violações de mulheres" na região de Djebel Marra.

Estes ataques fazem parte de uma campanha militar contra os rebeldes do Exército de Libertação do Sudão-Abdel Wahid Nour (SLA-AW) e merecem a classificação de "crimes de guerra" e "crimes contra a humanidade".

Darfur é palco de um conflito sangrento desde 2003, quando rebeldes de minorias étnicas pegaram em armas contra o governo em Cartum, controlado pela maioria árabe.

O presidente sudanês, Omar el Bechir, lançou desde então uma violenta repressão e a ONU estima que os combates já deixaram 300 mil mortos e 2,5 milhões de deslocados nesta região composta por cinco Estados.

Bechir, acusado pela Corte Penal Internacional por crimes de guerra e contra a humanidade em Darfur, proclamou no início de setembro que a paz havia retornado a Darfur.

Cartum limita o acesso de jornalistas à região, mas uma missão conjunta das Nações Unidas e da União Africana (MINUAD) está em Darfur desde 2007.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, defendeu nesta terça-feira, 20, uma regulamentação mais clara sobre as penas aplicadas aos casos de caixa 2. Ontem, a Câmara tentou aprovar às pressas uma proposta de anistia ao caixa 2 em campanha eleitoral. A ideia dos deputados era aprovar a tipificação da prática como crime, mas abrir brecha para uma anistia ao que já foi realizado até hoje.

Mendes preferiu não comentar a proposta na Câmara, pois não teve acesso ao texto que está em debate. Ele destacou, no entanto, que hoje há duas interpretações sobre a prática consistir ou não em crime. "O que nós temos é uma certa perplexidade em torno do tema. Nós temos duas perspectivas na Justiça Eleitoral. Uma delas diz que o fato do caixa 2 como crime é atípico. Outra diz que o caixa 2 seria enquadrado no artigo 350 do Código Eleitoral. (...) Mas nós não temos jurisprudência recente sobre o assunto para dizer qual é a posição do eleitoral", afirmou o ministro. O artigo 350 do Código Eleitoral, mencionado por Gilmar Mendes, trata das omissões em declarações de campanha eleitoral, mas não é restrito ao tipo do caixa 2.

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Outro ministro do STF ouvido reservadamente defende a tipificação da prática de caixa 2 - uso de dinheiro não declarado na campanha - como crime. Ainda segundo este integrante da Corte, o Congresso tem poder para conceder uma anistia da forma como está sendo discutida. Na visão do ministro, ouvido sob condição de anonimato, a Constituição permite a concessão de anistia, com restrições apenas para casos específicos relacionados à tortura, terrorismo e crimes hediondos.

Já a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, afirmou publicamente, em entrevista à GloboNews no dia de sua posse, ser contra a tentativa de políticos tentaram uma anistia para a prática.

A judicialização do tema, se aprovado no Congresso, é dada como certa por integrantes do Tribunal. "Eu acho que, saindo com essa redação, isso são favas contadas: é bastante provável que a palavra final seja do Poder Judiciário", afirmou o ministro substituto do TSE e professor da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UNB), Tarcísio Vieira de Carvalho Neto.

A proposta de tipificar o caixa 2 foi endossada pela Presidência da República no governo Dilma Rousseff. Em 2015, a ex-presidente encaminhou ao Congresso o chamado pacote anticorrupção, que prevê a criminalização da prática, entre outras coisas. No final do mesmo ano, o Ministério Público Federal lançou o projeto das dez medidas contra a corrupção, que abrange a tipificação do ato como crime e endurece a pena mínima prevista, além de prever a punição também a partidos políticos.

O ex-secretário nacional de Justiça Beto Vasconcellos, responsável pelas articulações no governo Dilma para encaminhar o pacote ao Congresso, avalia que a tentativa de anistia vai na contramão do projeto enviado pela ex-presidente, da proposta do Ministério Público Federal e também de "tudo o que se discute nos últimos anos Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro".

A professora do curso de direito da FGR Rio e procuradora da República Silvana Batini, avalia como "complicada" a existência de um jabuti dentro do projeto de criminalização do caixa 2. "Se a Câmara quiser realmente anistiar, vai ter de deixar claro com todas as letras, porque nem todo caixa 2 advém da corrupção e nem toda corrupção advém do caixa 2. São crimes independentes, que violam objetos jurídicos diferentes. Mas podem ser conexos", afirmou a especialista.

Já o criminalista Alberto Toron acredita que a tipificação do caixa 2 já abre brecha para uma anistia "por via oblíqua", ainda que não esteja explícita no texto. Isso porque se o Congresso aprovar a criminalização da prática, vai abrir a possibilidade de que se levante a tese de que, até hoje, o ato não era crime pela legislação.

O presidente da República em exercício, Rodrigo Maia, disse nesta terça-feira, 20, à reportagem, que a proposta de anistiar caixa 2 consta no pacote das 10 medidas anticorrupção e não prevê que ele seja julgado de forma separada. "Esta matéria da criminalização do caixa 2 está nas 10 medidas. Por isso disse que esse assunto só pode voltar a ser tratado assim", afirmou.

Segundo o presidente em exercício, esse tema foi conversado na semana passada com os parlamentares e o apoio à pauta foi definido pela "maioria dos líderes".

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Ontem e hoje, Maia recebeu diversos parlamentares no gabinete presidencial, mas afirma que não tem tratado de assuntos relativos à Câmara dos Deputados enquanto interino, no lugar do presidente Michel Temer, que está nos Estados Unidos.

Há pouco, o primeiro-secretário da Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), declarou que Maia e praticamente todos os líderes partidários, tirando PSOL e Rede, concordaram com a votação ontem do projeto de criminalização do caixa 2, parado na Casa há oito anos.

Em mais uma proposta que pode beneficiar investigados na Operação Lava Jato, deputados incluíram na pauta de votação de última hora, ontem à noite, requerimento que daria regime de urgência à tramitação do projeto. A ideia era utilizar um texto que tramita desde 2007 na Câmara e trata de regras eleitorais para incluir uma emenda eximindo de pena os que praticarem a contabilidade paralela até a data da aprovação da nova lei.

Em uma calçadão em frente à sede do Comitê Organizador dos Jogos no Rio, quinze militantes da Anistia Internacional estenderam 40 sacos pretos, simbolizando as pessoas assassinadas pela polícia em maio, a maioria nas favelas da cidade.

"Houve 40 mortos em maio na cidade do Rio (mais de 80 em todo o estado) e isso representa um aumento de 135% em relação a maio de 2015. É inadmissível", afirmou Renata Neder, especialista em segurança da Anistia Internacional. "Nossa principal preocupação é o aumento da violência policial com a proximidade dos Jogos", que começam no dia 5 de agosto, destacou.

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Neder explicou que antes de cada grande evento esportivo a violência aumenta: em 2007, antes dos Jogos Pan-Americanos, a polícia executou 19 pessoas durante uma operação no Complexo do Alemão, e em 2014, ano da Copa do Mundo, a violência aumentou 40% em relação a 2013.

"Constatamos um grande aumento da violência policial nos anos de grandes eventos", lamentou esta porta-voz da Anistia, que também lançou nesta quarta-feira a campanha "A violência não faz parte destes Jogos".

O diretor da Anistia Brasil, Átila Roque, denunciou as "verdadeiras operações de guerra nas favelas e na periferia desde o início do ano". "É uma declaração de guerra às favelas, aos jovens e sobretudo aos negros, a uma imensa parte da população que perde a vida pelas mãos do Estado", afirmou.

Roque lamentou igualmente "a oportunidade perdida" do legado dos Jogos, que deveria servir para melhorar a segurança pública e diminuir os riscos de violação dos direitos humanos na cidade de seis milhões de habitantes, um terço dos quais vive nas favelas.

No final da manifestação, os ativistas entregaram uma petição ao Comitê Rio-2016 com mais de 120.000 assinaturas de 15 países para exigir "uma política de segurança que respeite os direitos humanos", assim como uma coroa de flores que levava escrito: "In memoriam, mais de 2.600 vítimas da polícia desde 2009 na cidade do Rio".

Para Neder, a responsabilidade recai tanto nas autoridades brasileiras como no Comitê Organizador dos Jogos: é "crucial" tomar medidas preventivas para formar melhor os policiais, investigar e "punir os responsáveis pela violação dos direitos humanos, já que a impunidade alimenta esta violência", afirmou.

Em sentença de 14 páginas, o juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo, concluiu que "os fatos imputados a Harry Shibata foram anistiados e também, se assim não fosse, estão prescritos".

Shibata foi acusado pelo Ministério Público Federal de forjar informações sobre a morte do militante político Yoshitane Fujimori, em 1970. O ativista foi morto após abordagem policial na zona sul da capital paulista, supostamente por ordem do major Carlos Alberto Brilhante Ustra, então chefe do Destacamento de Operações e Informações do antigo II Exército DOI-Codi).

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Na mesma sentença, Mazloum declarou extinta a punibilidade de Brilhante Ustra e de outros dois investigados, o também legista Armando Canger Rodrigues e Alcides Cintra Bueno Filho - os três já mortos.

O juiz federal declarou extinta a punibilidade do legista "em razão da reconhecida anistia". "Por não se tratar de crime permanente, ultrapassado o termo final da Lei de Anistia, há de se reconhecer a ocorrência da prescrição em face do decurso do prazo desde 1979. Não havendo recurso, façam-se as comunicações e anotações necessárias e, ulteriormente, arquivem-se os autos."

Segundo a acusação, "ao elaborar o laudo necroscópico, Shibata endossou a versão oficial de que a vítima teria trocado tiros com os policiais, sem mencionar dados que esclareciam as verdadeiras circunstâncias do óbito".

Ali Mazloum reconheceu a prescrição em relação ao suposto crime de falsidade no Laudo de Exame necroscópico de Edson Neves Quaresma, capturado e morto na mesma ocasião que Yoshitane Fujimori.

O juiz elogiou a atuação da Procuradoria da República e mandou divulgar sua sentença em obediência ao artigo 5º da Constituição "que alberga o princípio da publicidade dos atos processuais". "Sucederam-se os fatos imputados em 8 de dezembro de 1970, sob o regime de exceção instituído na época, debaixo do AI-5 de 1968 e da ordem constitucional outorgada por ministros militares em 17 de outubro de 1969", destacou o juiz.

Mazloum salientou "que a constitucionalidade da Lei de Anistia tornou-se indiscutível, tendo a mais alta Corte de Justiça do País, o Colendo Supremo Tribunal Federal, afirmado categoricamente sua integral recepção pela Carta Política de 1988, na ADPF 153/DF ajuizada pela Ordem dos Advogados do Brasil".

Ao rejeitar a denúncia contra Harry Shibata, o magistrado ressaltou que o caso "cuida unicamente do crime de falsidade ideológica, cuja natureza não é permanente, mas instantânea". "O crime imputado ao denunciado nestes autos ocorreu há meio século (46 anos), estando extinta sua punibilidade não só pela incidência da anistia, como também pela prescrição", afirmou, ressaltando que o denunciado Harry Shibata tem hoje com 88 anos de idade.

A Suprema Corte da Venezuela declarou inconstitucional a lei aprovada pelo congresso - que é controlado pela oposição - para libertar dezenas de políticos presos que se opõem ao governo de Nicolás Maduro.

A decisão desta segunda-feira já era esperada depois que Maduro criticou a lei, afirmando que era uma tentativa de desestabilizar seu mandato e perdoar ativistas que teriam causado "agitações mortais" em 2014.

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Entre os que seriam soltos pela lei de anistia está Leopoldo Lopez, que conduziu as manifestações contra o governo em 2014. Ele está cumprindo uma sentença de 14 anos por ter supostamente provocado violência durante os protestos.

A oposição havia prometido libertar os ativistas presos depois de sua vitória nas eleições parlamentares de dezembro. Fonte: Associated Press.

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