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O plano de paz idealizado pelo governo Trump para o Oriente Médio será histórico, segundo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prestes a embarcar neste domingo para Washington para discutir na próxima terça-feira (28) a iniciativa, que é criticada pelos palestinos.

"Uma oportunidade como essa acontece uma vez na história e não pode ser desperdiçada. Estou muito esperançoso que estejamos diante de um momento histórico em relação ao nosso Estado", disse Netanyahu, que foi convidado a encontrar o presidente americano Donald Trump para discutir o plano, em reunião na Casa Branca.

Conforme funcionários da Cisjordânia contaram à AFP, no caso do presidente americano apresentar o acordo de paz, os palestinos ameaçam deixar os Acordos de Oslo, que levaram à criação da Autoridade Palestina como primeiro passo para um Estado palestino independente.

Na última quinta-feira (23), Trump informou que divulgaria o plano de paz antes da visita de Netanyahu a Washington.

"É um ótimo plano. É uma iniciativa que realmente poderia funcionar", afirmou Trump.

O adversário político de Netanyahu, Benny Gantz, também foi convidado a comparecer na Casa Branca.

Durante uma coletiva de imprensa em Tel Aviv, no último sábado, Gantz disse que "o acordo de paz proposto pelo presidente Trump será um importante marco histórico".

Ele supõe que o plano permitirá que "diferentes países do Oriente Médio finalmente entrem em um acordo histórico para a região".

Diante das tensas relações do presidente Donald Trump após o reconhecimento americano de Jerusalém como capital de Israel, a liderança palestina não foi convidada a participar do debate e rejeitou de antemão o acordo.

"Esse acordo apenas confirma a absoluta rejeição que o Estados Unidos teve até o momento, principalmente após o reconhecimento americano de Jerusalém como capital israelense", ressaltou mais cedo nessa semana o porta-voz do presidente palestino Mahmud Abbas em comunicado.

Os palestinos veem o leste de Jerusalém como a capital do seu futuro Estado, e acreditam que o plano de Trump anula a solução da criação dos dois Estados que há décadas é a base da discussão diplomática no Oriente Médio.

Autoridades de todo o mundo concordam que a resolução do conflito envolvendo Jerusalém deveria ocorrer a partir de negociações entre Israel e a Palestina.

- Grande amigo de Israel -

Desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel ocupou a parte leste de Jerusalém e a Cisjordânia.

Mais de 600 mil israelenses vivem, portanto, em locais considerados ilegais, segundo os parâmetros jurídicos internacionais.

A proposta de acordo de paz que será apresentada por Trump está em desenvolvimento desde 2017.

Em junho do último ano, parte de uma iniciativa econômica do plano foi divulgada. Nesse capítulo, há a proposta de que haja US$ 50 bilhões em investimentos internacionais nos territórios palestinos e nos países árabes vizinhos para os próximos 10 anos.

O presidente americano autodeclara repetidamente que é o presidente americano mais pró-israelense da história.

No último sábado, Netanyahu o definiu como "o melhor amigo que Israel já teve".

"Nos últimos três anos, tenho conversado com o presidente Trump e a sua equipe sobre as nossas maiores necessidades nacionais e relativas à segurança, pontos que devem ser incluídos em quaisquer dos acordos diplomáticos propostos", afirmou o primeiro-ministro israelense.

A reunião de Trump com Netanyahu e Gantz ocorre a menos de um mês das próximas eleições israelenses. Em Israel, a mídia local comenta que a escolha de Trump por anunciar o acordo de paz neste momento aconteça com o objetivo de favorecer Netanyahu no processo eleitoral.

Legitimado como líder da direita israelense após as primárias do partido Likud, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou nesta sexta-feira (27) que está pronto para uma nova campanha eleitoral, as legislativas de 2 de março de 2020, apesar de ter sido acusado de corrupção.

Netanyahu, 70 anos, era o grande favorito das primárias do Likud, exigidas por seu rival e ex-ministro Gideon Saar depois que os problemas do chefe de Governo com a justiça aumentaram e ele foi oficialmente indiciado por corrupção, fraude e abuso de confiança.

A vitória contundente nas eleições internas do partido na quinta-feira, com 72,5% dos votos contra 27,5% de Saar, não deixa margem para dúvidas: Netanyahu, o primeiro-ministro que permaneceu por mais tempo no cargo, é o dono e senhor da direita de Israel.

O chefe de Governo agradeceu os simpatizantes pela "imensa vitória", por sua confiança e apoio e rapidamente passou o discurso para as legislativas de 2 de março, as terceiras eleições no país em menos de um ano.

"Chegou a hora de nos unirmos e conquistarmos uma vitória clara para o Likud e para a direita", afirmou em uma entrevista coletiva.

"A maioria das pessoas apoia a direita e elas me apoiam para dirigir o governo", disse, em um verdadeiro discurso de campanha, no qual não mencionou o nome de seu rival no Likud, derrotado nas primárias.

Netanyahu agradeceu o presidente americano Donald Trump pelo apoio a Israel e completou que uma vitória do Likud em março representará novos "êxitos históricos" para o país.

- Terceiro episódio -

As legislativas de março representarão o terceiro capítulo da batalha entre Netanyahu e seu rival de centro-direita, o ex-comandante do Estado-Maior Benny Gantz, líder da coalizão "Azul-Branco".

Após as legislativas de abril e de setembro, nenhum dos dois conseguiu, sozinho ou com alianças, alcançar a marca de 61 deputados, maioria parlamentar necessária para formar o governo.

O presidente Reuven Rivlin confiou a missão de designar um chefe de Governo ao Parlamento, mas a iniciativa tampouco teve sucesso.

As tentativas de criar um governo de união entre Gantz e Netanyahu também não apresentaram resultados. A coalizão "Azul-Branco" se nega a compartilhar o poder com um primeiro-ministro indiciado e Gantz considera que sua ficha judicial impoluta é o grande trunfo junto aos eleitores.

"O desafio de Netanyahu é garantir a imunidade e para isto ele precisa de 61 votos no Parlamento", recordou Gayil Talshir, professora de Ciências Políticas da Universidade Hebraica de Jerusalém.

A lei israelense prevê que qualquer ministro investigado pela justiça deixe o cargo, mas a medida não se aplica no caso do primeiro-ministro.

As pesquisas para as eleições de 2 de março mostram novamente um empate técnico entre os dois candidatos, mas as primárias do Likud podem gerar um impulso a Netanyahu.

O primeiro-ministro fez uma campanha intensa para legitimar sua liderança dentro do Likud. Visitou diversas cidades, participou em reuniões com simpatizantes em diversos pontos do país e utilizou as redes sociais.

A imprensa já havia previsto sua vitória, mas não de maneira tão contundente. Nesta sexta-feira, os jornais elogiam o triunfo. "Grande momento para Netanyahu", afirma o Yediot Aharonot.

"Lealdade tribal a Netanyahu no Likud", destaca o Haaretz, jornal mais crítico em relação ao governo. Os membros mais jovens do Likud não conheceram outro líder do partido que não seja Netanyahu, ressalta a publicação, em referência ao fato de que o chefe de Governo preside a formação praticamente desde 1993 (com um intervalo de seis anos de liderança de Ariel Sharon).

Gideon Saar aceitou a derrota e se colocou à disposição de Netanyahu para ajudá-lo a vencer em 2 de março.

Os membros do partido de direita Likud, de Benjamin Netanyahu, votam nesta quinta-feira (26) para definir seu novo líder, em primárias exigidas por Gideon Saar, principal rival do primeiro-ministro israelense e que deseja assumir o comando da sigla.

Os primeiros locais de votação abriram as portas às 9h (4h de Brasília). Quase 116.000 integrantes do Likud devem participar do processo até as 23h (18h de Brasília).

Às 15h locais, a taxa de participação era de 18%, segundo a legenda. Os resultados serão divulgados na manhã de sexta-feira.

O vencedor das primárias terá a árdua tarefa de liderar a campanha do Likud nas legislativas de 2 de março.

Netanyahu votou em sua residência em Jerusalém, para onde foi levada uma urna.

Ao chegar à seção onde votou, perto de Tel Aviv, Gideon Saar considerou que este é um "dia fatídico" para o Likud e para Israel. "Podemos ganhar hoje e percorrer um novo caminho que nos permita formar um governo forte e estável", acrescentou.

O deputado Saar tem poucas chances de vencer as primárias, que se apresentam como uma espécie de referendo da popularidade de Netanyahu.

"Precisamos de uma mudança para que o Likud permaneça no poder", declarou à AFP Yaron, de 68 anos, um morador de Jerusalém que votou em Gideon Saar. "Infelizmente, a instituição judicial acabou com Bibi", completou, em referência a Benjamin Netanyahu, indiciado por corrupção em três casos.

Para Nathan Moati, morador de Jerusalém de 26 anos, os partidários de Netanyahu não são afetados pelo problemas judiciais.

"Apenas Bibi pode vencer as legislativas. Todos os partidários do Likud devem votar em Netanyahu", defendeu.

O deputado Saar tem poucas chances de vitória nas eleições internas, que são consideradas uma espécie de referendo sobre a popularidade de Netanyahu.

Mas um resultado apertado seria um duro golpe para o primeiro-ministro, líder do Likud desde 1993 - com exceção de um intervalo de seis anos quando o partido foi comandado pelo falecido Ariel Sharon - e o chefe de Governo com mais tempo de poder na história de Israel.

"Netanyahu só tem a perder", afirmou o analista Stephan Miller. "Independentemente do resultado obtido por Saar, esta é a primeira vez em dez anos que eleitores da direita expressam explicitamente o desejo de se livrar de Netanyahu", completa.

Miller considera que, se Gideon Saar, de 53 anos, receber mais de um terço dos votos, "isto será um golpe significativo para Netanyahu".

Após as eleições antecipadas de abril, e depois da segunda votação em setembro, nem Netanyahu nem o centrista Benny Gantz conseguiram o apoio de 61 deputados, número que representa a maioria parlamentar para formar o governo.

O presidente de Israel, Reuven Rivlin, confiou a missão ao próprio Parlamento, que tampouco teve êxito.

Depois que Netanyahu, de 70 anos, foi indiciado em novembro por corrupção, fraude e abuso de confiança em três casos, que ele denuncia como "acusações falsas" com motivação política, seus rivais no Likud, com Saar à frente, exigiram eleições internas.

Saar, nome importante do partido, foi ministro em diversas ocasiões, antes de ser afastado por Netanyahu em 2014.

Gideon Saar é considerado ainda mais à direita do que Netanyahu, especialmente na questão palestina. Apresenta-se, contudo, como um unificador além de seu próprio campo, com base em suas relações com os líderes de outros partidos.

Também se apoia, sem declarar abertamente, no fato de que não é acusado pela Justiça, pois o partido Azul-Branco de Gantz se recusa a dividir o poder com um primeiro-ministro indiciado.

Pesquisas recentes mostraram que um Likud liderado por Saar conquistaria menos cadeiras no Parlamento em 2 de março do que um partido comandado por Netanyahu. Com Saar, no entanto, eleitores do Likud poderiam votar em outros partidos de direita.

Neste caso, a direita israelense, contando todos os partidos, poderia sair reforçada das urnas e superar potencialmente a barreira da maioria parlamentar necessária para formar um governo.

Os membros do partido de direita Likud de Benjamin Netanyahu votam nesta quinta-feira para definir seu novo líder, em primárias exigidas por Gideon Saar, principal rival do primeiro-ministro israelense e que deseja assumir o comando da formação.

Os primeiros locais de votação abriram as portas às 9h (4h de Brasília). Quase 116.000 integrantes do Likud devem participar do processo até 23H00 (18H00 de Brasília). Os resultados serão divulgados na manhã de sexta-feira.

O vencedor das primárias terá a árdua tarefa de lidera a campanha do Likud nas legislativas de 2 de março.

"Precisamos de uma mudança para que o Likud permaneça no poder", declarou à AFP Yaron, 68 anos, morador de Jerusalém que votou em Gideon Saar. "Infelizmente, a instituição judicial acabou com Bibi", completou, em referência a Benjamin Netanyahu, indiciado por corrupção em três casos.

Para Nathan Moati, morador de Jerusalém de 26 anos, os partidários de Netanyahu não são afetados pelo problemas judiciais.

"Apenas Bibi pode vencer as legislativas. Todos os partidários do Likud devem votar em Netanyahu", disse.

O deputado Saar tem poucas chances de vitória nas eleições internas, que são consideradas uma espécie de referendo sobre a popularidade de Netanyahu.

Mas um resultado apertado seria um duro golpe para o primeiro-ministro, líder do Likud desde 1993, com exceção de um intervalo de seis anos quando o partido foi comandado pelo falecido Ariel Sharon, e o chefe de Governo com mais tempo de poder na história de Israel.

"Netanyahu só tem a perder", afirmou o analista Stephan Miller. "Independente do resultado obtido por Saar, esta é a primeira vez em 10 anos que eleitores da direita expressam explicitamente o desejo de se livrar de Netanyahu", completa.

Miller considera que se Gideon Saar, de 53 anos, receber mais de um terço dos votos "isto será um golpe significativo para Netanyahu".

Após as eleições antecipadas de abril, e após a segunda votação em setembro, nem Netanyahu nem o centrista Benny Gantz conseguiram o apoio de 61 deputados, número que representa a maioria parlamentar para formar o governo.

O presidente de Israel, Reuven Rivlin, confiou a missão ao próprio Parlamento, que tampouco teve êxito.

Depois que Netanyahu, de 70 anos, foi indiciado em novembro por corrupção, fraude e abuso de confiança em três casos, que ele denuncia como "acusações falsas" com motivação política, seus rivais no Likud, com Saar à frente, exigiram eleições internas.

Saar, nome importante do partido, foi ministro em diversas ocasiões, antes de ser afastado por Netanyahu em 2014.

Gideon Saar é considerado ainda mais à direita que Netanyahu, especialmente na questão palestina, mas ele se apresenta como um unificador além de seu próprio campo, com base em suas relações com os líderes de outros partidos.

Também se apoia, sem declarar abertamente, no fato de que não é acusado pela justiça, pois o partido Azul-Branco de Gantz se recusa a dividir o poder com um primeiro-ministro indiciado.

Pesquisas recentes mostraram que um Likud liderado por Saar conquistaria menos cadeiras no Parlamento em 2 de março que um partido comandado por Netanyahu.

No entanto, com Saar, eleitores do Likud poderiam votar em outros partidos de direita.

Neste caso, a direita israelense, contando todos os partidos, poderia sair reforçada das urnas e superar potencialmente a barreira da maioria parlamentar necessária para formar um governo.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi denunciado formalmente nesta quinta-feira (21) pelos crimes de corrupção, fraude e abuso de poder.

A denúncia foi apresentada pelo procurador-geral do Estado, Avichai Mandelblit, após uma investigação que durou mais de dois anos. Ao todo, Netanyahu foi incriminado em três casos. O primeiro diz respeito à suspeita de ter recebido presentes de empresários em troca de favores.

No segundo, o premier é acusado de beneficiar o jornal Yediot Ahronot para obter uma cobertura positiva. Já o terceiro investigou se a companhia de telecomunicações Bezeq, dona do site Walla, fez uma cobertura jornalística benéfica a Netanyahu em troca de favores no governo.

Nos dois primeiros, ele é acusado de fraude e abuso de poder; no último, desses dois crimes e também de corrupção. É a primeira vez na história de Israel que um chefe de governo no poder é denunciado formalmente por corrupção.

Netanyahu nega ter cometido qualquer crime e diz ser vítima de uma "caça às bruxas". O líder conservador não é obrigado a renunciar, mas as denúncias devem aumentar a pressão da oposição por sua saída.

Ele está no poder desde 2009, mas não conseguiu formar um novo governo depois das eleições de abril e setembro deste ano. Como seu principal rival, o centrista Benny Gantz, também não foi capaz de construir uma aliança, o país deve voltar às urnas em breve.

Da Ansa

Benny Gantz, adversário do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e líder de uma formação de centro-direita, tem dois dias para conseguir formar um novo governo em Israel. Além de ainda não receber o apoio necessário, a violência em Gaza na semana passada afetou as negociações em curso.

O Likud (direita) de Netanyahu e a formação Kahol Lavan (Azul e Branco, centro) de Gantz chegaram praticamente empatadas às eleições legislativas de setembro, e ninguém conseguiu, com seus aliados, atingir os 61 assentos para obter a maioria no Parlamento.

E, após o fracasso do primeiro-ministro em conseguir os votos necessários para formar um governo, o presidente Reuven Rivlin confiou, em 23 de outubro, a Gantz, o ex-chefe do Exército, a missão de criar uma coalizão.

O general Gantz agora tem até 20 de novembro às 23h59 para alcançar esse objetivo. Dois dias após esse prazo expirar, terá de realizar negociações-relâmpago. Com a operação militar na semana passada contra o grupo armado da Jihad Islâmica na Faixa de Gaza, as negociações acabaram adiadas.

- Governo minoritário -

O cenário político israelense está efervescente. Gantz tenta convencer Avigdor Lieberman, líder do partido não alinhado Israel Beitenu, a se juntar a ele em uma coalizão. Mas há um problema, ou melhor, dois.

Gantz, de esquerda, e Lieberman não obtêm votos suficientes para formar a maioria. Daí a ideia de formar uma coalizão minoritária apoiada por partidos árabes israelenses, que não teriam ministérios, mas poderiam apoiar a coalizão em uma votação importante no Parlamento (Knesset).

Além disso, mesmo que Lieberman já tenha expressado sua hostilidade contra os partidos árabes, ainda não fechou a porta para um governo minoritário.

Durante uma manifestação contra um governo minoritário, Netanyahu alertou, na noite de domingo, para um "governo perigoso", com deputados de partidos árabes "apoiando organizações terroristas".

"Os árabes não são sionistas e não apoiam Israel. Contar com eles o tempo todo e, em particular hoje, é um enorme perigo, sem precedentes na história da nação", acrescentou.

"Eles (Gantz e Netanyahu) pressionam um ao outro, propondo, por um lado, um governo minoritário e, por outro, desacreditando esse potencial governo", explicou à AFP Gideon Rahat, professor de Ciência Política da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Nesse jogo, Gantz e Netanyahu cortejam Lieberman, cujos oito assentos, não alinhados, permitiriam que cada um reivindicasse o poder.

- Cenário à italiana -

Nesse contexto, surgem vários cenários.

Em um deles, Lieberman finalmente apoia Netanyahu.

Em outro, o atual primeiro-ministro, diante a possibilidade de enfrentar Lieberman como aliado a Gantz, decide se juntar ao ex-chefe do Exército e tenta novamente formar um governo com ele.

Se Gantz não conseguir formar uma coalizão na noite de quarta-feira, os deputados terão 21 dias para propor ao presidente o nome de outra pessoa que acreditam ser capaz de alcançar a maioria.

Mas um curinga pode aparecer durante esse período.

O procurador-geral da República, Avichai Mandelblit, deve anunciar em dezembro se acusa Netanyahu por corrupção, desfalque e abuso de confiança em vários casos.

Uma acusação poderá reduzir o apoio a Netanyahu, ao passo que, caso uma denúncia não se concretize, ele pode ganhar um novo fôlego.

Se, ao fim de tudo, um governo não for nomeado, Israel passará por suas terceiras eleições em menos de um ano.

Um cenário político à italiana, com suas repetidas eleições, ironizam os israelenses.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, enfrenta nesta quarta-feira (2) um dia crucial em sua tentativa de permanecer no cargo, com uma audiência prevista pelas denúncias de corrupção e a continuidade das complexas negociações para tentar formar um governo de união.

Netanyahu busca desesperadamente sobreviver politicamente e permanecer no posto de primeiro-ministro de Israel.

Para alcançar a meta, ele precisa superar dois problemas: a possível acusação por corrupção nas próximas semanas e a estagnação do país depois das eleições, que não permitiram que ele nem seu adversário, Benny Gantz, conseguissem maioria no Parlamento.

Nesta quarta-feira, o procurador-geral de Israel, Avichai Mandelblit, deve convocar uma audiência prévia à acusação contra Netanyahu, depois de ter anunciado a intenção de acusar o premier de suborno, fraude e abuso de confiança.

Apenas os advogados de Netanyahu devem comparecer à audiência, a portas fechadas, a última oportunidade para convencer Mandelblit a não acusar o primeiro-ministro

A audiência pode ter duração de até quatro dias por englobar três casos separados, nos quais Netanyahu é acusado de atuar para beneficiar empresários e admiradores em troca de vantagens ou de uma cobertura favorável da imprensa.

O chefe de Governo, que nega todas as acusações, pediu a transmissão ao vivo da audiência ao alegar que "não tem nada a esconder".

O procurador Mandelblit rejeitou a ideia e afirmou que o objetivo da audiência é convencer as autoridades legais, não o público.

Após a audiência, as deliberações do procurador sobre a apresentação ou não de acusações podem demorar semanas.

De modo paralelo à audiência, Netanyahu pode se ver obrigado a informar ao presidente de Israel, Reuven Rivlin, que não consegue formar um novo governo, depois de receber a missão há uma semana.

Como parte dos esforços para buscar um governo de união, os negociadores do partido conservador Likud de Netanyahu tentarão organizar novos encontros com representantes do partido centrista de Gantz, Azul e Branco.

O partido de Gantz, no entanto, afirmou que não vê razões para as reuniões porque ainda não foram atendidas as condições prévias que deseja para negociar.

Netanyahu antecipou que as eventuais negociações de quarta-feira serão um "último esforço".

Se o primeiro-ministro informar ao presidente do país sobre sua incapacidade de formar o governo, Rivlin terá que decidir se solicitará a Gantz que faça uma tentativa.

Rivlin tem a alternativa de solicitar ao Parlamento que escolha um candidato a primeiro-ministro, que precisará de 61 votos dos 120 membros da Câmara.

Netanyahu e Gantz trocam acusações sobre o fracasso das negociações e estão longe de um entendimento, começando por quem deve ser próximo primeiro-ministro.

Gantz alega que como seu partido conquistou uma cadeira a mais que o Likud no Parlamento nas eleições, ele deve ser o chefe de Governo.

Também afirma que o partido Azul e Branco não quer integrar um governo em que o primeiro-ministro pode ser acusado formalmente de corrupção.

Netanyahu alega que, apesar de seu partido ter um representante a menos no Parlamento, ele conta com o apoio da maioria dos pequenos partidos.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou nesta quarta-feira o pedido a seu rival, Benny Gantz, para formar um governo de coalizão, depois que o presidente o encarregou de formar um novo governo.

Bibi fez o pedido público depois de aceitar a indicação do presidente Reuven Rivlin para tentar formar um novo governo após as eleições legislativas da semana passada.

Ambas as partes, entretanto, parecem bastante distanciadas, inclusive sobre quem deveria liderar um eventual governo de coalizão.

Os israelenses comparecem às urnas nesta terça-feira para as segundas eleições legislativas em cinco meses, na qual decidirão se mantém o premier Benjamin Netanyahu, apesar das denúncias de corrupção, ou elegem o ex-comandante do Exército Benny Gantz.

Durante a última eleição, a participação havia alcançado 68%. Temendo uma nova onda de ausêntismo, Netanyahu afirmou que os eleitores podem escolher entre "um governo fraco", conduzido "pela esquerda e pelos árabes" e um "governo forte de direita", liderado por ele.

Ao meio-dia (09H00 GMT), a taxa de participação era de 26,8%, superior à registrada na mesma hora nas eleições legislativas do mês de abril.

"O presidente Trump afirmou ontem que as eleições serão apertadas. Esta manhã posso assegurar que são muito apartadas", afirmou Netanyahu, que pediu aos israelenses que votem em massa, depois de depositar sua cédula em uma urna em Jerusalém, ao lado da esposa Sara.

"É 50%/50%", afirmou o presidente americano Donald Trump a respeito das eleições em Israel, que se transformaram em uma espécie de referendo sobre o destino Netanyahu, de quem Trump é muito próximo.

"Queremos uma nova esperança, hoje votamos por uma mudança. Vamos conseguir trazer esperança, conseguiremos trazer uma mudança sem corrupção e sem extremismo, todos juntos", declarou o principal rival de Netanyahu, o ex-comandante do Estado-Maior Benny Gantz, depois de votar em Tel Aviv.

Os 6,4 milhões de eleitores iniciaram a votação exatamente às 7H00 locais (1H00 Brasília) e poderão comparecer às urnas até às 22H00 nas 10.700 seções distribuídas por todo o país.

Em abril, o conservador Likud de Netanyahu e a aliança centrista Kahol Lavan ("Azul-Branco") de Gantz conseguiram, cada um, 35 cadeiras das 120 da Knesset, o Parlamento israelense.

O presidente do país, Reuven Rivlin, solicitou a formação de um governo a Netanyahu que, diante da impossibilidade de estabelecer uma coalizão majoritária, preferiu dissolver o Parlamento e convocar novas eleições.

Pesquisas divulgadas pela imprensa apontam o Likud, no poder há dez anos ininterruptos, e a formação Kahol Lavan empatados, com 32 assentos cada.

Desta maneira, o resultado de seus potenciais aliados (a direita e os partidos religiosos para Netanyahu; a esquerda e os partidos árabes para Gantz) pode ser determinante no sutil jogo de alianças e formação de governo.

"Raros são os momentos em que os eleitores se defrontam com duas opções tão diferentes, dois caminhos, e precisam escolher qual deles seguir", opinou Benny Gantz em um artigo publicado na segunda nos principais jornais do país.

Netanyahu é acusado por seus adversários de permanecer no poder graças ao apoio conquistado dentro dos partidos ultraortodoxos e do movimento de colonização nos territórios palestinos ocupados.

- "Esquerda e árabes" -

Nas rádios locais, Netanyahu elogiou seu progresso econômico - com o desemprego num mínimo histórico de 3,7% - e instou seus eleitores a votar em massa para impedir que "a esquerda e os árabes" assumam o poder.

Também atacou o centrista Gantz, a quem considera "de esquerda", bem como a "lista unida" dos partidos árabes, hostis ao Likud, embora não estejam relacionados à "Azul-Branco", e que poderiam desempenhar um papel fundamental na formação - ou não - de um governo de coalizão.

No domingo, Netanyahu cancelou seu último comício de campanha, uma estratégia de acordo com seus adversários para mobilizar seus eleitores.

A eleição desta terça-feira ocorre faltando um mês para Netanyahu comparecer perante a Justiça por "corrupção", "abuso de confiança" e "desfalque", acusações pelas quais ainda não foi indiciado.

Uma vitória eleitoral poderia permitir que seus aliados votem sua imunidade.

No domingo, o governo Netanyahu realizou seu último conselho de ministros antes das eleições no vale do Jordão, nos territórios palestinos ocupados, e anunciou a legalização nessa área de uma colônia ilegal sob a lei israelense.

O governo decidiu "transformar a colônia selvagem de Mevoot Yericho, localizada no vale do Jordão, em oficial", anunciou o gabinete do primeiro-ministro. Essa colônia, onde vivem cerca de trinta famílias, permanece ilegal aos olhos da comunidade internacional, como são todas as colônias nos territórios palestinos.

Netanyahu prometeu na semana passada, caso vença as eleições, anexar todas as colônias judaicas no vale do Jordão, um território estratégico que representa aproximadamente 30% da Cisjordânia ocupada.

O anúncio foi duramente criticado pelas autoridades palestinas, que acreditam que, se for realizado, equivale à morte do processo de paz.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou nesta segunda-feira o Irã de ter construído e destruído um sítio nuclear secreto.

O Irã destruiu o local localizado perto da cidade de Abadeh (sul) em julho, depois de descobrir que Israel o havia detectado, afirmou Netanyahu, falando à Jerusalém, uma semana de eleições parlamentares importantes para sua sobrevivência política.

"Hoje revelamos que o Irã tem outro sítio nuclear secreto", disse o chefe do governo teatralmente, alegando que a revelação foi baseada em documentos iranianos originais obtidos por Israel no ano passado.

Por muitos anos, Israel acusou o Irã de tentar fabricar armas nucleares, apesar das repetidas negações de Teerã.

Em 2018, Netanyahu já havia dito que Israel tinha "evidências conclusivas" de um plano secreto que o Irã poderia ativar a qualquer momento para obter a bomba atômica.

Ele disse ter "cópias exatas" de dezenas de milhares de documentos iranianos originais obtidos pelo preço de "um tremendo sucesso no campo da inteligência".

Também disse que os mesmos "arquivos" iranianos revelaram a identidade de outro local estratégico, ao sul de Isfahan, uma cidade no centro do Irã.

"Neste site, o Irã realizou experimentos para desenvolver armas nucleares (...) mas, quando percebeu que tínhamos descoberto este local, eis o que eles fizeram: o destruíram, eles o removeram do mapa ", acrescentou Netanyahu.

E lançou: "Israel sabe o que você faz, Israel sabe quando você faz e Israel sabe onde você está fazendo".

O primeiro-ministro israelense é um forte oponente do acordo nuclear iraniano, do qual a administração americana de Donald Trump, um aliado próximo de Netanyahu, se retirou.

Atualmente, ele está na corrida final de uma campanha eleitoral árdua para mantê-lo no comando do governo nas eleições de 17 de setembro.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, inaugurou neste domingo (16) um novo assentamento nas Colinas do Golã batizado "Ramat Trump" - a "colina Trump" em hebraico - em homenagem ao presidente dos Estados Unidos.

Em 25 de março, Donald Trump reconheceu a soberania de Israel sobre a parte das Colinas do Golã que Israel tomou da Síria durante a Guerra dos Seis Dias de 1967, anexada em 1981, decisão que não foi reconhecida pela comunidade internacional.

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"O Golã é israelense e sempre será", disse Benjamin Netanyahu, depois de descrever Trump como "um grande amigo de Israel, que tomou decisões que não foram tomadas antes".

Em torno de uma grande mesa, o Conselho de Ministros se reuniu excepcionalmente em uma tenda no norte das Colinas de Golã e na presença do embaixador americano, David Friedman, votou para batizar de "Ramat Trump" um assentamento a ser construído em um localidade atualmente habitada por quatro famílias de colonos.

Cerca de 23.000 drusos, uma minoria religiosa, árabe e muçulmana, igualmente presente na Síria e no Líbano, vivem na parte do Golã ocupada e anexada por Israel, bem como 25.000 colonos israelenses que chegaram depois de 1967.

Esses drusos são apátridas. Perderam a nacionalidade síria e muitos rejeitaram a identidade israelense. Consideram-se sírios e se opõem radicalmente à anexação do território por Israel.

A esposa do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Sara Netanyahu, foi reconhecida culpada, neste domingo, 16, pelo uso indevido de fundos públicos no âmbito de um acordo com a Justiça e que prevê uma redução das acusações contra ela.

Sara foi indiciada por fraude e abuso de confiança em junho de 2018 por supostamente usar quase US$ 100 mil de recursos públicos para pagar refeições, alegando falsamente não ter cozinheiro na residência oficial do primeiro-ministro. Seu processo começou em outubro de 2018.

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Ela chegou a um acordo com o procurador e reconheceu ter gasto 175 mil shekels (cerca de 44 mil euros) sem autorização e concordou em devolver ao Estado 45 mil shekels (11.110 mil euros) e pagar 10 mil hekels (2.480 mil euros) de multa.

Em troca, as acusações de fraude às custas do Estado, que podem levar a uma penalidade maior, foram retiradas. Sendo mantida apenas a mais leve, a de se beneficiar do erro cometido por uma terceira pessoa, de acordo com os termos da lei. O acordo foi aceito pelo tribunal de Jerusalém neste domingo.

De acordo com a ata de acusação, Sara Netanyahu era suspeita de ter encomendado entre setembro de 2010 e março de 2013, para ela, seus familiares e convidados, centenas de refeições em vários estabelecimentos de renome em Jerusalém.

A esposa do primeiro-ministro, de 60 anos, negou qualquer irregularidade durante o processo.

Um recurso contra este acordo chegou a ser apresentado no Supremo Tribunal por um jornalista do jornal Haaretz.

Sara Netanyahu enfrentou outras acusações no passado. Em 2016, um tribunal de Jerusalém concedeu indenização a um ex-mordomo de Benjamin Netanyahu que havia acusado o primeiro-ministro israelense e sua esposa de maus-tratos.

O chefe do governo de Israel, de 69 anos, há 13 no poder, será ouvido em outubro pela Justiça por acusações de "corrupção", "fraude" e "quebra de confiança" em outros três casos.

O primeiro-ministro alega inocência e denuncia uma "caça às bruxas" contra ele e sua família.

No caso principal, a investigação diz respeito à suspeita de favores do governo em favor do Bezeq, o maior grupo de telecomunicações israelense, em troca de uma cobertura favorável a Netanyahu da parte do Walla, um site de informações de propriedade do CEO da Bezeq.

Em outro caso, a polícia suspeita que Netanyahu e membros de sua família tenham recebido, por um milhão de shekels (cerca de 250.000 euros), charutos de luxo, garrafas de champanhe e joias de personalidades ricas em troca de favores financeiros ou pessoais.

No último caso, suspeitam que ele tentou fazer um acordo com o dono do jornal Yediot Aharonot para uma cobertura mais favorável.

Incapaz de formar uma coalizão após sua vitória nas eleições de 9 de abril, Benjamin Netanyahu dissolveu o Parlamento, a fim de impedir que o presidente confiasse a outro a formação de uma coalizão sem ele, levando o país a novas eleições em 17 de setembro.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nomeou nesta quarta-feira (5) o deputado do Likud Amir Ohana, abertamente homossexual, à frente do Ministério da Justiça.

É a primeira vez na história do país que uma pessoa abertamente homossexual chega a um cargo ministerial no país.

Israel é considerado um país pioneiro na defesa dos direitos de gays e lésbicas, embora a homossexualidade continue sendo um tabu em meios religiosos, importantes parceiros do governo de Benjamin Netanyahu.

Os israelenses irão às urnas novamente em 17 de setembro, diante da impossibilidade de Netanyahu de formar um governo. As pesquisas de opinião voltam a dar vantagem aos conservadores.

"O deputado Amir Ohana é um jurista que conhece perfeitamente o sistema judiciário", diz o comunicado oficial que anuncia sua nomeação.

Jerusalém abriga nesta quinta-feira à noite a 18ª edição da parada do "Orgulho Gay", sob um forte esquema policial.

A marcha de 2015 foi ofuscada pelo assassinato de um adolescente de 16 anos, esfaqueado por um judeu ultraortodoxo.

O Parlamento israelense aprovou na primeira hora de quinta-feira (30) (noite de quarta no Brasil) a convocação de novas eleições, algumas semanas depois das legislativas de abril, um passo sem precedentes provocado pela tentativa do premiê Benjamin Netanyahu de se manter no poder, apesar de não conseguir formar uma coalizão.

Após uma longa noite de debates, o Parlamento (Knesset) se decidiu por novas eleições por 74 votos contra 45, e agendou a votação para 17 de setembro.

Este resultado é uma derrota para Netanyahu, no poder desde 2009, após ter ocupado o mesmo cargo pela primeira vez entre 1996 e 1999.

Netanyahu não conseguiu formar coalizão, apesar de seu partido, o Likud, e de seus parceiros de direita e religiosos terem obtido assentos suficientes nas eleições de 9 de abril.

O ex-ministro da Defesa Avigdor Lieberman impediu o acordo ao se negar a renunciar a uma de suas demandas principais, o que bastou para que os cinco assentos de seu partido nacionalista Yisrael Beitenu arruinassem os esforços de Netanyahu.

Como resultado, Netanyahu pressionou para que fossem celebradas novas eleições a fim de evitar que o presidente israelense, Reuven Rivlin, selecionasse outro membro do parlamento para tentar formar o governo.

Sobre Netanyahu, seus detratores dizem que ele já deveria ter se aposentado, mas não deixa o cargo para poder aprovar leis que o protegem de ser processado por corrupção.

As negociações para formar a coalizão tiveram como obstáculo o antagonismo entre o partido nacionalista laico Yisrael Beitenu e os ultraortodoxos em relação à isenção do serviço militar concedida a milhares de estudantes de escolas talmúdicas.

Em um país onde todos são obrigados a prestar serviço militar, esse tratamento diferenciado é considerado por muitos como uma injustiça.

Sobre esta questão, Netanyahu enfrenta Avigdor Lieberman, líder do Yisrael Beitenu, uma personalidade política que liderou o gabinete do primeiro-ministro entre 1996 e 1997 e que foi seu ministro da Defesa em 2018.

- Negociações -

Para participar do governo, Lieberman exigia o fim da isenção concedida aos ultraortodoxos para o serviço militar.

Na segunda-feira ele afirmou no Facebeook que não tem "intenção de renunciar" aos princípios de seu partido.

O Likud, o partido de Netanyahu, o designou como inimigo político. "Pensava que tinha visto tudo na política, mas fiquei surpreso com a intensidade das pressões, com a paranoia e com as especulações às quais fui exposto", disse Lieberman.

O Likud também aprovou na terça-feira uma lista comum com o partido centrista Koulanou diante de possíveis novas eleições.

Mas muitos criticam o gasto de dinheiro e energia que envolvem novas eleições.

Um representante do Ministério das Finanças, citado pela imprensa, falou de um custo de pelo menos 475 milhões de shekels (117 milhões de euros) para dissolver a assembleia e convocar uma nova votação.

A busca do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por um quinto mandato tornou-se um referendo sobre se os israelenses consideram ou não que já tiveram o suficiente dele depois de duas décadas na vida pública e uma série de alegações de corrupção. Mas, mesmo que ele perca, os israelenses seguirão vivendo em um país irrevogavelmente transformado por suas políticas.

A maioria das pesquisas eleitorais mostra uma situação fluida antes da eleição de terça-feira, com o principal desafiante de Netanyahu, o ex-general Benny Gantz, propenso a conquistar mais assentos com uma mensagem focada na fadiga dos eleitores e alegações de corrupção. Mas os pequenos partidos de direita devem se sair bem o suficiente para colocar Netanyahu em melhor posição para montar uma coalizão governamental, permitindo que ele supere David Ben-Gurion como o premiê que mais tempo ficou no poder no país.

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Netanyahu, que atuou 13 anos como primeiro-ministro, mudou o cenário político de Israel e seu papel no cenário mundial, contribuindo para e se beneficiando de uma guinada para a direita no país. Com o apoio judaico-israelense a um Estado palestino nos níveis mais baixos em 20 anos, seus oponentes têm pouco interesse em uma grande mudança de direção.

Uma vitória fortaleceria seu status como líder mundial e histórica figura política israelense. O premiê fez campanha como estadista, encontrando-se com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para insistir que ele é indispensável. "Isso vai acabar sendo um referendo sobre Netanyahu porque ele fez isso; ele está dizendo: 'Eu sou o único que pode jogar nesse nível internacionalmente'", disse Reuven Hazan, professor de ciência política na Universidade Hebraica.

A agulha moveu-se tanto durante seus 13 anos como premiê que políticas antes polêmicas não são questões importantes em sua tentativa de reeleição. Pesquisas mostram que a maioria dos eleitores judeus concorda com ele quando diz que Jerusalém será a capital indivisa de Israel, o Vale do Jordão reivindicado pelos palestinos permanecerá sob o controle de Israel e que Israel manterá grandes blocos de assentamentos.

No sábado, ele disse em uma entrevista que estenderia a soberania israelense sobre partes da Cisjordânia se for reeleito, uma mudança política importante que agitaria a oposição árabe e representaria um teste para a pressão do presidente Trump pela paz regional.

Gantz, ex-chefe de gabinete do Exército de Netanyahu, disparou nas pesquisas de opinião oferecendo-se como uma alternativa, embora as últimas pesquisas divulgadas na sexta-feira mostrem disputa acirrada. Ele atacou Netanyahu por causa de acusações de subornos e fraude que o premiê enfrenta em três investigações sobre corrupção e disse que o governo não trabalha mais para seus cidadãos. Netanyahu nega as acusações e as chama politicamente motivadas. "Chega de Bibi", é o slogan por trás do mais recente anúncio televisivo de Gantz, lançado na semana passada. O anúncio apresenta queixas israelenses comuns sobre cuidados de saúde e tráfego - questões que os oponentes dizem ser ignoradas por Netanyahu.

Sob pressão do então presidente dos EUA Barack Obama em 2009, Netanyahu concordou com o congelamento de assentamentos palestinos e manifestou apoio a um Estado palestino, mas desde as eleições de 2015 prometeu que não permitirá a existência de um. Gantz evitou discutir um Estado palestino, mas tentou injetar esperanças no processo dizendo que conversaria com líderes árabes sobre estabilidade e "o processo de separação dos palestinos". Ele havia dito que emendaria uma lei controversa aprovada no ano passado que consagra que Israel é um Estado-nação judeu, uma medida que os árabes-israelenses - 20% da população - dizem que os torna cidadãos de segunda classe.

Alguns eleitores do Likud disseram que estão considerando apoiar Gantz ou partidos menores - não para expulsar Netanyahu, mas para tentar enviar uma mensagem que ele deveria ser mais moderado. Hank Citron, 82 anos, um partidário de Netanyahu da cidade de Netanya, na costa central israelense, disse esperar que Gantz se saia bem o suficiente para que Netanyahu o coloque no governo e mude de rumo. Citron disse que partes da vida de Israel foram negligenciadas. "A questão principal sempre foi a defesa", disse Citron. "Agora é hora de pensar em educação e outras coisas." Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente Jair Bolsonaro antecipou o retorno de sua viagem a Israel e deve chegar ao Brasil duas horas mais cedo. O desembarque em Brasília deve acontecer por volta das 18h40 desta quarta-feira (3).

De acordo com o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, a visita de Bolsonaro à comunidade brasileira na cidade de Raanana, que estava prevista para amanhã de manhã, foi modificada. O encontro com os brasileiros acontece nesta terça (2) em Jerusalém.

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“Por questões logísticas estamos trazendo cerca de 25 brasileiros que moram naquela comunidade com a finalidade do presidente estreitar os laços e ao mesmo tempo antecipar nosso retorno amanhã visto que no dia seguinte ele tem agendado uma série de encontros com parlamentares visando nosso objetivo principal, que é o andamento mais célere da reforma da Previdência”, explicou.

Bolsonaro confirmou que deve se reunir com líderes partidários na quinta-feira (4), após seu retorno de Israel, com o objetivo de convencê-los sobre a necessidade das mudanças nas regras de aposentadoria. A expectativa do presidente é que a reforma seja votada no plenário da Câmara até junho.

Em Israel, o presidente tomou café hoje com investidores e dirigentes de empresas israelenses e israelo-brasileiras e participou da cerimônia de abertura do encontro empresarial Brasil-Israel. Após, Bolsonaro e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu visitaram uma exposição de produtos de empresas de inovação.

Ele visita a exposição "Flashes of Memory - Fotografia durante o Holocausto", no Yad Vashem, Centro Mundial de Memória do Holocausto, e participará do plantio de muda de oliveira no Bosque das Nações.

O presidente Jair Bolsonaro embarcou há pouco para Israel, onde fará uma visita oficial de três dias. A chegada em Tel Aviv, capital do país, será na manhã deste domingo (31). Ao deixar o Palácio da Alvorada com destino à Base Aérea de Brasília, Bolsonaro desceu do carro e cumprimentou um grupo de pessoas que estavam no local.

O tempo total de voo até Israel é de aproximadamente 20 horas. Uma escala será realizada em Las Palmas, ilha espanhola, próxima ao norte da África, para reabastecimento da aeronave.

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Nessa sexta (29), o presidente disse, no Twitter, que os compromissos em Israel “serão de grande importância para o Brasil”.  Segundo Bolsonaro, serão negociados acordos nas áreas de ciência, tecnologia e defesa, entre outras. “Ótimas expectativas. Israel é uma nação amiga e juntos temos muito a somar”, afirmou.

Neste domingo (31), Bolsonaro e sua comitiva serão recebidos, às 10h, horário local, no Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv. Em seguida, o presidente se deslocará para Jerusalém, onde terá uma reunião ampliada com o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Também participará da assinatura de acordos de cooperação e de um jantar oferecido pelo primeiro-ministro.

Na segunda-feira (1º), o presidente vai condecorar com a Insígnia da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul os soldados israelenses que participaram das equipes de salvamento do desastre em Brumadinho e visitará o Muro das Lamentações e a Basílica do Santo Sepulcro.

Na terça-feira (2), Bolsonaro toma café da manhã com dirigentes de startups brasileiras e israelenses e depois participa de um encontro entre empresários dos dois países. O presidente deve ainda visitar uma exposição de produtos de empresas de inovação e um centro industrial de alta tecnologia.

O presidente retorna ao Brasil na quarta-feira (3). Antes do embarque, ele deve se reunir com brasileiros que residem na cidade israelense de Raanana.

Bolsonaro será acompanhado por uma comitiva formada pelos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Bento Costa Lima (Minas e Energia), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia, Informação e Comunicações), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), além do tenente-brigadeiro do ar Raul Botelho, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, e do secretário da Pesca, Jorge Seif. O grupo ainda inclui os senadores Chico Rodrigues (DEM-RR), Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e Soraya Thronicke (PSL-MS) e a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF).

O Exército israelense lançou, nesta segunda-feira, ataques na Faixa de Gaza em resposta ao disparo de um foguete lançado no domingo à noite que atingiu uma casa ao norte de Tel Aviv e deixou sete feridos.

Helicópteros israelenses lançaram ao menos três ataques no oeste da Faixa de Gaza, contra uma base do braço armado do movimento islamita do Hamas, que dirige o enclave palestino, segundo testemunhas.

Esta operação aconteceu no momento em que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu chegava na Casa Branca, onde o presidente americano Donald Trump afirmou que "Washington reconhecia o direito de Israel de se defender" e chamou de "ataque desprezível" o disparo de foguete de domingo.

Além disso, Trump assinou um termo reconhecendo a soberania israelense sobre as disputadas Colinas de Golã, uma zona fronteiriça que Israel conquistou da Síria em 1967 e anexou em 1981.

"Estávamos preparando isso há muito tempo", afirmou Trump ao lado de Netanyahu.

O reconhecimento dos Estados Unidos do controle israelense sobre as Colinas de Golã rompe com décadas de consenso internacional.

Represália israelense

Em Israel, o Exército indormou que "começou a atacar alvos terroristas do Hamas na Faixa de Gaza".

O foguete lançado a partir de Gaza atingiu uma residência em Mishmeret, a mais de 80 km do enclave palestino, um alvo pouco habitual para os disparos a partir desse território.

As Forças Armadas israelenses afirmaram no Twitter que o lançamento de um "foguete de fabricação local" foi de autoria do Hamas, que negou a acusação.

O comando militar israelense decidiu enviar "duas brigadas de reforço à zona do comando sul", a região da Faixa de Gaza, e convocar um determinado número de reservistas, sem revelar a quantidade exata.

Os militares indicaram que o foguete foi lançado a partir do sul do território palestino e percorreu quase 120 km.

O Hamas foi taxativo ao negar nesta segunda o disparo o foguete e disse que o movimento islâmico palestino não tem interesse em um confronto com o Estado judeu.

"Ninguém dentro dos movimentos de resistência, incluindo o Hamas, não está interessado em disparar foguetes de Gaza contra o inimigo", disse à AFP um alto funcionário do movimento que controla a Faixa de Gaza, e que pediu anonimato.

Essa mesma mensagem foi transmitida ao Egito, que atua como mediador entre Israel e o Hamas, segundo a fonte.

Um organismo vinculado ao ministério da Defesa de Israel anunciou o fechamento das passagens de fronteira para pessoas e produtos entre Israel e o território palestino.

As forças israelenses respondem sistematicamente aos disparos de foguetes procedentes de Gaza, com ataques contra posições militares do Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

Israel e Hamas protagonizaram três guerras na Faixa de Gaza desde que o movimento islamita assumiu o poder à força em 2007, depois que a comunidade internacional se recusou a reconhecer a vitória do movimento nas eleições legislativas palestinas.

Em 2018 as duas partes quase iniciaram outra guerra. Após um cessar-fogo informal em novembro e à medida que se aproxima o primeiro aniversário das manifestações que receberam o nome de "grande marcha do retorno", a tensão aumenta.

A queda do foguete em uma casa de Mishmeret provocou um incêndio, segundo a polícia e os serviços de emergência.

Quatro adultos e três crianças, incluindo um bebê de seis meses, foram internados, informou o hospital de Kfar Saba. Seis pessoas pertencem à mesma família e sofreram queimaduras e ferimentos leves por estilhaços.

A imprensa israelense mencionou a possibilidade de o foguete, do tipo Fajr, ter sido ativado de maneira acidental durante uma operação de manutenção.

Hamas e Jihad Islâmica negaram responsabilidade pelo disparo.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi acusado nesta segunda-feira de obter lucros na compra de submarinos pelo seu principal adversário político, o ex-chefe do Estado Maior Benny Gantz.

Gantz, o grande concorrente de Netanyahu nas eleições de 9 de abril, afirmou durante uma entrevista à imprensa que o líder do governo israelense teria recebido da empresa alemã ThyssenKrupp 3,9 milhões de euros como comissão pelo negócio que movimentou dois bilhões de dólares. A suspeita não é nova, pois o premiê já foi investigado sobre o assunto sem ser acusado formalmente.

Em plena corrida eleitoral, Benny Gantz pediu a reabertura da investigação sobre a compra de submarinos alemães, uma venda na qual alguns dos familiares de Netanyahu eram suspeitos de corrupção.

"Criaremos uma comissão para investigar este caso e todos os envolvidos", disse Gantz.

Netanyahu, que apenas foi interrogado durante a investigação desta compra, busca a releição em meio a suspeitas em outros três casos de corrupção.

Um foguete da empresa americana SpaceX foi lançado na noite de quinta-feira (21) dos Estados Unidos, levando a bordo a primeira sonda israelense com destino à lua. O foguete Falcon 9 decolou sem incidentes de Cabo Cañaveral, na Flórida, às 20h45 locais (22h45 de Brasília).

O lançamento foi acompanhado ao vivo em Israel por vários engenheiros e pessoal de apoio da missão, bem como pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, do centro de controle da empresa aeroespacial Israeli Aerospace Industries (IAI), sócia do projeto.

A sonda, nomeada Bereshit (Gênese, em hebraico), fará várias órbitas em volta da Terra que lhe servirão de impulso para, com ajuda do seu motor, avançar com destino à lua, onde tem previsto pousar em 11 de abril. O foguete também transporta um satélite indonésio e outro da Força Aérea americana.

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